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Recuperação e

Reforço

Causas Químicas
Geralmente, a deterioração do concreto, causada por
reações químicas, envolve interações químicas entre os
agentes agressivos presentes no ambiente e os
constituintes da pasta de cimento.
As exceções são (causas internas):
✓Reação alcali-agregado (RAA);
✓Hidratação tardia do CaO e MgO cristalinos presentes
em quantidades excessivas no cimento Portland;
✓Formação tardia de etringita (DEF).
Reação Alcali-Agregado (RAA)
Hidratação tardia do CaO e MgO

Diversas pesquisas indicam que o CaO e o MgO


cristalinos, quando presentes em quantidades
substanciais no cimento, hidratam e causam expansão
e trincas no concreto.
A norma atual ASTM C 150-83, para cimento Portland,
exige, por exemplo, que a quantidade de MgO no
cimento não exceda 6%.

Atualmente, devido a avanços na fabricação, o clinquer


que origina o cimento possui menos do que 1% de
CaO.
Formação de Etringita Tardia (DEF)
Deterioração do concreto por Reações Químicas

B A C
Reações de troca Reações Reações
entre fluidos envolvendo envolvendo
agressivos e hidrólises e formação de
componentes da lixiviação de produtos
pasta de cimento componentes da expansivos
pasta de cimento
endurecida.

Aumento na Aumento nas


I II III permeabilidade e tensões internas
porosidade

Perda de Perda de Aumento da Perda de Fissuras e


alcalinidade massa deterioração resistência e desplacamentos
de rigidez
I II III

Remoção do íon Remoção do íon Reações de


Ca++ como Ca++ como substituição do
produtos solúveis produtos não Ca++ por C-S-H
expansíveis e
insolúveis

A: ataque de água mole (torneira) ao Hidróxido de Cálcio e C-S-H presentes

B (I): solução ácida formando componentes solúveis do cálcio

B (II): soluções de ácidos oxálicos e seus sais formando Oxalato de Cálcio

B (III): ataque ao longo do tempo de água do mar enfraquecendo o C-S-H

C: ataque de sulfato formando etringita e gesso, ataque álcali-agregado,


corrosão da armadura, hidratação de MgO e CaO cristalino
Considerações
A fase sólida, composta de hidratos, relativamente insolúveis, de
Cálcio (C-S-H, CH, C-A-S-H), existe num estado de equilíbrio estável
com um alto pH. Dependendo da concentração de íons Na+, K+ ou
OH+, o pH varia de 12,5 a 13,5.

Teoricamente, qualquer ambiente com menos de 12,5 de pH seria


agressivo pois, uma redução de alcalinidade leva a uma
desestabilização dos produtos da hidratação.

O que significa que a maior parte das águas industriais e naturais


serão agressivas ao cimento Portland. Entretanto, o nível de ataque
químico será função do pH do fluido agressivo e da
permeabilidade do concreto.

Quando a permeabilidade do concreto é baixa e o pH do fluido


agressivo é maior que 6, a taxa de ataque químico é muito baixa
para ser levada a sério.
O Co2, livre na água mole e estagnada, íons ácidos como SO42-e Cl-
na água do solo e água do mar e íons H+ em águas industriais são
frequentemente responsáveis por baixar o pH abaixo de 6, em
detrimento do concreto.
Novamente deve-se notar que ataques químicos no concreto se
manifestam na forma de patologias físicas, tais como, aumento de
porosidade, redução de resistência, fissuração e perda do
cobrimento.
Os processos químicos podem ser divididos em três subgrupos: A,
B e C no diagrama apresentado.
Atenção especial deve ser dada a: ataque de sulfatos (ler artigo),
reação alcali-agregado e corrosão das armaduras, pois são
responsáveis pela deterioração da maior parte das estruturas.
Atenção também para ambientes marinhos.

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