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1.

INTRODUÇÃO

Este relatório trata do experimento sobre Medidas de Comprimento. Esse foi


realizado para a disciplina de Física Experimental, ministrada pela professora Cleide.

1.1 OBJETIVO

O experimento teve como finalidade proporcionar o conhecimento da precisão de


diversos instrumentos de medição de comprimento, o significado de algarismos
significativos e realizar operações aritméticas com eles.

1.2 MATERIAL UTILIZADO

 Escala Milimetrada Complementar (2.5);


 Régua Milimetrada (2.27);
 Paquímetro (2.20);
 Móvel com Superfície de Fórmica (2.28).

1.3 MONTAGEM
2. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES

2.1. PROCEDIMENTOS

Com a escala de unidade arbitrária da Escala Milimetrada Complementar, mediu-


se o comprimento (C), a largura (L) e altura (H) do móvel, e os resultados obtidos foram
anotados na TABELA I.
O procedimento anterior foi repetido. Desta vez, utilizando a Régua Milimetrada
para fazer as medições. Os resultados obtidos foram anotados na TEBALA II.
Mais uma vez repetiu-se o procedimento. Agora, fazendo uso do Paquímetro. Os
resultados obtidos foram anotados na TABELA III.
Com o Paquímetro foram medidos o diâmetro D e a profundidade P de cada um
dos orifícios concêntricos do Móvel (com relação aos respectivos topos). As medidas
foram anotadas na TABELA IV, juntamente com suas incertezas (desvios).
Com a Régua Milimetrada, mediu-se e anotou-se o comprimento L U da unidade
arbitrária U.
Agora, com o Paquímetro, repetiu-se a medida do diâmetro do orifício raso em
várias posições diferentes e os resultados foram escritos, na forma implícita, na
TEBELA V.

2.2. MEDIDAS E TABELAS

Dados coletados:

TABELA I – Unidade Arbitrária: U Desvio Avaliado: δ V A =0,05 U


C L H
o
N de unid. Completas 4,0 2,0 3,0
Fração avaliada 0,2 0,2 0,4
Valor total obtido 4,2 2,2 3,4
Valor com desvio 4,20 ± 0,05 2,20 ± 0,05 3,40 ± 0,05
TABELA II – Unidade: mm Desvio Avaliado: δ V A =0,5 mm
C L H
No de unid. Completas 55,0 30,0 45,0
Fração avaliada 0,5 0,0 0,5
Valor total obtido 55,5 30,0 45,5
Valor com desvio 55,5 ± 0,5 30,0 ± 0,5 45,5 ± 0,5

TABELA III – Unidade: mm Desvio Avaliado: δ V A =0,05 mm


C L H
o
N de unid. Completas 56,00 31,00 46,00
Fração avaliada 0,44 0,37 0,59
Valor total obtido 56,44 31,37 46,59
Valor com desvio 56,44 ± 0,05 31,37 ± 0,05 46,59 ± 0,05

TABELA IV
D (mm) P (mm)
Orifício raso 25,16 ± 0,05 5,76 ± 0,05
Orifício profundo 18,51 ± 0,05 34,47 ± 0,05

Comprimento da unidade arbitrária: 1U =( 13,5 ±0,5 ) mm

TABELA V
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D (mm) 25,07 25,12 24,80 25,00 24,75 25,15 25,22 25,08 24,65 24,95

2.3. ANÁLISES

Ao igualarmos os valores da largura do móvel obtidos na TABELAS I e II,


podemos determinar o valor (com desvio) da unidade arbitrária (1U). Para isso, faremos
uso da teoria do desvio máximo para propagação de erros:

1U =( 13,6 ± 0,5 ) mm
Agora, utilizando os dados da TABELA III, determinamos, usando as teorias do
desvio máximo e do desvio padrão para propagação de erros, os seguintes valores:

 PERÍMETRO DA FACE MAIOR DO MÓVEL:

 TEORIA DO DESVIO MÁXIMO:


D 1=( 206,06 ± 0,20 ) mm

 TEORIA DO DESVIO PADRÃO:


D 1=( 206,06± 0,14)mm

 ÁREA DA FACE MAIOR DO MÓVEL:


TEORIA DO DESVIO MÁXIMO:

D2=(2630± 5)mm2
TEORIA DO DESVIO PADRÃO:

D2=(2629,5± 3,7)mm2

 VOLUME TOTAL DOS ORIFÍCIOS:


TEORIA DO DESVIO MÁXIMO:
2 2
D3=(121× 10 ± 1× 10 ) mm ³
TEORIA DO DESVIO PADRÃO:
D 3=( 1214 × 10± 6 ×10 ) mm ³

 VOLUME DO MÓVEL:
TEORIA DO DESVIO MÁXIMO:
3
D4 =( 7039× 10± 39 ×10 ) m m
TEORIA DO DESVIO PADRÃO:
D 4 =( 7039× 10± 20 ×10 ) mm ³

Fazendo o tratamento estatístico das leituras obtidas na tabela V, expressamos a


medida:
D=(24,98 ±0,06)mm

OBS: Os cálculos realizados se encontram no anexo.

3. CONCLUSÕES
A partir do experimento realizado, foi possível concluir que não é possível
construir um instrumento que meça as dimensões exatas de um corpo já que sempre
haverá alguma, mesmo que desprezível, imprecisão.
Como pudemos perceber, os instrumentos de medição devem ser escolhidos de
acordo com a necessidade de precisão do objeto a ser medido. Usar um paquímetro
para medir, por exemplo, a mesa onde o experimento foi realizado seria desnecessário,
pois, como é um objeto grande, erros pequenos são aceitáveis e o paquímetro é um
instrumento de alta precisão.
Observou-se que o valor calculado para 1U e o valor medido são bastante
coerentes, visto que a diferença é muito pouca entre eles.
Se usássemos o desvio δ V A =0,1 U e repetíssemos o cálculo para obter o
valor de 1U, teríamos:
1U =( 13,6 ± 0,8 ) mm

Observando o resultado e fazendo os devidos cálculos, pode escrever as


medidas com a escala U da seguinte maneira:

V U =( V´U ± 0,04)

É fácil observarmos também que o valor do diâmetro do orifício raso obtido a


partir dos valores da TABELA V é aquele que o representa melhor, já que veio a partir
de diversas medições que visam encontrar o valor mais razoável.
Observando os valores dos desvios avaliados nas tabelas I e II podemos notar
que são diferentes, pois se tratam de escalas diferentes.
Pudemos detectar erros sistemáticos neste experimento quando medimos o
Móvel com a escala imprecisa U, pois, por se tratar de um objeto pequeno, ele deve ser
medido por um instrumento de maior precisão.
E, por fim, concluímos que “algarismos significativos de uma medida” são
aqueles que podem ser avaliados para atestar a precisão de uma medida de acordo
com a sua escala.
ANEXOS

L=( 2,20 ± 0,05 ) U =( 30,0 ± 0,5 ) mm


( 30,0± 0,5 ) 30,0 30,0 0,5 0,05
1U = = ± +(
( 2,20± 0,05 ) 2,20 2,20 30,0 2,20 )
=( 13,6 ± 0,5 ) mm

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
D1=2 ( C+ H ) =2 [ ( 56,44 ± 0,05 ) + ( 46,59 ± 0,05 ) ]

1
δ x= |2 ( 56,49+46,59 )−2 (56,39+ 46,59 )|
2
1
δ y= |2 ( 56,44+46,64 )−2 ( 56,44+ 46,54 )|
2

δ D =δ x + δ y

Pela T.D.M., temos: D 1=( 206,6 ±0,20)

σ D= √ σ x 2 +σ y 2

Pela T.D.P., temos: D 1=( 206,6 ±0,14)

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
D2=C × H=( 56,44 ± 0,05 ) × ( 46,59 ± 0,05 )

1
δ x= |( 56,49 × 46,59 )−( 56,39 × 46,59 )|
2
1
δ y= |( 56,44 × 46,64 ) −( 56,44 × 46,54 )|
2

2
Pela T.D.M., temos: D2=(2630± 5)mm

Pela T.D.P., temos: D2=(2629,5± 3,7) mm2


D3=V r + V p=π
[( ) ( ) ]
Dr 2
2
× Pr +
Dp 2
2
× Pp

D3=π [( ( 25,16 ± 0,05 ) 2


2 ) × ( 5,76 ±0,05 )+(( 18,51± 0,05 ) 2
2 ) × ( 34,47 ± 0,05 ) ]
δ x =11,38211585 …
δ y =24,85885718 …
δ z =50,11152086 …
δ w =13,45465986 …

Pela T.D.M., temos: D3=( 121 ×102 ±1 ×10 2)

Pela T.D.P., temos: D 3=( 1214 × 10± 6 ×10 )

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
D4 =( C × L × H )−V O

D4 =[ ( 56,44 ±0,05 ) × (31,37 ± 0,05 ) × ( 46,59± 0,05 ) ] −(121 ×102 ±1 ×102 )

δ x =73,0764165 …
δ y =131,476979 …
δ z =88,526139 …
δ w =100,00000 …

Pela T.D.M., temos: D4 =( 7039× 10± 39 ×10 )

Pela T.D.P., temos: D 4 =( 7039× 10± 20 ×10 )


UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
FÍSICA EXPERIMENTAL 1 – TURMA 09
PROFESSOR: WILTON PEREIRA DA SILVA
ALUNO: GABRIEL SALES LINS RODRIGUES – 21011476

RELATÓRIO: MEDIDAS DE COMPRIMENTO


CAMPINA GRANDE
SETEMBRO 2010

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