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1|Chamado de Vär'namu

Capítulo 1:"Olhos sem Vida"

Nossa aventura começa com a visão de uma carroça que passa


rapidamente em meio a uma planície morta,aos poucos a câmera se
aproxima por uma pequena janela da carroça,dentro dela,vemos
uma grande figura quase que totalmente obscurecida,uma face de
alguém que já perdeu a vida,um olhar vazio e fraco que tem como
única companhia,o sangue que verte de seus ferimentos e a terrível
visão de fora. Uma gigantesca área de lama,banhada pelo sangue de
milhares de corpos desmembrados,corpos de orcs tomados por
plantas que os destruíram por dentro,fazendo suas entranhas,seus
olhos e ossos explodirem para fora, corpos de elfos desmembrados e
explodidos por magias arcanas e pela fúria das armas dos orcs,que
agora estão cravadas no solo,era certo de que nada mais iria crescer
naquele solo,enquanto isso a carroça segue,rumo a cidade de Salim.

Nos encontramos em 1400 A.R, duas Ilhas (30dias) após a Irá das
estações,embate que ocorreu entre Orcs comandados por Koji
contra os Elfos e suas forças da natureza. Os viventes da cidade de
Salim ainda se recupera no pós guerra,caras entristecidas e sem
esperança andam sem saber o que vem no futuro. Mesmo sendo
considerados vitoriosos,tiveram grandes perdas,mas não é com isso
que nosso berserk se importa,aos poucos nossa visão vai em direção
a um elfo com cabelo meio bagunçado,com simples roupas de
aventureiro e um braço quebrado,que anda até uma carroça,onde
uma grande figura parece tirar alguns equipamentos. O elfo
comprimenta aquele ser,que logo se vira,revelando uma figura
armadurada,empunhando consigo uma enorme montante em suas
costas,além de um capacete que cobria quase que completamente
seu rosto e tinha em sua volta uma pesada sensação de algo morto.
Esse era Brado Huy, humano que fazia parte da linha de Berserk do
império de H'ordo,que se girou contra os orcs à mando de Azuri (Ex
imperador de H'ordo) após saber oque Koji planejava. Ele fez parte
parte da guerra esperando naquele campo,encontrar seu fim,matou
antigos companheiros,famílias e crianças obrigadas a ir para guerra,
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ainda assim,ele sobreviveu,um soldado suicida sobreviveu,enquanto
muitos pereceram.Agora após ter se recuperado de seus
ferimentos,soube que Azuri estranhamente saiu da região do
florestado e foi em direção ao Deserto de Andra'mar,Brado procura
agora descobrir onde está Azuri,para pedir para ser livre,após tantas
vidas companheiras tiradas,ele não poderia se perdoar,oque resta é
pedir por sua liberdade…
-Você vai mesmo atrás dele sozinho?_Pergunta o elfo em dúvida.
-Sim,não resta mais muito oque fazer,e a missão de encontrar meu
mestre é inteiramente minha,devo fazer isso só._responde Brado
calmamente e firmemente. O elfo balança a cabeça em sinal de
afirmação,como se já soubesse da resposta:
-Ok ok,eu entendi,você e sua teimosia,pelo menos aceite isso._Fala
o elfo tirando com dificuldade de uma fresta da sua roupa,duas
essências de mana e uma poção de cura.-também tem um cavalo
sobrando no estábulo,vou ficar um tempo sem cavalgar._Continua
ele enquanto segura os frascos.
Brado olhapara o elfo e por um momento até parece perder o olhar
vazio perto de um companheiro de guerra ainda vivo.-Obrigado,irei
aceitar._Diz ele enquanto pega é guarda os frascos consigo.Ambos
se entreolham e seguem caminho até o estábulo,por uma última
vez.Brado agora a cavalo,segue seu caminho para fora da cidade de
Salim,se despedindo de seu amigo elfo
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Capítulo 2:"A Gárgula de Marfim"

A viagem começa calma,passando próximo aos verdes bosques e


seguindo o curso dos afluentes que refletem de forma magestosa o
céu,sendo apenas ofuscado pelos pequenos peixes que lá saltitavam.
Vivenciou um conflito ao perceber durante a noite,enquanto
procurava um local para acampar,parte de uma floresta dançante
que aceitava de surpresa aventureiros desprevenidos,encontrando
essas árvores batendo em um grupo de três aventureiros,dois
humanos e um elfo que foram totalmente dominados pelas árvores.
Brado investiu contra essa flora maligna e arteira,conseguindo
recuperar,mesmo que bastante ferido um humano,decidindo recuar
e voltar ao caminho de cavalo,passando a noite inteira vagando,até
chegar em uma calma região de pomares com doces e suculentas
frutas dos mais variados tipos,tendo a sorte de achar uma casa na
árvore,onde habitavam uma dupla de halflings que tinham
conhecimentos na utilização de ervas e teriam tempo para cuidar do
humano resgatado,o deixando nos cuidados da dupla enquanto
seguia sua trilha até a capital do deserto, passando mais um dia de
viagem,em que dessa vez pode descansar,para no próximo
dia,chegar ao deserto.
Um forte sol toma o rosto de Brado que observa a distância as
grandes dunas de areia que ficam envolto as enormes construções
erguidas em pedra com entalhes de seres com detalhes
draconicos,encima do material semelhante ao asfalto,que funciona
como um selo resistente ao calor,que permite andar pela capital sem
perder a pele do pé. Logo ele inicia seu caminho para dentro da
cidade buscando logo uma taverna para buscar por
informações,chegando lá um belo som de um piano podia ser
escutado,sendo tocado por um anão,enquanto um enorme
minotauro sapateia no ritmo da música,um forte cheiro de cerveja
que só o Deserto de Andra'mar pode oferecer enquanto diferentes
mesas de aventureiros conversam ou olham mapas,se preparando
para novas aventuras. Brado se movimenta em direção a bancada
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onde se encontra o taverneiro,um simples com uma barba bem feita
que observa a movimentação da taverna enquanto limpa um copo
de vidro com um pano,ele possui um crachar escrito "Edvando".
-Com licença anão,saberia me dizer se um orc do inverno passou
por aqui?_Pergunta ele apoiando as mãos na bancada.
-Uh,você parece cansado rapaz,não quer beber algo antes não?
_Retruca o anão guardando o copo e se voltando para Brado.
-Água então,por favor._Responde ele.
Edvando então se abaixa na bancada e rapidamente entrega para
Brado um copo com água,que pega e começa a beber:
-É agora? Sobre o orc do inverno…_Fala ele agora esperando uma
resposta.
-Oh,sim eu esqueci_fala ele dando uma leve risada.-Sim sim,eu ouvi
algumas pessoas falando sobre um orc do inverno._Continua ele
enquanto se aproxima do minotauro sapatiador e pergunta algo em
seu ouvido,em seguida volta.-O dançarino ali confirmou que viu um
orc do inverno entrando em uma estalagem chamada de "A gárgulas
de marfim"._Continua sua explicação enquanto entrega para Brado
um mapa da capital muito bem feito,apontando a direção da gárgula
de marfim.
-Era oque eu precisava ouvir._Diz Brado agradecendo ao anão e ao
minotauro enquanto se retira da taverna indo em direção à
estalagem.
Seguindo agora as novas instruções,foi em direção aquela
gigantesca estrutura feita principalmente de pedra,metal e alguns
entalhes amarelados. Adentrando no local, é possível ver um belo
piso erguido em cerâmica branca,que colocado sobre,um belo tapete
vermelho que se estende até uma pequena mesa de balcão que em
sua frente tem uma bela gárgulas entalhada em marfim em uma
posição de vigia tendo seus olhos feitos com gemas púrpuras
brilhantes. Entrando,Brado se aproxima do balcão,vendo um
grande ser robusto com enormes chifres,porém,parece não ter toda
pelagem de seu corpo ainda,deixando parte dos músculos em carne
viva a mostra. Essa figura se vira revelando…um minotauro com um
oclinho,e outro crachar escrito: "Entsur":
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-Olá,como eu poderia ajudá-lo._Diz Entsur enquanto folheia as
páginas de um livro "Antes da Honra existia apenas a Espada".
- Eu procuro um orc do inverno,Azuri, ex imperador de H'ordo,me
disseram que ele passou por aqui._Responde Brado olhando
atentamente para o minotauro.
-Sinto muito,isso vai contra o regulamento de regras que temos,eu
posso perder o emprego._Retruca o minotauro calmamente.
-Você não entende oque está acontecendo,eu tenho que encontrar
meu mestre,essa é minha missão,não tem nada que possamos fazer?
_Pergunta ele tentando ser o mais diplomático possível.
Entsur dá uma esbaforida: -Olha,se ele era seu mestre e ex
imperador de H'ordo,você deve ter algum símbolo nobre ou de algo
relacionado a capital._Responde o minotauro fechando seu livro.
Brado,ouvindo isso desembanha sua enorme montante,essa ação
assusta Entsur que tem a reação de ir para trás com a cadeira,Brado
brandi sua espada a virando e encravando-a contra o chão,que é
facilmente perfurado pela cruel lâmina serrilhada que
possuí,revelando em um dos lados da espada
,próximo à empunhadura um símbolo de uma serpente dividida em
um círculo com as quatro estações,representação da capital do
império,fazendo o minotauro respirar mais aliviado,esquecendo por
um instante o chão destruído.
-Lhe,ha ha! Ok tá bom,isso deve ser o bastante, ho ho ho._Fala ele
procurando os papéis para informar o quarto de Azuri.
Brado rapidamente pega as informações e passa pela porta
dimensional que pode levá-lo para os diversos quartos e locais da
estalagem,pedindo informações a um velho anão facilmente,acha o
quarto dele,que estava uma grande bagunça,algo concerteza não
estava certo,e Brado sabia disso.
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Capítulo 3:"O Chamado…"

Um olhar rápido para dentro do quarto revela um ambiente com as


janelas e cortinas fechadas,um forte cheiro de café seguido de um
som constante de algum líquido batendo em madeira,ainda é
possível ver também uma mesa repleta de papéis do lado de uma
poltrona com uma xícara derrubada. É nessa cena que Brado
entra,esperando encontrar respostas,logo ao entrar começa a
rondar e investigar o local,vendo então que o som de goteiras vinha
de um balcão com uma jarra de café derrubada que gotejava no
chão de madeira,olhando próximo a poltrona ele encontra um
frasco de vidro com resquícios de um líquido viscoso com um cheiro
ainda mais forte que o do café,porém o mesmo não tinha
conhecimento sobre esse tipo de coisa,olhando atentamente para o
chão,percebe que em um carpete tinha vestígios de sangue
seco,indicando talvez sinais de briga. Vendo essa situação Brado
decide pegar tanto o carpete quanto o frasco,separando e guardando
enquanto vai em direção a mesa,olhando para aquela papelada ele
encontra anotações,diversas anotações e informações escritas quase
que de de forma compulsiva,uma certa fixação,sobre um local…o
Arquipélago de Vär'Namu,um grande aglomerado de ilhas ao longe
do continente que possuí seu próprio ecossistema de seres enormes
e monstruosos e uma flora igualmente perigosa,conhecido por ter
em si contido,a presença de um titã, Vär'Namu, o titã louco,
responsável por experimentos alquimicos inimagináveis para
qualquer criatura do cenário,criador dos vampiros e gnolls,e
futuramente após a tortura dos anões,os taurions viriam a surgir.
Olhando para os papéis é possível ver que tem coordenadas precisas
do movimento que o Arquipélago faz,em três dias ele estaria
próximo a região do deserto de Andra'mar,anotações sobre o
local,perigos,criaturas e por fim um mapa com um ponto
demarcado com um X,Brado pega tudo e escolhe ficar no quarto de
Azuri para descansar,pagando, se arrumando e se deitando.
A noite parecia calma,porém uma sensação pesada cai sobre ele
que,por um momento ouve algo ou alguém,entrando em seu quarto.
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Brado por um momento ouve esses sons,mas em seguida,tudo
para,ele pensa por um instante e decide se levantar para o
embate,vendo em sua frente,dois seres com vestes escuras e roupas
leves,armados com correntes,completamente em silêncio,Brado
tenta abrir a boca para falar,porém nada saia,ele naquele momento
estava sozinho com aqueles dois seres. Com um movimento rápido
consegue brandura sua espada contra um deles,causando grandes
ferimentos e fazendo sua máscara e capuz caírem,revelando uma
figura feminina,mas o detalhe que mais chamava atenção,eram
presas de vampiro,mostrando que talvez esses dois fossem
selvagens,enquanto refletia sobre isso o selvagem mais distante
tenta prende-lo com sua corrente,impedindo ele de empunhar sua
pesada arma e causando-o alguns ferimentos,enquanto a selvagem
ainda disnorteada tenta morder seu braço,porém mesmo atingido
pelos seus golpes,o vigor de Brado é forte o bastante para não deixa-
lo cair,vendo isso Brado se prende ainda mais na corrente puxando-
a junto do selvagem para perto o recepcionando com um
soco,afroxando as correntes permitindo ele se soltar e voltar a
empunhar sua lâmina,pronto para finaliza-lo, os dois selvagens
trocam suas posições começando a cortar e perfurar Brado,que por
sua vez com um dos vampiros próximos,empurra ele com sua força
para fora do quarto através da janela,causando sua morte pela
queda,a selvagem vendo isso,se deixa cortar com sua própria
corrente,fazendo o sangue fluir pela arma,claramente
aprimorando-a enquanto olha para Brado,que por mais que seja
resistente,está muito ferido,aquele séria o golpe final,para ambos os
lados…ela lança a corrente contra causando um ferimento horrível
seguido do som de pele sendo rasgada vertendo sangue,quando
Brado parecia cair,uma voz parece ressoar em seu ouvido dizendo
"Não morra", Brado parecia já ter escutado essa voz outras
vezes,sendo o bastante para ergue-lo e indo de encontrão com a
selvagem que estava próxima a parede,faz com que ela também seja
arremessada destruíndo a parede fazendo ela morrer também pela
queda. Após toda essa barulheira,diversas pessoas saem de suas
casas confusas e assustadas, o próprio Entsur olha meio assustado e
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preocupado com seu emprego,e no topo da estalagem,muito
ferido,respirando aos poucos,quase caindo,estava Brado.
Depois de um tempo lidando com o esporro de Entsur,ele vai em
direção aos corpos mortos dos vampiros procurando algo,
vasculhando ele encontra um pedaço de papel que tinha escrito:
"Eu preciso dele MORTO
Não me importo como,apenas FAÇAM
Eu preciso de Brado morto
Seu pagamento será entregue
Ass:Koji"
Vendo isso ele guarda o papel com uma visão de surpreso,Koji
parecia não ter sido morto…Com esse pensamento ele segue
caminho a procura de um hospital ou algum curandeiro para ele.

Capítulo 4:"Escravo de algo…"

Brado passou o resto da noite se tratando,saindo no dia seguinte,


ele sabia,faltavam três dias até ser feito o alinhamento do
Arquipélago com a região do deserto,durante esse tempo Brado se
esforçou para entender a história do local é encontrar algum meio
de transporte para no dia por rumo a sua busca. Passando por
momentos de pesquisa ele percebeu que os anões tem muito medo é
receio de falar sobre esse assunto,como se isso fosse um pequeno
pesadelo que os atormenta,com o tempo ele entende o porque.
Arquipélagos atrás,com a chegada dos vampiros e gnolls,que deu
início a era de navegações o povo do deserto zarpou em meio ao
oceano,chegando até um grande aglomerado de ilhas até então não
catalogado,onde pensaram em estabelecer uma cidade,porém,mal
sabiam eles que esse local escondia a essência…a presença de
Vär'Namu caia sobre os pobres seres que no arquipélago pisaram.
Você já pensou,como séria ver seus músculos sendo
amaciados,cortados e reconstituídos? Tendões estourados e
reamarrados de outra forma? Sentir seus ossos murcharem,serem
quebrados e pulverizados até serem remodelado ficando
completamente expostos? Sentir seu sangue ser retirado e mudado
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e recolocado? Ver sua pele ser retirada como um plástico do seu


corpo,esticada,cortada e enchida para ser recolocada em seu corpo
novamente? Bom,foi por isso que os anões passaram,enquanto
estavam perfeitamente acordados,fadados a ver essas
atrocidades,foi assim que surgiram os taurions. Dizem que a tortura
acabou quando um halfling e um gnomo conseguiram contactar o
dragão azul, bluuurk,um membro do povo sapo que não viu escolha
a não ser se transformar em sua forma draconica e selar aquela
representação do arquipélago,o ser responsável por liberar o avatar
do titã,é desconhecida,porém o dragão azul recebeu a alcunha de
dragão do povo, entretanto mesmo assim,o medo daquele terror,a
loucura de Vär'Namu ainda habita em alguns,causando sempre a
sensação de perigo que pode vir de onde se menos espera.
Infelizmente ele não conseguiu se aprofundar mais na história.
Em seguida foi atrás de um meio marítimo para ir até o
Arquipélago,indo até a costa,uma enorme feira costeira,cheiro de
peixe e outros frutos do mar,Brado se aproxima de um barco:
-O de cima!_Grita Brado para cima do barco.
-O de baixo!_Responde outra voz alguns segundos depois.-Você
precisa de alguma coisa?_Continua a voz.
-Sim,sim eu preciso de uma carona para um lugar._Responde
Brado.
-Lhe,perfeito! Espere um pouco amigo._fala aquele ser,enquanto se
escuta passos pesados e coisas sendo derrubadas enquanto ele sobe
pelo barco,revelando um anão com roupas vermelhas.
-Opa,tudo bom? Pra onde você tá querendo ir?_Pergunta o anão
sorridente.
- Para o arquipélago de Vär,Namu…_Responde Brado vendo a face
do anão mudar.-Eu sei,não é algo que vocês gostem,eu não posso
dizer que entenda pelo oque vocês passaram,mas sei como é ficar
preso…escravo de algo por algo,mas entenda…a vida de alguém está
em jogo lá,preciso encontrá-lo se ele realmente estiver lá._Continua
ele com uma voz baixa esperando a palavra final do anão.
O anão para,pensa e responde:
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-Olha,podemos levá-lo,mas vamos preferir não ficar lá,você pode
dizer a nós um certo período de tempo para que voltemos._Diz ele
decidido.
-Perfeito,não pretendo meter ninguém nesse assunto._Confirma
Brado para o anão,que pede por uns segundos enquanto procura
algo no barco,voltando,ele traz consigo uma prancheta com uma
caneta,arremessando para Brado.
--Assina aí pra eu não esquecer seu nome!
Brado segura a prancheta e anota seu nome,devolvendo para o anão
em seguida,logo se despede e espera os próximos dois dias
enquanto arruma os últimos preparativos para viagem.
Chegando o dia da viagem,Brado foi até o barco e foi apresentado
para tripulação dos encanadores do mar:
Mario(capitão):a pessoa que atendeu ele antes,um anão com roupas
vermelhas e uma boina
Luigi(primeiro imediato):Outro anão um pouco mais magro que
mario que usa roupas verdes
Toad(marujo auxuliar):um pequeno halfling esguio e rápido
Por fim Bowser,um misterioso draconato com escamas de algum
material amarelado com entalhes esverdeados que portava consigo
uma bela alfange.
Ao entrar Brado se dirige a um local onde possa se sentar:
-Opa Brado,então,parece que você não é o único maluco por
aqui,tem um outro cara pensando em ir pro arquipélago
também._Diz o anão Mario
-Tudo bem,eu espero._Reponde Brado olhando o chão enquanto
Mario se afasta.
Ele olha para aquele chão m de madeira como se fosse uma
eternidade…momentaneamente ele se levanta e segue em frente,um
clima quente,porém ainda equilibrado,como uma primavera,ele
segue em frente,agora com um olhar vazio,fúnebre…diversos
ecos,gritos de ordem é desprezo que se parecem com borrões que
obrigam ele a seguir,apenasum escravo…escravo de algo…um
simples escravo trabalhando com um moedor de ervas,pronto para
seguir com mais um dia de trabalho,ou melhor,mais um dia de
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escravidão. Um simples azarado preso em uma vila escondida dos
olhos do império,fadados a seguir com o mesmo movimento que
fazia uma enorme roda de madeira girar como um moedor,porém
naquele dia,ele viu um dos capatazes atormentando uma jovem que
o desobedecia,além de que,sabe se lá oque passava na mente
daquele doente,um anão magro e fraco aparece tentando ajudar a
jovem moça,mas naquele estado nada pode fazer,vendo isso e
tomado por uma fúria incontrolável,indo em direção ao
capataz,com um golpe certeiro pode o derrubar,porém ele reagiu
rapidamente contra o jovem Brado que conseguiu por um instante
segurar a mão do capataz que tentava escravar em seu peito uma
espada,os dois estavam nessa disputa de força praticamente
empatados,até que Brado de súbito desviou o golpe de seu peito é
agarrou seu braço e com um olhar frio e vazio…quebrou o braço
dele,fazendo aquele som de estalo e deixando parte do osso
quebrado exposto que vertia sangue,incapacitando o capataz,o anão
e a jovem saem enquanto outros inimigos surgem a conseguem
imobilizar Brado,que agora passaria por uma grande tortura.
Ele foi amarrado em um pedaço de metal completamente nu,onde
foi acoitado por milhares de chicotes até suas costas virarem carne
vida,deixado para queimar no sol enquanto corvos vinham e se
alimentavam de sua carne,séria assim que ele ia seguir vivendo por
um longo tempo,se não fosse por um ser encapuzado que o tirou de
lá e cobriu sua nudez,levando ele para fora daquele lugar.
Ele foi levado até o império,que ficou sabendo de seu feito contra
aquele capataz,oferecendo a ele um lugar na guarda do castelo,a
linha de Berserks,foi onde ele conheceu Azuri,foi como ele viu por
um tempo uma esperança,foi como ele realmente viveu…no fim
sempre sendo escravo de algo…
Nesse momento que Brado acorda desse transe com o som pesado
de botas batendo contra a rampa do navio de alguém que parece
subir até o topo.
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Capítulo 5:"Velho Amigo"

Brado observa atentamente enquanto aquele ser sobe,revelando


uma pequena figura com um porte físico MUITO definido,um cara
realmente sarado que tem consigo uma mochila com suprimentos e
em seu lado, um coldre de alguma arma,era um anão que…por um
segundo ele não reconheceu,mas logo tudo ficou claro, Frawd
Gnorts,esse era o nome daquele velho anão franzino,antigo
companheiro de Brado em sua época de escravo,porém agora ele
parecia melhor,mais forte e com uma energia ardente em seu
coração,Brado se aproxima de Frawd que parecia não ter
reconhecido ele pelo capacete:
-Olá velho amigo…_Diz Brado se sentando ao seu lado.
-Uh,Uhh!!? Não pêra,é você mesmo?_Pergunta o anão realmente
surpreendido.
-Sim,em carne e osso,pelo menos oque sobrou,e você como está?
_Diz Brado um pouco mais alegre
-Oh,eu não consigo nem acreditar,pensava que você estava
morto,eu nem pude agradecer direito pelo oque fez então…
obrigado,fora tudo isso estou bem sim.
-Fico feliz que esteja Frawd._Ambos iniciam uma agradável
conversa enquanto passam pela viagem até o arquipélago.
Aos poucos o horizonte se abre para visão de um gigantesco
aglomerado de ilhas e terras e,chegando cada vez mais perto a
tripulação dos encanadores do mar que atraca não muito próximo
do arquipélago,mas próximo o bastante para que Brado e Frawd
possam desembarcar sem grandes dificuldades,recebendo de
presente do anão um molusco psiônico que se usado com outro da
mesma família,poderia ser usado como meio de comunicação.
Então os dois são deixados sozinhos na imensidão daquelas terras
um horizonte tampado por espessas árvores com enormes folhas
que bloqueiam a visão,o pouco que eles conseguem enxergar
estando na costa,incluí a visão de paredes,pilares e estruturas de
pedra,antigas,de tempos passados,agora tomadas por vinhas e
plantas que cresceram,mostrando a ruína daqueles que um dia
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pensaram em viver aqui.
Nossos aventureiros adentram na mata até sumir em meio a
folhagem,nos primeiros dias tentaram ler o mapa pego no quarto de
Azuri,no começo foi difícil entender as anotações contidas
ali,fazendo eles terem que acampar dentro do que parecia ser uma
antiga casa destruída e velha de uma vila ainda mais destruída e em
ruínas. E revezando para fazer guarda que eles sentiam a sensação
de emergência,de que algp estava para vir e nunca vinha.foi assim
que eles passaram aquela primeira noite. Acordando no dia seguinte
renovados,eles conseguiram ler o mapa,finalmente chegando em
algum lugar,uma espécie de clareira,ao longe algo que parecia ser
um acampamento ainda recente,mais ao lado,uma enorme
construção em pedra com uma grande abertura com uma escadaria
que levava para baixo,de onde acabavam de sair dois orcs com
traços meio amareladose alaranjados semelhantes aos Orcs do
outono, que ao saírem se juntam a outros deles que estão próximos
a uma pequena fogueira,os dois vendo isso sabiam,que teriam um
conflito a frente.
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Capítulo 6:"Três Sacrifícios em Sangue"

Vendo os inimigos Brado pede para que Frawd espere enquanto


tenta se aproximar furtivamente,claro que pelo peso de sua
armadura ele falhou revelando apenas sua localização aos
inimigos,dois deles sacam espadas longas e se aproximam de Brado
enquanto mais atrás haviam Orcs conjuradores que preparavam
alguma magia parausar contra ele.
Brado avança contra um dos guerreiros sacando sua arma e
desferido um golpe poderoso,porém atrás dele um dos conjuradores
canalizar a força arcana através de folhas de outono,as
transformando em uma massa verde e viscosa de um ácido que é
atirado na forma de flecha danificando severamente Brado que é
coberto pelo líquido enquanto tem sua armadura danificada pelo
ácido,e quando outro orc planejava usar a mesma magia um forte
clarão e visto do meio da folhagem seguido de um alto barulho de
disparo,o conjurador cai com um furo em suas vestes que perfura
sua barriga,caindo e gerando uma grande possa de sangue,da mata
onde esse barulho veio,vemos Frawd segurando um revólver
incandescente na mão rindo alto
-Por essa vocês não esperavam não é? Ha ha ha ha,mas meu negócio
é ir na porrada mesmo!_Exclama o anão indo em direção as pessoas
perto da fogueira.
Aproveitando da surpresa de todos com a entrada do anão Brado
aproveita para desferir um corte letal,partindo o guerreiro em sua
frente em dois,indo mais para perto do outro que bloqueia seu
caminho enquanto usa desua fúria para ferir Brado.
Frawd por sua vez chega próximo aos dois orcs na fogueira largando
seu revólver e erguendo seus punhos,desferindo dois socos na
barriga deles,que os deixa meio tontos.
Por fim Brado consegue finalizar o último orc em sua frente
chegando para ajudar Frawd
-Ho ho ho,agora faltam dois._Diz Frawd desferido uma sequência
de golpes que nocauteia um deles.-Uh uh uh,agora falta um.
Finalmente a união dos dois faz o último orc cair,permitindo os dois
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pensarem melhor em seu próximo passo,decidindo por fim entrar
na masmorra pela qual os inimigos saírem,esperando ali encontrar
Koji ou Azuri.
Passando e explorando algumas salas eles descobriram um grande
dormitório sujo com camas jogadas e caindo aos pedaços,o mais
assustador nessa sala,era um buraco,adentro do buraco…
talheres,garfos,canecas enferrujados,carne e unhas ensanguentadas
de pessoas desesperadas para fugir,inútil.
Andando pelas outras eles viram um espaço cilíndrico e frio,que
possuí um líquido semelhante a água,só que muito mais frio e
expelia um gás não muito denso,ainda nessa sala eles viram outra
porta,entrando nela um fino corredor que se abria em um
compartimento com uma mesa,uma cadeira é três cápsulas de vidro
preenchidas com o mesmo líquido da sala anterior,se aproximando
é possível ver três esqueletos públicos de humanóides semelhantes
à anões,na mesa,um papel que tinha escrito:
"Três sacrifícios em sangue é oque ele quer
Um sacrifício nobre é oque ele precisa"
-Então…foi aqui que fizeram os experimentos._Diz Frawd
visivelmente assustado.
-Acho que sim,mas não fique com medo companheiro,você é forte e
já provou isso indo mais longe do que qualquer anão já
foi._Responde Brado percebendo o medo de seu amigo,tentando
conforta-lo.-Vamos voltando,tem outra sala para vermos._Continua
ele guiando o anão para fora.
Seguindo para a nova sala,eles chegaram em um grande
salão,rodeado por círculos queimados que vêm do centro da sala e
vão até vãos que existem entre a parede e o chão,as paredes por sua
vez são feitas de um material orgânico,semelhante ao tecido da pele
com linhas avermelhadas semelhantes a sangue que parece se
mover,como se respirasse.
Em volta disso tudo,pequenos pedaços de alguma coisa
irreconhecível,mais ao fundo um altar com uma vasilha de pedra
que possuí em sua frente entalhes em alguma escrita que eles não
conhecem.
16|Chamado de Vär'namu
Brado é o primeiro a entrar e olhar em volta,não vendo muito de
interessante,porém enquanto olhava um amontoado de forma se
gruda na arma de Brado puxando sua montante para ele,indo pra
longe logo em seguida enquanto sua arma e consumida pelo ácido.
- Frawd,preciso de ajuda!!_Grita Brado sacando suas correntes
tentando lança-la para dentro da criatura para puxar sua arma.
Enquanto isso Frawd corre na direção do amalgamo e tenta atingi-
lo com seus golpes,o amalgamo por sua vez começa a girar e com
uma grande velocidade colide com Brado,fazendo ele ficar preso
dentro dele fazendo aos poucos sua pele ser queimada pelo ácido e
seus pulmões perderem as forças aos poucos enquanto a criatura
apenas espera o próximo passo de Frawd,olhando atentamente para
ele com Brado e a montante dentro de sí,
Ambos estavam enfraquecidos pelo oque já enfrentaram e ele sabia
disso,e olhando para suas mãos queimadas de ácido,ele sabia que
sofreria se tentasse usar seus punhos,mesmo assim ele diz:
-Em chamas!!!_Grita Frawd que explode em chamas ardentes,em
uma verdadeira combustão,um verdadeiro devoto de Flacar.
Frawd começa a correr na direção do amalgamo,seus passos
incendeiam o chão até que ele pula com sua perna para frente,uma
voadora,ele atinge aquele bloco gelatinoso afundando seu pé nele
que arde em ácido,Brado e solto pelo ataque,porém Frawd já estava
fraco, mesmo causando grandes ferimentos na criatura,ele caiu,e
Brado vendo isso,decide fugir da criatura,que prefere se manter na
sala,deixando os aventureiros vivos,na medida do possível.
17|Chamado de Vär'namu

Capítulo 7:"O Guardião"

Ao escapar da sala,Brado rapidamente pega um moedor de ervas


portátil que carregava consigo desde sua época de escravo e
começou a retirar e misturar as ervas das paredes com algumas que
ele já tinha consigo para confeccionar bálsamo
restauradores,aplicando a mistura em Frawd que acorda,ainda
ferido.
-Frawd,eu não sei se vamos conseguir seguir daqui._Diz Brado
abaixando a cabeça derrotado e com a voz fraca.
-Talvez você tenha razão,vamos apenas,continuar oque você estava
fazendo para se recuperar._Responde Frawd com grandes pausas
ofegantes em sua fala,entendo o sentimento de Brado e indo atrás
de ervas também.
Eles fizeram o possível para se recuperar,mas ainda estavam
fracos,no caminho para sair da masmorra,porém…algo estava
estranho,os sons das aberrações do arquipélago não estavam
soando…silêncio,o estranho silêncio era a única coisa que
escutavam naquele momento,tão pacífico que parecia até um
chamado para uma armadilha.
Derrepente,um forte vento e soprado na direção dos dois,abrindo a
mata na sua frente…passos…um seguido do outro pisando
calmamente nas folhas,quase que moldando a vegetação ao redor,o
sol já estava por se pôr e dos céus se iniciava uma breve chuva,até
que diante deles uma…figura humanóide? Um enorme manto sujo é
com resquícios de sangue que cobria grande parte do seu corpo,dois
pés distintos sendo um deles "normal" e o outro uma pata com
garras e escamas vermelhas,seu rosto? Metade dele coberto por
uma máscara rachada com apenas um brilho branco no buraco do
olho,outra metade? Uma boca rasgada para cima de forma horrenda
enquanto seu outro olho é coberto por um pano ou uma enorme
folha manchada em sangue que tem uma fita vermelha caindo que
mais parece uma língua de serpente orgânica,carregando consigo
oque parece ser um grande mapa também estragado e
mofado,protegido por uma camada de algum tipo de plástico que
18|Chamado de Vär'namu
fica sobre o mapa.Eles não sabiam,mas estavam de frente para o
Guardião do Arquipélago.
19|Chamado de Vär'namu
-Ooque vocês fazem no arquipélago?..._Diz uma voz fraca,roca e
lenta que parece penetrar na alma dos aventureiros que olham
diretamente para seu único visível.
- Eu estou atrás de Azuri,um orc do inverno,sabe se ele passou por
aqui?_Responde Brado se colocando à frente do anão.
- Um orc do inverno? Sim,eu vi um orc do inverno,ele estava junto
de outro grupo de orcs do outono,eles estão trazendo Vär'Namu de
volta…_Fala a figura estranha enquanto as quebras de sua máscara
começam a aumentar.
Frawd fica mais assustado enquanto se vira para encarar Brado,que
segue o mesmo movimento.
-Então realmente é provável que queiram usar Azuri como um
sacrifício para o ritual._Fala Brado olhando para Frawd
- Eu acho que vocêtem razão amigo,ei mascarado,você não consegue
fazer nada?_Fala Frawd curioso.
- Eu sinto a loucura de Vär'Namu caindo sobre mim,Eu não posso
me aproximar,o evento parece estar forte e próximo de ocorrer._Diz
o mascarado.-Mas vocês,vocês podem ir até lá,vocês podem ir lutar
e impedir o ritual._Continua o mascarado.
-Mas senhor,não estamos em condições de lutar,após tudo que
passamos no arquipélago._Diz Brado.
Aquela figura apenas se vira,andando lentamente para dentro do
árvoredo,enquanto mais uma vez,a própria floresta parece se
moldar a sua presença.-Apenas me sigam…
Brado e Frawd se recomponhem e seguem o caminho dele,sumindo
aos poucos em meio a mata.
Eles seguem pelo caminho daquela figura que anda
calmamente,como se já andasse por esse caminho à muito tempo,e
agora,tudo parece estar silencioso,os rígidos,grunhidos e passos que
ouviam ao redor deles,parece ter parado,se não fosse pelo som dos
passos e das gotas de chuva que escorre pelas folhas da floresta,eles
poderiam dizer que estavam surdos.Em algum momento,a mata se
abre revelando uma pequena clareira que no canto possuí uma
singela cabana de madeira caindo aos pedaços,apoiada por
pequenos pedaços de rochas.
20|Chamado de Vär'namu
O mascarado sobe as escadas,cada passo e seguido pelo ranger da
Madeira podre,passando pelo caminho externo da casa e chegando
a porta.
-Vamos,entrem eu posso ajudá-los por aqui._Diz ele enquanto abre
a porta adentrando na cabana.
-Ei Brado,você confia nele? Ele…não soa como alguém legal._Fala
Frawd desconfiado.
-Olha Frawd,eu não sei,ele realmente não parece alguém legal,mas
ele não parece ter intenções hostis conosco,pelo menos enquanto
formos úteis para impedir o ritual._Responde Brado com uma voz
pesada fazendo menção de entrar na cabana.
-Hm, ok só fica de olho cara,pode ser perigoso._Diz Frawd seguindo
junto de Brado até a cabana.
Dentro da cabana,um forte cheiro de mofo e madeira molhada
misturada com um forte cheiro que os dois reconhecem como algum
tipo de ervas medicinal,um ambiente simples com apenas três
portas:a porta de entrada,uma porta mais a esquerda e outra logo a
frente deles.
Ainda nesse cômodo que eles se encontram,as coisas que mais
chamam atenção é uma simples poltrona empoeirada próxima a
uma mesa e um colchão velho jogado ao chão. O ser mascarado vai
até a porta mais a esquerda, que quando aberta revela uma grande
quantidade de tralha e um forte cheiro de ervas.de lá ele puxa
diversos frascos encandescentes com um líquido verde e outros
azuis,poções de cura e mana.
- Eu posso pegar mais algumas depois,no momento e isso que posso
oferecer._Fala ele entregando um suco com os frascos.-Mas eu acho
que posso modificar alguma arma ou armadura de vocês,se
quiserem me entregar._Continua ele esperando alguma resposta
dos dois
- Bom,eu só tenho meu revólver._Responde FFrawd sacando seu
revólver e entregando ao mascarado.
- Eu só preciso que melhore minha Dragonslayer._Responde Brado
desenbanhando sua montante e dando ao mascarado.
21|Chamado de Vär'namu
-Certo,verei oque posso fazer,espera,me entregue sua armadura
também,ela está danificada.._Ordena ele apontando para a
armadura de Brado.
Brado sem muito relutância entrega sua armadura para ser
restaurada.Os dois armam barracas para um breve repouso antes de
partir.
-É Brado,eu não esperava que vindo aqui teria que ligar com tudo
isso,eu sinceramente estou com medo…_Diz o anão
-Frawd,foi exatamente para isso que eu vivi,a morte…cada luta,cada
guerra,por menor que fosse,eu fui para lá com o pensamento de
morrer,eu já espero por isso a tempos,você não precisa seguir com
isso se não quiser,eu nunca quis meter ninguém nisso._Responde
Brado.
-Hm,bom eu já estou aqui Brado,não vou a lugar nenhum,é minha
vez de te ajudar._Retruca Frawd.
-Entendo,que assim seja,agora vamos descansar para um possível
fim._Finaliza Brado se deitando para descansar.
-Certo,você tem razão._Fala Frawd seguindo o mesmo movimento
de Brado
22|Chamado de Vär'namu

Capítulo 8:"A Última Masmorra"

Ainda na madrugada,eles são acordados pela figura encapuzada que


entrega para eles seus equipamentos concertados e agora,a
montante de Brado parece expelir um viscoso líquido ácido pós sua
lâmina e o revólver de Frawd possuí balas que podiam perfurar
quase tudo,podendo fazer qualquer inimigo sangrar,entregou por
fim um outro saco com mais poções.
-Isso é tudo oque posso oferecer,peguem esse mapa e sigam a
trilha,impeçam Vär'Namu de despertar._Diz a figura mascarada
entregando nas mãos dos aventureiros um mapa com a provável
localização da ruína onde está ocorrendo o ritual.
O caminho até a ruína foi calmo,sem grandes transtornos e logo eles
se viram diante da abertura da masmorra,que descia para baixo
com uma escada,semelhante à que eles viram antes,Um pequeno
momento de hesitação perante uma sensação pesada,medo,a
presença do titã era forte lá,mas mesmo assim os dois desciam a
escadaria já sabendo que teriam que lidar com diferentes perigos a
frente.
Eles desceram é a visão que tinham era de um ligar tomado por
natureza,cogumelos e outros fungos que pareciam crescer nas
paredes e em grandes pedras que estavam no meio da
masmorra,eles começaram a seguir em frente procurando um
caminho para seguir,enquanto caminham escutam o pequeno som
de passos que se aproximam aos poucos deles,revelando uma
pequena figura humanóide de um ser cogumelo que olha para eles
fazendo estranhos sons
-Pop,po,pop_Diz o ser para Brado e Frawd
-Amigo,ehhhhhhh…a gente não consegue de entender muito
bem,sabe._Diz Frawd olhando pro pequeno ser ainda desconfiado.
O cogumelo então começa se achatar e aumentar soltando de seu
chapéu,esporos que vão em direção aos dois aventureiros,que
assustados desviam e vão pra longe deles
- Brado,você viu isso? Que que foi isso?_pergunta Frawd ainda mais
desconfiado.
23|Chamado de Vär'namu
- Eu não sei Frawd,talvez seja algum meio de comunicação com
eles._Responde Brado também desconfiado.
Enquanto eles discutem o mesmo padrão se repete,o cogumelinho
expele esporos enquanto eles desviam.
-Frawd,eu vou tentar ir para os esporos,qualquer coisa você
ataca._Diz Brado indo em direção ao Cogumelinho com a
confirmação de Frawd de atacar.
O Cogumelinho então expele os esporos na direção de Brado que
sente eles o atingindo,e com o tempo os sons feitos pela criatura
começam a fazer mais sentido.
-Pop pop popop…Oi,tudo bem amigo?_Diz a criaturinha
-Lhe,sim sim eu estou._responde Brado surpreso com a situação
- Bom,oque vocês tão fazendo aqui?_pergunta ele
-Estamos indo atrás de alguém,Um orc do outono._Reponde ele
medindo bem suas palavras.
-Então,eu e meus amigos fomos mandados para proteger esse
lugar,um carinha com uma pele meio alaranjada esverdeada sabe?
Não podemos deixar ninguém passar,sinto muito._Diz a criaturinha
- Bom,pra que direção eles foram mesmo aquio_pergunta Brado.
-Aquela direção ali ó._Responde ele apontando para uma direção
escura.
-Então eu sinto muito,temos que passar por você._Diz Brado
sacando sua arma,tendo o mesmo movimento seguido por Frawd
que ergue os punhos.
O pequeno cogumelo olha e entende oque vai acontecer dando um
sinal para os outros em volta,surgindo das sombras outros
pequenos cogumelos que avançam,enquanto isso de
surpresa,passos pesados que ficam cada vez mais próximos de
Brado que é pego desprevenido por um grande cogumelo que vem
com uma investida para cima dele atingindo-o de forma bruta
fazendo ele ficar bastante ferido,Frawd prontamente começa a socar
os pequenos impedindo de avançarem mais. Nessa situação Brado
atinge um dos pequenos cogumelos em sua frente,cortando ele em
dois,ação essa que assusta o cogumelinho que conversou com eles
que foge de Brado, os outros cogumelos iniciam sua sequência de
24|Chamado de Vär'namu
ataques que enfraquecem ainda mais os aventureiros,essa sequência
se segue até que eles derrotam os cogumelos incluindo o
cogumelinho assustado que foi perfurado pela montante do Brado.
Os dois então usam se alguns recursos recebidos pela figura
mascarada e seguem em frente pelos corredores da masmorra.
Eles quase são esmagados por uma enorme parede de
espinhos,porém com a força de Brado para segurar a parede e
astúcia de Frawd que se movia para procurar algo para parar a
armadilha eles saem vivos
,gastando mais recursos que são uma peça chave para sobreviver a
um grupo de arqueiros que estavam no fundo de uma sala
protegidos por uma área com um mecanismo de raio,mais uma vez
eles passam pelo desafio,andando por um último corredor,ambos
sabiam que lá séria a última batalha a ser feita pelos dois,eles ainda
com receio em pensar oque eles veriam seguindo em frente,os dois
gastam os seus últimos recursos para oque eles sabiam ser a última
batalha.
25|Chamado de Vär'namu

Capítulo 9:"Azuri"

Eles seguem caminho,o ar parece aos poucos ficar mais denso,a


sensação pesada que sentiam aos poucos aumenta e o medo de
pensar oque eles iriam enfrentar,era constante.
Finalmente eles chegam na sala que se abre diante deles,revelando
um local semelhante ao que eles viram na outra masmorra,paredes
em pele viva que pareciam respirar com mais intensidade,porém
ainda não haviam círculos queimados no chão,mas conforme a
visão deles vai indo adiante na sala,eles vem um grupo de orc do
outono que esperavam em posição a chegada deles armados com
armas e magias,mais ao fundo o mesmo altar que subia e dava em
uma grande tigela de pedra erguida por um pequeno pilar,diante
desse pilar,quatro seres:o primeiro que eles vêm é um rosto fechado
e sério com uma pele alaranjada esverdeada com roupas de um
guerreiro habilidoso,Brado sabia exatamente que aquele era Koji,o
orc que deu início a guerra,e que agora estava aqui de olho serrado
nele;em sua frente haviam três figuras de costas que se viram com a
entrada dos dois aventureiros,revelando dois orcs do outono
comuns,entretanto oque mais assustou e chocou Brado foi ver
aquele ser de pele azulada,barba e cabelos brancos presos por dois
gravetos,olhos acinzentados é uma expressão neutra perante a tudo
que se passava,Azuri,motivo de toda essa odisseia no arquipélago,ao
lado de Koji.
26|Chamado de Vär'namu
27|Chamado de Vär'namu
-Olha,vou dizer a verdade,não estou surpreso que esteja aqui,eu
realmente esperava que você fosse aparecer,me surpreendo apenas
com esse aliado que trouxe,pelo menos você poderá ver a morte de
seu mestre e o anão o motivo de sua ruína._Diz Koji
arrogantemente
-Seu maldito,me diz oque é isso,controle mental? Magia? É isso né?
_Começa a perguntar Brado com sua espada sacada em direção a
ele
-Nunca que séria algo assim,acho que ele só ficou cansado de ser o
"bonzinho",tirou sua máscara e agora está disposto a se sacrificar
por um bem maior,não é Azuri?_Continua Koji que não recebe
resposta de Azuri.
- Bom,eu não acredito em você,não tem como acreditar em
você,como as pessoas conseguem seguir alguém como você?_Diz
Frawd olhando para os orcs em volta dele.
-É simples,vocês sabem que o equilíbrio natural foi quebrado,não é
surpresa pra vocês eu imagino,olhem para o primeiro reinado dos
elfos,destruído pela sua própria presença que afetou não só aquele
ponto como continha avançando pelo continente,QUANTO
TEMPO! QUANTO TEMPO BRADO ME REPSONDA! QUANTO
TEMPO ATÉ TUDO OQUE CONHECEMOS AQUI SER
CONSUMIDO PELA PRESENÇA DOS ELFOS?,PENSEM! TUDO
PODE ACABAR EM UM INSTANTE,EU SÓ QUERO GARANTIR
QUE NÃO SEJA ASSIM QUE NOSSA ACABE._Koji grita,um grito
que começa a ecoar pela sala,reverberando essas mesmas frases que
por um segundo,são as únicas coisas a serem ouvidas.
- Eu não sei e não me importo,nunca foi com isso que eu me
importei,sei que se a hora chegar vamos pensar em algo
melhor,meu objetivo é apenas trazer meu mestre de volta,pois eu sei
que ele nunca se aliaria a você assim._Diz Brado determinado a
engajar em combate.
- Aliás,trazer de volta o motivo de tanta discórdia,parece exagerado
demais para lidar com essa situação,um titã livre é um perigo não só
prós elfos que você planeja atacar mas também prós outros viventes
28|Chamado de Vär'namu
do continente que não merecem sentir oque nós anões
sentiram.__Continua Frawd pronto para o combate.
Agora é oficial,um combate é inevitável,a luta pelo surgimento ou
pela queda do titã estava para ocorrer.
Após ver a confirmação da batalha,Koji faz um comando para os
três orcs próximos a ele que prontamente sacam adagas e perfuram
a própria barriga,o sangue que flui pela lâmina,começa a subir
sendo guiado para dentro da tigela,que aos poucos se enche de
sangue,as paredes brilham em um vermelho carmesim forte,
atissadas pelo doce sangue que sabem que vão usar,os outros orcs se
posicionam para segurar nossos aventureiros que erguem duas
poções distintas e bebem, Brado se sente mais rápido e leve mesmo
com sua armadura pesada enquanto Frawd brilha com energia
divina da poção,seus músculos começam a crescer e aos poucos ele
fica mais trincado que era antes aumentando sua força e
defesa.tudo estava pronto para o último combate.
29|Chamado de Vär'namu

Capítulo 10:"...Vär'Namu"

Ó combate começa Brado mal se importa com os inimigos em sua


frente,ele só consegue observar na sua frente,Koji e Azuri. Ele
começa a correr na direção deles passando pelos soldados,deixando
eles para que Frawd possa lidar
-KOJIIIII!_Grita Brado enquanto corre
Os soldados por sua vez não ficam parados,Um deles agarra
Brado,contendo sua irápor um momento,enquanto outro saca sua
espada cortando-o,os outros olham para Frawd que erradia energia
divina poderosa em volta de sí,eles tentam atingi-lo com suas
espadas que acertam sua pele,porém não é cortado,sia defesa estava
altíssima,vendo isso um deles agarra Frawd tentando
impossibilitado de se mover,enquanto um conjurador de aproxima
dele. O outro conjurador atinge Brado com uma flecha ácida
danificando sua armadura,porém ele se mantém focado em seu
objetivo.
Um momento de silêncio após todos terem feito suas ações…o
silêncio é bruscamente cortado quando um dos orcs que tinha seu
sangue sendo drenado para dentro da bacia começa a cair,fraco,aos
poucos ele vai ficando magro,aos poucos seu corpo perde forças,aos
poucos ele começa a encostar no chão enquanto seu corpo se torna
apenas uma forma do que um dia foi um orc.
Brado consegue se soltar do agarrão do orc é destruir um dos que
estava com ele,os soldados que estão lidando com Frawd apenas
esperam a ação do conjurador enquanto um que está com Brado
corta-o com sua lâmina. Frawd tambémse solta de seu agarrão com
uma força descomunal e com uma simples frase "Em chamas" seu
corpo e rodeado de chamas que brilham muito mais fortes,ele
desfere uma sequência destruidora de ataques que derruba
facilmente dois dos quatro guerreiros com ele e deixando um muito
ferido,entretanto sua irá é parada quando um dos conjuradores
utiliza de uma magia de dissipação para cessar o efeito da poção que
havia tomado,porém o grande estrago já estava feito.
Koji por sua vez grita para Azuri:
30|Chamado de Vär'namu
-Azuri,mate-o!_sem relutância alguma,Azuri saca sua Katana
enquanto o seu sangue para de ser drenado,partindo para cima de
Brado que não esperava ver seu amigo fazendo isso,rompendo todas
as resistências dele causando alguns ferimentos.
Vendo essa situação um dos orcs conjuradores se aproxima de
Brado dizendo baixinho
- Brado,Brado eu sei oque fizeram com Azuri,eu posso ajudar
Brado,tudo que eu quero é sair vivo! Isso aqui é loucura. _Diz a voz
desesperada do orc.
Brado olha para ele e reconhece como Josimar,antigo companheiro
no império, apenas com um simples olhar furioso em sua direção
ambos entendem que terão que trabalhar juntos, se voltando em
seguida para Koji.
Mais uma vez todos agiram,o outro orc tem quase que seu sangue
inteiro tomado,quase por um fio de morrer.
Brado enfim se move na direção de Koji e tomado por uma frenesi
ele desfere todos os golpes que consegue contra ele que não tem
escolha a não ser tomar o dano,o deixando gravemente ferido e
preocupado,sua expressão de arrogância se torna uma face de
desespero,medo e indecisão.
Os 3 soldados com Frawd tentam atingi-lo Agir a que está mais
fraco causando algumas dores leves a ele que resiste bem,e agora
vendo como a situação em sua frente está,ele não vê outra escolha a
não ser abandonar aquele combate e corre em um investida na
direção de Koji pelo lado oposto de Brado,correndo até próximo a
ele seu punho em chamas é erguido no ar,porém não para ferir
Koji,Frawd desfere um ataque certeiro e limpo contra a tigela que
continha o sangue do ritual,fazendo um pequeno rombo que fez o
sangue começar a escorrer.
Essa ação,essa ação de Frawd deixa Koji maluco,ele perdeu
completamente a compostura de guerreiro,todo seu ser era tomado
pelo desespero de fracassar,a luz em volta dos aventureiros começa
a tremeluzir quando de dentro de suas roupas,ele tira uma adaga…
- Não,não não não,não é aqui que vai acabar,eu me recuso a aceitar
que seja assim,tanto trabalho pra nada…Vär'Namu,eu me ofereço
31|Chamado de Vär'namu
para ser receptáculo de seus desejos,a consequência de suas ações e
manifestar sua vontade em minha carne,desperte,mude,apareça
mesmo que só um pouco,pois eu estou pronto…_Diz Koji que
encrava a adaga em seu peito se deixando ir para o ritual,usando de
seu sangue,seu corpo e sua alma,para que Vär'Namu pudesse vir.
Silêncio,som das bolhas de sangue que ferviam aos poucos,as
frestras das paredes começavam a verter grandes quantidades de
sangue começava a subir,enquanto que da parede a frente
deles,círculos começavam a se formar do próprio sangue que
sobrava do ritual,um pequeno portal era aberto,portal esse que
levava para uma vastidão de loucuras que ninguém poderia
compreender,derrepente,um braço? Uma pata? Um tentáculo?
Começava a crescer passando para fora do portal,aquilo crescia e
crescia,enquanto o som de algo gosmento marcava sua entrada,eles
podiam ver,um amalgamo de alguma coisa que criava e destruia sua
própria material surgindo é tomando posse do corpo de Koji,que
Agir a era apenas o impulso da vontade…consequência das ações e
por fim…receptáculo do que era uma pequena parte do titã
Vär'Namu…
Ele estava lá,aquela visão do horrendo,quase como contemplaro
abismo infinito do irreconhecível,quanto mais eles tentavam
entender aquilo,mais aquilo machucava suas mentes,enquanto isso
o avatar do titã olhava adiante as faces de todos os seres
ali,presentes,ótimas cobaias para novos experimentos.
32|Chamado de Vär'namu

Capítulo 11:"Mais Corajoso Dos Anões"

A situação apertava,agora o avatar do titã estava presente,o ar


pesava ainda mais,era difícil respirar perante tamanho ser,mesmo
que ainda incompleto.
O avatar então vai em direção dos seres próximos a saída que
lutaram anteriormente com Frawd de forma rápida e
feroz,desferindo golpes com a matéria que ele formava de diferentes
locais de seu corpo,matando e consumindo para si três
deles,sobrando apenas um. Josimar por sua vez utiliza de uma
magia de dissipação e tira os efeitos que estavam sobre Azuri que
volta por um momento como um aliado
- Brado?! Oque estamos fazendo aqui?!_Diz ele confuso com a
situação.
-Isso não importa agora,temos que derrubar aquela coisa!_Grita ele
de volta para Azuri
- Eu cubro sua retaguarda._Diz Azuri se movimentando para
próximo de Brado.
-Vamos Frawd,temos que conseguir._Grita Brado para Frawd,que
apenas confirma com a cabeça,realmente assustado,mas seguindo
em frente.
Azuri,vendo que Brado pretende avançar diz a ele:
- Não morra._Diz ele administrando uma poção de cura e indo até
Frawd com outro frasco
Brado então investe contra o titã desferindo-lhe seus ataques que
parecem causar sim algum dano,enquanto isso Frawd com medo de
se aproximar saca sua pistola de fogo e tenta disparar contra ele,que
consegue resistir a grande parte do dano causado.
Vendo isso o titã derruba o último conjurador e começa a atacar
Brado que se defende como pode de sua irá.
Azuri,após auxiliar Frawd vai junto de Brado para poderem
flanquear a aberração tentando feri-la da melhor forma
possível,Frawd vendo isso,larga seu revólver e pula na direção da
criatura usando sua voadora flamejante,causando grandes
ferimentos,fazendo a criatura gritar,enquanto ela feita,começa a se
33|Chamado de Vär'namu
formar de suas costas,tentáculos,garras de caranguejo e outros tipos
de parte de seres aquáticos,todas elas começam a tentar prender
Frawd porém ele consegue segurar e bloquear o ataque com seus
punhos por sorte,revidando com seus socos logo em seguida.
Brado sincroniza seus ataques com Azuri como faziam no
passado,gerando um grande rombo do corpo gosmento do titã,que
de lá,além de se regerar aos poucos surge um tentáculo que vai em
direção a Brado,ele é pego de surpresa pelo golpe que faz com que
seja pego pela cabeça e erguido para cima,sua pele aos poucos era
queimada pelo ácido daquele corpo enquanto o ar de seus pulmões
ficava cada vez mais fraco. Frawd continua tentando atingi-lo com
seus punhos que dessa vez,parecem causar algo a mais,a criatura
está realmente machucada. Brado reluta contra a criatura enquanto
tem seu rosto queimado pelo ácido,naquele momento ele não
aceitaria ser preso,não outra vez…nunca mais,pois seu desejo de
liberdade era forte,assim como a força de vontade de terminar seu
último serviço ele consegue se soltar e com sua enorme espada
desfere um golpe arrebatador que faz a criatura ir para trás por um
instante,quando ela se vira de volta,parece realmente
cansada,assustada,seu corpo tenta se materializar em diversas
coisas refletindo o desespero que cresciam em não ter sangue
derramado pelas suas mãos, o titã ataca nossos aventureiros uma
última vez,todos naquele campo estavam feridos,a qualquer
momento um deles poderia cair,sabendo disso o titã se movimenta
rapidamente entre eles para o espaço estreito do corredor de onde
os aventureiros vieram,na esperança de fugir? Quem sabe.
Vendo esse movimento Azuri abre sua bolsa mostrando para Brado
e Frawd apenas um frasco de uma poção de cura.
- Resta apenas mais uma._Diz ele preocupado com o quanto mais a
batalha iria se extender.
-Guarde para Frawd,eu vou pra cima dele._Diz Brado tomado agora
pela mais pura frenesi,nenhum pensamento racional,apenas
impulsos,e assim que ele inicia sua aproximação aquela aberração
que tentava escapar.Frawd,sem se importar muito em pegar a poção
segue o movimento de Brado ficando ao lado aposto dele,Azuri se
34|Chamado de Vär'namu
aproxima e fica no meio deles Josimar acompanha mais ao longe,a
criatura estava cercada,mas talvez,apenas talvez fosse isso que ela
queria,por um momento ela para e olha,todos os quatro próximos
dela,prontos para atacar e por um fim nisso tudo,mas havia forças
para um último ataque,uma última tentativa de vencer,a criatura
começa a se esforçar,um grande pedaço de forma começa a subir
pra cima,toda sua concentração se foca naquilo,aos poucos a
matéria começa a se condensar em ossos,pele,tendões e
músculos,revestidos por uma carapaça de escamas
vermelhas,começa a se formar uma cabeça enorme e monstruosa de
uma criatura,todos naquela sala viram uma parte de Vär'Namu
criar,uma cabeça de dragão vermelho,parte do poder
draconico,manifestado nas mãos de um titã. Aquela grande cabeça
cai causando um grande impacto ao chão enquanto sua boca e
preenchida com um brilho amarelado forte,ela condensa sua
baforada de fogo,expelindo contra os três mais próximos…
Azuri,Brado e Frawd podiam ver,um mar de chamas que iria cobrir
eles até os corredores da morte,aquele séria o fim para os três…se
não fosse por uma estranha voz feminina falando em nossos
ouvidos enquanto as labaredas param,alguém havia chamado a
sombra,entidade onipresente que pode ser chamada ou aparecer em
momentos de grande necessidade,representando a chama no
coração de cada aventureiro ou vivente do continente,mas é claro
que para um acordo tão grande,existe um preço a altura,sua alma,é
assim que negociamos,nossos aventureiros já haviam vistoa
entidade nessa aventura,Frawd cedeu aos pedidos e aceitou usar de
seus poderes,porém agora,alguém chama por teu nome,alguém
chama pela sombra.
Estamos vendo um salão escuro,em nossa frente uma mesa simples
de madeira com uma silhueta feminina formada de sombras que do
outro lado da mesa fala:
-Vamos sente-se,temos um acordo a fazer.
Indo em direção a mesa e se sentando,vemos Frawd Gnorts,ele foi o
desesperado que pediu pela sombra.
35|Chamado de Vär'namu
-Olha sombra,eu sei que eu não vou sair daqui,eu já esperava por
isso,mas ele ainda pode sair,ele precisa sair.

-Diga-me então Frawd,oque vc quer que eu faça? Você sabe que sua
alma está fraca.

-Sim,sim eu sei,mas já me decidi,eu quero que Brado saia vivo


dessa,me diga oque você pode fazer.

-Talvez utilizando sua alma eu possa criar uma barreira mágica que
protega Brado das chamas,sua alma tem capacidade pra isso,porém
após isso,você ficará sem alma…sem sombra,creio que vc saiba oque
acontece com quem morre sem alma não é?

Frawd olha e com uma leve relutância diz:


-Sim eu sei,mas já estou decidido,vamos fechar logo esse acordo.

A sombra olha para Frawd e parece sorrir para ele.


-Ótimo! Temos um trato._Diz a entidade colocando na mesa um
papel com um contrato,para que Frawd assine, ele assina o contrato
com uma letra meio rabiscada,um leve silêncio toma conta daquela
sala escura quando aos poucos,voltamos para a cena da
batalha,aquela grande labaredas de chamas começa aos poucos a
voltar para sua velocidade normal,pronta para acabar com aquela
luta,porém,quando Brado estava para ser atingido ele vê as chamas
se desviando dele passando pelos lados,em sua frente estava
Frawd,irradiando suas chamas de Flacar,protegendo seu
amigo,como ele havia feito com ele no passado. Seu corpo por mais
que resistente a queimaduras aos poucos começa a
ceder...queimaduras de primeiro…segundo…terceiro…quarto
grau,aos poucos sua pele queimava ficando em vermelho
vivo,Frawd olha mais uma vez para Brado e diz
-É a minha vez de te ajudar,não morra…
As chamas param,Frawd tem seus últimos momentos em
pé,totalmente preto,os últimos resquícios de chamas aos poucos se
36|Chamado de Vär'namu
transformam em cinzas,o fogo de Flacar finalmente veio buscá-
lo,ele caí ao chão,morto e decrepto,aquele era o fim de Frawd
Gnorts,alguém que teve a coragem de ir mais longe que qualquer
um de sua raça,indo contra todas as chances de luta contra o titã
que lhe causou tanto mal,ele finalmente pode provar o contrário…
O Mais Corajoso Dos Anões,esse é o legado deixado por ele,pra
sempre no arquipélago.
37|Chamado de Vär'namu

Capítulo Final:"O Berserk Solitário…"

Brado vê,seu amigo fazendo esse sacrifício por ele,parado sem saber
como reagir,ele não esperava que algo assim fosse acontecer,não
esperava alguém morrendo em seu lugar,Empumha sua montante
uma última vez gritando muito alto:
-SOMBRAAAAAAAAAAA
tudo para mais uma vez,Brado aapenas espera enquanto ouve,uma
doce voz em seu ouvido
-Olá berserk,oque você precisa?_Diz a sombra em um tom calmo e
sereno.
-Aquele homem,precisa viver,eu não me importo como você
faça,mas deixe que meus ataques possam perfurar essa criatura com
mais eficácia,eu dou oque você quiser._Diz Brado erguendo sua
espada em direção a Azuri.
-Hm,entendo, talvez eu possa fazer seus sentidos ficarem mais
aprimorados,permitindo que você possa atingi-lo com mais
precisão.
- Que assim seja._Diz Brado pronto para dar o ataque final.
Ao aceitar o auxílio ele sente outra mão pegando a espada,ajudando
a empunha-la com equilíbrio,Brado avança em direção a criatura é
começa a corta-la de todas as formas possíveis,antes mesmo de se
regenerar ele continua cortando,Seu último ataque e deferido
contra Koji,sua espada perfura o peito do orc do outono e por uma
última vez ele vê,os olhos dos dois se entrelaçam,uma visão de fúria
e impulso,porém não por muito tempo,os olhos de Koji não tem
mais vida,ele está morto. A criatura se desespera gritando de
agonia,a matéria dentro dela começa a querer sair e se desprender
da massa de forma,inútil,aos poucos ela começa a derreter e
escorrer,sobrando apenas ossos,músculos e tendões,que não
poderiam fazer nenhum mal,Vär'Namu caiu,para a coragem de
Frawd e pela força de Brado.
Brado apenas olha para Azuri ainda vivo,se aproxima dele é diz
-Azuri,eu vim aqui e passei por tudo isso,para pedir a você minha
liberdade…já cumpri oque deveria ter feito,no momento é tudo oque
38|Chamado de Vär'namu
eu peço._Diz Brado olhando para Azuri,que não esperava por isso
agora.
- Brado…eu no fundo sabia que em algum momento isso iria
acontecer,eu,eu só não estava pronto para ouvir isso agora,eu já
tomei muito de sua vida…Brado você agora é um homem livre._Diz
Azuri com uma voz baixa e melancólica.
Ouvindo isso Brado vai em direção ao corpo de seu amigo,o ergue
em seus braços e caminha pelas salas da masmorra que se
aventurou com seu companheiro,agora não mais como alguém que
deve-se esperar por ordens,mas como alguém livre que pode agir
como bem entender.
Saindo da masmorra utiliza de sua grande espada para cavar uma
cova para seu amigo,Azuri vê isso e se junta a ele apenas como um
coadjuvante,dessa vez é ele quem espera as ordens,com a cova
cavada ele calmamente coloca seu amigo lá fechando a cova em
seguida
-Você acredita no que vivemos naquela caverna?_Diz ele olhando
para Josimar que ainda acompanhava eles e que acena que sim
- Os anões viveram uma vida de medos e tormentos,Frawd não foi
diferente,mas agora aquele titã sabe,aquele titã sentiu a irá de um
anão,foi ele quem sentiu medo,foi ele quem se desesperou em sua
presença,foi ele quem fugiu para longe,Foi Frawd…foi ele quem fez
aquele titã cair,sem ele eu jamais teria chegado até aqui…_Diz ele
abaixando a cabeça
-E AGORA TODO MUNDO AQUI!! sabe que se tentarem mais uma
vez trazer ele de volta,mais uma vez tentar fazer o ritual,vão terque
lidar,com aquele que derrubou o titã,aquele quem venceu
Vär'Namu._Grita Brado para que todo tipo de ser possa ouvi-lo ao
redor do arquipélago.
Por fim uma simples cruz de madeira em seu túmulo,é assim que
Brado se despede de seu amigo,saindo finalmente do arquipélago.

Brado faz diversas coisas ao voltar,ele vai mais uma vez onde foi
feito de escravo,um lugar totalmente acabado,procurando por
39|Chamado de Vär'namu
registros onde teriam sido enviados seus país,encontrando uma
localização próxima dali outra vila onde eles poderiam ter ficado.
Indo até lá ele encontra uma casa velha onde parecia ser o lugar
onde eles ficavam,ele tira sua espada de suas costas e a encrava no
chão.
-Mãe,pai,eu consegui,me perdoem por não ter vindo antes,mas eu
consegui,vim apenas deixar minha marca e meu último adeus._Diz
Brado que deixa sua espada lá como lembrança,para representar
para aqueles que não estão entre nós,seu grande feito.
Em algum momento ele se encontra com Azuri e ambos se
despendem com um forte abraço e uma última luta entre eles.

Finalmente vemos ele no campo de batalha onde ele viu todo o


massacre de seus amigos,a irá das estações…as armas ainda estão
espalhadas pelo chão,ele começa a andar por lá pegando cada arma
uma por uma e encravando em seu próprio corpo,cada vez mais
armas até que enfim ele cai sem forças,Seu último gesto e pegar
uma espada e cortar sua própria cabeça,finalmente ele estava onde
devia,esse era seu verdadeiro fim,que ele apenas adiou em nome
não mais de um mestre,mas de seu amigo.
Podemos ver o tempo naquele local passando mais rápido,com o
tempo uma katana é colocada próximo ao que era o corpo de
Brado,aquela era a Katana de Azuri,esse é o fim do Berserk
solitário,porém o legado não só dele mais como o de todos que
lutaram para impedir Vär'Namu de voltar,estará para sempre nas
bocas de cada vivente do cenário,um livro "As aventuras do Berserk
Solitário e o Mais Corajoso Dos Anões" escrito por Josimar que lê
ele em uma biblioteca para que todos possam ouvir,se isso foi
verdade ou não,pouco importa agora,pois daqui em diante todos
saberão da história de Frawd Gnorts e Brado Huy.

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