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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E


TECNOLOGIA DO PARÁ
CAMPUS BÉLEM
COMPONENTE CURRICULAR: PROCESSOS ORGANICOS II
ORIENTADOR: ROSEMARY COUTINHO
TURMA: I2023TD

SAPONIFICAÇÃO DE SABONETE LIQUIDO

Daniel de Carvalho Brandão 20182024812


Gracy Paola Bemerguy da silva 20202024133
Hugo da silva carvalho 20202024136
Maria Eduarda Peniche Wanderley 20192024082
Rawly Filippe Xavier dos santos 20202024148

Belém-PA
DEZEMBRO/2023
SAPONIFICAÇÃO DE SABONETE LIQUIDO

Relatório apresentado à
disciplina de microbiologia
industrial como requisito parcial
a avaliação da orientadora
Rosemary Coutinho, Docente
do curso técnico em química no
IFPA campus Belém

Belém-PA
DEZEMBRO/2023
Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
2. OBJETIVO .......................................................................................................................... 4
3. MATERIAIS UTILIZADOS .............................................................................................. 5
4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ........................................................................ 5
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 5
6. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 7
7. REFERÊNCIAS BIBBLIOGRÁFICAS............................................................................ 7

Belém-PA
DEZEMBRO/2023
1. INTRODUÇÃO
Os sabões são sais de sódio de ácidos carboxílicos de cadeia longa, e esta estrutura
molecular quando em contato com líquidos, dissolve-se interagindo com as moléculas destes.
Como a parte hidrofílica do ânion tem tendência a se dissolver em água e a cauda hidrofóbica de
se dissolver em gordura, o sabão é muito efetivo na remoção de gordura (ATKINS e JONES,
2006). A capacidade de limpeza dos sabões e detergentes depende da sua capacidade de formar
emulsões com materiais solúveis nas gorduras, pois nestas as moléculas do sabão envolvem a
sujeira de modo a colocá-la em um envelope solúvel em água, a micela (NETO e DEL PINO,
1996). A formação do sabão se dá através de uma reação química entre um glicerídio e uma base,
geralmente o hidróxido de sódio, o que sob aquecimento, resultará na formação de sabão, que é
um sal de ácido graxo, e em glicerina como subproduto do mesmo. Na figura 1 encontra-se a
representação desta reação química.

Figura 1: Reação química de formação do sabão


Fonte: http://www.profjoaoneto.com.br/pratica/saponificacao_gorduras.htm
Os sabonetes são sabões especiais produzidos para utilização na higiene corporal e podem
se apresentar sob a forma de sólidos, líquidos ou pastosos. À sua formulação podem ser
adicionados corantes, fragrâncias, conservantes e espessantes. A forma líquida vem sendo
largamente utilizada, especialmente por questões de higiene em banheiros de uso comum. A
produção de sabonetes líquidos subdivide-se entre sintéticos, aqueles feitos com compostos
previamente processados a partir do petróleo ou de plantas, e naturais, produzidos por reação
direta entre óleos e uma base (UNIOESTE, 2009). Também podem ser confeccionados a partir
da reciclagem de sabonetes sólidos. O Brasil é o segundo consumidor mundial de sabonetes per
capita (GALEMBECK e CSORDAS, 2009).
2. OBJETIVOS
Conduzir experimentalmente a formulação e produção de sabonete líquido
mediante procedimentos laboratoriais. Além disso, realizar a preparação de uma solução
de Hidróxido de Potássio (KOH) e a pesagem cuidadosa de três tipos distintos de óleos,
contribuindo para a qualidade e diversidade do produto final.
3. MATERIAIS UTILIZADOS
MATERIAIS INGREDIENTES
panela 01 óleo de soja. 30g
colher de madeira. 01 óleo de milho. 30g
fogão. 01 óleo de canola. 30g
Papel de pH.
01 Hidróxido de potássio 17g
balança.
01 água. 17g
becker
01 ácido bórico. 2,0g
essência de erva-doce 2mL
glicerina. 4,0g
açúcar 2,0g
Tabela I – Tabela dos materiais e reagentes

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
No decorrer do experimento para a produção de sabonete líquido, foram seguidos
procedimentos cuidadosamente delineados. Inicialmente, uma solução de Hidróxido de Potássio
(KOH) foi preparada, combinando-se com precisão 17g de KOH e 17g de água. Esse passo é
crítico, pois estabelece a base alcalina essencial para o processo de saponificação.

Imagem II – Materiais a serem utilizados


Em seguida, a atenção voltou-se para os óleos escolhidos: óleo de soja, óleo de milho e
óleo de canola. Cada um desses óleos foi meticulosamente pesado, garantindo uma proporção
equilibrada no resultado final. A combinação dos três óleos em um erlenmeyer representou a
próxima fase do experimento, reunindo ingredientes fundamentais para a formação do sabonete.
Imagem III – Mistura dos óleos em um elermeyer.
O erlenmeyer, contendo a mistura dos óleos, foi então submetido a um processo
controlado de aquecimento em banho-maria. Este passo foi executado com precisão, elevando a
temperatura da mistura até atingir os 75 graus Celsius. Esse processo é crucial para garantir que
os óleos atinjam o estado adequado para reagir eficazmente com o KOH.

Imagem IV – Banho maria da solução de KOH e dos óleos.


A etapa seguinte envolveu a adição gradual da solução de KOH à mistura aquecida de
óleos, iniciando o processo de saponificação. A introdução lenta e controlada da solução alcalina
é essencial para evitar reações indesejadas e garantir uma reação uniforme. Posteriormente, 4ml
de álcool foram adicionados à mistura, contribuindo para a consistência desejada do sabonete
líquido. O álcool desempenha um papel na textura final do produto, proporcionando uma
característica suave e homogênea.

Imagem V – Sabão após todo KOH ser consumido.


5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Durante o processo de saponificação realizado no experimento, reações químicas
significativas ocorreram, resultando na formação do sabonete líquido. A reação central,
desencadeada pela adição da solução de Hidróxido de Potássio (KOH) aos óleos, foi a
saponificação, que transformou triglicerídeos (óleos) em glicerol (ou glicerina) e sais de
ácidos graxos (sabonetes).

Imagem V – Produto final.


Essencialmente, os íons hidroxila (OH-) do KOH reagiram com os grupos éster
nos triglicerídeos, levando à formação de glicerol e sais de ácidos graxos. É crucial
destacar que a reação de saponificação foi favorecida devido as temperaturas elevadas, e
o aquecimento em banho-maria a 75 graus Celsius proporcionou condições ideais para a
eficácia dessa reação. O calor acelerou a quebra das ligações éster, promovendo uma
saponificação eficiente.
Além disso, a adição gradual da solução de KOH à mistura aquecida de óleos foi
realizada de maneira controlada, permitindo uma reação uniforme ao longo do tempo.
Essa etapa foi crucial para evitar reações indesejadas e assegurar uma transformação
completa dos óleos em sabonetes.
6. CONCLUSÃO
Em conclusão, a experiência prática na produção de sabão revelou-se um processo
fascinante e educativo, proporcionando uma compreensão aprofundada das reações químicas
envolvidas na saponificação. A transformação dos óleos em sabonetes, mediada pela adição da
solução de Hidróxido de Potássio (KOH), destacou a importância da escolha cuidadosa dos
ingredientes e do controle preciso das condições de reação.
A observação das mudanças físicas e químicas ao longo das etapas, desde a mistura dos
óleos até a adição da solução alcalina, ressaltou a influência crítica da temperatura, evidenciando
a necessidade de condições adequadas para uma saponificação eficiente. A metodologia de adição
gradual da solução de KOH demonstrou ser crucial para o controle da reação, assegurando uma
transformação uniforme dos óleos em sabonetes.
Além disso, a experiência proporcionou insights práticos sobre o papel do calor no
processo, bem como a influência do álcool na consistência final do sabão. A agitação constante
durante a produção evidenciou a importância da homogeneidade na mistura para a obtenção de
um produto final coeso.
Este experimento não apenas consolidou conceitos teóricos de saponificação, mas
também ressaltou a aplicabilidade desses conhecimentos na fabricação artesanal de produtos de
higiene pessoal. A produção de sabão, além de um processo químico, é uma expressão de
artesanato e cuidado na manipulação de ingredientes, resultando em um produto útil e sustentável.
Em suma, a produção de sabão não só ilustrou as complexidades das reações químicas
envolvidas, mas também destacou a interseção entre a ciência e a prática na criação de um produto
cotidiano essencial. Este experimento ofereceu uma valiosa experiência, consolidando a
compreensão dos processos químicos aplicados à produção de sabão.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, Peter; JONES, Loreta. Princípios de Química: Questionando a vida moderna
e o meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2006
NETO, Odone Gino Zago; DEL PINO, José Claudio. Trabalhando a química dos
sabões e detergentes. 1996. Disponível em:
<<http://www.iq.ufrgs.br/aeq/html/publicacoes/matdid/livros/pdf/sabao.pdf>> Acesso
em: 12 de dezembro de 2023
UNIOESTE. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Sabonetes líquidos:
fabricando sabonetes líquidos. 2009. Projeto Gerart. Volume VIII. Disponível em: <<
http://projetos.unioeste.br/projetos/gerart/apostilas/apostila8.pdf>> Acesso em: 12 de
dezembro de 2023
GALEMBECK, Fernando; CSORDAS, Yara. Cosméticos: a química da beleza. 2009.
Disponível em: <<
http://web.ccead.pucrio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/conteudos/SL_cosme
ticos.pdf >> Acesso
em: 12 de dezembro de 2023

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