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UNIVERSIDADE FUMEC
CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Volume 1
2018
Faculdade de Engenharia e Arquitetura
PREFÁCIO
Este material didático tem como objetivo apresentar a teoria Aerodinâmica voltada
para a aplicabilidade na aviação. O principal propósito é fornecer introdução e
interpretação abrangentes dos conteúdos e as respectivas aplicações da
Aerodinâmica.
Utilizar um texto de referência para o seu entendimento, com uma linguagem clara e
objetiva, com destaques das noções mais importantes com a intenção de facilitar
sua aprendizagem, mostrando a importância e a aplicabilidade dos conceitos
abordados na aviação são os objetivos deste material didático.
Assim, ao final deste estudo o aluno deverá ser capaz de captar informações que
auxiliem a apreensão de conceitos aerodinâmicos e sua aplicabilidade na aviação.
SUMÁRIO
SUMÁRIO .................................................................................................................................................4
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................8
CAPITULO 1. CONTRIBUIÇÕES DE BERNOULLI E ISAAC NEWTON PARA A AVIAÇÃO .............. 11
1.1 TEORIA DE BERNOULLI ............................................................................................................. 11
1.2 TEORIAS DE ISAAC NEWTON ................................................................................................... 13
1.2.1 Primeira lei de Newton – Lei da Inércia ............................................................................... 13
1.2.2 Segunda lei de Newton: ...................................................................................................... 14
1.2.3 Terceira lei – Princípio da Ação e Reação .......................................................................... 16
CAPITULO 2. NOÇÕES DE FÍSICA BÁSICA ....................................................................................... 18
2.1 Atmosfera ..................................................................................................................................... 18
2.1.1 Propriedades físicas ............................................................................................................ 19
2.1.2 Dinâmica atmosférica .......................................................................................................... 24
2.2 Lei dos gases: Boyle, Charles e Gay-Lussac ............................................................................. 26
2.3 Pressão ........................................................................................................................................ 32
2.3.1. Pressão estática e dinâmica ............................................................................................... 33
2.4 Umidade ...................................................................................................................................... 37
2.5 Peso ............................................................................................................................................ 37
2.6 Centro de Pressão, Centro Aerodinâmico e Centro de Gravidade .............................................. 39
2.6.1. Centro de pressão .............................................................................................................. 39
2.6.2. Centro de Aerodinâmica ..................................................................................................... 39
2.6.3. Centro de Gravidade .......................................................................................................... 40
CAPITULO 3. VISCOSIDADE E FORÇAS DE ADESÃO ..................................................................... 43
3.1 A influência da Temperatura na Viscosidade ............................................................................... 46
3.2 Fluidos Newtonianos e não-Newtonianos .................................................................................... 47
3.3 Teoria de Coanda ......................................................................................................................... 50
3.4 Velocidade e Escoamento ............................................................................................................ 53
3.4.1 Velocidade Relativa ............................................................................................................. 53
3.4.2 Escoamento Laminar e Turbulento ..................................................................................... 55
3.4.3 Número de Reynolds ........................................................................................................... 58
CAPITULO 4. FORÇAS AERODINÂMICAS: ........................................................................................ 59
4.1 Conceitos ...................................................................................................................................... 60
4.2 Estudo da Sustentação ................................................................................................................ 61
4.3. Ângulo de ataque ........................................................................................................................ 65
4.4 Estudo do Arrasto ......................................................................................................................... 66
4.4.1. Arrasto de perfil ou pressão: ............................................................................................. 66
4.4.2. Arrasto de atrito: ................................................................................................................ 68
4.4.3. Arrasto parasita ................................................................................................................. 69
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INTRODUÇÃO
Estudar a Aerodinâmica tem sido, cada vez mais, um desafio para engenheiros e
cientistas criarem modelos com desempenhos insuperáveis. A Engenharia
Aeronáutica é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das tecnologias
empregadas na construção e operação de aeronaves e outros veículos que cruzam
os ares, e com certeza, sem o estudo da Aerodinâmica isto não seria possível!
Mas, esta curiosidade em “fazer voar”, desde os primórdios, era também uma
preocupação de ilustres cientistas. Ainda no século XV Leonardo da Vinci pesquisou
a anatomia dos pássaros e o comportamento de suas asas em relação ao ar.
Construiu um modelo de avião em forma de pássaro e fez vários desenhos, como
hélices e paraquedas, que foram de grande contribuição para a fabricação de
aeronaves posteriormente, ilustrado na figura a seguir.
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Figura1 - Ilustração baseada em desenho de Leonardo da Vinci, seus projetos foram revolucionários
para a época, século XV.
Fonte: http://arterocha.blogspot.com.br
No período entre 1480 e 1505, da Vinci efetuou uma grande quantidade de estudos
sobre o voo, entre eles, estavam estudos sobre pipas, planadores baseados na
estrutura esquelética dos pássaros. Versões modernas desses projetos provam que
a maioria deles poderia efetivamente voar.
Figura 2 - Ornitóptero
Fonte: http://www.historiadigital.org/curiosidades/10-grandes-invencoes-de-leonardo-da-vinci
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Já no século IX, em 1903 os irmãos Wright fizeram o primeiro voo. No entanto, não
houve testemunhas ou provas deste acontecimento. Assim, todo o mérito e créditos
da invenção do avião foram dadas ao ilustre brasileiro Alberto Santos Dumont, que
em 1906 realizou um voo em uma máquina que foi capaz de voar por conta própria,
sem a utilização de qualquer equipamento de solo que impulsionasse o voo, e foi
devidamente registrado na história.
O 14-bis era inicialmente constituído por um aeroplano unido ao balão 14, em testes
feitos por Santos Dumont em meados de 1906 – daí o nome "14-bis", isto é, o "14 de
novo". A função do balão era reduzir o peso efetivo do aeroplano e facilitar
a decolagem. O aeróstato, porém, gerava muito arrasto e não permitia ao avião
desenvolver velocidade.
O primeiro teste do 14-bis foi feito em 19 de julho de 1906, conectado ao balão n.º
14. Em 23 de agosto, o 14-bis foi finalmente testado sem estar acoplado ao balão.
Após uma primeira corrida sem decolar, na segunda tentativa o aeroplano elevou-se
do chão e voou, como ilustrado na figura abaixo.
Fonte: https://ceabbrasil.com.br/blog/7219/
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Após o desenvolvimento das leis de Newton sobre o efeito da lua nas marés,
surgiram os Bernoullis, uma família suíça de cientistas que mais contribuíram para o
desenvolvimento da matemática e ciência nos séculos dezessete e dezoito.
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Agora, sobre voar: considerando o ar percorrendo uma maior distância para fluir na
parte superior da asa, este acelera, e pela Lei de Bernoulli provoca menor pressão
dinâmica na superfície e, consequentemente sucção ou sustentação.
Fonte: http://mecaflu.blogspot.com.br/2012/06/aplicacao-do-principio-de-bernoulli-na.html
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Na asa, a distância total percorrida pelo ar em sua face superior (extradorso) é maior
que na inferior (intradorso), devido à sua forma geométrica. Assim, para que os
filetes de ar cheguem juntos até o final do percurso na asa, a velocidade do fluxo de
ar sobre a asa tem de ser maior do que sob a mesma, o que origina na parte
superior uma pressão mais baixa.
Essa diferença de pressão exercida sobre a face inferior da asa resulta numa força
de baixo para cima, que sustenta o avião no ar (essas forças estão representadas
por setas na ilustração acima). Para que essa força para cima seja suficientemente
intensa para compensar o peso do avião, a velocidade dele em relação ao ar deve
ser relativamente grande suficientemente, o que se consegue através do impulso
dado pelas hélices ou pelas turbinas a jato.
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Fonte: http://oifisica.blogspot.com.br/p/dinamica_2.html
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A 2ª lei de Newton também foi estudada por Galileu e pode ser escrita da seguinte
forma:
F=m.a
Figura1.3 - Força
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/5623601/
A segunda lei é a mais importante da Mecânica e pode ser utilizada para analisar os
movimentos de objetos próximos a Terra e também de corpos celestes.
Diante desta lei, pode-se concluir que a força depende da massa e da aceleração de
um corpo.
Por exemplo: ao aplicar uma força de 2N sobre um objeto, ele adquirirá uma
aceleração maior quando a massa for 0,5 kg e uma aceleração menor quando a
massa for 4 kg. Isso significa que, quanto maior a massa de um corpo, maior deve
ser a força aplicada para que se altere seu estado de movimento.
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Fonte: https://pt.slideshare.net/crisbassanimedeiros/9-ano-leis-de-newton
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/3757390/
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Fonte: http://www2.uesb.br/matematicajq/images/projeto.pdf
Pode-se observar a corrente de ar que passa pela parte inferior da asa sofre uma
força, e altera seu momento linear, por reação recebe uma outra força de mesma
intensidade e sentido oposto, e somada com a força de propulsão que empurra o
avião, resulta numa força de sustentação.
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2.1 Atmosfera
A atmosfera terrestre é uma camada de gases que envolve a Terra e é retida pela
força da gravidade.
Devido à dispersão da luz solar sobre a atmosfera, a Terra vista do espaço aparece
como uma esfera de coloração azul brilhante.
Fonte: https://geografiacriticanaveia.wordpress.com/atmosfera/
A atmosfera tem uma massa de aproximadamente 5,1 x 10 18 kg, sendo que três
quartos dessa massa estão situados nos primeiros 11 km desde a superfície.
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A atmosfera terrestre se torna cada vez mais tênue conforme se aumenta a altitude,
e não há um limite definido entre a atmosfera terrestre e o espaço exterior.
Pressão e espessura
Densidade do ar
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Densidade e massa
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Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/NRLMSISE-00
A densidade do ar ao nível do mar é cerca de 1,2 kg/m³. A densidade não deve ser
medida diretamente, mas é calculada a partir de medições de temperatura, pressão
e umidade, usando a equação de estado para o ar (uma forma da lei dos gases
ideais).
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Fenômenos ópticos
Dispersão
Absorção
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Emissão
Corpos mais frios emitem menos radiação, com comprimentos de onda mais longos.
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Índice de refração
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_terrestre
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A medida que se vai subindo em altitude o ar vai ficando cada vez mais rarefeito, ou
seja, tem-se menos moléculas por unidade de volume. A 4000 metros de altitude o
número de moléculas de oxigênio, embora continue a ser os mesmos 20% do total,
como no nível do mar, já começa a ser insuficiente para o funcionamento correto de
nossos pulmões. Daí a necessidade de se aumentar o seu número, seja com o uso
de máscaras com oxigênio, ou seja, aumentando a pressão ambiente, ou
pressurização.
Acima de 15000 m, o número de moléculas cai tanto que até mesmo as existentes
em formas líquidas em corpos começam a evaporar e a ocupar os vazios, sendo
então, absolutamente necessária a pressurização da cabina.
A lei de Boyle-Mariote diz que: "O volume ocupado por qualquer gás, à
temperatura constante, é inversamente proporcional à sua pressão", ou seja,
quando se comprime o ar em uma seringa, aumenta-se a pressão reduzindo-se o
volume.
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Esta lei enuncia que a pressão absoluta e o volume de uma certa quantidade de gás
confinado são inversamente proporcionais se a temperatura permanece constante
em um sistema fechado. Em outras palavras, ela afirma que o produto da pressão e
do volume é uma constante para uma devida massa de gás confinado enquanto a
temperatura for constante, verificado na figura a seguir.
Isso significa que ao dobrar a pressão exercida por um gás em um sistema fechado,
o volume irá diminuir pela metade e assim por diante. O contrário também ocorre,
isto é, se diminuir a pressão pela metade, o volume ocupado pelo gás será o dobro.
Como mostra a figura a seguir.
Figura 2.6 - Transformação isotérmica Volume e pressão
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/lei-boyle-sobre-transformacao-isotermica.htm
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A Lei de Charles é uma lei dos gases perfeitos. Esta lei diz respeito às
transformações isobáricas, isto é, aquelas que se processam a pressão constante.
Assim, “considerando a pressão constante, o volume de uma determinada
massa de gás é diretamente proporcional à sua temperatura absoluta. ” Ou
seja, quando o volume de um gás permanece constante, a pressão exercida por ele
é diretamente proporcional à temperatura absoluta. A figura abaixo ilustra esta
situação.
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Tal relação é chamada de equação de estado de um gás. Ela pode ser encontrada
das seguintes formas:
I. Lei de Boyle-Mariotte
1 1
V é proporcional a (T ) (n) ou seja, V R (T ) (n)
P P
P V n R T
Esta equação também é denominada de equação de Clapeyron.
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Acidente que ocorreu na aviação em 1999: “Lei dos Gases Ideais causa
queda de um LearJet”
A lei dos gases ideais, PV=nRT, diz que o número de moléculas de gás em um
determinado volume é proporcional à pressão do gás. O que se pode verificar sua
aplicabilidade no fato ocorrido em 25 de outubro de 1999, um LearJet (exemplo na
figura abaixo) caiu em Mina, South Dakota, USA. A causa do acidente foi a
depressurização da cabine. O avião estava a 10 mil pés de altura (~3 km). Nesta
altitude, a pressão atmosférica é menor e, consequentemente, o ar é menos denso,
mais rarefeito. Dentro do avião, que deve ser selado, a pressão é controlada pelo
bombeamento de oxigênio. Durante o vôo, houve uma depressurização - todos os
passageiros e tripulação rapidamente ficaram inconscientes (hipóxia= sem oxigênio
no cérebro,o que leva à inconsciência) e, provavelmente, mortos, por falta de
oxigênio: menor P resulta em menor n. Por mais de 3 horas voaram nesta situação,
guiados pelo piloto automático, sem oxigênio. Uma das evidências de que a
depressurização, de fato, ocorreu, era de que as janelas do avião estavam cobertas
de gelo. Os 10 mil pés, o avião pode ser encarado como um grande cilindro de ar
comprimido. Se estiver vazando, o ar estará sofrendo uma expansão. A equação
P V n R T diz que este é um processo endotérmico e, portanto, retira calor
das vizinhanças - levando até mesmo ao congelamento do vapor de água!
Fonte: http://www.rockaircraft.com/2016/02/learjet-o-executivo.html
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A necessidade da evolução:
Assim, segundo especialistas, para evitar esse tipo de acidente, antes do voo, a
nave deve passar por uma inspeção para conferir o sistema de oxigênio, pois é o
que salvará vidas em caso de pressurização. A tripulação deve conferir se a
máscara de oxigênio está funcionando, e se é possível ouvir o oxigênio saindo da
máscara e devem coloca-la e inspirar.
Fonte: https://fernandes-aerobrasil.blogspot.com.br/2010/
O tempo de oxigênio pode variar de acordo com equipamento a bordo, sendo uma
média de 15 a 21 minutos. Esse é tempo suficiente para a realização de uma
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manobra de descida de emergência até chegar em uma altitude em que não haja a
necessidade de máscaras de oxigênio, vistas na figura abaixo. Essa altitude gira em
torno de 10.000 pés (3.048 metros).
Fonte:http://roadtrio.com/viajanteprofissional/16-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-viagem-de-aviao/
2.3 Pressão
F
P
A
A pressão exercida por um fluido em repouso, contido em um recipiente, é igual em
todos os pontos do fluido e a unidade de medida utilizada no Sistema Internacional
(SI) é o Pascal (Pa), onde: 1 Pa = 1 N/m²
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O físico Daniel Bernouilli observou que num cano de grande diâmetro a água em
repouso no seu interior tinha uma elevada pressão estática (máxima), mas à medida
que escoava, esta pressão diminuía.
Verifica-se então que: "se estreitar mais o tubo, maior seria a velocidade de
escoamento e pressão dinâmica do fluido, e menor será a pressão estática". O que
pode ser visto na figura abaixo.
V1 V2
Fonte: https://www.learncax.com/knowledge-base/blog/by-category/cfd/introduction-to-cfd-part-i-what-is-cfd
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Em aviação, é comum encontrar outras unidades, como a inglesa PSI (Pound per
Square Inch - Libra por polegada quadrada), milibar (mb) – derivado do Bar (B),
hectopascal (hPa) – derivado do Pascal, atmosfera (atm) e polegada de mercúrio
(inHg).
Deve-se lembrar que quanto mais alto uma aeronave voar em relação ao nível do
mar, menor será a pressão atmosférica, ou seja, a pressão atmosférica diminui com
a altitude. Partindo da unidade básica, o Pascal, seguem algumas relações:
1 PSI = 6.894,7 Pa
1 mb = 100 Pa = 1 hPa
1 atm = 101.325 Pa = 1.013,25 hPa = 1.013,25 mb
1 inHg = 3.386,4 Pa
Tubo de Pitot
Fonte: http://culturaaeronautica.blogspot.com.br/2011/04/tubo-de-pitot-como-funciona.html
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Quando a aeronave está estacionária e não há vento relativo, nem real, a pressão
que entra pelo orifício do Pitot (visto na figura abaixo) é somente a pressão
atmosférica estática. A cápsula permanece então em uma posição neutra e a
velocidade indicada é zero. Já quando a aeronave se desloca na massa de ar, o
vento relativo causa um aumento na pressão de ar admitida pelo orifício do Tubo de
Pitot, em relação à pressão estática.
Fonte:http://fenomenosdaengenharia.blogspot.com.br/2013/06/o-tubo-de-pitot-e-aviacao_6.html
V 2
pt ps
2
Então, temos para a velocidade aerodinâmica V:
2 pt ps
V
Sendo:
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Fonte:http://fenomenosdaengenharia.blogspot.com.br/2013/06/o-tubo-de-pitot-e-aviacao_6.html
Os Tubos de Pitot geralmente são instalados sob as asas do avião, ou nas laterais
do nariz. Em aeronaves supersônicas, é geralmente instalado em um longo tubo no
nariz, para evitar quaisquer interferências provocadas pela passagem da estrutura
do avião no fluxo de ar.
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2.4 Umidade
2.5 Peso
A matéria que constitui o teu corpo e a matéria que constitui o planeta Terra se
atraem mutuamente, e neste caso a atração é bastante perceptível. Quando uma
pessoa pula, ela sente o corpo sendo puxado para o solo. Isto acontece porque a
massa do Planeta Terra é bastante elevada (cerca de 5,97 x 1024 Kg).
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É habitual a utilização errada dos conceitos de massa e peso. Peso e Massa são
conceitos distintos.
A unidade de Sistema Internacional para o Peso, tal como para as restantes forças,
é o Newton (N).
Portanto, pode-se dizer que um determinado objeto terá sempre a mesma massa em
qualquer parte do universo, mas não poderá ter sempre o mesmo peso.
Fonte:http://aeromagazine.uol.com.br/artigo/como-fazer-o-balanceamento-de-sua-aeronave _1641.html
O centro de gravidade (centre of gravity) é o ponto onde o peso total (total weight) da
aeronave se concentra. Em uma aeronave, o peso é uma força sempre aplicada ao
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Fonte:http://aeromagazine.uol.com.br/artigo/como-fazer-o-balanceamento-de-sua-aeronave_1641.html
A sustentação das asas está concentrada no CA. Mas a fuselagem pode também ter
formato aerodinâmico e seu próprio CA, tanto quanto bagageiros externos ou
antenas grandes. A combinação dos CA, de cada superfície aerodinâmica,
consideradas as asas e restante da fuselagem, define o CP. Portanto, é no CP que o
“dedo invisível” da sustentação atua na aeronave, como um todo. Ele se comporta
como o ponto de apoio de uma gangorra. Se os pesos não forem iguais, um dos
lados sobe e o outro desce.
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Embora seja difícil obter um grau exato de estabilidade longitudinal para todas as
condições de voo, é essencial alcançar um compromisso aceitável para tornar o voo
seguro e confortável. A estabilidade longitudinal da aeronave é principalmente
resolvida pelo estabilizador horizontal da cauda. Colocado na parte mais distante
das asas, este estabilizador aerodinâmico gera as forças necessárias para
neutralizar o efeito de forças externas. À medida que a parte mais afastada do centro
de gravidade, qualquer força, por mais pequena que seja exercida sobre este
dispositivo terá um ótimo efeito de correção (maior torque).
Se uma rajada de vento levanta o nariz do avião, é porque ele está abaixo do
caminho de voo e afetará as asas e a cauda do avião. Essa mudança do vento
relativo supõe um aumento do ângulo de ataque (mais sustentação), mais acusados
na cauda devido à sua maior distância ao centro de gravidade (como no balanço de
armas desiguais), que será levantada em substituição o nariz com a atitude anterior
e diminuindo o ângulo de ataque das asas.
Se a raia vier de cima, haverá menos ângulo de ataque, e o déficit de elevação mais
pronunciado na cauda fará com que ele volte ao equilíbrio.
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Na figura abaixo, a parte esquerda está em equilíbrio (600 = 600), enquanto à direita
observa-se os diferentes binários de força exercidos ao ser adicionado 1 kg para
cada prato (660> 630).
http://www.pasionporvolar.com/estabilidad-del-avion-aerodinamica/
Fonte: http://www.pasionporvolar.com/estabilidad-del-avion-aerodinamica/
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O Centro de Gravidade de cada avião é tabulado pelo fabricante, bem como seus
limites de deslocamento, a carga máxima permitida, etc. e é imperativo, para um
ótimo controle e estabilidade do avião, que o Centro de Gravidade seja mantido
dentro dos limites permitidos por seu designer, porque o oposto pode causar sérios
problemas no controle e estabilidade do avião.
Tanto o fluxo de ar que desloca a hélice quanto o que flui para o lado de fora da asa,
afetam a cauda do avião, afetando a estabilidade longitudinal. Ao estender as abas,
o fluxo da borda de fuga torna-se mais pronunciado e afeta o estabilizador horizontal
de maneira diferente de acordo com a situação dos planos do avião.
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Diferentemente dos sólidos os líquidos podem fluir. Suas partículas se movem quase
independentemente umas das outras, mas não tão livremente como as partículas de
um gás. Forças de atração conhecidas como forças de coesão, agem entre as
partículas do líquido.
Newton, na experiência das duas placas (visto na figura abaixo), observou que após
um intervalo de tempo elementar (dt) a velocidade da placa superior era
constante, isto implica que a resultante na mesma é zero. Portanto, o fluido em
contato com a placa superior origina uma força de mesma direção, mesma
intensidade, porém sentido contrário a força responsável pelo movimento. Esta força
é denominada de Força de Resistência Viscosa - F
Figura 3.1 - Fluido em contato com a placa superior com velocidade constante
v
v =
constante
V=
Fonte: www.hidro.ufcg.edu.br/twiki/pub/FTEletrica0/MaterialDisciplina/Aula05.pptx
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Logo,
dv
dy
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Fonte: http://studiolaser.com.br/site/porque-devo-controlar-a-temperatura-da-tinta-e-a-sua-viscosidade/
Onde:
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Onde:
Os fluidos podem ser divididos em líquidos e gases. A principal diferença entre eles
são:
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Trata-se de uma substância muito interessante, que pode ser líquida e sólida ao
mesmo tempo. Como exemplo, ao misturar os ingredientes amido de milho, água e
corante (opcional) e começar a mexer, observa-se que aos poucos, a mistura ficará
mais pesada, tornando um pouco difícil de continuar mexendo, conforme mostra a
figura abaixo.
Fonte: https://www.tecmundo.com.br/ibere/15994-o-liquido-que-quer-ser-solido-ibere-.htm
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Isso acontece porque o “líquido que quer ser sólido” (ou fluido não-Newtoniano)
funciona assim mesmo. Quanto mais força estiver sendo exercida sobre ele, mais
próximo do estado sólido ele fica.
Fonte: http://danielafenomenos.blogspot.com.br/2011/06/reologia-fluidos-nao-newtonianos.html
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Supondo que sobre uma superfície curva é lançado um corpo sólido, por exemplo
um grão de arroz, observa-se que este grão será desviado para a direita e, o cilindro,
pela terceira lei de Newton, tenderá a ir para a esquerda. Conforme mostra a figura
abaixo.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Coand%C4%83
Se esta experiência for repetida, mas com um líquido, devido à sua viscosidade, ele
tenderá a "agarrar-se" à superfície curva pelo fato de a pressão no fluido no local da
curva ser menor. O fluido, portanto, sairá pela esquerda, o que se pode perceber na
figura abaixo.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Coand%C4%83
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Um outro exemplo bem simples de se notar o efeito Coanda é considerar que o filete
de água saindo de uma torneira irá aderir ao lado convexo de uma colher ou uma
concha. Assim, a água tenderá a aderir e a contornar a curvatura da concha. O filete
de água adere à superfície curva da concha e é desviado para a esquerda. Pelo
"Princípio da Ação e Reação", enunciado por Newton, a concha recebe uma
força que tende a desviá-la no sentido oposto, ou seja, para a direita, como mostra a
figura abaixo.
Fonte: http://osfundamentosdafisica.blogspot.com.br/2011/05/especial-de-sabado.html
O mesmo ocorre nas asas dos aviões. A curvatura da parte superior desvia o ar
incidente para baixo, surge então uma força de sentido oposto (sustentação) que
empurra a asa para cima. Esse efeito aplicado num perfil de uma asa e as partículas
do vento, pode ser constado e muito contribuiu para o entendimento da ciência
aplicada aos aviões.
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Num voo de teste, durante uma tentativa de descolagem com o seu protótipo
"Coanda 1910" – o primeiro motorjet construído e testado da História, visto na figura
abaixo.
Fonte: http://osfundamentosdafisica.blogspot.com.br/2011/05/especial-de-sabado.html
Ao acionar o motor do avião Coanda notou que os gases que saiam do motor não
seguiam em linha reta como era esperado, mudavam de trajetória acompanhando a
curvatura da fuselagem. Como tais gases saíam em temperaturas elevadas e o
avião era feito de materiais combustíveis, o projeto não prosperou, o que fez com
que Coanda voltasse aos seus estudos, eliminando qualquer tentativa de
decolagem.
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Fonte: https://www.google.com.br/search?q=efeito+laminar+e+turbulento+em+avi%C3%B5
Assim, o efeito Coanda é explicado pela aderência dos fluidos, que devido às
interações moleculares de adesão, escoamento de fluido viscoso tendem a aderir às
superfícies.
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Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/fisica/velocidade-relativa.htm(adaptado)
VREL = V1 – V2
(V1 > V2)
VREL = V1 + V2
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/fisica/velocidade-relativa.htm(adaptado)
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Assim, tem-se:
Fluxo laminar
Fonte:https://www.infoescola.com/mecanica-de-fluidos/tipos-de-fluxos-e-escoamentos/
Escoamento turbulento
55
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Fonte:https://www.infoescola.com/mecanica-de-fluidos/tipos-de-fluxos-e-escoamentos/
A viscosidade vem do atrito interno dos fluidos, isto é, das forças de coesão entre
moléculas relativamente juntas, portanto, estas moléculas ao se movimentarem
próximas a uma superfície qualquer, tenderão devido ao atrito a agarrarem nesta
superficie. Quanto mais próximas a esta superfície e quanto maior a rugosidade
superficial, mais moléculas ao fluírem, deverão diminuir sua velocidade que deverá
ser zero junto a superfície e aumentara até atingir a velocidade do impacto inicial. À
camada de ar entre a superfície e o fluxo sem retardamento na velocidade das
moléculas ar denomina-se camada limite.
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57
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Fonte: http://www.if.ufrj.br/~ginette/cursos/fit122/2011_01/programa/fluidos/escoamento.html
Nota-se que próxima do cigarro, ainda com velocidade baixa, a fumaça sobe em
escoamento laminar, mas à medida que a velocidade aumenta, devido à aceleração
causada pelo empuxo do ar, atinge-se finalmente o regime turbulento.
58
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vc
Re
Onde: v representa a velocidade do escoamento, ρ é a densidade do ar, µ a
viscosidade dinâmica do ar e c a corda média aerodinâmica do perfil.
59
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Entender como essas forças interagem e como são controladas através da potência
e comandos de voo é essencial para se iniciar nas aeronaves.
Fonte: http://www.vooleve.com/Pages/Artigos_files/Angulo_ataque/angulo_ataque_2.htm
4.1 Conceitos
Tração
Arrasto
É a força de resistência ao avanço que deverá ser vencida pela tração para que se
inicie e mantenha o movimento. Seu ponto de aplicação depende da forma da seção
frontal da aeronave, incluindo trem de pouso e cargas externas.
Sustentação
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Peso
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Conforme Newton
A figura a seguir mostra o downwash quando a asa passa por pelo ar, ou seja,
aparentemente saindo pelo bordo de fuga quase que na vertical com uma
velocidade relativamente baixa. Quanto maior o ângulo de ataque maior será a
velocidade vertical do ar. Concluindo, então que, ao o do ângulo de ataque ou a
velocidade da aeronave, aumentará a componente vertical para baixo da velocidade.
É esta velocidade vertical que dá à asa sua sustentação.
62
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Fonte: https://www.monolitonimbus.com.br/topicos-de-engenharia-aeronautica/
A densidade tende a gerar erros de interpretação pelo fato de não ser um parâmetro
de medida direta. Normalmente o que se mede é a altitude e a um aumento desta,
tem-se um decréscimo da densidade e, por conseguinte, um decréscimo da
sustentação.
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64
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aumentando, porém a uma razão menor, até o ponto onde este coeficiente começa
a diminuir. Este ponto, chamado de CLmáx, define o estol aerodinâmico, condição
na qual a separação da camada-limite no extradorso do perfil atinge um ponto
próximo ao bordo de ataque.
Para uma aeronave voar, é necessário que haja sustentação, mas é necessário
também vencer a resistência do ar ao seu movimento. Esta força de resistência,
atuando no sentido oposto à trajetória de voo, é denominada arrasto aerodinâmico e
tem, como a sustentação, definido seu coeficiente segundo as características
geométricas do perfil.
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Essa força depende de alguns fatores como a forma do corpo, sua rugosidade e o
efeito induzido resultante da diferença de pressão entre a parte inferior e superior da
asa.
O arrasto (Drag) de perfil está relacionado com a área, na qual o ar colide de frente,
e produzindo uma deflexão. A maior ou menor facilidade de um corpo se deslocar
em determinado fluído produz um arrasto, então as partes que compõe um avião
devem ser arredondadas ou terem o efeito de flechas, evitando superfícies retas
perpendiculares ao deslocamento, originando assim uma resistência menor. Por
exemplo: uma pessoa, ao colocar a mão espalmada para fora de um carro a 100
Km/h, o esforço para mantê-la nesta posição será o equivalente a segurar um saco
de ½ Kg.
66
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1
D S V 2 CD
2
onde:
67
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Fonte: http://4.bp.blogspot.com/--UKhoCTxTn4/TikicL9EqUI
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-nFEwzH6BfgE/Tiki05J22CI
O arrasto de atrito é a força criada pelo atrito do ar com a superfície do corpo. Esta
força depende do formato dos corpos e da sua área exposta ao escoamento.
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Mesmo em uma placa fina alinhada com o vento uma pequena camada de partículas
será arrastada na direção do vento indicando a presença das forças de fricção.
Denomina-se então arrasto de atrito, a força criada pelo atrito do ar com a superfície
do corpo. Esta força depende do formato dos corpos e da sua área exposta ao
escoamento.
O arrasto parasita do de uma aeronave, pode ser representado pela "placa plana
equivalente", ou seja, quando ela é exposta ao vento relativo, produz um arrasto que
se equivale a soma das áreas perpendiculares ao escoamento de todos os
componentes que não produzem a sustentação. Assim, a remoção das portas, a
colocação de metralhadoras, macas e outros acessórios, também aumentam a área
parasita.
1
D p 1.28 S V 2
2
O arrasto parasita pode ser minimizado dando um formato mais aerodinâmico aos
objetos. O atrito de superfície é o tipo de arrasto parasita mais difícil de ser reduzido.
69
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É o arrasto produzido pelo avião como um todo é maior que a soma dos arrastos dos
seus componentes. Isto ocorre por causa da interferência do escoamento de uma
superfície sobre a outra, como asa/fuselagem, asa/motor, fuselagem/empenagem.
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Este arrasto determina que a pressão no intradorso é maior que no extradorso e isto
faz o ar do intradorso escapar para o extradorso nas pontas das asas do avião
formando vórtices em espiral. O ar que escapa reduz a sustentação da asa tornando
necessário aumentar o ângulo de ataque para recompor a sustentação criando
então um arrasto adicional nomeado de arrasto induzido. O arrasto induzido é maior
nas baixas velocidade e com ângulos de ataques maiores, ou seja, vê-se muito esse
arrasto nos pousos e decolagens.
Modificações nas pontas de uma asa podem reduzir o arrasto induzido através do
afastamento dos vórtices das pontas, em relação ao eixo longitudinal da aeronave
(aumento da razão de aspecto efetivo da asa) e/ou através da redução de
intensidade desses vórtices. Alguns modelos de ponta aproveitam o fluxo de ar
espiralado nesta região, para gerar uma tração adicional reduzindo, desta forma, o
arrasto total (Whitcomb, 1976); outros fragmentam o vórtice de ponta de asa em
vários vórtices de menor intensidade e, portanto, maior facilidade para se
dispersarem (Spillman, 1978 e 1987), visto na figura a seguir.
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-DSfSwTgTSTo/Tikmj3NyWcI
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Para diminuir o arrasto induzido são dispositivos como tanques nas pontas das asas
funcionando como barreiras impedindo de o ar escapar para o extradorso. Além
desse recurso para diminuir o arrasto induzidos as aeronaves de grande
desempenho possuem asas com grande alongamento.
Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-
2fUpXAwMbmA/TiknHEdpeuI/AAAAAAAAAGA/nt17C2DrD0U/s1600/P-95.jpg
Outro recurso são os famosos Winglets (visto exemplo na figura abaixo) que é um
componente aerodinâmico posicionado na extremidade livre da asa de uma
aeronave, que tem por função diminuir o arrasto induzido, relacionado ao vórtice de
ponta de asa. Em geral, tem a forma de uma aba vertical ou inclinada. A redução do
arrasto melhora a eficiência da aeronave, significando aumento da velocidade e
economia de combustível. Atualmente, quase 100% das aeronaves de grande porte
que saem de fábrica vem com winglets. Boeing 737, 747, 757, 767 e 777 são
exemplos de aviões com winglets (em algumas versões), do mesmo modo, todos os
aviões da Airbus saem de fábrica com winglets (lá chamados de "Fence").
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Fonte:http://1.bp.blogspot.com/-
IgvOmrf7wlM/Tikob1ORuMI/AAAAAAAAAGE/wkfCJzIOQ0/s1600/48289-241-thumb-560x840.jpg
73
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A parte da asa junto à fuselagem apresenta uma sucção muito maior do que a parte
da ponta, provocando uma movimentação da lâmina do downwash na direção da
ponta para a superior da asa devido à mudança de sua velocidade. Isto é o vórtice
de asa. Estes vórtices são proporcionais a taxa de mudança da sustentação ao
longo da asa. Se na ponta da asa a sustentação for nula, os vórtices serão mais
fechados. Este vórtice é apenas uma parte do vórtice total da asa, embora
geralmente seja o mais visível.
Considerando que os fluídos se movem de uma região de alta para uma região de
baixa pressão, haverá um fluxo de ar do intradorso para o extradorso na ponta da
asa. O ar então, no extradorso tenderá a se mover na direção da fuselagem e no
intradorso o ar tenderá a se mover na direção da ponta. Estes fluxos diagonais na
asa provocarão vários vórtices em toda a asa. Esses Vórtices aumentam o arrasto
devido à turbulência produzida e constituem o arrasto induzido. Com o aumento da
sustentação, o arrasto induzido também aumenta devido ao aumento do ângulo de
ataque e consequente aumento da diferença de pressão entre o extradorso e o
intradorso. Concluindo, quanto maior o ângulo de ataque, maior a sustentação,
maior o arrasto induzido, maiores as velocidades para baixo e, portanto, maiores os
vórtices principalmente na ponta da asa.
Portanto, o arrasto induzido nada mais é, que a componente para trás daquela força
resultante das pressões e sucções, que também criam a sustentação. Assim sendo,
quanto maior for a sustentação, maiores serão o ângulo e o arrasto induzidos, e as
velocidades para baixo e, portanto, mais fortes serão os vórtices de ponta de asa
que não criam o arrasto induzido, mas tem a mesma origem deste, como mostra a
figura a seguir.
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No caso dos helicópteros, é o arrasto provocado pelo ar jogado para baixo, pelo
rotor principal, que vai de encontro com a fuselagem. É uma força perpendicular ao
vento relativo, portanto uma força vertical que não colabora em nada para a
sustentação, tem sentido contrário a esta. É um dos fatores que limitam o teto
máximo no voo pairado, sendo uma característica deste tipo de voo, pois, em
deslocamento (+/- 15 MPH) esta força desaparece, devido á inclinação do disco de
rotação e ao aparecimento do vento relativo, fazendo com que o ar jogado para
baixo incline-se para trás.
Arrasto total é a soma de todos os arrastos, o que pode ser visto na figura a seguir.
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Fonte:http://www.flightlearnings.com/2011/03/31/pressure-altitude-range-performance-part-two/
Polar de arrasto representa uma curva que mostra a relação entre o coeficiente de
arrasto e o coeficiente de sustentação de uma aeronave completa. Essa relação é
expressa através de uma equação que pode ser representada por um gráfico
denominado polar de arrasto.
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Em ambas as situações, a curva obtida será exatamente a mesma. Para uma maior
eficiência aerodinâmica da aeronave, pode-se perceber que quanto maior for o valor
do ângulo θ, maior será a relação obtida entre a força de sustentação e a força de
arrasto e consequentemente menor será a parcela referente ao arrasto parasita,
fazendo dessa forma com que a curva polar se aproxime muito do eixo vertical. A
situação ideal para o projeto aerodinâmico seria um ângulo θ igual a 90°, pois dessa
forma, todo o arrasto seria eliminado da aeronave, porém é uma situação impossível
de se obter na prática, e, portanto, uma maneira muito eficaz de se melhorar a polar
de arrasto de uma aeronave é tentar reduzir o arrasto parasita e também o arrasto
induzido da aeronave.
Para toda polar de arrasto existe um ponto no qual a relação entre CL e CD assume
o seu máximo valor, esse ponto é denominado na aerodinâmica de ponto de projeto
e representado na nomenclatura por (L/D)máx ou eficiência máxima Emáx.
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Essas partes têm fins específicos, e todas trabalham para manter o avião no ar
funcionando de forma bastante eficaz e segura, visto na figura a seguir.
Figura 5.1 - Esquema contendo as principais partes de um avião e suas funções (adaptado da NASA)
Fonte:www.monolitonimbus.com.br
5.1 Fuselagem
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5.3. Empenagem
5.5 Leme
O leme de direção (rudder) é uma peça móvel que está ligada ao estabilizador
vertical da cauda, localizado na parte traseira da fuselagem. Seu nome vem da
navegação marítima, já que os navios usam o leme para movimentar-se para direita
ou esquerda na superfície da água (ou seja, no mesmo plano). No avião, esse
movimento ocorre ao redor do eixo vertical, de modo que o leme, virando para a
direita, causa um desvio no fluxo de ar e pelo princípio de ação e reação, o
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5.6 Elevador
5.7 Profundor
Seu nome vem da navegação marítima e envolve seu movimento, que varia a
“profundidade”. Seu movimento é ao redor do eixo transversal: quando o profundor
desce, isso causa um aumento na sustentação naquela região e a empenagem
sobe, gerando um movimento para baixo da aeronave, ocorrendo o inverso na
subida do avião (e vice-versa). Esse movimento é conhecido como arfagem ou
tangagem (nomes originalmente franceses), podendo ser chamado “cabrar” quando
o avião sobe e “picar” quando o avião desce – clique no link para ver uma animação
do movimento. O controle dessas superfícies se dá movimentando-se o manche
para frente ou para junto do piloto.
Controlado pelos manetes de potência, gera tração para que a aeronave avance. É
formado pelo conjunto de hélice (ou pás) e motor (por isso esse nome). Geralmente
são do tipo trator: hélice na parte frontal, que produz uma tração que puxa o avião
através do ar. Tem como vantagens que a hélice funciona em ambiente livre de
turbulências geradas pela aeronave, existe melhor refrigeração e o peso do motor
leva CG para a frente (precisa de menor área de superfície de cauda para se
garantir a estabilidade longitudinal do avião).
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O trem de pouso (as rodas do avião) está localizado sob a fuselagem. Além de
permitir que o avião pouse e decole, as rodas são usadas para conduzir o avião nas
pistas enquanto ele está no solo. Em alguns aviões, ele está sempre para fora; em
outros, pode ser retraído, enquanto estão no ar.
5.10 Asas
5.11 Ailerons
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5.12 Flaps
A palavra vem do inglês e uma palavra que define uma superfície plana e fina presa
a somente um dos lados. Os flaps estão localizados na parte traseira das asas do
avião, perto da fuselagem.
5.13 Winglet
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5.14 Slats
Fendas (como o próprio nome em inglês revela) localizadas na parte frontal da asa
(bordo de ataque), com o objetivo de aumentar a área e/ou a curvatura da asa e,
assim, a sustentação (também é um dispositivo hiper-sustentador).
5.15 Spoiler
Inventada por David Warren em 1953, somente nos anos 1960 que começou a ser
adotada de modo gradativo nos aviões comerciais de vários países. Resiste a
temperaturas que chegam a 1.100°C por até uma hora, e na água resiste a uma
profundidade de 6.000 metros – caso seus sensores indiquem que caiu na água,
emite um pulso por segundo, detectável por sonares até duas milhas náuticas de
distância por até 30 dias. Apesar do nome, é de cor alaranjada florescente para
facilitar sua localização em casos de acidente.
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CAPITULO 6. ASAS
O avião voa graças a suas asas, que possuem um formato aerodinâmico ideal para
criar uma força chamada de sustentação. A asa é dividida em quatro partes. A parte
da frente é chamada de bordo de ataque, a parte de trás é o bordo de fuga, a parte
de cima chama-se extradorso e a parte de baixo intradorso.
6.1 Aerofólios
Fonte:http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfv2YAI/13aerodinamica
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Os perfis NACA são, basicamente, designados por séries de quatro, cinco ou seis
dígitos. Esses números identificam o perfil por meio de informações sobre as
características geométricas do mesmo, como arqueamento, localização do ponto de
flecha máxima, espessura, coeficiente de sustentação (CL), etc.
Na série NACA 4 dígitos, por exemplo, os números usados para descrever o perfil
representam o seguinte:
86
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Fonte: https://howlingpixel.com/wiki/NACA_airfoil
Identificando o perfil NACA 2412 de corda (c) igual a 1 metro, podemos inferir que
este perfil tem um arqueamento igual a 0,02 m (2% da corda) e uma espessura de
0,12 m (12% da corda), ambos situados a 0,40 m do BA.
Perfil Simétrico: Pode ser dividida a asa por uma linha reta em duas
metades iguais.
Perfil Assimétrico: Não Pode ser dividida a asas por uma linha reta em duas
metades iguais.
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Fonte: https://it.wikipedia.org/wiki/Profilo_alare#/media/File:Airfoil_geometry.svg
α : incidência geométrica
c : corda
1 : linha de elevação zero
2 : bordo de ataque
3 : aro osculatório do bordo de ataque
4 : curvatura
5 : espessura
6 : estradorso
7 : bordo de fuga
8 : linha da curvatura média
9 : intradorso.
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Quando um avião começa a se mover o fluxo de ar divide-se e passa por cima e por
baixo da asa, se encontrando novamente no bordo de fuga, visto na figura
acima. Pelo fato de o extradorso ser maior que o intradorso, o ar na parte de cima
flui a uma velocidade maior que o ar na parte de baixo.
Componentes de um perfil:
Corda: é uma linha reta que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga.
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λ = Ângulo de incidência
α = Ângulo de ataque
θ = Atitude
Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-hpFcnRSzH-8/TidAFVEUbnI/AAAAAAAAADk/EDp-
czBPFMc/s1600/angulos.jpg
90
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O diedro é positivo quando as pontas das asas estão acima do plano horizontal de
referência. Caso contrário, o diedro será negativo.
Fonte:https://1.bp.blogspot.com/brd0nM9E_g4/U7XYuFkOkDI/AAAAAAAAC0w/1tq1gqVOi4U/s1600/Capturar.PNG
91
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As asas podem ter uma série de formas geométricas de acordo com o objetivo do
projeto. Os principais tipos são retangular, trapezoidal, elíptica e mista. As
características da geometria da asa dizem respeito à relação de aspecto,
enflechamento, conicidade, torção geométrica ou torção aerodinâmica.
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1 - Asa trapezoidal
2 - Asa enflechada
3 - Asa com enflechamento negativo4 - Asa em delta
5 - Asa com geometria variável
6 - Asa oblíqua
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Asa_(avia%C3%A7%C3%A3o)
É a asa mais eficiente do ponto de vista estrutural, fácil de ser construída, com
corda constante em toda a extensão da asa. A separação do escoamento tende
a ocorrer primeiro na corda raiz da asa e se distribui subseqüentemente para as
outras regiões. Apresenta um esforço de flexão na raiz maior que uma asa
elíptica ou trapezoidal. A asa reta é destinada a voos com velocidade
relativamente baixa (subsônica).
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As asas com enflechamento para trás, são usadas para se obter maior
estabilidade sobre o eixo vertical e deslocam o centro aerodinâmico para trás.
Grandes enflechamentos aumentam a sustentação máxima da asa e o arrasto
induzido, aumentando também a possibilidade de estol de ponta de asa.
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A versão ogival serve quando o avião tem que decolar com um peso relativamente
grande, com o febatista, como acontece com o Concorde e com o Tupolev Tu-144. A
versão "dobrada" maximiza o uso em grandes ângulos de ataque e previne (embora
não completamente) o estol. Entretanto, quando trata-se de velocidades realmente
grandes, o tipo perfeito é a versão "sem cauda", isto é, sem timões ou canards. A
principal desvantagem desse tipo de asa é a velocidade de pouso e decolagem. Ela
precisa ser bem alta.
A asa com geometria variável, não confundir com asa dobrável, permite baixas
velocidades de pouso e decolagem e altas velocidades de voo (embora não tão altas
quando as de aviões que utilizam asas em delta "sem cauda". Ela reúne todas as
principais características vantajosas das outras asas, sem ter suas desvantagens,
pelo menos não permanentemente. Por exemplo, asas com grande poder de
sustentação tendem a ter grande coeficientes de arrasto. Com essa asa, isso não é
exceção. Entretanto, basta recolher a asa para diminuir esse coeficiente.
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Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAflAoAL/aerodinamica?part=7
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6.7. Torção
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Fonte:http://rivaldovoador.blogspot.com.br/2011/07/influencia-da-forma-geometrica-da-asa.html
Nas asas trapezoidais, o estol inicia-se do centro e não da raiz, para a ponta da
asa, e se propaga em direção da ponta. Esta condição não é ideal, pois os
ailerons que controlam o rolamento ficarão sem ação no começo do estol
deixando a aeronave sem controle, com possibilidade de entrar em parafuso.
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Fonte: http://theoryofflights.blogspot.com.br/
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Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAflAoAL/aerodinamica?part=9
Para cada um dos três casos citados, o coeficiente angular da curva CL a sempre
será menor que o do perfil. A figura abaixo mostra a comparação entre curvas
genéricas para um perfil e para uma asa de envergadura finita.
Neste gráfico é importante observar que o ângulo de ataque para sustentação nula é
o mesmo tanto para o perfil como para a asa, porém com a redução do coeficiente
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Muitos parâmetros que contribuem para o estol, dentre eles, o principal é justamente
a variação do ângulo de ataque, onde a análise da curva CL x α permite observar
que a partir de um determinado valor de α, o coeficiente de sustentação decresce
rapidamente. Este ângulo de ataque é denominado ângulo de estol.
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2 W
Vestol
S C L Máx
Solução:
2 W
Vestol
S C L Máx
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7.1 Dimensionamento
1 2
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As Equações (1) e (2) possuem como finalidade principal o cálculo das áreas
necessárias das superfícies horizontal e vertical da empenagem como forma de se
garantir a estabilidade e o controle da aeronave, assim, para a solução dessas
equações se faz necessário o conhecimento prévio da corda média aerodinâmica,
da área da asa e da envergadura da mesma. Os valores de Vht, Vvt, Lht e Lvt são
adotados de acordo com a experiência do projetista e às necessidades do projeto
em questão.
Fonte: https://pt.slideshare.net/franklinnagao/estabilidade-e-controle
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Uma vez selecionado o perfil e baseado nos volumes de cauda define-se a área
necessária para cada uma das superfícies e, define-se a forma geométrica
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Fonte: http://www.burtrutan.com/home/biography/
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Nomeado como “Empreendedor do ano” pela revista INC e conhecido pela imprensa
como o homem responsável por mais inovações na aviação moderna que qualquer
engenheiro vivo.
O Very Easy, uma das primeiras aeronaves desenvolvida por Burt Rutan, projetada
com canards, visto na figura abaixo, não era bem visto na aviação, que apesar de
proporcionaram maior manobrabilidade, geravam alta instabilidade. A grande
vantagem aerodinâmica de usar os canards ao invés dos tradicionais estabilizadores
horizontais é sua eficiência aerodinâmica.
Fonte: https://kknews.cc/military/g2zoej9.html
Com a sustentação “extra provida dos Canards, as asas podem ser menores do que
seriam sem o uso deles. Isto traz um outro benefício: asas menores pesam menos e
geram menor arrasto, aumentando a eficiência aerodinâmica da aeronave.
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Outra grande vantagem é que não é possível estolar uma aeronave com canard. O
estol acontece quando o ângulo de ataque do perfil aerodinâmico é tão alto que
ocorre descolamento do fluxo de ar do extradorso da asa, interrompendo a geração
de sustentação e turbilhoando o ar. Aeronaves como o Long-Ez, um modelo
extendido do Very Easy, conta com duas partes geradoras de sustentação: o canard
e a asa, que possuem perfis diferentes, um irá estolar primeiro.
No caso do Long-Ez isso acontece primeiramente com o canard, que ao ficar sem
sustentação irá “cair” e trazendo o nariz para baixo, evitando o estol da asa.
Fonte: http://www.apollocanard.com/4_deep%20stall.htm
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Todos os pilotos nos testes de estol profundo reportaram que aumentar a potência
causava quase nenhuma diferença, apenas uma pequena subida no nariz. Isso se
deve que a parte de cima da hélice fica na onda de fluxo turbulento gerado pela asa
estolada, como é possível ver na imagem anterior.
Fonte: https://www.quora.com/Would-a-supersonic-biplane-be-possible
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Fonte:http://www.cast-safety.org/pdf/5_asymmetric_flight.pdf
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Fonte: https://www.faasafety.gov/gslac/ALC/course_content.aspx?cID=30&sID=122&preview=true
Revelado em 1996 na feira de Oshkosh, o Rutan Boomerang 202, visto nas figuras
abaixo, foi criado como conceito de “Safe engine out”, objetivando então minimizar
os efeitos citados acima devido a tração assimétrica. O segundo motor oferece
redundância e a estrutura da aeronave oferece alternativas que fazem com que o
piloto minimize sua carga de trabalho em caso de pane de um dos motores.
Fonte: http://www.aviastar.org/air/usa/rutan_boomerang.php
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Fonte:http://rutanboomerang.com/wordpress/wp-content/uploads/2015/10/Boomerang-technical-specifications.pdf
A aeronave foi desenvolvida a partir do Baron 58, visto na figura abaixo, um dos
bimotores civis mais conhecidos e mais vendidos no mundo. O desenho assimétrico
permitiu ao Boomerang voar mais rápido que o Baron e outras concorrentes de
mesma capacidade de ocupantes e categoria de motores. São utilizados motores
com uma sutil diferença de potência (10 Hp). Outra característica é que o piloto voa
do lado direito para permitir sua entrada na aeronave. O lado direito da aeronave
possui o Cockpit e o assentos dos passageiros, com um motor de 210 HP, no outro
lado existe outro motor de 200 HP mais um compartimento de bagagem.
Fonte: https://www.rcgroups.com/forums/attachment.php?attachmentid=794343
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8.5 Flutter
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No cenário da aviação leve, uma situação peculiar começa a tomar forma devido ao
aumento do número de aeronaves construídas por particulares e a queda na
produção de aeronaves de fabricantes grandes. Esta situação se deu devido ao alto
preço e pouco avanço tecnológico das aeronaves leves dos grandes fabricantes. A
partir desta situação, é de suma importância a adaptação e desenvolvimento dos
cálculos aeroelásticos para aeronaves leves, antes apenas desenvolvidos para
aeronaves de transporte e militares, devendo ser o mesmo de tecnologia acessível
aos pequenos fabricantes.
n=L/W
Uma forma mais simples para se entender o fator de carga é realizar uma analogia
com um percurso de montanha-russa em um parque de diversões, onde em
determinados momentos do trajeto, uma pessoa possui a sensação de estar mais
pesada ou mais leve dependendo do fator de carga ao qual o seu corpo está
submetido. Comparando-se com uma aeronave, em determinadas condições de vôo,
geralmente em curvas ou movimentos acelerados, a estrutura da aeronave também
será submetida a maiores ou menores fatores de carga.
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Fator de carga último: Este representa o limite de carga para que ocorra uma
falha estrutural, caso o valor de n ultrapasse o fator de carga último,
componentes da aeronave com certeza sofrerão ruptura.
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n max = L / W = ½ r V² S Clmax / W
Na Equação percebe-se que uma vez conhecidos o peso, área da asa, densidade
do ar e o máximo coeficiente de sustentação é possível a partir da variação da
velocidade encontrar o fator de carga máximo permissível para cada velocidade de
vôo, onde acima do qual a aeronave estará em uma condição de estol.
É importante notar que para um vôo realizado com a velocidade de estol, o fator de
carga n será igual a 1, pois como a velocidade de estol representa a mínima
velocidade com a qual é possível manter o vôo reto e nivelado de uma aeronave,
tem-se nesta situação que L = W, e, portanto, o resultado da Equação é n = 1, e
assim, a velocidade na qual o fator de carga é igual a 1 pode ser obtida pela
velocidade de estol da aeronave.
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Antes de se falar em ondas de choque, deve-se primeiro falar do som. Som nada
mais é que um pulso de pressão que se propaga em um meio físico (ar, por
exemplo) com uma dada velocidade. Para um dado gás perfeito, a velocidade que
um pulso se propaga nele só depende da temperatura.
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Fonte: http://canalpiloto.com.br/ondas-de-choque/
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Fonte: https://formacaopiloto.blogspot.com.br/2014/07/aerodinamica-e-teoria-de-voo-capitulo_23.html
Fonte: https://formacaopiloto.blogspot.com.br/2014/07/aerodinamica-e-teoria-de-voo-capitulo_23.html
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_de_Mach#/media/File:Angulo_de_mach.png
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Fonte: https://formacaopiloto.blogspot.com.br/2014/07/aerodinamica-e-teoria-de-voo-capitulo_23.html
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Esses regimes são definidos conforme o número de Mach, o que mostra o quadro
abaixo.
Mach M < 0,75 0,75 < M < 1,20 1.20 < M < 5.0 M > 5.0
No caso de uma Fonte pontual que se move em um regime supersônico (mais rápido
que a velocidade do som), as frentes de onda estão por trás da Fonte. Em seguida,
surge uma onda de choque (matematicamente, um envelope), que é uma superfície
em que ocorre uma descontinuidade, neste caso na pressão, entre a região atingida
pelas ondas e a região onde ainda não chegaram (e em que a pressão é a do
equilíbrio).
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A forma desta onda de choque é dada pela superfície tangente às frentes de onda
sucessivas. Se a velocidade da Fonte for constante, essa superfície é um cone,
chamado Cone Mach. Como é ilustrado na figura abaixo.
Fonte: http://laplace.us.es/wiki/index.php/N%C3%BAmero_de_Mach
O ângulo de abertura deste cone pode ser obtido geometricamente observando que
quando a frente de onda avançou uma distância Ct, a Fonte percorreu uma
distância Vst . Uma vez que a onda de choque é tangente à frente da onda (e
perpendicular ao raio no ponto de tangência), temos um triângulo equilátero cuja
hipotenusa é Vst e cuja perna oposta mede Ct , o que dá ângulo de abertura.
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Onde:
Vf é a velocidade da Fonte
t é o tempo percorrido
Fonte: https://rizzofisico.wordpress.com/tag/onda-de-choque/
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Fonte: AERODIN%C3%82MICA/2011_ThiagoCoelhoAssuncaoCarneiro%20(1).pdf
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Figura 10.10 - Comparação dos fluxos subsônico e supersônico através de um tubo fechado.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABg54AA/aerodinamica-aviao?part=9
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Ondas de expansão.
Num fluxo de ar supersônico que passa através de uma onda de expansão ocorrem
as seguintes mudanças:
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Uma vez que o fluxo se altera de maneira gradual, não há choque nem perda
de energia no fluxo de ar. A onda de expansão não dissipa a energia do fluxo
de ar.
Um sumário das características das três principais formas de onda encontradas com
fluxo supersônico é mostrado na figura abaixo.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgXB0AB/manual-manutencao-aeronaves-01-cap-13-
aerodinamica?part=7
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Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgXB0AB/manual-manutencao-aeronaves-01-cap-13-
aerodinamica?part=7
Quando o nariz é rombo, a onda tem que se desprender e se tornar uma onda de
choque normal, imediatamente à frente do bordo de ataque.
Uma vez que o fluxo atrás de uma onda de choque normal é sempre subsônico, o
bordo de ataque do aerofólio é uma região subsônica de pressão estática,
temperatura estática e densidade muito grandes.
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Portanto a asa deve ser construída de modo que a onda de choque apareça o mais
tardiamente possível; ou seja, de modo que o Número de Mach Crítico seja o maior
possível.
Fonte: https://formacaopiloto.blogspot.com.br/2014/07/aerodinamica-e-teoria-de-voo-capitulo_23.html
Para aumentar o Número de Mach Crítico, podem ser usados perfis laminares ou
perfis especiais chamados supercríticos. Nesses perfis, a curvatura do extradorso é
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Pensando em projetar uma asa que fosse eficiente a altas velocidades de voo e que
se comportasse da maneira mais eficientes possível em voo de baixa velocidade,
especialmente nas manobras de pouso e decolagem, o cientista da NASA Richard T.
Whitcomb, na década de 1960, chegou ao projeto da asa supercrítica. Em
comparação com uma asa convencional, a asa supercrítica é plana nos extradosso e
mais arredondada no soffit, uma maior curvatura de borda de ataque em
comparação com um perfil convencional e com uma curva do extradoso-intradoso
para baixo à medida que se aproxima borda de saída.
Na imagem abaixo pode-se notar que o perfil comum possui um extradorso muito
protuberante próximo ao bordo de ataque, o que acontece com o perfil laminar é
supercrítico.
https://greatbustardsflight.blogspot.com.br/2015/02/mas-sobre-aerodinamica-del-reactor-con.html
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A onda de choque provoca grande redução de energia dos filetes de ar, isto é,
diminuem a soma das pressões dinâmica e estática.
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O Máximo Mach Number (MMO) visa impedir que o fluxo supersônico ocorra na asa.
O número máximo mach (MMO) diminui com a altitude. Em jatos sub-sônicos, o
MMO impede de alcançar o seu número mach crítico.
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Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Coffin_corner_(aerodynamics)
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A região é crítica, pois se a aeronave ficar muito lenta, ela pode estolar em alta
altitude. Se ficar muito rápida, a aeronave pode exceder o número de mach crítico,
quando o ar sobre suas asas será supersônico, a aeronave irá picar, o avião
acelerar, e suas asas entrarão em stall de mach.
Coffin Corner é a região logo abaixo de sua interseção mostrado na Figura abaixo.
Fonte: http://voodeteste.blogspot.com.br/2015/10/pc-teoria-de-vooresumo-13.html
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São vibrações causadas pela esteira gerada por outras partes da aeronave, por
exemplo, a interferência da esteira da asa na empenagem.È um fenômeno não
linear, difícil de se modelar matematicamente, sendo necessário o túnel de vento
para estudos.
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Sabe-se que a pressão na parte central do extradorso é mais baixa do que no bordo
de ataque e no bordo de fuga. Numa asa enflechada as seções vizinhas à direita e à
esquerda de um ponto qualquer do aerofólio passam a ter pressões diferentes. No
bordo de ataque, essas diferenças desviam o fluxo de ar em direção à fuselagem, e
no bordo de fuga o desvio ocorre em sentido contrário, como mostrado na Figura
abaixo.
Fonte: https://docslide.com.br/documents/livro-aerodinamica-e-teoria-de-voo-jorge-homa-1pdf.html
O fluxo descrito ocorre acima da camada limite, onde o ar não sofre a influência da
viscosidade, ou seja, do atrito contra a superfície da asa.
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produzindo o estol nessas áreas. Para evitar esse fenômeno causado pelo fluxo
transversal da camada limite, são usadas as chamadas wing fences, vistos na
Figura a seguir.
Fonte: https://formacaopiloto.blogspot.com.br/2014/07/aerodinamica-e-teoria-de-voo
10.8.7. Rolloff
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Fonte:https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=airline&tbm=isch&tbs=simg:CAQ
SmQEJFXCBI6zMuE4ajQELEKjU 2AQaBgg
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Fonte: AERODIN%C3%82MICA/2011_ThiagoCoelhoAssuncaoCarneiro%20(1).pdf
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mais espessa sem ocorrer um aumento substancial no arrasto. Este tipo de aerofólio
permite maiores sustentações em menores velocidades.
10.9.2 Enflechamento
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAflAoAL/aerodinamica?part=9
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Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAflAoAL/aerodinamica?part=9
Fonte: http://voodeteste.blogspot.com.br/2015/10/pc-teoria-de-vooresumo-13.html
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Fonte:http://www.ebah.com.br/content/ABAAAf05MAD/introducao-ao-projeto-aeronautico-prof-edison-
rosa-mod1-cap3
Uma asa enfrechada tem o mesmo efeito que um aerofólio de seção mais fina, a
relação espessura pela corda é reduzida. A maior desvantagem desse tipo de
aerofólio e que há um escoamento ao longo da envergadura do aerofólio, e a
camada limite irá aumentar de espessura na direção das pontas das asas, podendo
provocar o efeito de stall causando perda de sustentação e eficiência dos ailerons.
Esse efeito de retorno pode ser reduzido pelo uso de wing fences, que são que
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Fonte: AERODIN%C3%82MICA/2011_ThiagoCoelhoAssuncaoCarneiro%20(1).pdf
Para aumentar o Número de Mach Crítico, podem ser usados perfis laminares ou
perfis especiais chamados supercríticos. Nesses perfis, a curvatura do extradorso é
pouco acentuada, evitando grandes aumentos de velocidade; como resultado, a
onda de choque só aparecerá em velocidades (ou Números de Mach) mais
elevadas.
Na imagem abaixo podemos notar que o perfil comum possui um extradorso muito
protuberante próximo ao bordo de ataque, o que acontece com o perfis laminar é
supercrítico.
Figura 10.28 - Perfis
Fonte: https://formacaopiloto.blogspot.com.br/2014/07/aerodinamica-e-teoria-de-voo-capitulo_23.html
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O Número de Mach Crítico pode também ser aumentado através do uso de asas
enflechadas. Nessas asas, a componente da velocidade do ar no sentido
perpendicular ao comprimento da asa é menor do que a velocidade do vento relativo
sobre o avião, conforme mostra a Figura abaixo. Isso faz com que a onda de choque
no extradorso apareça mais tardiamente.
Fonte: https://formacaopiloto.blogspot.com.br/2014/07/aerodinamica-e-teoria-de-voo-capitulo_23.html
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Fonte: https://formacaopiloto.blogspot.com.br/2014/07/aerodinamica-e-teoria-de-voo-capitulo_23.html
A camada limite torna-se turbulenta, mas evitará o deslocamento, por que possui
maior velocidade, ou seja, mais energia.
Nas asas enflechadas quando se comanda o leme para um dos lados, a asa
contraria diminui o ângulo de entrada no ar devido ao enflechamento aumentando
muito a sustentação causado uma enorme guinada, ou uma instabilidade de roll.
Com isso aumenta o perigo do avião entrar em parafuso. Tal efeito é chamado
Dutch roll.
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Asas em delta foram projetadas para que ao se atingir o Mach critico toda a asa
fique dentro da onda de choque ao contrário da asa enflechada que poderia perder
sustentação voando a velocidades supersônicas. A sustentação das asas deltas é
pior em baixas velocidades do que uma enflechada levando a aeronave a necessitar
maiores velocidades de decolagem e pouso.
Fonte: http://www.aeroflap.com.br/tipos-de-asa-e-sua-aerodinamica-delta/
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Figura 10.32 -
Fonte: http://www.aeroflap.com.br/tipos-de-asa-e-sua-aerodinamica-delta/
Figura 10.33 -
Fonte: http://www.aeroflap.com.br/tipos-de-asa-e-sua-aerodinamica-delta/
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Fonte: Fonte:http://www.aeroflap.com.br/tipos-de-asa-e-sua-aerodinamica-enflechamento-negativo
No pós-guerra foi continuado os estudos pela NACA nos EUA sobre as vantagens e
desvantagens de se utilizar esse tipo de asa. A NACA abandonou a ideia por ver
poucas vantagens aerodinâmicas no projeto, mas a URSS conduzia esse tipo de
asa em aviões reais e com testes reais, porém poucas unidades foram vendidas.
Fonte: http://www.aeroflap.com.br/tipos-de-asa-e-sua-aerodinamica-enflechamento-negativo
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Devido a sua alta sustentação esse tipo de asa requer uma pista menor para
decolagem, entretanto a estabilidade é muito prejudicada, sendo boa para
aeronaves de caça pela manobrabilidade.
Aeronaves com asas de enflechamento negativo, inclinadas para frente, tem uma
capacidade de manobrabilidade excepcional. O conceito foi criado na Alemanha
durante a Segunda Guerra Mundial e mais adiante aperfeiçoado nos EUA.
Figura 10.36 - Comportamento do fluxo de ar nas asas com enflechamento negativo (esquerda) e nas
asas com enflechamento convencional (direita).
Fonte: http://www.wikiwand.com/pt/Asa_com_enflechamento_negativo
Usar o ângulo negativo de enflechamento serve para não criar uma limitação em
relação a ângulos de ataque da aeronave, diferentemente do que ocorre em
enflechamento positivo, porém isso asa gera mais arrasto de ar em comparação com
outro tipo mais utilizado.
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Uma vez que a maioria das dificuldades do voo transônico estão associadas com a
separação do fluxo induzido das ondas de choque, quaisquer meios de retardar ou
reduzir a separação induzida de choque, melhoram as características
aerodinâmicas.
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Figura 10.37 - Características dos aerofólios e dos fluxos de ar-Gerador de turbilhonamento na asa.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABg54AA/aerodinamica-aviao?part=10
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%B3rtice#/media/File:Airplane_vortex.jpg
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Os efeitos de ponta de asa são muito estudados pela indústria aeronáutica, pois sua
geração aumenta o arrasto da aeronave. Esse efeito recebe o nome de arrasto
induzido e é minimizado pela presença de empenamentos e winglets, que dificultam
o deslocamento de ar.
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Fonte: http://mobile.airlinetechs.com/boeing737/NG/BoeingSpeedTrim.html
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Referências Bibliográficas
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xviii, 814p. (McGraw-Hill series in aeronautical and aerospace engineering) ISBN
0071238182.
HOMA, Jorge M. Aerodinâmica e teoria de vôo: noções básicas. 30.ed. São Paulo:
ASA, 2011. 125p. ISBN 9788586262463.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aerodin%C3%A2mica#/media/File:Airplane_vortex_edit.j
pg
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OLIVEIRA, PEDRO, M., Sustentação aerodinâmica. Física na escola, v.10, n.1, 2009
Disponível em:<http://pion.sbfisica.org.br/pdc/index.php/por/Artigos/Afinal-o-que-
explica-asustentacao-aerodinamica>. Acesso em 22 de janeiro de 2018
SAINTIVE, Newton Soler. Aerodinâmica de alta velocidade. 10. ed. São Paulo: ASA,
2011. 128p. ISBN 9788586262159.
162