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Universidade Federal Rural da Amazônia

Curso Licenciatura em Letras com Habilitação em

Língua Portuguesa

ORIGEM DO MUNICÍPIO DE GARRAFÃO DO NORTE-PA

DISCIPLINA: Estudos das Narrativas Orais e Histórias de Vida

DOCENTE: Mirna Lúcia Moraes

DISCENTE: Maria Andréia Cruz

Francisco Cleison Gomes Araújo

Gilkid da Silva Oliveira

Belém-pa
2022

RECORRENDO A HISTÓRIA:

ORIGEM DO MUNICÍPIO

Garrafão do Norte nasceu de um desmenbramento do Município de


Ourém. Ourém tem os seus primeiros registros em 1828, quando uma lei geral
estabeleceu que fosse seu primeiro presidente Manoel Raimundo Macedo.
Com ele se constituíram os primeiros vereadores para o quatriênio de 1829 a
1832. Essa região sofreu muito com o movimento da cabanagem, movimento
esse que deu um trabalho para o governo regencial. Consta que aconteceram
muitas depredações no território refugiados às margens do Gipuúba.
Caçadores e mateiros, no final do século XIX deram a região do Gipuúba o
nome de Garrafão do Norte. Os primeiros registros, no entanto, dessa área
datam do ano de 1962. Tratava-se de áreas de terras devolutas, compradas do
governo federal, sendo então presidente o Dr. Juscelino Kubistchek. A região
habitada por moradores que não tinham os documentos de posse da terra.
Ante à chegada de mineiros e agroômos, que se dirigiam para a demarcação e
cortes das terras do Pará, região entre Paragominas, Viseu, até o rio Guamá,
houve um pânico geral. Todo o povo de Ourém e Garrafão temeu ter de
desocupar as terras e entregá-las. (GONÇALVES 2000)

Segundo Gonçalves somente em 1988, diante da situação de


necessidade de demarcação e do temor de perda dos direitos do povo da
região, o governo do Estado do Pará determinou a realização de um plebiscito,
marcando para o dia 24/04/1988. Nesta data, todos os municípios do Estado,
que deveriam ser desmembrados, deveriam manifestar-se Sob a presidência
da Juíza de Direito da Comarca do Rio Guamá, Dra Maria das Dores
Guimarães Soares, aconteceu a votação, com duas mesas receptoras, sendo
que 3.687 votos (contados da noite de 25/04/88 na residência do Sr. Gentil
Barroso Sampaio), apontaram para o desmembramento de de Garrafão do
Norte, separando-se de Ourém.

Origem do nome por meio da tradição oral, chegam-nos a informação de


que antigos caçadores e mateiros, no final do século passado, em Ourém,
tiveram contato com os ouremauaras Manoel Felipe e Vicente Pedro
Mendonça. Segundo o que contaram os mateiros e caçadores, de pai para
filho, esses dois personagens, ao visitar uma aldeia, no alto do rio Gipuúba,
quebraram um garrafão na margem direita. O lugar, desde então ficou
conhecido como Garrafão ( 1855 aproximadamente ).

Diante de nossa pesquisa com relatos dos moradores de Garrafão do


Norte, precisamente o Sr. Elias Xavier dos Santos, disse que por já existir uma
cidade por nome Garrafão, só que era uma cidade pernambucana. Resolveram
então acrescentar o topônimo do Norte, justamente pelo fato do município
pertencer a Região Norte do país.

A história de Garrafão do Norte está muito ligada à política local. Muito


antes de tornar-se município, a população já participava intensamente da vida
política de Ourém, município ao qual pertencia. Em 1962, por ocasião da
eleição municipal, os garrafoenses puderam eleger um vereador à Câmara
Municipal de Ourém. Com uma secção eleitoral de 223 eleitores, o povoado
conheceu uma acirrada campanha entre dois candidatos : Sr. Nazinho,
paraense de Ourém e Manoel Gonçalves Eufrásio, cearence e sertanejo. No
dia 15 de novembro, Eufrásio não foi eleito, porém, seu candidato a prefeito de
Ourém, Dariozinho de Oliveira o foi e com grande maioria. (GONÇALVES
2000)

Liderados por Manoel Gonçalves Eufrásio os eleitores de Garrafão do


Norte cobram do prefeito eleito de Ourém, providências no sentido de impedir a
vinda dos agronômos de Belém e garantir a todos a posse da terra, e
consequentemente, a paz. A partir dos relatos do autor do livro.

Em dezenbro de 1962, Manoel Gonçalves Eufrásio, fecha a sua casa,


deixa o seu terreno agrícola por conta de outros e se muda para Ourém,
estando presente na posse do amigo Dariozinho em março de 1963. Em
Ourém chegava todos os dias, petições ao prefeito para que ele insistisse junto
ao governo do Estado para que se encontrasse uma solução. (Extraído do
livro)
Eufrásio estava sempre atento aos acontecimentos. Colocou amigos
vigiando a região, sendo informado de que duas turmas de agronômos haviam
chegado à margem esquerda do rio Gipuúba, no povoado de Garrafão, por
detrás da casa do Almeida e que tinham a intenção de passar pelo meio do
povoado até alcançar a margem direita do rio Guamá, no Capoeiro. Passando
todas as informações para o prefeito, Eufrásio propõe que viajasse até Belém e
procurasse na secretaria das Terras os órgãos compententes e tentsse criar
uma colônia agrícula, com terras demarcadas e documentação em ordem.
Seria um progresso para o município. Assim foi criada a colônia Tauarí,
legalizando a posse aos seus legítimos donos. (GOLÇALVES 2000)

Garrafão do Norte emancipou-se de Ourém pela Lei nº 5.445, de 10 de


março de 1888. A instalação do município deu-se em 1º de janeiro de 1989
( Ata da Secção Solene de Instalação – Anexo). Foram empossados o Senhor
Prefeito Municipal Milton Xavier dos Santos, brm como os novos e primeiros
vereadores, os quais deram posse ao prefeito. (GONÇALVES 2000)

MILTON XAVIER DOS SANTOS

Primeiro prefeito de Garrafão do Norte. Nasceu no dia 12 de maio de


1934, foi em Timboteua, Município de Canindé, Ceará. Filho de João Xavier de
Araújo e de Dona Ricarda Mascena dos Santos, ambos cearences e
agricultores. Ainda em Canindé, frequentou a escola, concluindo algumas
séries do primeiro grau. Aos 22 anos de idade casou-se com dona Diolinda
Mascena dos Santos, sendo que do casamento nasceram 7 filhos, 06 homen e
01 mulher. Em 1958 emigrou para o Pará em busca de melhores dias. No dia
12 de dezembro de 1958 chegou a Garrafão passando a residir, a partir de 05
de janeiro de 1959, em uma colônia denominada Carrapatal, construindo casas
e roçados. Em 1962 passou a morar no povoado de Garrafão, sobrevivendo do
comércio e da agricultura. Foi o primeiro pecuarista de Garrafão. Fez o curso
de motorista em Belém e concluiu o 1º grau no SERBE-MEC-Bragança. Foi
eleito vereador da Câmara Municipal de Ourém por três legislaturas;
representando Garrafão desempenhou 16 anos de mandato. ( GONÇALVES
2000)
A partir da pesquisa do autor do livro ele foi filiado ao PMDB ( Partido do
Movimento Democrático Brasileiro), foi eleito em 15 de novembro de 1988
como primeiro prefeito municipal de Garrafão do Norte com um total de 2. 758
votos. Obteve a maioria na Câmara, visto que dos nove vereadores eleitos,
seis eram do seu partido. Dessa forma, Executivo e Legislativo estavam unidos
a lançar as raízes do novo município, elaborando sua carta magna: a Lei
Orgânica do Municípo.

Seguindo ainda em suas referências ele participou de todos os


movimentos políticos que pretenderam a emancipação da cidade. Sempre foi
um homem pacífico, compadecidos dos doentes, amigos de seu pais . amparou
sempre sua mãe que faleceu bem velhina. A partir da morte de sua mãe, seu
pai passou a residir em sua companhia contando com os seus cuidados.

Hoje com 87 anos de idade ainda vivo, o primeiro prefeito de Garrafão


do Norte, reside em uma Vila, que chama-se Distrito do Louro, mora com suas
filhas mais novas ambas do segundo casamento, mas sua esposa atual é do
terceiro e atual casamento, com quem tivemos contato e autorização das fotos
foi com sua filha Mary Xavier dos Santos, a mesma é funcioária da secretaria
de Saúde de Garrafão do Norte, também mora com seu pai que diz que é seu
alicerce, sua inspiração de vida.
Na foto estão presentes o ex prefeito Milton Xavier dos Santos e sua
filha Mary Xavier dos Santos.

PIONEIROS:

MANOEL GONSALVES EUFRÁSIO – um dos mais antigos moradores


do local e autor das pesquisas que resultam no primeiro livro do município de
Garrafão do Norte.

Nasceu no lugar denominado Cruz, Município de Massapé, no Estado do


Ceará, no dia 07 de novembro de 1927. Filho de João Gonçalves e de dona
Maria da Conceição Ramos. Casou-se com a cearense Maria Júlia Eufrásio, no
dia 25 de agosto de 1956.

Aprendeu as primeiras letras com sua mãe. Saiu de Santa Ana do


Acaraí, Ceará, por motivo de seca, mudando-se para o estado do Pará em
1958, e, aí, residiu primeiramente em capitão Poço. Em 1961 mudou-se para
Garrafão do Norte que pertencia ao município de Ourém.

Em Garrafão do Norte foi o primeiro dentista (protético), enfermeiro


obstetra, político atuante, poeta e historiador. Para desempenhar essas
funções preparou-se através de cursos profissionalizantes por
correspondência. Assim, em 1966, fez um curso de Higiene e Enfermagem
teoria. Orientado pelo Instituto Científico de Química da Guanabara, RJ; cursou
também, pelo mesmo instituto, o curso de Protético dentário concluído em 30
de abril de 1969, concluiu o curso de Guanabara de Obstetrícia, tornando-se
enfermeiro obstétrico (parteiro operador). Conclui o 1° Grau em 1984, através
do Serviço Educativo Radiofônico de Bragança- SERB e Ministério de
Educação e Cultura – MEC – Bragança/Pará.Cursou Datilografia na Escola
Fonte da Paz, em Capitão Poço/Pará (1985). Em 1990 foi credenciado para
exercer a Atividade Técnica Profissional, em nível de segundo grau, de Auxiliar
de Enfermagem. Desde 1977 trabalhou na Prefeitura Municipal de Ourém, na
área da Saúde. Recebeu, em 1979, do prefeito Haroldo Alencar de Souza, a
responsabilidade de ser o Diretor do Posto Médico da vila de Garrafão do
Norte, com a carteira assinada em 1980. Em 1983 foi renovado o contrato pelo
então prefeito José Raul de Sousa Santos, de Ourém, permanecendo na
função até 31 de dezembro de 1988. Com a emancipação de Garrafão do
Norte, Manoel Gonçalves Eufrásio continuou na mesma função, só que não
teve a sua carteira assinada.

Hoje ainda levam sua história, pois seus filhos ainda residem em
Garrafão do Norte, Manoel Gonçalves Eufrásio faleceu no ano de 2012.

Do casamento com Maria Júlia nasceram sete filhos, sendo 04 mulheres


e 03 homens. Dois de seus filhos faleceram crianças e o casal criou 05 filhos.
Político atuante, Eufrásio foi candidato à Câmara Municipal de Ourém por três
vezes, não foi eleito, porém, o seu candidato a Prefeito Dariozinho de Oliveira
elegeu-se. Cidadão ativo participou de todas as campanhas que se fizeram na
região. Assim, colaborou na criação da colônia de Tauarí (março de 1963).
Juntamente com os cursilhistas participou da campanha para a compra da casa
do padre, em Garrafão. Ele próprio mensurou o terreno e providenciou a
documentação do local onde hoje é a Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro, no bairro dos paraenses. Com autorização do Padre Severo trocou
uma casa com a de João Laurentino, na qual hoje é a casa paroquial.

Apaixonado pela história local pesquisou durante 31 anos todas as


ocorrências de Garrafão, sonhando escrever um livro que fosse, ao mesmo
tempo, um registro dos fatos e de uso didático.
Poeta, define-se, definindo o seu povo:

Somos um povo mestiço a caridade é extrema


Habitamos Garrafão, Entre nós e nosso irmão.
Um cantinho do Brasil Nosso triunfo e vitória
Um pedaço da nação. Esta bandeira explica
Nossa arma é o amor Passam os tempos, vão-se
O respeito e a razão os séculos
Venceremos qualquer coisa
Que nos venha de ante- E nossa bandeira fica
mão Foi criada com amor
Na paz da compreensão Nossa natureza rica.
Alguém que a si sacrifica Se alguém tem dúvida?
Os teus filhos que estudam Claro que é humana....
Todos no trabalho ajudam

MILTON XAVIER DOS SANTOS - Primeiro Prefeito de Garrafão do


Norte. (Já mencionado sua biografia).

MARIA EDILMA ALVES DE LIMA: Primeira funcionária da Prefeitura


Municipal - Nasceu aos 16 de janeiro de 1966, em Calabaço – Acopiaria/Ceará.
Filha de Francisco Alves de Lima e de dona Maria Barbosa de Lima. Os pais
emigraram de sua terra natal, por motivos familiares e vieram residir em
Garrafão em busca de melhores condições de vida.
Cursou o início do primeiro grau em Garrafão do Norte e o concluiu no
Colégio Padre Vitaliano Maria Vare, em Capitão Poço/Pará. O segundo grau foi
feito no Colégio Cearense, em Belém do Pará. Com a emancipação de
Garrafão foi chamada a trabalhar com o prefeito Sr. Milton Xavier dos Santos,
na função de 1ª Tesoureira, com portaria baixada em 02 de janeiro de 1989.
Atualmente Maria Edilma Alves de Lima, é prefeita da cidade pelo seu
segundo mandato. Em seu primeiro mandato ainda, formou-se em
Administração elevando ainda mais seu grau de conhecimentos.

Na foto ela está ao lado de seu esposo Emilton Xavier filho do primeiro
prefeito de Garrafão do Norte, nesta foto estão comemorando os 87 anos do
Sr. Milton Xavier, ex prefeito do município.

PADRE LOURENÇO SCOTT Primeiro padre a assistir à população de


Garrafão do Norte - Era padre barnabita. Antigo vigário de Ourém, Vizeu,
Irituia, na Diocese de Bragança/Pará. Nasceu em 04 de abril de 1924 e faleceu
em 25 de novembro de 1975. Era natural de Milão/Itália, em 1957 era vigário
em Ourém e, a partir de 1961 passou a celebrar missa na capela de São
Francisco de Assis, em Garrafão. Rezava uma missa por ano. Hospedava-se
na residência de Manoel Gonçalves Eufrásio. A pedido de famílias religiosas
do local, passou a celebrar 04 missas ao ano: no mês de janeiro, em honra ao
mártir São Sebastião; no mês de maio, em honra de Nossa Senhora da
Conceição, ocasião em que se realizava uma coroação da Virgem; no mês de
agosto, homenageava-se o padroeiro: São Francisco de Assis e, no mês de
outubro, em honra de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Ao amigo Eufrásio
prometeu, um dia, passar por escrito as datas de todas as missas celebradas
por ele nos povoados próximos a Garrafão. Durante um longo período o padre
Scott ficou ausente do povoado, dizia-se que era vigário em Iritúia. Quando
Eufrásio já não tinha mais esperanças de ver o amigo padre, visto que sabia
que andava mal da saúde, ele aparece. Havia muita gente na Igreja de
Garrafão e Eufrásio rezava o terço com as famílias. Foi então chamado pelo
Padre Lourenço Scott para ir até a sacristia. Após os cumprimentos, o padre
avisou que iria à casa do amigo que, juntando a família, rumou para a
residência a fim de receber o visitante. Após a refeição, Eufrásio convidou o
padre para um banho no igarapé Gipuúba, que ficava atrás da casa. O padre,
feliz por estar naquele lugar, sentou-se na tábua usada pelas lavadeiras e
disse: "Meu amigo, eu sei que vais escrever o livro da fundação deste povoado.
Eu quero te contar que estou vindo a pé do povoado de Maçaranduba e, daqui
a pouco, viajarei para Capitão Poço e, de lá, para Iritúia onde estou sendo
Vigário, por enquanto. Por favor, toma esse papel e nele lerás que celebrei a
primeira missa em Garrafão, no dia 08 de agosto de 1957. No Poção de Induá,
no dia 22 de agosto de 1960. No Sombrinho, no dia 11 de setembro de 1963.
Em Arauaí, dia 08 de agosto de 1963. No Tauarí, no dia 24 de agosto de 1963.
Em Maçaranduba, no dia 03 de agosto de 1961. Em Pau de Remo -
Livramento, no dia 28 de agosto de 1965. Eu talvez não volte mais aqui.
Viajarei para Iritúia e rezarei por ti, meu amigo e por todos os filhos de Deus,
dos lugares pelos quais passei e que talvez eu não veja mais. Tenho certeza
de que Deus me deu a oportunidade para dizer-lhe isso". Olhou para o céu,
suspirou profundamente, fez o sinal da cruz e tomou o seu banho. Essa, diz
Eufrásio, foi à última vez em que vi meu pai, o pastor de nossas almas, o
fundador desta Igreja de São Francisco de Assis de Garrafão. O pregador dos
Santos Evangelhos em toda a nossa região. Pregava a palavra de Deus para
nós, para os índios, para os esquecidos, os não contados no reino de Deus e
por ele passaram a ser contados Filhos de Deus.

Ele batizou, perdoou os pecados, carinhosamente ensinou a Palavra e a


Santa Doutrina. Apontando para os céus, dizia: "Lá temos um Pai que nos
espera, vamos lá!". Esse era um padre santo. O seu nome não foi imortalizado
ainda no Município e, neste livro, quero fazer justiça.
Até o exato momento, não constam ainda homenagens ao padre, que
rezou as primeiras missas do município de Garrafão do Norte.
JOAREZ FERREIRA DA SILVA 1° Secretário da Saúde Nascido em 28
de maio de 1946, em Belém do Pará. Filho de Augusto Ferreira da Silva e
Helena Braga da Silva. Iniciou seus estudos primários na Escola Alcindo
Cacela; o ginásio na Alfredo Naves e o 2º grau no Colégio Augusto Meira e
Visconde de Sousa Franco e o curso superior de Administração de Empresas
na Universidade da Amazônia - UNAMA. Fez sua carreira militar na Força
Aérea Brasileira, sendo incorporado às suas fileiras como soldado e passando
para a reserva com sub - oficial após 29 anos de bons serviços prestados. Foi
secretário da administração na Prefeitura Municipal de Garrafão e também o
primeiro secretário municipal da saúde. Candidatou-se à Câmara Municipal de
Garrafão, sendo eleito em 03 de outubro de 1996, como vereador mais votado
com 516 votos.
Ainda hoje o então Sr. Joarez, trabalha na Câmara de vereadores do
município.

OTACÍLIO JOSÉ DE SIQUEIRA 1° Delegado Sindical - Nasceu a 08 de


dezembro de 1924, na cidade de Nova Exu, Estado de Pernambuco, filho de
José Francelino, de Siqueira, pernambucano, e de dona Maria Verônica da
Conceição, cearense. Ambos agricultores, Otacílio chegou em Capitão Poço,
no Pará, em 24 de outubro de 1955. Casou-se em 27 de fevereiro de 1927 com
dona Maria Geralda Siqueira e, com ela, teve 07 filhos. Em 1959 veio para
Garrafão. Foi sempre agricultor, dedicando-se, às vezes, ao comércio.
Segundo chefe político de Garrafão assumiu o cargo de 1º Delegado Sindical
sendo, também, o primeiro plantador de pimenta do reino em Garrafão.
Assumiu o cargo de 1° Sub-Prefeito da cidade e colaborou na condução da
balsa Magalhães Barata, de Ourém para a travessia do Rio Guamá, para servir
de ponte na referida travessia. Colaborou muito para o desenvolvimento da
cidade de Garrafão sendo o representante do PDS e aceitou a candidatura a
vereador à Câmara. Foi um dos eleitos para a primeira legislatura, no pleito de
15 de novembro de 1988, com apenas 29 votos. Eleito pela legenda o que
causou grande admiração em todo o país: o vereador menos votado daquela
eleição. Hoje somente seus filhos e familiares moram em Garrafão do Norte,
pois o mesmo faleceu no ano de 2011.
MARIA RAIMUNDA LIMA DE SOUSA - 1ª Diretora da Cultura. Nasceu
em 05 de março de 1950, na cidade de Vizeu, Estado do Pará.
Filha de José de Moura Lima e Senhorita dos Santos Lima, paraenses e
agricultores que se mudaram para Garrafão, no município de Ourém. Maria
Raimunda tinha 05 anos de idade quando chegou. Estudou na Escola Reunida
Luiz Meranda da Silva onde "aprendeu um pouco. Lecionou como professora,
na localidade de Portão, município de Ourém.

De 1968 a 1969 estudou mais e seguiu lecionando de 1971 1 1979 na


Escola Reunida. Parou de novo, para estudar e concluiu o 1º e 2º graus no
CTRH - Centro de Treinamento de Recursos Humanos, em Benevides, Pará.
Fez estudos adicionais em Matemática, no mesmo colégio e passou a lecionar
na Escola Estadual Prof. Mário Brasil, em Garrafão do Norte. Aos 21 anos de
idade casou-se com Manoel Andrade de Sousa.

Sempre morando em Garrafão, o casal teve 05 filhos. Em 1989, o poder


executivo do novo Município de Garrafão colocou Maria Raimunda como
responsável por 106 Escolas Municipais, sendo também vice-diretora da
Escola Estadual Mário Brasil. Em 1989 aceitou o cargo de Diretora de Cultura
do Município.

ALGUNS PONTOS HISTÓRICOS DE GARRAFÃO DO NORTE


Primeira praça de Garrafão do Norte- Praça da vitória

Cemitério do município- Parque da eternidade


hospital com a homenagem do obtestra Manoel Gonçalves Eufrásio e o
único escritor do município.

Mercado municipal de Garrafão do Norte.


Igreja de Santa Luzia no bairro das pedrinhas em Garrafão do Norte.

Igreja do perpétuo socorro no bairro perpétuo socorro em Garrafão do


Norte.
igreja matriz São Francisco de Assis esta é a primeira igreja do
município, mas reconstruída iniciada pelo padre Gerinaldo alguns outros
padres já deram sua contribuição, mas até hoje não foi concluída ainda.

Considerações finais
Diante das observações e entrevistas realizadas, foi possível destacar
que esta pesquisa possibilitou conhecer de forma mais aprofundada as
histórias de vida de determinadas personalidades da localidade e sua
vinculação com a história do município de Garrafão do Norte-Pa. Estas
histórias de vida contribuem de forma extremamente satisfatória e enfáticas em
processos socioculturais e possibilitam para que as novas gerações possam
conhecer a origem e identidade deste município, e desta forma preservar a
história.
REFERÊNCIAS

DELGADO, Lucilia de Almeida Neves. Dossiê. História Oral e narrativa: tempo,


memória e identidade.
GONSALVES, Manoel. São Paulo. 2000
PERAZZO, Priscila. Dossiê: Narrativas Orais de Histórias de Vida-
Comunicação & inovação, PPGCOM/USCS. V, 16, n. 30 (121-131) jan-abr
2015.
LE GOFF, Jaques. História e Memória. Campinas: Editora Unicamp,2003.

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