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UNIVERSIDADE FUMEC

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA - FEA

André Prata, Letícia Bittencourt, Lis Machado, Lourenço Mendes, Luana Coura
Maria Almeida, Maria Eduarda Andrade, Pedro Zinato, Thiago Rohlfs e Wilkley
Caldas

DESAFIO ACADÊMICO

Gestão de riscos: estratégias de design em cenários de crises emergenciais.

Belo Horizonte
Maio/ 2022
André Prata, Letícia Bittencourt, Lis Machado, Lourenço Mendes, Luana Coura
Maria Almeida, Maria Eduarda Andrade, Pedro Zinato, Thiago Rohlfs, Wilkley
Caldas

DESAFIO ACADÊMICO:

Gestão de riscos: estratégias de design em cenários de crises emergenciais

Trabalho de Desafio Acadêmico apresentado à Faculdade


de Engenharia e Arquitetura da Universidade Fumec,
como parte das atividades do (Curso – Design).

Belo Horizonte
Maio/ 2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO…………….……………………………………………...x

1.1 TEMA…………………………………..……………………………...x

1.2 JUSTIFICATIVA…………………………..…………………………..x

1.3 OBJETIVOS……………………………….………………………….x

2. DESENVOLVIMENTO…………………….……………………………...x

2.1 PROBLEMAS DE DESIGN ……………………………………….…x

2.2 CONCEITO DO PROJETO………………….…………………….…x

2.3 LEVANTAMENTO DE OBRAS ANÁLOGAS…………….………….x


2.4 METODOLOGIA…………………………..……………………………x
3. RESULTADO: DEFESA DO MODELO PROPOSTO E
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ……………………………………...x
4. REFERÊNCIAS …………………………….……………………………...x
1. INTRODUÇÃO

O trabalho será produzido visando a segurança da população de cidades


localizadas nas imediações de áreas ocupadas por grandes mineradoras e que
sofrem com o constante medo e insegurança ligados à possibilidade de rompimento
de barragens e afins.
O projeto será realizado através de um sistema tecnológico de proteção
unificada que garante o monitoramento e sinalização de possíveis acidentes de
cunho geológico para os indivíduos próximos (trabalhadores e moradores) aos
locais afetados.
A principal funcionalidade do conjunto criado é garantir que as pessoas
afetadas encontrem abrigos e/ou áreas seguras próximas à sua localização.
O sistema será composto por placas, banners, outdoors e totens tecnológicos
(produzidos em materiais de alta durabilidade e que funcionam à base de energia
solar) e conjunto de avisos sonoros, estes serão posicionados em locais pontuais de
extrema visualização e importância.

1.1 TEMA

O tema do projeto consiste na criação de um novo sistema único e


tecnológico de avisos (visuais e sonoros) voltados para a sinalização nas áreas de
mineração e com risco de rompimento geológico, a fim de garantir a segurança dos
trabalhadores e moradores locais. Sendo assim, por meio da geração de
alternativas através do uso do Design, pretendemos solucionar os problemas
analisados e otimizar a comunicação.

1.2 JUSTIFICATIVA
Através de pesquisas realizadas, observa-se que na grande maioria das
áreas de mineração e suas proximidades não existe um sistema único e eficiente
voltado para a sinalização dos moradores e trabalhadores locais em caso de
acidentes e/ou rompimentos de barragens.
O conjunto de avisos destes locais é extremamente falho, pois, estes são
realizados apenas através de placas não padronizadas, produzidas em dimensões
que dificultam a visualização e de materiais de baixa qualidade.
O vandalismo presente nessas regiões também afeta diretamente o
funcionamento do sistema já existente, pois os itens de sinalização são colocados
em locais pouco adequados e estratégicos.
O sistema visual pré-existente que compõe o conjunto de avisos, faz uso de
palavras chave, símbolos e pictogramas que não são muito eficientes e podem
gerar uma dupla interpretação por parte dos leitores.
O novo conjunto de avisos e alertas será desenvolvido de uma forma ampla,
assim, este poderá ser replicado em diversas áreas no território brasileiro afetadas
pela atuação das mineradoras e afins.

1.3 OBJETIVOS

O objetivo do projeto é estudar o conjunto preexistente de sinalização e


desenvolver um sistema único, tecnológico, prático e efetivo de avisos e alertas
voltados para regiões afetadas pela ação de mineradoras.

2. DESENVOLVIMENTO

Para o desenvolvimento do projeto, foi pensado em como seria superado


todos os desafios, como o vandalismo em placas, o desgaste devido ao tempo, e a
clareza no momento de conduzir pessoas leigas, que não sabem ler e interpretar.
Todas as placas deveriam ser claras, objetivas e que chamassem a atenção. Sendo
assim, foi pensada uma paleta de cores vivas, de tamanho notável, com uma
tipografia de fácil legibilidade e que esteja dentro das normas de cores. Desse
modo, a sinalização ficaria bem mais funcional, e assim, cumpriria o seu papel
necessário, além de trazer acessibilidade para todo tipo de público.

2.1 PROBLEMAS DE DESIGN

Figura 1: Placa de barragem


Fonte: Sinatran Sinalizações

Figura 2: Placa de sinalização de rota de fuga


Fonte: G1 - Globo

Figura 3: Placa de atenção para rotas de fuga e pontos de encontro


Fonte: Jornal A sirene

Figura 4: Placa da barragem Pedro Moura Junior


Fonte: Compesa

Figura 5: Placa de ponto de encontro


Fonte: O Liberal
Através da análise das placas acima e da sinalização em geral, observa-se
alguns problemas existentes. Dentre eles, a falta de placas grandes de fácil
visualização, textos muito pequenos que não podem ser lidos ao menos à média
distância como os telefones de emergência, poucas placas, sinalização em locais
que podem ser afetados por vandalismo, mensagens muito longas e pouco
objetivas, além de dispostas muito próximas entre si ou a outros elementos, o que
dificulta ainda mais a leitura. Dessa maneira, é notório que esses problemas afetam
de diversas maneiras, seja dificultando uma rota de fuga quando necessário, seja
gerando falhas na comunicação. Portanto, é imprescindível que tais problemas
sejam resolvidos.

2.2 CONCEITO DO PROJETO

Nosso projeto visa, basicamente, reformular as formas de sinalização e


comunicação de emergências em áreas afetadas pelo rompimento de barragens. As
placas serão aplicadas em áreas estratégicas de modo a abranger o maior alcance
de comunicação. A comunicação das placas deve ser mais sucinta, com textos mais
objetivos de forma que a leitura seja clara e consiga direcionar qualquer público,
além disso, serão aplicadas cores que chamem a atenção das pessoas. Aliado a
isso, os avisos sonoros serão usados em conjunto ao direcionamento das placas
para uma saída assertiva das possíveis vítimas afetadas. Em termos, o resultado
esperado é um sistema de emergência com maior tecnologia e durabilidade, que
trabalhe em conjunto para garantir o alcance para o maior número de pessoas. Para
que não haja vandalismo, é necessária, junto à instalação do sistema, a
conscientização por parte da população de que a iniciativa tem o objetivo de salvar
vidas e a compreensão de que também faz parte da população da região, a
responsabilidade de cuidar e manter as placas para o sucesso das operações.

2.3 LEVANTAMENTO DE OBRAS ANÁLOGAS

Ao observar as placas de sinalização utilizadas em locais que oferecem


riscos emergenciais, notam-se semelhanças entre elas, pois existe uma norma
nacional de regulamentação que rege essa padronagem, a NBR 16820. Mesmo
assim, há variações de cores e posicionamento dos elementos no layout das placas
de sinalização.

Figura 1: Placa da Prefeitura de Mariana - MG / Fonte: Aceti Advocacia (2020)


Figura 2: Placa no Residencial das Flores em Nova Lima - MG / Fonte: O Tempo (2022)

Nas figuras 1 e 2, a mesma placa é aplicada em locais diferentes e nas duas


aplicações há problemas. Na primeira, não possui uma estrutura própria de fixação
da placa, sendo colocada em um poste de energia elétrica, o que acaba
comprometendo o destaque da placa. Ao contrário se ela tivesse uma sustentação
própria, visto que a própria estrutura de fixação da placa indica que tem uma
sinalização.
Na segunda figura, a placa contém uma estrutura própria de fixação, contudo
possui um problema no espaço em que foi escolhido para aplicação porque há uma
outra placa no local que obstrui seu foco, fazendo com que a sinalização de
emergência não tenha o destaque necessário.
O design das placas possui mais pontos negativos que positivos, são eles:
Há uma grande quantidade de texto que poderia ser resumido, além de não possuir
iconografia para dinamizar a leitura e deixá-la mais prática como colocar um ícone
de sirene. O tamanho da placa poderia ser maior, para possibilitar trabalhar melhor
os elementos do layout. O alinhamento à direita do texto no segundo retângulo
vermelho é uma escolha ruim. A cor vermelha sobreposta à cor azul é
desnecessária. Em suma, é uma placa funcional, mas não prática.
Figura 3: Placa de Ponto de Encontro na Represa Americana em São Paulo.
Fonte: G1 Campinas (2019)

Essa placa possui uma estrutura de fixação própria, o que é um ponto


positivo, porém, o tamanho da placa poderia ser maior para ter maior visibilidade,
visto que é uma placa de "Ponto de Encontro", para onde as pessoas vão se um
alerta soar. O título principal é pequeno, o ícone central não possui um bom
contraste e as assinaturas visuais aplicadas chamam muita atenção, atrapalhando a
leitura da placa.
Figura 4: Placa da Prefeitura de Mariana - MG.
Fonte: Prefeitura de Mariana (2018)

Esta placa possui escolhas positivas e é um bom projeto de design. O ícone


possui contraste, o título possui uma ótima legibilidade, mesmo visto de longe e o
restante do texto acaba sendo distribuído e alinhado de uma forma eficaz.

Figura 5: Placa da Defesa Civil em Uberaba - MG.


Fonte: Jornal da Manhã - JM (2019)

Essa placa ilustra muito bem a mensagem através da iconografia usada, não
necessitando de muitos textos para passar a mensagem.
Figura 6: Placa da Prefeitura de Belo Horizonte na Av. Tereza Cristina.
Fonte: Uol Notícias (2009)

Básica, simples e objetiva são os atributos dessa sinalização que funciona


muito bem, além de ser bem grande para não ter problemas de leitura e destaque.

2.4 METODOLOGIA

No processo de redesign proposto pela equipe, foi priorizadas algumas


funções primordiais que devem estar presentes em placas de sinalização, como
legibilidade, entendimento e praticidade visual. Sendo assim, observou-se o
principal modelo vigente de placas de sinalização emergencial e propôs-se
aprimoramentos básicos, mas que fizessem a diferença e melhorem os aspectos
visuais e funcionais da mesma.
Para as tentativas de aprimoramento, utilizou-se o software de criação
Illustrator, nele pode-se alinhar e posicionar os elementos, alterar tipografia e ajustar
as cores para aumentar a legibilidade quando fossem sobrepostas.

3. RESULTADO: DEFESA DO MODELO PROPOSTO E PLANEJAMENTO


ESTRATÉGICO

O novo modelo de placas de sinalização proposto apresenta maior poder de


leitura e entendimento à maiores distâncias que o atual, característica acentuada a
partir de mais aproveitamento do espaço disponível, que agora também possui uma
nova dimensão proporcional à 5x4 com a sugestão de ser aplicado com no mínimo
1,5m de largura.
A fonte passa ser mais alta e larga, chamando mais atenção e ocupando
mais espaço, a partir disso há um maior aproveitamento do contraste das cores que
favorece o poder de leitura e percepção do texto, que também diminuiu com o
objetivo de passar as informações de forma mais direta evitando redundâncias não
aproveitadas pelos leitores. Complementos como a palavra “militar” junto à “Polícia”
e “Bombeiro” foram retirados pois não são necessários para o entendimento da
informação de emergência passada, assim o resto do texto consegue ser maior e o
poder de leitura à distância aumenta.
As novas placas por possuírem grandes dimensões devem ser instaladas a
no mínimo 2,5m de altura, podendo ser vistas de mais longe e ficando mais difícil de
obstáculos atrapalharem a visão da sinalização. Além de ficarem mais difíceis de
serem vandalizadas.
4. CONCLUSÃO
Compreende-se então que a reformulação dos alertas visuais de desastres
geológicos é algo que facilitará o fluxo do deslocamento dos indivíduos que moram
em regiões de risco.

Ao recapitular todos os tópicos apresentados no artigo, lista-se e conclui-se que o


redesign apresentado é uma boa solução para resolver problemas desencadeados
pela
Baixa visibilidade e interpretação dos alertas, uma vez que proporciona esses atos
de uma maneira mais objetiva.

Todo o trabalho, desde a concepção, elaboração e conclusão, é elaborado por todos


os integrantes do projeto, que juntos desenvolvem soluções concretas aplicáveis no
mundo real. O projeto foi idealizado com a intenção de aprimorar o conjunto de
sinalização existente e desenvolver um sistema de alerta único, técnico, funcional e
eficaz para áreas afetadas por ações da mineradora.

Conclui-se que ao tornar as placas de aviso mais objetivas, aumentar o seu


potencial de visualização em pontos estratégicos é uma possível solução para os
problemas de gestão de riscos encontrados, vale ressaltar também que as
empresas de mineração devem adotar o projeto, para que assim as pessoas em
situação de risco possam ter mais segurança caso o ocorra algum desastre.

5. REFERÊNCIAS

G1 Minas. Defesa Civil recebe denúncias de vandalismo em placas de rotas de fuga


em São Gonçalo do Rio Abaixo. Minas Gerais, 2 abr. 2019. Disponível em:
l1nq.com/nNtaQ. Acesso em: 1 jun. 2022.

G1 Jornal Nacional. Três barragens de resíduos da Vale em MG correm o risco


iminente de rompimento, 13 jan. 2022. Disponível em: l1nq.com/tr8FY. Acesso em: 1
jun. 2022.

Jornal Estado de Minas. Placas de rota de fuga alteradas por vândalos disparam
alerta de autoridades, 02 abr. 2019. Disponível em: https://bityli.com/cgxmFv.
Acesso em: 1 jun. 2022.

UHE Tibagi Montante. Plano de ação de emergência, 05 jul. 2015. Disponível em:
https://tibagi.pr.gov.br/upload/editor/FLYER-tibagi-A5-V2.pdf. Acesso em: 1 jun.
2022.

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