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UNIVERSIDADE KIMPAVITA

Criado pelo Decreto N°26/11 do conselho de Ministros, em 23 de Fevereiro

MECÂNICA DOS FLUIDOS I


Engenharia Hidráulica & Saneamento de 𝐻2 0 1 ºAno

Elaborado

------------------------------------------------

Prof. Eng.º Benvindo Sebastião António

Uige , 19 de Fevereiro de 2020


UNIKIV – ANGOLA – EHeSA

Mecânica dos
Fluidos I

Prof.Engº. Benvindo.S. António


Depto. EHeSA – UNIKIV
Março - 2021

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Elaborado pelo : Prof. Eng.º Benvindo Sebastião António
UNIKIV – ANGOLA – EHeSA
INDICE

Pag
Capitulo I – Conceitos Fundamentais

1 Introdução a Mecânica dos Fluidos I -------------------------------------------------- 6


1.2 Introdução --------------------------------------------------------------------------------- 6
1.2.1 Resumo Histórico da Mecânica dos Fluidos ----------------------------------------- 7
1.3 Unidades Físicas-------------------------------------------------------------------------- 11
1.3.1 Unidades físicas do SI-------------------------------------------------------------------- 11
1.3.2 Tabela de Prefixos de Múltiplos e Submúltiplos de Unidades --------------------- 11
1.3.3 Sistema Métrico de Pesos e Medidas / Decimal ou Sistema legal ------------------ 12
1.3.3.1 Medidas de Comprimento---------------------------------------------------------------- 12
1.3.3.2 Medidas de Capacidade------------------------------------------------------------------ 12
1.3.3.3 Medidas de Superfície--------------------------------------------------------------------- 13
1.3.3.4 Medidas de Volume----------------------------------------------------------------------- 13
1.4 Definição & Objetivos da Mecânica dos Fluidos----------------------------------- 14
1.4.1 Ramos da Física--------------------------------------------------------------------------- 14
1.4.1.1 Definição & Objetivos------------------------------------------------------------------ 14
1.5 Conceito de Fluido------------------------------------------------------------------------ 14
1.6 Líquidos & Gases-------------------------------------------------------------------------- 15
1.6.1 Fluidos Newtonianos & Não Newtonianos-------------------------------------------- 16

Capítulo II – Propriedade dos Fluidos

2 Propriedade dos Fluidos----------------------------------------------------------------- 20


2.1 Densidade---------------------------------------------------------------------------------- 20
2.1.1 Volume Especifico----------------------------------------------------------------------- 20
2.1.2 Densidade Relativa (S) ------------------------------------------------------------------------ 21
2.1.3 Peso Especifico (𝛾"𝑔𝑎𝑚𝑎" )------------------------------------------------------------- 21
2.2 Viscosidade-------------------------------------------------------------------------------- 21
2.2.1 Viscosidade Dinâmica-------------------------------------------------------------------- 22
2.2.2 Viscosidade Cinemática------------------------------------------------------------------ 22
2.2.3 Causas da Viscosidade-------------------------------------------------------------------- 22
2.2.4 Viscosidade nos Gases-------------------------------------------------------------------- 23
2.2.5 Viscosidade nos Líquidos----------------------------------------------------------------- 23
2.2.6 Efeito da Pressão na Viscosidade------------------------------------------------------- 24
2.3 Lei dos Gases Perfeitos------------------------------------------------------------------- 24
2.4 Compressibilidade e Velocidade do Som---------------------------------------------- 25
2.4.1 Compressibilidade------------------------------------------------------------------------- 25
2.5 Velocidade do Som ----------------------------------------------------------------------- 25

Capítulo III – Tubagem , Acessórios para Tubos & Mangueiras

3 Tubulação---------------------------------------------------------------------------------- 28
3.1 Construção das Mangueiras-------------------------------------------------------------- 28
3.1.1 Baixa e Media Pressão ------------------------------------------------------------------- 29
3.1.2 Media e Alta Pressão---------------------------------------------------------------------- 29
3.1.3 Alta Pressão --------------------------------------------------------------------------------- 29
3.1.4 Extra alta Pressão---------------------------------------------------------------------------- 30
3.2 Roscas NPT e BSP --------------------------------------------------------------------------- 31
3.2.1 Acessórios para Tubos Métricos Swagelok ( Líquidos & Gás )---------------------- 31
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3.3 Conexões-------------------------------------------------------------------------------------- 34
3.3.1 Conexões Reusáveis------------------------------------------------------------------------- 35
3.3.2 Conexões Prensáveis---------------------------------------------------------------------- 35
3.3.3 Conexões Praticas----------------------------------------------------------------------------- 36
3.4 Vazamentos------------------------------------------------------------------------------------- 37
3.4.1 Vazamentos Interno-------------------------------------------------------------------------- 37
3.4.2 Vazamento Externo---------------------------------------------------------------------------- 37
3.5 Símbolos Gráficos & Diagrama Hidráulico--------------------------------------------- 37
3.6 Objetivo-------------------------------------------------------------------------------------- 37
3.7 Símbolos Gráficos da Hidráulica ----------------------------------------------------------- 38
3.7.1 Diagramas Representativos---------------------------------------------------------------- 38
3.7.2 Diagrama em Corte---------------------------------------------------------------------------- 38
3.8 Linhas----------------------------------------------------------------------------------------- 39
3.8.1 Componentes Rotativo---------------------------------------------------------------------- 40
3.8.2 Cilindros---------------------------------------------------------------------------------------- 40
3.8.3 Válvulas----------------------------------------------------------------------------------------- 41
3.8.3.1 3. Válvulas usadas nas Instalações Industrias------------------------------------------- 42
3.8.4 Símbolo para o reservatório----------------------------------------------------------------- 43

Capítulo IV – Fluidos Pneumáticos Identificação das Funções

4 Introdução a Pneumática------------------------------------------------------------------ 45
4.1 Princípio de Pascal--------------------------------------------------------------------------- 45
4.1.1 Característica da Pneumática------------------------------------------------------------- 46
4.1.1.1 Aplicações da Pneumática----------------------------------------------------------------- 46
4.1.2 Composição de Um Sistema Pneumático------------------------------------------------ 46
4.1.3 Característica do Ar Comprimido-------------------------------------------------------- 46
4.1.4 De 7 a 10 o custo da Energia Pneumática------------------------------------------------- 47
4.1.5 Propriedades Físicas do Ar---------------------------------------------------------------- 47
4.1.5.1 Grandezas Pneumáticas------------------------------------------------------------------- 49
4.1.5.2 Pressão------------------------------------------------------------------------------------------ 49
4.1.5.3 Pressão Manométrica------------------------------------------------------------------------- 49
4.1.5.4 Pressão Atmosférica--------------------------------------------------------------------------- 49
4.1.5.5 Pressão Absoluta-------------------------------------------------------------------------------- 49
4.1.5.6 Unidades de Pressão------------------------------------------------------------------------- 49
4.1.5.7 Variação da Pressão Atmosférica em Relação a Altitude-------------------------------- 50
4.2 Vazão------------------------------------------------------------------------------------------ 51
4.2.1 Unidades de Vazão--------------------------------------------------------------------------- 51
4.3 Simbologia / Resumo------------------------------------------------------------------------ 52
4.3.1 Linhas de Fluxo------------------------------------------------------------------------------- 52
4.3.2 Fontes de Energia------------------------------------------------------------------------------- 52
4.3.3 Acoplamentos------------------------------------------------------------------------------ 53
4.3.4 Compressores------------------------------------------------------------------------------ 53
4.3.5 Condicionadores de Energia------------------------------------------------------------- 53
4.3.6 Válvulas Direcionais---------------------------------------------------------------------- 54
4.3.7 Métodos de Acionamentos----------------------------------------------------------------- 54
4.3.8 Conversores Rotativos de Energia------------------------------------------------------- 54
4.3.9 Conversores Lineares de Energia--------------------------------------------------------- 56
4.3.10 Válvula de Controladoras de Vazão------------------------------------------------------ 56
4.3.11 Válvula de Retenção-------------------------------------------------------------------------- 57
4.3.12 Válvula Reguladora de Pressão ------------------------------------------------------------- 57
4.3.13 Instrumentos & Acessórios---------------------------------------------------------------- 58
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4.4 Anexos---------------------------------------------------------------------------------------- 59
4.5 Bibliografia--------------------------------------------------------------------------------- 63

LISTA DE TABELA

TABELA 1.1 Resumo Histórico de Mecânica dos Fluidos. 8


TABELA 1.2 Resumo Histórico de Mecânica dos Fluidos (Continuação) . 9
TABELA 1.3 Unidades Físicas S.I 11
TABELA 1.4 Prefixo e múltiplos & submúltiplos 11
TABELA 1.5 Prefixo e múltiplos & submúltiplos (continuação ) 11
TABELA 1.6 Medidas de Comprimento 12
TABELA 1.7 Medidas de capacidade 12
TABELA 1.8 Medidas de superfície 13
TABELA 1.9 Medidas de volume 13
TABELA 2.1 Propriedade do Ar nas Condições Padrões ao nível do Mar . 25
TABELA 3.1 Valores de Bitola de Baixa e Media Pressão. 29
TABELA 3.2 Valores de Bitola de Baixa e Media Pressão e Alta Pressão 29
TABELA 3.3 Valores de Bitola de Baixa e Media Pressão e Alta Pressão (continuação ) 29
TABELA 3.4 Valores da Bitola de Alta Pressão . 30
TABELA 3.5 Valores da Bitola de Extra Alta Pressão . 30
TABELA 3.6 Perdas de Óleo Com Vazamento . 37
TABELA 4.1 Relação entre as Unidades de Pressão . 49
TABELA 4.2 Variação da Pressão Atmosférica . 50
TABELA 4.3 Relação Entre as Unidades de Vazão . 51

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1.2 . Introdução

O mundo está rodeado por fluidos como água e ar essenciais para nossa vida. Neles nos
deslocamos e sofremos consequências das alterações que se produzem naturalmente ou
provocadas pelo próprio homem. Também é fundamental a presença dos fluidos na conversão,
transporte e utilização da energia em diferentes campos da engenharia.

Nesta seção apresenta-se uma introdução do movimento dos fluidos. O movimento dos fluidos
pode ser estudado da mesma forma que o movimento de corpos sólidos usando-se as leis
fundamentais da física juntamente com as propriedades físicas dos fluidos. Conforme a
natureza do escoamento será a complexidade de sua análise. O movimento das ondas do mar,
furacões e tornados ou outros fenômenos atmosféricos são exemplos de escoamentos altamente
complexos.
O estudo de Mecânica dos Fluidos é essencial para analisar qualquer sistema no qual o fluido
produz trabalho. No projeto de veículos para transporte terrestre marítimo e especial; no projeto
de turbomáquinas, na lubrificação na Engenharia Biomédica, no estudo da aerodinâmica das
Aves, insetos, animais e até no desporto são utilizadas as lei básicas de Mecânica dos Fluidos.

Algumas aplicações típicas da Mecânica dos Fluidos na Engenharia:


Redes de distribuição de fluidos - água, combustíveis (gás natural, gases de petróleo
liquefeito, petróleo), de vapor de água (em fábricas);
Ventilação em edifícios urbanos e industriais, túneis e outras infraestruturas;
Máquinas de conversão de energia (turbinas hidráulicas, turbinas eólicas, turbinas a vapor
e gás, compressores, ventiladores e bombas hidráulicas);
Transferência de calor e massa em equipamentos térmicos (caldeiras, trocadores de calor,
fornalhas, queimadores, motores de combustão interna);
Transporte de veículos (resistência ao avanço, sustentação de aeronaves, propulsão de
aeronaves e de navios, segurança aerodinâmica e conforto - controle de ruído e circulação
de ar no interior de veículos);
Vibrações e esforços de origem aerodinâmica em estruturas; (edifícios, chaminés,
estádios, aeroportos).
Estudos de qualidade de água e de qualidade de ar (poluição atmosférica).

As leis básicas que governam os problemas de Mecânica dos Fluidos são


• A conservação da massa.
• A segunda lei do movimento de Newton.
• O princípio do momento da quantidade de movimento.
• A primeira lei da termodinâmica.
• A segunda lei da termodinâmica.
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1.2.1 - Resumo Histórico da Mecânica dos Fluidos

O estudo da Mecânica dos Fluidos teve início antes de Cristo, estimulada pelas necessidades
de sistemas de distribuição de água para as pessoas e para a irrigação, assim como para o
projeto de barcos para a navegação e os dispositivos e armas de guerra. Naquela época o seu
desenvolvimento foi empírico sem utilizar conceitos matemáticos nem da mecânica, entretanto,
eles serviram como base para o desenvolvimento ocorrido na civilização grega antiga e no
império romano. Os primeiros escritos conhecidos sobre a Mecânica dos Fluidos são os de
Arquimedes (287 – 212 a.C.), abordando os princípios da hidrostática e da flutuação.

No início da era cristã, Sextus Juluis Frontinus (40 – 103 d.C.), engenheiro romano, descreveu
detalhadamente sofisticados sistemas de distribuição de água construídos pelos romanos.
Posteriormente durante o Renascimento, novas contribuições são alcançadas no campo da
hidráulica e mecânica experimental com Leonardo da Vinci (1452 – 1519) e Galileu Galilei
(1564 – 1642). Na primeira metade do séc. XVII, Isaac Newton enunciou as leis do
movimento. Mais tarde, em 1755, Euler, estabeleceu equações diferenciais básicas do
movimento. Estudos e equações sobre energia foram estabelecidos por Bernoulli e
D’Alembert. Após todos os conhecimentos alcançados no séc. XVIII, os estudiosos se
dividiram em duas ciências que se desenvolveram separadamente.

A Hidrodinâmica e a Hidráulica. A Hidrodinâmica tratava do estudo teórico e matemático,


com análises do fluido perfeito sem atrito. A Hidráulica tratava dos aspectos experimentais do
comportamento real dos fluidos. No fins do séc. XIX. Navier (1827) e Stokes (1845), em
trabalhos independentes, apresentam as equações de movimento na forma geral e com a
inclusão do conceito de viscosidade. Tais equações restritas aos denominados fluidos
newtonianos. Apesar disto, muitos resultados experimentais obtidos pelos estudiosos da
Hidráulica não eram ainda explicados por tais equações.

No fim do séc. XIX, as experiências realizadas por Reynolds começaram a elucidar


possibilidades de aplicações das equações de Navier-Stokes pelo estabelecimento do conceito
de dois diferentes tipos de escoamentos: o laminar e o turbulento. Em 1904, o professor alemão
Ludwig Prandtl (1857 – 1953) apresenta o conceito de "camada limite", representando a base
para a reunificação das duas abordagens até então utilizadas na Mecânica dos Fluidos.

A idéia proposta por Prandtl é que os escoamentos em torno de fronteiras podem ser
subdivididos em duas regiões: uma próxima às paredes, onde os efeitos viscosos são muito
importantes (camada fina de fluido – camada limite) e outra, adjacente à esta, onde o fluido se
comporta como um fluido ideal, sem atrito. Este conceito forneceu a ligação para unificar os
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conceitos teóricos dos que trabalhavam com a hidrodinâmica e com a hidráulica. Após
Prandtl, muitos outros contribuíram para o engrandecimento dos conhecimentos da Mecânica
dos Fluidos.

Com o primeiro vôo motorizado, no início do séc. XX, aumentou o interesse pela
Aerodinâmica, pois era necessário projetar aviões cada vez mais modernos, o que provocou um
rápido desenvolvimento desta área.

Tabela 1.1 . Resumo Histórico de Mecânica dos Fluidos

Archimedes ( 287-212 a.C.) Estabeleceu os Princípios Básicos do empuxo e da flutuação


Sextus Juluis Frontinus (40-130) Escreveu um tratado sobre os métodos romanos de distribuição de água
Leonardo da Vinci (1452-1519) Expressou o principio da continuidade de modo elementar, observou e
fez analises de muitos escoamentos básicos e projetou algumas
maquinas hidráulicas .
Galileu Galilei (1562-1642) Estimulou indiretamente a experimentação em hidráulica; revisou o
conceito aristotélico de vácuo .
Evangelista Torricelli (1608 – Relacionou a altura barométrica com o peso da atmosfera e a forma do
1647) jato de líquido com as trajetórias relativas a queda livre.
Blaise Pascal (1623-1662) Esclareceu totalmente o princípio de funcionamento do barómetro, da
prensa hidráulica e da transmissibilidade de pressão.
Issac Newton (1642-1727 ) Explorou vários aspetos da resistência aos escoamentos, a natureza das
ondas e descobriu as concentrações nos jatos
Henri de Pitot (1695-1771) Construi-o um dispositivo duplo para indicar a velocidade nos
escoamentos de água a partir da diferença de altura entre duas colunas
de liquido
Daniel Bernoulli ( 1700 -1782 ) Fez muitas experiencias e escreveu sobre o movimento dos fluidos(é
de sua autoria o termo ”hidrodinâmica”);organizou as técnicas
manométricas de medidas e explicou o funcionamento destes
dispositivos; propôs a propulsão a jato .
Leonhard Euler (1707 – 1783) Explicou o papel da pressão nos escoamentos; formulou as equações
básicas do movimento e o chamado teorema de Bernoulli; introduziu o
conceito de cavitação e descreveu os princípios de operação das
maquinas centrifugas .
Jean le Rond d’ Alembert (1717- Introduziu as noçoes dos componentes da velocidade e aceleração, a
1783 ) expressão diferencial da continuidade e o paradoxo da resistência nula
a movimento não uniforme em regime permanente
Giovanni Battista Venturi Realizou testes de vários bocais, particularmente as contrações e
(1746-1822) expansões cónicas
Louis Marie Henri Navier Estendeu as equações do movimento para incluir as forças
“moleculares”
Gotthilf Heinrich Ludwing Conduziu estudos originais sobre a resistência nos escoamentos e nas
Hagen (1797-1884) transição entre escoamento laminar e turbulento
Jean Louis Poiseuille (1799 – Realizou testes precisos sobre a resistência nos escoamentos laminares
1869 ) em tubos capilares
Henri Philibert Gaspard Darcy Estudou experimentalmente a resistência ao escoamento na filtração e
(1803 – 1858 ) o escoamento em tubos ; iniciou os estudos sobre o escoamento em
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canal aberto ( realizado por Bazin)
Julius Weisbach (1806 – 1871) Incorporou a hidráulica nos tratados de Engenharia Mecânica
utilizando resultados de experimentos originais. Descreveu vários
escoamentos e as equações para o cálculo da variação de pressão nos
escoamentos
Robert Manning ( 1816 – 1897 ) Propôs muitas formulas para o calculo da resistência em escoamentos
em canal aberto
Fonte: Munson et al. Fundamentos da Mecânica dos Fluidos, 1997

Tabela 1.2 Resumo Histórico de Mecânica dos Fluidos (continuação)

George Gabriel Stokes (1819 – Derivou analiticamente várias relações importantes da Mecânica dos
1903) Fluidos, que variam desde a mecânica das ondas até a resistência
viscosa nos escoamentos, particularmente a associada ao movimento
de esferas num fluido
Ernst Mach (1838 – 1916) Foi um dos pioneiros da aerodinâmica supersônica
Osborne Reynolds Descreveu experimentos originais em muitos campos: cavitação,
(1842 – 1912) similaridade de escoamentos em rios, resistência nos escoamentos em
tubulações. Propôs dois parâmetros de similaridade para escoamentos
viscosos; adaptou a equação do movimento de um fluido viscoso para
as condições médias dos escoamentos turbulentos
John William Strutt, (1842 – Investigou a hidrodinâmica do colapso de bolhas, movimento das
1919) ondas, instabilidade dos jatos, analogia dos escoamentos laminares e
o Lorde Rayleigh similaridade dinâmica
Moritz Weber (1871 – 1951) Enfatizou a utilização dos princípios da similaridade nos estudos dos
escoamentos dos fluidos e formulou um parâmetro para a similaridade
capilar
Ludwig Prandtl (1875 – 1953) Introduziu o conceito de camada limite. É considerado o fundador da
Mecânica dos Fluidos moderna
Lewis Ferry Moody (1880 – Propôs muitas inovações nas máquinas hidráulicas e um método para
1953) correlacionar os dados de resistência ao escoamento em dutos, o qual é
utilizado até hoje
Theodore Von Karman (1881 – Foi um dos maiores expoentes da Mecânica dos Fluidos do séc. XX.
1963) Contribuiu de modo significativo para o conhecimento da resistência
superficial, turbulência e fenômeno da esteira
Paul Richard Heinrich Blasius Foi aluno de Prandtl e obteve a solução analítica das equações da
(1883 – 1970) camada-limite. Também demonstrou que a resistência ao escoamento
em tubos está relacionada ao número de Reynolds
Fonte: Munson et al. Fundamentos da Mecânica dos Fluidos, 1997

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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO A MECÂNICA DOS


FLUIDOS I

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1.3 - Unidades Fisicas

1.3.1 - Unidades Físicas do Sistema internacional (SI)

Tabela 1.3: Unidades Físicas S.I

Grandezas Unidades

MKS CGS MKGfS

Deslocamento (S) Metro (m) Centímetro (cm) Metro (m)

Massa (m) Kilograma (kg) Grama (g) Utm (**)

Tempo (t) Segundo (s) Segundo (s) Segundo (s)


Fonte : dados de pesquisa, 2010

(*) – Unidades físicas usadas em Mecânica.

(**) – Unidades Técnica de Massa: 1Utm = 9,8Kg

1.3.2 - Tabela de prefixos de Múltiplos e Submúltiplos de Unidades.

Tabela 1.4 ( Prefixo & Múltiplos e Submúltiplo )

Múltiplo 101 102 103 106 109 1012 1015 1018 1021 1024

Símbolo da H K M G T P E z Y

Prefixo deca Hecto kilo Mega Giga Tera Peta Exa zetta yotta
Fonte : dados de pesquisa, 2010

Tabela 1.5 (Prefixo & Múltiplos e Submúltiplo )

Múltiplo 10-1 10-2 10-3 10-6 10-9 10-12 10-15 10-18 10-21 10-24

Símbolo d c m 𝜇 n p f a z Y

Prefixo deci Centi mili micro nano pico fento ato zepto Yotta
Fonte : dados de pesquisa, 2010

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1.3.3 - Sistema Métrico de Pesos e Medidas / Decimal ou Sistema Legal

1.3.3.1 - Medidas de comprimento

Tabela 1.6 : ( Medidas de comprimeto )


Nomes Valores Símbolo

Quilometro Vale 10hm ou 1000m km


Múltiplos Hectómetro Vale 10 dam ou 100m hm
Decâmetro Vale 10m dam

Unidade Metros Vale 10m m


Fundamental

Decímetro Vale 10cm ou 0,1do m dm


Submúltiplos Centímetro Vale 10mm ou 0,01do m cm
Milímetro Vale 0,001do m mm
Micro Vale 0,000001 do m
Fonte : dados de pesquisa, 2010

1.3.3.2 - Medidas de Capacidade

Tabela 1.7 : ( Medidas de Capacidade )

Nomes Valores Símbolo

Quilolitro Vale 10 hl ou 1000 L Kl

Múltiplos Hectolitro Vale 10 dal hl

Decalitro Vale 10 L dal

Unidade Litro Vale 10 dl l


Fundamental

Decilitro Vale 10cl ou 0,1 do L dl


Submúltiplos Centilitro Vale 10ml ou 0,01 do L cl
Mililitro Vale 0,001 do L ml
Microlitro Vale 0,000001 do litro
Fonte : dados de pesquisa, 2010

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1.3.3.3 - Medidas de Superficies

Tabela 1.8 : ( Medidas de Superficie )


Nomes Valores Símbolo

Quilometro 2 Vale 100hm2 ou 1000000 m2 Km2

Múltiplos Hectometro 2 Vale 100 dam2 ou 10000 m2 hm2

Decametro 2 Vale 100 m2 dam2

Unidade Metro 2 Vale 100dm2 m2

Fundamental

Decimetro 2 Vale 100cm2 ou 0,01 do m2 dm2

Submúltiplos Centimetro 2 Vale 100mm2 ou 0,0001 do m2 cm2

Milimetro 2 Vale 0,000001 do m2 mm2

Fonte : dados de pesquisa, 2010

1.3.3.4 - Medidas de Volume

Tabela 1.9 : ( Medidas de Volume )


Múltiplos Não são usados os múltiplos do metro cúbico

Unidade Metro cúbico vale 1000 dm3 m3

Fundamental

Decímetro cúbico vale 1000cm3 ou 0,001 do m3 dm3

Submúltiplos Centímetro cúbico vale 1000mm3 ou 0,000001 do m3 cm3

Milímetro cúbico vale 0,000000001 do m3 mm3

Fonte : dados de pesquisa, 2010

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1.4 - Definição e Objetivos da Mecânica dos Fluidos.

1.4.1 - Ramos da Física

Fig. 1.1 : Ilustração da divisão da Física

A Estática dos Fluidos ou Hidrostática estuda as condições de equilíbrio dos líquidos sob a
ação de forças exteriores, principalmente da gravidade. Fundamenta-se na segunda lei de
Newton para corpos sem aceleração (ΣF=0).

A dinâmica dos fluidos estuda os fluidos em movimento e se fundamenta principalmente na


segunda lei de Newton para corpos com aceleração (ΣF=ma).

1.4.1.1 - Definição e Objetivos

Mecânica dos fluidos é aquela disciplina dentro do amplo campo da mecânica aplicada
preocupada como comportamento de líquidos e gases em repouso ( Fluidos Estática ) ou em
movimento ( Dinâmica dos Fluidos ) e das leis que regem este comportamento.

1.5 – Conceito de Fluido

Do ponto de vista da mecânica dos fluidos, toda matéria consiste em apenas dois estados,
fluido ( fluidos envolve líquidos e gases ) e sólido. A diferença entre os dois é perfeitamente
óbvia para o leigo, e é um exercício interessante pedir a um leigo que coloque essa diferença

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em palavras. A distinção técnica reside na reação dos dois a um cisalhamento aplicado ou
tensão tangencial.

Um sólido pode resistir a uma tensão de cisalhamento por uma deflexão estática; um fluido não
pode.

Qualquer tensão de cisalhamento aplicada ao fluido, não importa quão pequena, resultará no
movimento desse fluido. O fluido se move e deforma continuamente enquanto a tensão de
cisalhamento é aplicada. Como corolário, podemos dizer que um fluido em repouso deve estar
em um estado de tensão de cisalhamento zero, um estado geralmente chamado de condição de
tensão hidrostática na análise estrutural.

Fig. 1.2 : Ilustração do comportamento dos

Pode-se definir fluido como uma substância que se deforma continuamente, isto é, escoa, sob
ação de uma força tangencial por menor que ele seja. Ou seja toda substancia que se deforma
continuamente sob ação de uma tensão cisalhante tangencial.

Fig. 1.3: Força tangencial agindo sobre um fluido

1.6 - Líquidos e Gases

Embora líquidos e gases apresentem muitas características semelhantes, eles também possuem
características diferentes.

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Um líquido é “difícil” de comprimir e frequentemente é considerado como incompressível.
Um gás pode ser comprimido facilmente mudando o volume em função da pressão e
temperatura.
Certa massa de líquido ocupará um volume num reservatório formando uma superfície
livre quando o reservatório é de maior volume. Um gás não tem volume fixo, isto é, o
volume muda expandindo-se preenchendo todo o reservatório sem deixar nenhuma
superfície livre.

1.6.1 - Fluidos Newtonianos e Não-Newtonianos

Até mesmo fluidos que são aceitos como tais podem ter grandes diferenças de comportamento
quando submetidos a tensões de cisalhamento. Fluidos obedecendo Lei de Newton onde o valor
de µ é constante são conhecidos como fluidos newtonianos. Se µ é constante a tensão é
linearmente dependente do gradiente de velocidade. Isto é verdadeiro para a maioria dos
fluidos.

Os fluidos em que o valor de µ não é constante são conhecidos como fluidos não-newtonianos.
Há várias categorias destes, sendo apresentados brevemente abaixo.

Essas categorias são baseadas nas relações entre a tensão e o gradiente de velocidade (variação
da tensão de cisalhamento) no fluido. Tais relações podem ser vistas no gráfico abaixo para
várias categorias de fluidos.

Fig 1.4 Tensão de cisalhamento em função da taxa de deformação (du/dy)

Cada uma das linhas pode ser representada pela equação:

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𝒅𝒖 𝒏
𝝉 = 𝑨 + 𝑩( )
𝒅𝒚

onde A e B e n são constantes. Para fluidos newtoniados A = 0, B = µ e n = 1.

Como fluidos não-newtonianos independentes do tempo temos os seguintes:

Plásticos: A tensão aplicada deve atingir certo valor mínimo antes de iniciar o escoamento.
Um exemplo típico é a pasta de dentes que não flui para o exterior até apertar o tubo e
superar certo esforço (nestes fluidos n=1).
Plástico tipo Bingham: Tal como o plástico (n=1) deve atingir a tensão um valor mínimo.
Como exemplo: chocolate, mostarda, quetchup, maionese, tintas, asfalto, sedimentos de
águas residuais.

Pseudoplásticos: Não é necessária uma tensão mínima para se dar o escoamento. A


viscosidade diminui com o aumento da taxa de tensão. Exemplos: plasma sangüíneo,
polietileno fundido, soluções polímeras e polpa de papel em água. (n < 1). Conhecidos
como não dilatantes.

Fluidos Dilatantes; A viscosidade aumenta com a taxa de deformação (n >1) . No gráfico


a tensão de corte se encontra por baixo da tensão de corte dos fluidos newtonianos. Inicia
com uma inclinação baixa o que indica baixa viscosidade aparente. Suspensões de amido e
de areia.

Fluidos Tixotrópicos: Existem também fluidos não-newtonianos dependentes do tempo,


os quais são complicados de analisar e denominados fluidos tixotrópicos, nestes o
gradiente de velocidade varia com o tempo. Exemplo: alguns óleos de petróleo cru a baixa
temperatura, a tinta de impressão, o nylon, a massa de farinha e várias soluções de
polímeros.
Também em Mecânica dos Fluidos lidamos com o caso de fluidos que não são reais,
conhecidos como fluidos ideais. Um fluido ideal é aquele que não tem nenhuma
viscosidade. Trata-se de um conceito útil nas soluções teóricas para as posteriores soluções
reais. No gráfico acima a curva sobre o eixo dos x representaria aos fluidos ideais, isso é
com viscosidade nula (µ=0).

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No caso de um sólido real seria representando na figura1.4 , sofrendo uma mínima deformação,
e dentro do limite de proporcionalidade (lei de Hooke). A curva é uma linha reta quase vertical
passando pela origem.

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CAPÍTULO II

PROPRIEDADE DOS FLUIDOS

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2 – Propriedade dos Fluidos.

2.1 – Densidade

Densidade é definida como a massa de um objecto em Proporção ao seu volume. Como o


volume muda com a temperatura, e importante indicar a temperatura de referencia para muitos
trabalhos precisos.

𝑚 𝐾𝑔 𝑚 − 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎
𝜌= Sendo { (1)
𝑉 − 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
𝑉 𝑚3

Valores usuais para Relembrar:

𝐾𝑔
𝜌𝑎𝑔𝑢𝑎 = 1000
𝑚3
𝐾𝑔
𝜌𝑀𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑖𝑜 = 13000
𝑚3
𝐾𝑔
𝜌𝑎ç𝑜 𝑀𝑎𝑐𝑖𝑜 = 7850
𝑚3
𝐾𝑔
𝜌𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎,𝑛𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑜 𝑀𝑎𝑟 = 1,22 𝑚3

𝐾𝑔
𝜌𝑜𝑙𝑒𝑜 = 800 − 930
𝑚3

2.1.1 – Volume Especifico.

É apenas o inverso da densidade, a saber o volume em relação a massa. é o volume de 1kg do


fluido.

𝑚 1 𝑚3 𝑚 − 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑉= = Sendo { (2)
𝑉 𝜌 𝑘𝑔 𝑉 − 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒

O peso específico pode ser expresso nos diferentes sistemas de unidades, como segue:

𝐾𝑔𝑓
Sistema MK*S : [𝛾] = 𝑚3
𝑁
Sistema MKS : [𝛾] = 𝑚3 ( S.I )

𝑑
Sistema C.G.S : [𝛾] = 𝑐𝑚3
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2.1.2 – Densidade Relativa ( S )

É a relação entre a densidade de um fluido ou objeto sobre a densidade da água a 4℃.

𝝆
𝑺=𝝆 (3)
𝑯𝟐𝟎

13600
Por exemplo densidade do Mercúrio 𝑆𝑚 = = 13,6 .
1000

Este valor é adimensional .

2.1.3 – Peso Especifico ( 𝛾 “gama”) .

É a relação entre o peso de um objeto sobre o seu volume ou o peso de 1𝑚3 de um fluido .

𝑾 𝒎𝒈 𝑊 − 𝑃𝑒𝑠𝑜
- Para os líquidos( Relação entre  e ;𝜸 = = = 𝝆𝒈 sendo { (4)
𝑽 𝑽 𝑉 − 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒

𝜸 = 𝝆𝒈 𝑵/𝒎𝟑

𝑘𝑔𝑓⁄
P − 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 ( 𝑚3 )
𝑃
- Para os gases 𝛾 = Sendo { 𝑅 − 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑔𝑎𝑠 (5)
𝑅𝑇
𝑇 − 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 (℃)

O peso específico pode ser expresso nos diferentes sistemas de unidades, como segue:

𝐾𝑔𝑓
Sistema MK*S : [𝛾] = 𝑚3
𝑁
Sistema MKS :[𝛾] = 𝑚3 ( S.I )

𝑑
Sistema C.G.S :[𝛾] = 𝑐𝑚3

2.2 - Viscosidade

Viscosidade é a propriedade de um fluido, devido à coesão e interação entre moléculas, que


oferece resistência para deformação de cisalhamento. Fluidos diferentes deformam com valores
diferentes para uma mesma tensão de cisalhamento. Fluidos com uma alta viscosidade,
deformam mais lentamente que fluidos com uma viscosidade baixa. Todos os fluidos viscosos
denominados “Fluidos Newtonianos” obedecem à relação linear denominada Lei da
Viscosidade de Newton

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𝒅𝒚
𝝉=𝝁
𝒅𝒖

𝒅𝒖
Onde 𝝉 é a tensão de cisalhamento e é o gradiente de Velocidade .
𝒅𝒚

2.2.1 - Viscosidade Dinâmica

A viscosidade dinâmica, µ , é definida como a força de cisalhamento, por unidade de área, (ou
tensão de cisalhamento τ ), requerido para arrastar uma camada de fluido com velocidade
unitária para outra camada afastada a uma distância unitária.

𝑑𝑢 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 ∗ 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎


𝜇 = 𝜏| = | = =
𝑑𝑦 𝐴𝑟𝑒𝑎 𝐷𝑖𝑠𝑡𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑟𝑒𝑎 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ∗ 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜

Unidades: N s𝑚−2 ( ou Pa.s ) ou kg 𝑚−1 𝑠 −1 . Dimensões M𝐿−1 𝑇 −2 .


µ é também dado em Poise ( P) 10 Poise = 1 kg 𝒎−𝟏 𝒔−𝟏 . (1 centiPoise - 1cP = Pa s/1000)

2.2.2 Viscosidade Cinemática


Viscosidade cinemática, ν , é definida como a relação entre a viscosidade dinâmica e a massa
específica.

𝝁
𝛎= ( 𝒎𝟐 ⁄𝒔)
𝝆
Dimensões: 𝐿2 𝑇 −1 .
(ν também é expressa em Stokes, St, onde 104 St = 1 𝑚2 𝑠 −1 .)

2.2.3 Causas da Viscosidade nos Fluidos

As moléculas de líquidos e gases são mantidas na sua posição unidas por uma coesão
molecular.
Nos líquidos as moléculas estão muito próximas e as forças moleculares são grandes afetando
diretamente a resistência ao escoamento. Nos gases as moléculas estão muito mais espaçadas e
estas forças moleculares são desprezíveis. Neste caso a resistência ao movimento deve-se a
trocas de quantidade de movimento entre camadas adjacentes de fluido.

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2.2.4 Viscosidade Nos Gases

Quando as camadas adjacentes movem-se existe uma troca contínua de moléculas. As


moléculas de uma camada mais lenta movem-se para camadas mais rápidas causando um
arrasto. Desta forma quando as moléculas movem-se exercem uma força que aceleram as
partículas arrastadas.

Se a temperatura de um gás aumenta a sua atividade molecular aumenta e também sua


quantidade de movimento. Isto provoca um aumento da troca entre camadas de fluidos. Desta
forma aumenta a sua viscosidade dinâmica.

A viscosidade também muda com a pressão - mas sob condições normais esta mudança é
desprezível nos gases. Existem duas aproximações que descrevem o aumento da viscosidade
com o aumento da temperatura:

𝝁 𝑻 𝒏
≈ ( ) 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙
𝝁𝟎 𝑻𝟎

𝟑
𝝁 (𝑻⁄𝑻𝟎 ) ⁄𝟐 (𝑻𝟎 +𝑺)
≈ Equação de Sutherland
𝝁𝟎 𝑻+𝑺

onde 𝜇0 é a viscosidade conhecida a uma temperatura absoluta de referência geralmente 273 K


(00 C). As constantes n e S se ajustam aos dados e ambas as fórmulas são adequadas para uma
ampla faixa de temperaturas. Para ar: n ≈ 0,67 e S ≈110 K.

2.2.5 Viscosidade Nos Líquidos

O espaçamento entre moléculas de líquido é pequeno (comparadas com gases) e as forças


coesivas entre moléculas é grande. Esta coesão joga um importante rol na viscosidade de
líquidos já que existe uma troca molecular entre camadas adjacentes de fluido no escoamento.

Se aumentamos a temperatura de um líquido reduzimos as forças coesivas e aumentamos o


intercâmbio molecular. Reduzindo as forças coesivas reduzimos a resistência ao movimento. A
viscosidade dinâmica é um indicativo desta resistência, verificando-se uma redução da
viscosidade dinâmica (µ) com o aumento da temperatura. A viscosidade nos líquidos diminui
quase exponencialmente com a temperatura sendo representada na forma 𝜇 𝑇 ≈ a exp(-bT )
denominada equação de Andrade. Uma expressão mais aproximada é dada na forma
logarítmica:
𝝁 𝑻𝟎 𝑻𝟎 𝟐
𝒍𝒏 ≈ 𝒂 + 𝒃( ) + 𝒄( )
𝝁𝟎 𝑻 𝑻
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𝜇0 é a viscosidade na temperatura absoluta de referência (00 C) 273 K. As constante a b e c são
específicas de cada líquido. Para água a=-1,94 b=-4,80 e c=6,74 com uma confiabilidade de ±
1 por 100.

Fig 2.1 : Efeito da temperatura na viscosidade em líquidos e gases

2.2.6 - Efeito da Pressão na Viscosidade

A alta pressão pode também provocar mudanças na viscosidade de um líquido. As pressões


aumentam o movimento relativo das moléculas requerendo mais energia e desta forma aumenta
a viscosidade. Em gases a viscosidade é praticamente independente da pressão desde alguns
centésimos de atmosfera até várias atmosferas.

Para altas pressões a viscosidade aumenta com a pressão. Na maioria dos líquidos a viscosidade
não é afetada pela pressão, contudo para pressões muito elevadas a viscosidade aumenta com o
aumento da pressão. Por exemplo, a viscosidade da água a 10.000 atm. Corresponde a duas
vezes o valor de 1 atm.

2.3 - Leis dos Gases Perfeitos

Sob certas condições, a massa específica de um gás pode ser relacionada com a pressão e a
temperatura através da equação de estado ou equação dos gases perfeitos definida como:

P𝑽 = 𝒎𝑹𝑻

Onde p é a pressão absoluta (Pa), m a massa (kg) do gás V o volume (𝒎𝟑 ) ocupado pelo gás, T
a temperatura absoluta (K) e R a constante do gás. Como m/V representa a massa específica (ρ)
podemos escrever a equação acima como

p = ρRT

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para o ar, por exemplo, a constante R=287 J/kg.K. Tal equação aproxima o comportamento
dos gases reais nas condições normais, isto é quando os gases não estão próximos da
liquefação.

TABELA 2.1 : Propriedade do ar nas condições padrões ao nível do mar

Temperatura 150 𝐶
Pressão 101,325 Kpa
Massa Especifica 1,225 𝐾𝑔⁄𝑚3
Peso Específico 12,01𝑁⁄𝑚3
Viscosidade dinâmica 1,789 x 10−5Pa.s
Viscosidade cinemática 1,46 x 10−5 𝑚2 ⁄𝑠

2.4 - Compressibilidade e Velocidade do Som

2.4.1- Compressibilidade

Pela compressibilidade de um fluido pode ser avaliada a variação de volume V que experimenta
uma substância que esteja sujeita a uma variação de pressão. Se representa pelo módulo
volumétrico de elasticidade ou Módulo de Elasticidade 𝑬𝒗

𝑑𝑝
𝐸𝑣 = − (𝑁⁄𝑚2 )
𝑑𝑉⁄𝑉

Como m=ρV se obtém:


𝑑𝑝
𝐸𝑣 = − (𝑁⁄𝑚2 )
𝑑𝜌⁄𝜌
Para gases e dependendo do processo 𝐸𝑣 pode ser determinado pela equação de estado. Para um
processo isotérmico (a temperaturas constantes) 𝐸𝑣 = p.

2.5 - Velocidade do Som

Uma consequência da compressibilidade dos fluidos é que uma variação pequena da pressão se
expande ou propaga na forma de onda longitudinal num fluido com velocidade finita. A
Velocidade com que se propaga esta onda denomina-se velocidade acústica ou velocidade do
som c, que para um processo isoentrópico (sem atrito e sem transferência de calor) é dada por:

𝑑𝑝
𝑐=√
𝑑𝜌

Para gases para processos isoentrópicos a velocidade do som é dada por:

𝑐 = √𝑘𝑅𝑇

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onde k é expoente isoentrópico do gás e R a constante do gás. Para o ar k=1,4 e R=287 J/kg k.
A nível do mar , com T=150 C a velocidade do som é igual a 340 m/s. O termo supersônico
refere-se a velocidades que são maiores que o som. O termo subsônico refere-se a velocidades
menores que avelocidade do som.

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CAPÍTULO III

TUBAGEM ACESSORIOS PARA


TUBOS, MANGUEIRAS .

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3 - Tubulação

Condutor é o termo geral que engloba os vários tipos de tubos, mangueiras e conexões que
transportam fluidos hidráulicos entre os componentes. Os tubos são de aço sem costura,
podendo ser curvados com dispositivos apropriados de dobragem, montados e desmontados
com maior frequência; são medidos pelo diâmetro externo real e estão disponíveis no mercado
em espessuras de paredes varáveis, atendendo todas as faixas de pressão.

Os fabricantes de tubos fornecem tabela com dados sobre a capacidade de pressão e bitola dos
condutores.

Como fator de segurança recomenda-se que as linhas e conexões rígidas tenham uma pressão
de ruptura com um fator de segurança como segue:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎 0 𝑎 70𝑏𝑎𝑟 … . . … . . 𝐹𝑠 = 8


𝐹𝑎𝑐𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑆𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 (𝐹𝑠) = { 70 𝑎 140 𝑏𝑎𝑟 … . . 𝐹𝑠 = 6
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜
𝐴𝑐𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑒 140 𝑏𝑎𝑟 . 𝐹𝑠 = 4

Na seleção dos tubos deve ser considerado o seguinte: tubulação estreita provoca cavitação na
bomba e perda de eficiência no circuito, paredes demasiadamente finas estão sujeitas a quebras
constantes, paredes demasiadamente grossas aumentam o peso desnecessário e o custo,
tubulação rígida em máquinas que vibram estão sujeitas a trinca, As mangueiras são aplicadas
em substituição aos tubos de aço nas redes hidráulicas sujeitas a vibrações ou deslocamento dos
atuadores ou até mesmo em dispositivos hidráulicos removíveis.

As mangueiras são medidas pelo diâmetro interno real (com exceção das mangueiras com
especificação SAE, onde a identificação é feita pelo diâmetro nominal). As especificações
construtivas das mangueiras são determinadas através da:

Capacidade de pressão de trabalho


Temperatura de trabalho
Compatibilidade química com o fluido a ser utilizado Resistência ao meio ambiente de
trabalho (calor radiante, chama viva, produtos químicos, etc.)
Vida útil das mangueiras em condições dinâmicas de trabalho
Raio mínimo de curvatura.

3.1 - Construção das Mangueiras

Cada fabricante determina o limite de resistência da mangueira, conforme material e forma


construtiva. Para sistemas óleo – hidráulicos as mangueiras a seguir são as mais utilizadas:

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3.1.1 - Baixa e Média Pressão

Tubo de borracha sintética, dois trançados de fio têxtil e cobertura de borracha sintética, para
montagem em conexões prensadas ou reusáveis.

TABELA 3.1 : Valores da Bitola de Baixa e Media Pressão

Bitola -4 -6 -8 -12 -16 -20

P.max. de 88 80 70 53 40 26
trab.( 𝐾𝑔𝑓 ⁄𝐶𝑚2 )
Raio min.de 76 100 130 150 200 260
curvatura (mm)

3.1.2 - Média e Alta Pressão

Tubo de borracha sintética, trançado interno de fio têxtil, reforço de um trançado de aço e
cobertura de trançado têxtil impregnada de borracha sintética, para montagem em conexões
reusáveis.

TABELA 3.2 : Valores da Bitola de Baixa e Media e Alta Pressão

Bitola -4 -5 -6 -8 -10 -12 -16 -20 -24 -32 -40

P.max. de 210 210 160 140 125 105 56 44 35 25 25


trab.( 𝐾𝑔𝑓 ⁄𝐶𝑚2 )
Raio min.de 76 86 100 120 140 165 190 230 270 340 610
curvatura (mm)

Tubo de borracha sintética, reforço de um trançado de aço e cobertura de borracha


sintética, para montagem em conexões prensadas.

TABELA 3.3 : Valores da Bitola de Baixa e Media e Alta Pressão

Bitola -3 -4 -5 -6 -8 -10 -12 -16 -20 -24 -32

P.max. de 280 230 230 210 176 140 125 88 63 50 35


trab.( 𝐾𝑔𝑓 ⁄𝐶𝑚2 )
Raio min.de 90 100 115 130 180 200 240 300 420 510 640
curvatura (mm)

3.1.3 - Alta Pressão

Tubo de borracha sintética, reforço de dois trançados de aço e cobertura de borracha


sintética, para montagem em conexões reusáveis ou prensadas.

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TABELA 3.4 : Valores da Bitola de Alta Pressão

Bitola -4 -6 -8 -10 -12 -16 -20 -24 -32

P.max. de 350 280 245 190 160 140 115 88 80


trab.( 𝐾𝑔𝑓 ⁄𝐶𝑚2 )
Raio min.de 100 130 180 200 240 300 420 510 640
curvatura (mm)

3.1.4 - Extra Alta Pressão

Tubo de borracha sintética, trançado parcial de fio têxtil, reforço de quatro espirais de aço
reforçado e cobertura de borracha sintética, para montagem em conexões prensadas.

TABELA 3.5 : Valores da Bitola de Extra Alta Pressão

Bitola -6 -8 -10 -12 -16

P.max. de 490 420 380 350 280


trab.( 𝐾𝑔𝑓⁄𝐶𝑚2 )
Raio min.de 180 230 250 280 330
curvatura (mm)

As mangueiras devem ser instaladas de modo que não se torça durante a operação da
máquina. Mangueiras muito longas e com possibilidades de sofrer torção devem ser evitadas.

Fig. 3.1: Modos de instalação das Mangueiras

Deve-se permitir uma folga para o movimento e para a absorção dos picos de pressão.

Fig.3.2 : Ilustração da folga de absorção dos picos de Pressão

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Pode ser necessário usar abraçadeira para evitar que a mesma se enrosque com
peças móveis. As mangueiras sujeitas a atritos com qualquer outra peça devem ser
protegidas.

Fig. 3.3: Ilustração de Aplicação de Braçadeiras

3.2 - Roscas NPT e BSP

As roscas BSP e NPT, respectivamente, British Standard Pipe e National Pipe Thread, são
muito utilizadas em sistemas de tubulações e geralmente confundidas pelos profissionais
técnicos na hora de diferenciar uma da outra.

Sendo uma rosca cônica, a NPT é, na maioria das vezes, usada em conexões de tubulações de
gás industrial e água. Sendo muito popular nos EUA e Canadá, ela foi criada para funcionar de
acordo com o “princípio do arredondamento”, conforme a conexão vai sendo realizada, seu
diâmetro aumenta respectivamente até a vedação ter sido completada e assim, travar.

A sigla NPT vem de uma norma americana conhecida como national pipe thread, traduzida
como “rosca de tubo nacional”. NPT é uma norma específica para roscas. A rosca NPT é
especificada pelas normas ANSI B1.20.1 e NBR 12912 (igual a ANSI).

Já a rosca BSP, ao contrário da NPT, é paralela. O que significa que ela pode ser rosqueada até
o fim. A rosca BSP é mais utilizada (e recomendada) em instalações residenciais. Sua sigla é a
abreviação de British standard pipe.

3.2.1 - Acessórios Para Tubos Métricos Swagelok (Líquidos e Gás )

Fig.3.4: lustração dos acessórios de Tubo

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Tampas e plugues Cotovelos e camisetas Uniões
posicionáveis

Tampa Plugues

Conectores masculino União antepara União redutora


NPT

Conectores masculino Conectores masculino( jic ) Conectores fêmea ( NPT )


BSP

Conectores fêmea ( BSP ) União de Cotovelo de 90º Macho de Cotovelo de 90º


(NPT)

Macho de Cotovelo de 90º Macho de Cotovelo Redutor Macho de Cotovelo 45º (


(BSP) 90º NPT )

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União em T União em T redutor T macho NPT

T macho BSP T fêmea NPT União Cruzadas

Adaptador de Tubos Adaptador de Tubos Macho Adaptador de Tubos


Macho NPT BSP Fêmea NPT

Adaptador de Tubos Close Nipples (Rosca NPT Hex Nipples (Rosca NPT
Fêmea BSP Macho ) Macho ) (Rosca NPT Macho )

Hex Reducing Nipples Hex long Nipples (Macho Adaptador de Fêmea para
(Macho NPT ) NPT ) Macho NPT

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Adaptador Redutor Acoplamentos Hex Fêmea Acoplamentos Redutor Hex
Fêmea para Macho NPT NPT Fêmea NPT

Fêmea de cotovelo NPT Fêmea de Cotovelo direito Cotovelo Redutor Direito


para Macho NPT Fêmea para Macho NPT

Cotovelo Macho NPT Fêmeas de T , NPT T direito Macho & Fêmea


NPT

Branch Tees Fêmea e T Macho NPT Fêmea Cruzadas NPT


Macho NPT

Union Ball Joints Adaptador Fêmea de JIC Tubo Vinily


para NPT

Fig.3.5 : Varias acessórios de Conexão

3.3 - Conexões

O tipo de mangueira é que determina a forma de montagem das conexões, que podem ser
reusáveis ou prensadas. Existe uma grande variedade de conexões, para atender às mais
variadas formas de montagem.

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Ao selecionar uma conexão, deve-se observar:

Compatibilidade com o tipo de mangueira.


Compatibilidade da bitola da mangueira com a bitola da conexão Ex. mangueira - 6 ,
conexão – 6.
Tipo de terminal ( rosca fixa, porca giratória, ou flange, com ângulo reto, curva curta ou
longa a 45° ou 90°).
Tipo de rosca ( NPTF, SAE, BSP , Métrica ,etc.).

A seguir, alguns exemplos de conexões:

3.3.1 - Conexões Reusáveis

Macho c/ rosca NPTF Porca giratória SAE 32°(JIC)

Porca giratória c/ curva a 45° Porca giratória c/ curva 90° ( longa

Flange a 45° Flange reto

Fig.3.6: Ilustração de Conexões Reusáveis

3.3.2 - Conexões Prensáveis

Macho sede SAE 37° Porca giratória sede SAE 37°

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Porta giratória c/ curva a 90° Flange a 90°

Fig.3.7 : Ilustrações de Conexões Prensáveis

As conexões dessas tubulações podem apresentar vazamentos externos provocados pelo


afrouxamento das roscas. Para reapertá-las é necessário que o sistema hidráulico esteja
totalmente despressurizado. (Verifique se o sistema é equipado com acumuladores
hidráulicos).

3.3.3 – Conceções Praticas

Fig.3.8: Ilustrações praticas de Conexões

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3.4 - Vazamentos

Vazamento excessivo em um circuito hidráulico reduz a eficiência, consumindo energia


ou criando problemas de vazamento de óleo, ou ambos.

3.4.1 - Vazamento Interno

A maioria dos componentes é construída com uma tolerância que permite um vazamento
interno. As peças móveis naturalmente, tem que ser lubrificadas e as passagens são construídas
para esse fim.

O aumento de vazamento ocorre quando houver desgaste dos componentes internos e a folga
entre as peças aumenta. Este aumento de vazamento reduz a eficiência do sistema, diminuindo
a velocidade de trabalho e gerando calor.

3.4.2 - Vazamento Externo

O vazamento externo pode se tornar perigoso, é antieconômico porque raramente aproveita-se


esse óleo.Pressão de operação excessiva e contaminação do fluido são fatores que danificam os
retentores e anéis de vedação de válvulas e cilindros, provocando vazamentos.

O vazamento externo é causado principalmente por instalações impróprias de conexões ou


vibrações e choques que ocasionam sua soltura. As conexões com anel de cravamento, de boa
qualidade, aumentam a confiabilidade na vedação e montagem das tubulações.

Demonstrativo das perdas anual de óleo com vazamentos:

TABELA 3.6 : Perdas de Óleo com Vazamento

1 gota a cada 10 Segundos 95 Litros


1 gota a cada 5 Segundos 190 Litros
1 gota por Segundo 950 Litros
Um filete de Óleo 19000 Litros

3.5 - Símbolos gráficos e diagramas de hidráulica

3.6 – Objetivos

Classificar símbolos hidráulicos


Classificar diagramas e conhecer seus empregos.

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3.7 - Símbolos gráficos de hidráulica

Os circuitos hidráulicos e seus componentes são representados de diferentes maneiras.


Dependendo do que a figura deve comunicar, pode ser um desenho representando o próprio
componente, um corte mostrando a construção interna, um desenho gráfico que demonstra a
função ou a combinação de quaisquer dos três.

Os símbolos gráficos são simples figuras geométricas, sem intenção de mostrar a forma de
construção interna do componente, mas somente sua função no circuito.

3.7.1 - Digramas representativos

Um diagrama representativo é usado, principalmente, para mostrar a disposição do


encanamento de um circuito. Os símbolos são desenhos dos contornos que mostram a forma
externa efetiva dos componentes e encanamento até as várias aberturas das unidades.

Os diagramas representativos têm pouco valor para instrução ou para a solução de problemas,
pois não mostram a construção interna ou função dos componentes.

Fig.3.9 : Diagrama representativo

3.7.2 - Diagramas em corte

Os diagramas em corte contêm muitas informações sobre a operação de um circuito e


sobre a construção e operação de seus componentes.

Esses diagramas são ideais para instrução e são largamente usados para esse fim. Devido ao
tempo e ao custo envolvidos, raramente são feitos para outras finalidades.

Frequentemente, fazem-se múltiplos diagramas em corte, cada um mostrando uma fase


diferente da operação do circuito.

Códigos de cores ou desenhos são usados nas linhas, para demonstrar a função do fluido
durante a fase de operação que esta sendo representada.

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Fig.3.10 : Diagrama em corte

3.8 - Linhas

Canos hidráulicos, tubos e passagens de líquido são demonstrados como linha


individual, conforme se vê na figura 3.11.

Há três classificações básicas:

Uma linha de trabalho (sólida) transporta o fluxo principal no sistema. Para efeitos
gráficos, isso inclui a linha de entrada da bomba (sucção), linhas de expressão e linhas de
retorno ao tanque.

A linha piloto (tracejado comprido) transporta o fluido usado para controlar a operação de
uma válvula ou um outro componente.

A linha de dreno (tracejado curto) transporta o vazamento de óleo para o reservatório.

Fig.3.11 : Ilustração de Esquema Hidráulico

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3.8.1 - Componentes rotativos

Um círculo é o símbolo básico para os componentes rotativos.

Triângulos (cheios) de energia são colocados dentro dos símbolos para demonstrá-los como
fontes de energia (bombas) ou então como preceptores de energia (motores).

Se o componente for unidirecional, o símbolo conterá um único triângulo.

Uma bomba ou motor reversível é desenhado com dois triângulos. Observe a aplicação dos
símbolos nos desenhos seguintes.

Fig.3.12 : Um círculo com um triângulo cheio (de energia) simboliza uma bomba ou um motor hidráulico

3.8.2 – Cilindros

Um retângulo com indicações de pistão, haste e pórticos representa um cilindro, como


se vê na figura 3.13 .

Um cilindro de simples efeito é demonstrado aberto no lado da haste com apenas um pórtico no
lado da cabeça.

Um cilindro de duplo efeito aparece fechado com dois pórticos.

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Cilindro de simples ação Cilindro de dupla ação

Fig.3.13 : Ilustração da Forma representativa dos Cilindros

3.8.3 – Válvulas

O símbolo básico de uma válvula é um quadrado ou invólucro. Para indicar passagens


e direções de fluxo são adicionadas setas a esse símbolo.

As válvulas de posicionamento indefinido, tais como as válvulas de segurança, têm um


único quadrado. Presume-se que estas têm várias posições entre totalmente aberta e
totalmente fechada, dependendo do volume de líquido que as atravessa.

Fig.3.14 : Válvula de segurança (infinitas posições)

As válvulas de posicionamento definido são as válvulas direcionais. Seus símbolos


contêm um quadrado individual para cada posição em que a válvula pode ser movida.

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Fig.3.15: Válvula direcional (posições definidas)

3.8.3.1- Válvulas usadas nas Instalações Industrias .

Fig.3.16 :Acessórios utilizados em instalações industrial

Fig. 3.17 : Exemplo de diversos acessórios utilizados em instalações industriais

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3.8.4 - Símbolo para o reservatório

O reservatório, de modo geral, é representado por um retângulo.

Um reservatório exposto à pressão atmosférica é representado por um retângulo aberto na parte


superior, enquanto para um reservatório pressurizado a representação é de um retângulo
fechado.

Por conveniência, vários desses símbolos podem ser desenhados num circuito, apesar
de haver apenas um reservatório.

As linhas de ligação são desenhadas até o fundo do símbolo quando estas terminam abaixo do
nível do fluido no tanque. Se uma linha termina acima do nível do fluido, desenha-se esta
acima do símbolo.

Fig.3.18 : Diagrama gráfico de um circuito com motor hidráulico bidirecional

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CAPÍTULO IV

FLUIDOS PNEUMATICOS
IDENTIFICAÇÃO DAS FUNÇÕES

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4-Introdução à Pneumática

O ar comprimido é, provavelmente, uma das mais antigas formas de transmissão de energia que
o homem conhece, empregada e aproveitada para ampliar sua capacidade física. O
reconhecimento da existência física do ar, bem como a sua utilização mais ou menos consciente
para o trabalho, são comprovados há milhares de anos.

O primeiro homem que, com certeza, sabemos ter-se interessado pela pneumática, isto é, o
emprego do ar comprimido como meio auxiliar de trabalho, foi o grego Ktésibios que á mais de
2000 anos, ele construiu uma catapulta a ar comprimido. Um dos primeiros livros sobre o
emprego do ar comprimido como transmissão de energia, data do 1º século D.C. e descreve
equipamentos que foram acionados com ar aquecido.
Dos antigos gregos provem a expressão "PNEUMA" que significa fôlego, vento e,
filosoficamente, a alma. Derivando da palavra "PNEUMA", surgiu, entre outros, o conceito de
"PNEUMÁTICA" ciência que estuda o movimentos dos gases e fenômenos dos gases.

Embora, a base da pneumática seja um dos mais velhos conhecimentos da humanidade, foi
preciso aguardar o século XIX para que o estudo de seu comportamento e de suas
características se tornasse sistemático. Porém, pode-se dizer que somente após o ano 1950 é
que ela foi realmente introduzida na produção industrial.
Antes, porém, já existiam alguns campos de aplicação e aproveitamento da pneumática, como,
por exemplo, a indústria mineira, a construção civil e a indústria ferroviária (freios a ar
comprimido).

4.1 Principio de Pascal.


Em 1652 um cientista francês Blaise Pascal (1623-1662), um grande colaborador nas ciências
físicas e matemáticas, através do estudo no comportamento dos fluidos, enunciou um princípio
muito importante na Física, o Princípio de Pascal: "A pressão exercida em um ponto qualquer
de um fluido estático é a mesma em todas as direções e exerce forças iguais em áreas iguais".

Fig.4.1 : Principio de pascal

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4.1.1 Características da Pneumática.
• Trabalha com baixa pressão e alta velocidade (4m/s).
• Velocidade e força facilmente controlados.
• Circuito aberto, não possui retorno do ar.
• Energia facilmente armazenável e transportável.
• Fácil instalação e manutenção de equipamentos.
• Fluido e componentes insensíveis a variação de temperatura.
• Aplicação altamente flexível.
• Necessita de tratamento do ar a ser utilizado.
• Perdas por vazamento reduzem sua eficiência.
• Fluido compressível provoca movimentos irregulares nos atuadores.
• Limitação da força máxima de trabalho em função da pressão (3.000 kgf).
• Escape de ar Ruidoso.

4.1.1.1 Aplicações da Pneumática

A pneumática pode ser usada em todas os seguimentos industriais e de transporte para a


realização de movimentos lineares, rotativos e outros.

Movimentos lineares: Fixar, levantar, alimentar, transportar, abrir, fechar.

Movimentos rotativos: Lixar, furar, cortar, aparafusar, rosquear.

Outros: Pulverizar, pintar, soprar, transportar.

4.1.2 Composição de um Sistema Pneumático.

Geração Transmissão Controle Transmissão Atuadores

4.1.3 - Características do Ar Comprimido.

Quantidade: O ar a ser comprimido, é encontrado em quantidade ilimitadas na atmosfera.


Transporte: O ar comprimido é Facilmente transportável por tubulações, mesmo para
distâncias consideravelmente grandes. Não há necessidade de se preocupar com o retorno do ar.
Armazenamento: O ar pode ser sempre armazenado em um reservatório e, posteriormente ser
utilizado ou transportado.

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Temperatura: O trabalho realizado com o ar comprimido é insensível às oscilações de
temperatura. Isto garante um funcionamento seguro em situações extremas.
Segurança: Não existe o perigo de explosão ou de incêndio. Portanto não são necessárias
custosas proteções contra explosões.
Velocidade: O ar comprimido devido a sua baixa viscosidade é um meio de transmissão de
energia muito veloz.
Preparação: O ar comprimido requer boa preparação. Impurezas e umidade devem ser
evitadas, pois provocam desgaste nos elementos pneumáticos
Limpeza: O ar comprimido é limpo, mas o ar de exaustão dos componentes libera óleo
pulverizado na atmosfera.
Custo: Estabelecendo o valor 1 para a energia elétrica a relação com a pneumática e hidráulica:

4.3.4 De 7 a 10 o Custo da Energia Pneumática

De 3 a 5 o custo da energia hidráulica , Esta avaliação é apenas orientava, considerando apenas


o custo energético, sem considerar os custos de componentes. Considerando os valores de
válvulas e atuadores o custo fica relacionado como:
Elétrica Pneumática  Hidráulica

4.1.5 - Propriedades Físicas do Ar

Compressibilidade: Propriedade do ar que permite a redução do seu volume sob a ação de


uma força externa resultando no aumento de sua pressão.

𝑉𝑖 𝑉𝑓 < 𝑉𝑖 𝑉𝑓

Fig.4.2: Compressibilidade do Ar

Elasticidade: Propriedade do ar que possibilita voltar ao seu volume inicial uma vez extinta a
força externa responsável pela redução de volume.

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𝑉𝑖 𝑉𝑓 > 𝑉𝑖 𝑉𝑓

𝐅𝐢𝐠. 𝟒. 𝟑: Elasticidade do Ar

Difusibilidade: Propriedade do ar que permite misturar-se homogeneamente com qualquer


meio gasoso que não esteja saturado.

Volumes contendo ar e gases: Quando a válvula é aberta temos

Válvula fechada. uma mistura homogênea.

Fig.4.4 : Difusibilidade do Ar

Expansibilidade: Propriedade do ar que possibilita ocupar totalmente o volume de qualquer


recipiente, adquirindo o seu formato.

Possuímos um recipiente contendo ar, Quando a válvula é aberta o ar expande

a válvula na situação 1 está fechada. assumindo o formato dos recipientes.

Fig.4.5 : Expansibilidade do Ar

Peso: como toda matéria concreta o ar tem peso e este peso é de 1,293 x 10-3 Kgf a 0 C e ao
nível do mar.

Fig. 4.6 : Peso do Ar

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4.1.5.1 - Grandezas Pneumáticas

Pressão: força exercida pôr unidade de área.

P= F/A p = pressão
F = força
A = Área

4.1.5.2 - Pressão manométrica: É a pressão registrada nos manômetros.

4.3.5 4.1.5.4 - Pressão atmosférica: É o peso da coluna de ar da atmosfera em 1 cm2 de


área. A pressão atmosférica varia com a altitude, pois em grandes alturas, a massa de ar
é menor do que ao nível do mar. No nível do mar a pressão atmosférica é considerada 1
Atm (1,033 Kgf/cm2).

4.3.6 4.1.5.5 - Pressão absoluta: É a soma da pressão manométrica com a pressão


atmosférica. Quando representamos a pressão absoluta, acrescentamos o símbolo (a)
após a unidade ex: PSI a, Kgf/cm2a

4.1.5.6 - Unidades de pressão:

Sistema internacional = Pa = N/m2.


Unidade métrica = Kgf/cm2, atm, bar.
Unidade inglesa = psi (pounds per Square Inches), lb/pol2.

TABELA 4.1: Relação entre as unidades de pressão:

PARA EM MULTIPLICAR
CONVERTER POR
psi atm 0,06804
psi bar 0,0671
psi kgf/cm² 0,07031
psi MPa 0,00689
atm psi 14,7
atm bar 1,013
atm kgf/cm² 1,033
atm MPa 0,10132
bar psi 14,50
bar atm 0,9869

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bar kgf/cm² 1,02
bar MPa 0,1
kgf/cm² bar 0,9807
kgf/cm² psi 14,22
kgf/cm² atm 0,9678
kgf/cm² MPa 0,098
MPa bar 10
MPa psi 145,04
MPa atm 9,87
MPa kgf/cm² 10,2

4.1.5.7 - Variação da Pressão Atmosférica em Relação à Altitude.

Fig.4.7: Variação da pressão atmosférica.

TABELA 4.2 : Variação da pressão atmosférica.

Altitude Pressão Altitude Pressão


em M em kg/cm² em M em kg/cm²
0 1.033 1.000 0.915
100 1.021 2.000 0.810
200 1.008 3.000 0.715
300 0.996 4.000 0.629
400 0.985 5.000 0.552
500 0.973 6.000 0.481
600 0.960 7.000 0.419
700 0.948 8.000 0.363
800 0.936 9.000 0.313
900 0.925 10.000 0.270

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Vazão: volume deslocado por unidade de tempo.

Q = V/t Q = Vazão
V = Volume deslocado
t = tempo

4.2.1 - Unidades de Vazão

- L/s: Litros por segundo.


- L/min: Litros por minuto.
- m³/min: Metros cúbicos por minuto.
- m³/h: Metros cúbicos por hora.
- cfm: (Cubic feet for minute), pcm.

TABELA 4.3 : Relação entre as unidades de vazão:

PARA EM MULTIPLICAR
CONVERTER POR
pcm cfm 1
pcm L/s 0,4720
pcm m³/min 0,02832
pcm m³/h 1,69923
L/s m³/min 0,06
L/s pcm 2,1186
m³/min pcm 35,31

Estas unidades se referem a quantidade de ar - ou gás - comprimido efetivamente nas condições


de temperatura e pressão no local onde está instalado o compressor. Como estas condições
variam em função da altitude, umidade relativa e temperatura, são definidas condições padrão
de medidas, sendo que as mais usadas são:

Nm³/h: Normal metro cúbico por hora - definido à pressão de 1,033 𝐾𝑔⁄𝐶𝑚2, temperatura
de 0°C e umidade relativa de 0%.

SCFM: Standard cubic feet per minute - definida à pressão de 14,7 𝑙𝑏⁄𝑝𝑜𝑙 2 ,, temperatura de
60°F e umidade relativa de 0%.

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4.2 – Simbologia / Resumo

Símbolos gráficos mais utilizados para componentes de sistemas pneumáticos segundo norma
ISO1219-1.

4.3.1 - Linhas de fluxo:

Linha de trabalho e retorno.


Linha de pilotagem.

Indicação de conjunto de funções ou


componentes.

Mangueira flexível.

União de linhas.

Linhas cruzadas e não conectadas.

Possibilidade de regulagem
( Inclinação à 45º ).

Direção do fluxo.

Fluxo pneumático.

Sentido de rotação

4.3.2 - Fontes de Energia:

M motor elétrico.

M motor térmico.

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4..3.3 - Acoplamentos

Acoplamento

Acoplamento com proteção.

4.3.7 - Compressores:

Compressor de deslocamento fixo


unidirecional

4.3.8 - Condicionadores de Energia:

Filtro.

Separador com dreno manual.

Separador com dreno automático.

Filtro com separador e dreno manual.

Desumidificador de ar.

Lubrificador.
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Reservatório de ar:

4.3.9 Válvulas Direcionais:

3/2 vias

4/3 vias

4.3.10 Métodos de Acionamento:

Detente ou trava

Manual

Mecânico (rolete)

Pedal

Alavanca

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Botão

Mola

Solenóide

Piloto

Duplo acionamento

4.3.11 Conversores Rotativos de Energia:

Motor de deslocamento fixo bidirecional.

Osciladores.

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4.3.12 Conversores Lineares de Energia:

simples ação ou simples efeito.

De dupla ação ou duplo efeito.

De haste dupla

Com amortecimento regulável.

4.3.13 Válvulas Controladoras de Vazão:

Orifício fixo

Orifício variável

Orifício variável com retorno livre (By pass)

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4.3.14 Válvula de Retenção:

Simples

Válvula alternadora (Elemento OU).

Válvula seletora (Elemento E).

4.3.15 Válvula Reguladora de Pressão:

Alivio ou segurança.

Redutora de pressão

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4.3.16 Instrumentos e Acessórios:

Manômetro.

Vacuômetro.

Termômetro.

Medidor de vazão (Rotâmetro).

Filtro.

Registro fechado.

Registro aberto.

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4.4 - Anexos

Aplicações Hidraulicas

Fig.4.9 : Maquinas & Ferramentas

Fig. 4.8: Industria Siderúrgica

Fig.4.11: Prensas Para Sucata

Fig.4.10 :Prensas

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Fig.4.13 : Equipamentos portuarios

Fig.4.12 : Maquinas do Sector Mobil

Fig.4.14: Navios / Leme, guinchos, recolhimento de redes


de pesca...

Fig.4.15: Enclusa

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Fig.4.16: Equipamento de Resgate

Fig.4.17 : Aplicações Especias

Aplicações Pneumaticas

Fig.4.19: Furadeira

Fig.4.18: Lixadeira

Fig.4.20: Pórtico Fig.4.21: Pistola de Pintura

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Fig.4.23: Grampeador
Fig.4.22: Britadeira

Fig.4.24: Soprador de Folhas


Fig.4.25: Abate de Animais

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4.5 – BIBLIOGRAFIA

1. C .T .Crowel , j . A .Roberson e D.F.Elger. Engineering Fluid mechanic, 7 . ed. Nova


Iorque: Wiley, 2001.
2. R .W . Fox e A . T . McDonal. Introdution to Fluid Mechanics , 5.ed.Nova Iorque : Wiley ,
1999.
3. M . C . Potter e D . C. Wiggert.Mechanics of Fluids,2. Ed. Upper saddle River , NJ :
Prentice Hall , 1997 .
4. L .Trefethen . “Surface Tension in Fluid Mechanics .” In Illustrated Experiments in Fluid
Mechanics .Cambridge , MA : MIT Press , 1972 .
5. F.M. White . Mecanica dos Fluidos , 4 . ed .: McGraw – Hill Interamericana do Brasil ,
2002 .
6. C .L . Yaws. Handsbookof Viscosity. 3 v .Houston , TX : Gulf Publishing , 1994 .
7. Yunus A. Çencel & Jonh M. Cimbala, Mecanica dos Fluidos, Fundamentos & Aplicaçoes ,
1ºed , Sao Paulo , McGraw - Hill , 2007 .
8. Tshwane University of Tecnology, Water Engineering , 2 ª ed , Pretoria , C.F. Mayer , 1995.

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