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Em maio de 2020, mais um civil foi morto por um oficial. Esse caso seria apenas mais
um número na estatística não fosse a repercussão midiática, George Floyd morreu
asfixiado sob os joelhos de um policial. Em consonância com essa notícia está a
realidade de muitos cidadãos brasileiros, visto os desafios para o combate da violência
policial no país. Isso ocorre pelo legado histórico e pela sensação de superioridade
desses agentes. Dessa maneira, é imperioso que essa chaga social seja resolvida.
Sob esse viés, acerca da lógica referente à violência policial, é substancial analisar o
aspecto histórico. Nesse sentido, é possível observar que não há coincidências nas
estatísticas e a população negra é a que mais sofre com essa agressão, visto que,
segundo dados do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), mais de 80% das
pessoas que afirmaram já terem sido abordadas por policiais são negras. Essa
perseguição se relaciona intimamente com o passado escravocrata. De acordo com o
filósofo Lévi-Strauss, só é possível interpretar adequadamente as ações coletivas por
meio do entendimento dos eventos históricos. Dessa forma, a problemática,
fortemente presente no século XXI, apresenta raízes intrínsecas à história brasileira,
por isso, sua resolução demanda, a princípio, reflexões e discussões acerca da
história tupiniquim.
Além disso, nota-se que o sentimento de poder que o cargo de policial reflete na
sociedade se soma às questões históricas e intensifica a problemática. Para
exemplificar o abuso de poder, é válido citar o experimento de Zimbardo feito em
Stanford com a simulação de uma prisão. Nesse contexto, é preciso ressaltar que o
grupo selecionado como guarda, com pouco tempo de experiência, adotou uma
postura abusiva com os outros participantes que eram os prisioneiros. Desse modo,
evidencia-se a importância de meios para denunciar esse exagero, pois com a
concessão de poder é possível um exagero em seu uso de modo a gozar do cargo.