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Distribuição Acústica em Auditórios


Ivo Adriel Bastos Rodrigues – ivoadriel@gmail.com
Master em Arquitetura
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Teresina, PI, 14 de outubro de 2018

Resumo
A cidade de Teresina por ser a unica capital do Nordeste não situada no litoral, se torna uma
região com um enorme potencial para a realização de eventos devido a sua localização
geográfica. Tanto potencial no entanto, parece não ser explorado pelas iniciativas
intitucionais e privadas no que tange a criação de espaços adequados para a realização
destes eventos, ou seja, os auditórios e espaços de convenções se resumem a meros galpões
retangulares que desfavorecem na em seu proprio formato o seu desempeho acústico. Simples
alterações no formato dos espaços poderiam ajudar bastante ou ate resolver os problema de
acústica tão presentes nesses espaços. Essa pesquisa visa deixar claro o problema da falta de
bons projetos de acústica. Nessa outra frase é o momento de dizer sucintamente como você
procedeu para desenvolver a pesquisa (descreva o método adotado, ou seja, em termos gerais
informe onde os dados foram coletados (local específico) e como (qual instrumento foi usado
para coletar os dados), quem são os dados (respostas de pessoas, características de objetos,
fenômenos naturais, conceitos extraídos de textos, outros....), o tamanho da amostra
(quantidade) em números ou percentuais, e dizer que a análise dos dados foi baseada no
referencial teórico tal). O resultado coletado indica que a geometria dos espaços para
auditorios é algo pouco explorado pelos projetistas.

Palavras-chave: Arquitetura. Auditório. Acústica.

1. Introdução
Daqui para frente o formato é fonte Times New Roman tamanho 12, espaçamento simples.
Adote a estrutura tradicional para dar um formato de apresentação do conteúdo. Isto é,
introdução, desenvolvimento e conclusão. Tendo em vista que se trata de um trabalho escrito,
sugiro que você use como critério de escrita três técnicas de redação: narração, descrição e
dissertação. 1º: A narração - é uma história contada por você, que leva em conta o contexto
onde se encaixa o objeto de estudo. Sugiro apresentar “o local” onde seu objeto de estudo
encontra-se instalado e “a época” (recorte temporal) em que você identificou um problema a
ser explorado. Basicamente esses são os ingredientes de uma narração. Você pode, se desejar,
adicionar a técnica da descrição simultaneamente à narração. 2º: A descrição - é o uso de
palavras que ofereçam as características que favoreçam a identificação do objeto, isto é, seu
formato (sua aparência) e sua função (sua aplicabilidade). É uma espécie de “retrato falado”
do objeto. Durante a narração e a descrição não faça julgamentos. É preferível apresentar
hipóteses e perguntas que provoquem a reflexão. 3º: A dissertação – vamos dividir essa
técnica em duas fatias: crítica e conclusão. Ambas pertencem à dissertação. A) A crítica:
criticar não é falar mal ou demonstrar sentimentos pessoais que findam por desprezar o objeto
que está no foco da atenção. Criticar não é fazer afirmações desacompanhadas de dados
comparativos. Criticar é, antes de tudo, disponibilizar ao leitor o tipo de raciocínio que você
adota quando faz a interpretação de um objeto de estudo. Ao demonstrar seu tipo de
raciocínio, você dá uma oportunidade para a pessoa acompanhar sua linha de pensamento
cujo objetivo é a produção de uma reflexão. Para tanto, você pode fazer um jogo de perguntas
que você mesmo coloca, e respostas que você mesmo oferece. A reflexão é a natureza da
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crítica. B) A conclusão: a partir da reflexão (ou reflexões) há a possibilidade de se extrair (da


reflexão) uma conclusão. Tal conclusão deve estar fundamentada nos dados colhidos durante
a realização da pesquisa. A conclusão é a função da crítica. Ou seja, uma conclusão não pode
ser fruto de seus sentimentos particulares. Uma conclusão não pode ser norteada para
favorecer suas crenças ou os valores que são defendidos na cultura onde você nasceu e
cresceu, sem levar em conta a presença de dados que deviam ter sido recolhidos para
fundamentar a conclusão. Portanto, uma conclusão deve ser fruto dos dados que você colheu e
analisou por meio de determinado método de raciocínio. Em um trabalho acadêmico são os
dados que vão “contar” a história de uma determinada realidade. Não cabe a você “contar” a
história de tal realidade com base naquilo que você imagina. Você deve se considerar um
instrumento da pesquisa. Você é a pessoa que vai coletar os dados e escrever aquilo que os
dados dizem. Ofereço algumas sugestões de linhas de raciocínio para quando você usar a
técnica de dissertação na redação de seu texto: o raciocínio pelo método da comparação
(comparar a ideia de um autor com a ideia de outro autor, portanto, comparar as citações que
você lançar no texto; comparar a ideia de um autor com um ou mais dados colhidos por você,
ou dados colhidos por outro pesquisador; comparar dados ou resultados com outros dados e
outros resultados de pesquisas feitas por outros); o raciocínio pelo método da lógica, isto é,
numa relação de “causa e consequência”, afinal a ideia de alguém pode ser uma consequência
do tipo de experiência que teve com o objeto, pode ser consequência da cultura onde tal autor
se desenvolveu (outro país, outra época), pode ser consequência da influência que sofreu ou
absorveu de outros teóricos, pode ser consequência de ter tido, ou não, contato com esta ou
aquela característica do objeto, esta ou aquela realidade geográfica, ou limitações na
exploração dos dados. A técnica da dissertação para se redigir um texto acadêmico, deve ser
usada na segunda parte do Desenvolvimento do texto. Na primeira parte do Desenvolvimento
você deve usar a técnica da descrição, pois na primeira parte do Desenvolvimento você irá
descrever os procedimentos que adotou (o método) para buscar atingir o objetivo da pesquisa.
Esse detalhamento será visto mais tarde. Vamos tratar primeiro da Introdução do trabalho,
uma vez que já foi detalhado aqui a aplicabilidade das três técnicas de redação em cada parte
do trabalho.
Use na introdução a técnica da narração acompanhada, ou não, da descrição. Comece a
introdução por comentar que seu estudo se insere na área do conhecimento tal. Fale um pouco
sobre como surgiu seu interesse pelo tema. Apresente em qual contexto (época, lugar) o tema
está inserido. Explique por qual razão decidiu focar em determinado aspecto do tema.
Descreva o que você identificou como uma questão a ser investigada por meio de uma
pesquisa, portanto, trata-se de apresentar o problema de sua pesquisa (você pode concluir essa
frase com uma pergunta, pois uma interrogação representa o problema que deu origem à
pesquisa). Informe por que considera relevante buscar uma resposta que elucide o problema,
como forma de oferecer uma justificativa para que o problema identificado por você mereça a
realização de uma pesquisa. Consequentemente, apresente o objetivo da pesquisa (use sempre
um verbo no infinitivo para apresentar o objetivo geral e os objetivos específicos que se
espera alcançar com o desenvolvimento da pesquisa. Exemplos de verbos: identificar,
descrever, explicar, elucidar, classificar, quantificar, etc.). Caso você tenha uma hipótese,
apresente-a na introdução (uma hipótese não é elaborada para ser defendida com unhas e
dentes pelo pesquisador. O pesquisador se compromente a testar a(s) hipótese(s) que será(ão)
confrontada(s) com os dados colhidos pela pesquisa. O pesquisador tem o compromisso de
apresentar os resultados. Exemplo: a hipótese tal foi confirmada pelos dados tais; a hipótese
tal não foi confirmada em virtude dos resultados tal e tal. A elaboração de hipótese(s) é
facultativa. Mas o teste da(s) hipótese(s) e apresentação dos resultados não fará parte da
introdução. Na introdução você apenas apresenta a(s) hipótese(s). Testes e resultados serão
apresentados no capítulo de desenvolvimento do texto.
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Neste parágrafo da introdução faça citações de trabalhos realizados por outros autores
(conceitos, dados estatísticos gerados por outros pesquisadores, teorias) de modo que tais
citações demonstrem-se relacionadas ao tema de sua pesquisa, ou ao problema da pesquisa.
Você pode comparar as citações de dois ou mais autores, comente se há pontos de
convergência conceitual entre tal e tal autor, ou se há divergências entre tal e tal autor; ou
compare uma citação de determinado autor com os resultados estatísticos de determinada
pesquisa representada por um órgão institucional ou realizada por outro pesquisador
específico. Comente o que você interpreta dessa comparação e faça uma conexão com o seu
tema, ou o problema de sua pesquisa. Para você dar início a este parágrafo onde citações serão
feitas, sugiro começá-lo por apresentar um breve histórico de conceitos que estejam
diretamente relacionados ao tema ou ao problema de pesquisa. Vamos imaginar que você vai
buscar em vários autores o conceito de gestão que cada um elaborou. Cada frase pode
começar por um autor. Exemplo: Na visão de Fulano (2011:5) gestão significa “aqui entre
aspas está o conceito feito por este autor”. Entretanto, Beltrano (2008:23) entende que “aqui
entre aspas está o conceito feito por este autor”. Cicrano (1993:49) considera que “aqui entre
aspas está o conceito feito por este autor”. Agora você fará um breve comentário acerca das
citações. Por exempo: Ao se comparar as três citações é possível perceber uma defasagem
conceitual. As ideias de Fulano (2011) e Beltrano (2008) convergem entre si, e divergem da
ideia defendida por Cicrano (1993). Talvez a diferença entre as décadas em que cada conceito
foi produzido esteja na origem de tal defasagem conceitual.
Caro aluno, se uma citação couber em até 3 linhas, ela fica dentro do parágrafo, como nos
exemplos acima. Se a citação ultrapassar as 3 linhas ela deve ser deslocada do parágrafo, com
margem esquerda de 4 cm, espaçamento simples, fonte reduzida para o tamanho 10, e ficar
sem as aspas. Veja o exemplo a seguir:

A partir do parágrafo anterior, apresente ao longo da introdução até encerrá-la, entre


4 e 8 autores que tenham formulado um conceito a respeito do tema, ou do problema
de pesquisa. Possivelmente você vai perceber que autores diferentes possui um
conceito diferente sobre o objeto que você pesquisa. Assim, na introdução você
passa a realizar uma espécie de auditoria dos autores para citar o conceito que cada
um elaborou sobre um mesmo objeto, ou sobre uma mesma situação. Comente como
você interpreta dois ou mais conceitos a partir da comparação feita por você entre os
mesmos (SOBRENOME, 2011:5).

O exemplo acima é um exemplo do formato de citação direta quando o texto ultrapassa três
linhas. Perceba que o sobrenome do autor citado fica com todas as letras em maiúsculo e
dentro de um parêntese, seguido do ano de publicação do texto de onde foi extraída a citação
e, sempre que possível, insere-se o número da página de onde você extraiu a citação.
Prezado aluno, esta é a minha sugestão para você elaborar a Introdução de seu trabalho
acadêmico. O formato de apresentação pode variar de uma instituição de ensino para outra.
Utilize o presente formato, pois o mesmo foi avaliado e aprovado pela instituição onde você
se encontra.

2. Formatação geral
A partir de agora considere que a Introdução já foi feita. Entramos na parte do
Desenvolvimento do trabalho. Vou aproveitar para detalhar o formato geral do seu Artigo.
O artigo completo deve possuir um mínimo de 12 (doze) páginas e não deve exceder 20
(vinte) páginas. As margens (superior, inferior, lateral esquerda e lateral direita) devem ter 2,5
cm. O tamanho de página deve ser A4, impreterivelmente.
O artigo deve ser escrito no programa Word for Windows, em versão 6.0 ou superior. Se você
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está lendo este documento, significa que você possui a versão correta do programa. Na
sequência, passo a passo, serão especificados os detalhes da formatação.
Cabeçalho: é aquele que está na primeira página deste texto, descrito a seguir: Título: deve
estar na primeira linha da primeira página, em posição centralizada, com tipo de fonte Times
New Roman, tamanho 15, em negrito, com a primeira letra em maiúscula e as demais letras
em minúsculo.
Nome: o nome do autor deve vir duas linhas abaixo do título (ou 24 pontos), centralizado,
com letra Times New Roman, tamanho 12, em negrito e e-mail do autor. Nas linhas seguintes,
deve-se repetir o mesmo procedimento para o nome do curso, nome da Instituição de Ensino,
cidade (UF) e data completa de quando entregou o Artigo (dia, mês e ano).
Resumo: duas linhas (ou 24 pontos) abaixo do nome da cidade e data. O resumo deve ser em
língua portuguesa, com no máximo 200 palavras. Deve-se utilizar texto com fonte Times New
Roman, tamanho 12, em Itálico com espaçamento entre linhas simples.
Palavras-chave: devem ser informadas posicionadas uma linha (ou 12 pontos) abaixo do
resumo. São aceitas até cinco palavras-chave, separadas por ponto, com a primeira letra de
cada palavra em maiúsculo.
Títulos das seções: os títulos das seções do trabalho devem ser posicionados à esquerda, em
negrito, numerados com algarismos arábicos (1, 2, 3, etc.). Deve-se utilizar texto com fonte
Times New Roman, tamanho 12, em negrito. Não coloque ponto final nos títulos. O título da
primeira seção deve ser posicionado duas linhas (ou 24 pontos) abaixo das palavras-chaves.
Corpo do texto: o corpo do texto deve iniciar imediatamente abaixo do título das seções. O
corpo de texto utiliza fonte tipo Times New Roman, tamanho 12, justificado na direita e
esquerda, com espaçamento entre linhas simples.
Paginação: as páginas são numeradas no canto superior direito.
Notas de rodapé: uso facultativo.

3. Formatação de tabelas e figuras


Figuras e tabelas não devem possuir títulos (cabeçalhos), mas sim legendas. Para melhor
visualização dos objetos, deve ser previsto um espaço simples entre texto-objeto e entre
legenda-texto. As legendas devem ser posicionadas abaixo das Figuras e Tabelas. Esses
objetos, bem como suas respectivas legendas, devem ser centralizados na página (ver, por
exemplo, a Figura 1). Use, para isso, os estilos pré-definidos “Figura” ou “Tabela”. Para as
legendas, deve-se utilizar fonte Times New Roman, tamanho 10, centralizada (ou,
alternativamente, o estilo “Legenda”). Legendas não levam ponto final.

Figura 1 – Exemplo de figura


Fonte: O autor (2011)

Nas tabelas deve ser usada, preferencialmente, a fonte Times New Roman, tamanho 10. Os
estilos utilizados no interior de Tabelas devem ser “Tabela Cabeçalho” e “Tabela Corpo”, os
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quais podem ser editados (alinhamento, espaçamento, tipo de fonte) conforme as necessidades
(como, por exemplo, a fim de centralizar o conteúdo de uma coluna).
Importante: deve ser evitado o uso de objetos "flutuando sobre o texto". Em vez disso, utilizar
a opção “...formatar objeto ...layout ...alinhado” ao clicar-se com o botão direito do mouse
sobre o objeto em questão.
A Tabela 1 apresenta o formato indicado para as tabelas. É importante lembrar que as tabelas
devem estar separadas do corpo do texto por uma linha em branco (12 pontos). Para tanto,
pode-se usar uma linha do estilo “Tabela Espaçamento” entre o corpo de texto anterior à
tabela e a mesma, conforme exemplificado a seguir.

Tabela 1 – Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa


Fonte: Adaptado de Mays apud Greenhalg (1997)

4. Citações e formatação das referências


De acordo com Fulano (1997), citar corretamente a literatura é muito importante. Reparem
que a citação de autores fora do parênteses é feita com a primeira letra em maiúsculo,
enquanto a citação de autores entre parênteses deve ser feita com todas as letras em maiúsculo
(FULANO, 1997:32) Ao citar uma fonte de referência, solicita-se a inclusão do ano e da
página. No exemplo anterior os algarismos 1997 significa o ano. A página é apresentada após
a inserção de dois pontos após se inserir o ano (1997:32). Ex.: No entender de Pereira
(2005:58) “a citação onde são reproduzidas todas as palavras do autor citado deve vir entre
aspas. Usar aspas é uma maneira de informar ao leitor que todas as palavras do autor citado
foram transcritas na íntegra, e significa uma citação direta”
...ou:
Ex.: “A citação onde são mantidas todas as palavras do autor citado deve vir entre aspas. As
aspas é uma maneira de informar ao leitor que todas as palavras do autor citado foram
transcritas na íntegra, e significa uma citação direta” (PEREIRA, 2005:58).
Ambos os exemplos acima são de citação direta curta, porque a frase possui até 3 linhas. Mas
quando a citação direta for uma frase que ultrapasse três linhas, a ABNT normatiza que a
frase será deslocada do parágrafo e digitada a 4 cm da margem esquerda, sem o uso de aspas e
a fonte diminui de tamanho, para Times New Roman 10. A simples inserção da citação fora do
parágrafo por conter mais de três linhas de citação direta, com fonte tamanho 10, torna
desnecessário o uso de aspas. É uma citação direta longa. Após a frase o SOBRENOME do
autor citado deverá vir entre parênteses, seguido de ano e página de onde foi extraída a frase.
Ex.:
As aspas é uma maneira de informar ao leitor que todas as palavras do autor citado
foram transcritas na íntegra, e significa uma citação direta. Entretanto, quando a
frase possuir mais de três linhas, as aspas não serão usadas, já que fica fácil saber
que se trata de uma citação direta longa uma vez que a ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas), normatiza em sua NBR 14724 (2002, p. 5) o
deslocamento da frase do parágrafo, além de preconizar a diminuição do tamanho da
fonte para 10 (PEREIRA, 2005: 58).
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O ano significa a data em que o texto do referido autor foi publicado por um editor. Uma frase
de Platão, filósofo da Grécia Antiga, pode ser citada em seu texto e nesse caso, a referência ao
ano diz respeito ao livro ou texto que você teve acesso (a fonte), possivelmente editado em
ano mais recente, pois sequer existia livro na época de Platão. Assim fica entendido que o ano
se refere ao ano de edição e publicação da fonte de onde a citação foi extraída (livro, tese,
internet, etc.). Após o ano, sempre que for possível, é desejável inserir a página onde se
localiza o trecho citado, de modo a dar a oportunidade ao leitor para acessar na fonte o trecho
citado. Quando a página não está disponível em uma fonte bibliográfica ou documental, como
uma carta encontrada em um baú, um livro ou apostila sem paginação, então basta colocar o
ano de edição da fonte da qual você extraiu a citação.
Outro exemplo de citação é a citação indireta. A única diferença é que você não transcreve
literalmente as palavras de um autor, mas apenas a ideia-chave com o vocabulário que você
decidiu adotar. Ou seja, após ler e reler o texto original você irá reescrevê-lo, entretanto, a
ideia-chave não é sua mas do autor. Na citação indireta as aspas não são usadas, mas o
sobrenome seguido do ano e página da fonte devem ser informados. Ex.: Pereira (ano, página)
ou (PEREIRA, ano, página). A citação indireta não é deslocada do parágrafo, com margem de
4cm, portanto as palavras que você escreve como fruto da interpretação de uma ideia-chave
do autor mantém-se no corpo do parágrafo. Lembre-se: sem aspas.
Quando você julgar que se faze necessário suprimir uma parte do texto que pretende citar,
seja de forma direta curta, direta longa ou indireta, porque entendeu que é um trecho
desnecessário para a compreensão e por isso resolveu omiti-lo, sem desmanchar o argumento
do autor, usam-se colchetes com reticências [...]. Ex.: Pereira (2005:23) afirma que “o
calendário é composto de doze meses [...] e são quatro as estações do ano”.
Atenção: citar trechos de trabalhos de outros autores, sem referenciar adequadamente, pode
ser enquadrado como plágio (BELTRANO, 2002:39). Beltrano é o sobrenome do autor do
texto de onde foi extraída a citação. Reitera-se que é necessário se colocar após o sobrenome
o ano e página.

5. Desenvolvimento
Após a Introdução, faz-se o Desenvolvimento do texto. Você pode criar subtítulos do tipo:
Método adotado (você vai descrever o método que foi adotado par atingir o objetivo da
pesquisa. Informar em que região geográfica foi realizada a pesquisa, no caso de pesquisa de
campo; ou informar que se fez, diferente da pesquisa de campo, uma pesquisa puramente
bibliográfica a fim de elucidar questões que diversos teóricos tenham pensado sobre o seu
tema. Descrever o período de tempo dedicado à coleta de dados. Apresentar a amostra que
selecionou da qual retirou os dados. Apresenta os dados que coletou. Cabe ressaltar que “um
conceito” expresso por algum teórico, ou um pensamento colhido durante uma entrevista, são
dados, além de outros tipos de dados materiais (objetos). Informar qual foi “a referência
teórica” adotada para realizar a análise dos dados. Nesse estágio você já entendeu que realizar
uma pesquisa é, basicamente, levantar um debate com uma amostra de pensamento produzido
por teóricos (revisão de literatura, de onde retirou citações) e comparar o que disseram os
autores (teóricos citados) com os dados que você colheu em determinada realidade. Uma
pesquisa puramente bibliográfica indica que os dados são “conceitos” colhidos na literatura
que serão igualmente comparados, de acordo com “o problema” que você decidiu investigar.
Seja numa pesquisa puramente bibliográfica ou pesquisa de campo, é necessário adotar uma
referência teórica para com ela realizar a análise dos dados. Ou seja, você vai testar como os
dados colhidos se comportam diante de uma referência teórica adotada para “medir” os dados.
Então, o desenvolvimento de seu texto vai se caracterizar por ter havido uma comparação dos
conceitos (citações) dos autores acompanhada de suas observações que indica o seu
posicionamento perante a discussão; por ter havido comparação dos conceitos com os dados
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colhidos em determinada realidade; por ter demonstrado que adotou uma referência teórica
para lidar com a análise dos dados; e por descrever os resultados encontrados após a análise
dos dados.
Eu sugiro que ao partir para a coleta de dados, você tenha em mente quais dados deseja
analisar. Vou dar um exemplo. Imagine que seu médico lhe solicitou que faça um exame de
sangue (hemograma). O seu médico pretende analisar alguns dados do seu sangue. Ele,
previamente, já decidiu que vai investigar a relação de quantidade entre glóbulos brancos e
glóbulos vermelhos como forma de auxiliar no diagnóstico de alguma infeção (os glóbulos
brancos aumentam na circulação sanguínea), ou para um diagnóstico de anemia (os glóbulos
vermelhos diminuem na circulação). Portanto, o laboratório vai coletar o seu sangue, porém
seu médico já decidiu que dados pretende investigar. Eu posso desejar fazer uma pesquisa
sobre história da arte. Vou escolher como amostra as pinturas europeias do século XV para
nelas coletar os meus dados. Que dados pretendo investigar? Essa decisão precisa ser tomada
previamente. Então, decido que os dados que vou coletar da amostra serão as cores. Quero
identificar “o padrão de cores que uma amostra de pintores do século XV usou nas pinturas”.
Caro aluno, entenda que fica mais fácil analisar os dados quando previamente se decide quais
serão esses dados. Inclusive, antes mesmo da coleta eu vou criar uma tabela (Tabela 2) para
ser preenchida quando eu estiver na fase de coleta dos dados. Veja o exemplo abaixo.

Ocorrência de cores primárias Ocorrência de cores secundárias Ocorrência de cores terciárias


Vermelho = Verde = Rosa=
Amarelo = Laranja = Verde azulado =
Azul = Violeta = Amarelo esverdeado =

Tabela 2 – Padrão de cores utilizadas pelos pintores do século XV.


Fonte: seu SOBRENOME, (mês e ano) se que você criou a tabela

No exemplo acima outros dados poderiam ser coletados se o objetivo fosse outro (mobiliário
de uma época; vestimentas; armamentos; símbolos religiosos; tipo de pincelada usada pelo
pintor; conteúdo figurativo; conteúdo abstrato; etc.). Por isso eu sugiro que antes de você dar
início à coleta de dados de sua pesquisa, você decida antecipadamente o que quer procurar. É
o mesmo comportamento de quando buscamos algo no Google. Ninguém entra no Google e
fica parado sem saber o que quer buscar. Então, decida que dados quer encontrar para elucidar
o problema que encontrou no tema de sua pesquisa. Se você vai encontrar, ou não, os dados
que decidiu buscar somente a pesquisa vai responder. De posse dos dados, analise-os e
apresente os resultados. Até esse momento, vamos considerar que você cumpriu com a
primeira parte do Desenvolvimento do texto. De posse dos resultados você elabora a segunda
parte do Desenvolvimento do texto. Basta promover um debate, uma discussão sobre os
resultados encontrados. Sugiro comparar os resultados encontrados com citações que você
pode lançar ainda, ou com aquelas que tenha lançado na Introdução ou na primeira parte do
Desenvolvimento do texto. Para fazer as comparações, escolha autores que tenham feito
abordagens teóricas sobre a mesma classe de dados que você tem em mãos (no exemplo
acima: as cores). Compare as citações dos autores com os resultados encontrados, interprete-
os de modo a apresentar os pontos de convergência e divergência. Compare os mesmos
resultados com a(s) sua(s) hipótese(s), caso a(s) tenha elaborado.

6. Conclusão
Sua conclusão será fundamentada nos resultados e na discussão anteriormente abordadas. O
autor deverá apresentar suas descobertas de maneira lógica. Por exemplo: isso é consequência
daquilo; isso causou aquilo. Use um vocabulário claro e conciso. Nesta frase apresente a
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conclusão a que você chegou com base nos resultados encontrados. Nesta frase informe se
cada objetivo foi alcançado (informe um por um). Nesta frase ofereça respostas no sentido de
esclarecer se o problema de pesquisa foi elucidado. Nesta frase informe se cada hipótese foi
confirmada ou negada pelos resultados encontrados, caso você tenha elaborado hipótese(s).
Nesta frase informe sobre as limitações encontradas no decorrer da pesquisa (na fase dos
procedimentos de coleta de dados, na fase de encontrar autores que abordassem o tema – onde
você buscou tais autores?). A ideia é que mesmo diante de limitações que possam ter havido e
com as quais não foi possível lidar, você apresente outros aspectos que podem ser exploradas
por outros pesquisadores, por outros trabalhos no futuro. Nenhuma citação de outros autores
deve ser feita na fase de conclusão.

Referências
Todas as citações feitas no texto devem constar ao final, na seção Referências. As Referências
devem aparecer pelo sobrenome do autor em ordem alfabética, todas as letras em maiúsculo,
seguido do nome com apenas a primeira letra em maiúsculo. As referências não devem ser
numeradas. O espaçamento é simples, com um espaço entre cada referência listada. O título
das obras citadas em seu texto como Referência deve estar destacado em negrito (ou
sublinhado, ou em itálico).

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: resumo:


elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: citações:


elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: formatação


de trabalhos acadêmicos. Rio de Janeiro, 2002.

DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Cortez, 1991.

LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica . São Paulo: Atlas, 1997.

MORAES, Irani Novah. Elaboração da Pesquisa Científica . Rio de Janeiro: Ateneu, 1996.

SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fonte, 1995.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo:


Cortez,1996.

Anexo
Os anexos devem vir ao final do trabalho. Vale salientar que os anexos ao serem inseridos não
são contados como páginas.

Prof. Farlley Derze - diretoria@jamiletormann.com


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