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O Sacramento do Matrimônio

‘A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da
vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e a geração e educação da
prole, e foi elevada, entre os batizados, a dignidade de sacramento por Cristo Senhor.’

Deus nos fez para a felicidade, não nascemos para viver sozinho, mas sim com
uma companhia. O Pai quando criou o homem, deu a ele uma companhia: Eva.
Deus também acrescentou: ‘Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para
se unir à sua mulher; e já não são mais que uma

só carne’ (Gn 2, 24).

Esse ato de se juntar com o sexo oposto para juntos viverem em uma só carne
é o próprio Sacramento do Matrimônio. Este é um Sacramento de Serviço
(junto com a Ordem), através dele nos unimos ao sexo oposto para juntos
construirmos uma família. O matrimônio é uma doação total ao outro e a Deus,
somos chamados a construir uma família cristã, com pensamentos retos e
morais.

Nessa linguagem figurada, a Palavra de Deus quer nos ensinar que a mulher
foi feita da mesma essência e da mesma natureza do homem, isto é, “à
imagem e semelhança de Deus” (cf. Gn 1, 26), e foi feita para o homem.

Santo Agostinho nos lembra que Deus, para fazer a mulher, não tirou um
pedaço da cabeça do homem e nem um pedaço do seu calcanhar, por que a
mulher não deveria ser chefe nem escrava do homem, mas “companheira” e
“auxiliar”.

Ao ver Eva, Adão exclamou feliz: “Eis agora aqui o osso de meus ossos e a
carne de minha carne Ela vai se chamar mulher” (Gn 2,23). A palavra mulher
em hebraico “isha” é o feminino de homem (“ish”). Esta foi, sem dúvida, a
primeira declaração de amor do universo. Adão se sentiu feliz e completado em
sua carência.

ser melhor a cada dia. Se a esposa não se torna melhor por causa da presença
do marido a seu lado, e vice-versa, então o casamento deles está sem sentido,
pois não realiza sua primeira finalidade.

Cân. 1056 – As propriedades essenciais do matrimônio são a unidade e a


indissolubilidade que, no matrimônio cristão, recebem firmeza especial em
virtude do sacramento.

ân. 226 – §1. Os que vivem no estado conjugal, segundo a própria vocação,
têm o dever especial de trabalhar pelo matrimônio e pela família, na construção
do povo de Deus.

A aliança matrimonial, pela qual um homem e uma mulher constituem


entre si uma comunidade íntima de vida e de amor; foi fundada e dotada
das suas leis próprias pelo Criador: Pela sua natureza, ordena-se ao bem
dos cônjuges, bem como à procriação e educação dos filhos. Entre os
baptizados ,foi elevada por Cristo Senhor à dignidade de
sacramento (186).

O sacramento do matrimônio significa a união de Cristo com a Igreja.


Confere aos esposos a graça de se amarem com o amor com que Cristo
amou a sua Igreja; a graça do sacramento aperfeiçoa assim o amor
humano dos esposos, dá firmeza à sua unidade indissolúvel e santifica-
os no caminho da vida eterna (187).

A GRAÇA DO SACRAMENTO DO matrimônio

Os esposos cristãos, «no seu estado de vida e na sua ordem, têm, no povo de
Deus, os seus dons próprios». Esta graça própria do sacramento do
matrimônio destina-se a aperfeiçoar o amor dos cônjuges e a fortalecer a sua
unidade indissolúvel. Por meio desta graça, «eles auxiliam-se mutuamente
para chegarem à santidade pela vida conjugal e pela procriação e educação
dos filhos».

Cristo é a fonte desta graça. «Assim como outrora Deus veio ao encontro do


seu povo com unia aliança de amor e fidelidade, assim agora o Salvador dos
homens e Esposo da Igreja vem ao encontro dos esposos cristãos com o
sacramento do matrimônio». Fica com eles, dá-lhes a coragem de O seguirem
tomando sobre si a sua cruz, de se levantarem depois das quedas, de se
perdoarem mutuamente, de levarem o fardo um do outro, de serem
«submissos um ao outro no temor de Cristo» (Ef 5, 21) e de se amarem com
um amor sobrenatural, delicado e fecundo. Nas alegrias do seu amor e da sua
vida familiar, Ele dá-lhes, já neste mundo, um antegosto do festim das núpcias
do Cordeiro:

A UNIDADE E A INDISSOLUBILIDADE DO matrimônio

Pela sua própria natureza, o amor dos esposos exige a unidade e a


indissolubilidade da sua comunidade de pessoas, a qual engloba toda a sua
vida: «assim, já não são dois, mas uma só carne» (Mt 19, 6). «Eles são
chamados a crescer sem cessar na sua comunhão, através da fidelidade
quotidiana à promessa da mútua doação total que o matrimônio implica». Esta
comunhão humana é confirmada, purificada e aperfeiçoada pela comunhão em
Jesus Cristo, conferida pelo sacramento do matrimônio; e aprofunda-se pela
vida da fé comum e pela Eucaristia recebida em comum.

Na sua pregação, Jesus ensinou sem equívocos o sentido original da união do


homem e da mulher, tal como o Criador a quis no princípio: a permissão de
repudiar a sua mulher, dada por Moisés, era uma concessão à dureza do
coração: a união matrimonial do homem e da mulher é indissolúvel: foi o
próprio Deus que a estabeleceu: «Não separe, pois, o homem o que Deus
uniu» (Mt 19, 6).

Esta insistência inequívoca na indissolubilidade do vínculo matrimonial pôde


criar perplexidade e aparecer como uma exigência impraticável. No entanto,
Jesus não impôs aos esposos um fardo impossível de levar e pesado demais,
mais pesado que a Lei de Moisés. Tendo vindo restabelecer a ordem original
da criação, perturbada pelo pecado, Ele próprio dá a força e a graça de viver o
matrimônio na dimensão nova do Reino de Deus. É seguindo a Cristo, na
renúncia a si próprios e tornando a sua cruz, que os esposos poderão
«compreender» o sentido original do matrimônio e vivê-lo com a ajuda de
Cristo. Esta graça do matrimônio cristão é fruto da cruz de Cristo, fonte de toda
a vida cristã.

É o que o Apóstolo Paulo nos dá a entender, quando diz: «Maridos, amai as


vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela, a fim de a
santificar» (Ef 5, 25-26): e acrescenta imediatamente: «”Por isso o homem
deixará o pai e a mãe para se unir à sua mulher e serão os dois uma só carne”.
É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5, 31-32).

Toda a vida cristã tem a marca do amor esponsal entre Cristo e a Igreja. Já o
batismo,.

O matrimônio NO SENHOR

A aliança nupcial entre Deus e o seu povo Israel tinha preparado a Aliança
nova e eterna, pela qual o Filho de Deus, encarnando e dando a sua vida, uniu
a Si, de certo modo, toda a humanidade por Ele salva, preparando assim as
«núpcias do Cordeiro».

No umbral da sua vida pública, Jesus realiza o seu primeiro sinal –a pedido da
sua Mãe – por ocasião duma festa de casamento. A Igreja atribui uma grande
importância à presença de Jesus nas bodas de Caná. Ela vê nesse fato a
confirmação da bondade do matrimônio e o anúncio de que, doravante, o
matrimônio seria um sinal eficaz da presença de Cristo.

Na sua pregação, Jesus ensinou sem equívocos o sentido original da união do


homem e da mulher, tal como o Criador a quis no princípio: a permissão de
repudiar a sua mulher, dada por Moisés, era uma concessão à dureza do
coração: a união matrimonial do homem e da mulher é indissolúvel: foi o
próprio Deus que a estabeleceu: «Não separe, pois, o homem o que Deus
uniu» (Mt 19, 6).

Esta insistência inequívoca na indissolubilidade do vínculo matrimonial pôde


criar perplexidade e aparecer como uma exigência impraticável. No entanto,
Jesus não impôs aos esposos um fardo impossível de levar e pesado demais,
mais pesado que a Lei de Moisés. Tendo vindo restabelecer a ordem original
da criação, perturbada pelo pecado, Ele próprio dá a força e a graça de viver o
matrimônio na dimensão nova do Reino de Deus. É seguindo a Cristo, na
renúncia a si próprios e tornando a sua cruz, que os esposos poderão
«compreender» o sentido original do matrimônio e vivê-lo com a ajuda de
Cristo. Esta graça do matrimônio cristão é fruto da cruz de Cristo, fonte de toda
a vida cristã.
É o que o Apóstolo Paulo nos dá a entender, quando diz: «Maridos, amai as
vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela, a fim de a
santificar» (Ef 5, 25-26): e acrescenta imediatamente: «”Por isso o homem
deixará o pai e a mãe para se unir à sua mulher e serão os dois uma só carne”.
É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5, 31-32).

Toda a vida cristã tem a marca do amor esponsal entre Cristo e a Igreja. Já o
batismo, entrada no povo de Deus, é um mistério nupcial: é, por assim dizer, o
banho de núpcias que precede o banquete das bodas, a Eucaristia. O
matrimônio cristão, por sua vez, torna-se sinal eficaz, sacramento da aliança de
Cristo com a Igreja. E uma vez que significa e comunica a graça desta aliança,
o matrimônio entre baptizados é um verdadeiro sacramento da Nova Aliança.

«O pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si a


comunhão íntima de toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos
cônjuges e à procriação e educação da prole, entre os baptizados foi elevado
por Cristo Senhor à dignidade de sacramento» .

I. O matrimônio no desígnio de Deus

A Sagrada Escritura começa pela criação do homem e da mulher, à imagem e


semelhança de Deus, e termina com a visão das «núpcias do Cordeiro» (Ap
19, 9). Do princípio ao fim, a Escritura fala do matrimônio e do seu «mistério»,
da sua instituição e do sentido que Deus lhe deu, da sua origem e da sua
finalidade, das suas diversas realizações ao longo da história da salvação, das
suas dificuldades nascidas do pecado e da sua renovação «no Senhor» (1 Cor
7, 39), na Nova Aliança de Cristo e da Igreja.

O matrimônio NA ORDEM DA CRIAÇÃO

A íntima comunidade da vida e do amor conjugal foi fundada pelo Criador e


dotada de leis próprias […]. O próprio Deus é o autor do matrimônio». A
vocação para o matrimônio está inscrita na própria natureza do homem e da
mulher, tais como saíram das mãos do Criador. O matrimônio não é uma
instituição puramente humana, apesar das numerosas variações a que esteve
sujeito no decorrer dos séculos, nas diferentes culturas, estruturas sociais e
atitudes espirituais. Tais diversidades não devem fazer esquecer os traços
comuns e permanentes. Muito embora a dignidade desta instituição nem
sempre e nem por toda a parte transpareça com a mesma clareza, existe, no
entanto, em todas as culturas, um certo sentido da grandeza da união
matrimonial. Porque «a saúde da pessoa e da sociedade está estreitamente
ligada a uma situação feliz da comunidade conjugal e familiar».

Deus, que criou o homem por amor, também o chamou ao amor, vocação
fundamental e inata de todo o ser humano. Porque o homem foi criado à
imagem e semelhança de Deus que é amor (1 Jo 4, 8.16). Tendo-os Deus
criado homem e mulher, o amor mútuo dos dois torna-se imagem do amor
absoluto e indefectível com que Deus ama o homem. É bom, muito bom, aos
olhos do Criador. E este amor, que Deus abençoa, está destinado a ser
fecundo e a realizar-se na obra comum do cuidado da criação: «Deus
abençoou-os e disse-lhes: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e
submetei-a”» (Gn 1, 28).

Que o homem e a mulher tenham sido criados um para o outro, afirma-o a


Sagrada Escritura: «Não é bom que o homem esteja só» (Gn 2, 18). A mulher,
«carne da sua carne», isto é, sua igual, a criatura mais parecida com ele, é-lhe
dada por Deus como uma ,auxiliar», representando assim aquele «Deus que é
o nosso auxílio». «Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se
unir à sua mulher: e os dois serão uma só carne» (Gn 2, 24). Que isto significa
uma unidade indefectível das duas vidas, o próprio Senhor o mostra, ao
lembrar qual foi, «no princípio», o desígnio do Criador: «Portanto, já não são
dois, mas uma só carne» (Mt 19, 6).

O matrimônio SOB O REGIME DO PECADO

Todo o homem faz a experiência do mal, à sua volta e em si mesmo. Esta


experiência faz-se também sentir nas relações entre o homem e a mulher.
Desde sempre, a união de ambos foi ameaçada pela discórdia, o espírito de
domínio, a infidelidade, o ciúme e conflitos capazes de ir até ao ódio e à
ruptura. Esta desordem pode manifestar-se de um modo mais ou menos agudo
e ser mais ou menos ultrapassada, conforme as culturas, as épocas, os
indivíduos. Mas parece, sem dúvida, ter um carácter universal.

Segundo a fé, esta desordem, que dolorosamente comprovamos, não procede


da natureza do homem e da mulher, nem da natureza das suas relações, mas
do pecado. Ruptura com Deus, o primeiro pecado teve como primeira
consequência a ruptura da comunhão original do homem e da mulher. As suas
relações são distorcidas por acusações recíprocas; a atração mútua, dom
próprio do Criador, converte-se em relação de domínio e de cupidez: a
esplêndida vocação do homem e da mulher para serem fecundos,
multiplicarem-se e submeterem a terra fica sujeita às dores do parto e do
ganha-pão.

No entanto, a ordem da criação subsiste, apesar de gravemente perturbada.


Para curar as feridas do pecado, o homem e a mulher precisam da ajuda da
graça que Deus, na sua misericórdia infinita, nunca lhes recusou. Sem esta
ajuda, o homem e a mulher não podem chegar a realizar a união das suas
vidas para a qual Deus os criou «no princípio».

O Sacramento do Matrimônio, assim como o Sacramento da Ordem, é


ordenado para a salvação de outrem, conforme explica o Catecismo da Igreja
Católica: “Se contribuem também para a salvação pessoal, é através do serviço
aos outros que o fazem. Conferem uma missão particular na Igreja, e servem a
edificação do povo de Deus. O pacto matrimonial, pelo qual o homem e a
mulher constituem entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenado por
sua índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole,
entre os batizados foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de sacramento”
.

É pela Igreja, a fiel administradora dos Sacramentos, que se manifesta e


continua a salvação que Deus realizou em Cristo, de modo que não pode haver
Igreja sem sacramentos, nem sacramentos sem Igreja. Ainda segundo o
Catecismo da Igreja, os sacramentos foram instituídos por Cristo e são sete, a
saber:  Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência,  Unção dos Enfermos, 
Ordem e o Matrimônio. Esses sete sacramentos são ainda divididos em
Sacramentos da Iniciação Cristã, Sacramentos de Cura e Sacramentos de
Serviço.

Os Sacramentos da Iniciação Cristã, ou seja, Batismo, Confirmação e


Eucaristia, constituem a base sobre a qual são lançados os fundamentos de
toda a vida cristã. Conforme o Catecismo da Igreja, “os fieis, de fato renascidos
no Batismo, são fortalecidos pelo Sacramento da Confirmação e, depois,
nutridos com o alimento da vida eterna na Eucaristia” (1212). Os Sacramentos
de Cura, isto é, Penitência e Unção dos enfermos, concedem aos fieis a
libertação do pecado e o fortalecimento nas debilidades do corpo e da alma.
Segundo o YouCat,[1] “o amor de Cristo revela-se no fato de Ele procurar quem
está perdido e curar quem está doente” (224). Já os sacramentos de serviço –
Ordem e Matrimônio estão ordenados à salvação do outro.

Esses sacramentos são sinais eficazes da graça de Deus, mas somente


produz fruto na vida de quem o recebe à medida que este se abre na fé,
devoção, e com a intensidade do coração, de acordo com a generosidade.
Portanto, abramo-nos nosso coração neste tempo em que Cristo nos toca,
assim como tocou em tantos pecadores em tempos terrenos, agora nos seus
sete sacramentos.

Mas o que são sacramentos?

Mas o que são sacramentos? Quais são eles? Qual é a relação entre
sacramento e fé? Por que eles são eficazes? O que é a graça sacramental? E
outras perguntas deste gênero a respeito do sacramento são constantes na
vida do cristão.

Fundamentado no Catecismo da Igreja Católica encontramos tais respostas


que seguramente contribuem não apenas para o conhecimento intelectual, mas
sobretudo para a intimidade com Cristo, razão única da vivência da fé. Os
parágrafos 1113 a 1134 são dedicados ao Ministério Pascal nos Sacramentos
da Igreja.

O Catecismo da Igreja Católica afirma que os  sacramentos são sinais


sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja,
mediante os quais nos é concedida a vida divina. São sete os sacramentos:
Batismo, Confirmação – Crisma, Eucaristia, Penitência – Confissão, Unção dos
enfermos, Ordem e Matrimônio.

Os sacramentos como necessidade para a salvação

Os sacramentos são necessários para a salvação, porque conferem as graças


sacramentais como o perdão dos pecados, a adoção de filhos de Deus, a
conformação a Cristo Senhor e a pertença à Igreja. O Espírito Santo cura e
transforma aqueles que os [sacramentos] recebem. Estes sinais Cristo confiou
à sua Igreja, portanto, os sacramentos são da Igreja, sendo ação de Cristo, e a
edificando. Eles são eficazes porque é Cristo que neles age e comunica a
graça que significam, independentemente da santidade pessoal do ministro,
ainda que os frutos dos sacramentos dependam também das disposições de
quem os recebe. Existe uma relação íntima entre os sacramentos e a fé, estes
não apenas supõem a fé como também, por meio das palavras e elementos
rituais, a alimentam, fortificam e exprimem. Ao celebrá-los, a Igreja confessa a
fé apostólica, isto é, a Igreja crê no que reza.

Portanto, os sacramentos possuem um selo espiritual de proteção divina,


configurando o cristão a Cristo, sendo, pois, consagrado ao culto divino e ao
serviço da Igreja. Enfim, neles há uma graça do Espírito Santo, dada por Cristo
e própria de cada sacramento. Essa graça ajuda o fiel no seu caminho de
santidade, bem como no crescimento da caridade e do testemunho. Dessa
forma, o mergulho profundo no mistério dos sacramentos, por intermédio do
conhecimento da fé, conduz o cristão ao próprio Cristo.

a Ordem como o Matrimônio são Sacramentos de Serviço, que necessitam da


doação total dos que receberam o Sacramento. A missão do sacerdote é
direcionar o povo ao caminho de Deus. A missão do casal é direcionar a família
ao caminho da Santidade e do Amor Fraterno. Não podemos deixar de lembrar
que é através do Sacramento do Matrimônio que nasce as vocações
sacerdotais, vindas da educação que os familiares deram ao vocacionado.
Podemos chegar então à conclusão que o Sacramento do Matrimônio é uma
vocação, devemos estar preparados para direcionar e educar filhos e Filhos de
Deus no caminho da Santidade.

As graças próprias do sacramento do matrimônio

A graça própria do sacramento do matrimônio é o caminho de santidade dos


esposos. “O sacramento do matrimônio, que retoma e especifica a graça
santificante do batismo, é a fonte própria e o meio original de santificação para
os esposos”. Esta graça sublinha o caráter perene e contínuo deste
sacramento. “O dom de Jesus Cristo não se esgota na celebração do
matrimônio, mas acompanha os esposos ao longo de toda a existência. (…)
Jesus Cristo permanece com eles, para que, assim como Ele amou a Igreja e
Se entregou por ela, de igual modo os esposos cristãos são fortalecidos e
como que consagrados em ordem aos deveres do seu estado por meio de um
sacramento especial; cumprindo, graças à energia deste, a própria missão
conjugal e familiar, penetrados do Espírito de Cristo que impregna toda a sua
vida de fé, esperança e caridade, avançam cada vez mais na própria perfeição
e mútua santificação e cooperam assim juntos para glória de Deus” 8.

Mais concretamente, a graça específica do sacramento é o aprofundamento da


comunhão conjugal, como autêntica vivência da caridade e participação no
amor com que Cristo ama a Igreja. Isto supõe a generosidade do dom, a vitória
sobre todas as tentações de egoísmo e de auto-procura, a vivência do próprio
corpo como sinal de dom e de comunhão e não como busca de si mesmo. No
amor conjugal o próprio prazer é oferecido ao outro, na busca de uma plenitude
de comunhão.

Esta graça sacramental ajudará à revelação mútua dos cônjuges, ao respeito


pela identidade e dignidade de cada um, à ajuda mútua e fraterna; ensina a
perdoar e a acreditar, em cada momento, que o amor é possível, atraídos pela
comunhão definitiva no Reino dos Céus.

Outro aspecto da graça própria deste sacramento é a sua fecundidade eclesial.


A comunhão verdadeira entre os esposos prolonga-se na construção da
comunidade familiar, como autêntica comunhão de vida e de amor e na
edificação da Igreja como mistério de comunhão e esposa de Cristo

Sacramento

Enquanto sacramento produz efeitos sobrenaturais, quais sejam, o aumento da


graça santificante e a graça sacramental específica, que consiste no direito de
receber no futuro as graças atuais necessárias para cumprir devidamente os
fins do Matrimónio e alcançar a santidade na vida conjugal, acolher os filhos
responsavelmente e educá-los.

Propriedades

São propriedades essenciais do matrimônio a unidade e a indissolubilidade, a


quais, em razão do sacramento, adquirem particular firmeza no matrimônio
(Código de Direito Canônico, artigo 1 056).

Unidade

Pela sua própria natureza, o amor conjugal é "um amor fiel e exclusivo, até à
morte. Assim o concebem o esposo e a esposa no dia em que assumem
livremente e com plena consciência o compromisso do vínculo matrimonial.
Fidelidade que por vezes pode parecer difícil, mas que sempre é possível,
nobre e meritória: ninguém o pode negar. O exemplo de numerosos esposos
através dos séculos mostra que a fidelidade não é apenas conatural ao
Matrimónio, mas ainda manancial de felicidade profunda e duradoura" (Papa
Paulo VI, Humanae vitae, n. 9). Portanto, tanto a poligamia como
a poliandria atentam contra esta propriedade essencial.
É permitido contrair novo matrimónio uma vez dissolvido o vínculo anterior por
morte de um dos cônjuges, isto se deduz das Epístolas de São Paulo em I
Coríntios (7, 8 e 39), Romanos (7,3) e I Timóteo (5, 14).

Indissolubilidade

O vínculo matrimonial é, por instituição divina, perpétuo e indissolúvel, uma vez


contraído, não se pode romper senão com a morte de um dos cônjuges. "Não
separe o homem o que Deus uniu" (Mt. 19,6-9 e Mc. 10,9). O divórcio no Antigo
Testamento havia sido admitido por Moisés "pela dureza do vosso coração,
embora não tenha sido assim desde o princípio".

Esta doutrina foi sempre ensinada pela Igreja, que insistiu, no plano prático, no
cumprimento jurídico e moral desta verdade exposta por Cristo (cf. Mt. 19, 3-9;
Mc. 10, 1-2; Lc. 16, 18) e pelos Apóstolos (cf. I Cor. 6, 16; 7, 10-11; rom. 7, 2-3;
Ef. 5, 31). A Igreja, por isto, declara que o Matrimónio não é obra dos homens,
mas de Deus e, portanto, as suas leis não estão sujeitas ao arbítrio humano.
(Pio XI, Casti Connubii, n. 3)

É dever fundamental da Igreja reafirmar fortemente a indissolubilidade do


Matrimónio a todos aqueles que, nos nossos dias, consideram difícil ou até
impossível que uma pessoa se vincule por toda a vida; e a todos os que são
arrastados por uma cultura que rejeita a indissolubilidade matrimonial e que
abertamente se ri do compromisso dos esposos à fidelidade, importa repetir o
bom anúncio da perenidade do amor conjugal, que tem em Cristo fundamento
e força.

Pecados contra o Matrimónio

Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, os pecados mais


graves contra este sacramento são o adultério; a poligamia, esta porque atenta
contra a igual dignidade de homem e mulher, contra a unicidade e a
exclusividade do amor conjugal; a rejeição da fecundidade, que priva o casal
do dom os filhos e o divórcio, que transgride a indissolubilidade.

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