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pov Remus

Você já passou por algum momento onde quis matar um amigo? Pois eu
estou passando por isso agora. Se eu pudesse eu esganava Lily Jane Evans
e James Fleamont Potter agora mesmo.
Não me leve a mal, eu amo aqueles dois. Acompanhei toda a história de
amor e ódio deles durante todo nosso tempo na escola, James e eu
fazíamos parte de um grupo e eu até namorei o nosso outro melhor
amigo. Ah e aí está o problema..Ele.
Sirius Black, mais conhecido como minha perdição, era um dos meus
melhores amigos, namoramos por 5 anos até que o filha da puta me traiu
com um francês intercambista. Mas enfim, não devem estar entendendo o
que meu ódio contra Sirius tem a ver com minha imensurável vontade de
matar James e Lily.
Veja bem, James e Lily vão se casar no próximo mês e isso seria ótimo se
não fosse o fato de que ela havia me convidado para ser padrinho junto a
Sirius. Eu não tive notícias dele por dois anos, desde que me mudei para
Vancouver, não tinha certeza se estava pronto.
E esse fato não havia saído de minha cabeça por toda a semana, levando
em conta de que Lily havia feito a oferta a uma semana atrás.
– Sabe que fugir do problema não vai te ajudar, não é? – Hestia falou
cerrando os olhos em minha direção enquanto me entregava uma xícara
de chá verde.
Por volta de uns dois anos atrás me mudei para Vancouver para cursar
Literatura, conheci Hestia e logo começamos a dividir um apartamento.
Ela é o que podemos chamar de mãe amiga, tudo o que eu precisava ouvir
sai dela e as vezes são verdades que machucam.
– Me ajudar não vai, mas eu prefiro ficar na minha zona de conforto –
sorrio sarcástico e ela revira os olhos se sentando ao meu lado – Eu não tô
pronto pra isso.
– Remmy eu sei que vai ser um saco ver o seu ex e ainda ter que entrar de
braços dados com ele no casamento..
– E dançar.. – resmunguei fazendo a morena revirar os olhos.
– E dançar, mas lembre que não é só ele que vai estar lá, todos os seus
antigos amigos que você disse que sentia falta também vão estar lá – a
garota falou sincera – Além de que Lily e James estão contando com você,
deve isso a eles Remus..
Suspirei tombando a cabeça pra trás. Era verdade, quando precisei “fugir”
pra Vancouver, James e Lily haviam feito de tudo para me ajudar e isso
incluía não falar meu número atual e nem mesmo meu endereço.
Num pulo peguei meu celular ainda hesitante, respirei fundo antes de
enviar uma mensagem para Lily.
“Eu vou”

1 mês depois
pov autora
Remus poderia ter falado que o mês havia passado rápido, mas a
realidade é que foi quase uma tortura, tivera sonhos onde se encontrava
com Sirius e o casamento dava errado. Aquilo estava o atormentando,
mas
– Me liga quando chegar lá – Hestia abraçou o amigo – Se precisar de
qualquer coisa me fala e eu vou correndo pra Londres. – Remus riu
sabendo que a amiga falava sério.
– Não vai ser preciso, eu espero pelo menos – o castanho sorriu de leve e
suspirou ao ouvir a última chamada do voo – Até daqui algumas semanas.
O garoto foi sumindo em meio as pessoas que entravam no avião e logo
estava embarcado. Odiava viajar de avião, sempre que viajava Sirius
segurava em sua mão por conta do medo de Lupin. Seria mais difícil do
que ele pensava.
Sua mente durante a viagem vagou ao pensar nos seus amigos. Peter que
era o maior stan dos Marauders e quis chorar quando o grupo acabou, o
garoto era o maior fofoqueiro do grupo e eles não podiam negar que
gostavam. Marlene e Dorcas, as duas garotas namoravam desde os 16
anos e sinceramente não havia jeito de elas terminarem. Alice e Frank,
casal desde os 14 anos, os highschool sweethearts de Hogwarts, eram pais
de um coelho chamado Neville e provavelmente iriam se casar. Emmeline,
namorada de Peter, a garota mais sincera que você poderia conhecer,
entrou em Hogwarts quando o grupo já estava formado mas por incrível
que pareça ela havia conseguido se enturmar com todos e ainda roubou o
coração do pequeno Peter. Lily e James que viviam em pé de guerra mas
no final perceberam que se pertenciam. E tinha ele, Sirius, bonito,
engraçado, com o cabelo longo e cheio de problemas familiares. Todos
eles pareciam se completar e Remus sentia saudade daquilo.
Lupin nem percebeu quando caiu num sono, apenas quando sentiu a
aeromoça o chacoalhar indicando que haviam chegado em Londres. O
fone do garoto tocava 18, o garoto suspirou “Ótimo, tudo que eu
precisava agora era uma música que me lembrasse o cachorro
desgraçado”. O processo de passar pela imigração foi rápido, afinal Remus
era britânico, mas ele não sabia se ir rápido era um bom negócio. O garoto
sentia um frio na barriga, era até eufemismo dizer que estava ansioso.
Ao ir para a parte de desembarque, Remus esperava que sua mãe
estivesse lá, ou até mesmo que ninguém estivesse, mas ele nunca iria
esperar aquilo..
Lily, James, Peter, Frank, Alice, Lene, Emme, Dorcas e ele. Os amigos
pulavam em animação, James e Peter foram os primeiros a correr em
direção de Lupin, os dois pularam no amigo o que os fez quase cair.
– Nunca mais suma assim seu filho da puta, eu senti sua falta – Peter falou
exasperado bagunçando os cabelos castanhos e um pouco ondulados do
amigo.
– Melhor não sumir Rems, Peter tem quase um altar seu do lado da cama
– Emme falou rindo e abraçou o amigo – Senti sua falta, cabeção.
– Tenho medo do altar dele – o castanho brincou.
– REMUS VOCÊ TROUXE O GIN DE VANCOUVER? – Marlene gritou rindo
enquanto Dorcas negava com a cabeça com um sorriso no rosto, as duas
abraçaram o garoto.
– Amizade sincera, sem interesses – Remus fingiu uma cara triste e
abraçou Alice e Frank.
Quando chegou na última pessoa ele travou. Sirius estava, não tínhamos
ideia de que era possível, mais bonito do que da última vez. Os cabelos
longos haviam sido cortados, ele vestia a mesma camiseta do Queen com
uma jaqueta de couro, as calças surradas e rasgadas com o all star e um
óculos de sol vermelho.
Do mesmo jeito que estava quando Remus partiu.
– Black – Remus o cumprimentou com um aceno – O tempo te fez bem
“MERDA LUPIN”
O castanho se amaldiçoou internamente, não podia transparecer que
estava tudo bem porque não estava..Mas era casamento de Lily e Prongs,
precisava fazer um esforço.
– É bom te ver – o Black sorriu de lado, quase que sacana, mas havia um
brilho dolorido no olhar.
Logo um silêncio constrangedor tomou conta do grupo de amigos, Sirius
abaixou o olhar, ele nem mesmo parecia o mesmo garoto sarcástico que
sempre tinha uma resposta na ponta da língua.
– Bom..Vai ficar na casa dos seus pais Moony? – James perguntou sorrindo
enquanto passava o braço pelos ombros da noiva.
– Na verdade não, eu e meu pai não estamos em bons lençóis – o
castanho forçou um sorriso – Vou ficar na casa de Molly e Arthur, lembra
deles?
– Os Weasley? – Frank perguntou recebendo um aceno positivo do amigo
– Eu e Alice ficamos de babá dos filhos deles de vez em quando.
– Gui, Charlie e Percy são super quietos, agora os gêmeos – Alice riu
negando.
– Os gêmeos me amam – Sirius riu pela primeira vez desde que chegou.
Esse riso fez Remus se perder em pensamentos, ele era perfeito.
– A gente te dá uma carona, o casamento é no final dessa semana então
temos muito pra ver ainda, preciso que você descanse – Lily falou
enroscando seu braço nos de Remus.
Eles se despediram dos outros e foram até o carro. Remus teve que dividir
o assento de trás com Sirius pois a moto dele estava no conserto.
O clima dentro do carro estaria desconfortável se não fosse por uma
discussão de Lily e James. Aparentemente James havia esquecido de dar
seta na hora de virar a avenida, com isso Lily exclamou alto “SETA NÃO É
CU JAMES VOCÊ PODE DAR, DEPOIS QUE BATE A MERDA DO CARRO..”
– Eles nunca mudam – Remus riu chamando a atenção de Black que sorriu
assentindo.
– Eu achava que eles iam diminuir as discussões mas parece que só
aumentam – Sirius riu e olhou para Remus – Sei que tivemos nossos
problemas mas eu realmente queria fazer isso dar certo pro Prongs e pra
ruiva.
– Eu também quero – o castanho falou sereno e sincero.
– Amanhã nós vamos ter que ir provar os ternos com Prongs, podemos
tomar um café para conversar? – o de cabelos negros perguntou – Me
deve essa Remus.
O Lupin franziu o cenho, como assim ELE devia algo a Sirius? Se bem se
lembrava não tinha sido ele que havia beijado Benjy Fenwick. Ao perceber
que haviam parado na frente da casa dos Weasley, Remus forçou um
sorriso mas assentiu.
– Claro, acho que precisamos – ele falou e se despediu dos amigos antes
de entrar na casa.
Logo foi recebido com um mar de cabelos ruivos correndo em sua direção.
Ele riu abrindo os braços e sorriu ao ver uma mulher vindo em sua
direção, ela parecia estar grávida.
– Remus, querido – Molly o abraçou forte – Como foi a viagem?
– Um pouco cansativa, se posso dizer, mas é sempre bom estar de volta –
Remus sorriu – E como estão as coisas?
– Cansativas, não é fácil ter um menino de 13, um de 11, um de 9 e dois de
5, ainda mais agora que estou esperando mais um – ela sorriu passa do a
mão de leve na barriga.
– Molly, meus parabéns! – ele exclamou – Já sabe o sexo?
– Ainda não, queremos uma menina mas o que vier está perfeito – ela
falou – Se for menina será Ginevra e menino Ronald.
– Bonitos nomes – ele sorriu – Cadê Arthur?
– Está no trabalho, o chefe dele não está muito feliz com ele desde os
Weasley patrocinaram petições para passeatas pro minorias – ela suspirou
– Fudge é um preconceituoso de merda, entende?
– Entendo, trabalhei uns meses em uma lanchonete e o dono me demitiu
porque descobriu que eu era gay – ele riu sem humor.
– É preocupante que ainda temos que lidar com gente assim – ela sorriu
de leve – Bom querido, leve suas coisas lá pra cima, o jantar vai estar
pronto em minutos.
– Obrigado por me deixar ficar aqui, de verdade – ele falou sorrindo e
recebeu outro abraço da mulher.
– Isso não é nada querido – ela garantiu.
Remus agradeceu e logo subiu para o quarto. Levou um tempo para
arrumar tudo, sua mente vagava para Sirius toda hora. Durante o jantar
conversou com Arthur sobre o trabalho do mesmo, ele falou sobre o curso
de literatura e sobre o trabalho na biblioteca. Brincou um pouco com os
gêmeos e quando viu já estava na cama.
Seus pensamentos sempre se voltavam para a conversa que teria com
Sirius, tinha evitado esse assunto por anos e agora teria que enfrentar.
Não sabia se teria força o suficiente pra isso.
Olhou o celular e viu mensagens de Hestia, suspirou e discou o número da
mesma.
– Alô? – ela falou mastigando algo.
– Tá ocupada? – o garoto riu.
– Se você considera ocupada uma pessoa comendo sorvete e assistindo
Diários de uma Paixão, então sim – ela gargalhou – Levei um bolo do
Rodolfo, terminei uma garrafa de vinho e tô maratonando filme de chorar.
O que aconteceu de importante aí?
– Reencontrei meus amigos, amanhã vou provar o terno e vou conversar
com Sirius depois, é isso que tá me deixando sem sono – ele confessou e
ouviu uma gargalhada da amiga.
– Eu amo ser sua amiga porque quando eu penso que minha vida só dá
errado eu vejo a sua fico melhor
– Obrigado pelo apoio vida – ele falou sarcástico mas rio – Eu não sei o
que esperar.
– Bae, não vai ser fácil mas pensa que vai poder falar tudo o que pensa
sobre ele, se der errado só vaza – ela falou calma.
– Eu amo falar contigo porque suas soluções são tão simples – ele falou
sincero.
Os dois conversaram por uma hora até que ele ouviu um ronco baixo,
Remus riu e desligou o telefone logo mandando uma mensagem de boa
noite para a amiga. Respirou fundo e virou para o lado tentando dormir

Terça, 6 fevereiro

Remus acordou ao ouvir os gritos de Percy brigando com os gêmeos, Fred


e Jorge mesmo sendo pequenos eram bem agitados. Lupin suspirou e deu
um pulo ao ver o horário, tinha que estar na loja de trajes em 30 minutos.
Ele deu um pulo e logo fez todas as suas higienes, colocou sua calça jeans
clara dobrando a barra e sua camiseta amarela. Tomou um café rápido
com Molly e logo chamou o Uber que o levou até a Floreios e Borrões.
– MOONY SÓ FALTAVA VOCÊ – Peter gritou abraçando o amigo.
– As vezes eu esqueço que você me ama – o castanho sorriu abraçando
Pettigrew. Olhou ao redor e viu Sirius conversando com Frank, James
aparentemente falava animado no telefone – O que aconteceu com ele?
– Ele descobriu que Dumbledore e tia Minnie vão ao casamento – Sirius
riu.
– Isso é perfeito, sinto falta das detenções da tia Minnie – Remus
confessou.
– Moony você só entrava em detenção por causa do Padfoot – James
voltou sorrindo.
– Eu lembro quando Filtch encontrou os dois se pegando forte no armário
do zelador, duas semanas de detenção – Frank riu alto vendo Remus e
Sirius corarem.
– Bom, vamos ver o terno logo porque a mãe da Lily tá quase me matando
– James falou assombrado – Acho que é tradição dos Evans não gostar de
mim.
– É inevitável Prongs – Sirius riu.
Logo Madame Rosmerta chegou apresentando os ternos. Frank e Peter
foram os primeiros escolher, os ternos eram simples tirando o lenço de
bolinha do termo de Pettigrew. James escolheu uma gravata vermelha e
dourada que fazia jus ao time de futebol que fazia parte na escola. Remus
havia escolhido uma gravata champagne que por coincidência havia sido a
mesma de Sirius, este que estava com dificuldades para fazer o nó.
– Você nunca foi bom nisso – Remus riu baixo levando as mãos a gravata
do Black, os dois engoliram a seco até que Sirius o lançou um sorriso
lascivo.
– Nunca precisei aprender, você sempre fez isso pra mim – ele deu de
ombros e Remus reprimiu os lábios logo se afastando.
– Pronto – ele forçou um sorriso, merda por que diabos Sirius Black ainda
o afetava tanto?
Após todos alugarem os trajes, James e Peter foram embora pois iriam
escolher as comidas do casamento, Peter era sócio de um restaurante
importante em Londres e Lily resolveu se aproveitar disso. Frank havia
recebido uma ligação de Alice e correu até o apartamento deles
preocupado. Sirius e Remus estavam sozinhos novamente.
– Vamos no caldeirão furado? Aposto que está com fome – Sirius
perguntou e Remus sentiu a barriga revirar.
O Caldeirão Furado, local onde ocorreu o primeiro beijo deles, a primeira
declaração, Remus se lembrava de cada provocação que fazia com o Black
só pra mais tarde conseguir ser fodido pelo mesmo com palavras sujas
saindo dos lábios cheios, ou até mesmo foder Sirius.
Lupin chacoalhou a cabeça a fim de espantar os pensamentos.
– Vamos, sinto falta da pizza de lá – ele sorriu sincero – Você ainda come
aquela com abacaxi?
– Aquela é uma clássica – o outro riu abrindo a porta da lanchonete
esperando o amigo passar
Os dois encontraram uma mesa perto da parede, o estofado do sofá
faziam Remus morder os lábios com lembranças.
– Vamos querer uma pizza metade abacaxi e metade queijo – Sirius sorriu
para a velha garçonete que riu anotando – Relembrando os velhos
tempos, acredito que ainda goste dessa mistura.
– Acertou – o castanho riu dando de ombros – Em Vancouver não
consegui fazer misturas assim e mesmo se conseguisse nunca seria igual a
do caldeirão furado.
Sirius assentiu rindo, os dois sorriram agradecendo quando a atendente
deixou dois copos de refrigerante na mesa.
– Então..O que tem feito nesse tempo? – o Black perguntou quebrando o
silêncio.
– Ah você sabe, escrevi algumas coisas que nunca vou publicar, trabalho
em uma biblioteca e estudo toda hora – ele deu de ombros – Nada de
muito interessante acontece comigo, diferente de você presumo – Remus
não queria que o medo de Sirius ter alguém se revelasse em sua voz.
– Nada de muito interessante aconteceu nesses dois anos, comecei a
tocar em alguns bares, estou terminando o curso de música com Prongs,
fui oficialmente deserdado dos Black – Sirius deu de ombros sorrindo.
– Espera, como assim deserdado? – Remus perguntou preocupado,
sempre teve noção de como Walburga Black tratava Sirius.
– Ela tava acreditando fielmente que eu tinha me curado da doença de ser
gay, até que me flagrou fodendo com Gilderoy – ele deu de ombros e
Lupin não soube o porquê mas algo entre dele ferveu – Ela me bateu
naquele dia, Regulus ficou só olhando mas eu sei que ele gostou daquilo,
aí eu finalmente falei tudo o que estava entalado e saí de casa. Ela cortou
todos os meus cartões de crédito, minha conta no banco e até mesmo
tirou meus direitos da família Black, não que eu me importe.
– Padfoot, eu sinto muito de verdade – Remus falou sincero e assistiu
Sirius substituir o sorriso triste por um sacana. O Black jogou os fios de
cabelo pra trás e tombou a cabeça pro lado, isso deixava Lupin
hipnotizado.
– Faz tempo que não escuto Padfoot saindo da sua boca, ainda é um som
perfeito – Sirius disse sacana e Remus suspirou, precisava manter a cabeça
no lugar mas reencontrar Sirius mexia com seu interior – O que aconteceu
com a gente Moony?
– Eu realmente não sei – Remus falou firme e ergueu os olhos para Black –
Precisamos conversar.
– É precisamos – o outro murmurou desviando o olhar para os lábios
rosados do ex namorado, merda, teria que enfrentar um desejo que havia
se escondido por anos.
pov Sirius
Bendito seja o petróleo que foi extraído pra poder ser feito o asfalto por
onde o caminhão andou pra carregar os tijolos pra construírem o hospital
aonde Remus Lupin nasceu. Para Sirius, ele te deixou, lembre disso.
Quando o maldito Veado e Lily me falaram sobre ser padrinho com Remus
eu pude sentir meu ar faltar. Não tive notícias dele por 2 anos inteiros e
aquilo me doía por inteiro. Tentei me encontrar com outras pessoas, me
relacionar porque só assim poderia esquecer o garoto dos cabelos
castanhos. Mas era impossível, tudo me levava as memórias que passei
com Remus.
E agora estava o vendo em minha frente, o mesmo cabelo curto,
castanho, o mesmo rosto com algumas sardas. Ele é perfeito.
Precisava saber o motivo pelo o qual ele havia me deixado, pelo qual ele
havia fugido para um outro país de uma hora pra outra. Mas precisava ir
com calma, não queria soar grosseiro.
– Por que você me deixou? – muito bem Sirius, é assim mesmo o caminho.
Vi Remus fazer uma cara de surpreso e logo riu amargurado.
– Esperava que eu fizesse o que? Te parabenizasse por me trair e voltasse
pra casa? – ele falou incrédulo.
– O que? – sussurrei confuso e o vi bufando se levantando.
– Eu sabia que não era uma boa ideia – ele estava com raiva, se levantou
rapidamente do estofado pegando a jaqueta jeans – Te vejo no
casamento.
– Remus espera – me levantei pegando no pulso do mesmo, eu estava
confuso, sabia que não havia feito nada – Eu não trai você, você que
sumiu de uma hora pra outra e deletou seu número, eu fiquei no escuro
por dois anos inteiros, sabe o que é isso? – minha voz já estava um pouco
alterada.
– E o que você queria que eu fizesse? Sua mãe me envia uma foto sua na
cama com Benjy e Quando vou falar contigo te vejo na mesma cama que
ele – os olhos de Remus começaram a lacrimejar – É difícil acreditar em
você quando eu tenho provas.
Minha cabeça estava uma bagunça, eu sabia que era inocente mas sabia
que se ele tinha fotos minha mãe estava envolvida. Me sentei novamente
na cadeira atordoado.
– Você tem a foto aí? – perguntei e vi ele bufar se sentando novamente.
Depois de alguns minutos procurando ele finalmente me mostra a foto em
questão e puta merda, a foto mostrava Benjy beijando meu rosto mas
pelo ângulo realmente parecia que estávamos nos beijando.
Comecei a tentar me lembrar daquele dia, tinha discutido com Walburga
após ela ter falado que Remus me influenciava a ser gay e que se eu não
me curasse ela iria intervir, depois disso me lembro de ter terminado o
almoço e ter saído para encontrar Remus. O resto era apenas um borrão.
– Moony você precisa acreditar em mim, isso foi só um mal entendido –
respirei fundo e o assisti cerrar os olhos – Nesse dia eu tive uma discussão
com Walburga e ela falou muita merda, eu terminei de jantar e fui
encontrar você mas Benjy me parou no meio do caminho. Ele me deu um
beijo no rosto e se ofereceu pra me levar na sua casa. Depois disso eu não
lembro de mais nada, só de acordar na minha cama e descobrir que você
estava indo pra Vancouver. Acredite em mim, por favor.
– O que está dizendo?..
pov autora
Remus abria boca como se procurasse algo para falar, mas nada saia.
Aquilo era muito pra digerir, precisava conversar com algum amigo e
pensar. Merda, tudo era tão mais fácil quando só tinha que se preocupar
em chegar cedo já faculdade.
– Sirius eu preciso de um tempo, é muita coisa pra digerir – o castanho
falou atordoado e se levantou pegando suas coisas – A gente se vê –
forçou um sorriso e logo saiu da lanchonete deixando um Sirius
desanimado para trás.
O Black por sua vez ficou furioso ao lembrar que sua mãe tinha algo com
isso. Pagou a conta e foi até sua moto partindo em direção para a antiga
casa que morava. Várias coisas se passavam por sua cabeça, só de pensar
que perdeu dois anos com Remus por algum mal entendido já o fazia
bufar.
Ao chegar na casa, aquela que ele tanto odiava, Sirius bateu na porta
insistente. Quando ia bater de novo seu irmão Regulus atendeu, ele
parecia surpreso ao ver o irmão mais velho.
– Sirius? – ele perguntou mas Sirius o ignorou e entrou como um furacão
na casa.
– Cadê ela? Onde aquela filha da puta tá? – o mais velho tinha lágrimas de
ódio no canto dos olhos.
– Sirius ela é nossa mãe, calma – Regulus tentou mas o que recebeu foi
um olhar furioso de Sirius.
– NÃO ME PEÇA PARA TER CALMA REGULUS, ELA DESTRUIU MINHA VIDA
– ele chorou – É CLARO QUE VOCÊ DEVE SABER DE ALGO, SEMPRE FOI O
FILHO PERFEITO.
– Que gritaria é essa aqui? – a matriarca, Walburga, apareceu com a
carranca de sempre. Ao ver Sirius ela deu um sorriso sarcástico – Ora, foi
mais rápido do que eu pensei pra implorar a volta.
– O dia que eu pedir pra voltar pode apostar que eu vou estar louco – ele
respondeu ríspido, isso fez com que ela aumentasse o sorriso.
– Então qual o motivo dessa visita?
– O motivo Walburga é que eu quero, não..eu exijo que você me conte a
verdade – ele falou sério e Regulus sentiu o perigo das próximas frases – O
que caralhos você fez pra convencer Remus que eu o havia traído?
O sorriso da mulher vacilou mas a postura ainda estava ereta – Eu fiz o
que precisava ser feito, querido.
– O CARALHO WALBURGA, VOCÊ FEZ ISSO PORQUE É UMA
MANIPULADORA PRECONCEITUOSA DE MERDA – ele gritou o que fez
Regulus se encolher.
– Eu não iria deixar você manchar a honra da família se juntando a ralé,
teve um exemplo claro com a sua prima traidora do sangue – ela falou fria
dando um sorriso cruel no final – Você achava que era amor? Aquele
doente se quer pensou em conversar com você e já foi para outro país, eu
apenas te poupei de algo – o sorriso presunçoso caiu quando Sirius a
olhou possesso, ele se aproximou da mãe com lágrimas de ódio caindo
dos olhos – Eu fiz o que uma mãe faria, Sirius.
– Você não é minha mãe, Walburga. Minha mãe é a Euphemia, ela me
trata como um verdadeiro filho desde que eu conheci James – Sirius riu
amargo – Só quero perguntar uma coisa, quanto que você pagou a Benjy
pra ele fazer isso, hm? E por que caralhos eu não me lembro de nada?
Ela não respondeu mas algo na feição da mesma fez Sirius recuar e rir
incrédulo.
– Você me drogou, inacreditável – Sirius limpou os olhos e se virou para
Regulus – E você sabia disso, não é?
Regulus por sua vez apenas abaixou o olhar, é claro que ele sabia e se
arrependia disso, mas o que iria fazer? Ir contra a mãe e ser deserdado
igual Sirius e Andrômeda?
– Vocês estragaram dois anos de minha vida, como puderam? – ele
respirou fundo se afastando e indo até a porta – Eu espero nunca mais
olhar para suas caras novamente.
Ele saiu batendo a porta. Walburga apenas respirou fundo subindo as
escadarias da grande casa. Regulus no entanto se sentou pensativo, nunca
tinha visto o irmão desse jeito, precisava tomar uma decisão pela primeira
vez na vida e já sabia como mas não podia ser hoje.
[...]

– E foi isso o que aconteceu – Remus suspirou se jogando no sofá


enquanto Lily, Emme, Lene, Dorcas, Alice e Hestia, que estava em ligação,
o ouviram contar sobre o incidente com Sirius.
– Eu vou te falar a mesma coisa que eu te falei dois anos atrás – Lily
suspirou – Sirius nunca seria capaz de te trair Remmy, ele levaria uma bala
por você. Ele literalmente quase foi expulso por bater em Snape apenas
porque ele te chamou de “viadinho”
– Ele ficou muito mal quando você foi embora, ele nunca tinha sido tão
apaixonado por alguém igual ele era por você – Lene falou sincera fazendo
Remus olhar para o nada.
– Conhecendo Walburga como a gente conhece, com certeza ela armou
tudo isso – Alice apontou.
– James acabou de mandar mensagem – Lily avisou após desligar o celular
– Ele, Peter e Frank estão indo encontrar Sirius. Parece que ele foi
enfrentar a mãe dele. – Remus ofegou arregalando os olhos, se lembrava
do quão miserável Sirius vivia com a mãe, todos os castigos e agressões
que ele sofria.
– Deixa eu ver se eu entendi, então o ex namorado que traiu o Remus
nunca traiu ele e na verdade tudo isso foi uma armação da mãe
preconceituosa e abusiva dele que ele inclusive acabou de enfrentar por
você.. – Hestia apontou pelo telefone – E você ainda tá aqui por que
Remus?
– Eu preciso pensar, tá tudo tão confuso – ele gemeu descontente.
– Tá tudo bem vida, leve seu tempo mas não deixe isso te sabotar –
Dorcas falou serena – Todo mundo viu como você e ele se encaravam,
ainda se amam.
– E pela foto ele é puta gostoso, você não pode perder a oportunidade de
sentar nele amigo – Hestia falou fazendo todos rirem.
Remus suspirou tombando a cabeça pra trás, tinha que pensar
calmamente sobre o que iria fazer.
[...]
– Eu odeio essa mulher – Frank falou incrédulo.
– Eu odeio toda a família do Sirius menos a Andy – Peter deu de ombros
mas ainda parecia preocupado – Vai falar com ele?
– Ainda não, ele não quer me ver – ele sorriu sem humor levando a
garrafa de cerveja para a boca e olhou para James – Te prometo que vou
arrumar essa situação até o casamento.
– Fica calmo, irmão – James sorriu – O que me importa é vocês dois
ficarem bem.
– Vamos mudar de assunto, por favor – Sirius pediu.
– Eu acho que Alice tá grávida – Frank soltou fazendo todos eles
arregalarem os olhos.
– Wow, isso é wow – Peter riu.
– Neville 2.0 – Sirius riu baixo ainda pensativo.
Os quatro continuaram conversando por muito mais tempo mas os
pensamentos de Sirius estavam em um certo castanho. Seriam longos
dias.
Sexta, 9 de fevereiro
Remus estava uma pilha de nervos, tinha que fazer a mala e ir buscar um
carro para ir pro litoral onde aconteceria o casamento, ele ainda não tinha
feito seu discurso e a sua cabeça estava uma bagunça por não ter
conseguido conversar com Sirius. O casamento seria no sábado mas tudo
estava uma bagunça para Lupin.
Terminou de arrumar a mala e desceu as escadas da casa, Molly estava
conversando com alguém na sala e parecia preocupada.
– Molly? Já estou saindo, quero sair mais cedo pra poder..Regulus? –
Remus questionou confuso.
– Ele quer conversar contigo, Remus, vou deixá-lo a sós – a ruiva sorriu e
olhou mais uma vez para Remus antes de sumir pela casa.
– O que você tá fazendo aqui? Sirius te mandou? – Remus perguntou
ríspido cruzando os braços.
– Ele nem sabe que eu vim – Regulus suspirou – Eu preciso te contar uma
coisa, eu não aguento mais ver meu irmão se acusando por algo que
minha mãe fez.
Remus ofegou de leve ao saber que ele falaria sobre a suposta traição de
Sirius. Ele se sentou no sofá e indicou para Regulus fazer o mesmo.
– Dois anos atrás minha mãe estava louca porque alguns patrocinantes
descobriram sua relação com meu irmão, ela armou o plano perfeito pra
falar que era só uma fase. Ela ficou sabendo por uma fonte que você iria
fazer faculdade em Vancouver e pensava em levar Sirius, claro que isso ia
sair do controle dela então ela fez um acordo com Benjy – a voz de
Regulus falhou e ele olhou para as mãos – Ela drogou Sirius no jantar,
depois tirou foto de Benjy beijando a bochecha dele e quando voltaram
pra casa ela deitou Sirius na cama e Benjy deitou do lado dela, ela havia te
mandado a mensagem e sabia que você iria procurar meu irmão pra
conversar. Quando Sirius acordou você já tinha ido.
Quando Regulus terminou, os olhos de Remus já liberavam algumas
lágrimas. Ele estava descrente que uma mãe poderia fazer algo assim, sua
mente logo viajou para como Sirius estava.
– Foi isso que ele discutiu com sua mãe na terça – o tom de Remus era
firme – Agradeço por contar a verdade.
– Eu só não podia ver ele pagar por algo que minha mãe fez – Regulus se
levantou e suspirou andando até a porta – Meu irmão te ama, faça ele
feliz.
Eles trocaram um breve olhar antes do Black sair pela porta. Remus
suspirou avisando Molly que estava bem e que iria sair para o litoral.
Durante todo o caminho ele foi pensando no que iria falar para o Black, já
sabia que teria que dividir um quarto com ele e que isso seria uma ótima
oportunidade de conversar com o mesmo antes do casamento.
Porra, o casamento. Todos os padrinhos precisavam fazer um discurso ou
algo parecido para os noivos, porém Remus não conseguiu pensar em
nada.
– Péssimo, Remus – ele suspirou e ligou o rádio, sorriu ao ver que Still Into
You começara a tocar.
A música dizia muito sobre como Remus se sentia sobre Sirius, mesmo
após tanto tempo ele ainda caia de amores pelo Black.
Meia hora depois ele havia chegado no hotel onde aconteceria o
casamentos, na verdade o casamento seria em um campo dentro do
hotel. Ele sorriu ao ver uma Marlene tomando sol perto da piscina e uma
Lily aos nervos com o cerimonialista.
– Eu te disse que as flores precisavam ser lírios – ela cruzou os braços
revirando os olhos mas sorriu ao ver Remus – REMMY!
– MOONY – James gritou por trás levantando o amigo rindo – Senti sua
falta, padrinho.
– James cuidado com sua paixão por mim, vai que eu te roubo antes de
Lily – brinco fazendo os dois rirem – Vou subir para colocar as malas no
quarto.
– Six já está lá, tem certeza que está tudo bem dividir o quarto com ele? –
Lily perguntou preocupada.
– Tenho, preciso conversar com ele – Lupin sorriu de leve e se despediu
dos amigos indo até o elevador.
No caminho até o quarto repassava tudo o que iria falar para Sirius. Sorriu
vendo que tudo estava planejado e foi em direção ao quarto com um leve
sorriso no rosto. Mas como nada nunca sai como planejado para Remus..
No momento em que abriu a porta sentiu sua boca secar. Sirius havia
acabado de sair do chuveiro e estava com apenas uma toalha enrolada na
cintura. Lupin deixou seus olhos acompanharem uma gotícula de água que
escorria por todo o abdômen definido de Sirius.
– Apreciando a vista, Moony? – ele despertou ao ouvir o tom sacana de
Sirius.
Foda-se, Remus pensou antes de fechar a porta e jogar a mala em um
canto e correr em direção a Sirius colando seus lábios em um beijo
intenso. Mesmo surpreso, Sirius levou a destra até a têmpora de Lupin.
– Wow – ele riu fraco – O que foi isso?
– Eu percebi que não quero ficar nem mais um minuto longe de você,
Sirius Black – Remus sorriu rente aos lábios do Black – Eu sei que você não
me traiu, me desculpe ter levado tanto tempo pra ter noção disso e até
mesmo ter duvidado de você. Agora eu quero passar a maior parte de
meu tempo do seu lado, então tem como você me beijar e a gente estrear
essa cama de hotel igual sempre fazíamos? – Sirius deu um sorriso ladino
seguido de uma mordida no lábio inferior que fez Remus sentir fisgadas
em seu íntimo.
– Você é o chefe – ele murmurou antes de enlaçar a cintura de Remus
com seus braços começando outro beijo intenso.
O moreno tirou a camiseta estampada do outro com precisão, precisava
sentir aquela pele quente contra a sua novamente. Remus se apressou em
tirar a bermuda azul clara de seu corpo ficando somente com a box.
– Você ainda tá gostosinho, Lupin – Sirius sorriu travesso para o outro e o
olhou desafiador – Será que ainda sabe cavalgar gostosinho? – Remus riu
mordendo os lábios.
– Não sei meu bem, e você? – ele arqueou as sobrancelhas dedilhando os
braços do amado – Conseguiu gozar mais de três vezes numa mesma
transa com esses meninos que foi pra cama?
– Você sabe que é único – Sirius sussurrou voltando a beijar o castanho.
Lupin ainda tinha o mesmo gosto de menta de anos atrás. Ele havia
sentido falta de como os lábios se encaixavam perfeitamente, de como as
mãos do castanho se embrenhavam em seus cabelos e os puxavam na
nuca, ou também de como ele jogava seu quadril em encontro com o seu
próprio.
Remus empurrou o amigo na cama logo subindo em cima do mesmo, ele
levou os lábios rosados para o pescoço de Sirius e os arrastou por toda a
extensão. Enquanto isso sua mão vagava para a barra da toalha, ele sorriu
convencido contra o pescoço do outro ao sentir a ereção de Sirius.
– Já assim, Pads? – ele sorriu maroto ao receber um gemido baixo de
Sirius ao tocar o membro dele por cima da toalha.
Sirius arqueou as costas ao sentir a fricção da toalha contra seu íntimo.
Remus voltou a boca para a pele do moreno, arrastou os lábios até o
mamilo rosado do outro e o mordiscou ouvindo um gemido sôfrego. Lupin
o estimulou com a boca e com os dedos.
– Filho da puta, eu vou foder você tão forte Lupin – o Black garantiu.
– Eu tenho certeza que vai, amor – Remus piscou antes de tirar a toalha
completamente do corpo de Sirius.
Ele levou a destra até o falo o estimulando com precisão, os gemidos que
saíam da boca do Black pareciam musica e essa era a música preferida de
Lupin.
Sirius inverteu as posições deixando Remus por baixo e sorriu ao buscar a
gravata vermelha e dourada que estava do lado da cama.
– Por que você fica com a gravata da Grifinoria aí? – Remus perguntou
confuso porém ofegante.
– Nunca se sabe quando um grifano gostoso vai entrar por essa porta – ele
piscou e amarrou as mãos de Lupin por trás.
– Vai me torturar igual os velhos tempos?
– Sabe que sim, querido – Sirius sussurrou antes de morder o mamilo
esquerdo do parceiro que gemeu alto.
Ele logo desceu os lábios por todo o abdômen de Remus, o mordiscou e
lambeu até chegar na cueca preta do castanho. Sirius beijou o falo por
cima da box antes de a tirar, o moreno olhou para cima e sorriu ao ver o
rosto corado de Lupin, ele estava mordiscando os lábios e a respiração
desregular.
Sirius logo abocanhou o membro do parceiro, ele movimentou a cabeça
de cima pra baixo em uma sucção regulada. Da boca de Lupin escapavam
gemidos sôfregos e palavras desconexas. Six desceu até o limite de sua
garganta até subir novamente cuidando da glande rosada.
– Six.. – apenas pelo tom da voz, Sirius sabia que Lupin estava perto – Me
fode, por favor..
O Black sorriu antes de tirar o membro do outro da boca, ele limpou o
canto da boca com as costas da mão. Levou dois dedos para perto do
rosto de Remus, este que logo abriu os dedos na boca quente os
encharcando. Os olhos dos dois estavam fixados e mesmo que o momento
era totalmente sujo, Sirius não pode deixar de sentir o coração errar uma
batida.
Quando sentiu os dedos lubricados Sirius os levou até a entrada rosada do
outro. Ele forçou o primeiro dedo ouvindo um gemido rouco de Remus,
logo colocou outro fazendo movimentos de tesoura dentro do outro.
– Você sempre foi guloso, não foi Moony? – Sirius sorriu maroto vendo o
outro estremecer por baixo de si.
– Pelo o que eu me lembre você ama engolir o meu pau quando eu te
fodo, não é Pads? – Remus riu rouco mas logo gemeu alto quando os
dedos de Sirius encontraram sua próstata – Vai logo..
– Apressado.. – cantarolou o outro antes de tirar os dedos e posicionar
seu membro na entrada do Lupin.
Forçou a glande ouvindo um choramingo do amado, esperou um pouco
antes de enfiar de uma vez. Ele ficou um pouco parado antes de ouvir um
aceno positivo de Remus, ele começou a se movimentar lentamente,
ondulando o quadril como se dançasse no outro.
Logo começou a foder mais intensamente, o que resultou em um gemido
alto do outro, eles se encararam e sorriram enquanto as mãos pesadas de
Padfoot apertaram a cintura de Lupin. Os gemidos aumentavam a cada
longa estocada que Sirius dava.
Sirius parou de se mover apenas para colocar Remus de quatro. Ele
estapeou uma das bandas da bunda de Lupin e começou a estocar
rapidamente, ele sentia que não iria demorar muito para se derramar
dentro do amado.
– Porra Six, porra..Eu tô quase..
Sirius levou a mão até o pescoço de Lupin o apertando antes de levantar o
tronco dele fazendo as costas do castanho encostar no peito dele. As
estocadas continuavam fortes, Remus virou o rosto capturando os lábios
do Black. Eles se beijavam fortemente em meio a gemidos, até que Remus
descolou seus lábios para gemer alto antes de se derramar na cama.
Sirius desamarrou as mãos dele e saiu de dentro do castanho. Lupin
mesmo com as pernas tremendo se abaixou capturando o membro dele o
chupando intensamente. Não bastou muito e Sirius gozou já boca do
mesmo.
O casal se jogou na cama, satisfeitos. Os sorrisos dos dois iluminavam o
quarto.
– Eu senti falta disso – Sirius confessou e Remus riu deitando no peito
dele.
– Eu também – o castanho confessou num suspiro – Preciso te falar uma
coisa – ele ergueu os olhos para o Black.
– Fale vida – ele sorriu.
– Naquele dia eu ia te encontrar para te convidar a ir pra Vancouver
comigo, eu ia te fazer a mesma proposta, mas eu decidi transferir meu
curso pra Londres – Remus sorriu ao ver o rosto do outro se iluminar.
– Você vai voltar? – ele perguntou animado e Lupin afirmou, Sirius se
apressou em o abraçar – Eu te amo.
Remus pareceu surpreso, não ouvia aquilo a muito tempo – Eu também te
amo.
Eles se beijaram com calma e entre sorrisos. Nada poderia mudar aquilo,
nem mesmo Walburga.
– James e Lily vão ficar orgulhosos que conseguimos nos resolver antes do
casamento – Sirius riu e Remus arregalou os olhos se virando para ele – O
que foi?
– Eu não fiz o discurso – ele falou aterrorizado e Sirius sorriu.
– Eu também não mas eu tenho uma ideia...

Dia do Casamento
A cerimônia havia sido perfeita. Sirius e Peter choraram mais que os
próprios noivos. Euphemia e Fleamont começaram a rir no meio do nada.
A irmã de Lily ficou de cara feia durante toda a cerimônia. As meninas
exigiram que Lily jogasse o buquê e Alice anunciou a gravidez.
Logo estavam na festa e a hora dos discursos havia chegado. Sirius piscou
para Remus e segurou na mão dele.
– Bom dia, boa tarde, boa noite – Peter falou no microfone – Quero
chamar no palco os 2/4 dos marotos para o discurso.
Todos bateram palmas, James inclusive estava animado. Sirius pegou o
violão e Remus se aproximou do microfone.
– Eu e Sirius tivemos uma semana pra escrever um discurso direito, mas
estávamos vivendo nossa crise amorosa que sim amigos, acabou – as
palmas dos amigos dos dois foram ouvidas fazendo o casal sorrir – Então
resolvemos fazer isso do nosso jeito com a nossa música. Vai Pads.
Os primeiros acordes da música foram ouvidos.
Can't count the years on one hand
That we've been together
I need the other one to hold you
Make you feel, make you feel better

Todos sorriram ao reconhecer, embora de modo acústico, a música do


Paramore. Remus e Sirius se encararam sorrindo antes do castanho
continuar.

It's not a walk in the park to love each other


But when our fingers interlock
Can't deny, can't deny you're worth it
‘Cause after all this time
I'm still into you

Os dois cantaram a última parte juntos, em uma única olhada era


possível descobrir tudo o que se passava entre os dois. Todo o
sentimento que apagaram por anos parecia ter voltado com mais força.

I should be over all the butterflies


But I'm into you (I'm into you)
And, baby, even on our worst nights
I'm into you (I'm into you)
Let 'em wonder how we got this far
‘Cause I don't really need to wonder at all
Yeah, after all this time
I'm still into you

Remus fechou os olhos ouvindo a voz suave e rouca de Sirius e ele


sorriu ao lembrar que era aquela voz que sempre dizia que o amava. Lily
e James sorriam com aquilo, sabiam que tudo entre os dois amigos
estava resolvido.

Logo Sirius dedilhou os acordes finais e sorriu para o público juntamente


a Remus, os dois sorriram ao serem aplaudidos por todos. Lily e James
correram para abraçar os amigos.

– Como que isso rolou? – Lily perguntou.


– Uma cama de hotel e um Regulus me falando a verdade – Remus riu
abraçando Sirius de lado.

– Preciso lembrar de agradecer meu irmão – Sirius falou sincero.

Do nada viram um grupo de pessoas correndo até eles, Peter e Dorcas


praticamente gritavam com a volta dos amigos.

– Meu wolfstar – Peter fingiu limpar uma lágrima fazendo todos rirem.

– Preciso dar uma notícia – Lily começou e olhou para Alice que assentiu
sorrindo – Eu e Alice estamos grávidas.

– TITIA AMA – Marlene e Emme gritaram felizes.

– Eu sou o padrinho do mini prongs – Sirius falou fazendo uma leve


reverência e Remus revirou os olhos sorrindo com o amado.

É, parece que mesmo após anos, Remus sempre estaria apaixonado por
Sirius.

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