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Ritual Egípcio do Equinócio da Primavera

(ou da Renovação da Vida)

O que você vai precisar:

Uma vela preta


Uma vela amarela ou branca
Um símbolo para cada Elemento (escolha livre)
Cerveja Preta ou Vinho (suco de uva se preferir)
Um pedaço de Pão
Uma imagem de Hórus e de Khepera.
Parte 1 - Meditação de Khepera
O nome egípcio para escaravelho é Khepera. Uma palavra múltipla que significa
aquele que cria. Khepera (ou Khepra) é um deus importante nos mistérios
obscuros dos alquimistas egípcios. Khepera era possivelmente o deus Sol original
do antigo Egito, antes do crescimento do culto a Rá ou de outros deuses-sol.
Khepera é o Sol (Ra) no mundo subterrâneo, submundo ou subconsciente. O sol
desaparece à noite e aparece glorioso pela manhã, assim o Escaravelho era o
símbolo transformador do Sol, a Luz que surge (manifesta) na escuridão.
Khepera é o poder invisível de criação que impulsionava o Sol através do céu. A
Mônada Divina é identificada com o Sol da qual nossa consciência Ego é apenas
uma pálida projeção.

Assim Khepera segue o mago através de praticamente toda a iniciação e revela-se


continuamente em novas formas. Vamos dar início ao ritual. Adquira uma imagem
de Khepera e coloque-a atrás de uma vela preta, a única fonte de luz. Medite na
imagem de Khepera e profira esta pequena oração ao Deus Escaravelho:

“É neste caverna que este grande Deus é nascido, em sua forma como Khepera é
o segredo da caverna do submundo, em que este grande Deus nasceu, ele que vem
adiante de Nuit e vai descansar em seu ventre.”

Em egípcio transliterado: meses.tu ntjer pen ā'a em kheperu.ef en Kheperi er


qereret.ten qereret shetat net duat meseset netjer pen ā'a er.es per.ef em nun
ḥotep.ef em khet Nut.

Após a oração repita o mantra: KEPER - KEPERA- KEPERU. Essas palavras


têm sua origem em um antigo papiro egípcio e descreve Khepera como a existência
do criador: "Eu me tornei o Criador de tudo o que veio a ser criado". A palavra
tem um profundo e mágico significado e pode levar o mago a um trance profundo
em que Khepera pode ser encontrado.
Parte 2 – Invocação das Deusas do Destino
Posicione em seu altar um símbolo para cada Elemento conforme disposição do
desenho da capa desta apostila. Pode ser um incenso para o Elemento Ar. Uma
concha ou tigela de água para o Elemento Agua. Lamparina ou Vela para o
Elemento Fogo. Você vai saudar a Deusa de cada quadrante e dar uma volta
completa no Círculo ou Templo retornando ao lugar de origem. Coloque o símbolo
no chão na extremidade de seu círculo. Faça isso na seguinte ordem abaixo:

1) Quadrante Leste - Eleve o símbolo do Elemento e diga:

Saudações a Ísis, gloriosa Deusa. O dia acaba e a noite chega. O


Sol se põe e as estrelas emergem.

2) Quadrante Oeste - Eleve o símbolo do Elemento e diga:

Saudações a Néftis, deusa da compaixão e do luto. Á noite


prevalece e o Sol está oculto em Amenti. Permita que eu veja
além do véu das ilusões.

3) Quadrante Sul - Eleve o símbolo do Elemento e diga:

Saudações a Serket, o Fogo Cósmico. A mudança teve início e o


Sol emerge da escuridão noturna.

4) Quadrante Norte - Eleve o símbolo do Elemento e diga:

Saudações a Neith, a tecelã do destino, aquela que cria dá a luz


o Deus-Sol Ra, e recria diariamente o mundo.
Parte 3 - Hino a Nuit
Posicione-se de frente para o Quadrante Oeste. Faça com as mãos o Mudra do
Lótus e profira esta oração/invocação que é encontrada entre as mais antigas
orações já escritas no Texto da Pirâmide:

Ó grande, que se tornou céu você é forte e poderosa


Todos os lugares se enchem com sua beleza
Abaixo de você está todo o mundo, você o possui.
Assim, como envolve a Terra e toda a criação em seus braços.
Também me ergueu, um filho da deusa.
E fez-me uma estrela indestrutível dentro de seu corpo.

Mudra do Lótus
Parte 4 – Invocando o Vórtice Dourado de Luz
Todos os Neteru (deuses) são três: Amon, Ra e Ptah.
Seu nome secreto é Amon. Ra pertence a ele como seu rosto e Ptah é seu corpo.
Vire de frente para o Quadrante Leste e acenda uma vela amarela ou branca em
seu Altar. Em seguida eleve os braços com as palmas viradas para frente e vibre o
mantra abaixo de forma sonora e determinada:

AMON-RA-PTAH-KA

Abaixe os braços e após meditar por alguns instantes diga claramente:

RÁ-NETER-ATEF-NEFER

Ó LUZ! JÁ NÃO HÁ TREVAS, Ó LUZ! NOS ENCONTRAMOS NA


PRESENÇA DA LUZ ILIMITADA.

UNO MEU CORPO COM O SOBERANO SANTUÁRIO DA GNOSIS


DA ORDEM DO LOTUS NEGRO.
Parte 5 – Eucaristia Egípcia Gnóstica
Posicione agora as mãos sobre a Cerveja (ou Vinho) e o Pão como se estivesse transmitindo energias
para os alimentos. Pense naquilo que deseja realizar ou fazer acontecer do fundo de seu coração e
diga:

EM NOME DA LUZ DO MUNDO, SOB A PROTEÇÃO DO NOME ADONAI DE


DEUS, DECLARO CONSAGRADO ESTE PÃO E ESTA CERVEJA (OU VINHO
ETC) .

Hórus nasceu duas vezes – primeiro do céu (Hathor) e depois de sua


mãe (Ísis). Sua primeira vida foi criada uma vez no ventre cósmico, e
a segunda na terra. Hórus personificava espírito revestido de matéria,
o entrelaçamento de destino divino e vontade humana. Hórus tem
cabeça de falcão porque, assim como sua mãe-deusa, ele pertence ao
reino celestial.
Enquanto consome as oferendas medite no que você quer manifestar.
Use a inteligência para dar forma a um plano de ação. Dessa maneira,
você pode participar ativamente de sua maturação. Por meio de um
esforço consciente e com vontade, todos nós alcançamos o mais alto
potencial espiritual. Pense que você é como Hórus e novos horizontes
se abrem diante de você. Se tiverdes fé nisso, nada lhe será impossível.

As sobras do alimento junto a vela central devem ficar no altar até o dia seguinte.

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