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O texto discute a evolução do consumo ao longo dos anos e o crescimento das chamadas

"sociedades de consumo" em sociedades avançadas. Nos últimos cinquenta anos, o


consumo desempenhou um papel fundamental no estímulo do desenvolvimento econômico
dessas sociedades.

No entanto, cientistas, cientistas sociais, jornalistas e políticos estão cada vez mais
preocupados com o impacto ambiental insustentável do consumo desenfreado. Eles
argumentam que as atuais taxas e tipos de consumo estão contribuindo para problemas
como mudanças climáticas, escassez de recursos básicos e desperdício. A produção em
massa de bens de consumo muitas vezes prioriza a obsolescência, o que não é sustentável
a longo prazo.

Os ambientalistas e defensores do consumo responsável propõem uma mudança


significativa na forma como os produtos são produzidos, a fim de proteger o meio ambiente
e conservar os recursos. Eles também defendem uma mudança na relação entre o
consumo e a identidade do consumidor. Isso significa que os consumidores devem reavaliar
como constroem suas identidades sociais por meio do consumo.

Os cientistas sociais estão investigando se os consumidores estão realmente mudando


suas atitudes e comportamentos em direção a um consumo mais responsável. Eles
analisam três tipos de bens de consumo: vestuário, alimentos e transporte. Todos esses
setores enfrentam desafios de sustentabilidade devido a mudanças ambientais e
aquecimento global.

O texto também fornece uma visão geral da evolução da pesquisa sobre consumo no
campo da ciência social. Inicialmente, o consumo era visto de forma negativa como uma
influência da cultura de massa. Posteriormente, uma nova sociologia do consumo surgiu,
considerando o consumo como uma prática cultural e social importante. A identidade do
consumidor passou a ser moldada por escolhas de estilo de vida.

No entanto, essa visão mais positiva do consumo foi posteriormente considerada


insuficiente e excessivamente elogiosa das práticas de consumo. Uma terceira perspectiva,
a política do consumo, emergiu. Ela destaca o consumidor como um ator político que faz
escolhas com base em crenças e opções políticas.

O consumidor político está interessado em consumo ético, comércio justo e consumo verde.
Os movimentos sociais desempenham um papel fundamental na promoção dessas práticas
e pressionam empresas a seguir padrões éticos.

No entanto, o poder do consumidor é discutido, com alguns argumentando que os


consumidores individuais têm influência limitada no mercado. Os movimentos sociais
podem transformar escolhas individuais em afirmações coletivas, o que afeta o mercado.

O texto também explora como ações coletivas, como boicotes, têm sido usadas para
pressionar empresas a adotar práticas éticas e ambientalmente responsáveis. Além disso,
discute como os consumidores podem exercer poder no mercado por meio de escolhas
entre produtos similares.
Em relação ao consumo responsável, o texto examina a relação entre atitudes e
comportamentos dos consumidores. Muitas vezes, as atitudes pró-ambientais não se
traduzem em comportamentos sustentáveis.

Finalmente, o texto aborda o consumo de moda sustentável e ética, observando que os


consumidores de moda são frequentemente caracterizados como "vítimas" incapazes de
controlar seus hábitos de gasto. No entanto, existem movimentos crescentes em direção à
moda sustentável, onde os consumidores buscam produtos produzidos de maneira ética e
ambientalmente responsável.

Em resumo, o texto aborda a evolução do consumo, a crescente importância do consumo


responsável, o poder dos consumidores e como os movimentos sociais desempenham um
papel na promoção do consumo ético e ambientalmente responsável.
O trecho final do texto discute as questões relacionadas ao consumo responsável em
diferentes áreas, como moda, alimentos, gestão de resíduos e automóveis. Resumindo:

1. Consumo de Moda: Consumidores jovens, especialmente mulheres, parecem estar


conscientes de questões éticas e ambientais na produção de vestuário. No entanto, estão
mais preocupados com a imagem, estilo e preço de suas compras do que com a
sustentabilidade. O mercado da moda sustentável tende a atrair mulheres mais velhas,
menos preocupadas com as últimas tendências da moda.

2. Alimentos e Gestão do Lixo: O consumo verde relacionado à alimentação, como


alimentos orgânicos, está crescendo, mas ainda representa uma pequena proporção das
vendas totais de alimentos. A principal motivação para comprar alimentos orgânicos é a
saúde e a segurança alimentar, em vez de preocupações éticas. A classe social e a
educação estão associadas ao consumo verde, mas muitos consumidores ainda não
confiam nas informações fornecidas pela indústria alimentícia.

3. Automóveis: Os carros são uma fonte significativa de poluição ambiental. A


conscientização sobre os impactos ambientais dos automóveis é alta, mas a maioria dos
consumidores não muda seus hábitos de consumo relacionados a carros, mesmo que
concordem com a importância da proteção ambiental. As atitudes ambientais nem sempre
se traduzem em comportamentos relevantes.

4. Consumo Verde como um Estilo de Vida da Classe Média Alta: O consumo verde não é
uniforme e é influenciado por valores, atitudes e estilo de vida. As identidades verdes são
particularmente proeminentes em grupos de ativistas ambientais que pertencem à classe
média, mas não em todos os membros dessa classe. As atitudes em relação ao ambiente
variam dependendo do envolvimento das pessoas com o ambiente em suas vidas diárias.

Conclusão: Mudar o comportamento do consumidor em direção a práticas mais


sustentáveis é um desafio significativo, pois envolve não apenas atitudes, mas também
fatores sociais, culturais e econômicos. Para efetivar mudanças em direção a um amplo
consumo verde, é necessário considerar abordagens coletivas, como movimentos sociais,
boicotes e legislação, bem como criar ambientes e redes sociais que apoiem estilos de vida
sustentáveis.

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