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desde que se conhece por gente, Tardis sempre teve essa certa necessidade de atenção.


que não chegou a conhecer sua mãe, buscava a todo custo ser notado pelo pai, que era
muito ocupado com os afazeres reais.
durante a infância/ pré adolescência, se inscreveu em diversos cursos e matérias extra
curriculares, e em todos se esforçava ao máximo até ser considerado o melhor naquilo,
mesmo assim, parecia não ser o suficiente para atrair o olhar do pai. o que o confortava,
eram suas babás, que sempre o elogiavam por seu desempenho.
bom, era assim até seus 13 anos, que foi quando o rei julgou que o filho já era grande o
suficiente para se cuidar sozinho, e bom... as babás não eram mais necessárias.
daquela época até boa parte de sua adolescência, sua vida se tornou uma pilha de nervos.
começará a se cobrar mais, se inscrever em mais coisas, e se preocupar cada vez menos
com o próprio bem estar. tudo isso resultou em alguns problemas de raiva e ansiedade. mas
conforme ia crescendo, e percebendo o quão inútil era seu esforço, foi começando a deixar
tudo aquilo de lado.
no seu aniversário de 18 anos, saiu escondido do Reino durante a noite e se dirigiu até um
bar qualquer. obviamente, a chegada de um nobre ao bar criou um grande espanto, mas
algumas rodadas depois, já estavam todos rindo e brincando com o garoto. que só foi se
lembrar de voltar ao castelo quando o sol já tinha nascido, a desculpa que deu aos guardas
pelas olheiras foi: " passei a noite lendo na biblioteca, meu pai não precisa ficar sabendo
disso. " eles obviamente não acreditaram, porém o príncipe havia dito a última parte com
um tom forte e inflexível, que de alguma maneira, eliminou qualquer chance de
desobediência.
bom, e só foi piorando. no começo, Tardis dava um tempo, para não levantar tantas
suspeitas. mas suas visitas ao bar eram cada vez mais frequentes, se sentia bem no meio
daqueles fodidos embriagados, e aprenderá coisas interessantes com eles. de longe, sua
predileta era: que os dados o amavam!
ganhava praticamente qualquer aposta, e isso gerava noites extremamente divertidas.
também adorava as histórias absurdas que surgiam lá. um velho senhor que já deveria
estar na 15° garrafa certa vez disse q a mãe de Tardis, havia sumido pois era na verdade
uma constelação. e precisava voltar aos céus.
sua reação junto com seus colegas de copo no momento foi rir descontroladamente.
o problema era que essas escapulidas do príncipe, foram começando a chamar a atenção
de mais. não demorou muito até chegar aos ouvidos do rei, que ao descobrir, ficou uma
verdadeira fera:
" - TARDIS! PRECISAMOS CONVERSAR " - bradou

" - Agora você quer conversar? " - falou Tardis, completamente desinteressado na conversa

" - COMO PODE UM PRÍNCIPE FUGIR NA CALADA DA NOITE, PARA BEBER ATÉ
ESQUECER O PRÓPRIO NOME?! QUE EXEMPLO ESTÁ DANDO A POPULAÇÃO? " - o
rosto do rei havia atingido um tom de roxo perigoso

" - de como viver, e NÃO se tornar um velho amargo e ocupado? " - Tardis provocou

" - POR QUE VOCÊ É TÃO CABEÇA DURA?! APARTIR DE HOJE, TODAS AS PORTAS E
JANELAS DESTE REINO POSSUIRÃO TRINCAS. E O SENHOR SERÁ ACOMPANHADO,
A ONDE QUER QUE VÁ" infelizmente, o Rei nn era de quebrar promessas.
sem poder fugir para encher a cara, o passatempo predileto de Tardis era provocar o pai e
ler algo na biblioteca. já havia tentado puxar assunto com o criado que o seguia a todo
lugar, mas ele simplesmente não respondia.
em uma dessas suas idas a biblioteca, notou algo interessante... a respiração do criado,
era pesada, como a de alguém que estava.. dormindo?
Tardis entenderá o motivo do criado praticamente não o responder, ele havia aprendido a
cochilar de pé e com os olhos abertos. refletirá um pouco sobre o quão cansativo deveria
ser o emprego dele, aponto de aprender a dormir de pé. mas bom, isso era um problema
único e exclusivamente dele.
desde então as idas a biblioteca se tornaram mais interessantes.. ele havia descobrido
muitos livros, e sessões que concerteza nn iriam agradar seu pai. foi aí que achou um livro
que chamava sua atenção.. ele era de couro preto, suas páginas amareladas, possuia
detalhes pontudos e vermelhos e estava em uma língua bem... estranha. porém, Tardis a
reconhecia, mas infelizmente não sabia lê-la, era a língua dos demônios! e chutava q o livro
estava repleto de rituais, e feitiços para invoca-los.
foi aí q teve uma ideia "genial", ele procurou e estudou a língua dos demônios, devorava
livro por livro, até finalmente se tornar fluente, e começou a ler o livro.
achou um ritual de invocação, no qual o patrão prometia dar ao usuário o que ele
desejasse, Tardis logo se empolgou. sua ideia estava pra se concluir. ele reuniu todos os
itens necessários e realizou o ritual, o demônio que apareceu não era nd do q ele esperava.
era bem "comum" na vdd, se parecia com um empresário qualquer, e falava bem pouco.
mas pelo menos não era um mentiroso, ele realmente concretizou o desejo de Tardis, com
um único aviso: " obviamente terá um preço. logo mais você descobrirá ". mas o garoto não
havia dado ouvidos, estava empolgado de mais com sua nova habilidades. agora, era
impossível que se pai não lhe desse um pingo de atenção! Tardis havia se tornado um
Genasi de água E FOGO! e de quebra havia ganhado um belíssimo cajado.
o único problema é que... bom, ele não sabia utilizar essas habilidades. decidiu treinar um
pouco, para só depois fazer uma apresentação em tanto para seu pai.
alguns dias se passaram e ele nn havia obtido tanto sucesso.. já estava começando a se
frustrar com a situação. o que o confortava era que naquela noite, teria uma festa no reino,
era algum tipo de despedida migratória ou algo semelhante, o garoto não se importava tanto
assim com isso. só queria poder comer as sobremesas da mesa e encher a cara.
o que ele não esperava é que aquele dia seria um verdadeiro inferno. treinou durante a
madrugada, e quando foi se deitar, seu pai o chamou. o obrigou a treinar sua postura de
cavalheiro o resto do dia.
nada de brincadeiras, risadas exageradas, e principalmente, nada de álcool.
dada a hora da festa, Tardis se arrumou, e tentou se disfarçar na multidão que já havia
chegado. até que deu certo... por alguns minutos, não demorou até o rei botar alguém para
buscar o garoto, e se garantir que ele não vá sair de seu trono novamente. o verdadeiro
inferno foi quando os convidados de honra chegaram, Tardis já não aguentava mais tantos
abraços, sorrisos falsos e comentários desnecessários sobre sua aparência.
mas a gota da água p ele msm foi quando começaram a ridicularizar um bando de
maltrapilhas perturbando o bartender, seus amigos. seus ÚNICOS amigos
após isso, só se lembra de ter tentado sem sucesso reprimir tudo aquilo, e de ter dado um
grito.
dps disso todas as suas memórias se tornaram um borrão sem nexo. e o garoto acordou na
beira da praia

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