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MÓDULO I

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM
GESTÃO MUNICIPAL DO SUS

1
AULA

03
Ser Gestor(a)
Municipal do SUS

2
CRÉDITOS
Todos os direitos reservados. É permitida a
reprodução parcial ou total desta obra, desde
que citada a fonte e que não seja para venda
ou qualquer fim comercial. O conteúdo desta
publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado
pela equipe CONASEMS e Faculdade de
Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora
– Suprema.

FICHA
CATALOGRÁFICA
Fascículo. Mais CONASEMS. Curso de
Aperfeiçoamento em Gestão Municipal do
SUS . Módulo I: Introdução à Gestão
Municipal do SUS - Aula 3 – Ser Gestor(a)
Municipal do SUS.

3
FICHA TÉCNICA
Curadoria de conteúdos – Conasems
Cristiane Martins Pantaleão
Denise Rinehart
Marcos da Silveira Franco
Nilo Bretas Junior
Conteudistas – Conasems
Denise Rinehart
Gestor Educacional
Simone Assis

Coordenação Pedagógica e Técnica


Célia Regina Machado Saldanha
Rodrigo Almeida
Rogério Pinheiro Nunes

Designer Instrucional
Carla Cristini Justino de Oliveira

Web Desenvolvedor
Aidan Bruno
Alexandre Itabayana
Bárbara Monteiro
Cristina Perrone
Paloma Eveir

Coordenação Geral
Conexões Consultoria em Saúde Ltda.

Este material foi elaborado e desenvolvido pela equipe técnica e pedagógica


do Mais CONASEMS em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas e da
Saúde de Juiz de Fora – Suprema.

4
BEM-VINDO(A)!
Este é o seu Fascículo da Aula 3 do
Módulo I que apresenta de forma mais
aprofundada o conteúdo abordado
nessa aula.
A proposta é agregar mais
conhecimentos à sua aprendizagem. Por
isso leia-o com atenção e consulte-o
sempre que necessário!

5
QUE BOM TÊ-LO(A)
DE VOLTA!
Na Aula 3, o funcionamento do sistema público de
saúde terá um enfoque especial. Veremos as
definições de papéis e atribuições dos gestores do
SUS.

Para isso, discutiremos a própria concepção sobre


o que é ser gestor(a) público(a) na saúde e sua
atuação em quatro dimensões distintas, mas que
se complementam e inter-relacionam para uma
gestão de qualidade.

O que é ser gestor(a) municipal do SUS? Como


agir política, ética, técnica e administrativamente
em prol da saúde dos cidadãos de sua cidade e
muito mais!
Muitos são os desafios, não é mesmo?

Agora, que tal conhecermos os objetivos de


aprendizagem desta aula? BOA LEITURA!
6
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM
DA AULA 3:

01 Expressar o que é “Ser


Gestor(a) Municipal do SUS”.

02
Aprimorar os conhecimentos
técnicos para atuar como Gestor(a)
Municipal do SUS de forma mais
assertiva.

03 Esclarecer, avaliar e internalizar as


dimensões de atuação do(a) Gestor(a)
Municipal.

7
SUMÁRIO

1 Ser Gestor(a) Municipal do SUS

2 Gestão no SUS e suas dimensões

3 Gestão compartilhada da saúde

4 O papel do(a) Gestor(a) na


efetivação do SUS

5 Desafios do(a) Gestor(a) do SUS

8
SER GESTOR(A)
MUNICIPAL DO SUS

9
PARA REFLETIR...
• O que é ser gestor(a) do Sistema Único de
Saúde?

• Com quem os gestores interagem na sua


prática?

• Com quem negociam?

• Quais os desafios relacionados às


atividades dos gestores públicos de saúde,
considerando o contexto em que atuam e
os atores (pessoas, grupos) com quem
interagem?

• Como compartilham ou dividem


responsabilidades e atribuições?

AULA 3 | SER GESTOR(A) MUNICIPAL DO SUS 10


Ser Gestor(a) do SUS é responsabilizar-se pela
garantia do direito à saúde. Significa dizer que o
gestor do SUS possui a autoridade sanitária, em
cada esfera de governo, para agir segundo as
dimensões:

ÉTICA

POLÍTICA

TÉCNICA

ADMINISTRATIVA

Estas dimensões de caráter e, também, educativas


estão orientadas pelas Leis Orgânicas da Saúde e
são pautadas pelos princípios doutrinários do SUS,
quais sejam:

AULA 3 | SER GESTOR(A) MUNICIPAL DO SUS 11


UNIVERSALIDADE
Determina que todos os cidadãos brasileiros,
sem qualquer tipo de discriminação, têm direito
ao acesso às ações e aos serviços de saúde.

Saúde é um direito de todos e dever do


Estado.

Cabe ao poder público cumprir a provisão de


serviços e ações que lhe garanta a
universalização. O desafio é oferecer serviços e
ações de saúde a todos que deles necessitem,
enfatizando as ações preventivas e o tratamento
de agravos.

AULA 3 | SER GESTOR(A) MUNICIPAL DO SUS 12


INTEGRALIDADE
Determina que se deve atender a cada um de
acordo com as suas necessidades, inclusive nos
níveis de complexidade diferenciados.
Materializa-se em um conjunto articulado de
ações e serviços de saúde preventivos e
curativos, individualizados e coletivos, em cada
caso, nos níveis de complexidade do sistema.

Busca-se garantir ao indivíduo a assistência à


saúde que transcenda a prática curativa,
completando o indivíduo em todos os níveis de
atenção e considerando o sujeito inserido em
cada contexto: social, familiar e cultural.

AULA 3 | SER GESTOR(A) MUNICIPAL DO SUS 13


EQUIDADE
EQUIDADE
A equidade deve ser entendida como “tratar os
diferentes de forma diferente”. Mas como isso se
materializa no agir da gestão? A busca incessante
pela redução substantiva das desigualdades em
saúde no município requer do gestor esforços no
sentido de mapear as desigualdades em sua
cidade, e simultaneamente, identificar estratégias
da gestão necessárias para reduzi-las. Lembre-se
que populações e grupos em situação de
vulnerabilidade geralmente são invisibilizados, têm
os piores índices de saúde, sofrem exclusão e têm
dificuldade de acessar direitos, a começar pela
saúde.

AULA 3 | SER GESTOR(A) MUNICIPAL DO SUS 14


Assim, o(a) Gestor(a) Municipal do SUS deve zelar
pelo cumprimento de um dos direitos
fundamentais da Constituição Federal de 1988
(CF/88): o direito à saúde, produto da luta
social no Brasil dos anos 1980 e impulsionado
pelo anseio popular pela justiça social e pela
Reforma Sanitária.

Como autoridade sanitária, o(a) Gestor(a)


Municipal do SUS assume a responsabilidade
pública de agir na garantia da continuidade e
da consolidação de políticas de saúde de
acordo com as diretrizes constitucionais e
legais do SUS, e que, portanto, não se encerra
no período de um governo.

AULA 3 | SER GESTOR(A) MUNICIPAL DO SUS 15


Mas como age o(a) gestor(a) diante de suas
responsabilidades pública e coletiva?

Seu agir político exige mediação e diálogo


permanentes, intra e intersetorial:

Com as demais esferas de gestão;

Com gestores municipais do SUS em seu estado e


de sua região;

Com o Prefeito e demais setores da prefeitura;

Com trabalhadores da saúde e a população;

Com diferentes setores do município;

Com os chefes e os representantes dos demais


poderes e com a população.

16
A mediação e o diálogo aqui abordados
ocorrerão seja por meio de representantes ou
de lideranças instituídas.

Vale ressaltar que muitos desses espaços de


diálogo já existem e estão previstos no
arcabouço jurídico normativo do SUS como
instâncias de negociação e decisão.
 
Ser Gestor(a) do SUS se afirma no agir
político, que também é técnico e ético.
 
Você já sabe, mas não custa reforçar!

AULA 3 | SER GESTOR(A) MUNICIPAL DO SUS 17


GESTÃO NO SUS E
SUAS DIMENSÕES

18
Como dissemos anteriormente, as dimensões do
trabalho de gestão no SUS são bem extensas e
complexas e para exercer o cargo de gestor(a) da
saúde exige-se muita disciplina, principalmente
em um cenário de emergência pandêmica, tal
qual estamos vivenciando.
 
A atuação do(a) gestor(a) do SUS se
consubstancia por meio do exercício das funções
gestoras na saúde.

Essas funções articulam os saberes e as práticas


de gestão, nas dimensões necessárias para a
implementação de políticas na área da saúde,
que devem ser exercidas de forma coerente com
os princípios do sistema público de saúde e da
gestão pública.

Por isso, ao lado das dimensões política, técnica e


ética, acrescenta-se, também, a dimensão
administrativa.

AULA 3 | GESTÃO NO SUS E SUAS DIMENSÕES 19


Embora o setor de saúde seja diferente, as
características de uma gestão da saúde são
parecidas com as características das gestões
de outras áreas.

Há que se fazer um trabalho de muita sinergia


entre a dimensão técnica e a dimensão
administrativa para que o resultado final seja
uma administração não só eficiente, mas,
sobretudo, repleta de efetividade social para a
população no campo da saúde.

AULA 3 | GESTÃO NO SUS E SUAS DIMENSÕES 20


É necessário que o(a) gestor(a) tenha uma visão
tática de acordo com o planejamento estratégico da
secretaria municipal de saúde e de forma clara e
objetiva.

Um dos seus principais papéis é proporcionar a


liderança local, pois, como já vimos, o gestor
municipal de saúde é a principal autoridade sanitária
no município, além de ser o principal agente de
articulação, promoção e melhoria nos serviços de
saúde prestados à população.

Veja agora estas quatro dimensões


articuladas aos saberes necessárias à
gestão, principalmente, no SUS!

AULA 3 | GESTÃO NO SUS E SUAS DIMENSÕES 21


DIMENSÃO ÉTICA

A ética manifesta-se para nós de maneira


imperativa, como exigência moral, sentida no
espírito como um dever, que se relaciona com a
cultura, crenças e normas de uma comunidade.
A atuação do gestor do SUS, do ponto de vista
ético, é pautada pelo princípio da
responsabilidade, o que implica cuidado com a
questão pública, e visa à adoção de postura
consciente, solidária, responsável e virtuosa.
A atitude de cuidar é uma ocupação e
preocupação; é responsabilização da gestão com
o outro e a preservação da vida.

“Ética é a resistência à crueldade do mundo e à


barbárie humana”
Edgar Morin

AULA 3 | GESTÃO NO SUS E SUAS DIMENSÕES 22


23
DIMENSÃO POLÍTICA

A atuação política do(a) gestor(a) do SUS se


realiza em seu relacionamento permanente com
diversos grupos e atores sociais, nos diferentes
espaços de negociação e pactuação. A interação
deve se dar com vereadores, prefeito, Ministério
Público, Comissões Intergestores Regional,
Bipartite e Tripartite e os Conselhos.

Lembre-se! Esta dimensão marca a democracia,


ao mediar as relações em busca da gestão
pública de qualidade, eficaz, eficiente, honesta,
transparente, que preste contas e dialogue com
sua região de saúde.

A democratização da gestão municipal do SUS


perpassa pela utilização de tecnologia de
informação, tanto para ampliar a eficácia e
eficiências na prestação de serviços, quanto um
elemento de responsabilização.

Nos espaços de gestão compartilhada do SUS a


tomada de decisão se dá de forma colaborativa,
cooperativa, em rede e participativa.

AULA 3 | GESTÃO
Aula 2 |NO SUS E SUAS
Orientações DIMENSÕES
para estudar a distância 24
Interação do(a) gestor(a) de saúde do SUS
municipal na dimensão política:

Espaço com vereadores: relação com a base,


relação com a oposição, acompanhamento da
gestão;

Espaço com prefeito: staff político do prefeito, o


programa de governo da atual gestão, a governança
da Secretaria Municipal de Saúde (formulação da
equipe de gestão);

Articulação com outros secretários municipais no


município: existência de compromissos com o TCE,
projetos intersetoriais, componentes do programa de
governo eleito, articulação para apoio mútuo;

Espaço com o Ministério Público: existência de


compromissos anteriores, relação institucional.

Lembre-se sempre que a gestão municipal do SUS


precisa evitar o distanciamento entre os poderes e
superar os conflitos sociais e políticos. É preciso focar
na pluralidade dos interesses sociais em busca da
satisfação dos direitos fundamentais, sendo este o seu
dever enquanto gestor(a) do SUS, para a gestão de um
município voltado ao bem-estar social.
25
As Comissão Intergestores Bipartites (CIB) e
as Comissão Intergestores Tripartites (CIT)
são imprescindíveis no processo de
aproximação e diálogo. Foram reconhecidas
como foros de negociação e pactuação entre
gestores, relacionados aos aspectos
operacionais do SUS.

Quanto aos objetivos das comissões CIB e CIT


você já sabe, mas não custa reforçar. Objetivam:

➔ Decidir sobre os aspectos operacionais,


financeiros e administrativos da gestão
compartilhada do SUS, em conformidade com a
definição da política consubstanciada em
planos de saúde, aprovados pelos conselhos de
saúde;

➔ Definir diretrizes de âmbitos nacional, regional e


intermunicipal a respeito da organização das
redes de ações e serviços de saúde,
principalmente no tocante à sua governança
institucional e à integração das ações e serviços
de saúde dos entes federados;

➔ Fixar diretrizes sobre as regiões de saúde,


distritos sanitários, integração de territórios,
referência e contrarreferência e demais
aspectos vinculados à integração das ações e
serviços de saúde entre os entes federados.

AULA 3 | GESTÃO NO SUS E SUAS DIMENSÕES 26


O Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde (CONASEMS) também se
inserem neste processo. Foram reconhecidos
como entidades representativas dos entes
estaduais e municipais, respectivamente, para
tratar de matérias referentes à saúde e
declarados de utilidade pública e de relevante
função social. Podem receber recursos do
orçamento geral da União por meio do Fundo
Nacional de Saúde para auxiliar no custeio de
suas despesas institucionais, podendo, ainda,
celebrar convênios com a União.

Para os Conselhos de Secretarias Municipais de


Saúde (COSEMS), o reconhecimento se dá
enquanto entidades que representam os entes
municipais no âmbito estadual para tratar de
matérias referentes à saúde, desde que
vinculados institucionalmente ao CONASEMS.

27
Assim, é sempre bom lembrar que para o alcance
da pluralidade, as questões de governança
também são fortes aliadas na dimensão política,
que é peça fundamental na máquina pública
para a eficácia do processo de planejamento,
gestão e, principalmente, transparência.

Esta dimensão marca a democracia e, ao mediar


as relações, busca uma gestão pública de
qualidade, eficaz, eficiente, honesta, transparente,
que preste contas e dialogue com sua região de
saúde.

AULA 3 | GESTÃO NO SUS E SUAS DIMENSÕES 28


Além das relações do(a) gestor(a) com as
figuras políticas, com a sua equipe técnica e
com o controle social, o(a) gestor(a), também,
deve considerar o papel do governo
eletrônico.

A transparência na gestão pública e o acesso


à informação, como disposto na Lei nº
12.527/2011, são mudanças de paradigma, um
novo conceito de governo, e sua aplicação na
administração pública do SUS tem como
objetivo melhorar os serviços e a informação
oferecida, simplificar processos de suporte
institucional e facilitar a criação de canais que
permitam aumentar a transparência e a
participação cidadã, como no caso das
ouvidorias.

Neste ponto, a utilização de tecnologia de


informação, tanto para ampliar a eficácia e
eficiências na prestação de serviços, quanto
um elemento de responsabilização é,
portanto, a democratização da gestão
municipal do SUS.

AULA 3 | GESTÃO NO SUS E SUAS DIMENSÕES 29


DIMENSÃO TÉCNICA

É nessa dimensão que se dá a formulação de


políticas, a elaboração do planejamento local e o
planejamento regional integrado, além de ações
de regulação, coordenação, controle, avaliação e
execução direta de serviços e,
consequentemente, financiamento para todos os
custeios e investimentos que se façam
necessários.

Ao definir e aplicar técnicas e métodos que


contribuam para melhorar os resultados da
gestão e da vida social, a ação do gestor deve ser
guiada por evidências científicas que sustentem
sua tomada de decisão.

AULA 3 | GESTÃO NO SUS E SUAS DIMENSÕES 30


Vamos relembrar que a configuração da atuação
do(a) Gestor(a) Municipal do SUS vem se
reformulando desde a promulgação da nossa
Constituição, a partir de 1988, quando várias
atividades foram atribuídas aos municípios, como:

➔ As funções relativas à coordenação do


sistema em seu âmbito, como a
organização das portas de entrada do
sistema;

➔ O estabelecimento de fluxos de
referência;

➔ A integração da rede de serviços;

➔ A articulação com outros municípios


para referências;

➔ A regulação e a avaliação dos


prestadores públicos e privados situados
em seu território.

AULA 3 | GESTÃO
Aula 2 |NO SUS E SUAS
Orientações DIMENSÕES
para estudar a distância 31
DIMENSÃO
ADMINISTRATIVA
Configura-se pelas ações administrativas: a
gestão de pessoas, o cuidado com o patrimônio, a
prestação de contas e as questões de
manutenção da máquina pública, necessários
para o pleno funcionamento dos programas,
projetos e ações técnicas essenciais à promoção
de saúde, minimização de riscos e agravos
visando a qualidade de vida.

Destaque para a questão da gestão de pessoas,


que se caracteriza de forma intensa pelo
emprego de trabalhadores do SUS, numa relação
interprofissional e interdependente, o que
caracteriza uma rede complexa de interesses
pessoais, profissionais e sociais que o gestor
municipal do SUS deve coordenar e liderar com
ética.

AULA 3 | GESTÃO NO SUS E SUAS DIMENSÕES 32


Tecnicamente, o(a) gestor(a) do SUS precisa
articular saberes e práticas de gestão para
cumprir suas atribuições e funções, o que exigirá
um conjunto de conhecimentos, habilidades e
experiências nas áreas da administração pública,
governança, planejamento e cuidado em saúde
para execução das políticas de saúde.

33
GESTÃO
COMPARTILHADA
DA SAÚDE
34
A Constituição Federal de 1988, conhecida como
“Constituição Cidadã”, é a revelação clara do pacto
federativo brasileiro, consolidado no bojo da
redemocratização política do país.

Foi um marco decisivo, pois pela primeira vez o


setor saúde foi contemplado de forma clara e
efetiva, conforme consta no artigo 196:

“A saúde é direito de todos e dever do Estado,


garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações
e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.”

AULA 3 | GESTÃO COMPARTILHADA DA SAÚDE 35


Cabe destacar três aspectos importantes
registrados na Constituição Federal (CF/88):

01
Universalização do direito à saúde
por meio do Sistema Único de
Saúde – SUS (Arts. 196 a 200);

02
Institucionalização dos Municípios
como entes federativos com status
jurídico-constitucional tal qual a
União e os Estados (Art. 18);

03
Estabelecimento de um modelo de
federalismo cooperativo, no qual os três
entes governamentais são corresponsáveis
pela política de saúde (Arts. 23 e 24).

AULA 3 | GESTÃO COMPARTILHADA DA SAÚDE 36


Diante da inter-relação desses aspectos
doutrinários, os municípios passam a exercer
papel fundamental para a consolidação do SUS.
Não obstante, a CF/88 definiu saúde como direito
de cidadania (Art. 196), cujo financiamento é
compartilhado entre os entes (Art. 197) e com
organização regionalizada e hierarquizada,
constituindo um sistema único de acordo com as
seguintes diretrizes:

01 Descentralização, com direção


única em cada esfera de governo;

02
Atendimento integral, com
prioridade para as atividades
preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;

03 Participação da comunidade (Art. 198).

AULA 3 | GESTÃO COMPARTILHADA DA SAÚDE 37


Ao instituir os municípios como entes federativos,
a CF/88 lhes atribui responsabilidades legislativas,
tributárias e de prestação de serviços públicos,
como a saúde (Art. 30).

Entretanto, a CF/88 não definiu a saúde como


atribuição exclusiva dos municípios, pelo
contrário, foi estabelecido como competência
comum, cabendo aos três entes a
responsabilidade pela garantia do acesso
universal.

Temos, portanto, um modelo baseado no


compartilhamento de funções entre as esferas de
governo no âmbito das políticas sociais, o que
permite flexibilidade na distribuição de
responsabilidades entre os entes com diferentes
capacidades administrativas e financeiras.

AULA23 || Orientações
Aula GESTÃO COMPARTILHADA
para estudar aDA SAÚDE
distância 38
Contudo, para funcionar bem e gerar bons
resultados é necessário que a federação
desenvolva mecanismos de gestão
compartilhada, promovendo diálogo para
negociação e pactuação entre as diferentes
esferas de governo de aspectos operacionais do
SUS.

Ou seja, para a implementação do SUS é


necessária a definição de papéis e
responsabilidades de cada ente, bem como levar
em conta a diversidade regional do país.

O SUS busca fazer isso desde a sua criação, em


espaços conhecidos como foros de negociação e
pactuação: as Comissões Intergestores.

AULA 3 | GESTÃO COMPARTILHADA DA SAÚDE 39


Comissões Intergestores se dividem em:

CIR CIB CIT

Tripartite
CIR: de âmbito Bipartite (CIB), (CIT) de
regional, é de âmbito âmbito
vinculada à estadual, onde nacional, onde
Secretaria representantes representante
da Secretaria s do Ministério
Estadual de
Estadual de da Saúde, das
Saúde para Secretarias
Saúde e
efeitos representantes Estaduais por
administrativos e dos Secretários meio do
operacionais, e Municipais de CONASS e
deve observar as Saúde por Secretarias
diretrizes da CIB. meio dos Municipais de
COSEMS se Saúde por
reúnem. meio do
CONASEMS se
reúnem.

Estas comissões são reconhecidas como instâncias de


pactuação consensual entre os entes federativos para
definição das regras da gestão compartilhada.

Saiba mais sobre as comissões na Lei n° 8080/90, Lei


Orgânica da Saúde nº 8142/90 e Lei Complementar nº
141/12.

AULA 3 | GESTÃO COMPARTILHADA DA SAÚDE 40


Cabe às Comissões Intergestores:

01
Decidir sobre os aspectos operacionais,
financeiros e administrativos da gestão
compartilhada do SUS, em conformidade com a
definição da política consubstanciada em
planos de saúde, aprovados pelos conselhos de
saúde;

Definir diretrizes de âmbitos nacional,

02
regional e intermunicipal a respeito da
organização das redes de ações e
serviços de saúde, principalmente no
tocante à sua governança institucional e
à integração das ações e serviços dos
entes federados;

03
Fixar diretrizes sobre as regiões de saúde,
distritos sanitários, integração de territórios,
referência e contrarreferência e demais
aspectos vinculados à integração das ações e
serviços de saúde entre os entes federados.

VALE DESTACAR!
A Lei 12.466/2011 reconhece o Conselho Nacional de Secretários
de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde (CONASEMS) como entidades
representativas dos entes estaduais e municipais para tratar de
matérias referentes à saúde.
41
Ainda há um espaço de diálogo entre
gestores nas regiões de Saúde. Este foro
regional é denominado de Comissão
Intergestores Regional (CIR).

Prevista no Decreto nº 7508/11, a CIR, de


âmbito regional, é vinculada à Secretaria
Estadual de Saúde para efeitos
administrativos e operacionais e deve
observar as diretrizes da CIB.

Mais adiante destacaremos o papel da


CIR na organização das redes de atenção
à saúde, principalmente, no tocante à
gestão institucional e à integração das
ações e serviços dos entes federativos nas
regiões de saúde.

AULA 3 | GESTÃO COMPARTILHADA DA SAÚDE 42


Articulação Interfederativa

NO ÂMBITO
NACIONAL

NO ÂMBITO DO NO ÂMBITO DA
ESTADO REGIÃO DE SAÚDE

Configura-se, desta maneira, a construção


de um projeto audacioso para a organização
do sistema público de saúde brasileiro, que
busca ser, em um só tempo, de gestão
tripartite, nacional e universal, mas
também descentralizado, unificado e
hierarquizado e com a integralidade da
atenção no território.

AULA 3 | GESTÃO COMPARTILHADA DA SAÚDE 43


O PAPEL DO(A)
GESTOR(A) NA
EFETIVAÇÃO DO SUS

44
E como se apresenta para os gestores dos
5.570 municípios a responsabilidade da
efetivação do SUS, considerando todo o
arcabouço legal e normativo já instituído?

O desafio está em promover o diálogo com


a pluralidade dos grupos e atores sociais,
demandantes das políticas de saúde, que
constroem e vivenciam esse Sistema.

Identificamos que o(a) gestor(a) do SUS é


o(a) mediador(a) em diferentes planos e
espaços. Para tanto, exige-se que esse(a)
gestor(a) desenvolva uma capacidade de
compor entendimento sobre as suas
responsabilidades e a (co)responsabilização
daqueles que compartilham de suas ações.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 45


Nesse sentido o imperativo para Ser
Gestor(a) do SUS, se configura na atuação
cotidiana de mediação a fim de manter o
permanente diálogo com os diferentes
atores sociais e instâncias de negociação e
pactuação, seja no âmbito central do
sistema, seja com a equipe que o apoia.

Vejamos alguns pressupostos dessa


atuação:

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 46


PRESSUPOSTOS

PARA SER GESTOR(A) DO SUS É PRECISO


MANTER DIÁLOGO PERMANENTE COM O
1 CONTROLE SOCIAL INSTITUÍDO, COM A
COMUNIDADE E COM A SOCIEDADE
CIVIL ORGANIZADA.

Não é por acaso que a CF/88 se expressa


como o texto constitucional mais
1.1 democrático que o país já produziu,
consagrando um contexto favorável à
participação dos cidadãos nos processos
de tomada das decisões políticas
essenciais ao bem-estar da população.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 47


PRESSUPOSTOS

A instituição dos Conselhos de Políticas


Públicas, especialmente os Conselhos de

1.2 Saúde, configura-se como espaços onde os


cidadãos participam do processo de
tomada de decisões na Administração
Pública, do processo de fiscalização e de
controle dos gastos públicos, contribuindo
de forma decisiva para avaliação dos
resultados alcançados pela ação
governamental.

Mais adiante em nosso curso destacaremos


em detalhes o papel do Controle Social no
SUS.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 48


PRESSUPOSTOS

SER GESTOR(A) DO SUS É MANTER


DIÁLOGO PERMANENTE COM OS

2 TRABALHADORES DA SAÚDE,
ENTENDENDO-OS COMO ATORES
PRINCIPAIS NA CONSOLIDAÇÃO DAS
PRÁTICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO.

É necessário que os gestores aperfeiçoem


e busquem alternativas de atuação que
garantam a eficiência de suas ações,

2.1 consolidando os vínculos entre os serviços


e a população, promovendo, além do
acesso, a qualificação necessária ao
acolhimento e ao cuidado dos usuários dos
serviços de saúde.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 49


PRESSUPOSTOS

Hoje são reconhecidas novas necessidades


de saúde da população brasileira,

2.2 decorrentes, principalmente, de alterações


no perfil demográfico, com aumento da
população idosa, alterações no padrão de
adoecimento e morte da população
brasileira, com aumento expressivo das
Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT) e da mortalidade por causas
externas, como violência e acidentes.

Por outro lado, o sistema de saúde visto


como um conjunto articulado de ações e
serviços voltado para a promoção da saúde
e para o enfrentamento de riscos ou
agravos apresentados pelos indivíduos em
uma dada sociedade, possui como
finalidade principal ofertar o cuidado em
saúde.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 50


PRESSUPOSTOS

Aqui vale esclarecer o que se entende por


cuidado ofertado por um sistema de
2.3 saúde, que guarda relação com:

➔ A qualidade das práticas


profissionais que aí se
desenvolvem;

➔ A organização interna
dos serviços de saúde;

➔ A organização sistêmica.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 51


PRESSUPOSTOS

Esta reorganização, que visa superar a


fragmentação do modelo de

2.4 atenção, extrapola e se reflete tanto na


organização dos serviços quanto nas
práticas dos profissionais de saúde.

Para superação dessa fragmentação,


devem ser priorizados: o
fortalecimento da Atenção Básica (AB);
a Estruturação da Rede de Atenção à
Saúde (RAS); e a integração dos
processos de trabalho nos serviços de
saúde e das práticas profissionais.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 52


PRESSUPOSTOS

SER GESTOR(A) DO SUS É MANTER


3 DIÁLOGO PERMANENTE COM SEUS
PARES NA REGIÃO DE SAÚDE.

Não há município no Brasil que seja


plenamente suficiente para executar todas
as ações de atenção à saúde.

A responsabilidade do governo municipal


pela saúde de seus cidadãos não termina

3.1 nos limites do município. A garantia do


atendimento integral a este cidadão, ou
seja, a eventual necessidade de
complementaridade da assistência, mesmo
fora do município, é uma
corresponsabilidade da gestão municipal.

A gestão do SUS é, em sua essência, um


ato de negociação e pactuação da política
local, regional, estadual e nacional.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 53


PRESSUPOSTOS

Repara-se nesse movimento a ênfase dada à


regionalização como estratégia a ser firmada

3.2 na relação entre gestores municipais, na sua


região e no estado.

O encontro entre esses atores é capaz de


produzir consensos que constroem um SUS
vivo e viável para toda a gestão.

O SUS é um sistema dinâmico cuja


regionalidade está em permanente
transformação.

Portanto, o gestor municipal deve participar


ativamente das reuniões da CIR e atuar na
condução e formatação da região de saúde e
suas interrelações com os demais municípios,
e esses com outras esferas de poder.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 54


PRESSUPOSTOS

Nenhum estado ou município tem


autoridade ou autonomia para deliberar

3.3 sobre ações dentro de outro município,


conforme artigo 18 da CF/88.

Isto só pode ocorrer por meio de


resoluções colegiadas dos gestores e,
mesmo assim, apenas a partir de
consensos regionais construídos em CIR e
em CIB.

O SUS deve ser construído com base


numa relação harmoniosa, solidária e de
respeito à autonomia de cada ente
federado. Vale ressaltar que a gestão não
estará completa se o gestor não participar
da negociação regional.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 55


PRESSUPOSTOS

4
SER GESTOR É MANTER DIÁLOGO
PERMANENTE COM OS PODERES
LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO.

Como destacado anteriormente o Brasil é


uma república federativa formada por
entes autônomos: a União, os Estados, o
Distrito Federal e os municípios.

No entanto, para que o exercício dessa


autonomia não afronte a soberania
4.1 popular, o povo brasileiro decidiu que
aqueles que executam as leis não devem
ser os mesmos que legislam, bem como
aqueles que executam as leis e legislam
não devem ser os mesmos que julgam.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 56


PRESSUPOSTOS

Desse modo, não basta que a


autonomia seja exercida pelas

4.2 unidades federativas. É necessário que


haja a separação dos poderes em
Poder Executivo, Legislativo e
Judiciário, cada um com função
autônoma e independente.

Essa separação não prescinde de


aproximação, sendo o diálogo a peça
chave para uma relação harmônica em
busca de soluções coletivas aos
desafios da garantia do direito à saúde.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 57


PRESSUPOSTOS

SER GESTOR É RECONHECER OS


5 AVANÇOS E DESAFIOS DO SUS E SEU
PAPEL NESSA CONSTRUÇÃO.

Com a descentralização implementada


pelo SUS, a gestão municipal passou a ser
5.1 o principal contato entre o usuário e o
Poder Público.

Os problemas de saúde passam a ser


responsabilidade do governo municipal,
que executa as ações de atenção à saúde,
cabendo ao Estado e à União o papel de
apoio técnico e financeiro, de acordo com
o artigo 30 da CF/88.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 58


PRESSUPOSTOS

O município transformou-se no principal


protagonista nesta organização e, neste
5.2 sentido, um programa de governo
municipal para a saúde passa a ser, de
fato, uma estratégia importante para
contribuir na melhoria da qualidade de
vida e de saúde.

Este programa de governo é escolhido


pelo voto local, no momento da eleição do
prefeito.

Cabe, portanto, ao gestor da saúde


utilizar esse plano de governo como uma
das fontes de seu planejamento, uma vez
que o prefeito foi escolhido
democraticamente pelo voto dos
munícipes que o elegeram com base
nessa proposta.

AULA 3 | O PAPEL DO GESTOR(A) NA EFETIVAÇÃO DO SUS 59


DESAFIOS DO(A)
GESTOR(A) DO SUS

60
O caminhar do SUS, embora marcado por
avanços, enfrenta entraves significativos
para a sua consolidação.

Apesar dos avanços observados na oferta


de serviços pelo SUS a milhões de
brasileiros, anteriormente excluídos, na
estruturação de rede descentralizada de
ações e serviços de saúde, da grande
produção de ações e serviços de saúde com
contribuições significativas na melhoria do
estado de saúde dos brasileiros, ainda são
grandes os seus desafios.

61
Vale destacar que estão entre os principais
desafios:

➔ A estruturação de rede descentralizada


de ações e serviços de saúde;

➔ A grande produção de ações e serviços


de saúde com contribuições
significativas na melhoria do estado de
saúde dos brasileiros;

➔ o subfinanciamento histórico e crônico


do SUS;

➔ o amadurecimento de seu modelo de


gestão tripartite;

➔ a superação da fragmentação do
modelo de atenção com qualificação de
suas práticas;

➔ a formação de profissionais da saúde


voltados para o SUS, bem como a
fixação desses profissionais em áreas
remotas;

➔ os limites impostos pela Lei de


Responsabilidade Fiscal;

➔ a gestão da judicialização, entre outros.

AULA 3 | DESAFIOS DO(A) GESTOR(A) DO SUS 62


Mas, mesmo diante de tantos desafios e
entraves, os gestores têm vivência cotidiana de
que é “possível fazer” com conhecimento,
compromisso político, apoio e coletivos fortes e
participantes, pois antes de tudo, sabem que o
SUS é imprescindível para a defesa da saúde e
da vida.

AULA 3 | DESAFIOS DO(A) GESTOR(A) DO SUS 63


Com base no que foi estudado, reflita e responda
as questões:

➔ Como é possível aplicar no dia a dia do


gestor as dimensões aqui abordadas?

➔ Você sabe qual o desafio de ser um(a)


gestor(a) do SUS?

➔ O desafio está em interagir com a


população dos grupos e atores sociais
demandantes das políticas de saúde e que
constroem e vivenciam esse sistema?

➔ Ou o desafio também está em ser o


mediador em diferentes planos e espaços
onde se exige desenvolver uma capacidade
e compor entendimento sobre suas
responsabilidades e as corresponsabilidades
daqueles que compartilham de suas ações?

Caso tenha dificuldades em responder, reveja o


conteúdo estudado.

64
FINALIZANDO...

Vimos até aqui que o(a) gestor(a) do SUS


é o representante do governo designado
para o desenvolvimento das funções do
executivo na saúde.

No seu processo de trabalho, a condução


ética é o alicerce de sua interação política,
tão necessária para manter a sua relação
harmônica com seus pares e com o poder
legislativo da cidade, bem como com o
conselho municipal de saúde.

65
REFERÊNCIAS

66
REFERÊNCIAS
➔ 1.CONASEMS. Manual do(a) Gestor(a)
Municipal do SUS. Brasília. 2021
➔ 2.BRASIL. Constituição da República
Federativa do Brasil. Diário Oficial da União.
Brasília: Congresso Nacional, 05 out 1988.
➔ 3.______. Presidência da República. Casa Civil.
Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.
Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências.
➔ 4.______. Presidência da República. Casa Civil.
Lei nº8142 de 28 de dezembro de 1990. Dispõe
sobre a participação da comunidade na
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e
sobre as transferências intergovernamentais
de recursos financeiros na área da saúde e
dá outras providências.
➔ 5.______. Presidência da República. Casa Civil.
Lei nº 12466 de 24 de agosto de 2011.
Acrescenta arts. 14-A e 14-B à Lei no 8.080, de
19 de setembro de 1990, que “dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes
e dá outras providências”, para dispor sobre
as comissões intergestores do Sistema Único
de Saúde (SUS), o Conselho Nacional de
Secretários de Saúde (Conass), o Conselho
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
(Conasems) e suas respectivas composições, e
da outras providências

AULA 3 | REFERÊNCIAS 67
➔ 6. _____. Presidência da República. Casa Civil. Lei
Complementar nº 141 de 13 de janeiro de 2012.
Regulamenta o § 3o do art. 198 da Constituição
Federal para dispor sobre os valores mínimos a
serem aplicados anualmente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios em ações
e serviços públicos de saúde; estabelece os
critérios de rateio dos recursos de transferências
para a saúde e as normas de fiscalização,
avaliação e controle das despesas com saúde
nas 3 (três) esferas de governo; revoga
dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro
de 1990, e 8.689, de 27 de julho de 1993; e dá
outras providências.
➔ 7._____ Presidência da República. Casa Civil. Lei
nº12527 de 18 de novembro de 2011.Regula o
acesso a informações previsto no inciso XXXIII do
art. 5º , no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do
art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei nº
8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº
11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei
nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras
providências.

AULA 3 | REFERÊNCIAS 68

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