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SESI 156

MICROPLÁSTICOS

Aluna:
Maria Eduarda Trindade
Química
nº21 ALEX OLIVEIRA GARCIA
DEFINIÇÕES
Partículas quase invisíveis de microplástico são

prejudiciais à vida marinha e ao ser humano


O tamanho

Esse tipo de
máximo dos

São pequenas
material é um
microplásticos é

partículas de
dos principais
de 1 milímetro,

plástico. poluentes dos


enquanto outros

oceanos adotam a

medida de 5

milímetros.
CRESCENTE CONSUMO

DE PLÁSTICO
Nas últimas décadas, a produção de plástico tem aumentado

significativamente em função da sua aplicabilidade em itens

de diferentes setores. Dentre os polímeros mais comuns,

destacam-se o polipropileno, o polietileno, o policloreto de

vinila, o poliestireno e o polietileno tereftalato, que

correspondem a cerca de 90% da demanda de plástico no

mundo.
Essa procura por materiais plásticos está relacionada ao seu

baixo custo, alta durabilidade e resistência a produtos químicos,

radiação e pressão. Em consequência do consumo de produtos

feitos por esses polímeros, são geradas grandes quantidades

de resíduos que nem sempre são reciclados ou reutilizados,

sendo lançados de forma direta ou indireta no ambiente e

causando uma série de danos. Desse modo, as atividades

antrópicas e industriais são consideradas altamente

impactantes, pois são as principais fontes de inserção de

plásticos no ambiente.
COMO OS

MICROPLÁS

TICOS VÃO

Nurdles

Descarte incorreto

PARAR NO
Lavagem de roupa

MEIO

Ar

Cosméticos e produtos de higiene

AMBIENTE?
Tintas látex e acrílicas

Pesca fantasma
IMPACTOS DOS

MICROPLÁSTICOS

A partir de 2001, após a

descoberta de microplásticos no

ambiente de água doce, estudos

têm sidos feitos para determinar

o impacto dessas partículas no

meio aquático.
Incorporam partículas

Causam poluição

tóxicas
química
Incorporam partículas tóxicas
Os bisfenóis, utilizados em larga escala pela

Quando escapam para o meio ambiente, os

indústria, estão presentes em tintas, resinas,

microplásticos atuam como captadores de poluentes

orgânicos persistentes (POPs) altamente nocivos.

latas, embalagens e materiais de plástico em

Além disso, uma pesquisa publicada no jornal


geral. Quando escapam para o ambiente,

Chemosphere indica que os microplásticos também


além da poluição visual e física que causam,

são responsáveis pelo aumento da toxicidade dessas


geram poluição química. Uma vez no ambiente

substâncias em até dez vezes. Dentre esses poluentes


e no organismo, o bisfenol se comporta como

estão os PCBs, os pesticidas organoclorados, o DDE e


um disruptor endócrino, podendo causar

o nonilfenol. Os POPs são tóxicos e estão diretamente


esterilização, problemas comportamentais,

ligados a disfunções hormonais, imunológicas,


diminuição da população, entre outros.
neurológicas e reprodutivas. Eles ficam durante muito

tempo no ambiente e, uma vez ingeridos, têm a

capacidade de se fixarem na gordura do corpo, no

sangue e nos fluidos corporais de animais e

humanos.

Retardam o crescimento

de plantas
Um estudo realizado por uma equipe de

pesquisadores da Universidade de

Massachusetts Amherst e da Universidade

Shandong, na China, mostrou que os

microplásticos presentes no solo podem

reduzir a biomassa total das plantas, o que

tem influência direta no rendimento e valor

nutricional das safras.


Apresentam riscos para a vida animal
Os microplásticos também apresentam diversos riscos para a vida animal. Quando vão

parar no meio ambiente, eles podem reduzir a população de animais, prejudicar o

desenvolvimento de ovos de aves, causar deformidades sexuais em répteis e peixes e

provocar alterações na metamorfose de anfíbios. Três pesquisas realizadas com o objetivo

de analisar a disseminação de microplásticos entre esses indivíduos mostraram que 30% dos

peixes amazônicos têm o intestino contaminado por partículas plásticas.


Outra pesquisa demonstrou que os plásticos no oceano podem liberar produtos químicos

que causam deformidades nas larvas de ouriços-do-mar. Em um experimento, ouriços-do-

mar que tiveram contato com esses compostos tóxicos desenvolveram uma variedade de

anormalidades, incluindo esqueletos deformados e complicações no sistema nervoso. Dessa

maneira, pode-se concluir que produtos químicos utilizados para tratar plásticos também

podem apresentar riscos para a vida animal, já que são liberados na água.
Um grupo de cientistas conseguiu provar que a ingestão de microplásticos por uma espécie

de mosquito pode desencadear mudanças evolutivas. A descoberta foi feita após cientistas

observarem as colônias de insetos em ambientes controlados, mas com quantidades de

microplásticos similares ao meio ambiente. Inicialmente, quando o material foi introduzido

pela primeira vez, a taxa de mortalidade dos insetos subiu em 50%, provando os possíveis

impactos do plástico nos mosquitos.


POLÍMEROS E OS

MICROPLÁSTICOS
Os polímeros são macromoléculas resultantes da polimerização (união de moléculas iguais ou

diferentes) de monômeros (uma das unidades moleculares que formam polímeros).


Os plásticos são polímeros produzidos de forma artificial, ou seja, são polímeros sintéticos cuja

principal matéria-prima são hidrocarbonetos de origem natural (petróleo). Durante sua produção, os

plásticos são facilmente moldados por meio do efeito do calor e/ou da pressão em certa etapa da

produção.
O plástico apresenta características como versatilidade, leveza, durabilidade, impermeabilidade, bom

isolamento térmico e elétrico e baixo custo de produção. Em virtude disso, estão presentes em uma

grande quantidade de produtos de utilização diária, como sacos plásticos, brinquedos, utilidades

domésticas e produtos de higiene.


Independente de como seja usado, quando um polímero plástico atinge o ambiente aquático, sofre

degradação (quebra de suas unidades moleculares), formando microplásticos.


Entre os polímeros cuja utilização, atualmente, leva à maior liberação de microplásticos nos ambientes

aquáticos, estão: polietileno, polietileno tereftalato (PET), polipropileto (PP), poliestireno (PS),

poliuretano (PU), policloreto de vinila (PVC) e náilon (PA).


Polietileno tereftalato (PET): polímero formado

pela polimerização entre os monômeros ácido p-

benzenodioico e 1,2-etanodiol.
Polietileno: polímero formado pela polimerização

entre monômeros da substância eteno.

Fórmula estrutural do eteno.

Formado por monômeros que apresentam a


função hidrocarboneto acíclico insaturado (de


cadeia aberta com uma ligação dupla), o eteno


Fórmulas estruturais dos monômeros do PET.
apresenta grande resistência à umidade e a

substâncias químicas. Essa substância é utilizada,


Formado por monômeros que apresentam as

por exemplo, em embalagens de produtos


funções ácido carboxílico e álcool,

farmacêuticos. respectivamente, o polímero PET possui resistência


térmica e química. É usado, por exemplo, na

fabricação de garrafas plásticas.


Poliestireno (PS): polímero formado pela polimerização entre monômeros

da substância estireno.
Polipropileno (PP): polímero formado pela

polimerização entre monômeros da


substância propeno.

Fórmula estrutural do propeno Fórmula estrutural do estireno.



Formado por monômeros que apresentam a função hidrocarboneto

aromático, esse polímero atua como isolante térmico e elétrico. É utilizado,

Formado por monômeros que apresentam

por exemplo, em painéis de automóveis.


a função hidrocarboneto acíclico

insaturado (de cadeia aberta com uma


Poliamida (náilon) (PA): polímero formado pela polimerização entre os monômeros

ligação dupla), o polipropileno atua como


ácido hexanodioico e hexano-1,6-diamina.
isolante térmico e elétrico. É utilizado, por

exemplo, em componentes eletrônicos.

Fórmulas estruturais dos monômeros da poliamida.


O náilon é formado por monômeros que apresentam as funções ácido carboxílico e

amina, bastante resistentes à abrasão (esfoliação) e ao ataque químico,

respectivamente. É usado, por exemplo, na fabricação de fibras têxteis.


Policloreto de vinila (PVC): polímero

formado pela polimerização entre

monômeros da substância cloreto de


vinila.

Poliuretano (PU): polímero formado pela polimerização


entre os monômeros diisocianato de parafenileno e a 1,2-

Fórmula estrutural do cloreto de vinila. etanodiol.



Formado por monômeros que apresentam


a função haleto orgânico, o policloreto de


vinila apresenta resistência química e


térmica. É utilizado, por exemplo, em


roupas de couro artificial.

Fórmulas estruturais dos monômeros do poliuretano.


Formado por monômeros que apresentam as funções

cianato e álcool, bastante resistentes à abrasão

(esfoliação). É utilizado, por exemplo, em revestimentos

internos de roupas.

COMO EVITAR A PRESENÇA DE

MICROPLÁSTICOS?
Diminua o consumo de plásticos; Recicle, reutilize e reaproveite;
Não consuma animais marinhos e contribua com iniciativas
Zere o consumo de itens de plástico supérfluos,

que retirem redes de pesca e outros plásticos do mar; como canudinhos, glitter, copos descartáveis e

Evite consumir alimentos armazenados em recipientes de


sacolas;
plástico; Pegue e dê carona. Cada carro a mais é sinônimo

Troque sua escova de dentes de plástico por uma de bambu; de mais microplásticos no ar e na água;
Tente usar absorventes de pano ou coletor menstrual; Zere o consumo de cosméticos com esfoliantes

No lugar de tecidos de fibra sintética, utilize algodão orgânico; sintéticos: substitua-os por receitas naturais;
Quando comprar alimentos, cosméticos e produtos em geral,
Descarte corretamente e encaminhe para

prefira aqueles que venham em embalagens de vidro, papel


reciclagem;
ou sem embalagens, como shampoos e sabonetes em barra; Pressione empresas e governos para que

diminuam o uso de plástico, utilizem embalagens

retornáveis e com design menos nocivo e

garantam o retorno do plástico utilizado à cadeia

de produção.

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