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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

Disciplina: Física Experimental IV

Professor: Rogério Neto Suave

Experimento A4: Interferômetro de Michelson e comprimentos


de onda

Grupo:

Ana Paula Campos

Gabriel Uccelli

Mariana Monteiro Vale

Vitória – ES

2022
INTRODUÇÃO

Para determinar o índice de refração do ar, uma célula contendo ar à pressão atmosférica é
inserida no caminho do feixe (entre os espelhos M3 e M1). Uma bomba de vácuo permite
variar a pressão na célula.

A variação do índice de refração de um gás (n) é linearmente dependente da pressão (p),


tal que

n(p) = n0 + (Δn/Δp)p (1)

Onde n0 = 1 é o índice de refração do vácuo e a razão positiva, por definição, Δn/Δp é o


parâmetro a ser determinado experimentalmente.

Se a célula cheia de ar à pressão p possui uma espessura δ, o caminho óptico percorrido


dentro da célula pelo raio que é refletido em M1, após atravessá-la duas vezes, é dado por
x = n(p)2δ. Quando a pressão dentro da célula for alterada de p para p + Δp, então o
caminho óptico do mesmo raio sofrerá uma alteração de

Δx = [n(p + Δp) - n(p)]2δ (2)

Iniciando-se com a pressão ambiente (p0), com um ponto de mínimo ou de máximo no


centro da figura de interferência observada no anteparo, e reduzindo progressivamente a
pressão dentro da célula, são observadas N alterações de mínimo para mínimo no centro
da tela e anotados os valores correspondentes de pressão p. Como cada alteração de
mínimo corresponde a uma alteração de caminho óptico de um comprimento de onda λ,
então a contagem do número de alterações entre os valores de pressão p e p + Δp,
representado por N(p + Δp) - N(p), está relacionada à variação no caminho óptico por

|Δx| = [N(p + Δp) - N(p)]λ (3)

Esta expressão foi escrita em termos de valores absolutos já que variações positivas ou
negativas do caminho óptico levam à mesma alteração quantitativa no padrão de
interferência. Agora, combinando as equações (2) e (3), obtém-se o parâmetro necessário
para encontrar o índice de refração n do ar à pressão atmosférica p, ou seja,

Δn/Δp = |ΔN/Δp|(λ/2δ) (4)

DESENVOLVIMENTO

Tabela 1: Medidas dos valores de pressão Δp para variações ΔV de mínimos/máximos.


Variação Δp (mbar)
(Máx./Mín.) Séries de medidas
ΔN 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª
1 -130 -110 -120 -125 -115
2 -240 -230 -250 -230 -240
3 -375 -360 -355 -360 -350
4 -490 -480 -490 -500 -490
5 -605 -610 -615 -600 -620
6 -730 -720 -730 -740 -735
7 -840 -850 -845 -855 -840

Tabela 2: Número de alternâncias N em função do valor médio da variação de pressão Δp.


Variação Valor médio
(Máx./Mín.) (mbar)
(± 12 mbar)
ΔN Δp

1 -120
2 -238
3 -360
4 -490
5 -610
6 -731
7 -846

Gráfico 1: Número de alternâncias N em função do valor médio da variação de pressão Δp.


Portanto, conseguimos calcular o coeficiente linear do Gráfico 1 sendo como A ± ΔA =
(-8,23 ± 0,08) 1/bar. Sendo ΔN = AΔp, então A = ΔN/Δp. E sendo λ = 632,8 nm e δ = 10,0
mm. Assim substituindo esses valores na expressão (4):

−6 −3
Δn/Δp = (8,23 ± 0,8) x 0,03164 x 10 = (0,260 ± 0,002) x 10 m/bar

Substituindo o valor de Δn/Δp encontrado na expressão (1) ficará assim:

−3
n(p) = [ 1 + (0,260 ± 0,002) x 10 ]p (5)

Gráfico 2: Variação do Índice de refração em função da alteração de pressão

Substituindo p=1013,0 mbar, para encontrar o índice de refração do ar à pressão


atmosférica em temperatura ambiente, teremos:

−3 −3
𝑛𝑎𝑟= 1 + [(0,260 ± 0,002) x 10 ] x 1013,0 = 1 + (2,63 ± 0,001) x 10

𝑛𝑎𝑟= (1,00260 ± 0,001)

CONCLUSÃO

Após a realização do experimento e dos cálculos com os dados coletados, foi possível
analisar o resultado obtido, foi percebido que o índice de refração do ar obtido
experimentalmente [nar = (1,001 ± 0,001)] condiz com o valor já conhecido e tabelado nos
livros de física e química.
Portanto, em vista dos resultados obtidos, podemos dizer que o experimento foi realizado
com êxito.

REFERÊNCIAS

[1] http://www.ifsc.usp.br/~lavfis/images/BDApostilas/ApMichelson/Michelson_1.pdf

[2]http://fisicapracurtir.blogspot.com/2013/03/introducao-ao-estudo-da-refracao-da-luz.html

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