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Trent
Gilmar Pintar
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Termo de Compromisso com o Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal Uma aliança para o desenvolvimento sustentável da região
Douglas B. Trent
325 peixes, 159 mamíferos, 98 répteis e 53 anfíbios.
Tuiuiú (Jabiru mycteria) Em novembro de 2012, foi apresentada no XIV Encontro Nacional de Comitês de Bacias, realizado
em Cuiabá (MT), uma moção defendendo a necessidade de construção do Pacto em Defesa das
Reino das Águas Cabeceiras do Pantanal que foi aprovada por unanimidade pelos Comitês de Bacias de todo o
Brasil. A partir de 2013, iniciaram-se os diálogos regionais para a construção do Pacto em Cáceres
Com uma área de 624.320 km2, a bacia do Alto Paraguai se espalha
e Tangará da Serra para discutir a metodologia.
pelo Brasil (62%), Bolívia (20%) e Paraguai (18%). Além de manter o
fluxo hidrológico do Pantanal, a bacia oferece abastecimento de água
para as cidades da região, onde vivem mais de três milhões de pessoas.
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http://www.wwf.org.br/?30522/Descaso-com-nascentes-e-rios-ameaa-o-Pantanal
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Décio Siebert
ba, Cabaçal e Jauru, a região das
Cabeceiras do Pantanal é com-
posta por 25 municípios: Alto
Paraguai, Araputanga, Arenapó-
lis, Barra do Bugres, Cáceres,
Curvelândia, Denise, Diamanti-
no, Figueirópolis D´Oeste, Glória
D´Oeste, Indiavaí, Jauru, Lambari
D’Oeste, Mirassol D’Oeste, Nor-
telândia,Nova Marilândia, Nova
Olímpia, Porto Esperidião, Por-
to Estrela, Reserva do Cabaçal,
Rio Branco, Salto do Céu, San-
to Afonso, São José dos Quatro
Marcos e Tangará da Serra. Figura 2 – Mapa de área de abrangência. Vista aérea de Tangará da Serra/MT.
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Fórum do
Setor Privado
Décio Siebert
Fórum do
Poder Público
Grupo
Coordenador
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As Fases do Pacto
A 1ª fase do Pacto ocorreu de outubro de 2013 a outubro de 2014. Durante esse processo, 72 institui-
Durante a fase de diagnóstico, todas as decisões foram tomadas de forma consensual e exaustiva-
mente debatidas. Durante esse momento, três cenários foram considerados para o desenvolvimento
futuro da região:
a Um cenário em que os atores sociais andassem juntos no futuro;
a Um cenário em que os atores sociais andassem separados no futuro;
a Um cenário em que os atores sociais apenas se cobrassem e se controlassem, sem necessaria-
mente caminharem juntos.
Depois de analisar e discutir os três possíveis cenários, chegou-se a conclusão de que o cenário que
melhor representaria o pacto seria aquele em que todos os setores e atores sociais caminhassem
juntos e unidos na construção de políticas públicas num horizonte até 2020.
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OS DESAFIOS COMUNS
Assim, o grupo coordenador do Pacto definiu 34 desafios comuns: Saneamento ambiental e gestão de resíduos sólidos
Desenvolvimento sustentável 17 Outorgar e licenciar os lançamentos de efluentes existentes nos corpos hídricos com responsa-
bilidade compartilhada e parceria entre os entes federados;
1 Promover debates na região do Pacto sobre experiências de negócios sustentáveis nas áreas
produtivas e de serviços; 18 Apoiar o estudo de áreas para destinação final de resíduos sólidos e firmar parcerias entre entes
federados e órgãos afins para instalação;
2 Organizar e subsidiar os municípios para elaborar um plano/programa integrado de desenvol-
vimento regional sustentável;
19 Definir normas para localização de aterros de interesse da aviação civil particular;
20 Incentivar empreendimentos para saneamento, fomentar a gestão de resíduos sólidos, coleta
3 Incentivar o extrativismo e sistemas agroflorestais para promover cadeias produtivas locais
seletiva e indústria da reciclagem;
sustentáveis;
21 Incentivar a implantação das biofossas onde o sistema de coleta não seja viável e possam me-
4 Promover a troca de experiências de educação ambiental existentes na região.
lhorar o tratamento de esgoto;
Adequação ambiental e recuperação de áreas degradadas 22 Influenciar os programas de habitação rural contemplem a implantação de biofossas e jar-
dins filtrantes.
5 Atualizar o mapeamento do uso e ocupação do solo com trabalho de campo e imagiamento
de qualidade; Gestão de recursos hídricos
6 Aproveitar e fortalecer o Cadastro Ambiental Rural – CAR como meio de planejamento da ade- 23 Apoiar a criação, o fortalecimento e a estruturação de no mínimo um comitê nas quatro sub-ba-
quação ambiental da propriedade, inclusive conservação dos solos; cias da região do Pacto;
7 Elaborar uma cartilha de boas práticas e uso adequado de solo; 24 Garantir a representatividade e legitimidade na paridade desses comitês criados;
8 Influenciar os programas de urbanização para que considerem a adequação ambiental, espe- 25 Elaborado os planos de bacias: Alto Paraguai, Sepotuba, Cabaçal e Jauru;
cialmente o cuidado com as APP’s e regularização fundiária; 26 Participar na elaboração do Plano de Bacia do Paraguai (Rio Federal) e na Governança desta Bacia.
9 Incentivar os produtores rurais para a manutenção dos serviços ambientais, especialmente ge-
Fortalecimento da gestão ambiental e licenciamento ambiental
ração de quantidade e qualidade da água, procurando a ampliação do PSA (Pagamento por
Serviços Ambientais) instituído em Tangará da Serra; 27 Colaborar com o poder público municipal e os consócios organizados para capacitação contí-
10 Influenciar os financiamentos agropecuários, como FCO, PRONAF e considerar a adequação nua e formação de equipes técnicas com foco na gestão ambiental, no desenvolvimento susten-
ambiental e as boas práticas das propriedades rurais; tável, na elaboração de projetos e captação de recursos; (gestão ambiental engloba segurança,
saúde e meio ambiente);
11 Realizar troca de saberes e experiências para recuperação de áreas degradadas e de APP’s;
28 Buscar a orientação de agências e órgãos reguladores;
12 Planejar detalhadamente a recuperação de APP’s e iniciar o processo de recuperação em 50
nascentes, no mínimo duas em cada município, e 20.000 hectares de APP’s na região do Pacto 29 Influenciar na aplicação dos recursos de gestão ambiental para que sejam vinculados e efetiva-
até 2020; mente investidos no sistema ambiental e na área da bacia;
13 Iniciar a implantação de ações de adequação de uso do solo em até 30.000 hectares até 2020; 30 Reivindicar recursos de compensação ambiental, por exemplo, do setor elétrico, para que sejam
aplicados efetivamente nas ações ambientais;
14 Realizar o levantamento e a publicação de fontes de financiamento para recuperação de áreas
31 Influenciar a participação mais decisiva da população na instalação de empreendimentos
degradadas e APP’s.
de infraestrutura;
Estradas Rurais e Estaduais 32 Aprofundar os estudos dos impactos dos empreendimentos, baseados nas Resoluções do CONAMA
em vigor.
15 Apresentar às administrações locais propostas de adequação das estradas rurais, inspiradas no
modelo do projeto “Cultivando Água Boa” de Itaipu PR (com termo de cooperação técnica em Fortalecimento do Pacto
andamento) e promover uma capacitação dos profissionais que trabalham nessa área;
33 Aumentar a representatividade e legitimidade trocando informações do Pacto cada qual em seu
16 Buscar mecanismos políticos e financeiros para a adequação ambiental de até 10% das estradas seguimento de forma a mantê-lo informado e, ao mesmo tempo, trazer informações;
rurais em cada município até 2020. 34 Trazer o setor de atenção básica de saúde para a articulação do Pacto.
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O Pacto não arrecada e não arrecadará recursos financeiros específicos para seu funcionamento. Com a articulação e construção do Pacto, estamos trazendo instituições de outros estados e do
Portanto, para alcançarmos os objetivos comuns, cada instituição quando o assina se compromete Governo Federal para ações positivas na região.
a usar recursos humanos e financeiros próprios para alcançar os objetivos comuns. Outra pode doar Cada vez mais unidos teremos a chance de ampliar seu reconhecimento nacional e até mesmo
um pouco mais e outra, ainda mais. Cada instituição deve aportar recursos proporcionais aos seus internacional pois os resultados já alcançados demonstram que estamos no caminho certo. Não
desafios e capacidades. Juntos podemos mais! tenhamos dúvidas de que a união e integração de diversos setores e entidades faz a diferença!
Com essa estratégia, a de unirmos esforços na aplicação dos recursos, conseguiremos fortalecer as Nosso propósito busca garantir água em quantidade e qualidade para todos os usos, inclu-
instituições integrantes do Pacto. Esse fortalecimento, por sua vez, é de fundamental importância sive para os ecossistemas aquáticos, na busca de um processo que integre desenvolvimento
porque proporcionará credibilidade na busca de novas parcerias e de novas fontes de financiamento e sustentabilidade.
e quem sabe futuramente até um fundo financeiro específico para as ações do Pacto.
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Fale conosco
www.pacto.eco.br
Luciana Castanha - luciana-castanha@hotmail.com – (65) 9972-1973
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