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ARM - Associação Regina Mundi | arm.boanova.pt | areginamundi@gmail.com | BOLETIM N.

º 123 | JULHO DE 2022

DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO:
A BELEZA DO ENCONTRO
Vivo na Freguesia de Arroios, Lisboa, em virtude das nossas semelhanças,
um bairro de caleidoscópica diversida- mas sim por causa das nossas diferen-
de cultural: o número de nacionalida- ças. É aqui que somos mais desafiados,
des diferentes dos residentes chega às mas também onde mais nos enrique-
várias dezenas e os turistas compõem cemos. No nosso exercício de escuta,
uma outra significativa parcela da po- seja no diálogo da partilha de alegrias
P. Adelino Ascenso
pulação que constitui o rio colorido de [Superior Geral da SMBN] e tristezas, de colaboração em vista ao
gente com quem nos cruzamos na rua. desenvolvimento integral e à libertação
Sem dúvida que se trata de um desa- pecialistas em história das religiões. A dos povos, de intercâmbios teológicos
fio premente e constante, uma vez que assembleia era constituída por cerca de ou de experiências religiosas concretas
sentimos fugir-nos o chão em que fo- 80% de monges budistas. Os restantes (cf. Diálogo e Anúncio, 42), existirão
mos alicerçando as nossas convicções cerca de 20% da assembleia eram leigos momentos de treva, de dúvida, talvez
e seguranças. Requer-se uma ousada budistas e alguns fiéis das paróquias mesmo de quase desespero. O diálogo
abertura de horizontes e uma vigilân- onde eu trabalhava. A dado momen- não é um caminho linear. Mas não se-
cia prudente às tendências de rigidez to, fui interpelado pelo chefe supremo rão precisamente as vias árduas que nos
que nos podem assaltar a qualquer da escola do budismo exotérico no Ja- estimulam à beleza do encontro?
momento. O diálogo intercultural e pão, o Rev. Matsunaga Yūkei, que era,
inter-religioso é um elemento consti- também ele, um dos intervenientes no
tutivo da nossa identidade de cristãos, painel: «Padre, como missionário, cer-
uma vez que os terrenos que pisamos já tamente está no Japão para converter os
não são de uma cristandade assumida, japoneses, não é verdade?» Surpreen-
mas sim de desconcertantes realidades dido com a acutilância da pergunta,
desconhecidas e eventualmente inós- respondi que não estava no Japão para
pitas, que nos forçam a aprofundar as converter, mas sim para acompanhar.
próprias convicções, ensopando-as em E acrescentei que se aquele nosso diá- PARA MARCAR NA
escuta séria e silente daquele que pensa, logo contribuísse para que cada um de AGENDA
age e crê de modo diferente. nós aprofundasse mais a sua própria fé,
Mas qual será, no fundo, a finalidade então estaríamos a realizar a finalidade ENCONTRO REGIONAL EM
do diálogo intercultural e inter-religio- principal do nosso diálogo.
so? Quando estava em Osaka (Japão), Sim, escutar, aprender, acompanhar,
TRÁS-OS-MONTES
tinha a meu cargo algumas atividades estar com…, e voltar a escutar. Isto deve
neste setor. Um dia, estava num fórum
anual, organizado principalmente por
ser a nossa função essencial. No diálo-
go inter-religioso, reconhecemos as
CARÇÃO
uma escola budista, no qual eu partici- diferenças que existem entre nós (por
pava como representante da Igreja Ca-
20 de AGOSTO de 2022
exemplo, cristãos e budistas), reafirma-
tólica. Os restantes membros do painel mos o nosso credo e respeitamos o crer
eram dois monges budistas e dois es- do outro. O diálogo existe, não tanto NÃO FALTES!
2 BOLETIM DA ARM - ASSOCIAÇÃO REGINA MUNDI

E DEPOIS DA
COVID-19
Fernando Silva
[Ex-Presidente da ARM]

EDITORIAL
Caros Armistas, António Padrão
No passado dia 21 de maio, a ARM vol-
tou à sua atividade “normal” com a sua Batem leve, levemente, / como quem que hoje sou, em busca permanente
Assembleia Geral anual que, por impera- chama por mim. / Será chuva? Será de mim e dos outros.
tivos relacionados com o Covid-19, não gente? / Gente não é, certamente / e a O vírus tentou e quase conseguiu
se realizou nos dois anos anteriores. chuva não bate assim (Augusto Gil). derrubar-nos, mas tudo o que nos
Transcorrido e já ultrapassado o tempo tenta derrubar torna-nos mais fortes.
do mandato da última direção e demais
Foi assim, o vírus bateu leve, leve- Esse é o meu desejo para todos, que
órgãos sociais da associação, foram elei-
mente, mas tornou-se assustador, dei- saiamos deste acontecimento trágico
tos novos elementos para desempenhar
xando-nos a todos numa angústia de mais fortes. Isso só depende de nós,
diferentes funções, os quais quero desde
já felicitar pela coragem de avançar com incertezas... pois não são os acontecimentos em si
espírito de serviço e sentido de missão, e Este vírus tirou-nos a felicidade de que são trágicos, o que pode ser trá-
desejar que tenham um trabalho profí- convivermos juntos, de vivermos em gico é o que fazemos desses aconteci-
cuo em favor da nossa associação. relação física, que é como o ser huma- mentos, e o que fazemos desses acon-
Se, pela sua composição, podemos de- no se sente bem. Nós só somos porque tecimentos está ao nosso alcance.
positar toda a confiança nesta direção, os outros são. O vírus veio forçar-nos Deixo-vos um imperativo Socráti-
não podemos depositar nela todos os a ficar em casa e as relações… “tudo o co: conhece-te a ti mesmo e conhe-
afazeres e todas as responsabilidades pela vento (vírus) levou”. cerás os Deuses e o Universo. O au-
vitalidade da nossa ARM. É importan- O vírus parece ter-nos dado umas toconhecimento e a autoconsciência
tíssimo que haja uma participação mais tréguas, não sabemos por quanto tem- fazem de nós conhecedores do nosso
ativa de todos nós. Só assim há sentido po. self e do nosso valor, na humildade
na organização de eventos e atividades. Este vírus veio, não se sabe bem de de quem se descobre para si e depois
A título de exemplo, antes da pandemia, onde, mas isso não interessa por ago- para os outros, conscientes de que so-
aquando do colóquio realizado no Con- ra. O que interessa é que podemos mos seres em interdependência com
vento de Cristo em Tomar sobre os Tem- pensar novamente em estar juntos, os outros e com o planeta.
plários, local por onde passaram uma tratar de nós e de todos os que nos ro- Saudações Missionárias e força para
larga maioria dos antigos alunos, e pese a deiam, como bons missionários, servi- os que continuam a nobre missão de
excelência de todos os intervenientes no dores dos outros, realizando a missão servir o outro mesmo não o conhe-
colóquio, escassos foram os antigos alu-
mais nobre do ser humano, de sentido cendo, numa dádiva despojada do ter,
nos que aí compareceram. Foi mais par-
último da vida que perdurará depois em perseguição do ser, que nos eleva
ticipada por pessoa externas, se é assim
de nós. Esse é o sentido de vida dos até ao Criador, nossa última morada
que as possa chamar, do que por nós. Este
é só um exemplo e não quero que daqui nossos missionários. Que pena ter se- e eterna.
se faça um caso merecedor de grandes guido outro rumo, pois sei hoje o quão Para decretarmos a morte do vírus,
discussões. reconfortante seria para a minha alma construamos um superego que resista
É, portanto, imperativa uma participa- ter seguido esse caminho de entrega. É ao vírus e nos traga a calma perdida.
ção mais efetiva de cada um de nós. Não na entrega ao outro que nos conhece- Convido-vos a estarem presentes no
nos podemos escusar naqueles que são os mos, a nossa vida só faz sentido numa nosso encontro da ARM-Norte em
problemas naturais da nossa associação liderança servidora dos outros e para Carção no dia 20 de agosto, onde fa-
como o envelhecimento, a escassa ine- os outros, pois só existimos na exis- remos uma homenagem a alguns ar-
xistência de novos seminaristas ou outra tência dos outros. mistas da ARM-Norte que tombaram
qualquer desculpa. Deixo os meus agradecimentos aos nestes tempos de Covid-19, sendo um
Nós estamos cá, e enquanto cá estiver- muitos missionários que me forma- deles o Torrão, do meu ano de semi-
mos, a ARM somos todos nós. ram e que me ajudaram a ser o homem nário e natural de Carção.
3 BOLETIM DA ARM - ASSOCIAÇÃO REGINA MUNDI

te da Câmara Municipal de Tomar.


Subordinado aos temas “Porquê os
PARTICIPE NO PROJETO
mitos? A historiografia em torno da UM SORRISO PARA TI II!
Ordem do Templo” e “Perspetiva Mili-
tar”, o primeiro painel, moderado pela
Professora Doutora Maria José Bento, Faça o seu donativo através de
contou com as intervenções da Pro- transferência bancária para o NIB
fessora Doutora Paula Pinto Costa, da
Faculdade de Letras da Universidade 0035 0121 00001413330 34 ou
do Porto e CEPESE e o General Vizela se preferir, envie-nos um cheque
Cardoso.
Após o debate e a pausa para café,
à ordem da ARM - Associação
no segundo painel, moderado pelo Dr. Regina Mundi.
Joaquim Candeias, a Professora Dou-
tora Joana Lencart, do Laboratório de
Paisagens, Património e Território, da
Universidade do Minho, abordou “A
Manuel José Soares implantação territorial da Ordem do
Templo: desafios de uma questão em
aberto” e a Professora Doutora Maria
No dia 7 de dezembro de 2019, o Cristina Pimenta, do CEPESE da Uni-
Convento de Cristo de Tomar acolheu versidade do Porto, debruçou-se sobre
o colóquio “Os Templários: Entre Mi- “A Ordem de Cristo no século XIV: a
tos e Realidades”, uma iniciativa pro- definição de novos rumos para as Or-
movida pela ARM, com o objetivo de dens Militares”.
conhecer o passado histórico e religio- Esta iniciativa da ARM insere-se no
so do nosso país. contexto de um conjunto de atividades
A sessão de abertura decorreu com a norteadas pela divulgação cultural, his-
Ao longo do período de 2019 a 2021, a
presença de Fernando Silva, presidente tórica e religiosa, uma das finalidades
ARM transferiu para o projeto “Um Sorriso
da ARM, Andreia Galvão, Diretora do assumidas pelo trabalho da ARM.
Convento de Cristo e uma representan- para Ti” 8.500 €.
Este valor, que habitualmente tinha
origem em contribuições diretas para o
projeto, por ser substancialmente menor,
teve que ser complementado com 1.615 €
de fundos da associação.

Os objetivos deste projeto são os seguintes:


1. Subsidiar ações para um melhor cresci-
mento da dignidade humana;
2. Prover os destinatários de condições mí-
nimas de alimentação e vestuário;
3. Fornecer os meios didáticos e pedagó-
gicos como forma de integração escolar e
social;
4. Melhorar os níveis de autoestima e
confiança dos destinatários;
5. Divulgação da língua portuguesa;
6. Expressar em atos e gestos concretos
a ARM na sua responsabilidade cristã e
social.
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BREVE BALANÇO DOS ÚLTIMOS MANDATOS


Após uma caminhada de dois manda- lado, seria excecional se se conseguis- para ti” que tem possibilitado o acesso
tos (2014-2017 e 2017-2020), acrescidos se maior intergeracionalidade em cada à educação de muitas crianças em Mo-
de dois anos por causa da pandemia, encontro, obrigando porventura cada çambique, sobretudo no Chibuto e em
adequa-se a realização de um balanço armista a romper a bolha do seu grupo Pemba. A intenção de apostar no volun-
face às linhas de ação traçadas em 2014 de pertença e abrir-se à possibilidade tariado missionário reduziu-se apenas
e publicadas no boletim n.º 118 pela di- de conhecer outras histórias e, sobre- ao projeto que levou o armista Sérgio
reção cessante. tudo, outras pessoas que habitaram Cabral e a sua esposa, Ana Sofia Costa,
em determinado período temporal os em 2016/2017, até Pemba para aí cola-
O Equilíbrio Intergeracional era a mesmos espaços e, talvez, os mesmos borarem com a Paróquia Maria Auxi-
nossa linha de ação número um. É nos- sonhos. liadora e a Diocese de Pemba. Com este
so entender que o objetivo de trazer No que concerne ao apoio às estru- projeto procurava-se, também, abrir o
armistas de gerações mais novas para turas da SMBN, trata-se de uma linha caminho para outros armistas, mas tal
o seio da ARM não foi consolidado. de ação mais difícil de mensurar e, por não sucedeu.
Houve trabalho nesse sentido, centra- conseguinte, de avaliar; no entanto, é De um modo geral, consideramos
do nas gerações de 80 e 90 de entrada nossa perceção de que os armistas con- que o trabalho desenvolvido ao longo
no Seminário das Missões de Cernache tinuam a colaborar a SMBN de acordo destes oito anos foi positivo, numa linha
do Bonjardim, que frutificou em alguns com as suas competências e disponibi- de continuidade com as direções ante-
encontros bem participados, mas que lidade. riores, apesar de diversas dificuldades
precisará de maior criatividade e per- Em relação ao envolvimento da ARM encontradas, algumas inultrapassáveis
sistência da nova direção para chamar nas missões da SMBN em África, mate- como a Covid-19, para a concretização
outros e fixar os que começaram a vir rializou-se sobretudo no financiamen- mais plena dos objetivos traçados.
numa tradição de encontro. Por outro to do projeto denominado “Um sorriso

enquanto membros e que agora, em si-


tuação de sofrimento, se sentem aban-
donados pela SMBN. Por isso, reiterou
o dever da própria direção geral da
SMBN de contactar estes colegas para
lhes dar uma palavra de conforto.
O presidente da Assembleia Geral
salientou, ainda, o empenho da ARM
na inauguração do monumento à mis-
sionação portuguesa, nomeadamente
quanto à sua participação económica, e
o papel ativo do presidente cessante da
ARM, Fernando Silva.

ASSEMBLEIA GERAL DA ARM Por sua vez, este, tomando a palavra,


começou a sua intervenção pedindo
desculpa pela convocação tardia desta
Assembleia, facto que terá condiciona-
No passado dia 21 de maio de 2022, Seguidamente, alertou-nos para di- do uma presença mais significativa de
realizou-se a Assembleia Geral da ARM versos casos de sofrimento físico e armistas.
no Seminário São Francisco Xavier da emocional, devido a doenças degene- Após uma breve avaliação à atividade
SMBN em Fátima com uma participa- rativas e graves como o cancro, e que da ARM do último mandato, condi-
ção muito reduzida de Armistas. levam, em alguns casos, a situações de cionada pela Covid-19, apresentou as
demência. Neste contexto, no seu en- contas da ARM, que foram aprovadas
Na abertura dos trabalhos, o presi- tender, é fundamental fazer-nos próxi- por unanimidade, e deu a conhecer a
dente da Mesa da Assembleia Geral, mos destes colegas, telefonar-lhes, para existência de uma lista encabeçada pelo
Amadeu Araújo, saudou-nos com pa- lhes dar algum ânimo e força perante o armista Manuel José Tavares Soares,
lavras de estima e de amizade e com sofrimento. que foi sufragada unanimemente pelos
a boa disposição e o espírito fraternal Referiu, também, casos de ex-mem- armistas presentes.
que lhe é habitual. bros da SMBN que trabalharam muito
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A ARM DO FUTURO
mos alegrias dificilmente acessíveis
P. Jerónimo Nunes aos que vivem em teletrabalho. Ainda
sobram alguns “missionários da porta
Tenho saudades da ARM. Embora eu da casa”, esses que aprenderam a alegria
não tenha estudado em Tomar, nem em da vida nas “normas regulamentares” e
Cernache ou Valadares, foi uma bele- no controle do reitor que só dava três
za passear, durante 16 anos, e conhe- semanas de férias. Quantos valores
cer os ilustres “antigos” dessas casas e dessas exigências bravas abriram ca-
os afamados que se encontravam em minhos para o sucesso? Há alguns ar-
NOVO PRESIDENTE DA ARM Cucujães, Miranda do Douro, Castelo rependidos do tempo que passaram no
BIOGRAFIA SUMÁRIA Branco, Fundão, Lisboa, Coimbra e ou- seminário, mas a maioria ficará feliz
tras cidades turísticas. Reativar as me- por contar e ouvir histórias de fracasso
Manuel José Tavares Soares, 54 anos; mórias da adolescência foi ótimo. ou de sucesso.
- Professor de Português e de Francês do O fechamento dos seminários me- Estou a imaginar como será a ARM
Ensino Secundário; nores foi uma decisão oportuna, mas no futuro. Penso que ela tem de contar
- Presidente da Assembleia Geral da Fede- diminuiu o número das crianças aven- com os alunos que, no últimos 30 anos,
ração das Associações de Pais do Concelho tureiras que procuravam os caminhos passaram pelo seminário, sejam padres
de Oliveira de Azeméis (FAPCOA); da vida nas nossas casas. Aconteceu sejam leigos casados ou solteiros (em
- Coordenador da Rádio Ad Gentes e também que a ARM não conseguiu tempo de sinodalidade, todos os bati-
radialista. atrair os mais jovens que passaram só zados são testemunhas ativas e corres-
por Cernache ou Valadares. A pande- ponsáveis pelo mundo). Todos eles es-
- Frequentou os Seminários de Cucujães,
mia acabou por arrasar, mas não tem tão a viver sucessos e são bons em artes:
Cernache do Bonjardim e Valadares entre todas as culpas. O turismo longínquo
1978 e 1985. poesia, música, dança, técnicas digitais.
parou um pouco mas continua e já te- Maio é reunião forte. Novembro é assar
mos bicicletas para esticar as pernas no castanhas. Mas esses “novos” têm que
monte mais próximo. Os netos ocupam montar dois concertos anuais em que
os mais sedentos de comunhão e o sofá entrarão eles, as esposas e os filhos para
COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
ou a tasca aquecem os frios do inverno. divertir a malta. Os velhos têm que ir
Triénio | 2022-2025 Mas poderíamos inventar novidades. para contar novas histórias e contribuir
Estão a sair cada vez mais livros de para as crianças ucranianas ou moçam-
Direção memórias. É bonito ajudar os netos a bicanas (a direção organiza o destino).
Presidente: Manuel Soares descobrir os tempos que vivemos sem Os padres têm que ir todos para rezar
Secretário: Armindo Henriques eletricidade, sem telefone, sem rádios, solene Eucaristia pelos que já partiram
Tesoureiro: Jorge Carvalho com empregos conseguidos a cunha e para os braços do PAI.
1.º Vogal: Carlos Afonso alguma universidade para os mais bri- Na ARM do futuro seremos poucos,
2.º Vogal: Emídio Gomes lhantes. Mas, convenhamos que o me- mas de alta qualidade. Seremos ami-
lhor espaço para ativar os cérebros dos gos, abertos e solidários. Precisamos
reformados e passar para os netos os disso para refazer a alegria perdida no
Assembleia Geral
dramas e as alegrias dos “bons tempos” confinamento e ajudarmos a inventar
Presidente: Fernando Silva é a reunião da ARM. Ali, as histórias
1.º Secretário: José Silva o futuro do mundo sem solidão, sem
não têm fim. guerras, sem pessoas centradas na pe-
2.º Secretário: Sérgio Cabral Ainda temos uns missionários que quenez dos interesses pessoais.
viveram a guerra colonial, as indepen- Viva a Rainha do mundo, nossa
Conselho Fiscal dências e o colonialismo que retornou. maestra.
Presidente: Gabriel Conceição Se não os aproveitamos agora, perde-
Vice-Presidente. Simão Godinho
Secretário: Carlos Amílcar

Grupo de seminaristas do Seminário de Cernache do Bonjardim | 1991


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NOS BRAÇOS DE DEUS PAI


Dimas da Silva Nunes portou doença prolongada. Confiando-o a Sérgio Filipe Ribeiro Afonso
Falecimento: 29/04/2019 Deus e na solidariedade com a família, re- Falecimento: 09/02/2020 (com 41 anos)
Natural de Tarouca, do Curso de 1958, zamos. O armista Sérgio Afonso faleceu junta-
Tomar. O seu funeral realizou-se no dia 1 mente com sua irmã, Marisa, na sequên-
de Maio de 2019. Paz à sua alma. Pe. António Tavares da Silva cia de um despiste de motociclo quando se
Falecimento: 04/12/2019 dirigiam para Almacena, Castelo Branco.
Paulo Jorge Moura Chaveiro O Pe. Tavares nasceu na freguesia de Lou- Nasceu em 7 de agosto de 1978 no Estrei-
Falecimento: 03/05/2019 reiro em 10/03/1930 (Oliveira de Azeméis), to, concelho de Oleiros, distrito de Castelo
Entrou no Seminário de Cernache do foi ordenado em 29 de junho de 1956, tendo Branco. Entrou no Seminário de Cernache
Bonjardim no ano letivo de 1988/89. Foi se- partido no ano seguinte para Pemba (Porto do Bonjardim no ano de 1992. Que o Se-
pultado em São João do Peso, concelho de Amélia à data), em Moçambique, onde foi nhor o receba nos Seus braços.
Vila de Rei. Paz à sua alma. missionário até 1975. A partir de 1980 foi
missionário no Brasil enquanto a saúde lhe José Carlos Vaz Gonçalves
Francisco Luís Afonso Lopes permitiu, tendo regressado a Cucujães onde Falecimento: 30/03/2020
Falecimento: 15/05/2019 passou os últimos tempos. Que o Pai o rece- Natural de Vimioso, entrou no seminá-
Nasceu em 1946 em Carção, Vimioso, e ba nos Seus Braços. rio de Cucujães em 1970. Foi membro da
entrou no Seminário de Tomar em 1957. Direção Distrital de Bragança do Sindica-
Rezemos a Deus nosso Pai para que o re- José Roque Abrantes Prata to dos Professores do Norte e Professor no
ceba na Sua glória. Falecimento: 09/12/2019 Agrupamento de Escolas de Vimioso, onde
O Dr. Prata era o mais antigo dos anti- lecionou e exerceu vários cargos, entre os
Luís Manuel Cunha Gamboa gos alunos ainda vivo. Tinha entrado no quais o de presidente do Conselho Execu-
Falecimento: 28/07/2019 (com 76 anos) Seminário de Tomar no ano de 1934. Teria tivo. Tinha 60 anos. Que o Senhor o receba
O Luís Gamboa nasceu em Peraboa, completado 99 no dia 30 de Dezembro de nos Seus braços.
Covilhã, e foi registado como nascido em 2019. Era natural de Manteigas e durante
15/07/1943, mas de facto veio ao mundo grande parte da sua vida foi professor do Li- Pe. Domingos Carvalho
em 21 de junho de 1943, dia de São Luís de ceu. Presidiu à direção na ARM nos anos de Falecimento: 04/04/2020
Gonzaga, e por isso o nome de Luís, a que 1965 e 1966. Paz à sua alma. O P. Domingos Carvalho nasceu a
foi acrescentado o Manuel do irmão que o 02/02/1924 em Aboim, concelho de Ama-
antecedera e havia falecido. Cónego António Augusto Rodrigues rante. Entrou no Seminário de Tomar em
Após a escola primária, entrou nos semi- Amado 1938 e foi ordenado presbítero em Cucujães
nários da Sociedade Missionária em 1955. Falecimento: 26/01/2020 (com 79 anos) a 24 de março de 1951. Até 1962 trabalhou
Saiu e estudou Enfermagem em Coimbra, Natural da freguesia de Pinelo, no conce- em Tomar e em Cernache do Bonjardim,
tendo sido enfermeiro, professor, sindica- lho de Vimioso, fez os estudos de Filosofia e ano em foi enviado para Porto Amélia
lista, diretor da Escola Superior de Enfer- Teologia nos Seminários da Sociedade Mis- (Pemba), onde foi diretor espiritual do Se-
magem de Faro. Que Deus o tenha na sua sionária da Boa Nova. Ordenado presbíte- minário Maior e pároco da nova paróquia
presença, feliz e em conversa amena, em ro em 28 de julho de 1968 foi enviado para de Maria Auxiliadora, que ele próprio orga-
contemplação luminosa! missão em Moçambique. Regressa a Portu- nizou. Aí tratava, pessoalmente, os pobres
gal em 1977 para a assistência espiritual do que não conseguiam ser hospitalizados.
Pe. Francisco Mayor Sequeira Seminário Maior de Valadares (Vila Nova Voltou para Portugal em 1975, dedicando
Falecimento: 11/11/2019 (com 90 anos) de Gaia) dos Missionários da Boa Nova. o resto da sua vida à formação de missio-
Era natural de Vale da Coelha (Almeida). Em 1978 é nomeado Pároco de Pinelo e nários em Cernache do Bonjardim, Tomar,
Foi ordenado presbítero a 29 de junho de Vale de Frades. Mais tarde, assume a paro- Cucujães e Fátima. Passou os últimos anos
1956, depois dos estudos nos Seminários quialidade de Uva, Vimioso, Algoso, Cam- no Seminário de Valadares. Que o Pai do
de Tomar, onde entrou a 29 de setembro de po de Víboras, Caçarelhos, Angueira e Vale Céu o acolha nos Seus braços.
1942, Cernache do Bonjardim e Cucujães. de Pena no concelho de Vimioso. Que o Pai
Foi missionário em Moçambique e no Bra- o receba nos Seus Braços. Pe. José Tomás Borges
sil. Falecimento: 07/04/2020
Que o Senhor o receba no Seu Reino. Sebastião João O P. José Tomás Borges nasceu a
Falecimento: 29/01/2020 (com 80 anos) 04/07/1938 em Paus, freguesia de Resende.
João Francisco da Silva Mendes Natural de Genísio, Miranda do Douro, Entrou no Seminário de Tomar em 1949 e
Falecimento: 24/10/2019 onde nasceu em 1936, faleceu em São Paulo. foi ordenado presbítero em Cucujães a 28
em Anápolis, Goiás, Brasil. Entrou em Tomar em 1950 e foi ordenado de julho de 1963. Nos anos seguintes, tra-
Foi padre da SMBN, um dos três que fo- em 1963. Partiu de seguida para as Missões balhou nos Seminários de Cernache do
ram para o Brasil em 1970. Era natural de de Moçambique e posteriormente para o Bonjardim e em Cucujães. Tendo estado
Cernache do Bonjardim e entrou no Se- Brasil, tendo saído da SMBN em 1976. Que ao serviço das Forças Armadas, regressou a
minário de Tomar em 1954. Casou, teve 4 o Pai do Céu o acolha nos Seus braços. Portugal com o seu batalhão em 1971. Foi
filhos e foi diretor do Serviço Nacional de eleito pró-regional de Maputo em 1975 e
Aprendizagem Industrial em Goiás. Su- trabalhou como pároco em duas paróquias
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da cidade de Matola, nos bairros do Fomen- Sociedade Missionária Portuguesa e, em Animação Missionária, em Cucujães. Re-
to e da Liberdade onde ajudou a construir 1982, foi incardinado no Patriarcado de gressou a Nampula em 1995 onde faleceu.
as novas igrejas. Partiu depois, juntamen- Lisboa. Para além da licenciatura em Teo- Que o Senhor o receba na Sua luz.
te com o P. Fernando Simões de Carvalho logia, o sacerdote era licenciado em Sagra-
e Silva, para a fronteira com a África do da Escritura e doutorado, desde 1986, em António Augusto Torrão Vaz
Sul, como responsável pelas paróquias de Ciências Eclesiásticas pela Universidade de Falecimento: 25/11/2021 (com 59 anos)
Ressano Garcia, Muamba e Sábié. Eram os Lovaina, na Bélgica. Foi pároco em várias O armista António Augusto Vaz era na-
tempos difíceis da guerra civil. A partir de paróquias da Diocese de Lisboa, professor tural de Carção (Vimioso) e entrou no se-
1984 dedicou-se, entre outras atividades, à da Universidade Católica Portuguesa e, minário de Cernache do Bonjardim no ano
formação de missionários, em Valadares, entre 2001 e 2007, reitor do Santuário de de 1975. Foi advogado, professor, vereador
Tomar e em Cucujães. Que o Senhor o re- Nossa Senhora de Fátima, em Paris, cidade e vice-presidente da Câmara Municipal de
ceba na Sua luz. onde foi também nomeado cónego honorá- Vimioso. Que o Senhor o receba nos Seus
rio da Catedral de Notre-Dame. Regressado braços.
António da Silva Costa ao Patriarcado de Lisboa, o sacerdote foi
Falecimento: 14/04/2020 diretor do Departamento da Formação e, Mário Fonseca de Brito
O armista António Costa era natural de entre 2008 e 2011, foi pároco de Carcavelos. Falecimento: 07/01/2022 (com 75 anos)
Remelhe, Barcelos (14/07/1937) e entrou Que o Senhor o receba no Seu Reino. O armista Mário Fonseca de Brito era na-
no seminário de Tomar em 1950. Foi pro- tural de Remelhe (Barcelos) e frequentou
fessor catedrático jubilado da Universidade Artur Augusto Fernandes os seminários de Tomar e de Cernache do
do Porto e missionário em Nampula nas dé- Falecimento: 16/01/2021 (com 74 anos) Bonjardim entre 1958 e 1962. Que o Senhor
cadas de 60 e 70. Faleceu na Bélgica, vítima Natural de Vila de Ala, Santiago (Moga- o receba na Sua luz.
de uma infeção generalizada, na sequência douro), entrou no Seminário de Tomar em
de linfoma de que padecia. Que o Senhor o 1959. Residia atualmente em Figueiros (Ca- José Luís da Silva Valente Morais
receba nos Seus braços. daval) e faleceu vítima de enfarte fulminan- Falecimento: 17/01/2022
te. Que o Senhor o receba no Seu Reino. O armista José Luís Morais era natural de
Pe. José Alves de Sá Fernandes Alvarenga e entrou no Seminário da Boa
Falecimento: 30/04/2020 Pe. Manuel Ferreira de Sá Nova em Valadares no ano de 1968. Era re-
Nascido a 19 de janeiro de 1938, o pa- Falecimento: 26/05/2021 (com 91 anos) formado da Política Judiciária e faleceu ví-
dre José Alves de Sá Fernandes estudou Natural do concelho de Ovar, Manuel tima de doença oncológica. Que o Senhor o
nos seminários da Sociedade Missioná- Ferreira de Sá entrou no Seminário das Mis- receba na Sua luz.
ria em Tomar, Cernache do Bonjardim e sões de Tomar com 12 anos e, após ter feito
Cucujães. Recebeu a ordenação presbiteral o percurso de formação nos seminários de Orlando dos Anjos Meirinho Afonso
em Cucujães em 23 de julho de 1962 e foi Cernache e Cucujães, foi ordenado padre Falecimento: 26/01/2022
nomeado para as missões de Nampula, Mo- em Cucujães, no dia 29 de junho de 1956. O armista Orlando Afonso era natural de
çambique, onde viveu até 1981. Em 1974 Dedicou toda a sua vida à Missão em Mo- Campo de Víboras (Vimioso) e entrou no
foi eleito Assistente Regional de Nampula çambique, para onde foi enviado em agos- seminário em 1974. Residia e trabalhava em
e como responsável pela missão, sofreu “o to de 1956, um mês depois da ordenação. Espanha e era presença assídua nos encon-
trauma das nacionalizações: terras, esco- Após longos períodos em Portugal, a partir tros de Trás-os-Montes. Que o Senhor o re-
las, posto de saúde, casa paroquial e contas do ano 2000, regressou definitivamente a ceba nos Seus braços.
bancárias. Regressou definitivamente a Por- Portugal em 2007 e foi internado no Lar de
tugal em 1981 e foi nomeado Administra- Santa Teresinha de Cucujães. Que o Senhor Pe. António Gonçalves
dor das Publicações e Obras de Cooperação o receba no Seu Reino. Falecimento: 01/03/2022
Missionária (1982 a 1992). Sofreu um AVC Nascido a 07 de junho de 1932, na loca-
em 2015, mas conseguiu recuperar muitas Ir. Alberto Luís da Silva lidade de Louriçal (Pombal), o padre Antó-
funções humanas, mas ficou incapacitado Falecimento: 03/09/2021 nio Gonçalves estudou nos Seminários de
para trabalhar. Que o Senhor o receba na Natural do Concelho de Alvaiázere, o Ir. Tomar, Cernache do Bonjardim e Cucujães
Sua luz. Luís nasceu a 15 de maio de 1941, tendo en- e foi ordenado sacerdote a 30 de julho de
trado entrou no seminário, para ser irmão 1961. Em 1964 foi enviado para Moçam-
Daniel dos Santos Pereira leigo, a 1 de outubro de 1956, onde fez a sua bique, para a Diocese de Porto Amélia
Falecimento: 04/11/2020 (com 72 anos) formação missionária, académica e profis- (Pemba), com destino ao Seminário Maior
O armista Daniel Pereira era natural de sional. Exerceu várias atividades no Semi- daquela diocese, onde veio a ser reitor nos
Alpendurada (concelho de Marco de Ca- nário de Tomar e em Cucujães até outubro anos de 1969 e 1970. Mais tarde foi missio-
naveses), entrou no seminário de Tomar no de 1969, data em que partiu para Moçam- nário no Chiúre, na Paróquia de Maria Au-
ano de 1960 e foi funcionário bancário. Que bique, com destino à Diocese de Nampula. xiliadora em Pemba (de 1994 a 1997), tendo
o Senhor o receba no Seu Reino. Administrou a escola de Mecutamala, antes regressado ao Chiúre, onde permaneceu até
e depois da independência, e foi ecónomo 2007. Interessava-se pelos membros da So-
Pe. Manuel Marques Gonçalves geral da Arquidiocese de Nampula durante ciedade Missionária e todos os anos escre-
Falecimento: 31/12/2020 muitos anos. Em 1989 foi eleito assistente via uma carta pessoal a cada um dos mem-
Nasceu a 12 de novembro de 1931, em da Direção Geral da SMBN e veio para Por- bros, por ocasião do seu aniversário. A sua
Orca, no concelho do Fundão, Diocese da tugal, onde fez parte da equipa de Pastoral memória era extraordinária e memorizou
Guarda; foi ordenado sacerdote a 15 de ju- Vocacional e foi administrador interino da grande parte da liturgia e da Bíblia. Que o
nho de 1957, na sua paróquia, ingressou na Editorial Missões e do Departamento de Senhor o receba na Sua luz.
8 BOLETIM DA ARM - ASSOCIAÇÃO REGINA MUNDI

NOVO LIVRO
FICHA TÉCNICA
TESTEMUNHAS DE UMA MEMÓRIA VIVA Propriedade:
HISTÓRIA DA EVANGELIZAÇÃO DA PROVÍNCIA DE CABO DELGADO ARM – Associação Regina Mundi

Sede:
Rua da Bempostinha, 30
D. Luiz Fernando Lisboa 1150-066 Lisboa
[Arcebispo de Cachoeiro de Itapemirim] Tel.: 218 851546 | Fax: 218 850258
[Antigo Bispo de Pemba] “A Missão é de Deus!
NIPC: 503 268 372
Todos somos instrumentos NIB: 0035 0121 0000 1300 530 98
O lançamento deste livro abre o cente-
nário da primeira missão da Diocese de
de Deus para que Ele Presidente da Direção:
Pemba, Santa Maria de Namuno. Em- realize a Sua Missão”. Manuel José Soares
bora outros missionários tenham chega-
Direção, Redação e Administração:
do a estas terras antes do século XX, foi Seminário das Missões
em 1922 que se estabeleceu a primeira Largo da Igreja
missão católica do então chamado Dis- Apartado 40
trito de Cabo Delgado, mais tarde Pro- 3721-908 Vila de Cucujães
víncia de Cabo Delgado.
E-mail:
areginamundi@gmail.com
O presente livro foi fruto do trabalho
voluntarioso de muitas pessoas, coor- Site: www.arm.boanova.pt
denadas pela grande e abnegada mis- Facebook: www.facebook.com/arm.
sionária, Ir. Magdalena Medina, FI, que reginamundi
com perseverança e ousadia trouxeram
à tona uma parte importante da nossa rem à primeira missão, muitos outros Fotocomposição e impressão:
gastaram as suas vidas em favor deste Escola Tipográfica das Missões
história. Foram pesquisas, entrevistas,
sofrido e valente povo de Cabo Delga- Vila de Cucujães
gravações, viagens, fotocópias, emprés-
timos de material, correcções, leituras, do. Tiragem desta Edição:
procura de fotografias que, enfim, trou- Depois dos Monfortinos, vieram os 650 Exemplares
xeram à luz este livro. Provavelmente, Missionários da Boa Nova, as Missio-
haverá imperfeições, lacunas, excessos, nárias da Consolata, as Filhas de Ma- Colaboradores deste número:
mas é inegável que foi fruto de mui- ria Auxiliadora (Irmãs Salesianas), as António Padrão
Missionárias da Boa Nova. Estes são os D. Luiz Fernando Lisboa
ta abnegação, comunhão e amor pela Fernando Silva
Igreja e pela evangelização. mais antigos e pioneiros.
Manuel José Soares
(…) A chegada dos Missionários E os missionários e missionárias mo- P. Adelino Ascenso
Monfortinos, em 1922, é carregada de çambicanos? Quanta alegria e vibração P. Jerónimo Nunes
significado porque, para além de tes- pelo surgimento das primeiras voca- Sérgio Cabral
temunharem e de transmitirem a sua ções sacerdotais e para a vida religiosa!
Quanto bem têm feito os padres dioce- Design e paginação:
fé à população local, transmitiram-lhe Sérgio Cabral
conhecimentos em várias áreas, sobre- sanos e as Irmãs diocesanas ao longo
tudo na educação formal e na educação destes anos todos! Cabo Delgado é um
para as artes e ofícios. Até hoje os tijo- celeiro de vocações sacerdotais e reli-
los e telhas construídas por eles com giosas. lize a Sua Missão. “Não podemos dei-
a população local, sustentam e embe- Da nova geração de Missionários, xar de falar sobre o que vimos e ou-
lezam algumas Missões, sobretudo as próximo ou a partir do ano 2000, sur- vimos” (At 4,20). A missão continua!
de Na-muno, de Meza, de Mariri e de gem primeiro, a missionária leiga Laura Que este livro, além de resgatar a bo-
Montepuez. A bela Missão de Nango- Pierino, as Irmãs de Jesus Bom Pastor nita história da evangelização de Cabo
lolo (Muidumbe) e a igreja de Mocím- (Pastorelas) e os Religiosos Passionis- Delgado e o surgimento da Diocese de
boa da Praia foram parcialmente des- tas. Depois deles, como se verá, vieram Pemba, nos ajude a resgatar e a valo-
truídas, em 2020, nesta guerra infame. muitas outras famílias missionárias, rizar a vida de tantos cristãos, leigos,
Assim, tal como estes dois missionários além de leigas e leigos missionários. padres, irmãs, consagrados, bispos
gastaram os pneus das suas bicicletas e A Missão é de Deus! Todos somos que trabalharam tanto pela consolida-
as solas das suas sandálias para chega- instrumentos de Deus para que Ele rea- ção desta Igreja Diocesana.

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