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CATANEO ENGENHARIA INDUSTRIAL

Simulações Numéricas – ART’s – Laudos – Projetos – Codificações de Peças


Lista de Materiais – Patentes – Manual do Fabricante – NR-12

INTRODUÇÃO A SIMULAÇÃO
NUMÉRICA ESTRUTURAL

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❑ Conteúdo:

❖ O Método dos Elementos Finitos;


❖ Tipos de Elementos;
❖ Geração de Malhas, qualidade, critérios de análise e convergência
❖ Refinamento de malha/métodos de melhoria da qualidade da malha;
❖ Singularidade Numérica;
❖ Tratamento de geometria;
❖ Tipos de Contato;
❖ Condições de contorno;
❖ Elementos de fixação/Tipos de juntas;

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O Método dos Elementos Finitos

❖ O método dos elementos finitos consiste em uma análise matemática baseada na


discretização de um meio contínuo em pequenos elementos, mantendo as mesmas
propriedades do meio original. Esses elementos são descritos por equações diferenciais e
resolvidos por modelos matemáticos, para que sejam obtidos os resultados desejados,
podendo ser aplicado em diversas áreas de engenharia como transferência de calor e massa,
escoamento de fluidos, ondas eletromagnéticas, hidrodinâmica, cálculos estruturais, física
entre outras, fornecendo resultados mais precisos, permitindo aos engenheiros a solução
destas variáveis.
❖ É conveniente lembrar que este método apesar de fornecer soluções mais próximas ainda
não é exato, pois a maioria dos softwares CAE parte da premissa do cálculo de
deslocamentos nodais, resultantes de qualquer que seja a estrutura com a aplicação de
cargas ou não, e para tanto fazendo várias interpolações aproximadas até que se obtenham
os resultados. Com o resultado dos deslocamentos nodais, torna-se possível determinar os
esforços internos, tensões e finalmente à resistência da estrutura ou peça em estudo,
descrevendo o seu estado de equilíbrio.

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O Método dos Elementos Finitos

❖ Os problemas encontrados com o uso desta tecnologia, muitas vezes estão relacionados à
dificuldade de interpretação do modelo físico e a falta de conceitos básicos relacionados às
teorias e princípios dos fundamentos da resistência dos materiais, pelo engenheiro que a
utiliza. Para Alves Filho (2012), uma filosofia que deve ser abordada é que se o engenheiro
não sabe modelar o problema sem ter o computador, ele não deve fazê-lo tendo o
computador.

Discretização do Modelo
❖ O modelo a ser estudado deve ser discretizado de tal forma que se possa representar uma
condição muito próxima da qual se encontra em operação, devendo-se incluir todos os meios
externos ao modelo que influenciariam no seu comportamento, quando solicitado. Deve-se
ainda subdividir o modelo de tal forma a facilitar a resolução matemática do software e assim
o feito de tal forma que os resultados sejam muitos próximos quando aplicado em serviço.

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O Método dos Elementos Finitos

❖ O modelo a ser estudado deve ser discretizado de


tal forma que se possa representar uma condição
muito próxima da qual se encontra em operação,
devendo-se incluir todos os meios externos ao
modelo que influenciariam no seu comportamento,
quando solicitado. Deve-se ainda subdividir o
modelo de tal forma a facilitar a resolução
matemática do software e assim o feito de tal forma
que os resultados sejam muitos próximos quando
aplicado em serviço.
❖ Segundo Alves Filho (2012), para a discretização
de um modelo deve-se subdividir os sistemas em
seus componentes individuais ou em elementos,
surgindo então a idéia de que, a partir do
entendimento de cada elemento é possível de se
Figura – 1 Método geral para análise de sistema
compreender todo o conjunto. A Fig. 1, mostra um discreto padrão (Alves Filho, 2012).
método geral para análise de sistemas discretos.

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Tipos de Elementos

❖ Os elementos foram criados para discretizar a estrutura, e podem ser de uma duas ou três
dimensões, ou ainda de linha, área ou volume. Estes grupos dimensionais definem quantos
graus de liberdade cada nó possui. A Fig. 2, mostra os tipos de elementos e suas aplicações.
Segundo Fialho (2008), os elementos unidimensionais são aplicados na análise da estrutura
de pórticos e treliças com seção constante, já os bidimensionais são mais adequados às
estruturas formadas por chapas e os tridimensionais na análise de estruturas sólidas como
eixos submetidos à torção, blocos de motor peças fundidas e forjadas.

❖ O tipo e tamanho dos elementos influenciam diretamente no tempo de processamento do


computador. Quanto maior a ordem dos elementos maior o tempo gasto para se realizar a
análise. É sabido que estes tem melhor capacidade de representar os contornos de peças e
então se pode trabalhar com gradientes de tensões mais altas. Todavia nem sempre as
estruturas analisadas estão submetidas a estes altos níveis de tensões, portanto muitos
analistas preferem utilizar um modelo linear, principalmente na fase inicial de projeto onde
respostas rápidas são exigidas.

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Tipos de Elementos

Figura – 2 Família de elementos finitos de várias ordens e graus de liberdade (Fialho, 2008). (a) Treliça espacial. (b) Chassi de ônibus. (c) Bloco de motor.

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Geração de Malhas

❖ A geração de malhas de elementos finitos consiste, em dividir uma determinada região de


interesse em sub-regiões. Regiões bidimensionais podem ser divididas em quadriláteros ou
triângulos, enquanto que, regiões tridimensionais podem ser divididas em tetraedros,
pentaedros ou hexaedros como na Fig. 2. Essa divisão é feita com a aplicação de um método
de geração de malhas, ficando o resultado diretamente dependente da regularidade e
qualidade da malha aplicada a estrutura.

❖ Embora existam muitos estudos realizados sobre a qualidade da malha de elementos finitos,
é conhecido que uma malha apresenta um melhor resultado quando seus elementos forem
mais densos, em contrapartida levam muito mais tempo para serem processados. Por este
motivo é recomendável utilizar uma malha menos densa nas regiões onde o componente é
menos solicitado para diminuirmos o tempo de processamento, principalmente no início do
projeto.

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Geração de Malhas

❖ Outra teoria segundo Norton (2013), é fazermos um teste de convergência nas regiões com
as maiores tensões, comparando-se com os resultados anteriores. Se houverem diferenças
significativas é porque a malha ainda está grosseira, necessitando aumentar sua densidade. A
Fig. 3, mostra exemplos de malha de elementos finitos, após a convergência do modelo.

Figura – 3 Malhas e refinamentos (Dropa de Bortoli, M. D., Silva, J.C, 2013).

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Geração de Malhas

❖ A geração de malhas para a resolução de problemas de MEF é algo fundamental para a boa
qualidade do resultado. A aproximação da solução é feita com funções de forma, sendo que
estas funções são definidas somente em pequenas regiões do espaço comumente chamadas
de elementos.

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Medidas de Qualidade da Malha

❖ Sejam malhas livres, ou estruturadas, toda e qualquer discretização de MEF deve obedecer
alguns critérios de qualidade de malha. A qualidade da malha basicamente se refere à forma
do elemento. Dimensões relativas entre base, altura e largura, ângulos entre faces ou arestas,
dentre outras caracterizações possuem diretrizes para uma boa qualidade de resultado. A
seguir veremos algumas dessa diretrizes para discutir a qualidade de uma malha.

❖ Element Quality
A opção Element Quality fornece uma métrica de qualidade composta que varia entre
0 e 1. Esta métrica é baseada na proporção do volume para a soma do quadrado dos
comprimentos de borda para elementos quadriláteros / triangulares 2D, ou a raiz quadrada do
cubo da soma do quadrado dos comprimentos de borda para elementos 3D. Um valor de 1 indica
um cubo ou um quadrado perfeito, enquanto um valor de 0 indica que o elemento tem um volume
zero ou negativo. Para este método, quanto mais os valores se aproximarem de 1, melhor será a
qualidade dos elementos e consequentemente melhor a qualidade do resultado.

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Medidas de Qualidade da Malha

❖ Aspect Ratio
A razão de aspecto é uma medida da relação entre a medida da base e da altura de
um triângulo, ou de um retângulo. Quanto mais regular for a figura geométrica, mais próxima de
unitária será a razão de aspecto. Quanto menos regular, maior será o valor.

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Medidas de Qualidade da Malha

❖ Jacobian Ratio
A razão de determinantes de jacobianos (jacobian ratio) é baseada na idéia presente
em um mapeamento entre um sistema de coordenadas real do elemento, e um sistema de
coordenadas natural (de referência) para realizar a integração numérica. Um alto valor de razão
de jacobianos significa que o cálculo de jacobianos em pontos diferentes do elemento, resultou
em valores não muito próximos, o que torna a qualidade do resultado ruim, pois o mapeamento
na integração numérica é prejudicado. Os pontos nos quais são feitos os cálculos dos jacobianos
podem ser os pontos de Gauss, os nós, ou outros pontos no interior do elemento.

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Medidas de Qualidade da Malha

❖ Warping Factor
É uma medida de grau de empenamento existente na face de um elemento. Quanto
mais próxima de plana a face for, menor será seu empenamento. é desejável que não haja
grandes empenamentos, pois nessas condições a formulação do elemento pode não dar bons
resultados.

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Medidas de Qualidade da Malha

❖ Parallel Deviation
É uma quantificação do não paralelismo entre as arestas opostas em um quadrilátero.
O melhor valor possível é 0, pois nessa condições há o perfeito paralelismo, exatamente como na
formulação do elemento.

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Medidas de Qualidade da Malha

❖ Maximum Corner Angle


Uma medida do ângulo envolvido entre arestas consecutivas de um triângulo ou
quadrilátero. O ângulo interno de um triângulo equilátero é 60º. De um quadradao, é 90º. Assim,
afastamentos desses valores indicam o quando se está longe de uma figura regular.

Ângulos de canto máximo para triângulos Ângulos de canto máximo para quadriláteros.

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Medidas de Qualidade da Malha

❖ Skewness
É o grau de assimetria, distorção do elemento. Quanto maior for sua distorção pior
será seu resultado, pois mais longe ele se encontra da forma que é considerada na formulação
do elemento original (regular e simétrico). Estes valores variam de 0-1, e quanto mais baixo o
valor melhor a qualidade do elemento. A Figura abaixo mostra a forma regular, e ao lado a
mesma distorcida, sendo que a distorção excessiva causa problemas de qualidade dos
resultados.

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Medidas de Qualidade da Malha

❖ Orthogonal Quality
O intervalo de qualidade ortogonal é 0-1, onde um valor de 0 é pior e um valor de 1 é o
melhor. A qualidade ortogonal dos elementos é calculada usando o vetor normal da face, o vetor
do centróide da célula ao centróide de cada uma das células adjacentes e o vetor do centróide
celular para cada uma das faces.

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Singularidade Numérica

É bastante comum acontecer picos de tensões em análises de MEF. Regiões com


cantos vivos ou com aplicações de carregamentos concentrados podem apresentar tensões
muito elevadas. Quando se faz o refinamento de malha em torno de uma região com essas
características, o que pode se verificar é que as tensões, ao invés de estabilizarem em um dado
valor, continuam "explodindo" sem nunca convergir para um valor finito. Essas regiões são
denominadas singularidades numéricas.

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Singularidade Numérica

❖ O que fazer?

❖ Sempre que ocorrer uma singularidade numérica, devemos avaliar se aquela região onde a
mesma esta ocorrendo é considerada como crítica no modelo, ou seja qual a importância
dela.
❖ Se esta região não for a de interesse no estudo, podemos descartá-la, observando que esta
não venha afetar os demais resultados tornando o modelo aceitável.
❖ Caso seja esta a região de interesse, a sugestão é que o modelo deva ser mais detalhado
através da mudança de geometria ou a aplicação das forças.

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Contatos

Classificação dos contatos no ANSYS:

❖ Quanto aos tipos de geometrias componentes da região de contato.


❖ Quanto aos tipos de interação entre as geometrias em contato.
❖ Contato somente entre corpos flexíveis e entre corpos rígidos e flexíveis.

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Geometrias e Componentes da Região de Contato

Classificação dos contatos no ANSYS:

❖ Face / Face
Contato entre faces de corpos sólidos ou surface bodies.

❖ Face / Edge
Contato entre faces de corpos sólidos ou surface bodies e arestas de corpos sólidos,
surface bodies ou line bodies.

Nesse tipo de contato, as faces são sempre designadas como “Targets” e as arestas,
como “Contact”.

❖ Edge / Edge
Contato entre arestas de corpos sólidos, surface bodies ou line bodies.

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Contato envolvendo surface bodies

❖ Ao definir contatos envolvendo surface bodies, devemos informar ao software qual das faces
do corpo em questão deve ser utilizada no contato.

❖ Três opções são possíveis: Program Controlled, que deixa o próprio software escolher a face
a ser utilizada, Top e Bottom, que permitem ao usuário fazer a escolha.

❖ No caso de contatos Face / Face entre dois surface bodies, se a opção Program Controlled
for escolhida para uma das superfícies, também deverá ser escolhida para a outra.

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Tipos de Contatos

❑ Classificação dos contatos no ANSYS quanto ao tipo de interação entre as geometrias em


contato:
❖ Bonded;
❖ No Separation;
❖ Frictionless;
❖ Rough;
❖ Frictional;

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❑ Contato Bonded

❖ O contato do tipo Bonded não permite separação ou deslizamento entre as superfícies em


contato.
❖ Na prática, é como se as superfícies estivessem “coladas”.
❖ Esse tipo de contato é linear, pois não há alteração na extensão do comprimento / área de
contato.
❖ Por ser linear, requer apenas 1 iteração para se atingir convergência.
❖ Penetração e/ou gaps iniciais são ignorados, e as superfícies são consideradas como se
estivessem perfeitamente em contato.

São exemplos desse tipo de contato toda e qualquer conexão soldada, parafusada,
rebitada ou colada, dentre as quais destacamos:

❖ Conexões entre vigas soldadas para construção mecânica.


❖ Fixação de rodas no cubo por parafusos em um automóvel.
❖ Fixação de elementos eletrônicos em placas de circuito integrado, por meio de colas ou
adesivos.
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❑ Contato No Separation

❖ O contato do tipo No Separation não permite separação das superfícies em contato;


entretanto, pequenos deslizamentos tangenciais são permitidos.
❖ Assim como no caso Bonded, esse tipo de contato é linear, pois não há alteração na
extensão do comprimento / área de contato.
❖ Por ser linear, requer apenas 1 iteração para se atingir convergência.
❖ Penetração e/ou gaps iniciais são ignorados, e as superfícies são consideradas como se
estivessem perfeitamente em contato.
❖ Só é aplicável para regiões de faces (no caso de sólidos 3D) ou de arestas (no caso de
chapas 2D).

Como exemplos de contato No Separation, podemos citar alguns casos de contato


Frictionless em que se deseja simplificar o problema impedindo a separação dos corpos:
❖ Peças em rotação em torno de um pino.
❖ Pistão em movimento dentro de um cilindro.

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❑ Contato Frictionless

❖ O contato do tipo Frictionless permite separação das superfícies em contato, bem como
deslizamentos tangenciais sem qualquer impedimento.
❖ Esse tipo de contato é não-linear, pois a possibilidade de ocorrer separação faz com que a
área de contato possa mudar durante a análise.
❖ Só é aplicável para regiões de faces (no caso de sólidos 3D) ou de arestas (no caso de
chapas 2D).

Podemos pensar no contato do tipo Frictionless em casos de peças deslizando


contra outras na presença de lubrificantes, quando o coeficiente de atrito puder ser considerado
desprezível ou quando não pudermos estimar o coeficiente de atrito e for necessário utilizar um
coeficiente nulo como primeira aproximação – o movimento de articulações em geral (inclusive as
animais e as protéticas) são bons exemplos desse tipo de contato.

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❑ Contato Frictional

❖ O contato do tipo Frictional é semelhante ao Frictionless, pois permite separação e


deslizamentos tangenciais das superfícies em contato. Neste caso, entretanto, há um
impedimento para o deslizamento entre as superfícies – a presença do atrito.
❖ O atrito é considerado no modelo da seguinte forma: um valor de coeficiente de atrito é
declarado pelo usuário. Este coeficiente define uma certa “tensão cisalhante admissível”,
acima da qual os corpos começarão a deslizar um em relação ao outro.
❖ Esse tipo de contato também é não-linear, pois a possibilidade de ocorrer separação faz com
que a área de contato possa mudar durante a análise.
❖ Só é aplicável para regiões compostas inteiramente por faces.

Em teoria todo contato seria do tipo Frictional – com coeficientes de atrito mais altos
ou mais baixos. Entretanto, bons exemplos de situações em que é difícil sequer fazer alguma
simplifcação dessa condição de atrito é o movimento do pneu sobre o asfalto, ou processos de
conformação mecânica em geral, como forjamento, extrusão ou laminação.

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❑ Contato Rough

❖ O contato do tipo Rough funciona de forma oposta ao No Separation: permite a separação


das superfícies em contato, mas não permite deslizamentos tangenciais.
❖ Pode-se pensar nesse tipo de contato como semelhante ao Frictional, porém com coeficiente
de atrito infinito.
❖ Esse tipo de contato também é não-linear, pois a possibilidade de ocorrer separação faz com
que a área de contato possa mudar durante a análise.
❖ Só é aplicável para regiões de faces (no caso de sólidos 3D) ou de arestas (no caso de
chapas 2D).

Contatos do tipo Rough são raros de serem vistos na prática. Alguns exemplos de
onde podemos aplicá-los são os seguintes:
❖ Contato entre polias e correias;
❖ Embreagens em geral;
❖ Contato envolvendo peças de borracha;
❖ Qualquer outro tipo de contato em que se suponha coeficiente de atrito muito alto.

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❑ Contato em corpos Rígidos

❖ Quando rígido, o corpo não terá malha e será representado por um único elemento de massa
durante a solução. A massa, posição do centróide e momentos de inércia para cada corpo
podem ser ajustados também dentro de Details.
❖ Não é possível tornar rígidos corpos de linha e corpos 2D com formulações de axissimetria e
estado plano de deformações (Plane Strain).
❑ Contatos envolvendo corpos rígidos apresentam as seguintes características:
❖ O par de contato deve ser sempre assimétrico;
❖ A região rígida deve ser definida como Target;
❖ Resultados específicos de contato não serão visualizados para os corpos rígidos envolvidos
na análise.

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❑ Resumo

Podemos classificar os contatos no ANSYS Mechanical segundo suas distinções:


❖ Quanto ao tipo de geometria em contato (corpos sólidos, de superfície ou de linha);
❖ Quanto ao tipo de interação (Bonded, No Separation, Rough, Frictional, Frictionless);
❖ Quando à rigidez das peças em contato (rígida ou deformável).

Contato “puro” entre line bodies só pode ser feito utilizando Beta Options no ANSYS
Mechanical (opções extras não totalmente suportadas / documentadas).

Dois tipos de contatos no ANSYS são lineares (Bonded e No Separation), os quais


apresentam maior facilidade de convergência. Entretanto, há problemas em que é necessário
lançar mão dos contatos não-lineares (Rough, Frictionless e Frictional).

Contatos envolvendo corpos rígidos são considerados simplesmente ao se definir


como rígidas as geometrias que compõe o par de contato.

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❑ Condições de Contorno

❖ As condições de contorno devem representar exatamente a maneira pelo qual a estrutura


possui as restrições em seus componentes. A princípio pode parecer ser uma tarefa muito
simples, mas se esta não for executada tal qual o componente estará sujeito, os valores
encontrados após as análises divergirão muito além do qual a estrutura apresentará quando
for submetida aos carregamentos.
❖ Para Norton (2013), uma técnica muito comum é colocar dois elementos de corpo rígido de
comprimento igual ao modelo e na direção perpendicular, em lados opostos ao eixo do
momento e aplicar um conjugado na extremidade dos elementos rígidos. Se o somatório dos
momentos e das forças for igual à zero, isto indica que o arranjo inicial está correto. A Figura
abaixo mostra um exemplo de uma viga com duas condições de contorno diferentes.

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❑ Condições de Contorno

❖ No ANSYS as condições de contorno podem ser encontradas conforme imagens abaixo:

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❑ Elementos de Fixação

❖ Joints (elementos de junção):


– São definidos pelos graus de liberdade translacionais e rotacionais que restringem.
– Podem ser de dois tipos: body-to-body (BTB) e body-to-ground (BTG).
– Em ambos os casos, os dois corpos acoplados são divididos em Mobile e Reference (móvel e
referência). O corpo móvel irá se movimentar em relação ao de referência, da seguinte forma:
• Translação
– O corpo móvel translada no sistema de coordenadas do corpo de referência.
• Rotação
– Uma vez que as translações tenham sido processadas, o corpo móvel irá rotacionar ao redor
do corpo de referência.

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❑ Criação das Joints

❖ O procedimento para criar elementos de junção dentro do ANSYS Mechanical é o seguinte:


– Clique com o botão direito em Connections na árvore de processos e acesse
Insert Joint.
– Especifique se a junção será do tipo Body-Ground ou Body-Body, e o tipo de junção desejado
(as opções disponíveis serão apresentadas posteriormente).
– Finalmente, especifique as regiões a serem acopladas pela junção escolhida.

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❑ Tipos de Joints

❖ Dez tipos de elementos de junção estão disponíveis no ANSYS:


1. • Fixed Joint
2. • Revolute Joint
3. • Cylindrical Joint
4. • Translational Joint
5. • Slot Joint
6. • Universal Joint
7. • Spherical Joint
8. • Planar Joint
9. • General Joint
10. • Bushing Joint
• Em seguida, é ilustrado o funcionamento de tais junções. Lembre-se de que os graus de
liberdade citados são em relação ao sistema de coordenadas de referência.

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❑ Revolute Joint

❖ Revolute Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UX, UY, UZ, ROTX, ROTY

Fixo

Livre

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❑ Cilindrical Joint

❖ Cylindrical Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UX, UY, ROTX, ROTY

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❑ Translacional Joint

❖ Translational Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UY, UZ, ROTX, ROTY, ROTZ

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❑ Slot Joint

❖ Slot Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UY, UZ.

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❑ Universal Joint

❖ Universal Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UX, UY, UZ, ROTY.

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❑ Spherical Joint

❖ Spherical Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UX, UY, UZ.

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❑ Planar Joint

❖ Planar Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UZ, ROTX, ROTY.

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❑ Fixed Joint

❖ Fixed Joint:
– Graus de Liberdade acoplados: todos.

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❑ General Joint

❖ General Joint:
– Opções de graus de liberdade:
• Translações: opção de acoplar ou liberar em X, Y e Z (individualmente)
• Rotações: todas fixas, todas livres, ou apenas uma das rotações livre (X, Y ou Z)
– Esse tipo de junção permite configurações não cobertas pelas junções mostradas
anteriormente.

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❑ Bushing Joint

❖ Bushing Joint:
– Opções de graus de liberdade: permite acoplar ou liberar todos os graus de liberdade, porém o
acoplamento não é total, e sim caracterizado por valores de rigidez e/ou amortecimento.
– Ao selecionar a opção “Worksheet” no lugar de “Geometry”, pode-se indicar os valores de
rigidez e amortecimento para cada grau de liberdade em função do movimento imposto à peça.

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