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Casagrande abre o coração e revela bastidores da luta contra as drogas:

'Não sentia amor... Não sentia nada'


Hoje, o comentarista do Grupo Globo é exemplo na batalha contra a
dependência química
A história de luta contra a dependência química é apenas um capítulo na
história de Walter Casagrande. Hoje, o ex-jogador e comentarista do Grupo
Globo fala abertamente sobre a relação dolorosa e caótica que teve com as
drogas. Nesta quinta-feira (26), Casagrande, emocionado, reviveu bastidores
e explicou a relação de prazer e ódio com as drogas.
Em participação no programa 'Converse com outras ideias', da GloboNews, o
ex-Corinthians afirmou que demorou para assumir o vício e que chegou a
deixar de pagar a clínica de reabilitação para ser expulso do tratamento.
- A dependência química é uma coisa muito louca, não é perceptível para o
cara que está usando. Eu me olhava no espelho e me via normal. Para mim
não estava acontecendo nada. Quando eu fui internado, comecei a fazer o
tratamento, fiquei quatro meses relutando - começou Casão.
- Na minha cabeça, ainda muito doente, eu pensei: 'Vou parar de pagar a
clínica e eles vão me colocar para fora'. Aí eu parei de pagar. Um mês, dois
meses... Me lembro muito bem que o psicólogo Tiago me chamou em outra
sala e perguntou: 'Você acha que vale a pena você voltar para a vida que te
trouxe aqui ou você acha que merece dar uma chance para o tratamento?'
Voltei para a sala e caí no choro - relembrou.
Casagrande ficou um ano internado na clínica de reabilitação. Com altos e
baixos durante o processo, o comentarista reviveu suas dores e
reconheceu lições tiradas do tratamento contra a dependência química.
- A droga me congelou por muito tempo. Eu não sentia raiva, não sentia
amor... Não sentia nada - desabafou o ex-jogador.
- Foi muito forte para mim aquilo. A dependência química era a ponta do
iceberg. A droga era uma certa fuga, amortecer aquilo que não quer sentir.
Comecei a desenvolver um conhecimento interno, foi necessário. Hoje,
aprendi todas as minhas limitações e consegui substituir o maior vício que o
dependente tem, que é o pico de prazer que a droga dá. É uma estrada
muito difícil... Eu não percebia que eu era dependente químico, falaram para
mim [que eu era dependente] - finalizou.
Casagrande abre o coração e revela bastidores da luta contra as drogas:
'Não sentia amor... Não sentia nada'
Hoje, o comentarista do Grupo Globo é exemplo na batalha contra a
dependência química
A história de luta contra a dependência química é apenas um capítulo na
história de Walter Casagrande. Hoje, o ex-jogador e comentarista do Grupo
Globo fala abertamente sobre a relação dolorosa e caótica que teve com as
drogas. Nesta quinta-feira (26), Casagrande, emocionado, reviveu bastidores
e explicou a relação de prazer e ódio com as drogas.
Em participação no programa 'Converse com outras ideias', da GloboNews, o
ex-Corinthians afirmou que demorou para assumir o vício e que chegou a
deixar de pagar a clínica de reabilitação para ser expulso do tratamento.
- A dependência química é uma coisa muito louca, não é perceptível para o
cara que está usando. Eu me olhava no espelho e me via normal. Para mim
não estava acontecendo nada. Quando eu fui internado, comecei a fazer o
tratamento, fiquei quatro meses relutando - começou Casão.
- Na minha cabeça, ainda muito doente, eu pensei: 'Vou parar de pagar a
clínica e eles vão me colocar para fora'. Aí eu parei de pagar. Um mês, dois
meses... Me lembro muito bem que o psicólogo Tiago me chamou em outra
sala e perguntou: 'Você acha que vale a pena você voltar para a vida que te
trouxe aqui ou você acha que merece dar uma chance para o tratamento?'
Voltei para a sala e caí no choro - relembrou.
Casagrande ficou um ano internado na clínica de reabilitação. Com altos e
baixos durante o processo, o comentarista reviveu suas dores e
reconheceu lições tiradas do tratamento contra a dependência química.
- A droga me congelou por muito tempo. Eu não sentia raiva, não sentia
amor... Não sentia nada - desabafou o ex-jogador.
- Foi muito forte para mim aquilo. A dependência química era a ponta do
iceberg. A droga era uma certa fuga, amortecer aquilo que não quer sentir.
Comecei a desenvolver um conhecimento interno, foi necessário. Hoje,
aprendi todas as minhas limitações e consegui substituir o maior vício que o
dependente tem, que é o pico de prazer que a droga dá. É uma estrada
muito difícil... Eu não percebia que eu era dependente químico, falaram para
mim [que eu era dependente] - finalizou.

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