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SAÚDE, BELEZA E BEM-ESTAR 2019

MERCADO DE BELEZA DE PRODUTOS


ORGÂNICOS, VEGANOS, NATURAIS E
LIVRES DE CRUELDADE
Tendências e insights coletados
nas redes sociais

1
FICHA TÉCNICA

SISTEMA DE INTELIGÊNCIA SETORIAL – SEBRAE SC

Coordenador:
Douglas Luís Três

Gestor do Projeto:
Adriano Oliveira Alves

Analista de Inteligência de Mercado e Conteudista


Luana Carla de Moura dos Santos

Setor de Saúde, Beleza e Bem-estar


Supervisor de conteúdo:
Gilson Alberto dos Santos
SUMÁRIO

MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES EXIGEM


TRANSFORMAÇÕES NO MERCADO DE BELEZA................................................................ 5
Cenário global...................................................................................................................................... 6

CONTEXTO: Qual é a diferença entre produtos orgânicos, veganos,


naturais e livres de crueldade?............................................................................................... 6
2019 o ano do vegano........................................................................................................................ 7
Muito além da alimentação............................................................................................................ 8
E esse comportamento se repete no Brasil?............................................................................ 8
Buscas com o termo “produtos veganos” no Google Trends (2014-2019)..................... 9
Interesse por região........................................................................................................................... 10
Assuntos relacionados nas buscas............................................................................................. 10
Consultas relacionadas.................................................................................................................... 10
Detalhamento do monitoramento nas redes sociais........................................................... 12

METODOLOGIA | Fluxo do estudo – Etapas......................................................................... 12


Termos de coleta................................................................................................................................. 13
Influenciadores................................................................................................................................... 13
Tags utilizadas..................................................................................................................................... 14
Perfil nas redes sociais..................................................................................................................... 15

RESULTADOS DA PESQUISA .................................................................................................. 15


Hashtags mais utilizadas................................................................................................................ 17
Rede social com maior atividade................................................................................................. 18
Veganismo – Principais consumidores.................................................................................... 18
Mercado de Beleza - Palavras mais citadas nas publicações.......................................... 18
Assuntos................................................................................................................................................. 20

MULHERES E INFLUENTES | elas são as protagonistas


da beleza sustentável nas redes sociais............................................................................... 27
Canais do YouTube em destaque................................................................................................. 28
Páginas do Facebook em destaque............................................................................................. 29
Engajamento no período monitorado........................................................................................ 30

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 33

FONTES DE APOIO.................................................................................................................... 34
HIGHLIGHTS O que descobrimos

01. 02.
O ano de 2019 foi declarado o ano do vegano
O crescimento do mercado de beleza natural,
pela The Economist, tendo em vista um
livre de crueldade, vegana e orgânica segue uma
crescimento bem superior aos anos anteriores de
tendência de consumo mundial.
consumidores que adotam esse estilo de vida.

03. 04.
O mercado de beleza vegana deverá atingir
A geração millenial (nascidos entre 1985 a 1999) mundialmente 20,8 bilhões de dólares em 2025.
são os principais responsáveis pelo crescimento Em 2017 esse mercado foi estimado em 12,9
desse mercado. bilhões, sendo assim, haverá um crescimento de
mais de 61% no período (2017-2025).

05. 06.
Já o mercado de cosméticos sem crueldade Nas redes sociais o assunto de cosméticos que
crescerá no mundo 6,1% entre os anos de não são testados em animais (cruelty free) foram
2017-2023. os mais comentados.

07. 08.
Consumidores no controle – mais do que nunca,
eles estão lendo e fazendo pesquisas sobre os
As mulheres veganas são as que mais comentam
produtos, serviços e marcas e, diante dessas
sobre o assunto.
informações, tomando decisões em relação ao
que consumir e por qual marca optar.

4
01.
Mudanças de comportamento
dos consumidores exigem
transformações no mercado
de beleza

Os consumidores estão cada vez mais conscientes e criteriosos com suas escolhas e preferências de
compras. Esse comportamento, em que há a valorização por produtos e serviços mais sustentáveis e
éticos, foi se refletindo primeiramente na alimentação, logo em seguida na moda e, nos últimos anos,
de forma mais acentuada, também no segmento de beleza.

Os influenciadores digitais estão entre os principais disseminadores a favor dos benefícios do consumo
de produtos mais sustentáveis na beleza e na reivindicação por marcas mais comprometidas com a
sociedade e o meio ambiente.

Com esse cenário, e com uma indústria global de


cosméticos altamente competitiva, é fundamental que
os empreendedores do segmento estejam atentos às
mudanças e anseios do consumidor, pois é por meio
desse entendimento que será possível adotar uma postura
orientada para tais necessidades e fornecer produtos
e serviços que atendam às exigências desses novos
consumidores.

E foi com esse intuito que o Sistema de Inteligência


Setorial (SIS) monitorou o que é falado sobre o mercado
de cosméticos veganos, naturais, orgânicos e livres de
crueldade nas redes sociais, visto que são esses os principais
canais de discussão de influenciadores, formadores de
opinião, marcas e consumidores sobre o assunto.

Saiba mais neste estudo sobre esse mercado em ascensão


e fique por dentro de tendências, perfis de consumidores,
comportamentos e estratégias para os negócios.

5
02.
Contexto:
Qual é a diferença entre
produtos orgânicos, veganos,
naturais e livres de crueldade?

O primeiro passo para analisar o mercado de produtos que não agridem o meio ambiente é compreender
as diferenças adotadas nas nomenclaturas presentes em rótulos e embalagens.

→→ Cosméticos orgânicos: são formulados com matérias-primas naturais (extraídas da natureza),


certificadas e com base na sustentabilidade (livres de agrotóxicos e fertilizantes químicos).

→→ Cosméticos veganos: não utilizam matérias-primas de origem animal: mel, cera de abelha,
lanolina, colágeno, albumina, carmim e gelatina, entre outros.

→→ Cosméticos naturais: devem possuir em sua composição no mínimo 95% de matérias-


primas de origem natural. Os demais 5% precisam ser matérias-primas orgânicas e/ou sintéticas.

→→ Cosméticos livres de crueldade (cruelty free): referem-se a produtos que não foram
testados em animais. No entanto, isso não quer dizer que não contenham matérias-primas de
origem animal na composição. Assim, podem existir produtos cruelty free que não são veganos.

Cenário global
A tendência crescente do mercado de negócios éticos e ecologicamente corretos é motivada
principalmente pelas gerações mais jovens. Os millenials (ou também chamados de geração Y) –
nascidos após o início da década de 1980 e até o final da década de 1990, são responsáveis por
dois terços do poder de compra global e suas escolhas estão refletindo suas preocupações com o
esgotamento dos recursos naturais, as emissões de carbono e a crueldade contra os animais.

De acordo com dados da pesquisa “Eco Pulse” realizada em 2017 nos EUA, país referência na
concentração demográfica etária dessa geração e também importante representante na disseminação
de tendências mundiais, 90% dos millenials buscam comprar de marcas em que as práticas sociais e
ambientais sejam confiáveis e 95% deles recomendam essa marca a um amigo.

6
Com essa recomendação, outras gerações também são influenciadas pelo comportamento,
aumentando o movimento de consumo consciente. Além disso, a população de forma geral, com a
disponibilização de mais informações e acesso mais facilitado, está também descobrindo os benefícios
dos produtos veganos.

2019 o ano do vegano


A revista “The Economist” declarou 2019 como ano do vegano, tendo em vista um crescimento bem
superior aos anos anteriores de consumidores que adotam esse estilo de vida.

De acordo com a revista Forbes, só nos EUA o veganismo cresceu 600% em 3 anos. Em 2014 apenas
1% da população se declarava vegana, em 2017 o número de pessoas aumentou para 6%. Esse
crescimento está refletido também nas vendas: até junho de 2018 a comercialização de alimentos
veganos no país aumentou dez vezes mais rápido que a vendas dos demais alimentos.

Com esse cenário de crescimento, a tendência do veganismo não pode mais ser vista apenas como um
nicho, mas sim como representativo do mercado, que requer atenção dos empreendedores, visto que o
aumento da demanda é difundido globalmente. Confira as estatísticas que evidenciam essa ascensão:

• A Austrália foi o país mais popular para o veganismo em 2018, segundo o Google Trends
(ferramenta que demonstra o volume de pesquisas sobre assuntos específicos ao longo do
tempo). Logo em seguida aparece o Reino Unido e a Nova Zelândia.

• Em 2019 o Reino Unido lidera as pesquisas por veganismo no Google Trends. No país também
o número de pessoas que se identificam como veganas aumentou 350%, em comparação a uma
década atrás.

• A Alemanha é líder mundial na produção e lançamento de produtos veganos. De julho de 2017 a


junho de 2018 o país foi responsável por 15% das introduções veganas no mundo.

• No Canadá o veganismo foi uma das principais tendências de pesquisa em 2017.

• No continente Africano, a África do Sul é o país com o maior número de veganos e aparece como
o 23º destino mais popular no mundo para esse público.

• Somente no Sudeste Asiático o lançamento de novos produtos veganos teve um crescimento de


440% de 2012 a 2016.

• Na Suécia, um em cada 10 suecos se identifica como vegetariano ou vegano, de acordo com a


Animal Rights Sweden (organização dos direitos dos animais na Suécia).

• A Índia está no topo da lista dos países mais vegetarianos, com quase 38% da população, dado
que coloca o país também como potencial mercado para demais produtos veganos.

7
Muito além da alimentação
Essa demanda pelo vegano fez com que outras indústrias, além da de alimentos, ficassem em evidência.
É o caso do mercado de beleza vegana, que de acordo com o relatório da Grand View Research,
deverá atingir mundialmente 20,8 bilhões de dólares em 2025. Como em 2017 esse mercado foi
estimado em 12,9 bilhões, o crescimento esperado é de mais de 61% no período (2017-2025).

Somente nos Estados Unidos o mercado de cosméticos veganos deverá ultrapassar 3,16 bilhões de
dólares até 2025.

Já o mercado de cosméticos sem crueldade crescerá no mundo 6,1% entre os anos de 2017 e 2023,
de acordo com dados do Market Research Future. O relatório também prevê a Índia como um dos
principais mercados.

Outros comportamentos do consumidor pelo mundo demonstram a importância desse mercado,


conforme destacou a pesquisa feita pela Mintel – Beauty Trends 2018:

→→ 50% dos consumidores britânicos


compram produtos de beleza feitos
com ingredientes naturais.

→→ 45% dos consumidores na China


planejam usar de forma mais fre-
quente produtos feitos com ervas
naturais para melhorar a sua pele.

→→ 33% dos consumidores italianos


que compram cosméticos/maquia-
gem escolhem produtos naturais.

→→ 29% dos consumidores australianos


procuram por produtos ou serviços
cultivados localmente quando com-
pram produtos de uso cotidiano.

E esse comportamento se repete no Brasil?


O consumidor brasileiro também está ampliando o seu interesse por produtos veganos. A pesquisa
do IBOPE Inteligência, conduzida em abril de 2018 com a população brasileira residente em todos os
estados do país, revelou que 55% dos entrevistados dão preferência a produtos veganos, desde que
esses estejam melhor indicados nas embalagens ou tenham o mesmo preço dos produtos que estão
acostumados a consumir. Nas capitais do país essa porcentagem sobe para 65%.

No Google Trends, quando analisado o volume de pesquisas com o termo “produtos veganos” nos
últimos 5 anos (2014-2019) no Brasil, percebe-se uma tendência clara de expansão, estando o ápice
no mês de junho de 2019 (período de realização desta análise).

8
Buscas com o termo “produtos veganos”
no Google Trends (2014-2019)

80
70
70
60
50 43
40
30 23 23
21
20
10 8

0
2014 2015 2016 2017 2018 2019

  Buscas com o termo “Produtos Veganos” (2014-2019)

* Os números representam o interesse de pesquisa relativo ao ponto mais alto no gráfico de uma determinada região em um dado
período. Um valor de 100 representa o pico de popularidade de um termo. Um valor de 50 significa que o termo teve metade da
popularidade. Uma pontuação de 0 significa que não havia dados suficientes sobre o termo.

Se avaliarmos o termo “vegano” isoladamente, a popularidade


é ainda maior. No mês de junho de 2019, período de realização
deste estudo, o interesse de pesquisa chegou a 94.

9
Interesse por região
Os cinco locais em que o termo “produtos veganos” teve maior procura, durante o período analisado
(junho de 2014 a junho 2019) foram:

São Paulo 100

Santa Catarina 81

Rio Grande do Sul 79

Distrito Federal 72

Rio de Janeiro 66
0 50 100

* Os valores são calculados em uma escala de 0 a 100, em que 100 é o local com a maior popularidade como uma fração do total de
pesquisas naquele local; 50 indica um local que tem metade da popularidade e 0 indica um local em que não houve dados suficientes
para o termo.

Assuntos relacionados
nas buscas
1. Leite

2. Maquiagem

3. Agricultura orgânica

4. Beleza

5. Biscoito
Quando analisada a relação que o termo
“produtos veganos” possui com outros
assuntos, é perceptível o interesse dos
Consultas relacionadas
consumidores em produtos do segmen-
1. Produtos veganos online to de beleza. Além disso, alguns nichos
desse mercado já são também visíveis,
2. Produtos veganos para cabelo como o de maquiagens e o de produtos
para o cabelo.
3. Produtos veganos no mercado

Como modelo de negócio, destaca-se o de vendas de produtos online, demanda que pode ocorrer
também pela dificuldade dos consumidores de encontrarem produtos em lojas físicas, mas que
também demonstra um grande potencial para novos negócios se estabelecerem nesse mercado.

10
Mas o que é exatamente falado sobre o assunto?

?
Quais são as particularidades, os desafios e as tendências para os negócios?

Qual é o perfil desse consumidor?

Como as empresas estão se posicionando?

Quem são os principais influenciadores?

E quais produtos e serviços podem ser oferecidos?

O Sistema de Inteligência Setorial foi atrás dessas respostas e, por meio de um mix de técnicas
de pesquisa e ferramentas digitais, reuniu informações importantes que serão apresentadas
neste estudo.

11
03.

Metodologia
Fluxo do estudo – Etapas

1. Netnografia: análise de como as pessoas se expressam espontaneamente nas redes sociais,


por meio de uma ferramenta de monitoramento.

2. Mapeamento dos principais influenciadores do assunto.

3. Análise do ambiente digital com diferentes ferramentas: Google Trends, Google Adwords e
Facebook Audience.

4. Análise da tendência para o consumo de cosméticos veganos.

5. Levantamento do perfil das pessoas que falam sobre o assunto em ambientes digitais.

6. Identificação de oportunidades de negócios e indicação de estratégias para os empreendedores


obterem sucesso no mercado de beleza de produtos orgânicos, veganos, naturais e livres de
crueldade.

Detalhamento do monitoramento nas redes sociais


→→ Redes sociais monitoradas: Facebook, Instagram, Twitter e YouTube.

→→ Período de monitoramento: 7 de maio de 2019 a 20 de maio de 2019.

→→ Amostra: 2.252 publicações analisadas

12
Termos de coleta
Os termos utilizados para coletar as postagens nas redes sociais foram identificados por meio de
pesquisas nas ferramentas: Google Trends, ferramenta que permite calcular a popularidade do
termo buscado ao longo do tempo (quase) em tempo real e Google Adwords, que permite aferir a
popularidade de palavras-chave, além de fornecer uma projeção de volume médio do tráfego mensal
em sites que disponham do termo de busca em suas pesquisas.

Com base nisso, foram relacionadas estratégias de buscas que continham termos como beleza,
maquiagem, cosméticos veganos, orgânicos, sustentável, verde e cruelty free (livre de crueldade) e
todas as derivações possíveis.

Foram atribuídas também hashtags comumente utilizadas por influenciadores, marcas e consumidores
em geral nas postagens sobre o assunto. Entre elas, as principais são: make orgânica, maquiagem
orgânica, beleza orgânica, beleza vegana, cosmético orgânico, cosmético vegano, cruelty free, livre de
crueldade, beleza sustentável, entre outras.

Influenciadores
No mercado vegano em geral, os influenciadores estão entre
os principais agentes de popularização da causa. Assim, para
identificar comportamentos, tendências e perfis de consumo
é fundamental avaliar como eles estão se posicionando na
rede e quais conteúdos estão disseminando.

Analisando os conteúdos gerados em ambientes digitais


(redes sociais, blogs, sites e canais de vídeo) de perfis
brasileiros, identificamos influenciadores que geram
conteúdo sobre o assunto.

Para reunir esses perfis, fizemos inicialmente uma coleta


em redes sociais, blogs e fontes de notícias, levantando
os nomes que mais eram referidos sobre o assunto e
que continham uma notoriedade – apurada conforme
o número de seguidores e engajamento (curtidas e
compartilhamentos) nas redes sociais.

Outro fator que determinou os perfis monitorados foi a


limitação do Instagram, que só permite o monitoramento
automatizado de “contas business”, ou seja, as que são
oficialmente públicas, não particulares. Assim, não foi
possível monitorar no Instagram todas as contas de
influenciadores, nem mesmo de contas verificadas (blue
badge) de pessoas famosas, mas alguns casos, que achamos
pertinentes, incluímos de forma descritiva em nossa análise.

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Tags utilizadas

Beleza: setor como um todo, com postagens que de alguma forma citaram ou
relacionaram a adoção do vegano/natural/orgânico em produtos e serviços.

Maquiagem: produtos veganos, dicas sobre produtos, marcas e cuidados com a


beleza no âmbito vegano/orgânico/natural.

Cosméticos: divulgação de produtos veganos/naturais/orgânicos.

Cruelty free (livre de crueldade): movimento que pretende conscientizar as pessoas


para o uso de produtos e serviços do setor de beleza que não sejam testados em
animais.

Empresas/marcas: empresas marcas que se divulgam nas redes sociais.

Influenciadores sobre o assunto: pessoas com audiência nas redes (número de


seguidores e engajamento) que falam sobre o assunto de beleza vegana, mas não
necessariamente para uma marca.

Influenciadores de marcas: pessoas com audiência nas redes (número de


seguidores e engajamento) que falam sobre o assunto de beleza vegana e que estão
divulgando marcas.

Público em geral/consumidor: pessoas com menor audiência, mas que comentam


sobre o assunto e trazem insights sobre consumo/demanda e oportunidades.

14
04.

Resultados da pesquisa

Com base nas análises das publicações coletadas nas redes sociais foi possível identificar algumas
“tribos” e tendências.

Perfil nas redes sociais


Quem mais comenta sobre o assunto?

Mulheres
75%

Homens
25%

15
Geração

Baby boomer (nasceram entre 1945 e 1964)


25%

Geração X (nasceram entre 1965 e 1984)


13%

Millennial (nasceram entre 1985 a 1999)


50%

Geração Z (nasceram depois do ano 2000)


12%

Conforme classificação brasileira das gerações, disponível em Consumidor Moderno.

Quais são as palavras que aparecem com maior frequência nas publicações?

1. Cruelty free 8. Natural 15. Plant-based

2. Vegan 9. Cabelo 16. Vegan food

3. Vegano 10. Maquiagem vegana 17. Animais

4. Vegana 11. Beleza 18. Makeup

5. Go Vegan 12. Veganismo 19. Óleo

6. Maquiagem 13. Cabelo 20. Artesanal

7. Pele 14. Beauty

16
Hashtags mais utilizadas

1. #crueltyfree 8. #veganfood 15. #cosmeticonatural


2. #vegan 9. #plantbased 16. #veganlife
3. #govegan 10. #vegana 17. #livredecrueldade
4. #vegano 11. #vegetariano 18. #aromaterapia
5. #maquiagemvegana 12. #belezasustentável 19. #artesanal
6. #maquiagem 13. #makeup 20. #veggie
7. #veganismo 14. #cosmeticovegano

Alguns termos e movimentos já bem populares em outros países estão também se disseminando no
Brasil. Isso ficou evidente no ranking de palavras e hashtags utilizadas nas postagens sobre a temática.
Conheça melhor os significados desses termos:

Cruelty free: na tradução para o português: “livre de crueldade”. Termo


utilizado para produtos que não foram testados em animais.

Go vegan: na tradução para o português: “seja vegano”. Movimento que


enaltece o veganismo e sugere que mais pessoas sejam adeptas a ele.

Plant-based (diet): na tradução para o português: “(dieta) à base de plantas”.


Consiste principalmente em uma dieta derivada de plantas, vegetais,
grãos, sementes, legumes e frutas. Os alimentos devem ser ingeridos
em sua origem natural, não são refinados ou então foram minimamente
processados, sem adição de conservantes, corantes e outras coisas
artificiais e contêm pouco ou nenhum produto animal.

Vegan food: na tradução para o português: “comida vegana”. Aplica-se


a dietas alimentares baseadas no veganismo.

Vegan life: na tradução para o português: “vida vegana”. Refere-se a um


estilo de vida baseado nos fundamentos do veganismo.

Vegan: na tradução para o português: “vegano”. Aplicado a pessoas que


não utilizam nem consomem produtos derivados de animais.

Veggie: na tradução para o português: “vegetariano”. Regime alimentar


que exclui todo tipo de carne.

O termo makeup, na tradução para o português “maquiagem”, também apareceu nas postagens com
muita intensidade. O valor dele se destaca quando usado em conjunto com outros termos relacionados
à temática, visto que existe uma série de produtos voltados para o mercado de maquiagens veganas,
naturais, livre de crueldades e ou orgânicas.

17
Rede social com maior atividade

Instagram: 89% Twitter: 9% YouTube: 1% Facebook: 1%*

* O Facebook fez algumas restrições que impactaram diretamente no monitoramento de redes sociais. As limitações afetaram principalmente
a coleta de dados de grupos, eventos, assim como a interação e publicação dentro desses ambientes. Assim, consequentemente, o
volume de menções nesta rede também foi influenciado.
Para minimizar esse impacto e reunir mais características comportamentais do público que faz uso do Facebook para discutir sobre o
mercado de cosméticos que não agridem o meio ambiente e preservam o bem-estar animal, também fizemos um recorte de informações
utilizando o Audience Insights (ferramenta para analisar métricas dos usuários no Facebook).

Veganismo – Principais consumidores


Analisando as palavras e hashtags mais usadas por perfis que falaram sobre o mercado de beleza
vegana, natural, orgânica e livre de crueldade, conseguimos identificar que o movimento está de
forma mais abrangente associado à prática do veganismo.

Mercado de Beleza - Palavras mais citadas nas publicações


beleza 100%
crueltyfree 80%
vegan 42%
maquiagem 32%
beauty 27%
makeup 24%
natureza 23%
vegano 19%
saude 18%
maquiagemvegana 16%
veganismo 16%
vegana 15%
cabelo 15%
cosmeticovegano 15%
saúde 15%
aloevera 14%
animais 14%
belezavegana 13%
instamakeup 12%
natural 12%
universodamaquiagem 12%
govegan 11%
make 11%
batom 11%
cabelos 11%
naturais 11%

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

* Número de vezes que o termo apareceu nas postagens.

18
Considerando que esse público atribui uma série de práticas que dispensa a aquisição
e uso de todo e qualquer produto de origem animal, incluindo os cosméticos, associa-
mos no Facebook Insights os interessados em veganismo no Brasil.

Traços em destaque

→→ Mulher
→→ Jovem
→→ Alto nível educacional
→→ Casada
→→ Reside em capitais
→→ Utiliza o celular para buscar/trocar informações
→→ Se interessa por:
• Cosméticos
• Economia compartilhada
• Educação
• Feminismo
• Sustentabilidade
• Turismo
• Vestuário
Gênero
18-24 18-24
21% 24%
25-34 (millenials) 25-34 (millenials)
28% 34%
35-44 35-44
23% 21%
79% 45-54
21% 45-54
Mulheres 15% Homens 12%
55-64 55-64
9% 6%
65+ 65+
4% 3%

Relacionamento Nível educacional

Casado Ensino médio


46% 27%
Solteiro Faculdade
30% 67%
Em um relacionamento sério Pós-graduação
21% 6%
Noivo
3%

19
Localização (principais)

Fortaleza
1%
Belém
0,6% Recife
0,9%

Salvador
Brasília 0,9%
1%
Rio de Janeiro
Belo Horizonte 4%
1%
Curitiba São Paulo
1% 7%
Florianópolis
Porto Alegre 0,6%
1%

Dispositivo

1% 31% 68%
Apenas desktop Desktop e portátil Apenas celular

Estratégia de busca no Audience Insights


Relacionados: Veganismo no Brasil
Volume: 10 mil – 15 mil pessoas
Período analisado: maio a junho/2019

Assuntos
A partir da base de publicações coletadas nas redes sociais (2.252) e classificadas, chegamos a oito
categorias de assuntos com poder de influência.

Assuntos mais influentes

Cruelty free 23%


Influenciadores sobre o assusto 18%
Beleza 18%
Consumidor 13%
Maquiagem 12%
Cosméticos 8%
Empresas/marcas 4%
Influenciadores de marcas 4%

0% 5% 10% 15% 20% 25%

20
Termos mais mencionados

veganfoodshare beautiful
gguida_
whatveganseat veganfood vegetarian
beauty govegandairyfree
vegan
just organic
nem veganism
hair
like love uma tem link

crueltyfree
juro
food free beleza skin skincare
new
ela
makeup
naturalbio plantbased
care
day will one make
healthy
belezanatural
products can
now
veganlife
vegansofig use
explicar
vegansofinstagram
healthyfood

Quando avaliamos a nuvem de assuntos mais comentados nas redes sociais, é pos-
sível também identificar uma predominância para o movimento cruelty free . Tal
dado revela um cenário influente no mercado de cosméticos e por isso as empresas
precisam ficar atentas ao que está sendo falado e ações que estão sendo realizadas.

Cosméticos que não são testados em animais


(cruelty free) ganham prestígio nas redes sociais
Da mesma forma, empresas que utilizam ainda os animais como forma de testar seus
produtos antes da comercialização estão tendo sua reputação cada vez mais abalada.

De fato, os consumidores estão se preocupando mais sobre o processo de produção das


marcas. E esse ponto vem sendo discutido nas redes sociais. À medida que mais pessoas repercutem
a crueldade contra os animais, mais evidente fica como esse movimento influencia as decisões de
compra. Os consumidores estão apoiando e divulgando marcas que possuem essa preocupação com
os animais e cobrando das demais que não cumprem com princípios éticos.

Nas redes sociais as publicações sobre o movimento foram as que mais reuniram menções negativas.
O teor negativo dos conteúdos se deve principalmente pelo fato de que inúmeros influenciadores
movem ações contra grandes empresas que ainda realizam testes em animais.

21
Veganos estão entre os principais
propagadores da causa
O movimento cruelty free é bastante difundido e requisitado pelos veganos e isso se deve
principalmente pelo fato desse público adotar uma série de posturas em suas condutas,
que inclui principalmente a defesa dos animais.

Com isso, foi impossível identificar no monitoramento das redes sociais uma aposta dos empreendedores
desse mercado quanto ao desenvolvimento de produtos veganos, que de modo consequente também
são cruelty free e assim contemplam um público maior de consumidores.

Consumidor no controle

Mais do que nunca, os consumidores estão lendo e fazendo pesquisas sobre produtos, serviços
e marcas e, diante dessas informações, tomando decisões em relação ao que consumir e
por qual marca optar.

Conheça três principais comportamentos que identificamos nas redes sociais sobre
o consumidor consciente de cosméticos:

Ele está trocando os produtos com ingredientes químicos, duvidosos ou desconhecidos


por escolhas mais benignas e naturais. Isso se aplica tanto a produtos quanto a processos
adotados pelas empresas.

Ele adota esse consumo também por entender que esses produtos causam menos reações
adversas e efeitos colaterais que os tradicionais e são mais benéficos para a saúde.

Ele reivindica legislações que defendam os seus propósitos, mas não fica à espera da lei,
ele é ativo em ações que julga serem necessárias para que o meio ambiente e os animais
sejam protegidos.

Ponto de atenção para entidades do setor: legislação


Alguns influenciadores são bastante engajados na reivindicação da proibição da venda
de produtos de beleza e cuidados pessoal testados em animais. E essa contestação é
manifestada de forma acentuada nas redes sociais, inclusive com a citação de marcas
que ainda não corrigiram seus processos ou com a cobrança de posicionamento de
entidades do setor.

Alguns países da União Europeia já aboliram a prática de testes em animais na indústria de cosméticos.
No entanto, outros, como EUA e China, estão entre os principais executores de testes em animais em
prol da beleza humana. Mais recentemente, agora em 2019, a China pôs fim à obrigatoriedade de
testar cosméticos em animais. Embora isso não signifique o fim da prática no país, é um movimento
que indica uma transição para um mercado mais consciente.

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No Brasil ainda são permitidas tanto a prática pela indústria de beleza como também a comercialização
de cosméticos que empregaram o mesmo procedimento. Contudo, há um projeto de lei que prevê,
entre outros pontos, a obrigatoriedade de constar a informação sobre testes em animais nas
embalagens dos cosméticos.

Mesmo que ainda não exista uma legislação federal no país, sete estados brasileiros já aboliram a
prática: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Paraná, Pará, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Contamos também com o Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos, ligado ao Instituto
Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, que visa desenvolver métodos alternativos para
experimentação de pesquisas em cosméticos. É o primeiro centro na América do Sul com tal objetivo.

Ponto de atenção para as empresas: “boicote às marcas”


Há uma corrente de divulgação nas redes sociais das marcas que realizam testes em
animais. As postagens relacionadas incentivam os consumidores a não utilizarem produtos
das marcas indicadas, assim como as denigrem no ambiente digital. Existe também um
movimento contrário, de recomendação de marcas que aboliram os testes em animais ou
que são veganas. Dessa forma, é fundamental que as empresas acompanhem, esclareçam e aprendam
com essas conversas, para que, tendo consciência dos mais recentes interesses e frustrações dos
consumidores, possam orientar seus negócios com base nesses cenários.

É preciso pensar em todo o ciclo


Embalagens recicláveis e biodegradáveis, espátulas, luvas, esponjas, pincéis, entre outros,
também fazem parte da demanda de consumidores conscientes. Por exemplo, pincéis de
cerdas naturais são produzidos com pelos de animais e muitas vezes não se sabe de que
forma foram obtidos. Assim, a substituição por pincéis que utilizem cerdas sintéticas se torna uma
atitude mais responsável.

Em relação às embalagens, o movimento Lixo Zero também ficou


em evidência. De acordo com o Instituto Lixo Zero Brasil, a iniciativa
consiste no “máximo aproveitamento e correto encaminhamento
dos resíduos recicláveis e orgânicos e a redução – ou mesmo o fim
– do encaminhamento destes materiais para os aterros sanitários
e/ou para a incineração”.

Novamente os veganos estão entre os principais disseminadores


da causa, que associam a beleza livre de plástico ao desperdício
zero. No Brasil, a primeira loja totalmente sem plásticos (tanto nas
embalagens quanto nos produtos) surgiu em 2018 – a Mapeei – uma
vida sem plástico. Em suas prateleiras estão produtos destinados a
beleza, como atoalhados para remoção de maquiagem e cosméticos
em barra ou em potes de metal, assim como produtos para cuidado
pessoal, como escovas de dente de bambu e bucha vegetal.

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Representatividade feminina e negra
e a influência no consumo desse mercado
Além dos reflexos na compra de cosméticos, alimentos e vestuário, os consumidores que
defendem o consumo consciente também estão bem atentos ao ativismo em causas como
o feminismo e a representatividade negra. Isso também ficou evidenciado nas análises
feitas nas redes sociais. Muitos dos influenciadores monitorados (apresentados nas páginas a seguir)
expõem essas relações nas definições da sua biografia. Essa convergência de causas se reflete também
no consumo de produtos de beleza. Um exemplo é a representatividade negra, em que mais mulheres
estão enaltecendo seus cabelos cacheados e crespos, resultando numa maior procura por produtos
que atendam especificamente esse perfil.

Tal tendência de crescimento foi apontada


também por um relatório do Google Brand
Lab, que revelou um aumento de 309% no
interesse por cabelos afro entre os anos de
2016 e 2017. Esse crescimento fez com que as
buscas por cabelos cacheados ultrapassassem
pela primeira vez a busca por cabelos lisos.
E, com a aproximação entre o movimento de
fortalecimento da identidade negra e o de
consumo consciente, surgiu uma demanda por
produtos que agregam esses dois interesses:
produtos exclusivos para cabelos cacheados e
veganos, cruelty free, naturais ou orgânicos.

Muitas marcas inclusive, estão utilizando a


estratégia de inserir em suas campanhas de
marketing, a imagem da mulher, empoderada,
multicultural e que visa um consumo consciente.
Nesse sentido, também se destacam as marcas
que obtêm certificação de cruelty free, veganas
ou orgânicas e inserem em seus produtos selos
que dão visibilidade a esse diferencial.

Personalização é a palavra-chave
para um público que sabe o que quer
O público que busca um consumo mais sustentável está a todo momento se atualizando
sobre ingredientes/substâncias/componentes e práticas que não agridam de alguma forma
o meio ambiente ou que prejudiquem a sociedade como um todo. Por isso, investir nesse
mercado exige comprometimento e inovação constantes. Nas redes sociais apareceram em maior
ocorrência produtos para a pele, como cremes de hidratação que utilizam na sua fórmula apenas
flores, plantas ou ingredientes naturais, como cera de abelha, colágeno etc.

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Receitas para a produção DIY (sigla para “faça você mesmo” em
português) desses cosméticos também apareceram entre as
publicações. O material está no formato de receitas, tutoriais,
indicação de benefícios e como recurso terapêutico para o
bem-estar físico e psicológico, que é o caso da aromaterapia,
prática que faz uso de óleos essenciais e outros tipos de
fragrâncias como um tipo de medicina alternativa.

Em segundo número de ocorrências de produtos,


apareceram os destinados para maquiagem, principalmente
a vegana, e os destinados ao cabelo, limpeza e hidratação.
Em menor incidência estavam postagens que tratavam do
embelezamento de unhas, como esmaltes e removedores
veganos. Com todo esse mercado em crescimento, mas ainda com muito espaço para conquista de
novos consumidores, aparecem novos negócios, advindos das gerações mais jovens, que são também
os principais consumidores desses produtos. E a personalização surge como demanda para atender
um consumidor extremamente exigente e antenado, mas também como diferencial para concorrer na
indústria de beleza.

Ideia de negócio personalizado coletado nas redes sociais: produtos veganos, naturais ou orgânicos
para bebês e crianças. Dado que a pele dos pequenos é muito mais sensível que a dos adultos,
introduzir produtos mais saudáveis nos cuidados pessoais desse público é um nicho de mercado a
ser aproveitado.

ARTESANAL GANHA DESTAQUE


Ingredientes e formulações naturais, com pouca, econômica ou nenhuma embalagem
abrem espaço para o “artesanal”. E com isso, empresas iniciantes e que produzem em
menor escala são beneficiadas.

Fique atento com a “maquiagem verde”


O termo em inglês greenwashing se refere a empresas que vendem uma imagem de que
são ecologicamente responsáveis, mas a realidade é outra. Esse ato é observado de forma
mais frequente no rótulo das embalagens, que mencionam que os produtos são veganos,
orgânicos ou integralmente naturais, mas que na prática não o são. Nas redes sociais, influenciadores
e consumidores identificam essa conduta de algumas marcas e propagam listas contendo a relação
daquelas que são confiáveis e das que estão se aproveitando do movimento.

Um modo de evitar o greenwashing é buscando a certificação adequada, de forma a garantir segurança


no comprometimento com a defesa do meio ambiente. A Vegpedia, projeto brasileiro que reúne
informações sobre a temática, reuniu os principais selos que têm alguma relação com o veganismo e
a sustentabilidade. Conheça aqui.

25
Salões de beleza precisam evoluir em seus processos
Eles estão entre os que mais crescem no setor, seus serviços são solicitados mesmo em
cenários financeiros desfavoráveis. Tendo essa demanda contínua e crescente, aumenta
também a quantidade de resíduos gerados para atender a essa clientela.

Utilização em abundância de resíduos químicos, cortantes, vidros, embalagens plásticas, entre outros,
e a pouca adoção de recursos naturais na prestação dos serviços em salões de beleza foram os
problemas apontados nas redes sociais.

Além do aspecto sustentável, há também a os aspectos relacionados à saúde humana, por


isso é importante que os empreendedores desses estabelecimentos estejam atentos também
à Resolução RDC nº 222/2018, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que
regulamenta as boas práticas de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, revogando a
legislação anterior (Resolução RDC nº 306, de 2004). Nessa revisão foram incluídos os “serviços
de piercing e salões de beleza e estética” como geradores de resíduos de serviços de saúde (RSS).
Todos os estabelecimentos que são mencionadas nessa legislação precisam elaborar o Plano de
Gerenciamento de RSS. Saiba como!

O mercado de alimentação vegana serve como


modelo de referência para os negócios de cosméticos
A alimentação esteve presente de forma predominante no monitoramento do tema. De fato,
o mercado, principalmente o vegano, se desenvolveu na alimentação em primeiro lugar. Os
reflexos positivos foram se disseminando para outros setores, como o de beleza e de moda,
mas ainda há muito em que se inspirar e aproveitar estratégias já consolidadas na alimentação. Um
ponto importante, indispensável para que empreendedores do setor de beleza alcancem melhores
resultados nos negócios sustentáveis, é partir da premissa de que o consumidor consciente busca uma
série de práticas para incluir na sua rotina. Por isso, é fundamental relacionar os produtos e serviços
e estender para diferentes setores. Como dica, invista em negócios agregados nesse mercado, que
unem cosméticos, alimentação e vestuário: isso vale também para a publicidade.

Uma tendência que vem se popularizando no mundo da beleza é o uso de componentes


derivados de alimentos e bebidas nas fórmulas de cosméticos. Produtos como água
de coco e linhaça, por exemplo, são ingredientes naturais poderosos para manter
peles saudáveis e iluminadas.

26
05.
Mulheres e influentes
elas são as protagonistas
da beleza sustentável nas
redes sociais

A maioria absoluta dos perfis identificados e que são ativos com o movimento é de mulheres.

Conheça e descubra como essas influenciadoras


se posicionam nas redes sociais

Alana Rox: catarinense, ativista, influenciadora digital e cantora. É autora de um


livro de receitas veganas, comanda o programa “Diário de uma vegana” no canal
GNT e tem um blog sobre o assunto.
• Rede de maior atividade:  205 mil seguidores

Hana Khalil: influenciadora, ativista vegana e ex-BBB.


• Redes de maior atividade:  1,2 milhão de seguidores •  147 mil
seguidores.

Nanda Curyx: jornalista que divulga o veganismo e incentiva o consumo de


produtos naturais. Também tem um canal sobre cabelos crespos e cacheados,
voltado para a vida vegana e a beleza consciente.
• Redes de maior atividade:  22,8 mil seguidores •  11.850 inscritos

Luisa Mell: ativista defensora dos animais.


• Redes de maior atividade:  3 milhões de seguidores •  94.184 inscritos
•  2.875.873 seguidores

27
Mari Morena: fala sobre beleza vegana, principalmente relacionada a cabelos
cacheados e crespos e também é ativista LGBT.
• Redes de maior atividade:  148 mil seguidores •  73.561 seguidores •
 369.290 inscritos •  2.119 seguidores

Nicole Make: fala sobre veganismo, maquiagem e beleza. Tem um canal no


YouTube sobre maquiagem e também o site “Beleza sem Crueldade), que aborda
o mesmo tema.
• Redes de maior atividade:  21 mil seguidores •  34.130 •  91.313
inscritos •  1.978 seguidores

Nyle Ferrari: divulga o veganismo e incentiva o consumo de produtos naturais


e a beleza natural.
• Rede de maior atividade:  25 mil seguidores

Sandila Vieira: faz sucesso no Instagram e no YouTube com seu estilo dark e
também dando dicas de maquiagem e produtos veganos.
• Redes de maior atividade:  26,8 seguidores •  canal Nox et Lux com
85.882 inscritos

Bárbara Almeida: faz sucesso divulgando um veganismo mais acessível por


meio da sua rede Vegana Pobre.
• Rede de maior atividade:  62,5 mil seguidores

Yasmin Brunet: atriz, modelo e influenciadora digital. Luta pela causa animal, dá
dicas de beleza e alimentação plant-based.
• Redes de maior atividade:  2,1 milhões de seguidores •  333.187
inscritos

Canais do YouTube em destaque

Bora Veganizar:
alimentação, beleza, vestuário etc., dicas para uma vida vegana.

Karen Bachini:
make e higiene pessoal veganas.

Karina Veiga:
cosméticos naturais, lifestyle, cabelos, maquiagem, moda, cultura e afins.

28
Maquiagem não é futilidade por Larissa Lancastre:
canal sobre autoestima, dicas de maquiagem e produtos veganos para cabelo.

Maquiando sem crueldade por Melissa Vieira:


assuntos relacionados a maquiagem e cosméticos veganos.

Nicole Make:
maquiagem vegana.

Pecado Vegano por Ivan di Simoni:


abrange assuntos relacionados ao mercado de veganismo em geral, incluindo
maquiagem. É o único canal dirigido por um homem.

Vegana bacana:
receitas de comida e make veganas e orgânicas.

Vegflix:
dicas sobre o universo vegano.

Páginas do Facebook em destaque

Ari Vegan:
maquiagens e cosméticos livres de crueldade animal. Possui um blog com o
mesmo nome.

Beleza Pura Store:


loja de cosméticos veganos e cruelty free. Única rede social com a qual se
destacou entre os perfis de influenciadores.

Mari Morena:
voltado principalmente para produtos para o cabelo. Inclui produtos veganos.

Nicole Make:
maquiagem vegana. Assim como nas demais redes, trabalha também a
divulgação frequente no Facebook.

29
Engajamento no período monitorado
Instagram 1

Perfil Organic posts Likes Comments

Total 54.144 7.215.516 149.839

1 Vegana Pobre 25 49.399 1.068

2 Sandila Vieira 25 67.547 1.944

3 Maquiando sem crueldade 25 9.518 523

4 Jackie Almeida 25 14.548 583

5 Nyle Ferrari 26 45.759 3.062

6 Karina Viega 26 15.797 2.769

5 Yasmin Brunet 29 1.445.252 10.339

8 Nanda Curyx 32 16.496 837

9 Hana Khalil 32 4.706.103 80.268

É importante avaliar o número de organic posts (conteúdo gerado) no período analisado, com o
número de interação (curtidas e comentários). Evidentemente, personalidades como Yasmin Brunet
e Hana Khalil possuem uma visibilidade maior, consequentemente, um engajamento maior em suas
postagens. Mas é perceptível também a notoriedade dos perfis Vegana Pobre e Sandila Vieira (@
mochlath), que possuem um menor número de postagens, mas um considerável engajamento.

1
Não foi possível analisar perfis que não possuem a “conta business”, mesmo que com conta verificadas, por limitação do Instagram.
Exemplo: ativista Luísa Mel.

30
YouTube

Perfil Organic Posts Subscribers Views Likes Dislikes Comments

Total 25 19.321.896 2.639.923 348.900 2.280 14.706

1 Karen Bachini 8 2.227.767 2.543.846 328.348 2.160 13.369

2 Vegflix 5 37.964 9.103 1.709 18 196

3 Rayssa Eckert 4 266.555 66.823 15.417 81 802

Maquiagem
4 3 4.141 386 86 0 26
não é futilidade

5 Vegana bacana 2 106.241 17.721 3.113 15 248

6 Karina Viega 2 63.617 1.815 225 6 65

7 Ana C. Pasternak 1 1.099 229 2 0 0

Entre os canais de vídeos, Karen Bachini foi a que mais publicou no período, gerando um número
significativo de inscritos, visualizações, curtidas, comentários e dislikes (marcação do vídeo como “não
gostei”. Esse último também é uma importante variável a ser analisada em canais de vídeos.

Foi possível verificar também entre os perfis em destaque o aparecimento de alguns que não foram
levantados em análise anterior, como o canal da Rayssa Eckert e Ana C. Pasternak. Tais perfis não se
dedicam exclusivamente ao mercado de produtos naturais, orgânicos, veganos ou livre de crueldade,
mas no período geraram conteúdo referente ao assunto.

31
Facebook 2

Organic Love Wow Haha Sad Angry


Page Posts Shares Likes Reactions Reactions Reactions Reactions Reactions Comments

Total 22 38 704 102 11 1 0 0 24

Beleza
1 Pura 15 35 121 9 0 0 0 0 8
Store

Nicole
2 4 3 48 24 3 0 0 0 11
Make

Mari
3 3 0 535 69 8 1 0 0 5
Morena

Foi no Facebook que apareceu entre os destaques uma página voltada para um negócio do setor.
Conforme descrito em seu perfil, a loja Beleza Pura Store comercializa cosméticos e produtos de
cuidado com a pele, naturais, veganos, orgânicos, sem glúten e 100% cruelty free. Totalmente online, a
loja oferece produtos para higiene pessoal, maquiagem, tratamento, corpo e banho, cabelos, homem,
gestante, criança e bebê.

Conheça mais sobre as estratégias da loja nos canais digitais e inspire-se: Facebook I E-commerce.

Twitter

O Twitter não se mostrou uma rede de grande audiência


para os influenciadores deste mercado. Apenas a
influenciadora Hana Khalil concentrou mais postagens e
interação nesta rede social, mas ainda assim os assuntos
na maioria das vezes não estavam relacionados com o
contexto da pesquisa.

2
Por limitação do Facebook também só foi possível monitorar contas que são páginas e que geraram conteúdo no período.

32
06.

Considerações finais

As redes sociais permitem de fato uma difusão mais ampla do mercado de produtos de beleza naturais,
orgânicos, veganos e livres de crueldade e conecta de uma forma mais direta marcas e consumidores.

Do mesmo modo, à medida que fatos e opiniões se espalham mais rapidamente por meio das redes
sociais, as empresas precisam ficar atentas para acompanhar simultaneamente as transformações de
demandas e expectativas dos consumidores.

É fato também que os consumidores têm mais conhecimento e poder, tanto para enaltecer como para
desprestigiar uma marca. E no setor de beleza isso vem acontecendo de forma constante nas redes
sociais, como foi mostrado nesta pesquisa.

Foi notável que o movimento de defesa dos animais, cruelty free (livre de crueldade), está tendo
bastante aderência na internet e que o mercado de cosméticos está entre os protagonistas dessa
revolução pela qual anseiam os consumidores e influenciadores do movimento.

Participar ou não desse movimento pode ser benéfico ou prejudicial para as empresas, dependendo
de como elas vão direcionar suas estratégias. Por isso, é preciso planejar, pesquisar e ter bastante
conhecimento a respeito de ingredientes, componentes e propósitos, pois esse mercado concentra
consumidores esclarecidos, atualizados e exigentes.

Só se manterão à frente empresas que prestarem muita atenção às tendências de beleza, aos
interesses e preocupações dos consumidores e souberem se posicionar de forma proativa perante
esses anseios. Vale portanto criar parcerias com empresas de outros segmentos, como alimentação
e vestuário, buscar influenciadores para divulgar as ações da sua marca, obter certificações para dar
segurança aos consumidores e estar sempre se capacitando com o que há de novo.

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FONTES DE APOIO
Andrea Cheng. Why you should care about vegan beauty. The New York Times. 2019.

Fabio Chaves. Forbes: 70% da população mundial está deixando a carne e número de veganos nos
EUA cresceu 600%. Vista-se. 2018.

Germany dominates global vegan product market, says report. Plant Based News. 2018

Gisella Meneguelli. Cresce o número de pessoas veganas no mundo inteiro, revela pesquisa.
GreenMe. 2018.

How Are Vegan Trends Shaping the Beauty Industry?. Beauty Business. 2019

Janet Forgrieve. The growing acceptance of veganism. Forbes. 2018.

Joey Feldman. Top 10 vegan cities in Europe. Ecobnb. 2019.

John Parker. The year of the vegan. The Worldin. 2019.

Kat Smith. There’s been a 175% increase in vegan cosmetics since 2013. Livekindly. 2018.

Olga Penteado. Cosmético orgânico, vegano, natural, cruelty-free: entenda as diferenças.


Vogue. 2018.

Shankar Prasad. Trends in the vegan beauty industry. Entrepreneur. 2018.

Srividya Kalyanaraman. How clean is your makeup? Brandwatch. 2017.

Statistics. The Vegan Society. 2018.

The complete beginner’s guide to vegan makeup, cosmetics and skin care. WildMint. 2019.

The Economist diz que 2019 será o ano do veganismo. Vegazeta. 2018.

Vegan cosmetics market size worth $20.8 billion by 2025 | CAGR 6.3%.
Grand View Research. 2018.

Vegan cosmetics market size, share & trends analysis report by product (skin care, hair care,
makeup), by sales channel (e-commerce, supermarket, departmental store, specialty store), and
segment forecast, 2018 – 2025. Grand View Research. 2018.

Why the global rise in vegan and plant-based eating isn’t a fad (600% increase in U.S. vegans +
other astounding Stats). Food Revolution. 2018.

William Defebaugh. Millennials are more likely to shop eco-friendly, new study finds. 2018.

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