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Instituto Agostiniano de Filosofia | História da Filosofia Antiga

Prof. Fr. Helton


Aluno: Eduardo Palassi
Data:07/06/2022

Epicuro apontava que o fim último da vida do homem é o prazer e o prazer


consiste na a ausência de sofrimentos. O homem precisa de si e somente si, não precisa
da cidade; nobreza; das instituições; das riquezas; não precisa de nada; nem mesmo os
deuses, o homem em Epicuro é perfeitamente autárquico, ou seja, depende somente
dele, é ele quem se governa. Epicuro apresenta ao homem, ainda, quatro remédios que
se bem aplicados - segundo ele - poderão levar o homem à paz de espírito e a felicidade,
que nada e ninguém poderão atingir, tornando-o, assim, seu próprio dono e nada mais
temendo, nem sequer o maior dos sofrimentos. São os quatro remédios: 1º- são vãos os
temores em relação aos deuses e ao além. 2º- o pavor a morte é absurdo, pois ela é nada.
3º- o prazer, quando entendido corretamente, está à disposição de todos. Por fim, 4º- o
mal dura pouco, ou, é facilmente suportável.

No primeiro conselho, o filósofo o filosofo pensa que não faz sentido ter temor
aos deuses uma vez que se eles são deuses, porque estariam preocupados com os
homens? Surge nesse mesmo segmento, Epicuro defende a ideia de que é tolice um
homem regoar aos deuses por aquilo que ele mesmo tem o poder de alcançar sozinho.

No segundo conselho, vê-se a ideia de que não faz sentido ter pavor da morte,
pois a morte não é nada, uma vez que, enquanto existe o homem, não existe a morte, e
quando a morte se faz presente, já não existe mais o homem. Portanto o homem e a
morte se relacionam, exemplificando, como uma das propriedades gerais da matéria,
apontadas por Newton, que afirma que dois corpos (físicos) não podem ocupar o mesmo
espaço ao mesmo tempo. Ou seja, não é possível que existam o homem e a morte ao
mesmo tempo.

No terceiro conselho, se faz presente a ideia de que o prazer – o fim último da


vida do homem – deve ser acompanhado de moderação e consciência, sendo posto o
prazer nas atividades mais simples e necessários à conservação da vida do indivíduo,
podendo ser assim muito mais fácil ser alcançado, pois estão presentes em maior
quantidade no mundo, haja vista que são essências para manter a vida do homem, como
por exemplo: comer quando se tem fome, beber quando se tem sede, dormir quando se
está cansado e assim por diante. Contudo, o grande segredo está em ser simples nessas
ações, uma vez que, isso torna mais fácil o alcance do prazer. Citando mais um
exemplo, é melhor sentir prazer em tomar um copo d’agua, do que subir no monte
Everest, pois um indivíduo consegue desfrutar do prazer mais vezes tomando um copo
d’agua, enquanto desfrutará, provavelmente, por uma vez na vida em subir no monte
Everest.

No quarto, e último, conselho, é mostrada a ideia de que uma dor aguda não dura
toda por toda a vida, ao contrário, passa rápido. Se for uma dor crônica, pode ser
suportada. Epicuro leva o indivíduo a enfrentar as dificuldades presentes na vida,
fazendo-o ressignificar suas dores com um olhar fixo no bem que esta por vir, ou
sentindo prazer, por exemplo, em superar e saber conviver com uma dor, estando
sempre acima dela e revivendo na memória os momentos de prazer, sentindo novamente
um pouco do prazer que foi vivido em outrora.

Epicuro, portanto, guia o homem a ser simples e desprendido de tudo aquilo que
resultara em dificuldades obtenção do prazer, vivendo somente com aqueles prazeres
fáceis de serem acessados, por estarem nas coisas mais simples e corriqueiras da vida,
como citado no exemplo do terceiro concelho.

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