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Projeto de tradições
culturais
BONECOS GIGANTES DE
OLINDA

A tradição de construir bonecos gigantes surgiu na Europa, provavelmente durante a Idade Média.
Começou com as religiões pagãs, na expressão de seus mitos. Ficaram muito tempo escondidos, por
medo da Inquisição.
Chegaram ao Brasil com os portugueses, desfilando inicialmente em procissões e festividades
religiosas na figura de bufões ou reproduzindo santos católicos.

Em Olinda, a brincadeira começou com O Homem da Meia-Noite (1931). Segundo o conhecimento


popular, todos os dias, exatamente à meia-noite, um homem muito bonito seguia a pé pela Rua do
Bonsucesso. Ele fazia sempre o mesmo caminho. Depois de um certo tempo, as moças da rua
descobriram a rotina dele e passaram a esperar, escondidas, atrás das janelas, para admirar o
belo homem que atravessava a rua. A fama desse costume foi se espalhando e virou uma
brincadeira de carnaval. Fizeram um boneco bem grande, todo bonito e elegante, de terno, gravata
e chapéu, para passar à meia-noite, começando a festa de carnaval, na sexta-feira. Curiosidade:
até hoje, o boneco faz o mesmo percurso do Homem da Meia-Noite. Depois dele, surgiram a Mulher
do Meio-Dia, o Menino da Tarde entre outros.
Os bonecos sempre saem acompanhados por uma orquestra de metais. Eles chegam a medir três
metros e meio de altura e pesam, em média, 35 quilos. Em Olinda, tem até corrida de bonecos
gigantes.
LITERATURA
DE CORDEL

A Literatura de Cordel é um gênero literário popular, escrito


frequentemente de forma rimada, originada de relatos orais e depois
impressos em folhetos. A literatura de cordel se popularizou no Brasil
nas regiões Norte e Nordeste, sendo hoje difundida em todo o território
nacional. Publicada em pequenas brochuras impressas, o termo “cordel”
vem do fato de serem apresentadas penduradas em cordas - ou cordéis.
Além de gênero literário, o cordel era veículo de comunicação e ofício,
garantindo a fonte de renda de muitos cordelistas. Popularizado no
século XIX, tornou-se uma forma de expressão da cultura brasileira,
trazendo contribuições da cultura africana, indígena, europeia e árabe,
entoando as tradições orais, a prosa e a poesia.
Os poetas cordelistas modernos definem o cordel como gênero literário
obrigatoriamente de três elementos principais: a métrica, a rima e a
oração. Esses elementos, associados às xilogravuras, que são as
ilustrações das histórias estampadas nas capas dos livretos, formam a
literatura de cordel.
CARACTERÍSTICAS DA LITERATURA DE CORDEL

LINGUAGEM COLOQUIAL: FORTE PRESENÇA DE ORALIDADE E REGIONALISMOS NA FALA E ESCRITA


ELEMENTOS DA CULTURA BRASILEIRA, PRINCIPALMENTE NORDESTINA: COSTUMES, TRADIÇÕES E FOLCLORES
ESCRITA EM VERSOS COM MÉTRICA E RIMAS (CONFEREM MUSICALIDADE AOS VERSOS, HERANÇA DAS TROVAS MEDIEVAIS)
PRESENÇA DE XILOGRAVURAS (IMAGEM À BASE DE TINTA, UTILIZANDO MADEIRA), UMA ARTE TÍPICA DO NORDESTE. VEJA
O VÍDEO ABAIXO!
USO DE HUMOR, IRONIA E SARCASMO PARA REPRESENTAR TEMAS COTIDIANOS E SOCIAIS
O SUPORTE DESTE TEXTO SÃO OS FOLHETOS DE CORDEL, QUE MEDEM CERCA DE 12 X 16 CM, FOLHAS DOBRADAS E
NÚMERO DE PÁGINAS SEMPRE MÚLTIPLOS DE QUATRO
EXEMPLO DE CORDEL
AS PROEZAS DE JOÃO GRILO

NA NOITE QUE JOÃO NASCEU
JOÃO GRILO FOI UM CRISTÃO


HOUVE UM ECLIPSE DA LUA
QUE NASCEU ANTES DO DIA,


E DETONOU UM VULCÃO
CRIOU-SE SEM FORMOSURA,


QUE AINDA CONTINUA,
MAS TINHA SABEDORIA


NAQUELA NOITE CORREU
E MORREU DEPOIS DA HORA


UM LOBISOMEM NA RUA.
PELAS ARTES QUE FAZIA.


PORÉM JOÃO GRILLO CRIOU-SE

PEQUENO, MAGRO E SAMBUDO


E NASCEU DE SETE MESES,


AS PERNAS TORTAS E FINAS
CHOROU NO BUCHO DA MÃE;


A BOCA GRANDE E BEIÇUDO.
QUANDO ELA PEGOU UM GATO


NO SÍTIO ONDE MORAVA,
ELE GRITOU: “NÃO ME ARRANHE


DAVA NOTÍCIA DE TUDO.
NÃO JOGUE NESTE ANIMAL

QUE TALVEZ VOCÊ NÃO GANHE”.


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