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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMAPINA GRANDE

CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS


UNIDADE ACADÊMICA DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
PROFESSOR: ME. RODRIGO MENDES PATRÍCIO CHAGAS

ROTEIRO PARA ENTREGA DO PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS–


PERÍODO 2020.1e

Boa tarde, Prezados.

Este documento é o roteiro que criado no auxílio da produção do Projeto de


Instalações Elétricas (PIE) da disciplina Instalações Elétricas. Foi criado com base no
pedido de alguns alunos que diziam ter dificuldade quanto ao que deve ser entregue.
Muito embora eu tenha apresentado uma aula inteira sobre isso.
Elaborei então o roteiro baseado em minhas experiências práticas da construção
civil nos quais, para todos os projetos fazem a solicitação dos documentos em três
etapas.

I. Memória de cálculo: esta servirá como comprovante de que foi feito um


dimensionamento adequado das cargas de iluminação e de tomadas. Deverá
conter também os cálculos da determinação da demanda instalada, do tipo de
instalação da edificação, do dimensionamento de condutores, dimensionamento
de eletrodutos, dimensionamento de sistemas de proteção, dimensionamento de
sistemas de aterramento. Estes dados são essenciais para comprovação para o
cliente, ou órgãos públicos (em caso de licitações), de que o projeto está conciso
e coerente com a técnica.

Em nossa disciplina irá servir como comprovação de que vocês realmente


entenderam o que foi apresentado em sala de aula.

II. Memorial descritivo: descrição sucinta do tipo de edificação, materiais e


instalação a ser utilizada. Ele é criado como um guia geral para os clientes que
precisam saber o que vai ser instalado antes de que a haja uma compra errada
de equipamentos ou interpretação errada do processo de instalação. Também é
muito importante para auxiliar clientes a saberem exatamente como será a
execução antes de que efetuem a compra do imóvel. Para os Engenheiros, este
documento irá orientar sobre os dados iniciais requeridos para o
dimensionamento dos componentes; também para orientar a compra e
pesquisas de campo quanto à orçamentos a serem desenvolvidos.
Normalmente, estes dados estão presentes (de forma muito resumida) no fim de
folders de propaganda do imóvel.

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Professor Me. Rodrigo Mendes Patrício Chagas
UFCG – Campus Pombal
Em nossa disciplina irá servir como descrição geral do projeto. Poderá ser
entregue num documento único junto com a memória de cálculo (como já vi em
alguns casos).

III. Plantas: Trata-se de um documento que vai para campo. Portanto, deve ser o
mais claro e direto possível para evitar erros. Embora a utilização de cores facilite
a interpretação, não é necessário. Outro fator que justifica isso é que algumas
cores podem ser alteradas no sol, ou podem ser confundidas entre si caso haja
uma paleta extensa e/ou a impressora não funcione adequadamente. Portanto,
a produção de um projeto em preto e branco é suficiente.

Nas pranchas estão representados os desenhos com as locações dos pontos de


luz e pontos de tomada, tabelas resumos de quantitativos do projeto, tabelas de
símbolos, informações extras sobre peças específicas requeridas pelo projetista.

Nele também podem ser apresentados construtivos que vão orientar a


construção ou instalação específica de determinados equipamentos, cuja falha
poderá comprometer o projeto arquitetônico.

Detalhes construtivos são representados, normalmente, em zoom de uma dada


área, cortes de ambientes específicos (principalmente para representar
lâmpadas com interruptores em paralelo), isométricos (menos comuns) e
representação em 3D (raro). Enfatiza-se que cada um desses detalhes será
critério do desenhista (não existe um padrão) quanto à necessidade de
orientação do construtor sobre o que realmente se deseja ou para esclarecer
uma área que está muito carregada ou com desenhos que podem gerar
confusão durante a sua execução.

Em nossa disciplina será importante porque irá demonstrar sua habilidade de


interpretação de símbolos gráficos e possibilitará a identificação de erros em
projeto e demonstrará que o Arquiteto apresenta a habilidade de discutir e
dialogar com outros profissionais da construção civil.

Sigamos, portanto, para o roteiro de documentos a serem entregues:

1. Memória de cálculo (.pdf)


1.1. Capa
1.2. Apresentação
1.3. Introdução;
1.4. Resumo;
1.5. Referencial teórico: apenas citar quais suas fontes de estudo para a composição
do trabalho;
1.6. Memória de cálculo:
1.6.1. Determinação da potência instalada pelo método da NBR 5410 apresentado
em sala de aula para iluminação e tomadas;
1.6.2. Determinação da demanda instalada;
1.6.3. Determinação da corrente de projeto;
1.6.4. Determinação do padrão de instalação;
1.6.5. Divisão da instalação em circuitos;
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1.6.6. Dimensionamento dos condutores fase, neutro e de proteção;
1.6.7. Dimensionamento dos dispositivos de proteção;
1.6.8. Dimensionamento do sistema de aterramento;
1.6.9. Dimensionamento do SPDA;
1.7. Conclusões;
1.8. Anexos.

2. Memorial descritivo (.pdf)


2.1. Descrição da edificação:
2.1.1. Sistema estrutural;
2.1.2. Paredes;
2.1.3. Tipo de laje;
2.1.4. Formas de execução da instalação elétrica

2.2. Materiais utilizados nas instalações:


2.2.1. Caixas de passagem;
2.2.2. Eletrodutos;
2.2.3. Condutores;
2.2.4. Interruptores;
2.2.5. Lâmpadas e luminárias;
2.2.6. Tomadas;
2.2.7. Dispositivos de proteção;
2.2.8. Sistemas de aterramento adotados;

3. Plantas (.pdf e .dwg/.rvt)


3.1. Planta de situação apresentando: nome da rua, postes, transformadores
próximos e demais detalhes construtivos relevantes;
3.2. Planta baixa apresentando pontos de tomada de uso geral (TUG), pontos de
tomada de uso específico (TUE) e pontos de luz;
3.3. Quadro legenda;
3.4. Quadro com potências instaladas de Iluminação, TUG e TUE;
3.5. Padrão de entrada segundo a norma da Energisa Ltda. específica;
3.6. Detalhes extras que o projetista achar adequado relativo à instalação para
melhor orientar os responsáveis pela execução, como cortes ou pontos de luz
que mereçam cuidados de instalação;
3.7. Observações extras da instalação que o projetista achar adequado quanto à
luminárias específicas, caixas de tomada e interruptores específicos, eletrodutos
específicos, etc.

Estas orientações são básicas para a composição de um PIE e não devem ser
tomadas como sendo as únicas; devendo ser consultadas, também, as notas de aula
do nosso curso, normas da Energisa e demais fontes de literatura técnica. Cabe ao
Engenheiro Projetista saber desenvolver e determinar quando adicionar mais ou menos
informações conforme a necessidade do projeto.
Bom trabalho.

23/04/2021, Pombal – PB.


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Professor Me. Rodrigo Mendes Patrício Chagas
UFCG – Campus Pombal

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