A VIOLENCIA POLICIAL CONTRA NEGROS NO BRASIL E NO MUNDO

No ano de 2020, George Floyd, foi morto por um policial nos EAU, tendo como
consequência uma grande repercussão e vários protestos contra a brutalidade
policial perante os cidadãos negros. Porém, a violência, os maus tratos e a
visão inferiorizada feita as pessoas de cor mais escura, não é um fato hodierno,
pois é algo que esteve presente desde o período colonial e que devido a isso
normalizou-se na sociedade.
Um dos contribuintes é o racismo estrutural, pois essa estrutura social que
possibilitou a manutenção do racismo ao longo da história, inclusive no Brasil,
pode ser contada a partir das próprias leis do país. Um exemplo disso é a lei
Áurea, proclamada em 1888, que apesar de ter legitimado a liberdade das
pessoas escravizadas, não criou nenhum tipo de mecanismo que as inserissem
na sociedade, assim dando acesso a emprego e a educação, isso porque na
constituição anterior elas não eram vistas como cidadãs.
E apesar de todas as conquistas feitas pelo movimento negro, tendo leis que
garantam a igualdade entre os povos, o racismo é um processo histórico que
modela a sociedade até hoje. Um exemplo disso, é a violência contra
afrodescendentes, segundo dados estatísticos de um estudo realizado pela
Rede de Observatórios de Segurança Pública, 86% dos 1.814 mortos pela
polícia do RJ em 2019 eram negros. Isso ocorre devido à estereótipos ainda
enraizados na sociedade. Pobre, que passa necessidade e que por conta
disso, muitas vezes, precisa praticar atos ilícitos para sobreviver, dificilmente
relacionados à alguém branco.
Portanto, é de extrema necessidade que medidas devam ser tomadas com a
finalidade de reduzir os casos de violência policial à população negra no Brasil.
Para isso, é preciso que ocorra fiscalizações que garantam a melhor
aplicabilidade da lei, com o objetivo que punições justas sejam feitas aos
policiais. Além da criação de mecanismos que auxiliem a melhor formação
desses profissionais, a fim de exercerem a sua profissão sem descriminar um
cidadão por sua cor, tomando medidas precipitadas e, muitas vezes,
condenáveis.