A história do Guaraná

Cena 1 - [Narrador - André] - Essa história aconteceu há muitas e muitas luas na Amazônia, numa aldeia Sateré Maué,
onde vivia um casal de índios muito querido por todos, Taíra e Nayara. O jovem casal de índios estava muito triste, pois
não conseguiam ter filhos. Então resolveram pedir ao deus Tupã que ouviu suas preces e os abençoou com Alupá (Caio).

(Enquanto André narra, todos ficam em roda, dançando em volta de Pablo e Ana Caroline. Depois a roda se abre para a
plateia ver os dois. Taíra (Pablo) e Nayara (Ana Caroline) ficam de frente um para o outro com a cabeça baixa,
expressando tristeza. Depois levantam os braços para o céu, rogando ao deus Tupã. Ficam de costas para a plateia,
quando se viram, Nayara já está com o bebê no colo).

Cena 2 - [Narrador - André] O indiozinho Alupá (Caio) crescia com saúde e assim como os pais, era também muito
querido. Todos o admiravam por sua bondade e inteligência. Ele estava sempre ocupado com alguma coisa. Ajudava a
mãe na plantação e ia pescar e caçar com o pai e com os outros homens da aldeia, apesar de achar que não se devia
matar bicho algum. Gostava de nadar no rio e brincar com as outras crianças e de ouvir história que os velhos tinham para
contar.

(Todos da tribo se reúnem ao redor de Alupá, passando as mãos em sua cabeça e elogiando-o. Nesse momento, ele pega
seu arco e flecha, sai correndo ao encontro do pai e de outros homens para pescar. Ele volta com os peixes e todos fazem
um círculo com ele dentro e dançam ao seu redor.)

Cena 3 - [Narrador - André] Assim, aos poucos, Alupá ia desvendando os segredos da floresta. Só havia uma coisa que
Alupá não sabia: Jurupari (Ana Gabriela), o espírito do mal. Os mais velhos sempre evitavam tocar nesse assunto, pois
achavam que Alupá era muito novo para entender sobre esse espírito mal.

Nesse momento Jurupari (Ana Gabriela vestida de preto) rodeia o cenário e os mais velhos, protegem Alupá e as outras
crianças sem deixá-los ver o espírito mal. Ao mesmo tempo põem os dedos em frente a face, sinalizando silêncio.

Cena 4 - [Jurupari – Ana Gabriele] – (Dar uma gargalhada e diz): — Que menino chato! Pensa que é melhor do que eu,
só porque é bonzinho. Já sei! Vou me transformar em cobra e pegar ele!

[Narrador - André] - Jurupari ficou de tocaia, esperando a oportunidade.

Cena 5 - [Narrador - André] Certo dia, Alupá passeando sozinho pela floresta, encontrou no caminho um pé de carambola
cheia de frutos. Sentou-se em um tronco para comer alguns frutos que haviam caído no chão. De repente... Jurupari
apareceu transformado em cobra, aproveitou que Alupá estava distraído com as frutas e deu o bote. O menino caiu e a
cobra desapareceu.

(os índios o encontram morto. Observando o corpo, um amigo descobriu a picada.)

[Amiga de Alupá - Laryssa ] – Ele foi picado por uma cobra (apontando a marca em sua perna)

[Taíra - Pablo] – Não é possível! Ele conhecia tão bem os animais.

[Narrador - André] – Foi então que o Xamã disse:

[Xamã - Scarlette] – Quem fez isso foi Jurupari. Esse era o único segredo da mata que Alupá não conhecia.

[Narrador - André] – De repente, ouviu-se um trovão. Os índios se assustaram: não havia nuvens no céu, nem sombra
de chuva... Todos fizeram silêncio.

(Nayara fechou os olhos e assim ficou por longos minutos. Ao abrir os olhos disse):

[Nayara – Ana Caroline) É uma uma mensagem de Tupã. Ele pediu pra gente plantar os olhos de Alupá como se fossem
sementes.

[Narrador – André] O deus queria recompensar a aldeia pela perda de Alupá. Deles nasceriam arbustos milagrosos, cujos
frutos trariam felicidade.

Cena 6 - [Narrador] Os olhos de Alupá foram plantados num canteiro. Todas as tardes, Naiara regava a terra com carinho.
Certo dia nasceu uma planta bonita, que cresceu muito depressa. Era um pé de guaraná.

Nessa cena todos fazem um círculo em volta do guaraná e dançam ao som da música.
Pegam no chão latinhas de guaraná brindam e tomam.

[Narrador] E assim hoje temos o nosso guaraná!

Participantes:

André – narrador

Ana Caroline – Nayara

Pablo – Taíra

Caio – Alupá

Ana Gabriele – Jurupari

Scarlette – Xamã

Laryssa – amiga de Alupá (que descobre a picada em sua perna)

Eshley – índia figurante

Sofia – índia figurante

Bárbara – índia figurante

João Pedro – índio caçadores

João Gabriel – índio caçadores

Gabriel Márcio – índio caçador