Você está na página 1de 23

Redes sociais na luta pelas causas sociais

● Redes sociais são solução ou problema na luta pelas


causas sociais/raciais?
● Você acredita que o mundo melhorou ou piorou seus
preconceitos e pré-conceitos depois das redes sociais
assumirem esse papel?
● O que as redes sociais têm feito por uma luta
social/racial?
● Você já presenciou alguma luta online? Qual?
As ## e polêmicas na luta online

Foi preciso eclodir uma mobilização internacional para que a pauta do


racismo viesse à tona no Brasil. Ainda que, historicamente, os movimentos
negros venham denunciando o racismo, é impossível não ver a pauta hoje na
mídia em razão dos cada vez mais frequentes casos de violência policial,
dirigida especialmente à juventude negra. E a luta contra o racismo é pauta
chave para enfrentar as desigualdades no país.
O assassinato de George Floyd nos Estados Unidos, homem negro morto por um
policial branco, fez crescer uma onda de protestos em todo mundo clamando:
Black Lives Matter! (vidas negras importam!). No Brasil, não foi diferente.
Mesmo com a pandemia, muitos foram às ruas pelas vidas de Robson, João
Pedro, Ágatha Felix, Vitor Henrique e tantas outras vidas negras tiradas em ações
da polícia.

Segundo dados do Mapa da Violência, um jovem negro é morto a cada 23 minutos


no Brasil. A juventude negra está nas ruas, em protestos e manifestações,
deixando claro que a luta contra o racismo é pauta fundamental contra as
desigualdades e que com racismo, não há democracia.
Famosos pela #Blacklivesmatter
O racismo é um problema dos brancos
O racismo não é um problema da população negra, uma vez que ele parte de pessoas
brancas, que se beneficiam dele. Como o professor Silvio Almeida explica em seu
livro: O que é racismo estrutural: “O racismo não é um ato ou um conjunto de atos e
tampouco se resume a um fenômeno restrito às práticas institucionais; é, sobretudo,
um processo histórico e político em que as condições de subalternidade ou de
privilégio de sujeitos racializados é estruturalmente reproduzida”.

Assim, o racismo é um problema que afeta o conjunto da sociedade, porque não é


possível ter uma sociedade justa e igualitária, sem que se enfrente o racismo. Ou,
utilizando o lema da campanha lançada pela Coalização Negra por Direitos,
“Enquanto houver racismo, não haverá democracia”.
Por fim, o racismo acentua as desigualdades em nossa
sociedade e gera consequências violentas que atingem
sobretudo a juventude e as mulheres negras. Por isso a luta
contra o racismo é tão importante para a democracia
brasileira.
E para o grupo LGBTQIA+:

O mês do Orgulho LGBTQIA+, comemorado em vários


países em junho, incentiva a discussão sobre direitos da
população LGBTQIA+ e contra o preconceito. Mas, de
acordo com as organizações sociais, no Brasil as ações
pelo mês provocam uma enxurrada de ataques de ódio,
principalmente pelas redes sociais.
Entre os crimes mais registrados contra a população LGBTQIA+
estão casos de ameaça, injúria, calúnia e difamação, além de
furto, roubo, estelionato e lesão corporal.

De acordo com o relatório da Associação Internacional de


Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA),
o Brasil ocupa o primeiro lugar nas Américas em quantidade de
homicídios de pessoas LGBTs e é o líder em assassinato de
pessoas trans no mundo.
A falta de acolhimento adequado nas delegacias faz com que
muitas vítimas dos ataques, principalmente os virtuais, não
denunciem. Luanda aconselha que as vítimas de LGBTfobia
procurem um advogado que tenha um entendimento do assunto,
que vai acompanhá-las à delegacia para que o boletim de
ocorrência seja lavrado de forma correta e vai orientar como
reunir as provas para comprovar o crime.
Famosos pela #lgbtqia+
Visibilidade ao Movimento

A internet vem contribuindo para o crescimento dos movimentos sociais. E com o


movimento feminista não seria diferente. Com o aumento do acesso à internet, algumas
pautas finalmente puderam ser colocadas em questão, abrindo um leque de opções de
discussões sobre cada assunto.

Segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua),


realizada em 2018 pelo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres
usam mais a internet no Brasil que os homens. Essa pesquisa aponta que do total de
pessoas que acessam a internet 74,5% são mulheres, uma das ferramentas que pode
explicar a visibilidade para as pautas feministas na web.
Com o acesso estendido e a multiplicidade de conteúdos oferecidos na
internet, ficou mais fácil entender e trabalhar o feminismo na rede. A
produção de conteúdo e de conhecimento que levam ao debate sobre o
assunto, trouxe às mulheres um universo de informação e de
fortalecimento das suas necessidades. Com isso, várias youtubers,
digitais influencers, artistas entre outras figuras públicas ganharam
visibilidade e puderam desenvolver ainda mais o movimento.
Exemplos do movimento nas redes sociais:
Fora outras lutas sociais como: gordofobia, ambientalista, religiosos e
etc.
Você sabe o que é Bolha Social?
A Constituição Federal de 1998 defende o direito à informação. No entanto, as redes sociais, de certa
forma, vêm dificultando o cumprimento desse direito por meio do agravamento do chamado efeito
bolha, que é causado pelos algoritmos dessas plataformas e pela falta de busca por outras fontes de
informação.

O principal fator causador do efeito bolha são os algoritmos existentes nos sistemas de redes
sociais como o Facebook. Nesses aplicativos, as recomendações de novos conteúdos para o
usuário são feitas de acordo com os interesses que esse demonstra ter, exibindo mais materiais
relacionados a um certo tema ao invés de outros. Assim, com o tempo, esses algoritmos acabam
filtrando os conteúdos mostrados de modo que o usuário só tenha acesso a materiais que tratam
de um determinado assunto ou ponto de vista, tornando mais difícil o acesso a informações mais
diversificadas e a opiniões mais variadas. Dessa maneira, o efeito bolha é causado e agravado
pelos algoritmos das redes sociais.
Bora assistir um vídeo explicando um pouco sobre a
Bolha Social:

https://www.youtube.com/watch?v=-uZX3NMgjEE
E aí? Você está fechado na sua Bolha?

Converse com seus amigos e faça o teste das pesquisas colocando no google uma
mesma palavra e veja se aparece resultados diferentes.
Discutem e debatam com seus amigos, respeitando ideias diferentes.
Tudo bem você mudar de ideia também depois de um debate e você perceber que
seu amigo/colega tem razão.
Atividade:
Escolha uma hashtag (#) que você concorda.
Escreva na cartolina.
Discuta com seus amigos sobre a #
MAS LEMBRE-SE DE RESPEITAR A OPINIÃO DE
TODOS!
Referências
https://psalm.escreveronline.com.br/redacao/tema-efeito-bolha-o-problema-agravado-pelas-redes-sociais
/

https://www.youtube.com/watch?v=-uZX3NMgjEE

https://www.oxfam.org.br/blog/luta-contra-racismo-a-pauta-chave-para-o-enfrentamento-das-desigualdad
es/?gclid=EAIaIQobChMImI7Q2Lu3-gIVKexcCh2oQgCuEAAYASAAEgK9VfD_BwE

http://ptsc.org.br/2021/05/28/sc-registra-retrocessos-contra-a-homofobia/

https://www.migalhas.com.br/quentes/347457/casos-de-lgbtfobia-na-internet-crescem-no-mes-do-orgulh
o-lgbtqia

Você também pode gostar