Excelentíssimosenhordoutorjuizdedireitodavarado Jui Zado Especi Al Cí Vel E Cri Mi N Al - Foro de Carapi Cuí Ba - São Paulo

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EXCELEN TÍ SSI M O SEN H OR D OUTOR JUI Z D E D I REI TO D A VARA D O

JUI ZAD O ESPECI AL CÍ VEL E CRI M I N AL – FORO D E CARAPI CUÍ BA – SÃO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0003601-55.2022.8.26.0127 e código 9BE16E6.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FLAVIA NEVES NOU DE BRITO, protocolado em 25/07/2022 às 18:44 , sob o número WCIV22700842820 .
PAULO
* COM PROVAÇÃO D O VÍ N CULO CON TRATUAL;

* COBRAN ÇA D EVI D A;
* I N EX I STÊN CI A D E D AN O M ORAL – EX ERCÍ CI O
REGULAR D O D I REI TO D A EM PRESA;
* PED I D O CON TRAPOSTO.
Pr oce sso n º 0 0 0 3 6 0 1 - 5 5 .2 0 2 2 .8 .2 6 .0 1 2 7
OI S/ A ( su ce ssor a da OI M ÓVEL S/ A) , em presa em recuperação

j udicial, sociedade anônim a inscrit a no CNPJ/ MF sob o nº 76.535.764/ 0001- 43,
com sede na Rua do Lavradio, nº 71, 2º andar, Cent ro, Rio de Janeiro – RJ, CEP:
22.230- 070, no qual lit iga com M I LEN A N ERY DO N ASCI M EN TO, já
devidam ent e qualificada, vem , por seus advogados infra- assinados, perant e Vossa
Excelência, apresent ar sua CON TESTAÇÃO, pelas razões de fat o e de direit o a
seguir expost as:
1 . BREVE SÍ N TESE D A D EM AN D A
Trat a- se de dem anda em que a part e aut ora afirm a que foi inform ada
a respeit o de débit os em abert o no seu nom e j unt o a acionada. Aduziu, ainda a
part e requerent e que, desconhece os débit os, vist o que nunca cont rat ou serviços
j unt o a requerida, razão pela qual considera as cobranças indevidas.
Rua Marquês de Mont e Sant o, 364, Rio Verm elho - Salvador - BA - CEP: 41.940- 330 | + 55 ( 71) 2626- 9890 / + 55 ( 71) 3012- 9890 | brit oet orr es@brit oet orres.com | www.brit oet orr es.com
Rua Fidêncio Ram os, 160 - Cj . 1406, 1407 e 1408 - Vila Olím pia – Edf. The Trium ph - São Paulo - SP - CEP: 04.551- 010 | + 55 ( 11) 2626- 9890
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Segue narrado que cont at ou a ré para t ent ar resolver o seu problem a,

relat ando que t eve seu aparelho celular, com im agens dos seus docum ent os
pessoais furt ados, m as sem êxit o.
I nconform ada, aj uizou a present e ação requerendo a suspensão das
cobranças, exclusão de event ual rest rição credit ícia, declaração de inexigibilidade
do débit o, inversão do ônus da prova, bem com o indenização por danos m orais.
Todavia, razão não assist e a part e aut ora!
A acionada dem onst rará que as alegações aut orais não m erecem
prosperar, t endo em vist a que a ré a t odo m om ent o at uou de boa- fé e em
conform idade com o Direit o, com o passa a expor nas explanações abaixo.
2 . PRELI M I N ARM EN TE
2 .1 . D A I N CORPORAÇÃO D A OI M ÓV EL S/ A PELA OI S/ A. N ECESSÁRI A

M UD AN ÇA D O POLO PASSI V O
Excelência, nest a oport unidade, inform a a ré que, no dia 27 de j aneiro

de 2022, foi aprovada, em Assem bleias Gerais Ext raordinárias da Oi S/ A – Em
Recuperação Judicial ( “ Oi” ) e da Oi Móvel S/ A – Em Recuperação Judicial ( “ Oi
Móvel” ) , a incorporação da OI MÓVEL S/ A pela OI S/ A.
Em 31 de j aneiro de 2022, a ANATEL concedeu anuência prévia para

a I ncorporação, e em 18 de fevereiro do m esm o ano, a Com panhia obt eve j unt o
ao Debent urist a da 2ª Em issão de Debênt ures da Oi Móvel, aut orização para a
realização da I ncorporação.
No dia 22 de fevereiro de 2022, foi publicado no DOU, o At o nº

2802/ 2022, pelo qual foi t ransferida para a Oi a out orga de exploração do Serviço
de Acesso Condicionado ( “ SeAC” ) ( TV por assinat ura) det ida pela Oi Móvel, e
aut orizada a consolidação da out orga de Serviço de Com unicação Mult im ídia
( “ SCM” ) da Oi Móvel com aquela j á det ida pela Oi.
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Dest a form a, em 22 de fevereiro de 2022, foram int egralm ent e

verificadas as condições para a I ncorporação, t endo sido im plem ent ada e efet ivada
a I ncorporação da Oi Móvel pela Oi, conform e at est am as at as de reunião do
Conselho de Adm inist ração da OI e de AGE da OI Móvel realizadas na m esm a
dat a.
Com isso, ext inguiu- se a Oi Móvel, que foi absorvida pela Oi, que lhe
sucedeu em t odos os direit os e obrigações, nos t erm os do art . 227 da Lei das
Sociedades Anônim as.
Diant e do que inform a, e da docum ent ação j unt ada – acessível

at ravés do link ht t ps: / / drive.google.com / drive/ folders/ 1JJk9h-
hfG4HOFA7XeMaUMCm U32DLm 6Zf, o que requer é a m udança do polo passivo da
dem anda, para que const e a em presa OI S/ A.
2 .2 . I M PUGN AÇÃO A JUSTI ÇA GRATUI TA
A part e requerent e apesar de declarar ser hipossuficient e no sent ido

legal e não poder arcar com as cust as e despesas processuais, sem que acarret e
o prej uízo de seu sust ent o próprio e de sua fam ília, n ã o t r a z a os a u t os
docu m e n t os su ficie n t e s pa r a e scla r e ce r sobr e sua a t u a l e e fe t iva con diçã o
fin a n ce ir a . Con se qu e n t e m e n t e , a va ga a le ga çã o de pobr e za n o se n t ido
e st r it o da pa la vr a , n ã o con st it u i e le m e n t o su ficie n t e pa r a de fe r im e n t o da
j u st iça gr a t u it a .
A declaração pedida goza de presunção relat iva de veracidade, onde

com pet e ao Magist rado observar se os elem ent os dos aut os perm it em superar essa
presunção da afirm ação de im possibilidade de arcar com as cust as do processo,
com o escopo de conceder o benefício a quem realm ent e necessit e. Circunst âncias
e fat os que revelem abusos na post ulação do benefício devem ser punidos.
Com isso a pr e se n ça de docu m e n t os qu e com pr ove m

r e n dim e n t os com o cópia da CTPS ( Ca r t e ir a de Tr a ba lh o e Pr e vidê n cia
Socia l) , Via s a t u a liza da s do Ex t r a t o Ba n cá r io e D e cla r a çã o do ú lt im o
e x e r cício do I RPF, deve ser exigida para com provação da insuficiência de
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recursos para cust ear despesas processuais e out ros cust os de um processo
j udicial por serem pressupost os legais, conform e ent endim ent o do Tribunal de São
Paulo:
AGRAVO D E I N STRUM EN TO. ASSI STÊN CI A JUD I CI ÁRI A
GRATUI TA. A declaração de pobreza encerra um a presunção
relat iva de veracidade. O Magist rado, nos t erm os do art . 99,
§2º , do CPC/ 2015, pode det erm inar a com provação das
alegações se ent ender que há elem ent os que evidenciem a
falt a dos pressupost os legais. Hipossuficiência não
dem onst rada. Decisão m ant ida. RECURSO NÃO PROVI DO,
com det erm inação. ( Agravo de inst rum ent o n° 2186930-
34.2019.8.26.0000, Relat or Rosangela Telles, 2ª Câm ara de
Direit o Privado, Dat a do j ulgam ent o: 13/ 09/ 2019) . ( grifo
nosso)
Por t odo expost o, r e qu e r se j a in de fe r ido o pe dido de j u st iça

gr a t u it a r e qu e r ido, devendo a part e aut ora arcar com as cust as processuais e
honorários advocat ícios em sede recursal, nos t erm os da Lei 9.099/ 95.
2 .3 . I M PUGN AÇÃO AO VALOR D A CAUSA. V ALOR EXCESSI VO. RED UÇÃO

PARA PATAM AR RAZOÁVEL COM BASE N AS CON D EN AÇÕES D O STJ
A part e requerent e pugna por quant ia elevada a t ít ulo de

com pensação por danos m orais, correspondent e a R$ 20.000,00 ( vint e m il reais) ,
o que acaba por influenciar no valor da causa e, consequent em ent e, no valor
arbit rado a t ít ulo de event ual condenação em honorários sucum benciais.
Não obst ant e, a j urisprudência do Superior Tribunal de Just iça t em

ent endim ent o consolidado acerca da at ribuição do valor da causa em ações para
reparação ou com pensação por danos m orais, adot ando o seguint e crit ério:
a) Em regra, o valor at ribuído será o do pedido post ulado;
b) Pa r a cir cu n st â n cia e m qu e o pe dido é de qua n t ia

e x ce ssiva a t ít u lo de com pe nsa çã o por da nos m or a is
( acim a das bases de condenações fixados ou m ant idas pelo
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STJ) , m as ao m esm o t em po requer a grat uidade da j ust iça,

para não arcar com as cust as e dem ais despesas processuais,
pode e é até r e com e n dá ve l qu e o j u iz a colha
im pugna çã o a o va lor da ca u sa e a j u st e - a à r e a lida de da
de m a nda e à na t ur e za dos pe didos;
c) Caso o j uiz acolha a im pugnação, adot e no arbit ram ent o do

valor da causa os valores de condenações fixados ou m ant idos
pelo STJ em j ulgados com sit uações fát icas sem elhant es.
Nesse sent ido segue o precedent e do Superior Tribunal de Just iça,

REsp. 819116 PB 2006/ 0031235- 9, de relat oria da I lm a. Minist ra Nancy Andrighi,
j ulgado em 17/ 08/ 2006:
Processual Civil. Recurso Especial. Com pe n sa çã o por da nos

m or a is. Pe dido ce r t o. Va lor da Ca u sa . Equ iva lê n cia .
Pr e ce de n t e s. Aut or beneficiário da j ust iça grat uit a. Valor
excessivo at ribuído à causa. Prej uízos para a part e cont rária.
I m pugnação. Acolhim ent o. Redução. - A j urisprudência das
Turm as que com põem a 2.ª Seção é t ranquila no sent ido de
que o valor da causa nas ações de com pensação por danos
m orais é aquele da condenação post ulada, se m ensurada na
inicial pelo aut or. - Cont udo, se o aut or pede quant ia excessiva
a t ít ulo de com pensação por danos m orais, m as ao m esm o
t em po requer a grat uidade da j ust iça, para não arcar com as
cust as e dem ais despesas processuais, pode e é a t é
r e com e ndá ve l qu e o j u iz a colha im pugna çã o a o va lor da
ca u sa e a j u st e - a à r e a lida de da de m a n da e à na t ur e za
dos pe didos. - Pa r a a fix a çã o do va lor da ca u sa , é
r a zoá ve l u t iliza r com o ba se va lor e s de conde n a çõe s
fix a dos ou m a n t idos pe lo STJ em j u lga dos com
sit u a çõe s fá t ica s se m e lha n t e s. Recurso especial provido.
( STJ - REsp: 819116 PB 2006/ 0031235- 9, Relat or: Minist ra
NANCY ANDRI GHI , Dat a de Julgam ent o: 17/ 08/ 2006. T3 -
TERCEI RA TURMA, Dat a de Publicação: DJ 04.09.2006 p.
271< BR> RDDP vol. 46 p. 150) .
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Rest a evidenciada, port ant o, a necessidade de adequação do valor

at ribuído à causa diant e do valor excessivo com inado e os not órios prej uízos para
a part e cont rária, de ve n do se r a colh ida a pr e se n t e im pu gn a çã o, pa r a qu e o
va lor da ca u sa se j a fix a do com ba se va lor e s de con de n a çõe s a r bit r a dos
ou m a n t idos pe lo STJ e m j ulga dos com sit u a çõe s fá t ica s se m e lh a n t e s.
Não obst ant e, acaso não sej a acolhida a present e prelim inar, o que
não se espera, ressalt a a part e ré a necessidade de observância aos princípios da
razoabilidade e proporcionalidade para a fixação de event ual condenação em
honorários sucum benciais, a fim de e vit a r qu e a r e spe ct iva con de n a çã o
im pliqu e in j u st ifica do e nr iqu e cim e n t o do a dv oga do e m de t r im e n t o do
pa t r im ôn io do ou t r o lit iga n t e.
3 . D O M ÉRI TO
3 .1 . D A V ERD AD E D OS FATOS
Conform e analise em sist em as int ernos da em presa ré, e con t r a t o

a ssin a do, apurou- se sob a t it ularidade da part e aut ora as linhas m óveis de n° 11
95419- 9000, 11 95752- 7777, 11 95739- 7777, 11 95739- 6666 e 11 95739- 5555
– cont rat o 2027239101, habilit adas no plano OI MAI S 20GB em 05/ 11/ 2021 e
canceladas por inadim plência em 09/ 05/ 2022 e t erm inais 11 96551- 5796, 11
95407- 2297, 11 95406- 3414 e 11 93148- 9406 – cont rat o 2021241801, at ivados
em 06/ 11/ 2021, sob o plano OI MAI S 20GB e cancelados em 12/ 05/ 2022, t am bém
por inadim plência. Vej am os t elas de t it ularidade:
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Vale ressalt ar, Excelência, que pa r a con t r a t a r t odo e qu a lqu e r

se r viço, sã o e x igidos, pe la r é , a a pr e se n t a çã o ou con fir m a çã o de u m a sé r ie
de docu m e n t os pe ssoa is e de gr a n de r e le vâ n cia , o que t orna im possível a
realização do cont rat o rechaçado na exordial, sem a posse dos dados pert inent es
aos referidos docum ent os.
Não pode a part e aut ora, at ravés do present e processo j udicial, alegar
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que j am ais firm ou cont rat o com a ré, pr im e ir o por qu e o con t r a t o a ssin a do
com pr ova a le git im ida de da con t r a t a çã o, se gu n do por qu e é e vide n t e a
com pa t ibilida de e n t r e os da dos pe ssoa is ca da st r a dos n o sist e m a e os
con st a n t e s do docu m e n t o de ide n t ifica çã o cola ciona do pe la pa r t e
r e qu e r e n t e n os a u t os da de m a n da . Vej am os – fl. 09:
Com relação ao con t r a t o e n º 2 0 2 7 2 3 9 1 0 1 const a, ainda, nos

sist em as da ré, va st o h ist ór ico de con su m o, a lé m de pr ot ocolos de
a t e n dim e n t o com solicit a çõe s de se r viços r e fe r e n t e a ''con su m o de 3 G via
e - m a il/ SM S'', be m com o solicit a çã o de a t iva çã o de dé bit o a u t om á t ico n a
con t a vin cu la da a o Ba n co I TAÚ, a gê n cia : 8 7 9 6 , con t a cor r e n t e : 7 3 0 0 5 2 e
solicit a çõe s de a lt e r a çã o de ve n cim e n t o, vej am os:
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Já com relação ao con t r a t o e n º 2 0 2 1 2 4 1 8 0 1 const a nos sist em as

da ré, além de va st o h ist ór ico de con su m o, solicit a çõe s de se r viços pa r a
in clu sã o e x clu sã o de de pe n de nt e s r e a liza da pe la con su m idor a , vej am os:
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Cert o que as evidências acim a descaract erizam a condut a
fraudulent a, reat ando claro que o obj et ivo da part e dem andant e com a present e
ação é enriquecer ilicit am ent e as cust as da ré, livrando- se dos débit os com a aj uda
do Poder Judiciário, o que não pode ser t olerado.
Quant o aos débit os, const am em abert o os valores de R$ 430,47 para

o cont rat o de nº 2027239101 e R$ 476,91 para o cont rat o de nº 2021241801,
t ot alizando um a dívida na quant ia de R$ 9 0 7 ,3 8 ( novecent os e set e reais e t rint a
e oit o cent avos) , est á que não foi obj et o de negat ivação realizada pela ré:
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Com provada a regularidade da cont rat ação, é not ável que a em presa
at uou nos m oldes do serviço cont rat ado, fornecendo t odos os benefícios do plano,
rest ando evidenciada a legit im idade da cobrança.
Dest e m odo, rest a claro que as alegações da part e aut ora são
infundadas, não devendo prosperar, t endo em vist a a com provação do
conhecim ent o do cont rat o, bem com o dos débit os dele decorrent e. Assim , a part e
requerent e deve arcar com a cont raprest ação cont rat ual, qual sej a o pagam ent o
dos débit os devidos.
I nst a frisar que a ré a t odo m om ent o at uou em consonância com os

dit am es legais, alm ej ando a regular prest ação dos serviços cont rat ados. Sendo
assim , no que se refere ao dano ext rapat rim onial alarm ado, const at a- se que não
há ilicit ude que possa j ust ificar t al pleit o, post o que a ré agiu em exercício regular
de seu direit o.
Ora, não é j ust o que a em presa acionada, em vist a de um a

cont rat ação legal, deixe de efet uar cobranças em razão dos serviços regularm ent e
cont rat ados e disponibilizados a part e, enquant o a part e consum idora se m ant ém
inadim plent e, não sendo razoável, que se obrigue um a das part es a deixar de
cobrar valores absolut am ent e devidos.
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Excelência, é evident e a ausência de fundam ent ação e veracidade nas

inform ações prest adas pela part e dem andant e, um a vez que alega a m esm a que
os valores cobrados são indevidos, no ent ant o, vem os que não só inexist e
com provação das alegações refut adas pela part e aut ora, com o inclusive os dados
da em presa acionada se cont radizem com as acusações, de m odo que a part e
dem andant e não se desincum biu do ônus previst o no art . 373, inciso I , do Código
de Processo Civil.
Dessa form a, verifica- se o int uit o do enriquecim ent o sem causa na

absurda pret ensão esboçada pela part e aut ora, quant o ao recebim ent o de
indenização pelo supost o dano m oral que alega t er sofrido, m esm o não t endo
havido qualquer prej uízo, const rangim ent o ou ofensa a seu nom e ou honra
subj et iva capaz de dar ensej o ao dever de reparar, sobret udo porque não houve o
preenchim ent o dos requisit os essenciais da responsabilidade civil, quais sej am :
exist ência da condut a ensej adora do dano; dem onst ração do dano; e nexo causal
ent re a condut a e o dano.
Ações com o a present e obj et ivam t ão som ent e o enriquecim ent o

ilícit o e sem causa às cust as da em presa ré, post o que se baseiam em fundam ent os
t ot alm ent e diferent es da realidade e que, port ant o, devem ser repelidos pelo Poder
Judiciário.
Cabe m encionar, por fim , que a ré é em presa séria e at ua no m ercado

ut ilizando de alt a t ecnologia, se n do qu e se u s docum e n t os e t e la s de sist e m a
sã o pú blicos e dot a dos de fé pú blica , j á qu e o sist e m a da con t e st a n t e é
fisca liza do pe la AN ATEL, apresent ando inform ações dot adas de veracidade e
precisão.
Por essas e as seguint es razões a dem anda deve ser j u lga da

im pr oce de n t e .
3 .2 . COBRAN ÇA D EVI D A D OS VALORES. EXERCÍ CI O REGULAR D E D I REI TO
Na present e dem anda, alegou a part e aut ora que a em presa ré t eria
realizado cobranças que considerou indevidas. Ent ret ant o, após m inuciosa análise
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nos sist em as da acionada, const at ou- se que as a fir m a çõe s da pa r t e

de m a n da n t e ca r e ce m de ve r a cida de , u m a ve z qu e a m e sm a con t r a t ou e
u su fr u iu dos se r viços pr e st a dos pe la r é , se n do, por t a n t o, lícit a a cobr a n ça
or a r e ch a ça da .
Cum pre salient ar, que a part e consum idora, é a única responsável
pela ut ilização dos serviços oferecidos pela acionada, sendo, t am bém , responsável
por realizar pont ualm ent e o pagam ent o referent e à prest ação dos serviços
disponibilizados pela em presa, ora cont rat ada.
Ora Excelência, é de conhecim ent o t rivial em sede de Cont rat os

Bilat erais, que, para t oda prest ação, corresponde um a cont raprest ação, princípio
consagrado nos art igos 476 e 477 da Legislação Civil, pilar da Teoria Geral das
Obrigações. N ã o é r a zoá ve l, n e m le ga l, qu e se obr igu e u m a da s pa r t e s a
de ix a r de cobr a r va lor e s a bsolu t a m e n t e de vidos, e n qu a n t o a ou t r a se
m a n t é m in a dim ple n t e .
Dest aque- se aqui, a lição do m est re Carlos Robert o Gonçalves:
" Bila t e r a is sã o os con t r a t os que ge r a m obr iga çõe s pa r a

a m bos os con t r a t a n t e s, com o a com pra e venda, a locação,
o cont rat o de t ransport e et c. Essa s obr iga çõe s sã o
r e cípr oca s, se n do por isso de nom ina dos
sin a la gm á t icos, da pa la vr a gr e ga sin a la gm a , qu e
sign ifica r e cipr ocida de de pr e st a çõe s. Na com pra e venda,
dispõe o art . 481 de Código Civil, um dos cont raent es se obriga
a t ransferir o dom ínio de cert a coisa, e o out ro, a pagar- lhe
cert o preço em dinheiro. A obr iga çã o de u m t e m por ca u sa
a do ou t r o" . ( GONÇALVES, 2012, pág. 92) ( grifo nosso)
Nesse diapasão, é im port ant e aqui m encionar o ent endim ent o do

Egrégio Tribunal de Just iça de São Paulo para casos sim ilares:
PRESTAÇÃO DE SERVI ÇO – Te le fon ia – Cobr a n ça

in de vida – Açã o de cla r a t ór ia de in e x igibilida de de
dé bit o cum u la da com inde n iza çã o por da nos m or a is –
Se n t e n ça de im pr oce dê n cia – Ape lo do a u t or – Cobr a n ça
le gít im a – Pa ga m e nt o n ã o com pr ova do – N e ga t iva çã o
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vá lida – Apelação desprovida. Apelação 1011950-

41.2018.8.26.0007. Com arca de São Paulo. ( grifo nosso)
AÇÃO D ECLARATÓRI A D E I N EXI GI BI LI D AD E D E D ÉBI TO
– Afast am ent o – Cont rat o de crédit o j unt ado aos aut os –
Relação Jurídica validam ent e est abelecida ent re as part es –
Negat ivação indevida – Não ocorrência – Valor devido e não
pago pelo aut or – Ausência de at o ilícit o que dê ensej o a
indenização – Dívida cert a, líquida e exigível – Com provação
– Réu que agiu no exercício regular do seu direit o –
I nt eligência do art . 188, I, do CC – SENTENÇA DE
I MPROCEDÊNCI A MANTI DA – RECURSO NÃO PROVI DO. ( TJ-
SP – AC: 10259014620198260564 SP 1025901-
46.2019.8.26.0564, Relat or: Lavínio Donizet t i Paschoalão, 14ª
Câm ara de Direit o Privado. Dat a de Publicação: 31/ 03/ 2020) .
( grifo nosso)
Sendo assim , observa- se que a t odo m om ent o a acionada at uou com

boa- fé, prest ando serviços com qualidade e eficácia, ao passo que a part e aut ora
procurou esquivar- se do adim plem ent o das suas obrigações. N ã o h á dú vida s de
qu e a r é se m pr e a giu n o e x e r cício r e gula r de u m dir e it o, se m pr e a m pa r a da
com a le ga lida de , n ã o vin do a pr a t ica r qu a lqu e r ilícit o, que e n se j a sse da n o
de a lgu m a n a t u r e za à pa r t e a u t or a .
Dest a form a, verificada a regularidade dos valores, nada m ais é do

que devido, j ust o e legal o seu adim plem ent o, razão pela qual os pedidos aut orais
deverão ser j ulgados t ot a lm e n t e im pr oce de n t e s.
3 .3 . D A I N EXI STÊN CI A D E D AN OS M ORAI S. N ÃO COM PROVAÇÃO D E

QUALQUER CON D UTA D AN OSA POR PARTE D A RÉ. AUSÊN CI A D OS
PRESSUPOSTOS D A RESPON SABI LI D AD E CI VI L. EXCESSO D O QUAN TUM
PLEI TEAD O
A part e aut ora form ulou pedido de indenização por danos m orais.
Todavia, é crist alino que t al pleit o m erece ser j ulgado im pr oce de n t e , haj a vist a
não t er havido nenhum at o ilícit o, com issivo ou om issivo, prat icado pela ré apt o a
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em basar esse pedido, de m odo que, in casu, a part e aut ora não suport ou qualquer
t ipo de dano ext rapat rim onial.
Adem ais, em bora o dano m oral não sej a passível de ser dem onst rado
pelos m eios t radicionais de prova – razão pela qual vulgarm ent e se fala em
desnecessidade de provas dos danos m orais – a part e aut ora deve dem onst rar, ao
m enos logicam ent e, a verossim ilhança da ocorrência de dano. Vale dizer: a part e
aut ora deve ao m enos expender um a narrat iva consist ent e de circunst âncias
concret as que denot em a ocorrência da violação à dignidade da pessoa hum ana.
Nessa t oada, o j urist a Paulo Luiz Net t o Lobo, em art igo denom inado
‘Danos Morais e Direit os de Personalidade’ ( Revist a Trim est ral de Direit o Civil,
2001, pág. 79- 98) , encara o assunt o e chega à seguint e conclusão:
“ A r e fe r ê ncia fr e qu e n t e à ‘dor ’ m or a l ou psicológica n ã o

é a de qua da e de ix a o j u lga dor se m pa r â m e t r os se gur os
de ve r ifica çã o da ocor r ê n cia de da no m or a l. A dor é u m a
con se qu ê ncia , n ã o é o dir e it o viola do. O que concerne à
esfera psíquica ou ínt im a da pessoa, seus sent im ent os, sua
consciência, suas afeições, sua dor, correspondem a dos
aspect os essenciais da honra, da reput ação, da int egridade
psíquica ou de out ros direit os da personalidade. O dano m oral
rem et e à violação do dever de abst enção a direit o absolut o de
nat ureza não pat rim onial. Direit o absolut o significa aquele que
é oponível a t odos, gerando pret ensão à obrigação passiva
universal. E dir e it os a bsolu t os de n a t u r e za não
pa t r im on ia l, n o â m bit o civil, pa r a fin s dos da nos m or a is,
sã o e x clusiva m e n t e os dir e it os da pe r sona lida de . For a
dos dir e it os da pe r son a lida de sã o a pe n a s cogit á ve is os
da nos m a t e r ia is”. ( grifo nosso)
A leit ura da inicial não t raz qualquer dos elem ent os acim a descrit os,
lim it ando- se a narrar o fat o, sem , cont udo, fazer m enção ao abalo das relações
psíquicas que, acaso present es, aut orizariam o pedido ora rechaçado.
Evide n t e qu e a pa r t e a u t or a bu sca be n e ficia r - se da

in de n iza çã o pa r a um da n o qu e nem ao m e n os foi ca r a ct e r iza do,
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a pr ove it a n do- se , pois, da t e n dê n cia a t u a l de se r e cor r e r a o Ju diciá r io

ple it e a n do in de n iza çõe s ba se a da s e m fa t os qu e n ã o t ê m o con dã o de
ca u sa r n e n h u m pr e j u ízo a pr e ciá ve l, o qu e é n it ida m e n t e o ca so e m t e la .
Condenar a ré sem que o dano m oral t enha sido m inim am ent e
com provado leva a excessos inaceit áveis, com exageros que podem com prom et er
a própria dignidade do inst it ut o do dano m oral.
Ent endim ent o diverso seria aut orizar o enriquecim ent o sem causa –
vedado pelo ordenam ent o j urídico pát rio – na m edida em que im port aria em
out orgar à part e aut ora som a em dinheiro com a única int enção de punir a ré que,
diga- se de passagem , sequer prat icou qualquer at o que pudesse gerar dano
m at erial ou m oral reparável, especialm ent e porque a giu e m e x t r e m a le ga lida de
e le a lda de pa r a com a pa r t e a u t or a visa n do a pr e st a çã o de se r viços com
qu a lida de e e ficá cia .
Nessa t oada, cum pre lem brar ainda a dout rina de SÉRGI O CAVALI ERI
FI LHO, que ensina que “ in e x ist e da n o m or a l por fa t o pr a t ica do n o e x e r cício
r e gu la r de dir e it o” ( FI LHO, 2000, pág. 78- 79) . Dest a form a, no caso dos aut os,
um a vez dem onst rado que a ré agiu em consonância com a legislação de
t elecom unicações, logo, em exercício regular de seu direit o, não há que se falar
em condenação a indenizar o supost o dano m oral sofrido pela part e aut ora.
Nesse diapasão, é im port ant e aqui m encionar o ent endim ent o do

Egrégio Tribunal de Just iça de São Paulo:
PRESTAÇÃO DE SERVI ÇOS TELEFON I A. AÇÃO

DECLARATÓRI A DE I NEXI GI LI BI DADE DE DÉBI TO C.C.
I NDENI ZAÇÃO. I NCLUSÃO DO AUTOR EM CADASTRO DE
I NADI MPLENTES. Ausência de verossim ilhança nas alegações
do dem andant e. Réu que se desincum biu do ônus do art . 373,
I I , do CPC. NEGATI VAÇÃO DEVI DA D AN O M ORAL N ÃO
EVI D EN CI AD O. EXERCÍ CI O REGULAR DO D I REI TO.
I m procedência da ação m ant ida. Aplicabilidade do art . 252 do
RI TJSP. RECURSO DESPROVI DO. ( Apelação Cível nº 1031109-
85.2018.8.26.0001, 26ª Câm ara de Direit o Privado do TJ- SP,
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Relat or Des. Ant ônio Nascim ent o, Dat a do j ulgam ent o:

17/ 06/ 2020) ( grifo nosso)
Civil. Açã o de cla r a t ór ia de in e x ist ê n cia de dé bit o.
Se r viço de t e le fon ia fix a . Se n t e n ça de im pr oce dê n cia .
Pr e t e n sã o à r e for m a . Ré qu e , com a con t e st a çã o,
com pr ova a e x ist ê n cia da r e la çã o j u r ídica con t r a t ua l,
e m r a zã o da qua l con st a o dé bit o im pu gna do. Aut or que
se lim it a a t ecer infundadas alegações que não t êm o condão
de alt erar a solução dada à causa. Generalidade da pet ição
inicial que, nesse cont ext o, im põe o decret o de im procedência.
( Apelação Cível nº 1043566- 33.2016.8.26.0224, 27ª Câm ara
de Direit o Privado do TJ- SP, Relat or Des. Mourão Net o, Dat a
do j ulgam ent o: 14/ 09/ 2018) ( grifo nosso)
Alé m disso, a in da qu e os fa t os n a r r a dos n a e x or dia l fosse m

ve r da de ir os, ca r a ct e r iza r ia m m e r o a bor r e cim e n t o, e st e qu e n ã o é ca pa z
de ge r a r in de n iza çã o por da n os m or a is. Mais um a vez, invoca- se
ent endim ent o pret oriano do E. Tribunal de Just iça de São Paulo:
Pr e st a çã o de se r viços – Te le fon ia . Ca nce la m e n t o de

cobr a n ça s e r e pa r a t ór ia de da nos m or a is. Pa ga m e nt o de
fa t u r a . Con t in u ida de in de vida da s cobr a n ça s D a n os
m or a is nã o ve r ifica dos. M e r o a bor r e cim e n t o. Honorários
advocat ícios I m possibilidade de “ divisão” da verba no caso de
sucum bência recíproca Fixação para os advogados de am bas
as part es Ast reint es – Cabim ent o Necessidade de adequação
do valor Princípio da razoabilidade Apelações providas, em
part e. ( Apelação Cível nº 1060114- 86.2017.8.26.0002, 11ª
Câm ara de Direit o Privado do TJ- SP, Relat or Des. Gil Coelho,
Dat a do j ulgam ent o: 13/ 09/ 2018) ( grifo nosso)
TELEFON I A – AÇÃO DECLARATÓRI A – PARCI AL

PROCEDÊNCI A – EXCLUSÃO DE COBRANÇA I NDEVI DA DE
SERVI ÇOS DE TERCEI RO NA FATURA ENVI ADA À AUTORA -
D AN OS M ORAI S – N ÃO OCORRÊN CI A – SI TUAÇÃO
VI VEN CI AD A PELA AUTORA QUE N ÃO ULTRAPASSOU O
M ERO ABORRECI M EN TO, N ÃO JUSTI FI CAN D O
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I N D EN I ZAÇÃO – PLEI TO DE CONDENAÇÃO EM DEVOLUÇÃO

DO VALOR QUE FOI ACOLHI DO E, NESTE PONTO, AUSENTE
I NTERESSE - SENTENÇA MANTI DA. Apelação conhecida em
part e e, na part e conhecida, im provida. ( TJ- SP - APL:
10042279820188260482 SP 1004227- 98.2018.8.26.0482,
Relat or: Jaym e Queiroz Lopes, 36ª Câm ara de Direit o Privado,
Dat a de Julgam ent o: 25/ 10/ 2018) ( grifo nosso)
Por t odo o expost o, pugna a ré pela im pr oce dê n cia do pedido de

indenização por danos m orais form ulado pela part e aut ora.
Ent ret ant o, som ent e em hom enagem ao princípio da event ualidade,
caso esse D. Juízo ent enda present e o dever de indenizar, rechaça a ré, desde j á,
o quant um pret endido, o qual, se deferido, caract erizará locuplet am ent o ilícit o da
part e aut ora, devendo observar- se os princípios da razoabilidade,
proporcionalidade e vedação ao enriquecim ent o sem causa, j am ais se fixando a
reparação em valor superior a 01 ( um ) salário m ínim o.
3 .4 . DA AD EQUAÇÃO DA I N D EN I ZAÇÃO AOS PRI N CÍ PI OS

CON STI TUCI ON AI S D A PROPORCI ON ALI D AD E E D A RAZOABI LI D AD E
Os princípios const it ucionais present es no processo são os

garant idores de que os direit os fundam ent ais serão aplicados ao caso concret o,
por isso o uso da norm a som ent e é possível com a int erpret ação dest es princípios
que deverão est ar present es em t odos os at os e decisões j urídicas para que não
violem a Const it uição Federal.
Em se t rat ando de princípios, t em - se com o os basilares para a

aplicabilidade das norm as os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade
que deverão ser usados com o parâm et ro na at uação dos j urist as, obj et ivando um a
solução equilibrada para o lit ígio.
D e ssa for m a a pr opor cion a lida de e r a zoa bilida de e x ige m do

a ge n t e pú blico qu e , a o r e a liza r a t os discr icioná r ios, u t ilize pr u dê n cia ,
se n sa t e z e bom se n so, e vit a n do con du t a s a bsu r da s e in coe r e n t e s. Assim ,
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o a dm in ist r a dor t e m a pe n a s libe r da de pa r a e scolh e r e n t r e opçõe s

r a zoá ve is, se n do os a t os a bsu r dos a bsolu t a m e n t e n u los.
Nest e sent ido, vale t ranscrever o ent endim ent o do j urist a Fredie
Didier Jr. a respeit o do t em a:
“ As decisões j urídicas hão de ser, ainda, subst ancialm ent e

devidas. Não bast a a sua regularidade form al; é necessário
que um a decisão sej a subst ancialm ent e razoável e corret a.
Daí, fala- se em um princípio do devido processo legal
subst ant ivo, aplicável a t odos os t ipos de processo, t am bém .
É de st a ga r a n t ia qu e su r ge m os pr in cípios da
pr opor ciona lida de e da r a zoa bilida de ”. ( DI DI ER JR., 2008,
p. 33/ 34) ( grifo nosso)
“ O post u la do da pr opor ciona lida de t e m t ido fr e que n t e

a plica çã o no dir e it o pr oce ssu a l civil, sobret udo na
execução, onde se verificam conflit os ent re o princípio da
efet ividade e o da dignidade da pessoa hum ana, sobr e t u do
no que diz r e spe it o a os pode r e s e x e r cidos pe lo j uiz”.
( DI DI ER JR., 2017. p. 84) ( grifo nosso)
Os pr in cípios da r a zoa bilida de e da pr opor cion a lida de , m e sm o

não se n do pr in cípios e x pr e ssos na Ca r t a M a gna , de v e m se r
n e ce ssa r ia m e n t e obse r va dos pa r a qu e or ie n t e a a t u a çã o dos ór gã os
j u lga dor e s e pr opicie u m a sa n çã o pr opor cion a l a o da n o r e a l ca u sa do e o
da n o sofr ido. Assim , su a a plica çã o a fa st a qu a lqu e r a r bit r a r ie da de qu e
e ve n t u a lm e n t e se j a pr a t ica da .
Nesse sent ido, assim se m anifest a a j urisprudência dom inant e

esposada pelo Egrégio Tribunal de Just iça de São Paulo, a qual pedim os vênia para
t ranscrever:
APELAÇÃO - AÇÃO DECLARATÓRI A DE I NEXI GI BI LI DADE DE

DÉBI TO COM PEDI DO DE I NDENI ZAÇÃO POR DANOS MORAI S
- I NSCRI ÇÃO DO NOME DO AUTOR EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO
AO CRÉDI TO - SENTENÇA DE PROCEDÊNCI A - RECURSO -
M AJORAÇÃO D A I N D EN I ZAÇÃO POR D AN OS M ORAI S -
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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D ESCABI M EN TO - PRI N CÍ PI OS D A RAZOABI LI D AD E E

DA PROPORCI ON ALI D AD E - ESPECI FI CI D AD ES DO
CASO CON CRETO - VERBA HONORÁRI A BEM ARBI TRADA,
CONFORME OS CRI TÉRI OS DO ARTI GO 85, § 2º E I NCI SOS,
DO CPC - SENTENÇA MANTI DA - RECURSO DESPROVI DO. ( TJ-
SP – Apelação: nº 1000899- 25.2020.8.26.0278, 14ª Câm ara
de Direit o Privado. Relat or: Carlos Abrão, Publicado em :
03/ 08/ 2020) . ( grifo nosso)
D ECLARATÓRI A C.C. REPARAÇÃO D E D AN OS. Cobrança

indevida e negat ivação. Danos m orais in re ipsa. Quant um
reparat ório fixado em R$ 5.000,00. Razoabilidade no caso
concret o. I n ocor r ê ncia de da nos e x t r a or diná r ios a
j u st ifica r o a um e n t o da con de n a çã o. Sent ença m ant ida.
Recurso não provido ( TJ- SP – Apelação n° 1011000-
12.2016.8.26.0004, 12ª Câm ara de Direit o Privado. Relat or:
Tasso Duart e de Melo, Publicado em : 03/ 08/ 2020) . ( grifo
nosso)
Assim , na rem ot a hipót ese dest e Dout o Juízo ent ender pela exist ência
de reparação aos supost os danos m orais alegados na inicial, de ve - se obse r va r a
r a zoa bilida de e pr opor cion a lida de pa r a a r bit r a m e n t o do qua n t u m
in de n iza t ór io.
3 .5 . DA LI TI GÂN CI A DE M Á- FÉ DA PARTE AUTORA. ALTERAÇÃO

I N TEN CI ON AL D A VERD AD E D OS FATOS. PRETEN SÃO EM BASAD A EM
RAZÕES D E FATO E D E D I REI TO QUE SABI A N ÃO SER VERD AD EI RA
Da análise dos aut os é possível perceber a at uação m aldosa da part e

aut ora, que claram ent e t ent a induzir esse D. Juízo em erro ao t razer alegações
dest it uídas da verdade, especialm ent e quando afirm a que desconhece o débit o,
bem com o nunca cont rat ou j unt o a ré.
Com o t rat ado ao longo dest a peça, rest ou incont roversa a legalidade
da cont rat ação, bem com o das cobranças, de m odo que t orna- se evident e que a
part e aut ora alt erou a verdade dos fat os para conseguir obj et ivo ilegal, angariar
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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lucro fácil, m esm o diant e de direit o inexist ent e, o que configura at o de lit igância
de m á- fé, nos t erm os do art . 80, incisos I I e I I I , do Código de Processo Civil,
suj eit a a m ult a previst a no art . 81 do m esm o diplom a legal.
A pa r t e a u t or a u t iliza de for m a in de vida e m a l- in t e n cion a da o
Pode r Ju diciá r io, j á t ã o a ssobe r ba do com de m a n da s r e a lm e n t e sé r ia s, n a
cla r a in t e n çã o de e nr iqu e cim e n t o ilícit o, pr oce de n do, por t a n t o, de for m a
t e m e r á r ia .
Excelência, é crist alina a violação ao Princípio da Lealdade Processual,

o que configura a condut a da part e aut ora com o at ent at ória a dignidade do Poder
Judiciário, j ust ificando assim a necessidade de condenação da m ult a por lit igância
de m á- fé, com o form a de coibir prát icas dessa nat ureza.
Conform e sábio e at em poral ensinam ent o do ilust ríssim o Minist ro

Sávio de Figueiredo Teixeira, no j ulgam ent o do REsp nº 65.906/ DF, em 25.11.1997
" o pr oce sso n ã o é u m j ogo de e spe r t e za , m a s in st r u m e n t o é t ico da
j u r isdiçã o pa r a a e fe t iva çã o dos dir e it os da cida da n ia " . Vej am os
j urisprudência do Colendo Superior Tribunal de Just iça:
Pa r a a con side r a çã o da lit igâ n cia de m á - fé , fa z- se

n e ce ssá r io o pr e e n ch im e n t o de t r ê s r e qu isit os, qua is
se j a m : que a condut a da pa r t e se subsum a a um a da s
h ipót e se s t a x a t iva m e n t e e le n ca da s no a r t . 1 7 do CPC;
qu e à pa r t e t e n ha sido ofe r e cida opor t u n ida de de de fe sa
( CF. a r t . 5 º , LV) ; e qu e sua con du t a r e su lt e pr e j u ízo
pr oce ssua l à pa r t e a dve r sa ( RSTJ 135/ 187, 146/ 136) .
En t e nde o STJ qu e o a r t . 1 7 do CPC/ 1 9 7 3 ( a t ua l a r t . 8 0 ) ,

a o de fin ir os con t or n os dos a t os qu e j u st ifica m a
a plica çã o de pe na pe cu n iá r ia por lit igâ ncia de m á - fé ,
pr e ssupõe o dolo da pa r t e no e n t r a va m e nt o do t r â m it e
pr oce ssua l, m a n ife st a do por con du t a in t e n ciona lm e n t e
m a liciosa e t e m e r á r ia , in obse r va n do o de ve r de
pr oce de r com le a lda de ( STJ. 3ª T., REsp 418.342- PB, rel.
Min. Cast ro Filho, Dat a do j ulgam ent o 11.06.2002, DJU
05.08.2002, p. 337)
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Nest e sent ido t am bém é o ent endim ent o do Egrégio Tribunal de

Just iça do Est ado de São Paulo:
" AÇÃO DECLARATÓRI A E I NDENI ZATÓRI A – NEGATI VAÇÃO
I NDEVI DA – DANOS MORAI S – DESVI O PRODUTI VO DO
CONSUMI DOR – LI TI GÂN CI A DE M Á- FÉ –
CARACTERI ZAÇÃO – I - Caract erizada relação de consum o –
I nversão do ônus da prova – Ré que logrou dem onst rar a
regularidade da negat ivação do nom e da aut ora – Aut ora que,
para a aquisição de refrigerador, firm ou j unt o à ré cédula de
crédit o bancário – Aut ora que efet uou o pagam ent o das dez
prim eiras prest ações, ficando inadim plent e a part ir parcela
com vencim ent o em 07/ 01/ 2015, o que ensej ou a negat ivação
de seu nom e – Exist ent e a relação j urídica ent re as part es e
inexist indo nos aut os prova da quit ação doo débit o pela
aut ora, lícit a a inscrição nos órgãos de prot eção ao crédit o –
Negat ivação regular, nos exat os t erm os do exigido pelo art .
43, § 1º , do CDC – I m possibilidade de declaração de
inexigibilidade do débit o – Dano m oral não caract erizado –
I ndenização indevida – I I - I ndevida, ainda, indenização pela
perda do t em po livre do consum idor, denom inada de 'Desvio
Produt ivo do Consum idor' – I nocorrência, na espécie, de
int olerável perda de t em po livre do consum idor, sendo
indevida qualquer indenização por danos m orais – Ação
im procedent e – I I I - Lit igâ n cia de m á - fé ca r a ct e r iza da –
D e vida con de na çã o da a ut or a a o pa ga m e n t o de m u lt a
pe la lit igâ n cia de m á - fé , pois a lt e r ou a ve r da de dos
fa t os, a o a fir m a r que nã o r e conh e ce o dé bit o pe lo qu a l
se u nom e foi ne ga t iva do, qua ndo, e m ve r da de , há pr ova
n os a u t os n o se n t ido de de m onst r a r a e fe t iva e x ist ê n cia
de r e la çã o j u r ídica e nt r e a s pa r t e s, be m com o do dé bit o
– I n t e ligê n cia do a r t . 8 0 , in ciso I I , c.c. o a r t . 8 1 , ca pu t ,
a m bos do N CPC – I V- Afast ada a det erm inação de expedição
de ofício à OAB/ SP – Providência que cabe ao advogado da ré
– I nt eligência do art . 43, caput , part e final, com aplicação
analógica, e art . 55, caput , am bos do Novo Código de Ét ica e
Disciplina da OAB – V- Sent ença proferida e publicada quando
j á em vigor o NCPC – Honorários advocat ícios m aj orados, com
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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base no art . 85, § 11, do NCPC, para 15% sobre o valor da

causa – Apelo parcialm ent e provido" . ( TJ- SP - AC:
10059465720198260005 SP 1005946- 57.2019.8.26.0005,
Relat or: Salles Vieira, Dat a de Julgam ent o: 12/ 03/ 2014, 24ª
Câm ara de Direit o Privado, Dat a de Publicação: 30/ 04/ 2020)
( grifo nosso)
Sendo assim , dem onst rada a evident e t ent at iva da part e aut ora de
ludibriar est e D. Juízo, m odificando a verdade dos fat os, pugna a ré pela sua
con de n a çã o a o pa ga m e n t o de m u lt a por lit igâ n cia de m á - fé , nos t erm os do
art . 81, § 3º , do Código de Processo Civil.
3 .6 . N ÃO CABI M EN TO D A I N VERSÃO D O ÔN US D A PROVA
A part e aut ora requereu, ainda, a inversão do ônus da prova, t odavia,

Excelência, t al pret ensão é t ot alm ent e descabida.
A aplicação da inversão do ônus da prova, nos t erm os do art . 6º ,

inciso VI I I , do Código de Defesa do Consum idor, não é aut om át ica, cabendo a
part e aut ora a obrigação de provar m inim am ent e os fat os de direit os discut idos e
pedidos na lide, não sendo out ro o ent endim ent o dos Tribunais Pát rios:
Com efeit o, conquant o se t rat e de relação negocial de nat ureza

consum erist a, é bem de ver que a inve r sã o do ônu s da
pr ova n ã o é a u t om á t ica e n ã o a fa st a da pa r t e a u t or a , a
obr iga çã o de pr ova r , m in im a m e n t e , os fa t os
con st it u t ivos do se u dir e it o ( TJMG - Apelação Cível
1.0382.13.011530- 8/ 002, Relat or( a) : Des.( a) José Flávio de
Alm eida, 12ª CÂMARA CÍ VEL, j ulgam ent o em 22/ 04/ 2020,
publicação da súm ula em 06/ 05/ 2020) . ( grifo nosso)
Ressalt e- se que, a inversão do ônus da prova em favor da part e

aut ora som ent e deve ocorrer quando verossím il a sua alegação ou for ela
hipossuficient e, sob pena de enriquecim ent o sem causa do consum idor, que se vê
sem com prom isso de produzir as provas que lhe cabem no processo j udicial,
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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cabendo ao m agist rado singular analisar as condições de verossim ilhança da

alegação e de hipossuficiência, conform e o conj unt o fát ico- probat ório dos aut os.
Dest aque- se aqui t am bém , o ent endim ent o do Egrégio Tribunal de
Just iça de São Paulo sobre o t em a:
AGRAVO D E I N STRUM EN TO. RELAÇÃO D E CON SUM O.

I N VERSÃO DO ÔN US DA PROV A. POSSI BI LI D AD E.
ALEGAÇÃO D E QUE A PROV A É RESPON SABI LI D AD E D O
CON SUM I D OR AFASTAD A. H I POSSUFI CI ÊN CI A DO
CON SUM I D OR VERI FI CAD A. ART. 6 º , I N CI SO VI I I , CD C.
RECURSO CON H ECI D O E D ESPROVI D O. 1. A inversão do
ônus da prova, m esm o nos casos que envolvam direit o do
consum idor, não se opera de form a aut om át ica, dependendo
do preenchim ent o dos seguint es requisit os: verossim ilhança
das alegações ou hipossuficiência do consum idor. 2. O
consum idor é a part e vulnerável na relação, conform e
preceit ua o art igo 4º do Código do Consum idor, podendo o j uiz
invert er o ônus da prova quando há um dos dois requisit os
previst os na Lei consum eirist a, sendo cert o que na hipót ese,
encont ra present e não só a verossim ilhança das alegações
com o a im possibilidade ou excessiva dificuldade na obt enção
da prova por part e do consum idor. 3. Trat ando- se de relação
de consum o, m ost ra- se cabível a inversão do ônus da prova,
nos t erm os do art . 6º , inciso VI I I , do CDC. 4. I n casu, há
verossim ilhança nas alegações da part e aut ora, post o ser
incont roversa a cont rat ação do seguro, em vida, de seu
falecido esposo, sendo cert o que a propost a por ele assinada
encont ra- se em poder da seguradora. 5. RECURSO
CONHECI DO E DESPROVI DO. ( TJ- SP – Processo nº 0714843-
93.2019.8.07.0000, Relat or: Robson Barbosa de Azevedo,
Dat a de Julgam ent o: 29/ 01/ 2020, 5ª Turm a Cível, Dat a de
Publicação: 13/ 02/ 2020) ( grifo nosso)
Pr e st a çã o de se r viços de t e le fon ia . Açã o de obr iga çã o

de nã o fa ze r c./ c. inde niza çã o por da nos m or a is.
Se n t e n ça de im pr oce dê n cia . Au t or que a le gou r e ce be r
cobr a n ça s e x ce ssiva por t e le fone e m r e la çã o a fa t ur a
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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qu it a da . Em pr e sa que n e gou t e r e fe t ua do a s cobr a n ça s.

A inve r sã o do ôn us pr oba t ór io nã o é a u t om á t ica e
de pe n de da ve r ossim ilha n ça da s a le ga çõe s. Em pr e sa
qu e n ã o pode pr oduzir pr ova ne ga t iva - Sobre a aplicação
da inversão do ônus da prova previst a no CDC, cum pre
dest acar que a inversão do ônus probat ório não é aut om át ica
e dependia da verossim ilhança das alegações, o que não
ocorreu. A incidência do Código de Defesa do Consum idor dá
lugar a dist ribuição dinâm ica da prova, ao cont rário da
dist ribuição est át ica previst a no art . 373 do CPC, ou sej a, o
ônus deve recair sobre quem t iver m elhores condições de
produzir a prova conform e as circunst âncias fát icas do caso
concret o. Além disso, não cabia à em presa de t elefonia a
produção de prova diabólica ou negat iva ( TJ- SP – Processo nº
APL 1049387- 97.2019.8.26.0002 SP 2020.0000362751,
Relat or: L. G. Cost a Wagner, Dat a do Julgam ent o:
25/ 05/ 2020, 2ª Vara Cível Foro Regional de Sant o Am aro,
Dat a de Publicação: 25/ 05/ 2020) ( grifo nosso)
D e st a for m a , n u n ca é de m a is le m br a r qu e r e m a n e sce ín t e gr a
a r e spon sa bilida de a qu e a lu de o a r t . 3 7 3 do CPC, ca be n do a o a u t or o ôn u s
da pr ova , qua nt o a o fa t o const it ut ivo do se u dir e it o, e a o r é u, qua nt o à
e x ist ê n cia de fa t o im pe dit ivo, m odifica t ivo ou e x t in t ivo do dir e it o do
a u t or . Logo, a inversão do ônus da prova não visa disciplinar a iniciat iva probat ória
das part es, m as sim est abelecer regras para o j ulgam ent o da causa na hipót ese
de ausência de prova, que não é o caso dos aut os, devendo a cont rovérsia ser
decidida à luz do art . 373, inciso I , do Código de Processo Civil.
Por t odo o expost o, requer se j a j u lga do t ot a lm e n t e im pr oce de n t e

o pe dido de in ve r sã o do ôn u s da pr ova ple it e a do.
3 .7 . D AS TELAS COM PROBATÓRI AS
Foram j unt adas na present e defesa as t elas sist êm icas da requerida

com o prova do que est á sendo alegado, sendo est es docum ent os idôneos. Valendo
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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ressalt ar que est a em presa cum pre t odas as form alidades est ipuladas pela agência
reguladora – ANATEL.
Trat a- se de docum ent os idôneos, um a vez que não se t rat a de
docum ent o produzido unilat eralm ent e, que a em presa pode m odificar a qualquer
t em po e no qual im plant a a inform ação que desej a, sendo assim provas adm it idas
em sede com provação dos fat os, conform e ent endim ent o do Egrégio Tribuna de
Just iça de São Paulo:
TELEFON I A. AÇÃO DECLARÁTORI A JULGADA

I MPROCEDENTE. NEGATI VAÇÃP DO NOME DO AUTOR. TELAS
D O SI STEM A D A RÉ QUE D EVEM SER AD I M I TI D AS COM O
PROV A DEMANDANTE QUE NÃO NEGA O NEGÓCI O JURÍ DI CO.
ALTERAÇÃO DA VERDADE E UTI LI ZAÇÃO DO PROCESSO PARA
CONSEGUI R OBJETI VO I LEGAL QUE JUSTI FI CAM A
PENALI DADE POR LI TI GÂNCI A DE MÁ FÉ. SENTENÇA
MANTI DA. As t elas do sist em a da ré devem ser adm it idas
com o prova. ( TJ – SP, Apelação n° 1135136-
84.2016.8.26.0100, Regist ro: 20180000118384, Relat or:
Jaym e Queiroz Lopes, Dat a de Julgam ent o: 28/ 02/ 2018, Dat a
de Publicação: 28/ 02/ 2018) . ( grifo nosso)
Na realidade, inst a frisar que é at ravés desses sist em as que a ANATEL

– Agência Nacional de Telecom unicações, responsável pela regulam ent ação do
set or, inst it uída pela Lei nº 9.472/ 97 ( Lei Geral de Telecom unicações) , em
at endim ent o ao art . 21, inciso XI , da Const it uição Federal de 1988 – colhe
inform ações sobre a em presa, quando necessário, inclusive, por m eio de audit oria
e at uação diret a do órgão fiscalizador.
Assim , caso a ANATEL encont re inform ações equivocadas inseridas

nos sist em as da em presa, poderá aplicar m ult as, at é em cifras m ilionárias, por
violação ao cont rat o de concessão firm ado ent re elas e à regulam ent ação do set or,
sendo assim com provada a regulação dest a em presa.
Por t a n t o, as in for m a çõe s in se r ida s n os sist e m a s de ssa

e m pr e sa de ve m se r a dm it ida s com o pr ova s ve r ídica s, post o qu e e x ist e
in t e n sa fisca liza çã o da AN ATEL e da r e gu la m e n t a çã o do se t or , n ã o a pe n a s
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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e m fu n çã o da s possíve is pu n içõe s, m a s por qu e a e st a r e qu e r ida , a n t e s de

t u do, bu sca , in t e n sa m e n t e , sa t isfa ze r se u s clie n t e s.
4 . D O PED I D O CON TRAPOSTO
I n casu, aduz a part e aut ora que t em sido vít im a de cobranças

oriundas da em presa ré que considera indevidas. Ent ret ant o, conform e
dem onst rado nest a cont est ação at ravés de docum ent os e explicações reais e
verossím eis, os valores discut idos são devidos e as cobranças são legít im as.
D e st e m odo, se h ou ve a con t r a t a çã o e a disponibiliza çã o dos

se r viços cu j a s fa t u r a s n ã o for a m qu it a da s, a dm it e a Le gisla çã o qu e a r é ,
em se de de con t e st a çã o, de sde qu e fu n da dos n os m e sm os fa t os
e m ba sa dor e s do pe dido or igin a l, for m u le pe didos e m se u fa vor , conform e
preceit ua o art . 31 da Lei 9.099/ 95, verbis:
Ar t . 3 1 . Não se adm it irá a reconvenção. É lícit o a o r é u , n a

con t e st a çã o, for m u la r pe dido e m se u fa vor , nos lim it es
do art . 3º dest a Lei, de sde que fun da do nos m e sm os fa t os
qu e con st it u e m obj e t o da con t r ové r sia . ( grifo nosso)
Va le r e ssa lt a r qu e o pr e se n t e pe dido pr e e n ch e os r e qu isit os

pa r a a su a for m u la çã o, u m a ve z qu e e st á se n do e la bor a do n o boj o da pe ça
con t e st a t ór ia , a lé m de possu ir liga çã o dir e t a com o con t r a t o or a discu t ido,
o qu e de m on st r a a su a r e st r içã o a os fa t os da pr e se n t e ca u sa . Nesse m esm o
sent ido, a brilhant e e at em poral dout rina de Fredie Didier Jr.:
“ No direit o brasileiro, o pe dido con t r a post o a pr e se n t a - se

com o um a de m a nda m a is sim plifica da do que a
r e conve n çã o. Duas são as suas caract eríst icas básicas: a )
se r for m u la do n o boj o da con t e st a çã o, sem necessidade
de peça aut ônom a; b) r e st r içã o le ga l qu a n t o à sua
a m plit ude ( nos Juizados e no procedim ent o sum ário, deve
ficar r e st r it o a os fa t os da ca u sa ; nas possessórias, adm it e-
se apenas o pedido de indenização) ”. ( grifo nosso)
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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N ou t r o gir o, a possibilida de de a pe ssoa j u r ídica for m u la r

pe dido con t r a post o é in con t r ove r sa , con for m e e n t e n dim e n t o fir m a do n o
Fór u m N a cion a l de Ju iza dos Espe cia is, a t r a vé s do En u n cia do 3 1 . Ve j a m os:
EN UN CI AD O 3 1 – É adm issível pedido cont rapost o no caso
de ser a part e ré pessoa j urídica.
Nesse diapasão, dem onst rada a im procedência dos pedidos aut orais,
bem com o a exist ência de débit os em abert o j unt o à ré, cabe o pedido cont rapost o
ora form ulado, o que j á é pacificado na j urisprudência pát ria, sob pena de
enriquecim ent o ilícit o da part e aut ora:
“PED I D O CON TRAPOSTO – A r é e f e t u ou p e d ido a se u

fa v or , r e qu e r e n do a con de n a çã o da a u t or a ao
pa ga m e n t o da fa t u r a in a d im plida no v alor t ot al de R$
2 5 3 ,4 3 ( du z e n t os e cin qu e n t a e t r ê s r e a is e q u a r e n t a e
t r ê s ce n t a v os) .
Assim , e m v ir t u d e da pr ov a d e qu e a a u t or a n ã o
a d im p liu a s ú lt im a s fa t u r a s do con t r a t o, e pe la t ot a l
a u sê n cia de pr ov a de pa ga m e n t o da a cion a n t e , a colh o
o p e dido da a cion a da pa r a qu e a a u t or a pa g u e o v a lor
d e R$ 2 5 3 ,4 3 ( du z e n t os e cin qu e n t a e t r ê s r e a is e
qu a r e n t a e três ce n t a v os) , r e f e r e n t e às fa t u r a s
in a d im p lid a s.
( ...)
DI SPOSI TI VO – I sso post o, JULGO I M PROCED EN TES OS

PED I D OS AUTORAI S, pelos m ot ivos j á expost os. JULGO
PROCED EN TE O PED I D O CON TRAPOSTO pa r a con de n a r
a a u t or a a pa ga r a o r é u o va lor de R$ 2 5 3 ,4 3 ( du z e n t os
e cin qu e n t a e três r e a is e qu a r e n t a e três
ce n t a v os) , de vida m e n t e cor r igidos m on e t a r ia m e n t e
pe los índice s oficia is a pa r t ir do a r bit r a m e n t o e
a cr e scido de j ur os m or a t ór ios de 1 % ( u m por ce n t o) a o
m ê s, nã o ca pit a liza dos, a con t a r da cit a çã o” . ( TJ- BA -
Processo nº 0005059- 76.2018.8.05.0113, 1ª Vara do Sist em a
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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fls. 167
dos Juizados de I t abuna, Juiz: Alexandre Mot a Brandão de

Araúj o, Julgado em 09/ 07/ 2018) ( grifo nosso)
Assim , com fulcro no art . 31, da Lei nº 9.099/ 95 e Enunciado 31 do
FONAJE, requer se digne Vossa Excelência a condenar a part e aut ora a quit ação
dos débit os inadim plidos e relacionados ao cont rat o ora discut ido, no im port e de
R$ 9 0 7 ,3 8 ( novecent os e set e reais e t rint a e oit o cent avos) , que deve ser
at ualizado na form a da lei.
5 . CON CLUSÃO
Com base nos fat os e fundam ent os exaust ivam ent e expost os acim a,
requer a ré que Vossa Excelência:
( i) Acolha a pr e lim in a r de im pu gna çã o a gr a t u ida de

da j u st iça , j ulgando im procedent e o benefício pleit eado,
condenando a part e aut ora ao pagam ent o de cust as e
honorários advocat ícios em m om ent o processual
oport uno, nos t erm os da Lei 9.099/ 95;
( ii) Acolha a pr e lim in a r de im pu gna çã o a o va lor da

ca u sa , t endo em vist a a necessidade de adequação da
quant ia at ribuída, fixando- a de acordo com os valores de
condenações arbit rados pelo STJ em j ulgados com
sit uações fát icas sem elhant es;
( iii) Julgue t ot alm ent e I M PROCED EN TE os pedidos

form ulados na exordial, ext inguindo- se o feit o com
j ulgam ent o de m érit o nos t erm os do art . 487, I , do CPC;
( iv) Acolh a o pe dido con t r a post o form ulado, com

fulcro no art . 31 da Lei 9099/ 95 e Enunciado 31 do
FONAJE, det erm inando o pagam ent o do valor
inadim plido no im port e de R$ 9 0 7 ,3 8 ( novecent os e
set e reais e t rint a e oit o cent avos) ;
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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( iv) Condene a part e aut ora ao pagam ent o de m ult a por

lit igâ n cia de m á - fé , nos t erm os do art . 81, § 3º , do
Código de Processo Civil.
Prot est a- se, e ora se requer, pela produção de t odas as provas em
direit o adm it idas.
Nest es t erm os pede deferim ent o.
São Paulo, 25 de j ulho de 2022.
Flá via N e ve s N ou de Br it o
OAB/ SP 4 0 1 .5 1 1
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
30 de 30

Excelentíssimosenhordoutorjuizdedireitodavarado Jui Zado Especi Al Cí Vel E Cri Mi N Al - Foro de Carapi Cuí Ba - São Paulo

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EXCELEN TÍ SSI M O SEN H OR D OUTOR JUI Z D E D I REI TO D A VARA D O

* COM PROVAÇÃO D O VÍ N CULO CON TRATUAL;

OI S/ A ( su ce ssor a da OI M ÓVEL S/ A) , em presa em recuperação

Segue narrado que cont at ou a ré para t ent ar resolver o seu problem a,

Todavia, razão não assist e a part e aut ora!

2 .1 . D A I N CORPORAÇÃO D A OI M ÓV EL S/ A PELA OI S/ A. N ECESSÁRI A

Excelência, nest a oport unidade, inform a a ré que, no dia 27 de j aneiro

Em 31 de j aneiro de 2022, a ANATEL concedeu anuência prévia para

No dia 22 de fevereiro de 2022, foi publicado no DOU, o At o nº

Dest a form a, em 22 de fevereiro de 2022, foram int egralm ent e

Diant e do que inform a, e da docum ent ação j unt ada – acessível

2 .2 . I M PUGN AÇÃO A JUSTI ÇA GRATUI TA

A part e requerent e apesar de declarar ser hipossuficient e no sent ido

A declaração pedida goza de presunção relat iva de veracidade, onde

Com isso a pr e se n ça de docu m e n t os qu e com pr ove m

Por t odo expost o, r e qu e r se j a in de fe r ido o pe dido de j u st iça

2 .3 . I M PUGN AÇÃO AO VALOR D A CAUSA. V ALOR EXCESSI VO. RED UÇÃO

A part e requerent e pugna por quant ia elevada a t ít ulo de

Não obst ant e, a j urisprudência do Superior Tribunal de Just iça t em

a) Em regra, o valor at ribuído será o do pedido post ulado;

b) Pa r a cir cu n st â n cia e m qu e o pe dido é de qua n t ia

STJ) , m as ao m esm o t em po requer a grat uidade da j ust iça,

c) Caso o j uiz acolha a im pugnação, adot e no arbit ram ent o do

Nesse sent ido segue o precedent e do Superior Tribunal de Just iça,

Processual Civil. Recurso Especial. Com pe n sa çã o por da nos

Rest a evidenciada, port ant o, a necessidade de adequação do valor

Conform e analise em sist em as int ernos da em presa ré, e con t r a t o

Vale ressalt ar, Excelência, que pa r a con t r a t a r t odo e qu a lqu e r

Com relação ao con t r a t o e n º 2 0 2 7 2 3 9 1 0 1 const a, ainda, nos

Já com relação ao con t r a t o e n º 2 0 2 1 2 4 1 8 0 1 const a nos sist em as

Quant o aos débit os, const am em abert o os valores de R$ 430,47 para

I nst a frisar que a ré a t odo m om ent o at uou em consonância com os

Ora, não é j ust o que a em presa acionada, em vist a de um a

Excelência, é evident e a ausência de fundam ent ação e veracidade nas

Dessa form a, verifica- se o int uit o do enriquecim ent o sem causa na

Ações com o a present e obj et ivam t ão som ent e o enriquecim ent o

Cabe m encionar, por fim , que a ré é em presa séria e at ua no m ercado

Por essas e as seguint es razões a dem anda deve ser j u lga da

3 .2 . COBRAN ÇA D EVI D A D OS VALORES. EXERCÍ CI O REGULAR D E D I REI TO

nos sist em as da acionada, const at ou- se que as a fir m a çõe s da pa r t e

Ora Excelência, é de conhecim ent o t rivial em sede de Cont rat os

Dest aque- se aqui, a lição do m est re Carlos Robert o Gonçalves:

" Bila t e r a is sã o os con t r a t os que ge r a m obr iga çõe s pa r a

Nesse diapasão, é im port ant e aqui m encionar o ent endim ent o do

PRESTAÇÃO DE SERVI ÇO – Te le fon ia – Cobr a n ça

vá lida – Apelação desprovida. Apelação 1011950-

Sendo assim , observa- se que a t odo m om ent o a acionada at uou com

Dest a form a, verificada a regularidade dos valores, nada m ais é do

3 .3 . D A I N EXI STÊN CI A D E D AN OS M ORAI S. N ÃO COM PROVAÇÃO D E

“ A r e fe r ê ncia fr e qu e n t e à ‘dor ’ m or a l ou psicológica n ã o

Evide n t e qu e a pa r t e a u t or a bu sca be n e ficia r - se da

a pr ove it a n do- se , pois, da t e n dê n cia a t u a l de se r e cor r e r a o Ju diciá r io

Nesse diapasão, é im port ant e aqui m encionar o ent endim ent o do

PRESTAÇÃO DE SERVI ÇOS TELEFON I A. AÇÃO

Relat or Des. Ant ônio Nascim ent o, Dat a do j ulgam ent o:

Alé m disso, a in da qu e os fa t os n a r r a dos n a e x or dia l fosse m

Pr e st a çã o de se r viços – Te le fon ia . Ca nce la m e n t o de

TELEFON I A – AÇÃO DECLARATÓRI A – PARCI AL

I N D EN I ZAÇÃO – PLEI TO DE CONDENAÇÃO EM DEVOLUÇÃO

Por t odo o expost o, pugna a ré pela im pr oce dê n cia do pedido de

3 .4 . DA AD EQUAÇÃO DA I N D EN I ZAÇÃO AOS PRI N CÍ PI OS