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‘A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da
vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e a geração e educação da
prole, e foi elevada, entre os batizados, a dignidade de sacramento por Cristo Senhor.’
Deus nos fez para a felicidade, não nascemos para viver sozinho, mas sim com
uma companhia. O Pai quando criou o homem, deu a ele uma companhia: Eva.
Deus também acrescentou: ‘Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para
se unir à sua mulher; e já não são mais que uma
Esse ato de se juntar com o sexo oposto para juntos viverem em uma só carne
é o próprio Sacramento do Matrimônio. Este é um Sacramento de Serviço
(junto com a Ordem), através dele nos unimos ao sexo oposto para juntos
construirmos uma família. O matrimônio é uma doação total ao outro e a Deus,
somos chamados a construir uma família cristã, com pensamentos retos e
morais.
Nessa linguagem figurada, a Palavra de Deus quer nos ensinar que a mulher
foi feita da mesma essência e da mesma natureza do homem, isto é, “à
imagem e semelhança de Deus” (cf. Gn 1, 26), e foi feita para o homem.
Santo Agostinho nos lembra que Deus, para fazer a mulher, não tirou um
pedaço da cabeça do homem e nem um pedaço do seu calcanhar, por que a
mulher não deveria ser chefe nem escrava do homem, mas “companheira” e
“auxiliar”.
Ao ver Eva, Adão exclamou feliz: “Eis agora aqui o osso de meus ossos e a
carne de minha carne Ela vai se chamar mulher” (Gn 2,23). A palavra mulher
em hebraico “isha” é o feminino de homem (“ish”). Esta foi, sem dúvida, a
primeira declaração de amor do universo. Adão se sentiu feliz e completado em
sua carência.
ser melhor a cada dia. Se a esposa não se torna melhor por causa da presença
do marido a seu lado, e vice-versa, então o casamento deles está sem sentido,
pois não realiza sua primeira finalidade.
ân. 226 – §1. Os que vivem no estado conjugal, segundo a própria vocação,
têm o dever especial de trabalhar pelo matrimônio e pela família, na construção
do povo de Deus.
Os esposos cristãos, «no seu estado de vida e na sua ordem, têm, no povo de
Deus, os seus dons próprios». Esta graça própria do sacramento do
matrimônio destina-se a aperfeiçoar o amor dos cônjuges e a fortalecer a sua
unidade indissolúvel. Por meio desta graça, «eles auxiliam-se mutuamente
para chegarem à santidade pela vida conjugal e pela procriação e educação
dos filhos».
Toda a vida cristã tem a marca do amor esponsal entre Cristo e a Igreja. Já o
batismo,.
O matrimônio NO SENHOR
A aliança nupcial entre Deus e o seu povo Israel tinha preparado a Aliança
nova e eterna, pela qual o Filho de Deus, encarnando e dando a sua vida, uniu
a Si, de certo modo, toda a humanidade por Ele salva, preparando assim as
«núpcias do Cordeiro».
No umbral da sua vida pública, Jesus realiza o seu primeiro sinal –a pedido da
sua Mãe – por ocasião duma festa de casamento. A Igreja atribui uma grande
importância à presença de Jesus nas bodas de Caná. Ela vê nesse fato a
confirmação da bondade do matrimônio e o anúncio de que, doravante, o
matrimônio seria um sinal eficaz da presença de Cristo.
Toda a vida cristã tem a marca do amor esponsal entre Cristo e a Igreja. Já o
batismo, entrada no povo de Deus, é um mistério nupcial: é, por assim dizer, o
banho de núpcias que precede o banquete das bodas, a Eucaristia. O
matrimônio cristão, por sua vez, torna-se sinal eficaz, sacramento da aliança de
Cristo com a Igreja. E uma vez que significa e comunica a graça desta aliança,
o matrimônio entre baptizados é um verdadeiro sacramento da Nova Aliança.
Deus, que criou o homem por amor, também o chamou ao amor, vocação
fundamental e inata de todo o ser humano. Porque o homem foi criado à
imagem e semelhança de Deus que é amor (1 Jo 4, 8.16). Tendo-os Deus
criado homem e mulher, o amor mútuo dos dois torna-se imagem do amor
absoluto e indefectível com que Deus ama o homem. É bom, muito bom, aos
olhos do Criador. E este amor, que Deus abençoa, está destinado a ser
fecundo e a realizar-se na obra comum do cuidado da criação: «Deus
abençoou-os e disse-lhes: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e
submetei-a”» (Gn 1, 28).
Mas o que são sacramentos? Quais são eles? Qual é a relação entre
sacramento e fé? Por que eles são eficazes? O que é a graça sacramental? E
outras perguntas deste gênero a respeito do sacramento são constantes na
vida do cristão.
Sacramento
Propriedades
Unidade
Pela sua própria natureza, o amor conjugal é "um amor fiel e exclusivo, até à
morte. Assim o concebem o esposo e a esposa no dia em que assumem
livremente e com plena consciência o compromisso do vínculo matrimonial.
Fidelidade que por vezes pode parecer difícil, mas que sempre é possível,
nobre e meritória: ninguém o pode negar. O exemplo de numerosos esposos
através dos séculos mostra que a fidelidade não é apenas conatural ao
Matrimónio, mas ainda manancial de felicidade profunda e duradoura" (Papa
Paulo VI, Humanae vitae, n. 9). Portanto, tanto a poligamia como
a poliandria atentam contra esta propriedade essencial.
É permitido contrair novo matrimónio uma vez dissolvido o vínculo anterior por
morte de um dos cônjuges, isto se deduz das Epístolas de São Paulo em I
Coríntios (7, 8 e 39), Romanos (7,3) e I Timóteo (5, 14).
Indissolubilidade
Esta doutrina foi sempre ensinada pela Igreja, que insistiu, no plano prático, no
cumprimento jurídico e moral desta verdade exposta por Cristo (cf. Mt. 19, 3-9;
Mc. 10, 1-2; Lc. 16, 18) e pelos Apóstolos (cf. I Cor. 6, 16; 7, 10-11; rom. 7, 2-3;
Ef. 5, 31). A Igreja, por isto, declara que o Matrimónio não é obra dos homens,
mas de Deus e, portanto, as suas leis não estão sujeitas ao arbítrio humano.
(Pio XI, Casti Connubii, n. 3)