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«É vão o discurso do filósofo que não cure algum mal do espírito humano».
(argumente a afirmação acima, no contexto do período helenístico em geral, e da ética
epicurista em particular.).
Epicuro dividiu sua filosofia (finalizando as primeiras duas partes com a terceira):
1) Iógica (chamada "cânon"); 2) física; 3) ética (que estuda o fim do homem (a
felicidade) e os meios para alcançá-la).
Limites da lógica:
Nas sua física, concebe os átomos, eternos e infinitos, como fundamentos do mundo,
das coisas, da alma e dos deuses, sendo que estes últimos não intrerferem na vida dos
homens (a moda do Deus, motor imóvel de Aristóteles). «nada nasce do nada e nada
perece, tudo foi e sempre será tal como é agora.
Ética
Na sua ética, Epicuro considera o prazer como supremo bem, a felicidade. A ausência
da dor, tanto em relação a alma (ataraxia) como em relação ao corpo (aponia), ‘e
considerada como sumo prazer, porque é o único que não pode crescer ulteriormente e,
portanto, não pode nos deixar insatisfeitos.
Para poder alcançar esta felicidade, o homem deve procurar dentre vários prazeres, os
naturais e necessários (tal como defendiam os cínicos).
Em relação ao mal físico, mal moral e a morte, que parece comprometerem a felicidade,
Epicuro afirma que o mal físico ou é facilmente suportável, ou, se é insuportável, dura
pouco e leva a morte. E a morte não é um mal: quando existimos, ela não existe, e
quando ela existe, nós não existimos. Com a morte vamos para o nada.
No que se refere aos males da alma, a filosofia está em grau de nos libertar
completamente deles. (filósofo como o curandeiro das almas).
Enfim, Epicuro formula a sua receita de felicidade em quatro teses conhecidas por
quadrifármaco, ou seja, no quadruplo remédio para os males do mundo:
1) são vãos os temores dos deuses e do além;
2) é absurdo o medo da morte;
3) o prazer, quando for entendido de modo justo, está à disposição de todos;
4) o mal ou é de breve duração ou é facilmente suportável.
O sábio que compreende essa menagem iguala-se aos deuses, que, segundo Epicuro,
nada tem de diferente aos sábios.
O estoicismo
Na sua lógica, considera também as sensações como fontes do conhecimento que após
sua aprovação pela razão se tornam catalépticas ou compreensíveis. As catalépticas
se tornam depois intelecção ou conceito universal. Além da cataléptica, os estóicos
distinguem também das prolepses ou ideias inatas.
Na sua física, defende a presença do Deus-logos providente que tudo dirige de modo
infalível (panteísmo: Deus está em tudo e tudo, o cosmo todo, é Deus), isto é, endereça
tudo para o melhor fim (e não erra): neste sentido, o finalismo universal se traduz em
Daqui decorre que tudo tem seu destino inelutável, que não é mais do que
aquilo que se segue a ordem necessária de todas as coisas devida ao logos.
O sábio e feliz será o homem que buscará não ir contra as leis da natureza, que são
imanadas do destiõ e de Deus, mas procurará conhecer a sua verdadeira natureza e
vocação no mundo para realizá-la sem reclamações, tal como atesta a seguinte
passagem:
Reflexão: perante esta sentença, o que é melhor: aceitar ser guiado serenamente pelo
destino e suas leis, ou resistir e ser arrasta pelo por eles.
.
Ética estóica
Partindo do princípio de que todos os seres vivos buscam a sua conservação (princípio
de conservação, oi oikeiosis), evitando aquilo que os prejudica e buscando aquilo que os
beneficia,e acresce seu ser, para eles o bem de um ser é aquilo que Ihe é benéfico, e o
mal e o que o danifica.
Por conseguinte, todo ser vivo pode e deve viver segundo a natureza, segundo a sua
natureza. Ora, a natureza do homem é racional e a sua essência é a razão. Assim,
para o homem actuar o principio de conservação deve buscar as coisas e apenas as
coisas que incrementam sua razão e fugir das que o prejudicam. Assim, a
semelhança de Sócrates, os estóicos consideram Bem em sentido pleno, apenas a
virtude, isto é, o conhecimento. Ma1 é apenas o vício, isto é a ignorância.
Mas estas oikeiosis não era apenas individual ou da polis, mas também para toda a
familiar e toda a comunidade humana. Mas isto não deve ser confundido com a
simpatia, amor ou solidariedade, pois o ideal do sábio é não sentir paixões, mas a apatia,
a impassibilidade.
Quanto aos bens materiais (saúde, riqueza, fama etc) os estóicos consideram-nos
indiferentes, isto é, nem boas nem más. Mas podem ser favoráveis ou rejeitáveis,
segundo beneficiem ou danifiquem o corpo.
O Cinismo
Fundado por Antístenes, o Cão Puro, (no Ginásio de Cinosarge = o cão ágil) depois da
morte de Sócrates, o Cinismo veio a ser refundado por Diógenes de Sinope, o cão, que
o levou a grande sucesso. Autointitulou-se cao e justificando que : "Faco festa aos que me
dao alguma coisa, lato contra os que nada me dao e mordo os celerados."
- Acima de tudo, Diógenes nos chama à liberdade (um dos grandes valores gregos): ser
livre de tudo, até do desnecessário para viver. Quanto menos se precisa de coisas para
viver e ser feliz, mais se é livre e feliz, pois a sua privação não causa dor ou ansiedade.
A felicidade vem de dentro (da alma como dizia sócrates) e não de fora e dos bens
materiais.
- O exercício e a fadiga como métodos de viver livre dos prazeres e assim ser feliz.
Plotino
Uno como pura potencialidade que se autocria.
Nous , segunda hipóstase que deriva do A matéria como trevas, luz degradada.
Cepticismo