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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO ENGENHARIA UNEC / EAD

CAPÍTULO III – ARTIGOS SOBRE A PROFISSÃO

Ênio Padilha (www.eniopadilha.com.br) é engenheiro, escritor e palestrante.


Natural de Rio do Sul (SC), tem graduação em Engenharia Elétrica pela UFSC e es-
pecialização em Marketing Empresarial pela UFPR. Entre os vários artigos que já es-
creveu, alguns serão utilizados em atividades da disciplina para que o aluno de enge-
nharia possa refletir sobre sua futura profissão, valorizá-la e ter a sua própria opinião
sobre cada um dos assuntos discutidos.

3.1 Sobre a obrigatoriedade do uso de placa na obra

Parece Mentira...

Agora é lei, foi aprovada pelo Congresso Nacional: ser você for a um dentista
e iniciar um tratamento odontológico, ele dará a você um botton (do tamanho de um
crachá) com propaganda dele (dentista) ou da clínica odontológica.

E você será obrigado a usar o tal botton em lugar bem visível da sua roupa, 24
horas por dia, durante todo o tempo em que durar o tratamento. Estuda-se uma ex-
tensão dessa lei para beneficiar também os médicos, os contadores e outros presta-
dores de serviços...

Você acha que é mentira? É claro que é mentira! Mas eu garanto que você
torceu o nariz para essa “notícia”.

Porém, se você é engenheiro ou arquiteto e atua no segmento da construção


civil, já deve estar familiarizado com uma lei (de verdade) que tem o mesmo efeito. É

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a lei 5194 de 1964, que regulamenta as profissões de Engenharia, Arquitetura e Agro-
nomia, e institui, entre outras coisas, a Placa-de-Obra, determinando que, ao prestar
um serviço qualquer em uma construção, o engenheiro ou arquiteto tem o direito de
afixar uma placa de 1 m² (contendo material de divulgação dele, engenheiro ou arqui-
teto) na frente da obra do cliente (que já pagou pelo serviço, mas que é obrigado, por
essa lei, a aceitar essa prática).

O mais interessante é que muitos engenheiros e arquitetos são contra essa lei
e contra o CREA que defende esse direito do profissional. Esses profissionais enten-
dem que a afixação da tal placa é apenas uma “obrigação legal”. Uma fonte de des-
pesas sem retorno.

Não percebem que o instituto da Placa-de-obra


é um caso único. Um benefício (ao fornecedor) que não
tem correspondente em nenhuma outra área da pres-
tação de serviço ou produção de mercadorias. E não
entendem que o fato de o engenheiro ou o arquiteto ser
“obrigado, por lei” a colocar a tal placa, nada mais é do
que um recurso na lei que facilita ao profissional a sua
relação com o cliente.

Por incrível que pareça, se o CREA não exigisse a colocação de uma placa na
obra, boa parte de nossos colegas engenheiros e arquitetos não tomariam essa pro-
vidência.

Fundamentalmente por acreditarem que não colocando a placa economizam


algum dinheiro, aumentando o lucro.

Deixam de observar “detalhes” importantes. Veja só:

1 – Toda obra desperta curiosidade e tende a chamar a atenção, principalmente


de pessoas que estão pensando em construir num futuro próximo (os clientes poten-
ciais).

2 – Toda pessoa que está construindo alguma coisa (seja uma casa, um edifício
ou uma indústria) é um exemplo (naquele momento) de sucesso financeiro, de prestí-
gio... E qualquer profissional ou empresa que associe o seu nome ao de quem está

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construindo incorpora à sua imagem o prestígio de seu cliente.

3 – A maioria das construções é erguida em áreas urbanas. Pontos onde várias


empresas estariam dispostas a pagar um bom dinheiro pelo direito de fixar uma placa
(de 1m²) com propaganda de seu produto. Não existe nenhuma razão lógica para um
engenheiro ou um arquiteto perder esta oportunidade que vem de graça.

É claro que existem ainda muitos outros argumentos, mas vamos ficar só nes-
ses três, que nos parecem suficientes para fazer as seguintes afirmações:

1 – O profissional interessado em desenvolver o seu mercado potencial de cli-


entes não perde nunca a oportunidade de fixar, junto às obras de sua responsabili-
dade, a placa de identificação profissional.

2 – O profissional com essa consciência procura fazer de sua placa uma peça
de promoção publicitária, dedicando especial cuidado na sua composição e procu-
rando garantir que a confecção de placa se dê com a melhor qualidade possível.

3 – Obviamente a placa de obra, como toda peça de propaganda, não repre-


senta perda de dinheiro e sim um custo com retorno real e objetivo. No caso especí-
fico, a melhor relação custo/benefício que se pode obter de qualquer prática de pro-
moção (propaganda, publicidade, divulgação) de engenharia ou arquitetura.

E quem quiser acreditar no contrário... Tudo bem. Tem gente que gosta mesmo
de acreditar em mentiras.

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1) Engenheiro, escritor e palestrante. Natural de Rio do Sul (SC), tem graduação


em Engenharia Elétrica pela UFSC e especialização em Marketing Empresarial
pela UFPR. Entre os vários artigos que já escreveu, alguns serão utilizados em
atividades da disciplina para que o aluno de engenharia possa refletir sobre sua
futura profissão, valorizá-la e ter a sua própria opinião sobre cada um dos as-
suntos discutidos. De quem estamos falando?
a) Ênio Padilha.
b) Wilson Lang.
c) Edson Soares.
d) José de Alencar.

2) Fundamentalmente por acreditarem que não colocando a placa economizam


algum dinheiro, aumentando o lucro o engenheiro deixa de observar “detalhes”
importantes, como:
I. Toda obra desperta curiosidade e tende a chamar a atenção, principal-
mente de pessoas que estão pensando em construir num futuro próximo
(os clientes potenciais).
II. Toda pessoa que está construindo alguma coisa (seja uma casa, um
edifício ou uma indústria) é um exemplo (naquele momento) de sucesso
financeiro, de prestígio... E qualquer profissional ou empresa que asso-
cie o seu nome ao de quem está construindo incorpora à sua imagem o
prestígio de seu cliente.
III. A maioria das construções é erguida em áreas urbanas. Pontos onde
várias empresas estariam dispostas a pagar um bom dinheiro pelo di-
reito de fixar uma placa (de 1m²) com propaganda de seu produto. Não
existe nenhuma razão lógica para um engenheiro ou um arquiteto perder
esta oportunidade que vem de graça.
Após analisar as afirmativas acima, marque a opção correta:
a) I e II somente falsas.
b) I e II somente verdadeiras.
c) I e III são falsas.
d) I, II e III são verdadeiras.

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3) Durante sua execução, toda obra, serviço ou instalação feitos por profissionais
da área tecnológica devem ter uma placa de identificação. A placa de obra tem
o objetivo de mostrar para a sociedade que os serviços realizados naquele local
possuem responsáveis técnicos/profissionais legalmente habilitados. Além de
ser um dever do profissional responsável pela atividade técnica, estabelecido
no art. 16 da Lei Federal nº 5.194/66, a placa de obra é um mecanismo de
valorização profissional, pois permite a divulgação do trabalho profissional de
sua autoria. A placa deve ser colocada em local visível e legível do lado da via
pública. As dimensões e o material utilizado na confecção da placa ficam a
critério do profissional, desde que garantam essas condições de visibilidade e
legibilidade. E de acordo com o material estudado, segue-se as seguintes afir-
mativas:
I. O profissional interessado em desenvolver o seu mercado potencial de
clientes não perde nunca a oportunidade de fixar, junto às obras de sua
responsabilidade, a placa de identificação profissional.
II. O profissional com essa consciência procura fazer de sua placa uma
peça de promoção publicitária, dedicando especial cuidado na sua com-
posição e procurando garantir que a confecção de placa se dê com a
melhor qualidade possível.
III. Obviamente a placa de obra, como toda peça de propaganda, não re-
presenta perda de dinheiro e sim um custo com retorno real e objetivo.
No caso específico, a melhor relação custo/benefício que se pode obter
de qualquer prática de promoção (propaganda, publicidade, divulgação)
de engenharia ou arquitetura.
após análise das afirmativas, marque a opção correta.
a) I, II e III são afirmativas verdadeiras.
b) I, II e III são afirmativas falsas.
c) I e III são afirmativas falsas.
d) I somente é afirmativa verdadeira.

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