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15 de Junho de 2022

MPF entende que show de Fábio Porchat era


'contrapartida ilícita' em fraude na Rouanet

Publicado por Folha Política há 5 anos  1.127 visualizações

A Demarest Advogados é uma das empresas que surgem patrocinando o Grupo Bellini
Cultural na denúncia apresentada pela Boca Livre. Num dos casos investigados, consta o
aporte de R$ 210 mil num projeto intitulado “Celebração Musical”. Em contrapartida, o
escritório jurídico receberia um show exclusivo do humorista Fábio Porchat para os clientes
e funcionários. A apresentação se concretizou em 07 de abril de 2016, na comemoração
dos 68 anos da firma.

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interceptado pela Polícia Federal, restou evidenciado aos investigadores que os recursos
utilizados vinham da Lei Rouanet, e que uma planilha apreendida continha a “prova
irrefutável da utilização dos recursos públicos para fins privados“. O “Celebração Musical”
tinha por objetivo entregar duas apresentações com orquestra sinfônica: uma em local
público com acesso gratuito, outra a ingressos populares. A justificativa seria “oferecer
acesso à cultura e estimular a divulgação da cultura sinfônica“. Mas, conforme apontado
pela procuradoria, “a apresentação não se deu em local público, nem com ingressos
populares, tendo sido realizada exclusivamente para custear os gastos com o evento
privado da Demarest, sua patrocinadora“. Por não haver no Pronac menção ao “Espetáculo
Fora do Normal”, a investigação entendeu que a apresentação se tratava de uma
“contrapartida ilícita recebida pela empresa em razão do seu aporte no projeto cultural“. Os
investigados chegaram a alegar que havia um projeto cultural contemplando a participação
do humorista, mas os investigadores não se convenceram, pois o exemplo oferecido nem
havia sido aprovado pelo Ministério da Cultura: “Uma pesquisa simples que tivesse sido
feita pelo setor jurídico dessa empresa na época em que realizou o aporte (2015) revelaria
que o PRONAC intitulado “FORA DO NORMAL” proposto pela MASTER PROJETOS E
EMPREENDIMENTOS CULTURAIS LTDA não havia sequer sido aprovado!” Desta forma, a
denúncia concluiu que: “As provas colhidas revelaram-se contundentes, no sentido de que o
proprietário da empresa DEMAREST atuou com dolo, consciência e vontade na contratação
de contrapartida sem aporte algum em projeto cultural que, efetivamente, tivesse sido
aprovado pelo MinC.” O sócio José Setti Dias foi denunciado por associação criminosa e
estelionato contra a União. O PAGAMENTO DO CACHÊ Juan Corral aparece na denúncia
como “proprietário de uma firma individual que agenciava a contratação da orquestra Villa
Lobos” sob a batuta do maestro Adriano Machado. O pacote incluía a produção de shows,
logística, contratação e pagamento dos artistas. Os investigadores entenderam que
recursos públicos reservados ao regente foram desviados para “pagamento dos cachês dos
cantores protagonistas dos shows contratados pelas patrocinadoras, bem como para
integrantes do Grupo Bellini Cultural“. As quatro notas fiscais entregues somavam R$ 256
mil, e justificam os serviços prestados pelo arranjador, maestro e orquestra, além dos
ensaios. Mas a denúncia viu superfaturamento nos valores, que não costumavam passar
dos R$ 35 mil por apresentação: “Trata-se de valores inteiramente discrepantes daqueles
relatados como recebidos pelo maestro responsável pela referida orquestra, pois que,
segundo declarou, este recebia, em média, de R$ 25 a 35 mil reais de cachê para cada
apresentação, compreendendo, tal valor bruto, seu cachê, bem como o da orquestra.” Ao ser
inquirido, Corral admitiu saber que os valores vinham da Rouanet, e que os dividia com o
maestro e o artista a se apresentar no esquema. O intermediário ainda confirmou que havia
agenciado a apresentação de Fábio Porchat, e que o valor recebido para pagamento do
maestro fora dividido para arcar com o cachê do humorista. Pela conduta, o produtor da
orquestra Villa Lobos findou denunciado por falsidade ideológica. Marlos Ápyus

Implicante

Editado por Política na Rede

Disponível em: https://folhapolitica.jusbrasil.com.br/noticias/517937787/mpf-entende-que-


show-de-fabio-porchat-era-contrapartida-ilicita-em-fraude-na-rouanet

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