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PRINCÍPIOS GERAIS
CAPÍTULO I
NATUREZA DO SIGNO LINGUÍSTICO
§ 1. SIGNO, SIGNIFICADO, SIGNIFICANTE
“A unidade linguística é uma coisa dupla, constituída da união de dois termos”. (Pág. 79).
“O signo linguístico une não uma coisa e uma palavra, mas um conceito e uma imagem
acústica”. (Pág. 80).
“O signo linguístico é, pois, uma entidade psíquica de duas faces” (Pág. 80).
“Chamamos signo a combinação do conceito e da imagem acústica” (Pág. 81).
“Propomo-nos a conservar o termo signo para designar o total, e a substituir conceito e
imagem acústica respectivamente por significado e significante” (Pág. 81).
“O signo linguístico assim definido exibe duas características primordiais” (Pág. 81).
CAPÍTULO II
IMUTABILIDADE E MUTABILIDADE DO SIGNO
§ 1. IMUTABILIDADE
“A qualquer época que remontemos, por mais antiga que seja, a língua aparece sempre
como uma herança da época precedente”.
“Mas dizer que a língua é uma herança não explica nada, se não for mais longe. Não se
podem modificar, de um momento para ouro, leis existentes e herdadas?”.
“Estas considerações são importantes, mas não são especificas; preferimos as seguintes,
mais essenciais, mais diretas, das quais dependem todas as outras”:
1. O caráter arbitrário do signo. “A própria arbitrariedade do signo põe a língua ao
abrigo de toda tentativa que vise modificá-la” (Pág. 87).
2. A multidão de signos necessários para constituir qualquer língua. “Os signos
linguísticos são inumeráveis” (Pág. 87).
3. O caráter demasiado complexo do sistema. “Uma língua constitui um sistema”.
(Pág. 87).
4. A resistência da inercia coletiva à toda renovação linguística. “A língua, de todas
as instituições sociais e a que oferece menos oportunidade às iniciativas” (Pág.
88).
§ 2. MUTABILIDADE
“O signo está em condições de alterar-se porque se continua” (Pág. 89).
“Sejam quais forem os fatores de alteração, quer funcionem isoladamente ou combinados,
levam sempre a um deslocamento da relação entre o significado e o significante”. (Pág.
89).
“Uma língua é radicalmente incapaz de se defender dos fatores que deslocam, de minuto a
minuto, a relação entre o significado e o significante”. (Pág. 90).
CAPÍTULO III
A LINGUÍSTICA ESTÁTICA E A LINGUÍSTICA EVOLUTIVA
§ 1. DUALIDADE INTERNA DE DUAS CIENCIAS QUE OPERAM COM VALORES
“Quanto mais um sistema de valores seja complexo e rigorosamente organizado, tanto
mais necessário se faz, devido à sua complexidade, estuda-lo segundo seus dois eixos”.
(Pág. 96).
“Eis porque distinguimos duas linguísticas. (...) Os termos que se oferecem não são todos
igualmente apropriados para marcar essa diferença” (Pág. 96).
“Para melhor assinalar essa oposição, (...) preferimos falar de Linguística sincrônica e de
Linguística diacrônica. (...) do mesmo modo, sincronia e diacronia designarão
respectivamente um estado de língua e de uma fase de evolução” (Pág. 96).