Você está na página 1de 73

Zootecnia Geral

Prof. Carlindomar Souza

Redenção – Pará – Brasil


1
Outubro de 2022
Evolução, adaptação e
importância da equideocultura

2
Estatística da Equideocultura no Brasil

Equinos Brasil
• + de 4 milhões de cabeças
• + de 1 milhão de estabelecimentos

Muares Brasil
• + de 611 mil cabeças
• + 281 mil estabelecimentos

3
Equinos-
Brasil

4
Muares-
Brasil

5
6
Par
á
Equinos Pará
• + 323 mil cabeças
• + 68 mil estabelecimentos
Muares | Pará
• + 83 mil cabeças
• + 22 mil estabelecimentos

7
Equinos-Pará

8
Muares-
Pará

9
10
11
Espécies de interesse econômico
• Cavalo: Equus caballus
• Jumento ou Asno: E. asinus
• Hemi-asno asiáticos: E. kiang (Quiangue) China, Nepal, India e
Paquistão, E. onager (Onagro), E. hemionus(Hemiono) (selvagem)

• Zebras: E. zebra, E. burchelli, E. grevejie E. quagga

12
Equus
zebra

E.
quagga

Equus
burchelli

13
Equus
kiang

Equus
asinus

Equus 14
Mul
a

15
Cruzament
o

16
Introdução
• Todas as espécies se hibridam e geram indivíduos inférteis.

Zebraval Mula ou
o Burro
17
Introdução

• Todas as espécies se hibridam e geram


indivíduos inférteis.
– Machos estéril – tem ardor sexual (libido)
– Fêmeas estéreis – raramente são registrados
mulas que deram cria

18
Origem e domesticação dos equinos

Mesohippus uma das primeiras formas tridáctilas, existentes na


América do Norte, à aproximadamente 30 milhões de anos

19
Origem e domesticação dos equinos

Origem
• Equus ferus przewalskii
– Sp menos importante
– Conhecido como cavalo selvagem da Mongólia ou “cavalo das
estepes”
– Contribuiu mais para formação de espécies locais, ou seja, cavalos
russo peludos, pequeno porte e tração ligeira, porém exclusivamente
resistentes ao cansaço.
– São os únicos a existirem atualmente

20
Origem e domesticação dos equinos

Equus ferus
przewalskii

21
Origem e domesticação dos equinos
• Origem
– Cavalo do deserto
• Conhecido como Tarpan – Eqqus ferus ferus
• Ancestral dos cavalos orientais (E. caballus
orientalis), bem proporcionados (mesomorfos) e de grande beleza e
harmonia para sela.
• Cavalo pequeno porte – 1,30m
• Extinto – último espécie morreu em um zoológico em Moscou em 1909

22
Origem e domesticação dos equinos

Equus ferus
ferus
Tarpan
23
Introdução do cavalo na América
• A introdução é atribuída a Colombo em sua segunda viagem
realizada em 1493 à ilha de São Domingos.
• Outras referências
– 1534  na capitania de São Vicente, por D. Ana Pimentel, esposa de
Martim Afonso de Souza (Ilha da Madeira) e na Argentina em Buenos
Aires, por Pedro de Mendonça

24
Introdução do cavalo na América
• Os cavalos Alter eram uma variedade da raça Andaluza,
tanto para montaria, como no tiro de carruagem de luxo,
no que se distinguia pelo garbo de seus andares.

Alter
Real

25
Origem dos cavalos brasileiros
• Outras introduções ocorreram não só pelos
colonizadores,
mas pelos invasores
• O tipo mais comum é o Berbere que os mouros levaram do
Norte da África para a península Ibérica, ao lado do cavalo
Árabe.

26
Origem dos cavalos
brasileiros

27
Origem dos cavalos brasileiros
• Asraças de cavalosbrasileirosdescendem diretamente
ou
indiretamente do Andaluz

28
Origem dos cavalos
brasileiros

29
Origem dos cavalos brasileiros
• Em quase todos os países americanos colonizados pelos
espanhóis encontram-se cavalos Andaluzes ou derivados
desta (Alter e Lusitano). Chamam a atenção pela sua beleza,
garbo, inteligência e docilidade com grande facilidade para o
adestramento.

30
A importância e situação atual da
equideocultura no Brasil e no Mundo
• A importância dos equinos passa:
– Pela guerra nas conquistas de uma civilização perante a
outra,
– Na agricultura transportando a safra e no preparo da terra
– Nas cidades no transporte de pessoas, etc

31
A importância e situação atual da
equideocultura no Brasil e no Mundo

32
A importância e situação atual da
equideocultura no Brasil e no Mundo

33
A importância e situação atual da
equideocultura no Brasil e no Mundo
• A importância dos equinos passa:
– Outro benefício foi na extinção da escravatura e na criação da
ciência veterinária

34
Atividades relacionadas aos equinos
(Agronegócio do cavalo)
• Antes da porteira
– Agentes que fornecem insumos, produtos e serviços para a criação
de cavalos
– Feno
– Selaria e acessórios
– Casqueamento e ferrageamento
– Transporte terrestre
– Educação e pesquisa
– Etc.

35
Atividades relacionadas aos equinos
(Agronegócio do cavalo)
• Dentro da porteira
– Que utilizam o cavalo de forma direta em suas
atividades
– Equoterapia
– Turismo equestre
– Cavalgadas
– Escola de equitação
– Jockey
– Exposição e eventos
• Rodeios, provas equestres, etc

36
Desafios

• Qualificação da mão-de-obra
• Linhas de financiamento específicas
• Aumentar o fomento para pesquisa,
educação e inovação tecnológica
• Melhorar os procedimentos para defesa sanitária
• Aumentar a exportação Popularizar a criação

37
MANEJO GERAL DOS
EQUINOS

38
Introdução
• O manejo define a forma com que tratamos os cavalos.

• O manejo adequado, respeitando sua natureza ou nos aproximando ao


máximo desse respeito,
– faz com que o animal tenha melhor aproveitamento possível da alimentação
que lhe destinamos, podendo assimilar o melhor desempenhar a função
genética inicialmente proposta

39
Manejo dos Equinos
• Manejo de
garanhões
• Manejo de éguas
– Vazias
– Prenhes
– Lactação
• Manejo de potros

40
Manejo de garanhões

41
Manejo de garanhões
• Devido seu comportamento viril e alto valor comercial são mantidos em
baias (3,3 x 3,0 ou 4,0 x 4,0) ou piquetes de 0,25 ha.
• Garanhões criados constantemente em baias devem ser colocados em
redondel ou piquetes, ou mesmo montados para serem exercitados.
• No redondel devem ser exercitados por 10 a 20 minutos em trote ou
galope, sendo metade do tempo para cada lado.

42
Manejo de garanhões
• Quando soltos em piquetes devem permanecer por 1 a 2 horas, devendo
o piquete ser seguro para o garanhão.
• Garanhões criados em piquetes devem ser trazidos periodicamente à
cavalariça para higiene dos cascos, crina e cauda, bem como observação
de carrapatos, feridas e tratá-los quando necessários.

43
Manejo de garanhões
• As baias dos garanhões devem ser arejadas e a cama sempre limpa.

• Os materiais utilizados são a areia, maravalha, palha de arroz, borracha,


etc.
• As fezes devem coletadas diariamente mantendo a qualidade da cama
por
mais tempo.

44
Manejo de garanhões
• Estação de monta
– Concentrado antes de iniciar a
EM
– Exame Andrológico

45
Manejo de garanhões

46
Manejo de garanhões
• Piquete – Cerca de
madeira

47
Manejo de garanhões
• Evitar
pregos

48
Manejo de Éguas
• A égua é classificada como poliéstrica sazonal

• Regiões próximas da linha do Equador Poliéstrica contínua

• Estação de monta  Período de maior luminosidade (outubro a


fevereiro)
• Programa de Luz – Sul do país (regiões com estações mais definidas)

• As éguas solteiras são submetidas a programa de luz e rufiadas a fim de


detectar o estro.

49
Manejo de Éguas
• Estro – 17,5 (+ 3,5) dias e com duração de 7,5 (+ 4,0)
dias.
• Ovulação ocorre geralmente no terço final do estro.

50
51
Manejo de Éguas
• Histórico de gestação
prolongada;
• Histórico de abortos;
• Número e sequência de partos;
• Viabilidade dos potros neonatos;
• Ciclo reprodutivo;
• Diagnósticos prévios;
• Tratamentos realizados.

52
Manejo de Éguas
Manejo reprodutivo de éguas
• Rufiação

• 1 - Garanhão levado à égua (preso pelo cabresto)


– Piquete coletivo, curral, tronco (coletivo ou individual) ou baia

• 2 - Garanhão preso em local onde as éguas tenham fácil acesso, mas não
possibilite a monta.
• 3 - Baia de rufiação – Garanhão preso

53
Manejo de Éguas- Rufiação

54
Manejo de Éguas
• A prenhez pode ser diagnosticada pelo ultrassom a partir do 13º dia de
gestação, ou por palpação retal, aos 30 ou 40 dias pós-cobertura.
• Confirmada a prenhez, a fêmea é levada para o piquete com
outras fêmeas prenhes.

55
Manejo de Éguas- DG

56
Manejo de Éguas
Éguas prenhes
• São acompanhadas diariamente no pasto por estarem prenhes.

• Com 90 dias pós-cobertura é realizada palpação retal para confirmação


da gestação.
• Caso esteja vazia, retorná-la ao lote de reprodução.

57
Manejo de Éguas Prenhes
• Gestação: 11 meses (+335 dias)

• Início da gestação
– 60% do desenvolvimento do potro ocorre durante os últimos três meses de
gestação.
– Sendo assim, o desenvolvimento que ocorre durante os primeiros oito meses
de gestação tem muito pouca influência sobre as necessidades nutricionais da
égua.
– Seus requerimentos durante o início de gestação são os mesmos
para sua manutenção.
– Durante esta fase pastagens de qualidade, minerais e água conseguem suprir
todas as suas necessidades.
58
Manejo de Éguas Prenhes
• Final de gestação
– Durante os últimos três meses de gestação, o desenvolvimento do potro
ocorre rapidamente.
– Ao nascimento pesará em torno de 9% do peso da égua. Uma fêmea de 500
kg produzirá um potro de 45 kg.
– No terço final de gestação a égua deve ganhar pelo menos 0,35 kg/dia ou
10,5 kg/mês.
• Se isso não ocorrer significa que estará usando seus próprios tecidos para
o desenvolvimento fetal. Isto influenciará sua subseqüente eficiência
reprodutiva.

59
Manejo de Éguas Prenhes
• Deve-se assegurar que a égua não se torne obesa durante a gestação.

• No terço final de gestação o requerimento nutricional da égua aumenta


devido ao maior aporte de nutrientes para o desenvolvimento fetal.
– Nessa situação torna-se necessário fornecer concentrados para suprir a
forragem disponível.

• Soma-se a maior exigência nutricional no terço final de gestação ao


espaço considerável que o feto ocupa na cavidade abdominal, contribuem
na diminuição na ingestão de forragem.

60
Manejo de Éguas Prenhes
Éguas prenhes
• 15 dias antes da data prevista do parto levá-la para o pasto maternidade,
onde permanecerá por 20 dias sendo observada diariamente.
– Este manejo permite melhor controle do parto, da cria e da manifestação do
cio do potro.

• Cio do potro  geralmente entre o 5º e o 12º dia pós-parto.

61
Pasto maternidade

62
63
Manejo de Éguas

64
65
66
67
O que é um potro normal?
• Gestação de 320 – 365 dias

• Parto normal – 30 minutos

• Esternal – 5 minutos

• mamada – 20 minutos

• Em pé – 2 horas

• Mamando – 3 horas (COLOSTRO DE BOA


QUALIDADE)

68
Manejo de Potros
• É a fase mais importante da produção de cavalos e muares, porque
podemos beneficiá-los ou prejudicá-los ao proporcionar lhes condições
favoráveis ou desfavoráveis para sua futura utilização.
• O trato que receberem influenciará a atitude futura do animal.

• O cavalo é mais fruto da alimentação, da higiene e da educação que


recebem, do que suas aptidões genéticas, pois estas só se manifestam
quando encontram condições favoráveis.

69
Piquetes
• Cerca de arame liso com régua de madeira na parte
superior

70
• Acidente com arame
Liso

71
72
Obrigado!

73

Você também pode gostar