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Dinis
Disciplina: Equitação
Ano: 2º ano
Conteúdos
1. Psicologia do cavalo
1.1. Os sentidos
1.2. Aprendizagem das perceções
1.3. Associação de sensações
1.4. Aptidão física
1.5. Temperamento e personalidade
1.6. Capacidade de assimilação
1.7. A atenção
1.8. O à vontade
Critérios de avaliação:
Saber (30%)
Saber fazer (50%)
Saber estar (20%)
1.1. Os sentidos
1.1.1. Visão
Humanos
Cavalos
Assim, tem-se por cores que causam mais impacto nos cavalos o azul, preto, branco e
amarelo e, como as que causam menos impacto nos cavalos o castanho, verde, vermelho e
cinzento.
“Existe uma relação inversa entre campo visual e a percepção auditiva. Os cavalos têm uma
má percepção auditiva que é colmatada pelo amplo campo visual. A posição das orelhas
mostram para onde está focada a sua atenção.”
1.1.3. Olfacto
• Reflexo de “Fleming”;
1.1.4. Tacto
A utilização criteriosa da "LEI DA ASSOCIAÇÃO DAS SENSAÇÕES" leva à obediência mas para tal o
cavaleiro tem de ser:
• Generoso – Nas festas ou outras compensações;
• Firme e justo – no castigo ou correção.
Cada raça de cavalo possui suas particularidades morfológicas, uma índole típica, como
também as suas aptidões para o trabalho, desporto ou para o lazer e andamentos variados.
Podemos dividir as raças de equinos em dois grandes grupos, conforme o seu tipo de andamento
predominante: O Trote e a Marcha.
Dentro das raças de cavalos, apenas três recebem o nome de puro-sangue: o cavalo
árabe, o inglês e o lusitano. O cavalo puro-sangue lusitano é um dos que mais se destaca por ter
um temperamento que, ao mesmo tempo em que é dócil, apresenta segurança e coragem. Um
dos animais mais recomendados e usados em competições equestres.
Origem
É uma das mais puras e antigas raças de cavalos do mundo e que praticamente entrou na
formação de quase todas as raças modernas. Selecionada no deserto da Península Arábica, entre
o mar Vermelho e o Golfo Pérsico, por onde vagavam algumas tribos nómadas, a quem se deve a
pureza sanguínea na seleção do cavalo árabe e a importância dada às éguas mães – Koheilan,
Seglawi, Ibeion, Handani e Habdan, as cinco éguas que serviram de matrizes para as cinco
principais linhagens que compõe a raça Árabe até aos nossos dias.
Características
Cavalo com altura média de 1.50m, podendo atualmente chegar até 1.58m, possui cabeça
de forma triangular com perfil côncavo, orelhas pequenas, olhos grandes arredondados e muito
salientes, narinas dilatadas, ganachas arredondados, boca pequena, pescoço alto e curvilíneo na
sua linha superior, peito amplo, tórax amplo, dorso e rim médios, garupa horizontal e saída de
cauda alta que permanece elevada durante o movimento.
Seu trote e galope são amplos e cadenciados, com muito garbo, tendo temperamento
muito vivo e grande resistência. As pelagens básicas são alazã, castanha, tordilha e preta.
(M13) UFCD 3002 – Equinicultura – generalidades sobre desbaste
Professor: Miguel Duarte Mansos
Aptidões
Pelas suas características são aptos aos desportos hípicos de salto e ensino em categorias
intermédias, resistência e trabalhos agropecuários.
História
É impossível definir a origem do Puro Sangue Inglês. Sabe-se que entre os séculos XVII e
XVIII, foram feitos cruzamentos de cavalos ingleses com éguas importadas da Península Ibérica,
Turquia e Itália a fim de incrementar a velocidade dos cavalos de corrida, desporto muito popular
em Inglaterra.
Características
Cavalo de médio para grande porte, pelagem castanha ou tordilha, geralmente sólida,
com perfil reto e olhos grandes. A raça está presente na formação das principais raças modernas
de cavalos de desporto.
Aptidão
Origem
Acredita-se que a raça puro-sangue lusitano teve origem nos lendários cavalos da
Península Ibérica, recebendo algum toque dos cavalos puro-sangue árabes, assim como dos
espécimes da região norte da África.
Características
Antigamente, os cavalos de tiro eram utilizados como força motriz. Pela sua resistência e
altura, eram úteis em atividades agrícolas ou puxando carros e carruagens. Os cavalos de tiro
pesado moviam máquinas, enquanto, os de tiro leve eram utilizados para mover coisas em uma
velocidade maior.
Ainda hoje, as raças de cavalo de tiro são muito valorizadas pelas suas características. Sua
tipologia é dividida em cavalos de tiro pesados e leves, havendo diversas raças de entre as quais:
Shire
É a maior raça de cavalo do mundo, originária da Inglaterra. Pesa entre 800 e 1000 kg e
chega a ter uma altura de 1,60 a 1,85 metro. Originalmente utilizado para drenar pântanos, foi
alimentado, criado e cruzado com cavalos holandeses.
De cabeça larga e pescoço curto, com lombo e traseira curtos, porém possuindo os membros e
extremidades grossos. Também é excelente para o trabalho agrícola e para a movimentação de
elementos pesados.
Percheron
Vem das colinas de Perche, na França. É a mais conhecida das raças de cavalos de tração.
Seus antecedentes mais antigos foram usados durante as Cruzadas. Em 1839, ele foi exportado
para os Estados Unidos e é muito valorizado pelos agricultores do país. Atualmente, é uma raça
também usada em atividades recreativas, feiras e competições.
A raça destaca-se por ter excelentes qualidades físicas, é ágil e, ao mesmo tempo, poderosa e
resistente. De pescoço curto, cabeça e extremidades fortes, é possível encontrá-los em dois
tipos: o Percheron grande, que chega a ter 1,60 metro de altura e pesar até 1000 kg e o
Percheron pequeno, que chega a pesar cerca de 600 kg.
Existe desde a Idade Média, vindo da região da Bretanha e França. Foi cruzado com raças
árabes, alemães e de puro-sangue. Sua força e rapidez o tornam especial para trabalhos no
campo e de tração semirrápida. Existem três subtipos de bretões provenientes de diferentes
áreas da Bretanha, caracterizados pela sua diversidade de resistência e temperamento tranquilo.
É uma raça que tem sido muito utilizada para melhorar e criar outras.
Clydesdale
Uma raça interessante entre cavalos de tração. É o resultado de cruzamentos entre cavalos
flamengos e éguas de tração da Escócia. A raça foi melhorada ao ser cruzada com o Shire e com o
cavalo árabe. Por isso, é uma raça mais elegante, com articulações robustas. Sua força e a do
Shire são similares.
O cavalo, como qualquer outro animal, possui uma individualidade que o diferencia de
outras espécies, sendo um animal único dentro de seu grupo. Um dos elementos que
caracterizam essa individualidade é sua personalidade. Entender a personalidade do cavalo é
importante tanto para quem monta, quanto para quem possui e gosta deste belo animal.
Acreditar que os animais não possuem os mesmos traços que os seres humanos é uma
ideia equivocada. Pelo menos, no que diz respeito ao caráter e ao temperamento. E é útil saber
diferenciar e identificar essas características ao estabelecer uma relação com alguma raça de
cavalos. Sobretudo porque esses traços definirão a maneira como o animal precisa ser tratado.
Ao falar de personalidade, estamos nos referindo aos hábitos e reações que identificam o
animal e que ele apresenta durante a maior parte do tempo. Tanto no seu estábulo (boxe),
quanto nas horas de trabalho, caso o animal seja dedicado aos desportos ou outras utilizações.
Em geral, a personalidade do cavalo tende a ser tranquila. Sendo assim, com segurança e
respeito, é possível ensiná-lo.
Sendo um animal que costuma ser presa, é guiado por seus instintos e o mais comum
deles é o de sobrevivência. Em frente à possibilidade de uma ameaça, ele reage. Daí a
importância de gerar uma relação de confiança e ensinar ao cavalo como responder às atitudes
humanas.
O cavalo é um animal social, que vive em manadas quando está livre na natureza e que
manifesta suas emoções. O animal tende a ser dominante e estabelece uma hierarquia de
Como o ser humano, o cavalo se comunica com os animais de sua espécie. Por não emitir quase
nenhum som, a comunicação é feita através de movimentos corporais. A observação de seu
comportamento, dos movimentos de suas orelhas, boca, cauda e postura corporal ajudará a
saber de quais formas é possível se comunicar. Assim, será mais fácil gerar confiança e entender
sua personalidade.
Existem cavalos com uma personalidade difícil, embora não seja uma situação muito comum. Tal
característica é demonstrada a partir de atitudes particulares. São exemplos quando ele se
agacha ou move as orelhas, quando move as patas e a boca, estirando os lábios e mexendo seu
maxilar. Ou também quando ele mostra sua traseira ou seus dentes.
Nem todos os cavalos demonstram esse comportamento. Além disso, geralmente, eles não
manifestam uma personalidade problemática, pois são conhecidos por serem mansos e
amigáveis. É de grande importância o vínculo gerado com o ser humano e o grau de
conhecimento mútuo.
Personalidade e temperamento:
Além disso, ele é um animal que pode ser educado. Sua personalidade também está relacionada
à sua disponibilidade para aprender, assim como à sua vontade de treinar, sua docilidade, entre
outras características.
O temperamento tem a ver ainda com o tipo de raça ou linhagem do animal. Por isso, os cavalos
podem ser nervosos e hiperativos, precisando de mais ou menos espaço para viver.
• De sangue quente: também chamados de raça pura. Eles são mais ativos, nervosos e
alertas. Com melhor “monte”.
• De sangue morno: são os gerados a partir do cruzamento entre os de sangue quente e
frio.
• De sangue frio: geralmente são calmos, domesticados, provêm de raças mais pesadas.
Uma de suas qualidades mais valorizadas é a capacidade atlética. Sendo assim, a personalidade
do cavalo é uma característica importante a ser considerada. É ideal para o desporto:
Significado: - BIOLOGIA - capacidade fundamental de um ser vivo que lhe permite integrar, na
sua própria matéria, as substâncias e a energia captadas do meio exterior.
1.7. A atenção
Atenções:
2. Desbaste
“Desbastar um cavalo significa fazê-lo perder a sua rudeza inicial, suavizar lhe os movimentos e
fazê-lo aceitar o peso do homem nos três andamentos.”
A violência provocada por freios de enormes caimbas e esporas de rasgar a pele, foi sendo
substituída pela suavidade, oportunidade e aperfeiçoamento do acordo das ajudas, o que
implicou adaptações não apenas nos arreios a utilizar, mas também na própria colocação em
sela, dentro da “posição clássica”.
Devem ser escolhidos consoante a sensibilidade de cada cavalo, começando sempre por
utilizar o mais suave e só passar para um de efeito mais forte caso exista um apoio abusivo na
guia por parte do cavalo.
O seu ajustamento deve ser cuidadosamente efetuado e não deixado à mercê de um
tratador menos qualificado.
Procedimentos importantes:
É no picadeiro ou num local devidamente confinado para o efeito, num ambiente calmo e
que devemos iniciar este trabalho de guia, sem que ninguém, a pé ou a cavalo, o venha
perturbar.
Nas primeiras sessões até que o cavalo esteja bem para diante à ação do chicote e da voz e
encostado corretamente na guia, descrevendo os círculos com um contacto suave e regular na
guia, será útil e preciosa a ajuda de uma segunda pessoa no chicote, funcionando como um
prolongamento do braço da pessoa que segura a guia.
Esta segunda pessoa atua dirigindo-se mais por trás da garupa do cavalo quando é preciso
“tocá-lo” para diante se cai sobre o lado exterior e pesa na guia ou dirigindo-se mais à espádua
do lado interior do círculo quando o cavalo cai sobre o mesmo lado, fazendo perder o controlo
na guia .
Este trabalho é o princípio do trabalho de encurvação. Adaptando o cavalo desde a cabeça à
cauda à curvatura do círculo, permite que ele descreva o círculo fazendo os posteriores seguir
exatamente a pista desenhada pelos anteriores, havendo uma perfeita perpendicularidade do
corpo ao solo, tal como descreve Decarpentry em “Equitation Académique” no seu diagrama.
A encurvação:
Como fazer para obter uma boa encurvação com o cavalo à guia? Na encurvação, o cavalo
deve adaptar a sua coluna vertebral, da cabeça à cauda, à curvatura do círculo.
O cavalo que anda sobre o círculo deitado sobre um cone não está encurvado.
O cavalo que anda sobre o círculo como sobre um cilindro, ajustando a coluna vertebral à
curvatura do círculo da cabeça à cauda está encurvado. A forma correta e mais segura de pegar
na guia é exercer a condução com a mão do mesmo lado em que se trabalha isto é, se o cavalo
trabalha para a mão direita é a mão direita que deve conduzir e vice-versa, fazendo oitos com ela
na mão enquanto a outra mão segura o excedente da guia e suporta o chicote.
O trabalho à guia deve ser feito nos três andamentos, voltando ao passo sempre que o
cavalo force a mão no trote ou no galope – a paciência é indispensável.
Deve ter lugar num picadeiro circular ou de pequenas dimensões para evitar as defesas e
o forçar da guia e o cavalo deve estar preso com um bom e bem ajustado cabeção.
O uso de rédeas fixas no trabalho à guia é de muita utilidade, pois promove o encosto e
permite trabalhar a linha de cima, distendendo-a e arredondando-a.
Esta lição só deve ter lugar depois do cavalo aceitar bem o arreio, nos três andamentos, e
inclusive depois de o suportar com os loros descidos e soltos a baterem com os estribos nos
costados.
Com o cavalo seguro, o ajudante acerca-se do cavalo pelo lado esquerdo, afaga-o na
cabeça e pescoço, bate com a mão no vaso do arreio, estica e bate com o loro esquerdo no
arreio e pressiona-o.
Depois, lentamente, enfia o pé no estribo com a biqueira encostada à cilha, faz força para
baixo, tira o pé, volta a pôr, repete várias vezes, sempre acompanhando com a voz e as festas.