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O RESGATE DA FILOSOFIA
1. ARISTÓTELES E A FELICIDADE
As seis lições de Aristóteles para alcançar a felicidade que você precisa conhe-
cer são:
- 1°) Pra�que as virtudes: pelo exercício da virtude, educamos nossos ins�ntos
e nos tornamos senhores de nossas próprias energias;
- 2°) Tenha amigos verdadeiros: existe a amizade baseada na u�lidade ou inte-
resse, a amizade baseada no prazer e a amizade baseada na virtude e essa é a
única amizade verdadeira;
- 3°) Busque ter boa saúde: a saúde é condição da felicidade. Sem saúde, a feli-
cidade nos foge;
- 4°) Seja autossuficiente: o sábio precisa de bens materiais, mas só os indis-
pensáveis para viver, pois o excesso de bens corrompe a mente;
- 5°) Viva numa sociedade justa: essa condição é absolutamente necessária
para que sejamos felizes;
- 6°) Medite filosoficamente: esse é o supremo nível da felicidade, pois nele
contemplamos as verdades imutáveis.
3. KANT E AS ESCOLHAS
A vida boa será definida pela par�cipação na história humana. A ideia é que o
ser humano estaria de alguma maneira “salvo”, que sua vida estaria por assim
dizer “jus�ficada” quando ele coloca sua pedra no edi�cio do progresso
humano.
Todo ser humano tem dignidade? Alguns tem “mais dignidade” que outros?
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O RESGATE DA FILOSOFIA
- E se a pessoa do desvio for uma criança e os demais são idosos de 100 anos?
- E se a pessoa do desvio for o seu filho e os demais são filhos de outros pais?
- E se você �vesse que escolher alguém para atropelar entre uma idosa, um
doente, um empresário e um ladrão? Qual seria “o mal menor”?
E se você �vesse que jogar uma pessoa na frente do bonde para salvar as
demais?
4. NIETZSCHE E O SOFRIMENTO
Mataram a meta�sica. E agora? Nietzsche diz que a vida é boa sob duas condi-
ções: 1°) que seja intensa e livre, sem ilusões; 2°) e harmonizando dentro de
nós as forças vitais. Como diz Spinoza, na intensificação das forças vitais reside
a alegria e na sua diminuição, a tristeza. A alegria é a�ngida quando aceitamos
o eterno retorno: desejar reviver indefinidamente os episódios da existência
que �vemos.
vida, que permite enxergar a existência de uma forma mais elevada, de longe.
- O “meio-dia” é a arte de amar o agora; e “no alto da montanha”, as coisas pa-
recem muito menos problemá�cas do que de perto.
Por que Nietzsche se considera TÃO SÁBIO? Em Ecce homo, ele diz:
-“EU DOMO URSOS”: a sua vida era cheia de limitações e ele tem que sempre
domá-las e não ter autopiedade ou ser vi�mista;
- “SEMPRE EXTRAIO BONS SONS DOS INSTRUMENTOS”: Nietzsche é um
músico da vida; podem dar qualquer instrumento para ele, que ele irá conse-
guir fazer uma boa música, ou seja, ele fará uma boa “música” diante de qual-
quer situação que ele não pode alterar;
- “A FORTUNA DE MINHA EXISTÊNCIA, SUA SINGULARIDADE TALVEZ, ESTÁ EM
SUA FATALIDADE”: quando ele esteve doente é que ele começou a saborear as
boas e pequenas coisas da vida, como frutas, especialmente uvas e passeios
nas montanhas onde o ar era bom para a sua saúde frágil;
- “Transmutar todo FOI em um ASSIM O QUIS”. O ser humano reconhece suas
dificuldades e transcende a elas, busca meios para se curar e u�liza as situa-
ções desagradáveis em seu favor. Assim, torna-se mais forte e disposto, ao
invés de se sen�r pequeno e frágil. O amor fa� não é uma resiliência ou aceita-
ção, nem uma humildade diante dos acontecimentos, mas uma postura afir-
ma�va diante das coisas que nos acontecem.
Referências Bibliográficas
lio Costa e Luis Alberto De Boni. 2. ed. Porto Alegre: EST, Sulina; Caxias do Sul:
Educs, 1980.