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Gestor
CGTES
Maria de Fátima Bezerra Organização do Ebook:
Governadora do Estado do Rio Produção textual
Grande do Norte Anna Karlla Fontes
Carlézia Alves
Núcleo Audiovisual de Divulgação
Interna - NAVI
Julho 2021
Sumário
Apresentação .................................................4
Entrevista com Cipriano Maia.......................5
Colegiados: vez e voz ampliados...................8
Colegiado na ESP/RN.....................................10
Estrutura dos colegiados..............................12
Papel do Apoio Institucional...............................16
Material Complementar...............................19
Apresentação
Caríssimas(os),
É com enorme satisfação que apresentamos esse material para vocês. Uma singela
homenagem por estarmos completando um ano de funcionamento regular dos
espaços colegiados da Coordenadoria de Gestão do Trabalho e da Educação na
Saúde. Completar um ano significa muito para nós, significa que nos mantivemos
firmes no propósito de construirmos ações perenes quanto ao compartilhamento da
gestão, mesmo com o desafio da pandemia de covid-19, e seguimos amadurecendo
nosso “fazer juntos”.
Para comemorarmos este momento tão precioso, estamos lançando um
E-book temático sobre Colegiado Gestor, seus processos e métodos que tanto
contribuem para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Entendendo que
a maior homenagem que fazemos ao nosso coletivo é a contribuição para o
fortalecimento de outros coletivos, pois sabemos a relevância da co-gestão para que
o nosso SUS ganhe força e queremos contribuir para ampliar essas experiências na
SESAP.
Por isso produzimos este material que tem o objetivo maior de destacar e fortalecer
ainda mais esse dispositivo tão importante para a gestão de uma politica pública
como o SUS. Faço aqui uma apresentação curtinha pra não perder o ar festivo e
homenageio todas e todos os que fazem o campo da gestão do trabalho e da
educação na saúde em nosso Estado com dois trechinhos da música “Diversidade”,
de Lenine, que diz assim:
Se cada ser é só um
E cada um com sua crença
Tudo é raro, nada é comum
Diversidade é a sentença
(...)
O mundo segue girando
Carente de amor e paz
Se cada cabeça é um mundo
Cada um é muito mais.
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!? Entrevista com
Cipriano Maia
Nesta entrevista o titular da Sesap, o médico sanitarista Cipriano de Vasconcelos
Maia discorre sobre a grande conquista que é o SUS para a sociedade brasileira.
Ele foi um dos participantes da 8ª Conferência Nacional de Saúde, que definiu os
princípios e as diretrizes do SUS, dentre os quais a gestão participativa com a
defesa da instituição das Conferências e dos Conselhos de Saúde foi destaque.
Além disso, tem uma trajetória profissional pautada pela atuação em experiências
inovadoras de planejamento e gestão, seja no exercício da gestão, no ensino ou
práticas de pesquisa e extensão relacionadas à gestão participativa.
Assista
A história da saúde pública no Brasil –
500 anos na busca de soluções
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Um pouco de história: o senhor que participou ativamente da implantação
do SUS, qual o seu primeiro contato com a Gestão participativa e o que lhe
chamou a atenção para esse modo diferente de gerir os processos de
saúde? O Meu aprendizado nas práticas democráticas foi exercitado nas
experiências participativas do movimento estudantil, depois no movimento sindical
na saúde e nas práticas partidárias. Participei da 8ª Conferência Nacional de Saúde
que definiu os princípios e as diretrizes do SUS, dentre os quais a gestão
participativa com a defesa da instituição das Conferências e dos Conselhos de
Saúde foi destaque.
Assista
Conselho Nacional de Saúde - Como funciona
o Controle Social?
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E ainda, superar a confusão na compreensão de alguns, que confundem
democracia e participação com ausência de ordem e indefinição de
responsabilidades. A diferença numa organização democrática é que a ordem,
traduzida em normas e protocolos, é instituída com a escuta e a opinião dos
representantes dos vários coletivos que constituem a organização, na construção
de um consenso progressivo que busca equilibrar os diversos interesses e o
melhor funcionamento da organização na busca de seus objetivos. Objetivos esses
que são definidos e regulados por Lei, a quem, todos, servidores e dirigentes,
devem obedecer. Assim, o colegiado não pode ser confundido com o espaço de
negociação e defesa de interesses sindicais e corporativos, que são as mesas de
negociação, mas, ser visto como uma instância de gestão para a tomada de
decisões fundamentadas, baseada na escuta e na análise de informações.
Deve ser também o espaço de avaliação dos resultados e das consequências das
decisões tomadas, num exercício permanente de planejar, executar e avaliar. E
para que essa prática participativa se legitime e consolide dentro de cada
Organização precisa ser espraiada a todas às Unidades de cuidados ou serviços,
numa espiral que envolva todos os sujeitos nesse aprendizado participativo que
produza sujeitos democráticos.
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Colegiados: vez e voz ampliados
Algumas reuniões ocorrem semanalmente, outras a cada 15 dias e, no caso do
colegiado Voz Ativa, um dos maiores da Sesap, o encontro é mensal. O fato é que
desde que começou a quarentena imposta pela pandemia de covid-19, com a
implantação do sistema de trabalho híbrido (remoto e presencial), a Coordenadoria
de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CGTES) e suas subcoordenadorias,
mantiveram a alta frequência e regularidade das reuniões, deliberando sobre
assuntos os mais variados pertinentes à rotina laboral.
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Avânia avalia que ainda há muito a avançar: “Desde a formulação de
pautas estruturantes por toda a equipe ao monitoramento e
avaliação das ações pactuadas. Mas, um passo de cada vez! Estamos
felizes em dar esse primeiro passo e reforçar um ambiente
democrático e participativo de trabalho. Ah, não poderia esquecer
do apoio qualificado de Carlézia Alves na construção desse modelo
de gestão”, afirma.
“Em minha experiência a construção coletiva vem sendo fundamental por vários
motivos. Primeiro, porque o setor precisou construir uma nova lógica para o seu
processo de trabalho, que pudesse possibilitar o fortalecimento da Política de
Educação Permanente no Estado, na perspectiva da regionalização, bem como uma
melhor gestão do campo do Ensino Serviço”, afirma. Depois, na sua avaliação, porque
a equipe tem uma composição diversa em saberes e perfis de atuação e passou por
algumas transformações ao longo dos últimos meses. “Fizemos ensaios na
perspectiva de uma construção e planejamento coletivos, mas, posso dizer que esse
processo se solidificou a partir da pandemia, com a sistematização de reuniões
colegiadas”, analisa.
Chefias
CGTES SIGTE SGES
Semanal, Mensal (entre Quinzenal
segunda-feira, 9h e 10h) (quinta-feira, 9h)
8:30h
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Colegiado na ESP/RN
As reuniões colegiadas no âmbito da Escola de Saúde Pública do Rio
Grande do Norte (ESP/RN) já faziam parte do cotidiano das equipes,
porém, sua constituição ou organização se dava a partir de
representações das áreas junto ao Núcleo Diretor. A atual diretora
da escola, Cláudia Frederico, faz um relato da experiência.
Assim sendo, em 2020 se deu continuidade à agenda mensal, que ocorre na última
quarta-feira de cada mês. “Invertemos a pauta no sentido de privilegiar os temas
para discussão e reduzir os informes a fim de qualificar o nosso processo de
trabalho interno e as demandas e ações propostas na Programação Anual de Saúde
(PAS). Considerando que nossa equipe é relativamente pequena, alguns informes
podem ser compartilhados diariamente através de conversas junto às equipes e
pelo WhatsApp”, conta a diretora.
Pandemia
Durante a pandemia, ela afirma que como já existia um processo instituído, mesmo
com as fragilidades inerentes à construção desse processo, foi possível identificar a
potencialidade desses dispositivos de gestão. “Após superarmos o uso das novas
ferramentas de tecnologia da informação para comunicação à distância, os
colegiados assumiram um papel de destaque no nosso cotidiano, porque tornou-se
também um espaço para discussão sobre o contexto da pandemia, dos medos, das
inseguranças e também para ressignificação dos nossos encontros”, afirma.
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Cláudia conta que na pandemia as reuniões passaram a ser mais longas e, aos
poucos, bem mais produtivas em relação ao desenvolvimento de um trabalho mais
articulado e mais cooperativo. “Os diversos colegiados – com o Núcleo Dirigente e
com a CGTES constituídos no âmbito da SESAP – permitiram o fortalecimento do
Colegiado Setorial tendo em vista que o compartilhamento de uma agenda
prioritária, definida no âmbito da SESAP, constitui um movimento essencial para a
redução de ruídos na comunicação e potencializa a participação dos trabalhadores
na tomada de decisão da gestão”, atesta Cláudia.
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!? Estrutura dos
colegiados
Na sede da Sesap, a servidora Carlézia Alves, apoiadora da Política Nacional de
Humanização – PNH com curso de Formação em 2013, é a secretária do colegiado
da CGTES Voz Ativa. Carlézia tem formação em Serviço Social, especialização em
Gestão em Qualidade de Vida e Saúde no Trabalho e atuou por 10 anos no Núcleo
Técnico da Política Estadual de Humanização. Ela também oferece apoio técnico-
operativo aos demais colegiados da CGTES e nesta entrevista traz dicas
importantes sobre o funcionamento dos colegiados.
Qual o modelo de ATA adotado pela Sesap? Na Secretaria como um todo, mas
precisamente o Colegiado Gestor e a CGTES vêm produzindo em seus colegiados
uma ATA simplificada, sem textos longos, que tem sido bem aceita por todos os
envolvidos. Nela estão elencados os pontos mais importantes das discussões:
Decisão (D), Informação (I), Tarefas (T), Ponto de Atenção (PA), Proposta (P), todos
os pontos com responsáveis e prazos pactuados coletivamente. Ver modelo na
página 12.
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Quais as principais características de um colegiado? Não existe um número
exato de participantes, mas é necessário que seja garantida a representatividade
de trabalhadores de todos os segmentos (todos os sujeitos) dentro do espaço de
discussão. A metodologia usada é a da “roda”, na perspectiva da constituição
horizontal de coletivos organizados participativos.
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Colegiado
Métodos e práticas
CHECK-LIST
Produção da Divulgação da Colegiado Divulgação
pauta pauta da ATA
Produção
da pauta
O responsável pelo
secretariado da reunião
deve enviar a proposta de
construção da pauta para
todos os participantes. Com
uma boa antecedência.
Divulgação
da pauta
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Modelo de ATA
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!? Papel do Apoio
Institucional
Nesta entrevista, a apoiadora institucional da Sesap, Ana Carla Macedo do
Nascimento, servidora psicóloga, especialista em Gestão do Trabalho e Educação
na Saúde, com formação em apoio institucional pela PNH, destaca pontos de
como se dá o apoio institucional dentro do contexto da cogestão.
Ela atuou por seis anos no Hospital Giselda Trigueiro, referência em gestão
participativa no RN e atualmente desempenha sua função junto a CGTES e na
Escola de Saúde Publica do RN.
Assista
Gastão Wagner de Sousa Campos
Apoio Institucional como estratégia
de inovação em saúde
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No caso de uma Secretaria tão importante na estrutura dos serviços
públicos essenciais quanto a Sesap, quais as contribuições desse modelo
de gestão, que impactam diretamente na vida dos servidores e da própria
população usuária dos serviços do SUS? A Política Nacional de Humanização
(PNH), que norteia nosso fazer, incentiva a implantação de colegiados gestores nos
serviços de saúde como dispositivo de humanização visando promover mudanças
positivas nos modelos de atenção e de gestão.
Assista
EspaSUS: Apoio Institucional ao SUS - 1/3
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Como garantir na prática a Cogestão? É importante ressaltar que só a
existência do colegiado gestor não garante a democratização da gestão. Cabe aos
gestores garantir que o colegiado gestor seja, de fato, um instrumento de
construção coletiva. Nenhum colegiado de gestão, mesmo o que se aproxime do
ideal, como estratégia de gestão, dará conta da complexidade da vida
organizacional.
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Material complementar
SITES
MATERIAL INFORMATIVO
LEGISLAÇÃO
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CGTES