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INTRODUÇÃO A SIMULAÇÃO
NUMÉRICA ESTRUTURAL
❑ Conteúdo:
❖ Os problemas encontrados com o uso desta tecnologia, muitas vezes estão relacionados à
dificuldade de interpretação do modelo físico e a falta de conceitos básicos relacionados às
teorias e princípios dos fundamentos da resistência dos materiais, pelo engenheiro que a
utiliza. Para Alves Filho (2012), uma filosofia que deve ser abordada é que se o engenheiro
não sabe modelar o problema sem ter o computador, ele não deve fazê-lo tendo o
computador.
Discretização do Modelo
❖ O modelo a ser estudado deve ser discretizado de tal forma que se possa representar uma
condição muito próxima da qual se encontra em operação, devendo-se incluir todos os meios
externos ao modelo que influenciariam no seu comportamento, quando solicitado. Deve-se
ainda subdividir o modelo de tal forma a facilitar a resolução matemática do software e assim
o feito de tal forma que os resultados sejam muitos próximos quando aplicado em serviço.
Tipos de Elementos
❖ Os elementos foram criados para discretizar a estrutura, e podem ser de uma duas ou três
dimensões, ou ainda de linha, área ou volume. Estes grupos dimensionais definem quantos
graus de liberdade cada nó possui. A Fig. 2, mostra os tipos de elementos e suas aplicações.
Segundo Fialho (2008), os elementos unidimensionais são aplicados na análise da estrutura
de pórticos e treliças com seção constante, já os bidimensionais são mais adequados às
estruturas formadas por chapas e os tridimensionais na análise de estruturas sólidas como
eixos submetidos à torção, blocos de motor peças fundidas e forjadas.
Tipos de Elementos
Figura – 2 Família de elementos finitos de várias ordens e graus de liberdade (Fialho, 2008). (a) Treliça espacial. (b) Chassi de ônibus. (c) Bloco de motor.
Geração de Malhas
❖ Embora existam muitos estudos realizados sobre a qualidade da malha de elementos finitos,
é conhecido que uma malha apresenta um melhor resultado quando seus elementos forem
mais densos, em contrapartida levam muito mais tempo para serem processados. Por este
motivo é recomendável utilizar uma malha menos densa nas regiões onde o componente é
menos solicitado para diminuirmos o tempo de processamento, principalmente no início do
projeto.
Geração de Malhas
❖ Outra teoria segundo Norton (2013), é fazermos um teste de convergência nas regiões com
as maiores tensões, comparando-se com os resultados anteriores. Se houverem diferenças
significativas é porque a malha ainda está grosseira, necessitando aumentar sua densidade. A
Fig. 3, mostra exemplos de malha de elementos finitos, após a convergência do modelo.
Geração de Malhas
❖ A geração de malhas para a resolução de problemas de MEF é algo fundamental para a boa
qualidade do resultado. A aproximação da solução é feita com funções de forma, sendo que
estas funções são definidas somente em pequenas regiões do espaço comumente chamadas
de elementos.
❖ Sejam malhas livres, ou estruturadas, toda e qualquer discretização de MEF deve obedecer
alguns critérios de qualidade de malha. A qualidade da malha basicamente se refere à forma
do elemento. Dimensões relativas entre base, altura e largura, ângulos entre faces ou arestas,
dentre outras caracterizações possuem diretrizes para uma boa qualidade de resultado. A
seguir veremos algumas dessa diretrizes para discutir a qualidade de uma malha.
❖ Element Quality
A opção Element Quality fornece uma métrica de qualidade composta que varia entre
0 e 1. Esta métrica é baseada na proporção do volume para a soma do quadrado dos
comprimentos de borda para elementos quadriláteros / triangulares 2D, ou a raiz quadrada do
cubo da soma do quadrado dos comprimentos de borda para elementos 3D. Um valor de 1 indica
um cubo ou um quadrado perfeito, enquanto um valor de 0 indica que o elemento tem um volume
zero ou negativo. Para este método, quanto mais os valores se aproximarem de 1, melhor será a
qualidade dos elementos e consequentemente melhor a qualidade do resultado.
❖ Aspect Ratio
A razão de aspecto é uma medida da relação entre a medida da base e da altura de
um triângulo, ou de um retângulo. Quanto mais regular for a figura geométrica, mais próxima de
unitária será a razão de aspecto. Quanto menos regular, maior será o valor.
❖ Jacobian Ratio
A razão de determinantes de jacobianos (jacobian ratio) é baseada na idéia presente
em um mapeamento entre um sistema de coordenadas real do elemento, e um sistema de
coordenadas natural (de referência) para realizar a integração numérica. Um alto valor de razão
de jacobianos significa que o cálculo de jacobianos em pontos diferentes do elemento, resultou
em valores não muito próximos, o que torna a qualidade do resultado ruim, pois o mapeamento
na integração numérica é prejudicado. Os pontos nos quais são feitos os cálculos dos jacobianos
podem ser os pontos de Gauss, os nós, ou outros pontos no interior do elemento.
❖ Warping Factor
É uma medida de grau de empenamento existente na face de um elemento. Quanto
mais próxima de plana a face for, menor será seu empenamento. é desejável que não haja
grandes empenamentos, pois nessas condições a formulação do elemento pode não dar bons
resultados.
❖ Parallel Deviation
É uma quantificação do não paralelismo entre as arestas opostas em um quadrilátero.
O melhor valor possível é 0, pois nessa condições há o perfeito paralelismo, exatamente como na
formulação do elemento.
Ângulos de canto máximo para triângulos Ângulos de canto máximo para quadriláteros.
❖ Skewness
É o grau de assimetria, distorção do elemento. Quanto maior for sua distorção pior
será seu resultado, pois mais longe ele se encontra da forma que é considerada na formulação
do elemento original (regular e simétrico). Estes valores variam de 0-1, e quanto mais baixo o
valor melhor a qualidade do elemento. A Figura abaixo mostra a forma regular, e ao lado a
mesma distorcida, sendo que a distorção excessiva causa problemas de qualidade dos
resultados.
❖ Orthogonal Quality
O intervalo de qualidade ortogonal é 0-1, onde um valor de 0 é pior e um valor de 1 é o
melhor. A qualidade ortogonal dos elementos é calculada usando o vetor normal da face, o vetor
do centróide da célula ao centróide de cada uma das células adjacentes e o vetor do centróide
celular para cada uma das faces.
Singularidade Numérica
Singularidade Numérica
❖ O que fazer?
❖ Sempre que ocorrer uma singularidade numérica, devemos avaliar se aquela região onde a
mesma esta ocorrendo é considerada como crítica no modelo, ou seja qual a importância
dela.
❖ Se esta região não for a de interesse no estudo, podemos descartá-la, observando que esta
não venha afetar os demais resultados tornando o modelo aceitável.
❖ Caso seja esta a região de interesse, a sugestão é que o modelo deva ser mais detalhado
através da mudança de geometria ou a aplicação das forças.
Contatos
❖ Face / Face
Contato entre faces de corpos sólidos ou surface bodies.
❖ Face / Edge
Contato entre faces de corpos sólidos ou surface bodies e arestas de corpos sólidos,
surface bodies ou line bodies.
Nesse tipo de contato, as faces são sempre designadas como “Targets” e as arestas,
como “Contact”.
❖ Edge / Edge
Contato entre arestas de corpos sólidos, surface bodies ou line bodies.
❖ Ao definir contatos envolvendo surface bodies, devemos informar ao software qual das faces
do corpo em questão deve ser utilizada no contato.
❖ Três opções são possíveis: Program Controlled, que deixa o próprio software escolher a face
a ser utilizada, Top e Bottom, que permitem ao usuário fazer a escolha.
❖ No caso de contatos Face / Face entre dois surface bodies, se a opção Program Controlled
for escolhida para uma das superfícies, também deverá ser escolhida para a outra.
Tipos de Contatos
❑ Contato Bonded
São exemplos desse tipo de contato toda e qualquer conexão soldada, parafusada,
rebitada ou colada, dentre as quais destacamos:
❑ Contato No Separation
❑ Contato Frictionless
❖ O contato do tipo Frictionless permite separação das superfícies em contato, bem como
deslizamentos tangenciais sem qualquer impedimento.
❖ Esse tipo de contato é não-linear, pois a possibilidade de ocorrer separação faz com que a
área de contato possa mudar durante a análise.
❖ Só é aplicável para regiões de faces (no caso de sólidos 3D) ou de arestas (no caso de
chapas 2D).
❑ Contato Frictional
Em teoria todo contato seria do tipo Frictional – com coeficientes de atrito mais altos
ou mais baixos. Entretanto, bons exemplos de situações em que é difícil sequer fazer alguma
simplifcação dessa condição de atrito é o movimento do pneu sobre o asfalto, ou processos de
conformação mecânica em geral, como forjamento, extrusão ou laminação.
❑ Contato Rough
Contatos do tipo Rough são raros de serem vistos na prática. Alguns exemplos de
onde podemos aplicá-los são os seguintes:
❖ Contato entre polias e correias;
❖ Embreagens em geral;
❖ Contato envolvendo peças de borracha;
❖ Qualquer outro tipo de contato em que se suponha coeficiente de atrito muito alto.
❖ Quando rígido, o corpo não terá malha e será representado por um único elemento de massa
durante a solução. A massa, posição do centróide e momentos de inércia para cada corpo
podem ser ajustados também dentro de Details.
❖ Não é possível tornar rígidos corpos de linha e corpos 2D com formulações de axissimetria e
estado plano de deformações (Plane Strain).
❑ Contatos envolvendo corpos rígidos apresentam as seguintes características:
❖ O par de contato deve ser sempre assimétrico;
❖ A região rígida deve ser definida como Target;
❖ Resultados específicos de contato não serão visualizados para os corpos rígidos envolvidos
na análise.
❑ Resumo
Contato “puro” entre line bodies só pode ser feito utilizando Beta Options no ANSYS
Mechanical (opções extras não totalmente suportadas / documentadas).
❑ Condições de Contorno
❑ Condições de Contorno
❑ Elementos de Fixação
❑ Tipos de Joints
❑ Revolute Joint
❖ Revolute Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UX, UY, UZ, ROTX, ROTY
Fixo
Livre
❑ Cilindrical Joint
❖ Cylindrical Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UX, UY, ROTX, ROTY
❑ Translacional Joint
❖ Translational Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UY, UZ, ROTX, ROTY, ROTZ
❑ Slot Joint
❖ Slot Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UY, UZ.
❑ Universal Joint
❖ Universal Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UX, UY, UZ, ROTY.
❑ Spherical Joint
❖ Spherical Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UX, UY, UZ.
❑ Planar Joint
❖ Planar Joint:
– Graus de liberdade acoplados: UZ, ROTX, ROTY.
❑ Fixed Joint
❖ Fixed Joint:
– Graus de Liberdade acoplados: todos.
❑ General Joint
❖ General Joint:
– Opções de graus de liberdade:
• Translações: opção de acoplar ou liberar em X, Y e Z (individualmente)
• Rotações: todas fixas, todas livres, ou apenas uma das rotações livre (X, Y ou Z)
– Esse tipo de junção permite configurações não cobertas pelas junções mostradas
anteriormente.
❑ Bushing Joint
❖ Bushing Joint:
– Opções de graus de liberdade: permite acoplar ou liberar todos os graus de liberdade, porém o
acoplamento não é total, e sim caracterizado por valores de rigidez e/ou amortecimento.
– Ao selecionar a opção “Worksheet” no lugar de “Geometry”, pode-se indicar os valores de
rigidez e amortecimento para cada grau de liberdade em função do movimento imposto à peça.