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2.

ORIGEM E FUNÇÃO DO DINHEIRO


No princípio da história humana, todos produziam única e exclusivamente
para sobrevivência, vivendo apenas do que criavam. No momento em que os
homens conseguiram gerar uma produção maior do que sua capacidade ou
necessidade de consumo, eles começam a escambar produtos entre eles, esse
fenômeno acaba por tornar-se um fator chave na sobrevivência da espécie. O
resultado foi uma maior especialização dos indivíduos em diferentes áreas da
sociedade. Alguns economistas acreditam que esse é o início do que mais para
frente, na revolução industrial, seria chamado de capitalismo. (MENGER, 1892?)
Quando se iniciaram as relações “capitalistas”, o método de trocas
funcionava perfeitamente, entretanto com o maior desenvolvimento da sociedade
começa a se tornar inviável manter essa relação como o modus operandi dela
uma vez que com muitos produtos nem sempre os indivíduos que possuem o
produto que você quer, irão querer os que você possui, ou seja, se um leiteiro
desejar uma cadeira mas o único carpinteiro de sua cidade for intolerante a
lactose, o leiteiro não terá como suprir suas necessidades e acabara tendo que
descobrir o que o carpinteiro deseja e torcer para que quem possuir esse terceiro
bem aceite troca-lo pelo leite, gerando assim uma cadeia de trocas que pode
chegar a dezenas de itens e como “[...]cada homem tem a intenção de obter, a
título de troca, apenas os bens que ele diretamente precisa, e de rejeitar aqueles
que ele não precisa, ou com o qual ele já está suficientemente provido” (MENGER
1892?, p. 16) o escambo acaba deixando de ser prático e, por consequência, de
suprir as necessidades da civilização. Sem um método prático de trocas os
humanos partem a novas tentativas de gerenciar suas relações, com isso surge
as primeiras moedas: um bem que serve para igualar as demandas de uma
sociedade podendo assim ser trocado por qualquer item independente da
utilidade que apresente para seus possuidores, ou seja, no exemplo anterior o
leiteiro ao invés de procurar forjar uma corrente de escambos pra conseguir
apenas um item, podendo levar dias para conseguir sua tão sonhada cadeira,
poderá agora simplesmente pegar um pouco de sal, por exemplo, e trocar pela
cadeira, desse modo mesmo que o carpinteiro não precise do sal ele sabe que,
por ser um item com duração alta, diferente do leite, conseguira trocar no futuro
ou economizar pra caso precise de algo especifico. Em essência o dinheiro,
diferentemente do que muitos pensam, nasce da livre iniciativa de indivíduos e
não de um Estado. A ideia de um bem universalmente aceito e que pode ser
usado para trocas voluntarias é, quando se pensa nisso, a mais óbvia e pratica
invenção para se ter uma sociedade harmônica e por mais que tenham existido
dezenas de milhares de moedas cunhadas em ouro e prata por governantes isso
é nada mais nada menos do que uma consequência das iniciativas privadas, uma
vez que antes dessas moedas serem criadas já haviam outras formas de troca
bem dispersadas pela sociedade como por ouro não cunhado, sal, animais, entre
outros. Com isso se nota que o valor de uma moeda está ligada ao quanto os
indivíduos a aceitam e não a atribuição recebida por ela de um determinado
governante, o sal, por exemplo teve um valor de troca favorável pelo fato de ser
um bem durável e escasso o que ao mesmo tempo que permitia seu acumulo
mantinha a inflação sobre controle uma vez que sua oferta estava sempre baixa.
O mesmo fator do sal ocorreu com o ouro durante muitos séculos, sendo
implementado o padrão ouro. (MENGER 1892?)
2.1 PADRÃO OURO E INFLAÇÃO
Mais uma vez a humanidade se depara com a falha de seu atual sistema, a ideia
de bens de troca universal, por mais que extremamente uteis, tornam-se
incomodativos a medida que são necessários muitos deles para se realizar trocas,
tornando inviável carregar, por exemplo, alguns quilos de ouro para realizar as
compras do mês. Com isso uma nova iniciativa privada surge para resolver o
problema: os bancos, essa organização é, para muitos, extremamente confusa e
muitas vezes mal-entendidas, mas em essência bancos tem a função primordial
de comprar e vender dinheiro, ao “comprar” dinheiro o banco recebia ouro, prata
ou outros metais preciosos (em alguns casos gemas e pedras também) e emitia
um recibo, qualquer indivíduo que tivesse essa nota poderia retirar o ouro do
banco, criando assim um meio muito mais fácil de “carregar” e comercializar o
ouro, ajudando assim os cidadão. O padrão-ouro pré-banco central gerava uma
situação onde a inflação era unicamente natural e praticamente impossível de ser
feita por um Estado uma vez que havia um, (ROTHBARD 2013).
Com o padrão ouro o Estado não teria formas eficientes de controlar a inflação o
que para os cidadãos é algo extremamente benéfico uma vez que o preço dos
bens se torna pouco variante e mais estáveis, mas vai contra os interesses
governamentais. Com o fim do padrão-ouro os Estados se encontram em seu
apogeu monetário, o dinheiro não tem mais um valor natural e sim um valor
imposto por uma organização, ou seja, a moeda, que antes era escassa e só
poderia ser produzida em pouca escala agora pode ser criada a livre vontade dos
governantes, qualquer papel que receber um selo governamental estará tendo um
valor (HAYEK 2011). nesse tipo de sistema não há segurança monetária uma vez
que qualquer crise política ou econômica já é o suficiente para que a inflação se
torne impiedosa. para ser mais específico é, teoricamente, impossível uma
situação onde uma população que enfrente uma crise tenha uma inflação
crescente pois a inflação é nada mais nada menos do que a perda do valor da
moeda, a inflação não é o aumento dos preços mas sim o aumento da quantidade
de moedas em uma economia ou a diminuição das pessoas que querem essa
moeda, pois como todo o bem, e moedas são bens, ela está sujeita a lei da oferta
e demanda (MISES 2018), contudo, em uma economia em crise a tendência é a
diminuição dos gastos e uma maior poupança, a preferência temporal dos
indivíduos, isso é, o quão rápido eles querem gastar seu dinheiro (HOPPE 2010),
torna-se menor, pois como dita a praxeologia, os indivíduos sempre tentam agir
da melhor forma possível segundo as suas informações, objetivos e capacidades,
(MISES 2010a) gerando uma deflação, entretanto os Estados tentando consertar
a crise acabam por piora-la pois como o cálculo econômico é impossível e a única
forma que um Estado tem de ajudar a economia é não fazendo nada, entretanto
ao tentar realizar ações remediativas ele gera uma inflação no lugar da esperada
deflação o que aumenta a preferência temporal dos indivíduos e faz com que a
inflação já crescente graças a ação estatal se torne ainda mais intensa (MISES
2010b) e nesse critério a preferência temporal se tornaria extremamente alta pois
o acumulo de riqueza em forma de capital não é valido uma vez que o dinheiro
está se degastando muito rápido e quanto maior essa preferência se torna mais
descivilizada se torna uma sociedade (HOPPE 2010).
No entanto, não importando qual seja o grau original de preferência temporal de
uma pessoa ou qual seja a distribuição original de tais taxas dentro em uma
determinada população, uma vez que isso for baixo o suficiente para que se
permita a formação de qualquer nível de poupança, de capital e de bens de
consumo duráveis, põe-se em movimento uma tendência à queda da taxa de
preferência temporal, a qual é acompanhada por um ‘processo de civilização’
(HOPPE 2010, p .36)
3. MONOPÓLIO ESTATAL DO DINHEIRO
Mesmo que a competitividade seja sempre a melhor maneira de suprir a
necessidade de todos os indivíduos de uma sociedade da melhor forma possível
(MISSES 2010a) na nossa civilização vemos, frequentemente, que monopólios
estatais são extremamente comuns. O Estado, por natureza, é o monopólio da
coerção, ou seja, ele possui duas características principais: ser a única
organização que possui o domínio completo, também conhecido como monopólio,
do direito de tributar, apreender, matar, proibir, regulamentar e prender segundo
suas próprias vontades de forma arbitraria e unilateral dentro de determinado
território onde ele possui soberania e ser o juiz final de todo e qualquer conflito
envolvendo indivíduos, sejam eles membros do maquinário estatal ou não.
(HOPPE 2014).
Naturalmente o Estado exerce esse poder com maior ou menor intensidade
dependendo de qual país se está sendo referido, como por exemplo na Suíça a
força coercitiva do Estado é inferior a estabelecida pelo Estado Brasileiro, por
exemplo, e essa régua se torna muito discrepante quando se tem países com
regimes ditatoriais, não obstante esse fator não muda a essência do Estado e,
partindo dessa premissa, nota-se que o objetivo de um Estado é, em última
análise, controlar a sociedade. O modo mais eficiente de se controlar uma
sociedade é através do controle monetário, isso é, monopolizar o setor econômico
voltado para a produção de bens de consumo cujo único objetivo é servirem de
troca, também referidos como dinheiro. (HOPPE 2011).
O Estado, em essência, não produz nada, ele como organização pode apenas se
apropriar daquilo que foi previamente produzido por outros indivíduos, assim
como Mises argumenta em Uma crítica ao intervencionismo:
Nenhum decreto governamental pode criar coisa alguma que já não tenha sido criada
antes. Apenas os inflacionistas ingênuos acreditam que o governo pode enriquecer a
humanidade através de emissão de dinheiro. O governo não pode criar coisa alguma;
suas ordens não podem nem mesmo expropriar nada que pertença ao mundo da
realidade, mas podem expulsar qualquer coisa do mundo do permissível. O governo não é
capaz de tornar o homem mais rico, mas pode empobrecê-lo. (MISES, Ludwig, 2010b. pg.
23)
O Estado, sendo a organização que é, faz nada menos nada mais do que
transferir riqueza de ‘a’ para ‘b’, ou seja, retira valor de uma fonte, normalmente
seus contribuintes e transfere para outra fonte que ele, ou mais especificamente
aqueles que o controlam, acha apropriado, deste modo, a principal fonte de
riqueza de um Estado, diferente de uma empresa que nasce da troca de um bem
por dinheiro, vem da taxação de seus súditos. A taxação, entretanto tem um
reflexo obvio no sistema econômico, taxar uma empresa, por exemplo, não vai
diminuir o custo do produto nem de sua produção, logo, se uma empresa de ferro,
por exemplo, produzia um produto a custo um e o vendia a dois, agora com
taxação estatal se tornará mais caro de produzir seu ferro e por consequência
isso refletira no preço final, em esta situação duas consequências são possíveis,
ou o preço do ferro se torna muito caro, fazendo com que esse produto deixe de
ser comercializado legalmente, falindo as empresas que o produzem e todas as
outras que necessitam desse produto para funcionar (empresas automobilísticas,
por exemplo) ou então, a segunda consequência da taxação é o preço se tornar
maior mas ainda ser valido dentro dos limites da oferta e demanda, em um
cenário destes, o preço do ferro, antes de dois, passa a, por exemplo, três,
naturalmente o que ocorrerá é que, com um maior preço, empresas
automobilísticas, por exemplo, que comprariam, para fins didáticos, cem unidades
mensais de ferro, agora reduziram suas compras, porque em uma situação
normal, o motivo do ferro se tornar caro seria se sua demanda tivesse
aumentado, ou sua oferta diminuída, se isso não ocorreu, significa que a
sociedade se manteve igual em quesito de produção e consumo, ou seja, a
empresa de automóveis ainda tem o mesmo valor pra gastar em ferro, ela não se
tornou mais rica, então ela reduz sua compra no mesmo valor do aumento do
preço, neste caso em 50%. Com isso a procura pelo ferro se torna menor, ou
seja, seu preço abaixará o que gerará redução da produção e falência
generalizada nesse setor, reduzido assim a oferta permitindo que somente as
maiores empresas, ou seja, aquelas capazes de arcar com os custos das taxas
impostas, se manterão no mercado. Em síntese, nessa segunda situação a
economia foi reduzida e sua tendência é de cada vez se reduzir mais, ou seja,
cada vez menos recursos serão recolhidos pelo Estado já que cada vez mais seu
produto taxado está sendo menos vendido, as maiores alíquotas de impostos
geram menores arrecadações. (HOPPE 2011)
Então naturalmente o Estado arrecadaria menos, entretanto, existe um terceiro
agente nessa equação: os bancos. Ao reduzir sua arrecadação o Estado
naturalmente parte a se endividar para assim poder manter seu atual nível de
gastos, ou aumenta-lo, o que gera um sistema onde os bancos, que obviamente
querem ser pagos, vão começar a velar pelo governo para que ele se mantenha
no poder e tenha condições de pagá-los. Entretanto, nessa situação o Estado se
torna submisso aos bancos e sua função original, o de gerir o controle da
sociedade, acaba se perdendo, algo que não é do agrado do Estado. Em uma
situação onde tanto taxar sua civilização quanto se endividar acaba prejudicando
sua soberania a solução mais agradável é tornar-se o produtor do dinheiro, assim
o controle retorna as mãos do governo, que poderá criar moedas ao bel-prazer.
Em uma economia livre, qualquer organização que criasse moedas do modo que
o Estado cria, rapidamente faliria, pois, sua moeda não teria valor, então a
solução mais simples é proibir a produção de qualquer moeda não estatal de
modo que a demanda pela moeda estatal seja sempre alta. Ainda assim o Estado
também necessitaria do amplo poder de criação da moeda, ou seja, o preço de
criação delas deveria ser o mais próximo possível de zero, assim a criação de
moedas dá ao Estado o poder de desviar valor, uma vez que ao produzir moeda
ele diminui o valor individual de todas as existentes (já que as moedas tem o
mesmo valor) e concentra esse valor em suas mãos, em última analise, inflação é
um tipo de imposto (HOPPE 2011, MISES 2010b, MISES 2018). O valor
absolutamente todos os bens é dado pela lei primordial da economia, a oferta e a
demanda, com isso o valor da moeda estatal seria relativa a quanto as pessoas a
querem, considerando que sua instabilidade, isso é, a chance de sua produção
aumentar, diminuindo o valor das moedas já existentes, é alta, sua confiança é
baixa e naturalmente poucas pessoas a usariam, entretanto ela permanece sendo
melhor que a inexistência de uma moeda e por tanto permanece sendo utilizada.
O monopólio monetário é, então a principal ferramenta a disposição do Estado
para se manter ativo e funcional e qualquer Estado que não use esse método
muito provavelmente perderia sua soberania nacional e acabaria tornando-se
submisso, graças ao globalismo, de um Estado mais poderoso economicamente,
instituindo, muito provavelmente uma situação de globalização.
3.1 O LIVRE MERCADO DE MOEDAS
Com o atual mundo globalizado se instituiu uma espécie de briga interestatal para
a criação de uma moeda poderosa pois com as vantagens de poder utilizar-se de,
por exemplo, dólar ao invés de reais gera certa pressão no Brasil para manter o
real como uma moeda descente para que assim não se torne obsoleta.
Claramente a competição é sempre benéfica, indiferente do setor, e como os
Estados recebem de sua população, nenhum Estado deseja perder seus cidadãos
para outras nações, com isso existe sim uma competição, entretanto, como citado
antes, o Estado é o monopólio territorial da coerção e por tanto não existe uma
livre competição entre estados pois eles tem plena capacidade de impedir isso.
Tarifas de importação, fronteiras, uso exclusivo da moeda nacional, pagamento
de funcionários em moeda nacional e outros métodos desse gênero acabam
criando o oposto de uma competição livre, então não há como chamar a briga
interestatal de um livre mercado de moedas.
Apenas em um sistema globalizado onde não houvessem barreiras físicas, isso é,
existisse a livre circulação de pessoas e mercadoria, pode-se dizer que existiria
algo próximo de um livre mercado, mas mesmo em tal situação ainda iria existir
barreiras de entrada, uma vez que apenas um estado poderia criar moedas, e por
tanto não seria um verdadeiro livre mercado. Um exemplo próximo seria a União
europeia, entretanto por existirem leis comuns aos estados membros e uma única
moeda para a maioria deles não há competitividade entre moedas, mas uma
formação desse estilo, globalismo ao invés de globalização, geraria
fundamentalmente uma um mercado de moedas mais próximo possível de livre
sem nulificar completamente a existência do Estado.
Claramente não existem exemplos empíricos recentes de um livre mercado de
moedas, apenas exemplos anteriores ao capitalismo, entretanto é possível prever
com grande certeza como seria um mercado livre de moedas aplicando teorias
econômicas a apriorísticas da escola Austríaca e usando exemplos próximos
como as criptomoedas.
Claramente a ideia de varias moedas operando em um mercado pode parecer
incomoda uma vez que os indivíduos teriam que carregar moedas de diversos
tipos e fazer conversões para comprar produtos simples, o que aparentemente iria
contra a ideia inicial da moeda como forma de simplificar a economia, contudo
essa noção é equivocada, as leis de mercado mostram claramente que, em uma
economia livre, as empresas precisam necessariamente serem produtivas, isso é,
elas precisam criar algo que seja valido para os indivíduos, de qualquer outra
forma estão fadadas a falência. Os indivíduos naturalmente partiriam a usar as
melhores moedas possíveis, aquelas que lhes dessem maiores benefícios, mais
aceitas, mais poderosas e que lhes representassem um melhor custo benefício,
isso é a essência praxiologica humana, tendemos sempre ao melhor possível e
por consequência consumiremos as melhores moedas, então em um sistema de
livre comercio monetário existiriam poucas moedas, assim como em um sistema
estatal, entretanto as moedas estão sempre sobre o perigo de falência e
obsoletismo.
Um exemplo promissor para entender esse fenômeno é a das criptomoedas,
atualmente temos o bitcoin como principal moeda digital a anos e outras que
surgiram pra tentar ganhar parte do seu mercado falharam miseravelmente, o
motivo é simples, o bitcoin por si só cumpre sua função e sacia a demanda por
criptomoedas, logo não existe motivo para a criação de qualquer outra moeda
digital que faça a exata mesma função que ele, afinal sua aceitação é maior do
que qualquer outra além de ter uma segurança impecável e uma força nunca
antes vista em uma moeda, incluindo as estatais. (MISES 2010a, HAYEK 2011)
Na situação de um livre mercado perfeito, isso é, aquele onde não houvesse
regulamentação ou barreira de entrada estatal, as moedas teriam que cuidar seus
preços, ou seja, precisariam manter-se estáveis, diferentemente de moedas
estatais ou de criptomoedas, não poderiam ser caras demais, nem baratas
demais, mantendo-se em uma área cinza. O bitcoin, por exemplo, não é prático
para comercio e por este motivo é principalmente usado com o objetivo de
investir dinheiro, claro que a existência de moedas com essa função não é
inviável em um livre mercado monetário, até mesmo antes do bitcoin o dólar fora
muito usado com essas função por países em desenvolvimento, e antes disso o
ouro, entretanto, o bitcoin não é um bom exemplo de uma moeda em uma
situação onde não houvessem restrições estatais simplesmente pelo fato de que
ele não supriria a necessidade das pessoas, ou seja, uma moeda que fosse fácil
de se usar e comercializar e fosse amplamente aceita o que leva a ideia inicial de
que o valor é dado por oferta e demanda então é imaginável que empresas que
criassem moedas tentassem controlar o valor de suas moedas com a criação de
novas para poder gerar um produto útil para a população, especular qual seria
esse valor é impossível.(HAYEK 2011)

4. Bibliografia

MISES, L. Ação Humana: Um tratado econômico. 3.1 ed. São Paulo: LVM Editora,
2010a. Disponível em:
http://rothbardbrasil.com/wp-content/uploads/arquivos/acao-humana.pdf. Acesso
em: 25 maio 2019

MISES, L. Uma crítica ao intervencionismo. 2 ed. São Paulo, 2010b: LVM Editora,
2010b. Disponível em:
http://rothbardbrasil.com/wp-content/uploads/arquivos/critica.pdf. Acesso em 25
maio 2019

MISES, L. Sobre moeda e inflação. São Paulo: LVM Editora. 2018

HOPPE, H. Democracia o deus que falhou: A economia e a política da monarquia,


da democracia e da ordem natural. São Paulo: LVM Editora. 2014

ROTHBARD, M. O que o governo faz com nosso dinheiro. São Paulo: LVM
Editora. 2013

MENGER, C. Sobre a origem do dinheiro. Instituto Rothbard 1882? Disponível


em: http://rothbardbrasil.com/wp-content/uploads/2017/08/Sobre-A-Origem-Do-
Dinheiro-Carl-Menger-1.pdf. Acesso em: 25 maio 2019

HAYEK, F. A desestatização do dinheiro: Uma análise da teoria e prática


das moedas simultâneas. 2 ed. São Paulo: LVM Editora. 2011. Disponível em:
http://rothbardbrasil.com/wp-content/uploads/arquivos/dinheiro.pdf. Acesso em: 20
maio 2019

HOPPE, H. POR QUE O ESTADO EXIGE O PODER DE CONTROLAR A


MOEDA. 2011. Disponível em: <https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1132>
Acesso em 03 JUNHO 2019

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