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Faculdade Esamc Uberlândia

Design gráfico:

Bruno Rocha de Lima

Engenharia Ambiental:

Lorraine Duarte do Nascimento

Engenharia de Produção:

Bruno Oliveira de Aguiar

Engenharia Civil:

Ezequiel Rodrigues de Miranda

Luana Sampaio silva

Matheus Almeida Oliveira

AÇO VERDE

Projeto de Graduação ESAMC II, apresentado


pelos cursos de Engenharia Civil e Design
Gráfico. Etapa avaliativa para fins de
qualificação de grau de bacharel da Escola
Superior de Administração, Marketing e
Comunicação – ESAMC.

Professor Orientador: Arnaldo Galhardo Junior.

UBERLÂNDIA-MG 2019
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Local reservado para ficha catalográfica.


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Projeto de Graduação

ESAMC

Professor Orientador:
Arnaldo Galhardo Junior

Data de Aprovação:

Nota:

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________
Examinador 1

_____________________________________________
Examinador 2

_____________________________________________
Examinador 3

UBERLÂNDIA-MG 2019
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DEDICATÓRIA

Dedicamos esse projeto aos nossos amigos e familiares que


foram nossa fundação e resistiram a todas as cargas de stress.
Aos professores por serem nossos pilares de sustentação
para que uma ideia quase impossível se tornasse realidade.
A nós, membros do grupo, por unir bloco a bloco, às vezes
com demolições, mas sobreviventes após o acabamento da
obra. E à Deus, que nos deu força e foi nossa laje maciça
nos momentos de tempestades.
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AGRADECIMENTOS

A
construção do Aço Verde foi um grande desafio para nós, integrantes
da Avanzare. Somos gratos a todos professores que se prontificaram
em fazer com que uma simples ideia se tornasse em algo tão sólido, e
aos integrantes do grupo por acreditar e persistir nos momentos críticos do projeto e
comprometer-se a entregar o seu melhor.
Em especial, queremos agradecer:

Ao orientador Arnaldo Galhardo Junior, por acompanhar todo o processo de


construção do Aço Verde, estar sempre disponível para o esclarecimento de dúvidas,
desenvolver o nosso senso crítico, por acreditar em nosso projeto e nos motivar.
Ao professor Adriano Gargalhone Novaes, por nos ajudar na elaboração da
nossa segmentação de clientes e a entender que o nosso projeto poderia seguir
caminhos distintos de sucesso.
Ao Caio Rodrigues Maluf, por fazer parte da nossa banca de avaliação e abrir
as nossas mentes para pontos chave do projeto que deveriam ser melhorados.
Às construtoras Drummond, Maxi Construtora e Incorporadora, Opção e R
Freitas por nos receber e se disponibilizar a responder a nossa Pesquisa de Validação
do projeto.
Ao professor Francisco José Fontes Werpel, por abrir a nossa visão para
uma nova forma de apresentar o nosso método construtivo, orientar na elaboração
do projeto financeiro, esclarecer nossas dúvidas e destacar a importância de utilizar
premissas que auxiliem na conclusão financeira.
À professora Leonora Silva Fuga, por auxiliar no processo de segmentação dos
nossos clientes e nos ajudar a entender a nossa proposta de valor.
Ao professor Luciano Tomaz Araújo, por nos fazer refletir sobre o nosso
propósito de existir como empresa, direcionar na criação de uma marca sólida, capaz
de representar o nosso produto e pelo auxílio na elaboração dos capítulos de Plano
de Comunicação e Propósito.
À mentora Luiza Rodrigues, por orientar sobre o que poderia ser melhorado em
nossas pesquisas e nos ajudar a entender o nosso público alvo, esclarecendo nossas
dúvidas com dicas imprescindíveis para a apresentação do projeto.
Ao professor Marcos Miguel Nazareno, por estar sempre disponível para tirar
as nossas dúvidas, por aceitar o nosso convite para a banca de avaliação e contribuir
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com dicas que ajudaram a Avanzare rever seus objetivos.


À professora Mariana de Carvalho Silva Vieira, por orientar sobre a análise de
projetos de engenharia civil.
Ao pesquisador Moises Medeiros, por ler a nossa ideia de projeto e fornecer
artigos e manuais de construção, que foram importantes para o desenvolvimento do
nosso método construtivo utilizando o bambu.
Aos moradores do assentamento que nos receberam nas suas residências,
e se disponibilizaram a compartilhar todas as suas insatisfações com os Programas
Habitacionais e os seus sonhos.
À professora Natércia Guimaraes Gomide por se disponibilizar e auxiliar na
elaboração do Planejamento de Recursos Humanos.
Ao Professor Normando Perazzo Barbosa, por se disponibilizar em ler o nosso
projeto e contribuir com informações e pesquisas, que ajudaram na defesa do bambu
como uma matéria-prima renovável e segura para a construção civil.
À orientadora Paula Palma, por levantar possíveis problemas que poderíamos
ter, nos incentivar a pesquisar mais, auxiliar em todo processo de construção do nosso
projeto e acreditar que poderíamos provar que uma ideia quase impossível poderia se
tornar possível.
À professora Roberta Fusconi, por auxiliar na elaboração do Plano de Gestão
Ambiental, contribuindo com dicas importantes para a conclusão do capítulo.
À mentora Vanessa Cristina, por auxiliar na elaboração de capítulos chaves
do nosso projeto, estar sempre disposta a sanar as nossas dúvidas com clareza,
entusiasmo e mostrar a importância da boa apresentação de uma ideia e gestão de
pessoas.
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EPÍGRAFE

Que todos os nossos esforços estejam sempre focados no


desafio à impossibilidade. Todas as grandes conquistas humanas
vieram daquilo que parecia impossível.
(Charles Chaplin).
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RESUMO

O Aço verde é um novo método construtivo desenvolvido a partir de fibras


vegetais de alta resistência, com a finalidade de substituir o aço estrutural pelo bambu.
Para comprovar a sua viabilidade e segurança, foram utilizadas normas técnicas
internacionais, com o objetivo de atender todos os requisitos técnicos e de segurança
para sua implantação
Na primeira etapa do projeto, foram realizadas pesquisas com o foco no
consumidor final, pois a Avanzare pretendia se firmar como uma construtora e construir
casas com a técnica desenvolvida. Diante das pesquisas e análise de concorrência, a
Avanzare percebeu que seria viável manter o seu foco apenas no desenvolvimento do
novo método, realizando o registro de patente. Assim, a segunda etapa do projeto tem
seu foco em atingir as construtoras da cidade de Uberlândia, mostrando a viabilidade
técnica e financeira do Aço Verde.
Entende-se a relevância do projeto a partir substituição de matéria-prima no
projeto estrutural, utilizando recursos renováveis na construção civil, com a finalidade
de atender às leis ambientais vigentes, reduzir custos, quantidade de resíduos e obter
rentabilidade comprovada.

Palavras-chave: bambu, aço, normas, construção civil


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ABSTRACT

Green Steel is a new construction method developed from high strength


vegetable fibers, with the purpose of replacing structural steel with bamboo. To prove
their viability and safety, international technical standards were used to meet all the
technical and safety requirements for their implementation.
In the first stage of the project, research was conducted with a focus on the final
consumer, as Avanzare intended to establish itself as a builder and build houses with
the technique developed. In the face of research and competitive analysis, Avanzare
realized that it would be feasible to focus only on developing the new method by filing
a patent. Thus, the second stage of the project focuses on reaching the construction
companies of the city of Uberlândia, showing the technical and financial viability of the
Green Steel.
The relevance of the project is understood from the substitution of raw material
in the structural design, using renewable resources in civil construction, in order to
comply with current environmental laws, reduce costs, waste quantity and obtain
proven profitability.

Keyword: bamboo, steel, standards, construction.


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Lista de Figuras
Figura 1. Evolução do déficit habitacional total (número de unidades) 2007-2017.. 47

Figura 2. Distribuição do déficit habitacional por faixa de renda familiar – 2017...... 47

Figura 3. Galeria subterrânea.................................................................................... 49

Figura 4. Mina a céu aberto ...................................................................................... 49

Figura 5. Tragédia Brumadinho ................................................................................ 51

Figura 6. Gráfico da idade dos entrevistados............................................................ 54

Figura 7. Gráfico da renda dos entrevistados............................................................ 54

Figura 8. Gráfico da situação residencial dos entrevistados..................................... 55

Figura 9. Características importantes escolhidas pelos entrevistados..................... 55

Figura 10. Opinião dos entrevistados sobre o aço.................................................... 56

Figura 11. Conhecimentos os entrevistados sobre matérias-primas sustentáveis... 56

Figura 12. Tipos de matérias-primas conhecidas pelos entrevistados...................... 57

Figura 13. Conhecimento dos entrevistados sobre construções com bambu.......... 57

Figura 14. Opinião dos entrevistados sobre a aplicação do bambu nas construções....58

Figura 15. Gráfico de aceitação da utilização do bambu na estrutura...................... 59

Figura 16. Justificativas dos entrevistados que não concordam com a utilização do bambu.59

Figura 17 e 18. Bambu: A novidade.......................................................................... 64

Figura 19. Casa de bambu....................................................................................... 65

Figura 20. Alvenaria convencional............................................................................. 68

Figura 21. Alvenaria estrutural................................................................................... 69

Figura 22. Paredes de concreto................................................................................. 69

Figura 23. Wood Frame............................................................................................. 70

Figura 24. Sapata isolada.......................................................................................... 72

Figura 25. Radier....................................................................................................... 73

Figura 26. Viga Baldrame.......................................................................................... 73

Figura 27. Sapata Corrida.......................................................................................... 74


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Figura 28. Sapatas Associadas ................................................................................ 74

Figura 29. Máquina de escavação............................................................................. 75

Figura 30. Resistência da estaca............................................................................... 75

Figura 31. Tipos de tubulão ...................................................................................... 76

Figura 32. Pilares....................................................................................................... 77

Figura 33. Vigas......................................................................................................... 77

Figura 34. Verga e Contra verga................................................................................ 78

Figura 35. Laje treliçada de cerâmica........................................................................ 79

Figura 36. Laje EPS................................................................................................... 79

Figura 37. Laje maciça .............................................................................................. 79

Figura 38. Laje nervurada.......................................................................................... 80

Figura 39 .Torre de caixa d’água e caixa d’água interna........................................... 80

Figura 40. 1. Parede de vedação; 2. Parede estrutural com laço em “L”;3. Parede

estrutural com laço em “T”; 4. Drywall; 5. Wood Frame com bambu....................... 81

Figura 41. Cobertura em PVC e forro em gesso....................................................... 82

Figura 42. Oitão (corredor)......................................................................................... 83

Figura 43. Oitão (Porção triangular).......................................................................... 83

Figura 44. Componentes de um telhado................................................................... 84

Figura 45. Tipos de telhas......................................................................................... 84

Figura 46. Guarnições............................................................................................... 85

Figura 47. Batentes.................................................................................................... 86

Figura 48. Tipos de folhas.......................................................................................... 86

Figura 49. Modelos de maçanetas............................................................................. 87

Figura 50. Chapisco, emboço e reboco..................................................................... 88

Figura 51. Residência finalizada................................................................................ 89

Figura 52. Limite de escoamento do aço................................................................... 91

Figura 53. Casa com bambu estrutura...................................................................... 93


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Figura 54. Espécies de bambu: 1. Bambu Brasil; 2. Bambu Guadua; 3. Bambu Barri-

ga de Buda; 4. Bambu Gigante.................................................................................. 94

Figura 55. 1. Guadua angustiófila e 2. Dendrocalamus giganteus............................ 95

Figura 56. Estrutura interna do Bambu...................................................................... 96

Figura 57. Esteiras de Bambu................................................................................... 97

Figura 58. Secagem do bambu a céu aberto............................................................ 98

Figura 59. Forte de Bambu........................................................................................ 99

Figura 60. Casas de bambu na Colômbia............................................................... 100

Figura 61. Construção de bambu............................................................................ 101

Figura 62. Armações em bambu.............................................................................. 101

Figura 63. Travamento de barras de bambu........................................................... 102

Figura 64. Casa de bambu nos conceitos do Feng Shui......................................... 106

Figura 65. Ensaio de compressão do bambu: 1. Nó nas pontas; 2. Nó no meio; 3.

Sem nó.................................................................................................................... 109

Figura 66. Ensaio de Flexão.....................................................................................110

Figura 67. Casa demonstrativa de bambu................................................................114

Figura 68. Tesouras e travamento da estrutura de bambu.......................................115

Figura 69. Tratamento por substituição da seiva......................................................117

Figura 70. Estoque de colmos de bambu na Colômbia............................................118

Figura 71. Ligação solo-bambu ...............................................................................119

Figura 72. Furo superior e furo longitudinal, respectivamente................................ 120

Figura 73. Fundação da estrutura de bambu.......................................................... 120

Figura 74. Ponte de bambu na Indonésia................................................................ 122

Figura 75. Conexão com encaixe e fibras naturais................................................. 122

Figura 76. Conexão Simon Velez de 45 °............................................................... 123

Figura 77. Conexão Simon Velez de 60°................................................................. 123

Figura 78. Conexão Simon Velez de 90 ................................................................. 124


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Figura 79. Exemplo de conexões boca de pescado................................................ 124

Figura 80. Conexão por embuchamento interno..................................................... 125

Figura 81. Conexão por trespasse de vara............................................................. 126

Figura 82. Residência de bambu estrutural............................................................. 127

Figura 83. Blocos de concreto estrutural................................................................. 128

Figura 84. Casa em alvenaria estrutural ................................................................. 129

Figura 85. Variação PIB Brasil x PIB Construção Civil............................................ 134

Figura 86. Índice de confiança da construção civil.................................................. 135

Figura 87. Produção e comércio exterior de aço no Brasil...................................... 136

Figura 88. Mapa de inovação ................................................................................ 138

Figura 89. Pirâmide de Maslow............................................................................... 156

Figura 90. Família Silva........................................................................................... 158

Figura 91. Mapa de empatia 1................................................................................. 159

Figura 92. Mapa de empatia 2................................................................................. 160

Figura 93. Logo MRV ............................................................................................. 163

Figura 94. Site MRV................................................................................................. 164

Figura 95. Logo C&A Construtora ........................................................................... 167

Figura 96. Site C&A Construtora.............................................................................. 168

Figura 97. Logo ASF .............................................................................................. 171

Figura 98. Site ASF ................................................................................................ 172

Figura 99. Moradia................................................................................................... 176

Figura 100. Bairro Panorama................................................................................... 176

Figura 101. Localização geográfica da rua dos Ceamitas...................................... 177

Figura 102. Rua dos Ceamitas................................................................................ 177

Figura 103. Casa Sharma Springs .......................................................................... 188

Figura 104. Centro comunitário de Cambury........................................................... 189

Figura 105. Casa de bambu ............................................................................................ 190


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Figura 106. Fachada das unidades habitacionais CUBO ....................................... 191

Figura 107. Dormitório das unidades habitacionais CUBO..................................... 191

Figura 108. Instalações hidrossanitárias das unidades habitacionais CUBO......... 192

Figura 109. Casa em Wood Frame..........................................................................197

Figura 110. O que é Bim? ....................................................................................... 198

Figura 111. Logo Cemig........................................................................................... 201

Figura 112. Logo DMAE........................................................................................... 202

Figura 113. Logo Módulo......................................................................................... 202

Figura 114. Logo Rotina........................................................................................... 202

Figura 115. Logo Leroy Merlin ................................................................................ 203

Figura 116. Logo Agência R8.................................................................................. 203

Figura 117. Logo Loop ........................................................................................... 204

Figura 118. Logo CON............................................................................................. 204

Figura 119. Logo Escritorial..................................................................................... 204

Figura 120. Logo Ápice............................................................................................ 205

Figura 121. Logo Instituições bancárias.................................................................. 205

Figura 122. Logo Bambu carbono zero .................................................................. 206

Figura 123. Logo TAO bambu ................................................................................. 206

Figura 124. Logo Sitio da mata ............................................................................... 207

Figura 125. Logo Bambuê....................................................................................... 207

Figura 126. Logo Pindorama................................................................................... 207

Figura 127. Logo Ecovila da montanha ................................................................. 208

Figura 128. Logo Bambu Mantiqueira...................................................................... 208

Figura 129. Logo RC .............................................................................................. 209

Figura 130. Logo Telhanorte ................................................................................... 209

Figura 131. Logo Haza ........................................................................................... 209

Figura 132. Logo Premoltec ................................................................................... 210


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Figura 133. Logo Bom Jesus................................................................................... 210

Figura 134. Logo Fênix Higienização...................................................................... 210

Figura 135. Logo ITV Urbanismo..............................................................................211

Figura 136. Logo GSP Loteamentos........................................................................211

Figura 137. Logo Ubermed...................................................................................... 212

Figura 138. Logo Prefeitura de Uberlândia ............................................................. 213

Figura 139. Logo Sinduscon.................................................................................... 213

Figura 140. Logo Ebiobambu................................................................................... 214

Figura 141. Logo Aprobambu ................................................................................ 214

Figura 142. Armadura na alvenaria estrutural......................................................... 219

Figura 143. Business Model Canvas....................................................................... 222

Figura 144. Tipo de obra realizada pela construtora............................................... 230

Figura 145. Classe econômica atendida................................................................. 231

Figura 146. Método construtivo utilizado................................................................. 231

Figura 147. Número de obras executadas.............................................................. 232

Figura 148. Utilização de materiais sustentáveis na construção............................. 232

Figura 149. Certificação ambiental.......................................................................... 233

Figura 150. Possível substituto para o aço.............................................................. 234

Figura 151. Estudo de novos métodos construtivos................................................ 235

Figura 152. Método construtivo que utiliza o bambu............................................... 236

Figura 153. Cadeia produtiva do bambu................................................................. 250

Figura 154. Modelo de integração........................................................................... 253

Figura 155. Modelo de integração Avanzare........................................................... 254

Figura 156. Coletores............................................................................................... 262

Figura 157. Separação dos resíduos em canteiro de obras.................................... 263

Figura 158. Ecoponto............................................................................................... 263

Figura 159. Estrutura do modelo de gestão ambiental............................................ 265


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Figura 160. Marca Aço Verde.................................................................................. 274

Figura 161. Benefícios Inbound marketing.............................................................. 276

Figura 162. Divisão das receitas de mídia .............................................................. 278

Figura 163. Tempo gasto com internet.................................................................... 280

Figura 164. Organograma........................................................................................ 287

Figura 165. Localização do terreno de implantação da Avanzare.......................... 296

Figura 166. Corte B-B do projeto arquitetônico....................................................... 302

Figura 167. Dimensões do bloco............................................................................. 310

Figura 168. Ensaio dimensional com paquímetro eletrônico................................... 310

Figura 169. Ensaio de absorção de blocos com auxilio da balança hidrostática.... 314

Figura 170. Kit para ensaio de retração................................................................... 315

Figura 171. Detalhe do molde.................................................................................. 316

Figura 172. (a) Prisma capeado; (b) Prensa hidráulica realizando o ensaio de com-

pressão.................................................................................................................... 317

Figura 173. Curva ABC de serviços......................................................................... 324


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Lista de tabelas
Tabela 1. Déficit habitacional e seus componentes - 2017 ...................................... 46

Tabela 2. Comparação aço-bambu.......................................................................... 103

Tabela 3. Resistência mecânica de algumas espécies de bambu.......................... 105

Tabela 4. Vantagem competitiva.............................................................................. 173

Tabela 5. Cronograma de execução de obra.......................................................... 217

Tabela 6. Orçamento de obra.................................................................................. 226

Tabela 7. Custo de mão-de-obra ........................................................................... 227

Tabela 8. Custos fixos.............................................................................................. 227

Tabela 9. Custos variáveis....................................................................................... 228

Tabela 10. Aspectos Ambientais.............................................................................. 259

Tabela 11. Etapas de verificação............................................................................. 268

Tabela 12. Cronograma de divulgação.................................................................... 281

Tabela 13. gasto inicial............................................................................................. 282

Tabela 14. gasto mensal.......................................................................................... 283

Tabela 15. gasto anual............................................................................................. 283

Tabela 16. Demonstrativo de encargos e salários................................................... 292

Tabela 17. Índices urbanísticos da zona de transição............................................. 297

Tabela 18. Taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento.............................. 299

Tabela 19. Áreas do escritório................................................................................. 299

Tabela 20. Carga de telhados.................................................................................. 304

Tabela 21. Previsão de cargas................................................................................. 307

Tabela 22. Dimensões nominais...............................................................................311

Tabela 23. Designação por classe, largura dos blocos e espessura mínima das pare-

des dos blocos.........................................................................................................311

Tabela 24. Tamanho da amostra.............................................................................. 312

Tabela 25. Valores de Ø em função a quantidade de elementos de alvenaria....... 313

Tabela 26. Tabela ABC de Serviço.......................................................................... 323

Tabela 27. Abertura de empresa.............................................................................. 327


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Tabela 28. Registro de marca Aço verde................................................................. 327

Tabela 29. Registro de patente................................................................................ 327

Tabela 30. Móveis e utensílios.................................................................................328

Tabela 31. Máquinas e equipamentos......................................................................329

Tabela 32. Compra do terreno da empresa..............................................................329

Tabela 33. Construção da sede Avanzare............................................................... 330

Tabela 34. Reserva de capital de giro......................................................................330

Tabela 35. Total do investimento inicial....................................................................331

Tabela 36. Financiamento BNDES...........................................................................332

Tabela 37. Folha salarial..........................................................................................333

Tabela 38. Marketing e divulgação...........................................................................333

Tabela 39. Licença de softwares..............................................................................334

Tabela 40. Despesas administrativas.......................................................................334

Tabela 41. total de gastos fixos................................................................................334

Tabela 42. Enquadramento da Avanzare no simples nacional.................................335

Tabela 43. Preços por metro quadrado e valores de consultorias...........................335

Tabela 44. Construtoras/Incorporadoras..................................................................337

Tabela 45. Projeção de receitas...............................................................................338

Tabela 46. DRE gerencial primeiro ano....................................................................338

Tabela 47. Projeção de receitas...............................................................................339

Tabela 48. Fluxo de caixa anual...............................................................................339

Tabela 49. Projeção de receitas...............................................................................340

Tabela 50. Alvenaria estrutural com o aço............................................................... 343

Tabela 51. Alvenaria estrutural com bambu............................................................ 343

Tabela 52. Características principais dos projetos (padrão).................................... 344

Tabela 53. Comparação Alvenaria estrutural e Laje com Aço x Bambu................. 345

Tabela 54. Prazos de garantia................................................................................. 351


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Sumário
1. MARCA.................................................................................................................. 22
2. MISSÃO, VISÃO E VALORES............................................................................... 24
3. EQUIPE.................................................................................................................. 25
4. MANUAL DE IDENTIDADE................................................................................... 28
5. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 39
6. OBJETIVOS........................................................................................................... 41
7. IDENTIFICAÇÃO DA DOR ................................................................................... 45
8. PESQUISAS DE MERCADO ................................................................................ 53
9. MOVIMENTO BAMBU NO BRASIL ...................................................................... 62
10. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................... 67
11. SETOR............................................................................................................... 131
12. PESQUISA FOCUS GROUPS........................................................................... 143
13. SEGMENTAÇÃO DE CLIENTES....................................................................... 149
14. ATIVIDADES CHAVE......................................................................................... 175
15. BENCHMARKING ............................................................................................ 187
16. FORNECEDORES E PARCEIROS................................................................... 201
17. PROPOSTA DE VALOR..................................................................................... 216
18. RECEITAS E CUSTOS...................................................................................... 224
19. VALIDAÇÃO DA IDEIA....................................................................................... 230
20. SOBRE O NEGÓCIO......................................................................................... 240
21. PROPÓSITO...................................................................................................... 245
22. PATENTE........................................................................................................... 247
23. CADEIA PRODUTIVA DO BAMBU.................................................................... 250
24. PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL.................................................................... 257
25. PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO...................................................................271
26. PLANEJAMENTO DE RECURSOS HUMANOS .............................................. 286
27. MEMORIAL DESCRITIVO................................................................................. 295
28. ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE BLOCO ESTRUTURAL................................. 309
29. ORÇAMENTO DA OBRA................................................................................... 319
30. VIABILIDADE FINANCEIRA.............................................................................. 326
31. COMPARAÇÃO AÇO X BAMBU....................................................................... 343
32. MANUAL DO PROPRIETÁRIO.......................................................................... 349
33. CONCLUSÃO.................................................................................................... 365
34. REFERÊNCIAS.................................................................................................. 366
35. APÊNDICE......................................................................................................... 393
36. ANEXOS............................................................................................................ 401
21

MARCA
22

1.0 MARCA

avanzare
A Avanzare nasceu da
palavra “avançar” pois tem como
objetivo crescer junto com as
pessoas e com o mundo sempre
atuando de forma transparente e
inovadora e assumindo desafios que
transformar a vida das pessoas rumo
ao mundo mais ecológico e justo. O
azul representa nossa seriedade
e transparência enquanto o verde
revela nosso papel ecológico e vital
na vida das pessoas.
23

MISSÃO, VISÃO
E VALORES
24

2. MISSÃO, VISÃO E VALORES

Missão
• Atender as necessidades de
moradia e segurança das pessoas
com preço justo, utilizando recursos
ecológicos aliados a tecnologia
poupando tempo e garantindo o bem
estar da sociedade e do planeta.

Visão
• Ser a maior e mais inovadora
construtora do Brasil, referência em
qualidade e custo benefício.

Valores
• Transparência, respeito e seriedade
com nossos clientes, parceiros e
fornecedores.
• Excelência em qualidade e inovação.
• Melhoria contínua na gestão de
pessoas e processos.
25

3. EQUIPE

Graduando em engenharia de produção,


graduado em medicina veterinária com MBA em
agronegócio pela Esalq/USP. Possui experiências
nas áreas de gestão da qualidade (ISO 9001),
planejamento de controle da produção (PCP)
e produção fabril. Contribuirá no projeto com a
idealização e concepção da estratégia de supply
chain da matéria prima a ser utilizada no projeto.
BRUNO AGUIAR

Graduando em design gráfico, possui


experiência em agência de propaganda e atua
como designer freelancer. Contribuirá com o projeto
criando e gerenciado o branding e identidade visual
da marca Avanzare, além de ter função estratégica
na construção de projetos visuais sólidos que
gerem reconhecimento e influência para a marca
BRUNO ROCHA no mercado.

Graduando em engenharia civil, atua na área


da construção civil a quase 10 anos. Contribuirá
com o planejamento e execução dos projetos
estruturais e das instalações hidráulica, trazendo
eficiência e qualidade para Avanzare.

EZEQUIEL RODRIGUES
26

Graduanda do curso de Engenharia


Ambiental, possui experiência em administração
e atendimento ao cliente em uma empresa de
callcenter. Contribuíra para o projeto final em propor
mudanças na construção analisando os impactos
que podem ser gerados, propor alternativas
sustentáveis com o objetivo de garantir certificados
verdes e gerenciamento dos resíduos.
LORRAINE DUARTE

Graduanda do curso de engenharia


civil, atuante na área de análise de projetos de
obras públicas e privadas, com experiência em
elaboração de projetos através de ferramentas de
desenho assistido por computadores. Contribuirá
para o projeto final no desenvolvimento do projeto
arquitetônico e co-criação do design de interiores.
LUANA SAMPAIO
Graduando em engenharia civil, sua
experiência se baseia em gestão de projetos e
vendas. Na Avanzare, atuará na área comercial
como intermediador no relacionamento com os
clientes, proporcionando clareza no entendimento
do projeto com foco em fechamento de parcerias
e suporte em pós-venda.
MATHEUS ALMEIDA
27

MANUAL
DE IDENTIDADE
28

4. MANUAL DE IDENTIDADE

A
identidade visual é o patrimônio mais rico de uma empresa pois é
através dela que a marca transmite todas as suas crenças e valores
e é tambem o meio pelo qual será reconhecida pelos seus clientes,
funcionários, parceiros e fornecedores.

Com o objetivo de estabelecer padrões e criar regras de aplicação para evitar


que a marca perca sua essência com o decorres do tempo criamos esse manual que
vai garantir a uniformidade e coerência da marca Avanzare

Avanzare é uma palavra de origem italiana que significa avançar em nosso


idioma, de acordo com o dicionário Aurélio é o mesmo que “Continuar, progredir”,
“Caminhar para diante”, “Sobressair, fazer saliência”. O logo foi desenvolvido através
da composição harmônica entre as letras “A” e “V” que são as letras iniciais da marca
Avanzare.

Foi utilizado para a criação da marca a fonte sem serifa Futura Bk BT desenhada
por Paul Renner entre 1924 e 1926, a fonte tem características geométricas muito
utilizado no estilo Bauhaus além disso ela é sólida e elegante sendo uma das preferidas
dos designers vanguardistas. Acredita-se devido a seus traços que foi desenvolvida
por Renner com régua e compasso inspirado em inscrições da Grécia clássica. Os
desenhos originais de Renner estão hoje em Barcelona na Fundición Tipográfica
Neufville.

avanzare
29

Construção
O símbolo da marca foi construído utilizando-se as letras A e V com traços
inspirados no formato das folhas de bambu.

A+V+ =
30

Versões da Marca
Existem duas versões da marca que são a vertical (quadrada) e horizontal
(retangular).

avanzare
avanzare

Quando não é possível aplicar a marca colorida pode-se usar a versão


monocromática em preto ou branco.

avanzare avanzare

avanzare avanzare
31

Cores Institucionais

CMYK
C - 100
M-0
Y-0
#009DE0
K-0 #009DE0

RGB
R - 100
G - 160
B - 225

CMYK
C - 75
M-0
Y - 100
K-0 #6DAA41
RGB
R - 110
G - 170
B - 65
32

Proibições

Não alterar a tipografia Não distorcer a marca

avanzare avanzare
Não alterar as cores Não alterar o tamanho, o desenho e
a localização do símbolo

avanzare avanzare
Não aplicar sobre fundos que atrapalhem Não usar a marca sem o símbolo
a legibilidade

z a re
av an
Não usar contornos Não girar a marca
33

Margem de Segurança

A margem de segurança e a redução máxima devem ser respeitadas em todas


as aplicações da marca garantindo assim uma boa legibilidade.

a
a

avanzare
a
a
a
a

avanzare
a
Redução Máxima

avanzare
2 cm

avanzare
3 cm
34

Aplicações
35
36
37
38

INTRODUÇÃO
39

5. INTRODUÇÃO

O
setor a ser estudado e analisado durante o projeto será o da
construção civil. Este foi escolhido inicialmente por ser um setor em
constante crescimento devido à elevada aglomeração urbana, além
de representar elevado valor na economia brasileira, apresentando-se assim como
um bom indicador de desenvolvimento do país.
A construção civil exige uma grande demanda de matéria prima que deve ser
extraída e devolvida ao meio ambiente adequadamente. Mas o que se vê na realidade
é que o planeta sofre cada vez mais com as ações não pensadas do ser humano. O
aço provindo da mineração faz parte de um dos processos que geram mais resíduos
prejudiciais à Terra e as fontes minerais tendem a ficar cada vez mais escassas,
já que, uma vez utilizada, tal fonte não pode ser renovada, tornando todo o terreno
minerado inaproveitável por vários anos.
A busca pelo aço, além de ser causa de tragédias ambientais, representa um
custo que aumenta com grande força neste século. A tendência à escassez desse
material faz com que a elevação de seu valor seja exponencial, e, consequentemente,
represente um custo maior para as construtoras.
Felizmente nosso planeta oferece naturalmente outros materiais que podem
substituir o aço e promovem soluções sustentáveis com materiais que podem ser
renovados facilmente e com baixa produção de resíduos. As madeiras já são utilizadas
como peças estruturais há séculos, com eficiência estrutural aprovada pelos maiores
engenheiros do mundo. Ipê, Rosadinho, Itaúba e Eucalipto são exemplos de madeiras
normalmente utilizadas atualmente e novas espécies são estudadas em diversos
lugares do mundo, uma delas é o Bambu.
40

OBJETIVOS
41

6. OBJETIVOS

N
o Brasil nas décadas de 60 e 80 ocorreu um grande movimento de
migração da população rural para as cidades, chamado de Êxodo
Rural. Motivado pelo processo de mecanização do campo, no qual a
mão de obra humana passou a ser trocada por máquinas, como consequência elevou
as taxas de desemprego e a população teve que buscar por melhores oportunidades
nas cidades em desenvolvimento.
Devido à migração interna, no país houve uma aceleração da urbanização,
que aconteceu de forma concentrada em direção às metrópoles do país, visto que
elas possuíam uma maior atratividade econômica e alta industrialização. No entanto,
o processo de crescimento das periferias urbanas passou a crescer, contribuindo
para a construção de moradias irregulares e elevação do número de favelas nas
metrópoles. Além disso, é possível perceber o impacto ambiental que é causado pela
urbanização, como poluição das águas dos córregos e rios, degradação do solo, perda
da biodiversidade, poluição atmosférica e outros.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) no ano de
2015, 84,72% da população moram em áreas urbanas e 15,28% vivem nas áreas rurais.
Com um maior número de habitantes nas cidades, é preciso investir em moradias que
possam atendê-los, pois, de acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras
Imobiliárias ABRAINC (2018), em 2017 o déficit habitacional foi de 7,77 milhões de
unidades.
Apesar das taxas menores e de programas como o Minha Casa, Minha Vida,
o mercado de imóveis ainda é inacessível para uma parcela da população de baixa
renda. Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em 2012,
aponta que cerca de 60% das famílias apresentam pelo menos um obstáculo para
comprar um imóvel. Nesses casos, a baixa oferta de moradias do setor privado com
42

preços acessíveis é a grande responsável pela situação.


Assim, com base na elevada demanda de residências, comprova-se a existência
de um mercado imobiliário, que, segundo dados do SBPE (Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimo), girou cerca de R$ 57 bilhões na compra e construção de
imóveis no ano de 2018.
Existem atualmente empresas atuantes na produção de residências,
constantemente. Estas empresas são as construtoras que atendem um mercado
sempre em expansão, portanto, quanto mais rápido uma construtora consegue
entregar o produto ao seu cliente, mais rápido poderá trabalhar no próximo pedido,
gerando assim uma lucratividade cada vez maior ao longo do tempo.
Com a evolução dos métodos construtivos, as construtoras estão em constante
adaptação aos novos recursos e tecnologias. O método construtivo Wood Frame,
que utiliza madeiras na estrutura de residências, foi trazido para o Brasil em 2009
por engenheiros que visitaram a Europa e constataram a eficiência do método já
consolidado há mais de 100 anos em países como EUA, Alemanha, Canadá, Chile,
entre outros. É constatado que a execução da obra em Wood Frame pode reduzir
em até seis vezes o prazo de entrega, proporcionando assim economia de tempo e
orçamento.
Além do benefício financeiro, a utilização de tecnologias sustentáveis é uma
opção cada vez mais utilizada devido à tendência da escassez e consequente elevação
do preço dos materiais não renováveis em geral (Petróleo, aço, carvão, etc.).
Atualmente no Brasil, é crescente a importação de técnicas internacionais de
construção que não são utilizadas em território nacional até o momento por questão
tradição. A partir do século XXI, por conta da facilidade da obtenção de informações
rapidamente, os métodos alternativos e ecológicos têm se espalhado por todo o
mundo, transformando o velho mundo de construções em ditas obras do novo século.
O engenheiro civil brasileiro, Vitor Hugo Silva Marçal, tem colocado em discussão
junto à ABNT a elaboração de normas técnicas nacionais específicas para construções
utilizando o bambu como elemento estrutural. De acordo com o coordenador, existem
aspectos já tratados em outros países que podem ser observados, porém a criação
de estudos com base nas características próprias do território nacional é necessária.
Foi pensando nestas situações que a Avanzare traçou seus objetivos:
43

Objetivo Principal
Reduzir o déficit habitacional através da construção de casas populares para
famílias de baixa renda, que recebam até três salários mínimos.

Objetivo Secundário
Tornar nossas construções mais ecológicas, através da substituição de
estruturas convencionais por novas técnicas estruturais que utilizam materiais
sustentáveis, realizando a troca do aço pelo bambu. O bambu não é reconhecido pela
ABNT como material construtivo, porém para a sua utilização teremos como referência
normas e métodos construtivos internacionais que possibilitem a construção de casas
com segurança.

Objetivo Terciário
Disponibilizar no mercado atual imóveis com preços mais acessíveis e com
condições de pagamento diferenciadas, de forma que seja possível o acesso da
população de baixa renda a casa própria.
44

IDENTIFICAÇÃO
DA DOR
45

7. IDENTIFICAÇÃO DA DOR

A
través dos levantamentos realizados, foi constatada uma deficiência
no setor imobiliário da construção civil em conjunto com processos de
fabricação de matérias primas de alto impacto ambiental. Nossa dor foi
comprovada através de notícias, pesquisas, inovações e possibilidades de tendências
de mercado.

7.1 JUSTIFICATIVA

7.1.1 Déficit Habitacional

O conceito de déficit habitacional está relacionado a famílias que vivem em


moradias precárias ou que não possuem moradias. Este conceito leva em consideração
as moradias inadequadas que foram feitas com materiais improvisados e não duráveis,
lugares que não foram destinados para morar e uma grande quantidade de pessoas
residindo em um espaço pequeno.
O cálculo do déficit habitacional não considera casas que não tem acesso
a água, esgoto e luz. Para calculá-lo, são analisadas as habitações improvisadas,
coabitação familiar, comprometimento da renda familiar com o custo do aluguel e
residências alugadas com mais de três pessoas por dormitório. Portanto, ele pode ser
usado como um indicador, tanto para necessidade de reposição do domicílio, quanto
para necessidade de ampliação do estoque de moradias.
De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias ABRAINC
(2018), em 2017 o déficit habitacional foi de 7,77 milhões de unidades. Entre seus
componentes destaca-se a concentração no ônus excessivo com o aluguel (42,3%),
a coabitação familiar (41,3%), habitação precária (12,4%), seguida pelo adensamento
46

excessivo (3,9%), conforme é visto na tabela 1.


Tabela 1 – Déficit habitacional e seus componentes - 2017

Fonte: ABRAINC (2018).

Essa situação está vinculada principalmente ao crescimento de famílias que


comprometem cerca de 30% de sua renda no aluguel do imóvel. Nos últimos dez anos
o ônus excessivo com aluguel passou de 24,2% para 42,3%, o que representa um
aumento de 1,5 milhões de domicílios. Este quadro tende a se agravar nos grandes
centros urbanos devido a uma maior valorização do mercado imobiliário.
Posteriormente, temos a coabitação familiar que considera os cômodos e as
famílias secundárias que residem em conjunto, necessitando assim de novas moradias
para manterem sua privacidade.
E como terceira causa, mas não menos importante, observa-se a habitação
precária, que corresponde a moradias improvisadas que não tem nenhuma orientação
de profissionais da engenharia colocando os moradores expostos a riscos.
Dados atuais apontam que o déficit de 2017 ultrapassou os valores obtidos
em anos anteriores, de modo a apresentar um crescimento correspondente a 7% em
apenas dez anos, de 2007 a 2017, conforme representado na figura 1.
47

Figura 1 – Evolução do déficit habitacional total (número de unidades) 2007-2017

Fonte: ABRAINC (2018).

Em relação à distribuição do déficit total por faixas de renda, observa-se uma


maior concentração nas faixas de até três salários mínimos, seguida pelas camadas
de renda até um salário mínimo. Ambas as faixas correspondem por 91,7% do déficit
total, também representam 100% das unidades com ônus excessivo com o pagamento
de aluguel e dos domicílios improvisados.

Figura 2 – Distribuição do déficit habitacional por faixa de renda familiar – 2017

Fonte: ABRAINC (2018).


48

Esses resultados comprovam a ocorrência de carências habitacionais no país,


bem como a urgência em priorizar políticas públicas voltadas ao saneamento das
necessidades habitacionais das famílias com faixas de renda mais baixas. Atualmente
os programas de financiamento habitacional para a população de baixa renda reduziram
o crédito imobiliário, mas a crise econômica contribuiu com a alta do desemprego
e com a queda da renda das famílias, dificultando cada vez mais o acesso à casa
própria para milhares de brasileiros.
Na cidade de Uberlândia, localizada no triângulo mineiro (MG) a situação não
é diferente das pesquisas. Segundo apuração do MINEIRO, G1 Triangulo (2015), o
déficit chega a 25 mil.
Atualmente cerca de 10.761 famílias estão inscritas no programa “Tchau aluguel”
da Prefeitura municipal de Uberlândia, que contempla residências para famílias que
possuem renda entre R$1.200 e R$2.600. O programa se encontra inviável, pois, das
1.216 famílias foram aprovadas na triagem, apenas 123 passaram na análise de crédito
da Caixa Econômica.
Dessa maneira, conseguimos entender as questões envolvidas ao déficit
habitacional na atualidade. Ele alcançou indicadores relevantes a partir da Revolução
Industrial, onde a população menos desprovida de bens buscava alcançar as grandes
cidades em busca de melhores condições de vida.
Desde então seu aumento é progressivo, impulsionado pelo crescimento da
desigualdade social, além das crises econômicas que agravam a situação de majoração
da construção civil, mantendo a construção de moradias abaixo do déficit habitacional
e assim causando insegurança econômica, de modo que os bancos retraem o crédito
imobiliário e aumentam as taxas de juros. Portanto, a conquista da casa própria tende
a ficar cada vez mais distante da população de baixa renda.

7.1.2 O Aço na Construção Civil

A indústria da construção civil e o desenvolvimento econômico caminham lado


a lado, pois ela é capaz de elevar a economia, contribuir para um cenário com políticas
de crédito favoráveis, o que aumenta a geração de empregos resultando em fatores
econômicos e sociais benéficos para o país.
Por outro lado, a construção civil apresenta-se como grande geradora de
impactos ambientais através do consumo de recursos naturais na produção de
matérias-primas, pela modificação do meio natural e pela geração de resíduos. De
49

acordo com o economista e mestre em tecnologia ambiental Elcio Carelli, 60% dos
resíduos produzidos no Brasil são da construção civil.
A produção de matéria prima de construção gera altos níveis de poeira e gás
carbônico, como por exemplo o cimento, visto que para cada tonelada produzida são
liberados 600 kg de gás carbônico na atmosfera, gás este responsável por intensificar
o aquecimento global. Além disso, a poluição sonora nos canteiros de obra gera
desconforto para a população vizinha.
O aço tem sua extração derivada de atividade mineradora, que por sua vez
origina buracos de até 50 metros de profundidade, ocorrendo assim a remoção
da vegetação nativa, tornando o solo estéril, facilitando processos erosivos e de
assoreamentos.

7.1.2.1 Ciclo do Aço

O aço é uma liga feita a partir do ferro que tem uma grande importância na
indústria por ser um elemento abundante na terra e é extraído em minas de galerias
subterrâneas ou céu aberto.
Figura 3. Galeria subterrânea

Fonte: Técnico e Monitoração (2015).

Figura 4. Mina a céu aberto

Fonte: Técnico e Monitoração (2015).


50

Para produzir o aço é preciso ter as principais matérias primas a hematita


(minério de ferro) e o carvão mineral, que passam pelas seguintes etapas.

• Coqueificação: surge um coque, que é um material poroso com elevada


quantidade de carbono, alto ponto de fusão e grande resistência mecânica.
• Sinterização: é preparado o minério de ferro, observando a sua
granulometria.
• Alto forno: ocorre a produção do aço, o minério de ferro é reduzido com
a utilização do coque metalúrgico formando o ferro gusa.
• Aciaria: dentro de um conversor é injetado oxigênio puro sob pressão no
ferro gusa, assim ocorre a transformação do ferro gusa em aço.
• Lingotamento: o aço líquido é direcionado para moldes até se solidificar.
• Laminação: os ligotes são transformados em chapas.

Após essas etapas o aço pode ser utilizado nos setores da economia, seja no
transporte, na agricultura, construção civil, alimentação e na área da saúde.

7.1.2.2 O aço e suas vantagens e desvantagens

O aço é utilizado na construção civil devido a sua resistência, podendo ser aplicado
como corpo estrutural (vigas, pilares e treliças) ou como armaduras no concreto armado.
Ele apresenta uma facilidade no transporte, manuseio, reaproveitamento e reduz o tempo
de obra.
Porém, uma das desvantagens está no processo de mineração que causa diversos
impactos ambientais como: poluição dos recursos hídricos, remoção da vegetação,
contaminação do solo, poluição do ar e poluição sonora.
Segundo um relatório divulgado pela Agência Nacional das Águas (ANA), existem
790 barragens de mineração registradas no Brasil, sendo que 204 tem alto índice de dano
ambiental ou para a população caso ocorra um acidente. O país ainda sofre com uma
defasagem no sistema de segurança e monitoramento das barragens existentes, tendo
ocorrido nos últimos três anos o rompimento de duas barragens no estado de Minas
Gerais, barragens da Vale em Mariana e em Brumadinho.
Os impactos ambientais e sociais causados por essas tragédias ainda estão longe
de serem solucionados, já que os rejeitos varreram as cidades e invadiram os rios das
51

regiões próximas acabando não só com a fauna e a flora, mas também com centenas de
vidas humanas que foram soterradas por esses rejeitos.
Figura 5. Tragédia Brumadinho

Fonte: G1 (2019)

Em 2017, o valor do aço aumentou 12,75% sob a justificativa de alta no minério


de ferro, o que repercutiu diretamente em crise no mercado da construção civil, visto
que é um setor que normalmente depende em grande dessa matéria-prima. No mesmo
ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia, a construção civil teve queda
acumulada de 14,3%.
Portanto, é importante destacar a necessidade de pesquisas e estudos que
viabilizem materiais renováveis, que possam atuar nessa cadeia em substituição ao aço.
52

PESQUISAS
DE MERCADO
53

8. PESQUISAS DE MERCADO

8.1 Pesquisas primárias

P
esquisa de mercado é um estudo que coleta uma amostra de opiniões
de um público, com o intuito de ter um auxílio na tomada de decisões,
partindo de um determinado problema ou dúvida.
Em uma grande ou pequena empresa são tomadas várias decisões, o conjunto
delas ajudam a compreender se haverá êxito ou fracasso do empreendimento. Dessa
forma, torna-se necessário ter o maior e mais exato número de informações possíveis
para uma melhor interpretação da movimentação de mercado.
A pesquisa primária, chamada de “pesquisa de campo”, consiste na coleta,
análise de informações e dados que ainda não estão disponíveis, gerando assim seus
próprios conjuntos de dados e informações.
Portanto, o objetivo geral da pesquisa é expor a dor de mercado do setor
imobiliário da construção civil através do método de pesquisa quantitativa, exibindo
dados padronizados que comprovem a demanda e a viabilidade do projeto.
Foi visado nas pesquisas, encontrar qual é o público alvo em potencial, seus
motivos e suas queixas a respeito do mercado imobiliário, além do quanto nosso
produto final pode atender às suas expectativas.

8.2 Pesquisa por meio digital

Foi realizado uma pesquisa primária em meio digital, exposta em forma de


questionário e respondida por 72 pessoas aleatórias, cujas informações foram
expostas de acordo os dados a seguir:
54

• Qual a sua idade?

Figura 6. Gráfico da idade dos entrevistados

Fonte: Autores (2019).

Por quê? É importante entender a idade predominante dos entrevistados.


Para quê? Possamos definir melhores projetos e estratégias de vendas
dependendo da idade.

• Qual a sua renda aproximada?

Figura 7. Gráfico da renda dos entrevistados

Fonte: Autores (2019).

Por quê? É preciso saber o quanto uma pessoa tem para investir em um imóvel.
55

Para quê? Para que possamos construir projetos que atendam o público
encontrado.
• Qual a alternativa corresponde a sua residência atual?

Figura 8. Gráfico da situação residencial dos entrevistados

Fonte: Autores (2019).

Por quê? Precisamos saber qual a condição de moradia a pessoa se encontra.


Para quê? Caso more de aluguel ou imóvel cedido, a Avanzare poderá direcionar
melhor seus esforços de venda já que essas pessoas tem uma probabilidade maior de
comprar um imóvel.
• Selecione três itens mais importantes para você na compra de um imóvel.

Figura 9. Características importantes escolhidas pelos entrevistados

Fonte: Autores (2019).

Por quê? Precisamos saber quais fatores impactam na escolha do cliente.


56

Para quê? Para que possamos traçar as nossas estratégias.

• O que você pensa sobre a utilização do aço na construção civil?

Figura 10. Opinião dos entrevistados sobre o aço

Fonte: Autores (2019).

Por quê? É preciso saber a aceitação da população quanto ao uso do material.


Para quê? Para que a construtora possa decidir se usa ou não o material.

• Você já ouviu falar de matérias-primas sustentáveis na construção de


uma residência?

Figura 11. Conhecimentos os entrevistados sobre matérias-primas sustentáveis

Fonte: Autores (2019).

Por quê? O conhecimento que a pessoa tem sobre o assunto é importante na


57

decisão de compra.
Para quê? Caso seja importante para as pessoas, a Avanzare poderá atuar
com mais força em projetos sustentáveis.

• Se sim, quais?
Figura 12. Tipos de matérias-primas conhecidas pelos entrevistados

Fonte: Autores (2019).

Por quê? É necessário saber quais materiais sustentáveis as pessoas


conhecem.
Para quê? A Avanzare possa avaliar o uso dos materiais citados nos projetos
desenvolvidos.
• Você já ouviu falar sobre construções com bambu?

Figura 13. Conhecimento dos entrevistados sobre construções com bambu

Fonte: Autores (2019).


58

Por quê? O conhecimento da população está diretamente ligado a aceitação.


Para quê? Para dimensionar o quão necessário será os esforços de marketing
para vender as casas.

• O que você pensa sobre o assunto?

Figura 14. Opinião dos entrevistados sobre a aplicação do bambu nas construções

Fonte: Autores (2019).

Por quê? Esse é o foco do projeto é importante saber detalhadamente a visão


de cada um.
Para quê? Para que a Avanzare possa prosseguir com um projeto de construção
sólido que atenda às necessidades das pessoas.

• Você compraria uma casa que tivesse parte da sua estrutura de aço
substituída pelo bambu?
59

Figura 15. Gráfico de aceitação da utilização do bambu na estrutura

Fonte: Autores (2019).

Por quê? É preciso saber qual o grau de aceitação do produto que será
desenvolvido.
Para quê? Caso não seja aceito, teremos que utilizar outros materiais em
substituição ao bambu.

• Se não, por quê?

Figura 16. Justificativas dos entrevistados que não concordam com a utilização do bambu

Fonte: Autores (2019).


60

Por quê? É preciso saber a natureza do motivo.


Para quê? A construtora possa direcionar esforços para uma maior aceitação
dessas pessoas quanto ao uso do bambu.

8.3 Conclusão

A pesquisa mostrou dados importantes e favoráveis ao projeto. Primeiramente


perguntou-se a faixa etária que se enquadram os entrevistados, mostrando significativa
relevância do público dos 18 aos 30 anos. Foi questionado qual a renda mensal, com
grande predominância para até dois salários mínimos.
Como foi observado na pesquisa, apenas 29% dos entrevistados possuem
moradia própria, mostrando que a maioria mora em imóvel alugado, cedido ou
financiado. Pediu-se para que selecionassem os três itens mais importantes na compra
do imóvel, e como resposta aos itens mais importantes foram a localização do imóvel
(29%), condições de pagamento e o valor do imóvel (27%), e arquitetura e acabamento
(17%).
Em relação a utilização do aço na construção civil, foi perguntado a opinião dos
entrevistados sobre essa matéria prima, 40,6% informaram que ele é essencial. Então
foi questionado se os entrevistados já ouviram falar em matérias primas sustentáveis
na construção de uma residência, 50% responderam sim, e citaram o uso de tijolos
ecológico e telhas representando 40% das respostas.
Visto que o bambu é uma das principais matérias-primas a ser utilizada na
construção de casas, questionamos se eles já ouviram falar de construções com
bambu e 51% responderam que sim. Foi perguntado a opinião dos entrevistados sobre
o bambu, 42% acharam o bambu um material inovador e interessante.
Dessa forma questionamos se eles comprariam uma casa que tivesse parte da
sua estrutura de aço substituída pelo bambu e 70% compraria a casa. Em relação aos
entrevistados que não comprariam o imóvel, 27% informaram que não apresentam
conhecimento sobre o assunto e 27% disseram que o bambu não oferece a mesma
resistência que o aço.
Apesar da pesquisa ser favorável ao projeto, identificamos uma falta de
conhecimento da população e que pode ser um obstáculo a ser enfrentado, pois ainda
existe uma grande parte da população que não tem conhecimento sobre materiais
renováveis, e os novos métodos construtivos que são inseridos no país ainda são
vistos com receio pela população.
61

MOVIMENTO BAMBU
NO BRASIL
62

9. MOVIMENTO BAMBU NO BRASIL

O
bambu é o nome que se dá às plantas da família das gramíneas
Gramineae e subfamília Bambusoideae. Essa subfamília se subdivide
em duas tribos, a Bambuseae (os bambus chamados de lenhosos) e
a Olyrae (os bambus chamados herbáceos). É um vegetal com mais de 200 milhões
de anos de existência e que possui 1.300 espécies diferentes, sendo que destas 50
foram domesticadas pelo homem e 38 são atualmente estudadas.
Conforme estudiosos desta planta, Hans Kleine e Celso Foelkel, os colmos do
bambu, sem casca e geralmente ocos, são constituídos por tecido lenhoso em formato
cilíndrico segmentado, formando nós e entrenós. Na parte superior dos colmos forma-
se a copa, composta por ramos laterais, que sustentam a folhagem. Além disso,
suas fibras celulósicas têm comprimento médio de 1,6 a 3,5 mm e largura média de
15 a 20 micrômetros. É uma planta predominantemente tropical e que cresce mais
rapidamente do que qualquer outra planta do planeta, necessitando, em média, de
três a seis meses para que um broto atinja sua altura máxima, de até 30 m, para as
espécies denominadas gigantes (FARRELY, 1984).
A maioria das espécies nativas se encontram nos continentes asiático e
americano, podendo ser cultivado em locais com 0 a 3.800 metros de altitude,
índice pluviométrico de 500 a 4500 mm/ano, temperatura média entre -15ºC e 40ºC,
enfrentando umidade relativa de 35% a 100%, com melhor produtividade em solos de
pH entre 4,5 e 7,5, ou seja, se adaptam bem em diferentes regiões do país.
O bambu tem um histórico no Brasil de ser pouco valorizado como matéria-
prima, quase sempre sendo oferecido já como produto acabado, na forma de cestos,
varas de pescar, móveis, objetos de decoração, divisórias, etc. Tipicamente feitos de
modo artesanal, em pequena escala e de pouco valor agregado. Ele já é utilizado
há muitos anos como alimentos, paredes, telhas, pontes, embarcações, construção
63

de casas, entre outras. Na Ásia o bambu é considerado o ouro verde da floresta,


porém no Brasil ainda é visto como a madeira dos pobres. Mas esse pensamento tem
mudado no país, pois existem grupos de pesquisadores que tem realizado pesquisas
sobre as propriedades dessa gramínea e suas aplicações.
No país, a atividade florestal é dominada pela cultura do eucalipto (mais de 6
milhões de hectares) com finalidade para o mercado de celulose e madeira processada
ou serrada. Para a cultura do bambu, ainda há uma atividade modesta, com cerca de
30.000 hectares no Maranhão, destinada para indústria de papel e celulose (espécie
especifica) e menos de 400 hectares de bambu para construção, artesanato e moveis
plantados de forma esparsa pelo centro oeste, sudeste e sul. Recentemente novas
iniciativas têm surgido no sentido de aumentar este mercado.

9.1 Incentivo do Bambu no Brasil

Em 2005 ocorreram eventos importantes como o Encontro Brasileiro em


Madeiras e em Estruturas de Madeira (EBRAMEM), Non-Conventional Materials and
Technologies (NOCMAT) e o Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola (CONBEA),
que dedicaram a apresentar em suas programações projetos e pesquisas sobre
o bambu, do mesmo modo, instituições financeiras como Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq ) tem financiado os estudos.
No ano de 2008 foi criado a Rede Brasileira do Bambu (RBB) com o objetivo de
unir todos interessados em estudar o bambu.
O Governo brasileiro e a China firmaram um acordo em 2011, para incentivar
a cooperação bilateral em Ciência e Tecnologia, com o propósito de compartilhar
conhecimento e tecnologia desde ao cultivo e aplicação do bambu para consolidar um
mercado no país. Além disso, foi sancionada a Lei Federal N° 12.484 para incentivar o
manejo e cultivo dessa gramínea, já que o país possui clima favorável e as áreas que
se encontram degradadas podem ser utilizadas para o plantio de diferentes espécies,
proporcionando uma solução para a questão ambiental, econômica e social.
Em 2014, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
divulgou um edital com o intuito de ampliar as informações sobre a gramínea e permitir
que outros grupos de pesquisas fizessem parte do projeto e recebessem financiamento.
Em um seminário realizado pela Rede brasileira do Bambu no ano de 2015,
foram mostrados os resultados das pesquisas realizadas na ABNT em relação a sua
aplicação em estruturas e no tratamento de esgotos. Essas ações têm sido de grande
64

importância para o reconhecimento desse material, pois na década de 60 foram feitos


estudos similares que estimularam o uso do eucalipto e seu plantio, e atualmente é
encontrado com facilidade no mercado.

9.2 Boletim ABNT

Figura 17 e 18 – Bambu: A novidade

Fonte: Boletim ABNT (2018)

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) divulgou em seu boletim


em 2018 visto na figura 17, informações sobre o processo de elaboração de duas
normas técnicas referente a ensaios de caracterização física e mecânica do bambu e
projetos de estruturas.
As normas estão sendo elaboradas pela coordenação do engenheiro civil
Normando Perazzo Barbosa, que deixa claro no boletim que é preciso avaliar as
particularidades que o Brasil possui, utilizando como base as pesquisas que foram
realizadas em universidades brasileiras e a experiência de construtores e arquitetos
que participam da Comissão de Estudo.
A cada dois meses são realizadas reuniões pela Comissão de Estudo, nas
quais participam professores, estudantes, profissionais da cadeia produtiva de
bambu, representantes da Rede Brasileira do Bambu (RBB), Associação Brasileira
de Produtores de Bambu e da Rede bambu Goiás, com o objetivo de compartilhar
conhecimento para que seja possível elaborar as normas técnicas.
O engenheiro civil Vitor Hugo Silva Marçal, secretário da Comissão de Estudos,
discorre sobre o potencial do bambu que é utilizado em países da América do Sul
como Colômbia, Equador e Peru que tem a cultura de construir com esse material de
maneira correta, durável e segura. Ele afirma que essa gramínea pode agregar nos
métodos construtivos, pois o bambu junto ao concreto armado e sistemas estruturais
65

de aço são eficientes, desde que recebam tratamento adequado para manter a sua
durabilidade, podendo ser vista em obras noutros países.

9.3 Conclusão

Através desses dados relatados, pode-se perceber os esforços e a cooperação


de profissionais, associações e estudantes em mostrar que o bambu não é um material
sinônimo de pobreza, e sim destacar a suas propriedades, resistência de uma matéria-
prima renovável que pode ser utilizada em benefício para o futuro das construções
civis.
Em contato com o engenheiro civil Normando Perazzo Barbosa através de
e-mail, elogiou a ideia de projeto, destacando a importância de sonhar em um país onde
a riqueza está concentrada nas mãos de poucas pessoas, onde o déficit habitacional
é um problema real. Porém, fez algumas ressalvas quanto ao valor do tratamento do
bambu, se o método construtivo que estamos propondo é mais barato que os métodos
convencionais e o treinamento da mão de obra que deve ser especializada.
Em conversa com o consultor e pesquisador em bambus, Moises Medeiros,
indicou artigos para o desenvolvimento do trabalho e falou sobre o desafio em
desenvolver projetos sustentáveis utilizando esse material e citou um ditado colombiano
que diz: “Uma boa casa de bambu tem que ter uma boa bota e um chapéu de abas
largas”, o que significa a estrutura tem que ser elevada e os telhados amplos para
proteger do sol, chuva e umidade, como na casa demonstrada na figura 19.

Figura 19: Casa de bambu

Fonte: BambuSC (2009)


66

REFERENCIAL
TEÓRICO
67

10. REFERENCIAL TEÓRICO

O
setor da construção civil é um tema discutido por grandes estudiosos,
não só da era contemporânea, pois são desenvolvidas técnicas
construtivas desde que o ser humano decidiu construir um lugar
para se proteger e descansar, utilizando sempre materiais encontrados na natureza.
Registros mencionam que há 5 mil anos, na Mesopotâmia, foram construídos edifícios,
pavimentações, templos, canais de irrigação e as primeiras pontes feitas apenas com
pedras.
Com o passar dos anos as técnicas de construção passaram por diversos
avanços, sempre encaminhando o desenvolvimento para descobertas de novos
materiais que fossem tão eficientes quanto os utilizados até então. Um exemplo disso
seria o concreto, criado pelos romanos a partir de uma mistura constituída por cinzas
vulcânicas.
Após a Revolução Industrial, houve uma grande migração da população do
campo para a cidade, o que tornou necessário investimentos em infraestrutura para
melhor adequação da aglomeração urbana. Dessa forma, foi utilizado o aço como
material estrutural devido a sua resistência e compatibilidade para uso em conjunto ao
concreto. A partir do século XX, o avanço das técnicas construtivas passou a evoluir de
forma exponencial, por meio do acesso a informações e pesquisas.
No Brasil, o método construtivo mais utilizado é a alvenaria convencional de
vedação, constituída de blocos cerâmicos vazados, tradicionalmente chamados de
tijolos, existindo também alguns outros, cada qual com seus pontos positivos e negativos
que serão descritos.
68

10.1 Alvenaria convencional de vedação

Normalmente utilizada em sistemas estruturais de concreto armado, é também


conhecida somente como alvenaria de vedação, caracterizada pela utilização de vigas,
pilares e lajes de concreto armado com armadura inserida na estrutura, formando
assim o concreto armado, material conhecido por dar sustentação às edificações. A
vedação é feita tradicionalmente com blocos cerâmicos, conforme a Figura 20, tendo a
função apenas de vedar a estrutura e dividir os ambientes.
Este método é bastante utilizado no Brasil devido à facilidade na contratação
da mão de obra, sendo fácil o aprendizado da construção com o acompanhamento de
um profissional qualificado. Em contrapartida, a produção de resíduos é elevada, exige
maior tempo e consequentemente elevado custo de obra.

Figura 20 – Alvenaria convencional

Fonte: Guia do Construtor (2018).

10.2 Alvenaria estrutural

A alvenaria estrutural é caracterizada pela utilização de blocos cerâmicos


ou blocos de concreto na construção. Tal técnica permite a realização da vedação
juntamente com a estrutura, como pode-se observar na Figura 21 em que todas as
paredes são compostas por blocos de concreto. Este método requer o estudo prévio
dos projetos elétricos e hidrossanitários juntamente com o estrutural, visto que as
alterações posteriores ao início do projeto devem ser mínimas. Atualmente, o método
encontra-se bem estabelecido no Brasil, com mão de obra simples e abundante.
69

Figura 21 – Alvenaria estrutural

Fonte: Guia do Construtor (2018).

O método de alvenaria estrutural possui como principais vantagens um menor


tempo de execução da obra e economia de materiais. A desvantagem mais impactante
é a impossibilidade de mudanças bruscas, como mudar uma parede de lugar. Para
tal ação é necessário o estudo do engenheiro calculista para a construção de novos
apoios que possam suportar e distribuir a carga concentrada.

10.3 Paredes de concreto

No método construtivo paredes de concreto, são utilizadas paredes pré-


moldadas de concreto armado que são montadas in loco, ou seja, no próprio local, com
o auxílio de formas metálicas ou de madeira, conforme visto na Figura 22.
Figura 22 – Paredes de concreto

Fonte: Guia do Construtor (2018).


70

O método possui como vantagem uma produção em larga escala, pouco


desperdício de materiais e alta resistência a incêndios. Em contrapartida, o custo é alto
(principalmente para pequenas obras), possui pouca flexibilidade e baixo índice de
isolamento termoacústico.

10.4 Wood Frame

O sistema Wood Frame foi trazido para o Brasil em 2009, e utiliza de perfis
de madeira industrializada e racionalizada. As peças necessárias são listadas em
projeto e após a compra é feita a montagem da estrutura. Gera poucos resíduos, utiliza
matéria prima renovável e apresenta baixo custo de obra, mas possui desvantagens
na necessidade de mão de obra qualificada, limite de pavimentos e maiores cuidados
com a impermeabilização.
O primeiro projeto desenvolvido em Wood Frame pela equipe Tecnoverde, com
a execução realizada juntamente com a MRV, realizaram um marco histórico para a
engenharia civil brasileira. Foram construídos, no Paraná, dois prédios sustentáveis
com doze apartamentos de 50m² em 16 dias, divididos em 3 pavimentos cada, com
uma equipe formada por apenas cinco pessoas. A empresa afirma que fora do Brasil
existem prédios construídos já há vários anos e ainda mais altos, representando
eficiência, velocidade e consequentemente economia para a obra. Pode-se observar
na Figura 23 que, depois de pronto o prédio em Wood Frame, se parece exatamente
como um prédio construído através da alvenaria convencional de vedação.

Figura 23 – Wood Frame

Fonte: Guia do Construtor (2018).


71

As empresas que constroem a partir do método têm uma preocupação ambiental


de forma que, a fim de se evitar o desmatamento de florestas nativas, utilizam madeira
de plantações destinadas à construção. Para garantir a durabilidade das peças em
madeira, o material, após colhido, passa por uma dupla secagem e recebe uma camada
de proteção com durabilidade superior a 50 anos sem necessidade de reparos.
Com base na tendência de superpopulação do planeta, em especial das grandes
cidades, e na elevação do preço do aço, são oferecidas soluções rápidas, materiais
de fontes renováveis e economicamente viáveis para as construtoras atenderem
eficientemente ao público que busca a aquisição de um imóvel.
Os produtos resultantes de mineração estão cada vez mais escassos e a
demanda por matéria-prima tende a crescer proporcionalmente à população. Por isso,
a utilização de matérias-primas renováveis, como madeiras cultivadas para fins da
construção civil, é de grande importância para uma redução do impacto ambiental, se
apresentando também como fonte de redução de custos em uma obra.

10.5 Etapas de uma construção civil

Independente de qual seja o método construtivo escolhido, toda construção civil


obedece a uma série de etapas pré-determinadas. Estas etapas devem ser seguidas
cuidadosamente, visto que a ausência de um mínimo elemento pode resultar em
atrasos, patologias e sucessivas reformas antes mesmo do término da obra.

I. Serviços preliminares

Na primeira etapa de execução de uma edificação, são realizados todos os


serviços preliminares necessários para que o início da obra em si comece. A sondagem
é a investigação detalhada do terreno, responsável por determinar as características
granulométricas e a umidade do solo, assim como a profundidade da rocha matriz
necessária para a escolha do tipo de fundação.
Após realizada a sondagem, é realizado o projeto topográfico do terreno e em
seguida o projeto completo da edificação pode ser concluído. Se aprovado, é realizada
a listagem de materiais necessários para a programação de compras. Estes utensílios
deverão ser armazenados em locais adequados na obra, dando sequência à etapa de
construção de um depósito.
Juntamente com a construção do depósito, é realizado o levantamento do
72

tapume, responsável por cercar a obra e proteger os materiais e maquinários de


possíveis furtos.
Como parte dos serviços preliminares, é feita uma instalação provisória de água
e de energia necessários para o dia a dia dos trabalhadores na construção. Lâmpadas
e estrutura sanitária completam a lista de instalações no canteiro de obras.

II. Infraestrutura (fundação e laje)

As fundações são responsáveis por absorver o peso da estrutura e distribuí-lo


ao solo de forma segura. A escolha correta da fundação de uma edificação é essencial
para evitar problemas como trincas e fissuras posteriores resultantes de possíveis
deslizamentos, sendo imprescindível a presença de um engenheiro capacitado durante
sua determinação.
As fundações podem ser divididas, segundo à norma ABNT NBR 6122/2010,
em dois tipos: fundações rasas ou fundações profundas.
As fundações rasas mais comuns são:

a) Sapatas isoladas

São recomendadas em terrenos com boas características de resistência do


solo, onde os pilares descarregam o peso diretamente para as sapatas, que por sua
vez transferirão ao solo, conforme a Figura 24. Podem apresentar base quadrada,
retangular, circular ou poligonal.
Figura 24 – Sapata isolada

Fonte: VELOSO E LOPES (2012).


73

b) Radier

Este é um tipo de fundação recomendada para solos com baixa resistência.


Conforme se observa na Figura 25, a edificação é construída sobre uma placa de
concreto armado ou protendido que se estende por toda a estrutura, fazendo contato
direto com o solo.
Figura 25 – Radier

Fonte: VELOSO E LOPES (2012).

c) Viga Baldrame

As vigas baldrames ficam localizadas abaixo do solo e se conectam a todas as


sapatas isoladas, absorvendo o peso ao longo das paredes para melhor distribuição e
travamento dos pilares da construção.
Figura 26 – Viga Baldrame

Fonte: VELOSO E LOPES (2012).


74

d) Sapata Corrida

A sapata corrida é uma fundação superficial semelhante à viga baldrame,


normalmente com altura e largura maiores, responsáveis por suportar cargas oriundas
de elementos contínuos. As cargas são distribuídas linearmente ao longo da viga e
normalmente a fundação é utilizada para muros, paredes e outros elementos alongados.

Figura 27 – Sapata Corrida

Fonte: VELOSO E LOPEZ (2012).

As sapatas associadas são utilizadas quando a posição de duas sapatas


isoladas ficarem muito próximas, assim construindo uma única sapata que resistirá
aos esforços dos dois pilares em questão, conforme a Figura 28.

Figura 28 – Sapatas Associadas

Fonte: VELOSO E LOPEZ (2012).

As sapatas rasas ou superficiais em geral são recomendadas para residências


que apresentem cargas estruturais leves ou em caso de existência de solo firme. A
profundidade da escavação deve ser inferior a três metros.
Para grandes edifícios ou pontes, onde as cargas variáveis (vento ou
movimentação de veículos) geram grandes esforços sobre a estrutura, é necessária
uma resistência bem superior do solo. Tal resistência é normalmente encontrada
em profundidades superiores a três metros, salvo em poucas exceções. O tipo de
fundação recomendado nessa ocasião é encontrado entre as fundações profundas.
75

Entre elas pode-se destacar:

a) Estacas

Nas fundações do tipo estacas a carga do pilar pode ser transmitida ao solo de
três formas: pela área da ponta da estaca, por atrito com sua superfície lateral ou pela
combinação das duas.
Figura 29 – Máquina de escavação

Fonte: Pedreirão (2019).

Neste tipo de fundação a escavação manual não é necessária, sendo que a


estaca, com grande comprimento e pequena seção transversal (Figura 30), é cravada
ou escavada através de máquinas no próprio local.

Figura 30 – Resistência da estaca

Fonte: VELOSO E LOPEZ (2012).


76

b) Tubulões

O tubulão é um tipo de fundação profunda em que no seu final há a descida de


um operário para fazer a escavação da base manualmente. Pode ser realizado a céu
aberto ou com auxílio de uma câmara de ar comprimido e a sua base pode ou não ser
alargada.

Figura 31 – Tipos de tubulão

Fonte: Basestrauss (2019).

III. Superestrutura (Pilares, Vigas e Lajes)

A superestrutura representa toda a parte do projeto que é executada acima do


solo. Nesta etapa é definido qual o tipo de alvenaria a ser utilizado para o levantamento
de pilares, vigas, vergas e contra vergas, laje e a torre de caixa d’agua.

a) Pilares

Os pilares podem ser vistos como um dos elementos estruturais de maior


importância em uma estrutura, sendo responsáveis, juntamente às vigas, por formar a
estrutura de contraventamento. Além disso, recebem esforços solicitantes das vigas e
os transmitem à fundação ou ao próximo elemento de ligação da estrutura, contribuindo
de forma significativa para a estabilidade geral da estrutura. São feitos normalmente
de concreto armado (concreto e aço), variando a armadura conforme a solicitação da
estrutura.
77

Figura 32 – Pilares

Fonte: VELOSO E LOPEZ (2012).

b) Vigas

Vigas são elementos estruturais retangulares de concreto armado dimensionadas


a fim de suportar e transmitir a carga de lajes e elementos superiores para os pilares,
assim como servir de apoio quando estão localizadas abaixo destes. Podendo estas
serem compostas de madeira, aço ou concreto armado (Figura 33).

Figura 33 – Vigas

Fonte: Fórum da Construção (2018).

c) Vergas e Contra vergas

Na construção de um edifício ou residência, durante o levantamento das paredes


existem vãos que devem ser deixados expostos. Nesses locais serão localizadas as
portas e janelas, que apenas são instaladas mais tarde. Devido ao vão existente no
meio da parede, este local passa a receber uma concentração de cargas provenientes
da estrutura superior ao vão, podendo gerar trincas, fissuras ou rachaduras.
78

A fim de evitar estas patologias indesejadas é construída nesses locais uma


peça estrutural chamada de verga, semelhante a uma viga (vide Figura 34), com
concreto armado, mas de tamanho inferior, suficiente apenas para resistir e distribuir
o peso recebido pelo vão ao restante da estrutura. Essa peça estrutural é localizada
acima e/ou abaixo de portas e janelas e são conhecidas respectivamente como vergas
e contra vergas.

Figura 34 – Verga e Contra verga

Fonte: Fórum da Construção (2018).

d) Lajes

Ainda na parte de superestrutura, o tipo de laje a ser utilizada deverá ser definido
anteriormente ao início do levantamento da estrutura. As lajes, além de beneficiar o
isolamento térmico e acústico da residência, representam a cobertura de residências
dando suporte as paredes, proporcionando o vencimento de longos vãos.
Os dois principais modelos de lajes utilizadas são as lajes pré-moldadas e as
moldadas in loco.
As lajes pré-moldadas são estruturas que vêm moldadas previamente para que
sejam apenas montadas e finalizadas na obra. Lajes treliçadas com a utilização de
lajotas cerâmicas ou EPS são exemplos a serem utilizados onde não ocorrem esforços
na estrutura.
79

Figura 35 – Laje treliçada de cerâmica

Fonte: Fórum da Construção (2018).

Figura 36 – Laje EPS

Fonte: Fórum da Construção (2018).

As lajes moldadas in loco são montadas com uma malha de vigas lançadas sobre
uma forma a serem preenchidas com concreto. São lajes maciças, quando planas, ou
lajes nervuradas, quando se ligam através da mesa de compressão, conforme Figuras
37 e 38, respectivamente.

Figura 37 – Laje maciça

Fonte: Fórum da Construção (2018).


80

Figura 38 – Laje nervurada

Fonte: Fórum da Construção (2018).

e) Superestrutura de vedação

Nesta etapa é definido qual o tipo de alvenaria a ser utilizada para o levantamento
de pilares, paredes, vergas e contra vergas e a torre de caixa d’agua.
As torres de caixa d’água estão sendo substituídas em residências por uma
caixa d’água interna, localizada na laje da própria estrutura, desde que devidamente
apoiada próxima a pilares que estejam preparados para receber o esforço solicitado
da caixa d’água sem prejudicar a estrutura.

Figura 39 – Torre de caixa d’água e caixa d’água interna

Fonte: Fórum da Construção (2018).


81

I. Vedação

a) Paredes

A etapa do levantamento das paredes ou vedação é a parte mais conhecida de


uma construção, onde a alvenaria escolhida (vedação cerâmica, estrutural, Drywall,
Wood Frame) passa a ser alteada para realizar a divisão e organização dos ambientes.
O tipo de alvenaria escolhido é essencial para definir as principais características de
uma obra:
• Otimização do tempo de execução de obra;
• Custo/Benefício;
• Melhor isolamento térmico e acústico;
• Aparência e estilo dos ambientes;
• Forma de alteamento dos cômodos.

Figura 40 – 1. Parede de vedação; 2. Parede estrutural com laço em “L”;3. Parede estrutural

com laço em “T”; 4. Drywall; 5. Wood Frame com bambu.

Fonte: Fórum da Construção (2018).

b) Cobertura

A cobertura da residência será a principal responsável pela proteção de toda a


82

estrutura, apresentando três funções principais:

Função utilitária: impermeabilização, leveza, conforto térmico e acústico;


Função estética: modelo estrutural em harmonia com a linha
arquitetônica do projeto;
Função econômica: custo, durabilidade e conservação da solução adotada.

Existem diversos tipos de coberturas existentes atualmente que funcionam


eficientemente, variando conforme cultura de cada território. Entre as mais comuns no
Brasil pode-se citar os forros (PVC ou gesso, pré-moldado, madeira), oitão, telhados
ou telhas.

i. Forro

Os forros de residências podem ser feitos diretamente sob a laje de estrutura


pré-moldada, é comum também encontrar forros de madeira assim como de PVC ou
gesso.

Figura 41 – Cobertura em PVC e forro em gesso

Fonte: Fórum da Construção (2018).

ii. Oitão

O oitão designa a parede lateral de uma construção, localizada sobre a linha


divisória do terreno, no corredor existente entre as paredes de duas residências. Na
maioria das vezes confundido com a palavra empena, devido ao uso informal da
83

palavra em obras mais antigas, caracterizada por telhado de duas águas paralelas
ao alinhamento do lote. Nesses tipos de construção, o oitão era a porção triangular
que ficava por cima do forro (ou pé-direito, como também é denominado) – que se
considera a parte onde se localiza o sótão.

Figura 42 – Oitão (corredor)

Fonte: Fórum da Construção (2018).

Figura 43 – Oitão (Porção triangular)

Fonte: Fórum da Construção (2018).

iii. Telhado

O telhado refere-se a toda a estrutura construída acima do forro para que as


telhas sejam apoiadas. Na Figura 44, tem-se alguns dos componentes do telhado:
84

Figura 44 – Componentes de um telhado

Fonte: Fórum da Construção (2018).

iv. Telhas

Refere-se à parte superficial da residência, responsável pelo escoamento das


águas pluviais e absorção do calor do sol. São tradicionalmente utilizadas peças
cerâmicas, mas também são utilizadas telhas de vidro, de alumínio, de fibrocimento
ou de concreto.
Figura 45 – Tipos de telhas

Fonte: Fórum da Construção (2018).


85

c) Esquadrias

Esquadria é o nome utilizado na engenharia e na arquitetura para se referir ao


conjunto de portas e janelas em um projeto ou construção. As esquadrias podem ser
de madeira, alumínio ou PVC e são divididas em guarnição, batente, folha e maçaneta.

i. Guarnição

É a peça utilizada para cobrir a parte externa da parede, se encaixando entre a


extremidade do batente e a estrutura.
Figura 46 – Guarnições

Fonte: Fórum da Construção (2018).

ii. Batente

É a peça conhecida como portal ou moldura da parte interna do vão, tem por
finalidade o acabamento e vedação entre a porta e a parede, evitando a entrada de
vento, poeira e insetos.
86

Figura 47 – Batentes

Fonte: Fórum da Construção (2018).

iii. Folha

Se refere à parte da porta que se movimenta conforme ação do homem. Ela é


fixada ao batente por parafusos na peça que permite a abertura e fechamento de uma
divisão ou entrada da residência.

Figura 48 – Tipos de folhas

Fonte: Fórum da Construção (2018).

iv. Maçaneta

Parte da porta responsável por fazer o trancamento e abertura das portas. Pode
ser encontrada em forma de alavanca, oval ou apenas puxador.
87

Figura 49 – Modelos de maçanetas

Fonte: Fórum da Construção (2018).

d) Instalações complementares

As instalações hidráulicas e elétricas são imediatamente após o acabamento


da estrutura, onde deve ser estipulado os locais para estas instalações. Esta é uma
etapa que torna a residência bem próxima de sua utilização final.
Na instalação hidráulica, os principais itens a serem instalados são: canos, tubos,
registros, caixa d’água, boia, caixa de gordura, caixa sifonada, caixa de inspeção,
tanque séptico e filtro anaeróbico.
Na instalação elétrica pode-se destacar as tubulações elétricas, caixas, fios,
tomadas e disjuntores.

e) Acabamento

A etapa de acabamento trata-se da realização do revestimento, realizado em


três etapas, com argamassa ou pasta de gesso, a fim de uniformizar paredes e tetos
numa aparência mais próxima da final, conforme visto na Figura 50. Essas três etapas
são respectivamente o chapisco, o emboço e o reboco.
O chapisco é uma camada áspera e grossa de argamassa aplicada na parede
diretamente sobre os tijolos, deixando-a com atrito suficiente para maior aderência das
próximas camadas.
O emboço é a parte intermediária do acabamento, composto basicamente de
água, cimento, areia grossa e cal. Ele torna a superfície mais nivelada após o chapisco,
facilitando a aplicação na parede. O emboço impede também a entrada de água e
88

outros agentes nocivos à parede.


O reboco é a etapa final do acabamento com argamassa, devendo se
apresentar com uma aparência plana e lisa após a aplicação. Após essa etapa será
feita apenas a aplicação de vedação e tintura, portanto, o serviço deve ser realizado
por um profissional especializado e experiente para garantir o melhor resultado e evitar
posteriores problemas na obra.

Figura 50 – Chapisco, emboço e reboco

Fonte: Fórum da Construção (2018).

f) Pintura

A etapa da pintura representa a aparência final de uma residência, devendo


satisfazer e impressionar os possíveis clientes dessa moradia. Para a correta aplicação
da tinta, primeiramente é aplicada uma camada de selador que serve para separar o
revestimento da parede e facilitar a aplicação da textura posterior.
Após o selador, é aplicada uma camada de massa corrida que dará a textura
desejada na parede. Ela é responsável também pela vedação completa da parede,
passará por um lixamento antes ainda da aplicação da tinta e somente após estas
etapas é que a tinta é aplicada.
O descumprimento de algumas etapas pode resultar na falha da aplicação da
tinta e possíveis manchas na parede. A fim de se evitar estes problemas, é ainda
aplicada uma última camada de solvente, responsável por isolar a tinta do ar e da
umidade.
89

g) Assentamento Cerâmico

A aplicação de pisos, azulejos, soleira e rodapé é o último item a ser


concretizado para que a construção possa ser considerada pronta para venda. Deve-
se observar atentamente o nivelamento e a distância entre as cerâmicas para um
melhor aproveitamento da área de construção, assim como desníveis necessários
para escoamento em banheiros.
Após a realização de todas estas etapas, o edifício estará pronto para utilização.
É importante a compreensão de todos os procedimentos pelo engenheiro durante uma
construção, uma vez que todas as etapas seguintes dependem de uma boa execução
das realizadas anteriormente. Um mínimo item não observado pode resultar em
patologias e prejuízos para a construtora, assim como atrasos no tempo de entrega
da obra.

Figura 51 – Residência finalizada

Fonte: Fórum da Construção (2018).


90

10.6 O aço como matéria prima na construção civil

Grande parte das residências construídas no Brasil, tradicionalmente utilizam


dois tipos principais de alvenaria, a alvenaria de vedação e a alvenaria estrutural. A
diferença essencial entre esses tipos de alvenaria está relacionada à função estrutural.
Na alvenaria convencional de vedação é necessário um sistema composto por vigas e
pilares de concreto armado (concreto e aço) para resistir aos esforços da estrutura. Já
na alvenaria estrutural os próprios blocos de concreto, juntamente com armaduras de
aço, realizam a função de resistência estrutural. (PEREIRA, 2016)
O concreto simples é um excelente material para resistir aos esforços de
compressão (esmagamento) em uma estrutura. Porém, é completamente comum que
existam também esforços de tração atuantes no sistema, que se não observados
podem levar uma obra ao colapso. A resistência à tração do concreto representa
cerca de 10% de sua resistência à compressão, um valor muito baixo e insuficiente
para uma estrutura, sendo necessário então seu uso juntamente com outro material.
(CARVALHO E FIGUEIREDO, 2014)
O material normalmente utilizado é o aço, e deverá ser inserido na estrutura
juntamente ao concreto no caso de concreto armado. Já nas estruturas formadas por
blocos de concreto, a utilização de armaduras é indicada somente para edificações
com mais de 4 pavimentos (PEREIRA, 2016), sendo que em edifícios de pequeno porte
os reforços metálicos são colocados apenas em cintas, vergas, contra vergas, na
amarração entre paredes e nas juntas horizontais, evitando assim fissuras localizadas.
A usina siderúrgica é a empresa responsável pela transformação dos minérios
de ferro em aço pronto para ser utilizado. Ele pode ser produzido com diferentes
características que se diferenciam pela forma, tamanho e uniformidade dos grãos
que o compõem, assim como pela sua composição química. Para a definição e
aperfeiçoamento das características mecânicas, soldabilidade, resistência à corrosão,
etc., é necessário o tratamento químico e térmico do material.
Ainda segundo Pereira (2016), a elasticidade é uma das principais propriedades
que permitem o uso do aço juntamente com o concreto, sendo responsável por
determinar a capacidade de retorno a forma original do material após a remoção
da força externa atuante. A ductilidade representa a capacidade do material de se
deformar antes de se romper, funcionando como uma espécie de aviso prévio de
sobrecarga, permitindo assim a adoção de medidas para a segurança dos usuários
antes de ocorrer um acidente na construção.
91

As principais exigências para os aços destinados à aplicação estrutural são:

• Elevada tensão de escoamento;


• Elevada tenacidade;
• Boa soldabilidade;
• Boa formabilidade.

O limite de escoamento é o valor da tensão onde o aço passa a perder o


comportamento elástico e passa a sofrer deformação plástica, sendo o responsável
por evitar a deformação plástica generalizada, enquanto a tenacidade irá prevenir uma
fratura rápida e fatal. Já a soldabilidade e formabilidade representam características
para a união de diferentes peças de metal, como juntas soldadas por exemplo. (DAL
BELO, 1995)

Figura 52 – Limite de escoamento do aço

Fonte: SOUZA (1982).

10.7 O Bambu como matéria prima na construção civil

A escolha do bambu como material estrutural em substituição ao aço do concreto


armado não aconteceu por acaso. Em qualquer estrutura temos dois fatores de extrema
importância para o cálculo dos apoios necessários para que uma edificação esteja
estável e segura, que são resistência à compressão e resistência à tração.
92

Em estruturas de concreto armado, o concreto tem a função de resistir às


características de compressão, já o aço realiza o papel de resistir aos esforços de
tração. O bambu possui propriedades semelhantes ao aço, pois sua capacidade de
resistir aos esforços de compressão e tração são altas e, se calculado corretamente,
poderá ser usado simultaneamente para esses dois esforços. Comparando os
resultados médios de resistência à tração do material sobre o seu próprio peso, o
bambu pode suportar o equivalente a, em alguns casos, uma carga maior que o aço.
(MARÇAL, 2008)
O secretário-executivo da Associação Brasileira de Produtores de Bambu
(APROBAMBU, 2016), afirma que dependendo da espécie, maturidade, tratamento
e teor de umidade, o bambu tem boa capacidade para suportar cargas elevadas,
atuando como elemento estrutural de colunas e vigas.
As universidades PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro),
UnB (Universidade de Brasília) e Unicamp (Universidade de Campinas), possuem
atualmente departamentos de engenharia civil que estudam as melhores adaptações
da planta na construção civil, a fim de oficializar uma norma técnica nacional,
juntamente à ABNT, possibilitando assim o uso do material em sistemas construtivos
credenciados, como o programa “Minha casa, minha vida”.
O bambu no Brasil é um material pouco aproveitado economicamente,
apresentando-se com um valor agregado bem reduzido em comparação a outros
materiais. Porém, em outros países existem testes e pesquisas realizados tanto por
universidades quanto por órgãos particulares que comprovam o potencial existente no
material. Segundo Marçal (2008), na Colômbia, onde a planta possui normatização, é
utilizada em programas de habitação popular de até dois pavimentos, e na Índia existem
edifícios de até quatro pavimentos. Por esse motivo e pelas suas características, o
bambu é chamado pelos estudiosos da planta de “Aço Verde” ou “Madeira do Futuro”.
93

Figura 53 – Casa com bambu estrutura

Fonte: APROBAMBU.

10.7.1 Bambu: A Planta

O bambu é um nome tradicional atribuído às plantas pertencentes à Subfamília


Bambusoideae, que se subdivide em duas grandes tribos: Bambuseae ou lenhosos,
que são os espécimes de maior porte e Olyreae, conhecidos também como herbáceos,
que são espécimes de menor porte. (FILGUEIRAS, 2004)
Atualmente ainda são descobertas e acrescentadas várias espécies e
variedades a cada ano, e já existem cerca de 1250 espécies divididas entre mais de
75 gêneros diferentes, podendo ser encontradas praticamente em qualquer local do
planeta. Na figura 54, observa-se algumas das espécies encontradas em território
nacional.
Apesar da preferência por climas tropicais e com chuvas abundantes, as espécies
são em sua maioria nativas do continente Asiático e Oceania, com valor de 67%,
logo em seguida encontram-se as Américas com 30% e por último a África com 3%
(LÓPEZ, 2003). O continente europeu não possui nenhuma espécie de bambu nativa
de seu território, portanto, as produções existentes em seu território são artificiais ou
sob plantio manual.
94

Figura 54 – Espécies de bambu: 1. Bambu Brasil; 2. Bambu Guadua; 3. Bambu Barriga de

Buda; 4. Bambu Gigante

Fonte: Bambushu (2012).

O bambu, segundo Beraldo & Azzini (2004), é uma planta com excelente viabilidade
produtiva, podendo chegar a crescer de 8 a 10cm por dia, dependendo da espécie
e condições climáticas. A espécie Dendrocalamus giganteus (Bambu Gigante), por
exemplo, pode chegar a crescer 40cm por dia no auge do seu crescimento. Quando a
planta atinge idade de 30 dias, seu broto serve de alimento ao homem; entre seis meses
e um ano é usado para artesanato; entre dois e três anos é utilizado para fabricação
de ripas e estrilas de parede. Dos três anos em diante é indicado para qualquer tipo de
estrutura, visto que alcança sua maturidade e resiste a maiores esforços.
Segundo o viveiro Sítio da Mata, especializado na comercialização de mudas
de bambu para plantio, as espécies indicadas como matéria-prima para construção
civil são Dendrocalamus Giganteus (Bambu Gigante), Dendrocalamus Asper (Bambu
Gigante), Guadua Angustifólia (Bambu Guadua), Plyllastachys Pubescens (Bambu
Mosso) e Phyllostachys Aurea (Bambu Cana da Índia), que serão as espécies a serem
utilizadas para o desenvolvimento do método construtivo proposto.
95

Figura 55 – 1. Guadua angustiófila e 2. Dendrocalamus giganteus.

Fonte: Sitio da Mata, (2019).

Segundo Marçal (2008), um dos fatores que tornam o bambu uma boa opção
para a construção civil é a facilidade de obtenção do material, com resistências físico-
mecânicas suficientes em um curto espaço de tempo e em poucos metros quadrados
de plantio, diferentemente do Eucalipto, por exemplo, cuja colheita é realizada apenas
após doze ou treze anos de idade.
No crescimento do bambu, é possível observar uma sequência de entrenós
que apresentam maior distância entre si na parte mediana do caule. Os entrenós são
unidos uns aos outros por um nó externo. Internamente a este nó, observa-se uma
divisão dos entrenós, chamada de diafragma. Os diafragmas se desenvolverão na
segunda etapa do amadurecimento da planta, onde ela adquire as características
responsáveis por garantir maior rigidez e resistência aos colmos. (PEREIRA, 2012)
96

Figura 56 – Estrutura interna do Bambu

Fonte: MARÇAL (2008).

De acordo com Pereira (2012), o tecido de um colmo é composto pelas


células parênquimas (50%), pelos feixes vasculares (10%) e pelas fibras (40%). As
fibras constituem o tecido esclerenquimático, sendo as principais responsáveis pela
resistência nos colmos assim como as portadoras da maior porcentagem de peso do
mesmo. O comprimento das fibras geralmente aumenta da periferia para o centro da
parede do colmo, e diminui daí até a zona interna, onde contém de 15% a 30% desses
feixes de fibras, estando as menores fibras sempre perto dos nós e as mais longas
no meio dos entrenós, com cerca de 40% a 70% dos feixes existentes (PRATES,
2013). Portanto as camadas externas apresentam maiores resistências e menos
susceptibilidade ao ataque de insetos e fungos.
A produção de colmos de um único broto de bambu pode variar conforme as
condições naturais e a espécie, podendo formar de 5 a 10 novos colmos de bambu
anualmente, processo este que ocorre, sob condições naturais, em estações chuvosas
seguintes a uma estação seca. Os novos colmos crescem em altura e diâmetro
enquanto os antigos estabilizam suas características mecânicas. Após alguns anos,
as dimensões dos colmos irão se estabelecer, o que quer dizer que a planta atingiu
seu máximo potencial em termos de produção e dimensão.

10.7.2 Bambu: O elemento estrutural

Segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1983),


a definição de desenvolvimento sustentável consiste em um desenvolvimento capaz de
suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender
97

as necessidades das futuras gerações.


De acordo com Oliveira (2006), o bambu possui um grande potencial para
geração de empregos e consequente renda para a população, uma vez que sua
colheita, processamento e secagem são realizadas com o acompanhamento de
funcionários qualificados.
Observando as formidáveis características do bambu como planta, para que haja
um aproveitamento comercial como material estrutural, existem algumas orientações e
recomendações que devem ser seguidas, como as limpezas periódicas nos bambuzais,
a fim de eliminar os caules secos e quebrados para que a planta receba mais ar e
luz solar. Marçal (2008), afirma que o bambu possui resistência suficiente para ser
utilizado em estrutura de até 4 pavimentos sem maiores problemas em um sistema
de alvenaria estrutural, por exemplo, desde que os sistemas conectivos e os sistemas
construtivos utilizados sejam muito bem projetados.
Há também exigências em relação ao corte e ao manuseio, devendo ser
realizada a colheita anualmente, retirando tanto os colmos bons como os ruins,
a fim de liberar espaço para o crescimento de novos colmos e fortalecimento dos
antigos. Marçal (2008) afirma ainda que com o devido conhecimento, a aparência
circular pode ser alterada para esteiras de bambu, que ainda possuem todas as fibras,
e consequentemente, grande parte da resistência físico-mecânica, aumentando
apenas a flexibilidade do material.

Figura 57 – Esteiras de Bambu

Fonte: Kaskamadeira (2019).

O método de secagem e armazenamento do material deve ser realizado com o


98

mínimo de umidade possível e em local arejado. O bambu é um material suscetível ao


ataque de fungos devido a umidade existente em seu interior que, se tratada de forma
adequada durante seu empilhamento para secagem, tende a extinguir os nutrientes na
seiva interna do bambu e eliminar a presença de fungos.
Marçal (2008) reafirma ainda que para uso do bambu, principalmente como
material de construção, precisa estar maduro, ser cortado da forma correta, passar por
tratamento adequado, secar de forma progressiva e ser bem armazenado.

Figura 58 - Secagem do bambu a céu aberto

Fonte: Marçal (2008).

Segundo Pereira (2012), o que diferencia o bambu de outros materiais vegetais


utilizados em estruturas é a sua alta produtividade, visto que três anos após ter brotado
o material já adquire resistência mecânica estrutural. Dentre outras características
favoráveis pode-se citar sua forma tubular acabada, estruturalmente estável, baixo
peso específico, uma geometria circular oca, com otimizações na relação resistência
mecânica/peso do material.
O presidente da APROBAMBU (2016), Guilherme Korte, afirma que abriu um
requerimento na ABNT, juntamente com a Rede Brasileira de Bambu, a fim de se
aprovar o bambu como material estrutural no Brasil, já que existem normas encontradas
em mais de 30 países que regulamentam a utilização desse material inovador em
estruturas.
Segundo Antônio (2017), o argumento é baseado em ensaios laboratoriais que
comprovam que a madeira da planta apresenta elevada resistência a cargas de tração
e vibração, resistindo inclusive a terremotos (JANSSEN, 1989).
A utilização de bambu em países asiáticos se estende há séculos. Existem
99

relatos de palácios construídos de bambu na Dinastia de Qin (221 a.C. – 206 a.C.),
na China, Tailândia, Filipinas, Malásia e alguns outros países do sudoeste asiático,
que são exemplos de locais onde se encontra o bambu como material estrutural
tradicionalmente.
Nas Américas, o bambu era um material já utilizado pelas sociedades indígenas,
para a produção de ferramentas, moradias e até armas. Segundo Lopez (2003), em
conformidade com as descrições de cronistas e sacerdotes espanhóis, no primeiro
contato de Colombo e também mais tarde com os conquistadores espanhóis, existiam
várias florestas com colmos de bambu gigantes no continente americano. Os nativos
habitavam cidades, cercadas por paredes imensas construídas com bambu em
estruturas conhecidas como fortes, que ficavam localizados no centro das florestas
para a proteção contra a invasão de outras tribos e também dos espanhóis. Grande
parte das cidades de bambu foram destruídas e substituídas pela tradicional alvenaria
conhecida, trazida juntamente com a escravidão.
Apesar da mudança imposta pelos espanhóis, a tradição continuou por anos,
chegando na capital como presente para ser plantado nos jardins europeus, que até
então só recebiam exportação do continente asiático, de acordo com Lopez (2003).

Figura 59 – Forte de Bambu

Fonte: MARÇAL (2008).

A cultura de bambus diminuiu com o tempo e modelos de construção baseados


no estilo barroco chegaram juntamente com a colonização, sendo esta a responsável
pela construção das grandes cidades de concreto ao longo do território americano.
Entretanto, duas regiões da América continuaram com a utilização de bambus em
100

construções até os tempos modernos, com estruturas que já superam cem anos
e ainda não apresentam patologias estruturais (MARÇAL, 2008). Na Guatemala,
América Central, colombianos e equatorianos são conhecidos por terem desenvolvido
as melhores tecnologias de construção de casas e pontes com bambu. Este é o caso
da tribo Paeces, ainda existente no sul da Colômbia, que foram os primeiros a inventar
a construção de pontes estaiadas originalmente feitas com bambu, que atualmente
com aço e concreto.
Em meados do século XVII, segundo Lopez (2003), grande parte das sociedades
indígenas foram exterminadas e tornou a cultura de construções com bambus ainda
mais restrita, sendo assimilada por anos como símbolo de “miséria, escravidão e
morte”, tida como a planta do ódio dos espanhóis, que colocaram fogo em várias
cidades inteiras que foram queimadas devido à falta de tratamento adequado do
material antes da construção. Com o tempo, as técnicas indígenas restantes passaram
a se fundir com as técnicas de construção europeia, favorecendo o aproveitamento de
bambus em algumas das cidades restante. Na figura 60 pode ser visto um exemplo
de casa construída inteiramente com bambus, desde sua estrutura até sua vedação e
acabamentos.
Figura 60 – Casas de bambu na Colômbia

Fonte: Pensamento verde (2015).

Além da utilização de bambus em pequenas estruturas, existem atualmente


muitos arquitetos que buscam trabalhar com o material de forma a explorar não
somente as características de grande resistência mecânica, mas também aproveitar
da estética única obtida com seu acabamento.
O arquiteto colombiano Simón Velez é conhecido em seu país por elaborar
grandes estruturas utilizando o bambu como material construtivo principal. Nas
Figuras 61 e 62, pode-se observar alguns exemplos das construções realizadas por
101

este arquiteto.

Figura 61 – Construção de bambu

Fonte: Pensamento Verde (2015).

Figura 62 – Armações em bambu

Fonte: Pensamento Verde (2015).

10.8 Esforços solicitantes

O bambu apresenta características mecânicas que variam conforme espécie,


idade, tipo de solo, condições climáticas, época da colheita, teor de umidade das
amostras, localização em relação ao comprimento do colmo, presença ou ausência de
nós nas amostras testadas e o tipo de teste realizado. O ótimo desempenho estrutural
dos bambus à compressão, torção, flexão, e principalmente à tração é conferido pela
sua volumetria em formato tubular, se deve aos arranjos longitudinais de suas fibras, que
formam feixes de micro tubos. (GHAVAMI, 1989)
102

10.8.1 Compressão

Para ensaios de compressão nas peças de bambu, é necessário definir as


características do corpo de prova como: ausência ou presença de nós, posição e
distância entre eles ao longo do colmo, diâmetro dos colmos, para que sejam obtidos
assim resultados mais precisos juntamente à máquina de ensaio.
Datta, Apud Lopez (1974), foi um dos primeiros a estudar a resistência do
bambu. Para corpos de prova de 30 cm de altura e 3 cm de diâmetro, foi encontrada
uma tensão de ruptura de 80 MPa (Mega Pascal) e um módulo de elasticidade em
torno de 20 GPa (Giga Pascal). Como visto anteriormente, a tração é um dos principais
esforços resistidos pelo aço, consequentemente, conclui-se que o bambu poderia
reforçar adequadamente o concreto devido as suas características semelhantes.
A partir de outras pesquisas e de mais ensaios com diferentes espécies e corpos
de prova, Beraldo (1987) definiu valores de resistência à compressão na faixa de 27
MPa a 63 MPa, e o módulo de elasticidade varia entre 2,6 GPa e 20 GPa, definindo
ainda que uns corpos de prova de bambu com três nós apresentam uma resistência
à compressão 10% superior àqueles dispondo de apenas dois nós. É importante
lembrar que o bambu possui uma alta flexibilidade e, sendo assim, quanto maior for
o comprimento da peça, maior será a flambagem lateral. A utilização de peças de
travamento é necessária para a diminuição do momento exercido na estrutura e trava
a mesma a deslocamentos laterais, conforme pode ser visto na Figura 63.

Figura 63 – Travamento de barras de bambu


103

Fonte: Studio Cardenas.

10.8.2 Tração

O bambu é um material que apresenta resistência maior quanto mais próximo


da região externa, já que nessas regiões se apresentam a maior concentração
das fibras, que são as responsáveis por sustentar o material. Segundo Schniewind
(1989), a resistência à tração é de 2,5 a 3,5 vezes maior àquela obtida em ensaios de
compressão.
Segundo Marçal (2008), a resistência à tração do bambu é consideravelmente
elevada, podendo atingir valores de até 300 MPa em algumas espécies. Tal característica
é a responsável pela atratividade do bambu em substituição ao aço, principalmente
quando é observada a relação resistência à tração pelo peso específico, conforme
mostrado na tabela 2.

Tabela 2 - Comparação aço-bambu

Fonte: Tecnologias e materiais alternativos de construção (Adaptado pelos autores, 2003).

Pode-se observar que o valor da razão da resistência pelo peso específico


do bambu é quase três vezes menor do que a mesma relação para o aço. Em geral,
a resistência à tração do bambu, com ou sem nó, varia de 82 MPa à 317 MPa, e seu
módulo de elasticidade varia entre 5,5 GPa e 18 GPa.
Segundo o engenheiro civil Marçal (2008), quando comparamos os valores
médios de resistência à tração do material sobre o peso próprio, percebemos que o
bambu é capaz de suportar o equivalente e, em alguns casos, até uma carga maior
que a do aço.

10.8.3 Flexão

Para espécies com um elevado diâmetro e com maior distância entre os nós, é
possível a confecção de corpos de prova semelhantes aos de madeiras tradicionais,
porém nas madeiras deve ser adotada uma posição em relação a disposição dos
104

raios, sendo estes paralelos ou perpendiculares ao carregamento. Nos bambus, um


cuidado parecido deve ser tomado em relação à camada externa do colmo.
Existem, atualmente, trabalhos experimentais em desenvolvimento que buscam
o estabelecimento padrão dos ensaios para determinação da resistência à flexão
conforme corpo de prova utilizado. O valor pode variar conforme o tipo de teste e o
tamanho da amostra, conforme relatório da ONU (1972). Nos estudos de Beraldo (2003)
foi encontrada uma resistência à flexão de 75 MPa a 124 MPa. O valor do módulo de
elasticidade em relação a esse ensaio foi de 6 GPa até 14 GPa.

10.8.4 Cisalhamento

A força de cisalhamento do bambu é paralela ao sentido das fibras, ou seja,


se a peça de bambu se encontrar deitada horizontalmente, a força de cisalhamento
obedecerá ao mesmo sentido. Um dos grandes problemas que podem existir é
referente a fissuras causadas por forças de cisalhamento, e evitar o aparecimento
dessas fissuras significa prevenir a entrada de água e insetos nos colmos dos bambus,
fatores estes que contribuem para a diminuição do tempo de vida do material. É possível
dividir uma peça de bambu manualmente com o uso de um instrumento cortante, como
o facão, e um martelo. Se posicionado o facão no sentido das fibras e aplicar golpes
com o martelo, consegue-se assim dividir o material. Tal técnica será necessária para
o estudo de conexões de peças de bambu.
A resistência ao cisalhamento perpendicular às fibras dos bambus representa
cerca de 30% do valor da resistência à flexão, variando de 6 MPa até 56 MPa. É
possível observar os resultados obtidos nos ensaios realizados por Téchne (2008),
com diferentes espécies de bambu, demonstrando o valor médio encontrado em cada
tipo de ensaio.
105

Tabela 3 – Resistência mecânica de algumas espécies de bambu

Fonte: Téchne (Adaptado pelos autores, 2008).

10.9 Normas de construção com bambu

A ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas) é o Foro Nacional de


Normatização por reconhecimento da sociedade brasileira desde sua fundação, em
1940. Esta entidade privada e sem fins lucrativos tem por objetivo prover à sociedade
brasileira conhecimento sistematizado, por meio de documentos normativos,
indicando regras, diretrizes ou características para obtenção de um resultado simples
e padronizado. (MELO, 2010)
No ano de 2016, foi construída, na China, uma casa de bambu com dois
pavimentos, inspirada nos conceitos do Feng Shui. Esse conceito é baseado na forma
como moldamos a energia que se move por nossas casas. De acordo com o Studio
Cardenas, responsável por projetar essa estrutura, a utilização do bambu, além de
eficiente estruturalmente, minimiza as emissões de carbono na atmosfera terrestre,
maximiza a proteção ambiental e o desenvolvimento ecológico, e permite, segundo o
Feng Shui, que as energias da casa estejam mais conectadas com a energia natural
da Terra.
106

Figura 64 – Casa de bambu nos conceitos do Feng Shui.

Fonte: Studio Cardenas.

Visto que é um material já regularizado em países como China, Colômbia,


Equador, etc., estes países possuem valiosas informações sobre características
essenciais para o uso do bambu no lugar do aço em estruturas. Diversos profissionais
trabalham com esse material em estruturas Wood Frame, onde o bambu irá substituir
outro tipo de madeira convencional e assumir todo o papel estrutural da obra. Por esse
motivo, já existem normas técnicas para o uso do bambu na construção civil, além de
normas para colheita, tratamento, secagem e industrialização desse material.
Os países de origem asiática deram início aos testes físicos e mecânicos para as
orientações construtivas sobre o bambu, como é o caso da Índia (INDIAN STANDARD
6874). Contudo a mais utilizada e exemplo para as normas nacionais é a norma
internacional ISO 22156 e ISO 22157 (International Organization for Stardardization).
Países como Colômbia (NSR-10), Peru (NTE E.100) e Equador (NEC – GaK) já possuem
suas próprias normas para a construção.
As normas redigidas por estes países são de extrema confiança, apresentando
pesquisas completas, além dos ensaios realizados com amostras. Apresentam também
normas para o correto uso do material em várias situações de aplicação diferentes.
107

10.9.1 Norma Internacional – ISO 22156 e 22157

Em 2004 foram publicadas as normas internacionais que são utilizadas até


hoje: ISO 22157 - Determination of Physical and Mechanical Properties - Part 1:
Requirements, ISO 22157 - Determination of Physical and Mechanical Properties - Part
2: Laboratory manual, e ISO 22156 – Structural design.
A norma ISO 22157 determina as propriedades físicas e mecânicas do bambu,
sendo dividida em: Parte 1 – Requisitos e Parte 2 – Manual de laboratório. Nesta
norma podemos obter as seguintes propriedades: teor de umidade, massa por volume,
encolhimento, compressão, flexão, cisalhamento e tração. Há, na parte de requisitos,
informações para a realização de testes padrões que devem ser feitos por segurança
e prova do material a ser utilizado. A parte dois complementa o manual de uso para
testes laboratoriais.
Já a norma ISO 22156 tem maior preocupação com os requisitos de resistência
mecânica, capacidade de manutenção e durabilidade das estruturas de bambu. É
baseada nos estados limites e no desempenho das estruturas, se aplicando ao uso do
bambu em estruturas, seja ele cilíndrico, ripado ou laminado e colado.
Dentre as padronizações, para que haja o sucesso no desenvolvimento da obra é
imprescindível que as estruturas sejam projetadas por um profissional apropriadamente
qualificado e experiente. A verificação das qualificações do profissional para a
concepção de uma estrutura de bambu é da responsabilidade da jurisdição em que
o projeto deve ser construído. A supervisão adequada e controle de qualidade são
fornecidos em fábricas, plantas e no local.
O engenheiro brasileiro Vitor Hugo Silva Marçal, formado em engenharia civil
pela UnB, tem também diplomas no curso Bamboo Technologies Training Course
for Developing Constries pela Universidad Tecnológica de Pereira / Colômbia, onde
adquiriu o direito legal de ministrar cursos de técnicas construtivas pelo país, facilitando
assim o desenvolvimento do setor no Brasil. É graduado também pela China National
Bamboo Researh Center and Ministry of Commerce of China.
A partir de um curso ministrado pelo engenheiro Vitor Marçal, que afirma
serem simples as técnicas construtivas com bambu, qualquer profissional que siga
corretamente aos passos ensinados no curso estará hábil para construir uma residência
com bambu. Além disso, as características de secagem e tratamento devem ser
realizadas corretamente de acordo com o estabelecido nas normas. Seguindo essas
108

orientações e se devidamente projetada, a casa construída com bambu, substituindo


o aço estrutural, será entregue exatamente conforme as especificações do cliente.
Para início dos testes solicitados na norma, as dimensões de cada amostra devem
ser medidas corretamente na precisão de: 10mm para o comprimento do colmo, 1 mm
para o comprimento ou altura de uma amostra paralela ao eixo do colmo, 1 mm para o
diâmetro do colmo e 0,1 mm para a espessura da parede. O diâmetro deve ser medido
duas vezes em cada seção de corte, em direções perpendiculares, e a espessura de
parede deve ser medida quatro vezes nos mesmos locais da medição do diâmetro. As
amostras também devem ser pesadas anteriormente a cada teste com uma precisão
de: 10g para o colmo, 1g para amostras com mais de 100g e 0,1g para amostras com
menos de 100g. Para evitar variações significativas nas propriedades de resistências,
todas as amostras devem ser testadas com temperatura de por
cento de umidade relativa do ambiente. O mínimo de amostras para cada teste é de
12 unidades.
Para os testes de Compressão paralela às fibras, é possível obter a carga e
tensão máxima para o rompimento do corpo de prova, além do módulo de elasticidade
nominal. O teste deve ser realizado em um equipamento adequado, e pelo menos
um dos pratos de apoio do corpo de prova deve estar equipado com um rolamento
hemisférico, para obter distribuição uniforme do carregamento sobre as pontas do
corpo de prova.
Para reduzir o atrito entre as pontas do corpo de prova e a placa de aço da
máquina de teste, é recomendado o uso de chapas de aço fino, teflon e cera. As
amostras devem ser retiradas das partes basais, medianas e apicais do colmo de
bambu, e também devem ser marcadas de forma a identificar de onde vieram. As
amostras não devem conter nós e a altura deve ser igual ao diâmetro externo. Caso a
amostra possua 20mm ou menos de diâmetro, a altura deve ser duas vezes o diâmetro
externo.
109

Figura 65 – Ensaio de compressão do bambu: 1. Nó nas pontas; 2. Nó no meio; 3. Sem nó.

Fonte: Unisuam (2017).

Os planos da extremidade do corpo de prova devem estar perfeitamente em


ângulo reto ao comprimento da amostra. Os cortes das pontas devem ser planos, com
um desvio máximo de 0,2 mm e pelo menos dois medidores devem ser utilizados para
determinar o módulo de elasticidade em cada corpo de prova, cada um em um lado
oposto.
O corpo de prova deve ser posicionado de forma que seu centro coincida com
o centro do prato de apoio da máquina, e uma carga de no máximo 1 kN deve ser
aplicada sobre o corpo de prova para estabilizá-lo. A carga deve ser aplicada de forma
continua, com a parte móvel da máquina se deslocando a uma velocidade de 0,01
mm/s e a carga máxima para o rompimento do corpo de prova deve ser anotada.
A expressão para o cálculo é a mesma utilizada na norma Indiana. A máxima
tensão de compressão σ , em MPa (ou N/mm²), pode ser calculada através da
equação 1:

Onde:
Fult = Carga máxima, em Newton (N)
A = Área da seção transversal do corpo de prova utilizado, em mm2².
110

A equação 2 é utilizada para o cálculo da área:

Onde:
D = diâmetro externo, em milímetros
T = espessura da parede, em milímetros

Nos testes de flexão, é possível obter a carga máxima, a capacidade de


resistência a flexão de colmos de bambu usando o teste de 4 pontos, a curva de carga
X deflexão vertical e o módulo de elasticidade à flexão. O segmento de colmo deve
estar livre para rotação no apoio dos suportes, conforme figura 66.

Figura 66 – Ensaio de Flexão

Fonte: Unisuam (2017).

O vão livre da peça a ser ensaiada deve ter no mínimo 30 vezes o diâmetro
externo da peça e estar livre de defeitos aparentes. O tamanho total da peça deve ser
de pelo menos o tamanho do vão livre acrescido de meio entrenó em cada ponta. A
peça de bambu deve ser colocada sobre os apoios, permitindo que a peça encontre
naturalmente sua própria posição, posteriormente deve ser posicionada a peça que
divide a aplicação da carga, alinhando visualmente todos os elementos do teste junto
à máquina.
111

A carga deve ser aplicada de forma continua, com a parte móvel da máquina
se deslocando a uma velocidade de 0,5 m/s. Observa-se então as rachaduras,
descrevendo como ocorreu o rompimento, e após o teste deve-se medir novamente
o diâmetro externo e a espessura da parede o mais próximo possível do ponto de
aplicação da carga, podendo-se calcular o momento de Inércia.

O momento de inércia I, em é calculado a partir da equação 3:

Onde:
D = Diâmetro externo, em milímetros
t = Espessura da parede, em milímetros

A tensão admissível , no cálculo de flexão estática, em MPa


, é determinada conforme equação 4:

Onde:
IB = Momento de inércia, em mm4
F = Carga máxima, em Newtons (N)
L = Vão efetivo, em milímetros
D = Diâmetro externo, em milímetros

Módulo de elasticidade E, em MPa, deve ser calculado a partir da equação 5:


112

Onde:
L = vão efetivo, em milímetros
IB = momento de inércia, em mm4
= deflexão no meio do vão, em milímetros

Para os testes de cisalhamento, é possível obter a maior carga e tensão


necessária para rompimento do corpo de prova à cisalhamento paralelo às fibras.
O teste deve ser realizado de forma análoga ao teste de compressão, porém sem a
necessidade da camada intermediaria entre o corpo de prova e o apoio.
O suporte inferior deve ser feito de aço com a forma de dois triângulos opostos.
O suporte superior deve ter a mesma forma, porém rotacionado a 90 , formando assim
quatro planos de corte paralelos às fibras, assim como a norma Indiana recomenda.
As amostras devem ser retiradas das partes basais, medianas e apicais do colmo de
bambu e também devem ser marcadas de forma a identificar de onde vieram.
Metade dos corpos de prova devem conter nós e a outra metade devem ser
retiradas dos entrenós, e a altura dos corpos de prova deve ser igual ao diâmetro
externo. As faces de corte devem estar planas e as medições de altura e espessura de
parede devem ser realizadas nas quatro regiões de cisalhamento. O corpo de prova deve
ser posicionado com o centro alinhado ao centro do prato de apoio da máquina e uma
carga de no máximo 1 kN deve ser aplicada sobre o corpo de prova para estabilizá-
lo. A carga deve ser aplicada de forma continua, com a parte móvel da máquina se
deslocando a uma velocidade de 0,01 mm/s. A carga máxima para o rompimento do
corpo de prova e a quantidade de planos de rompimento devem ser anotadas.
A tensão máxima de cisalhamento , em MPa, é calculada a partir da equação
6:
113

Onde:
Fult = Carga máxima, em Newton (N)
∑ (t x L) = Somatória dos quatro produtos de t e L
t = Espessura da parede em cada um dos quatro pontos, em milímetros
L = Comprimento do corpo de prova em cada um dos quatro pontos onde as
espessuras foram medidas, em milímetros.

Para os testes de tração, é possível obter a carga máxima e tensão última de


rompimento à tração paralela as fibras. As garras de apoio do corpo de prova devem
assegurar que a carga está sendo aplicada no eixo longitudinal da peça testada e
deve prevenir rotação longitudinal da mesma. As garras devem pressionar o corpo de
prova perpendicularmente as fibras e em direção radial.
A carga deve ser aplicada de forma continua, com a parte móvel da máquina se
deslocando a uma velocidade de 0,01 mm/s. A carga máxima para o rompimento do
corpo de prova deve ser anotada. As amostras devem ser retiradas das partes basais,
medianas e apicais do colmo de bambu, as mesmas também devem ser marcadas de
forma a identificar de onde vieram.
Os testes devem ser realizados em corpos de prova com um nó, que deve
estar na região de menor área. Essas orientações são dadas para testes com
função comercial, para testes de pesquisas científicas o responsável pode definir os
parâmetros da forma que achar mais conveniente. A região a ser testada deve possuir
uma seção retangular, com dimensões próximas a espessura da parede do bambu na
direção radial e de 10mm à 20mm na direção tangencial.
O comprimento da região a ser testada deve ser entre 50mm a 100mm e as
pontas do corpo de prova devem assegurar que a falha aconteça na região de menor
área. Para minimizar as concentrações de tensão na área de transição é permitido
que as pontas dos corpos de prova sejam laminadas.
A região de menor área deve ser medida em três diferentes pontos de forma a
obter o valor médio das medições. Após prender as garras nas pontas do corpo de
prova a uma distância segura da região de menor área, deve-se aumentar a carga a
uma velocidade constante até o rompimento. Resultados obtidos por rompimento fora
da região de menor área devem ser descartados. A máxima tensão de tração , em
MPa, pode ser calculada pela equação 7:
114

Onde:
Fult = Carga máxima até o rompimento, em Newton (N)
A = Área média da seção transversal, na região de menor área, do corpo de
prova utilizado, em mm2²

Com os ensaios realizados e as normas aprovadas já conhecidas, o próximo


passo a se seguir para a regularização do material em construções civis trata-se do
conhecimento sobre técnicas construtivas com o bambu, onde e como é aplicado e as
exigências necessárias para que o processo seja totalmente seguro.
No Equador e no Peru são construídas casas demonstrativas em ambientes
públicos, com objetivo de apresentar para os que não conhecem e como impulsionar
o seu uso em construções tradicionais.
Figura 67 – Casa demonstrativa de bambu

Fonte: El Universo (2019).

10.10 Técnicas construtivas com bambu

Segundo Fusco (1975), a armadura de uma estrutura é o elemento estrutural de


115

uma edificação formada de concreto armado, composto pela associação de diversas


peças de aço. No momento do cálculo do dimensionamento das peças de aço, existe
um fator que combina todas as cargas com determinado grau de incerteza e as
transforma em um único número, que será responsável por maximizar a segurança de
uma obra. No caso de um pilar de concreto armado que receba uma carga concentrada
de 100 kN (lê-se quilonewton), por exemplo, esse valor de carga será multiplicado por
um número que representa o fator de segurança, e no caso do aço o valor é de 1,4.
Portanto, segundo o exemplo, a estrutura seria projetada para suportar uma carga de
100 kN vezes 1,4, resultando em 140 kN. A armadura desse pilar suportaria então um
peso extrapolado em até 40% do valor máximo calculado pelo projetista.
No caso do bambu em armaduras, devido à variação entre as espessuras das
paredes de bambu e também da variação da distância entre nós, é necessário um
valor maior de fator de segurança. Com esse valor elevado, as variações existentes
entre as peças de bambu não interferirão no resultado final do cálculo e garantirão a
segurança e estabilidade das estruturas. As estruturas com bambu recebem um fator
de segurança igual a 4 (MARÇAL, 2008), ou seja, a estrutura é projetada para suportar
uma carga igual a quatro vezes o valor da carga real de solicitação no projeto.
As conexões entre barras de bambu necessitam de cuidados especiais
para que atinjam uma rigidez elevada. Existem elementos chamados de tesouras
e triangulamentos que realizam o travamento da estrutura, garantindo resistência
suficiente para que haja a distribuição correta das cargas ao longo de toda a estrutura
final. A presença de travamentos contribui também para o aliviamento dos esforços nos
pilares principais de uma estrutura, que mesmo considerando um valor de segurança
alto, contribui para a diminuição do preço final da obra.
Figura 68 – Tesouras e travamento da estrutura de bambu

Fonte: Marquez (2007).


116

Visto que no Brasil ainda não existem normas para construção realizada com
bambu, é necessário, através do estudo das normas de outros países, garantir a
segurança para os moradores desse tipo de residência. Existem algumas técnicas
construtivas e cuidados que devem ser realizados nas etapas de construção de uma
obra.

10.10.1 Secagem, tratamento, transporte e armazenagem

O bambu é um material vegetal e, assim como todos os tipos de madeira, se os


processos de secagem e tratamento não forem realizados corretamente e os colmos
de bambu se apresentarem úmidos, durante a obra é provável o aparecimento de
insetos e fungos que podem alterar as características de resistência da peça.
Segundo a normal colombiana NSR – 10 (2010), todo bambu destinado à
construção de estruturas deve passar por um processo de secagem até que o teor de
umidade (CH%) esteja o mais próximo possível do teor de umidade de equilíbrio (CHE)
com o meio ambiente do local onde a construção será realizada. É usado o valor de
19% de teor de umidade como regra geral para utilização estrutural de bambus. O
processo de secagem pode ser realizado de duas formas:

Secagem natural: O processo de secagem é realizado ao ar livre, colocando os


colmos de bambu em contato com o meio ambiente. É orientado que esta secagem seja
realizada em pátio coberto e com circulação de ar. As peças devem ser posicionadas,
vertical ou horizontalmente, de forma que garanta o mínimo de curvaturas ao final do
processo. Dependendo das condições climáticas este processo leva de duas a oito
semanas para que a seiva escorrer e evaporar.
Secagem com fogo: Em climas úmidos e frios, a secagem com fogo é uma
alternativa, pois se trata de um processo mais rápido. De acordo com Johan Van
Lengen, do Instituto Tibá, deve-se cavar um buraco de pouca profundidade e cobrir
o solo com tijolos. Para que ocorra a secagem, o bambu deverá ser colocado 50cm
acima do fogo.

O tratamento mais eficiente das peças de bambu é o tratamento artificial e se


divide em dois principais métodos: a imersão e a substituição de seiva. A natureza do
produto químico utilizado também interfere na eficácia do tratamento, podendo estes
serem produtos hidrossolúveis (cromo, cobre e boro) e oleossolúveis (creosoto, ácido
117

pirolenhoso, etc.)
De acordo com Pereira & Beraldo (2008), o tratamento das peças deve ser
realizado logo após o corte dos colmos adultos (acima de três anos). A principal via de
penetração do produto químico são os vasos do metaxilema dos feixes vasculares das
extremidades do colmo, que é protegido por uma espécie de membrana impermeável.
Esses feixes vasculares serão os responsáveis por auxiliar na absorção da solução
preservativa, que deverá ser mantida em um ambiente juntamente com os colmos,
sendo expostos ao material por um período de 10 a 15 dias.
O método de substituição da seiva é considerado o método de tratamento mais
fácil. De forma semelhante ao tratamento por imersão, será reservado um recipiente
que comporte as peças de bambu a serem tratadas. Essas peças devem ser tratadas
logo após serem cortadas, ainda de pé na touceira, conforme figura 69, até que todas
as folhas sequem e caiam. O processo leva pelo menos sete dias, sendo que no
decorrer do processo é importante observar se não há falta o produto a fim de que o
processo de substituição da seiva não seja interrompido.

Figura 69 – Tratamento por substituição da seiva

Fonte: Asbraer (2011).

O transporte deve ser realizado através de um veículo coberto que impeça a


ação direta da chuva e também dos raios solares sobre as peças, e devem ser fixadas
de forma a impedir sua movimentação durante a viagem, garantindo assim que os
colmos de bambu cheguem na obra em perfeitas condições de uso.
O descarregamento das peças deve ser realizado de forma a não danificar
o material, devendo ser armazenado adequadamente em um local bem próximo
à execução da obra. É importante que o local de armazenagem esteja seco, com
cobertura, boa ventilação e boa drenagem. Preferencialmente armazena-se as peças,
dispondo-as horizontalmente sobre um recipiente afastado do solo. Na Figura 70 é
118

possível ver um exemplo de estocagem das peças de bambu, em um local construído


utilizando-se técnicas construtivas com bambu.

Figura 70 – Estoque de colmos de bambu na Colômbia

Fonte: Marçal (2008).

É importante lembrar que o sucesso de uma estrutura de bambu depende


diretamente do uso correto das técnicas de construção. Segundo a norma colombiana
NSR – 10 (2010), o bambu só deve ser utilizado na construção civil se os processos de
secagem, tratamento, transporte e armazenagem forem realizados em conformidade
com a norma vigente.

10.10.2 Fundação com bambu

A primeira técnica construtiva efetiva a ser estudada com bambu envolve uma
das primeiras etapas de uma construção civil: a fundação.
A fundação, como já visto, será a responsável por transmitir os esforços da
estrutura para o solo. O solo por sua vez apresenta uma grande variação de umidade
em um mesmo ponto, que pode se encontrar seco ou extremamente úmido dependendo
da estação em que foi medida. Foi visto também que a umidade é o principal fator
acelerador da degradação dos colmos de bambu, devendo estes encontrarem-se a
uma quantidade mínima de umidade constante desde seu processo de secagem até
a utilização do material em obra.
Sendo assim, é necessária a construção de uma fundação elevada em relação
ao terreno. A fundação pode ser construída conforme estabelecido pelas normas
119

existentes brasileiras, assim somente o concreto armado entrará em contato com a


superfície do solo. Portanto, a peça de bambu estrutural será interligada à fundação,
transmitindo as forças de tração, segundo a norma peruana NTE E.100 (2012), através
de conexões parafusadas.
Uma distância comprovadamente segura corresponde a um valor igual ou
superior a 40 cm em relação do nível do terreno (MARÇAL, 2008), podendo a base para
o apoio ser realizada com concreto, cerâmica ou lonas impermeáveis, responsáveis
por proteger a base da peça de bambu.

Figura 71 - Ligação solo-bambu

Fonte: Blog da arquitetura (2019).

10.10.3 Ligação bambu-fundação

Para uma ligação ideal entre a peça de bambu e a fundação é necessário, além
da elevação do bloco de fundação, que haja uma interação entre a vara e o bloco. A
peça de bambu deve penetrar de 15 a 25 cm na fundação de concreto, assim como
ser preenchida de concreto em distância proporcional. Por exemplo, se a barra de
bambu penetrar 20cm na estrutura de concreto, esses 20cm de bambu deverão ser
preenchidos com concreto e mais 20cm acima da fundação deverão também ser
preenchidos, criando uma ligação estrutural de bambu concreto com 40cm de altura
de concreto.
Para que seja realizado o preenchimento dos colmos, deve ser realizado um
furo longitudinal que atravesse os nós a serem preenchidos, e um furo superior ao
nível de concreto por onde a introdução do mesmo será feita.
120

Figura 72 – Furo superior e furo longitudinal, respectivamente

Fonte: Marçal (2008).


Além da ligação através do preenchimento dos colmos do concreto, a norma
peruana NTE E.100 prevê, para elevados valores de esforço à tração na estrutura, a
utilização de um parafuso acoplado dentro do colmo de bambu, fixado internamente
ao apoio estrutural.

Figura 73 – Fundação da estrutura de bambu.

Fonte: Norma peruana NTE E.100 (Adaptada, 2012).


121

10.10.4 Preenchimento dos colmos

Para que o preenchimento dos colmos de bambu seja realizado de forma


adequada, existem três critérios que devem ser observados:

Consistência da argamassa: A utilização de concreto pronto, com agregados


de elevado diâmetro máximo e densidade muito alta, tende a dificultar o preenchimento
homogêneo dos colmos pelo orifício da vara, possibilitando espaços vazios ou com
diferentes quantidades de cimento por colmo. O ideal para esse caso é a utilização
da pasta (cimento + água) e pouca quantidade de agregado miúdo (areia), formando
assim uma argamassa de concentração ideal.
Sistema de introdução da argamassa: A abertura pela qual será introduzida a
argamassa no bambu deverá apresentar um diâmetro com porte de pequeno a médio,
a fim de se facilitar o acabamento após preenchido. Deve-se atentar que a abertura
seja grande o suficiente para que a argamassa se adapte à estrutura com facilidade, se
espalhando através dos orifícios pelos entrenós.
Vibração durante o preenchimento: Durante o processo de preenchimento do
colmo é necessária a existência de algum tipo de vibração, para que o adensamento
do concreto aconteça de forma homogênea. A vibração pode ser feita com o uso de
vibradores de concreto, com um martelo de borracha ou até mesmo manualmente

10.10.5 Conexões

Desde o tempo da dinastia chinesaa, existem estruturas elaboradas utilizando


técnicas construtivas com bambu. No ano de 2016, a empresa Indonesian Architects
Without Borders desenvolveu uma ponte pública, na cidade de Solo, Indonésia,
completamente construída com bambus.
122

Figura 74 – Ponte de bambu na Indonésia

Fonte: Annalise Zorn (2017).

A empresa foi referência no setor construtivo devido ao desenvolvimento do


modelo de conexão entre as peças estruturais. Até então, as estruturas de bambu
utilizavam somente cordas ou fibras naturais para estabelecer os pontos conectivos.

Figura 75 – Conexão com encaixe e fibras naturais

Fonte: Marçal (2008).

Este tipo de conexão é uma forma arcaica de ligação entre as peças de bambu
que, apesar de apresentar considerável resistência, não garante durabilidade e pode
ainda causar patologias que tendem a cisalhar os colmos dos bambus. Com o passar
dos anos e contínuo aperfeiçoamento das técnicas construtivas com o bambu, passaram
123

a existir novas formas de conexão que garantem as características de resistência e


durabilidade eficiente em comparação aos outros métodos construtivos. Segundo
Marçal (2008), é de suma importância o conhecimento sobre os esforços existentes em
cada parte da estrutura, devendo ser escolhido o tipo de conexão conforme esforço
solicitado.

10.10.5.1 Conexões tipo Simon Velez

As maiores estruturas de bambu existentes atualmente são projetadas por


um arquiteto colombiano chamado Simon Velez. A técnica de utilização de concreto
preenchendo os colmos nos pontos críticos da estrutura é uma das características
de suas obras. Nas Figuras 76, 77 e 78 observa-se os três tipos de conexões utilizadas
por ele, com concreto preenchendo os colmos de bambu e duas ferragens realizando a
fixação das peças do material, que podem variar o ângulo entre .

Figura 76 – Conexão Simon Velez de 45 °.

Fonte: Marçal (2008).

Figura 77 – Conexão Simon Velez de 60°

Fonte: Marçal (2008).


124

Figura 78 – Conexão Simon Velez de 90

Fonte: Marçal (2008).

10.10.5.2 Conexão boca de pescado

Este é o tipo mais habitual de conexão utilizada em obras de bambu, possuindo


ramificações. Com o uso de uma serra copo ou lixadeira, é feito um corte transversal
na barra de bambu, de forma que o corte se encaixe no diâmetro da outra barra,
lembrando o formato de uma boca de peixe. É importante que o corte seja realizado
de forma correta a fim de evitar cisalhamentos no local do apoio entre as peças.
Além do apoio realizado de forma segura, é necessário que uma peça seja
fixada à outra de forma a segurar as estruturas contra os momentos aplicados e à
carga do vento, que se torna importante devido ao baixo peso da estrutura de bambu.
Esta fixação é realizada através de barras roscadas, porcas e arruelas de metal ou
de PVC. A fixação pode ser realizada entre duas ou mais peças, variando o corte de
acordo com o ângulo de inclinação desejado na conexão entre as peças de bambu.
É importante atenção quanto ao aperto da porca, evitando-se fissuras através do
excesso de aperto.
Figura 79 – Exemplo de conexões boca de pescado
125

Fonte: NTE E.100 (2012).

10.10.5.3 Conexão entre barras no mesmo sentido

Existem certos elementos estruturais que podem necessitar de barras com


comprimento relativamente alto. Apesar da existência de bambus com mais de 30m
de altura, existem fatores que tornam a utilização de peças desse tamanho inviáveis,
como a dificuldade de transporte, diferença de diâmetro e mudança de características
mecânicas entre o topo e a base. Portanto, a melhor opção para vencer grandes vãos
é a união de varas para se atingir o comprimento desejado. Existem 3 tipos principais
de união:

Embuchamento interno: é realizado com a utilização de uma terceira vara


de bambu para unir as outras duas. Deve ser feito um corte seco, longe do último
nó da vara, imediatamente próximo ao nó seguinte. As duas barras devem possuir
características semelhantes de diâmetro e resistência. A terceira barra deve apresentar
diâmetro próximo ao diâmetro interno das outras. A barra de menor diâmetro é encaixada
e parafusada nas outras duas, de forma que o nó da barra de ligação se localize o mais
centralizado possível entre as duas barras.

Figura 80 – Conexão por embuchamento interno

Fonte: Marçal (2008).

Trespasse de vara: nesse processo não é utilizado um terceiro elemento,


ligando-se diretamente as duas varas. Para isso, é definido o tamanho da barra
mais um comprimento extra. Esse comprimento se ligará paralelamente ao mesmo
comprimento da outra barra, sendo que o diâmetro final será igual ao diâmetro das
duas barras somadas. Elas serão ligadas através de dois parafusos com porcas.
126

Figura 81 – Conexão por trespasse de vara

Fonte: Marçal (2008).

Trespasse com embuchamento interno: é a combinação dos dois métodos


anteriores. A primeira parte do embuchamento é realizada da mesma forma com
um elemento interno. O trespasse deve ser realizado com uma barra que represente
2/3 da vara que será unida a outra, dividindo metade da barra para cada lado. Esse
tipo de conexão tem por vantagem melhor transmissão dos esforços assim como a
possibilidade de criação de peças estruturais mais longas.

11.1 Proteção contra intempéries

Existem alguns fatores ainda que podem prejudicar a durabilidade do bambu,


entre eles a exposição direta ao sol, chuva e umidade. A maioria pode ser evitada
através de um bom processo de tratamento e secagem, porém existem ainda meios
que podem ajudar a proteger a estrutura da residência.
O uso de beirais é uma das mais importantes medidas preventivas a se
tomar para a proteção das peças de bambu que estiverem à mostra. Dessa forma, a
quantidade de raios solares e chuva incidindo diretamente na estrutura será controlada.
O sistema de base elevada também contribui para evitar a umidade absorvida pelo
terreno. Veja, na Figura 82, um exemplo de casa construída com bambu no Equador,
em que a cobertura é estendida para proteger a estrutura tanto da chuva quanto da
incidência solar direta sobre a estrutura. Pode-se observar também a elevação da
base em relação ao nível do solo, garantindo uma distância segura do bambu para o
solo.
127

Figura 82 – Residência de bambu estrutural

Fonte: Owen Geiger (2018).

A utilização de produtos seladores ou hidrorrepelentes, além de beneficiar no


acabamento estético potencializando a beleza da estrutura, pode impedir a aderência
de sujeira e facilitar a limpeza. Existem tipos de vernizes que são capazes impregnar
nos veios do bambu, aumentando ainda mais a durabilidade e protegendo a estrutura
interna da penetração de águas pluviais e raios solares.

10.12 Levantamento da estrutura

A partir dos estudos realizados, define-se o método construtivo de alvenaria


estrutural como o mais eficiente para o levantamento da estrutura com bambu. Neste
método as paredes são erguidas com blocos de concreto, excluindo a utilização do
processo convencional de vigas e pilares.
Este sistema construtivo permite, além de uma obra mais barata e mais rápida,
uma grande eficiência econômica no quesito de materiais e organização de obra.
Neste processo, o consumo de madeira, aço e concreto já é bastante reduzido, visto
que os blocos chegam à obra prontos para montagem. O treinamento da mão-de-obra
torna-se mais fácil, e a organização no canteiro de obras é extremamente vantajosa.
Na Figura 83, pode-se observar a pouca quantidade de aço inserida na
estrutura, utilizando apenas o necessário para servir como barras de reforço verticais
e horizontais. São estes reforços que serão substituídos por barras de reforço de
bambu.
128

Figura 83 – Blocos de concreto estrutural

Fonte: Comunidade da Construção (2015).

Cita-se como principais características deste método construtivo:

• Maior rendimento da mão-de-obra para execução de alvenaria. O profissional


executa uma maior área quadrada por dia.
• A maioria das formas são construídas dentro das próprias canaletas,
eliminando formas de madeira e reduzindo a quase zero a utilização de aço.
• Para execução de alvenaria utiliza-se menos massa de assentamento, pois
a medida do bloco é maior.
• Obras realizadas a partir das medidas do bloco, diminuindo o risco do erro
de medidas.
• As tubulações elétricas e hidráulicas são instaladas enquanto se levanta
a alvenaria, o que gera economia e evita o desperdício de mão-de-obra e
materiais.
• Revestimentos com baixas espessuras devido ao perfeito esquadrejamento
dos blocos e da obra como um todo.
• Maior racionalização e industrialização, gerando maior rendimento da
mão-de-obra, o que possibilita a programação de gastos em cada etapa,
diminuindo o desperdício.

A substituição do bambu no método de alvenaria estrutural permite ainda uma


129

entrega da residência de forma rápida, mantendo os padrões estruturais tradicionais,


tornando assim a residência com bambu exatamente com as mesmas propriedade e
fins para um observador ou morador da residência, visto que as barras de bambu se
encontram internas à estrutura de blocos, podendo ou não passar pelo processo de
acabamento e pintura.

Figura 84 – Casa em alvenaria estrutural

Fonte: Comunidade da Construção (2015).


130

SETOR
131

11. SETOR

11.1 Histórico

A
construção civil é uma atividade humana milenar, consiste no conjunto
de técnicas produtivas da construção. O Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) define, pelo código 45, as atividades da
construção civil como sendo atividades de preparação do terreno, obras de edificações
e de engenharia civil, instalações de materiais e equipamentos necessários ao
funcionamento dos imóveis, obras de acabamento, contemplando tanto as construções
novas como as grandes reformas, restaurações de imóveis e a manutenção corrente.
No Brasil, a engenharia civil alavancou após a entrada da Família Real no país,
onde se inicia uma sistematização de estudos que origina o futuro crescimento das
cidades dessa época até os dias atuais, com construções de altos edifícios, pontes,
saneamento básico, metrôs e aeroportos.
No fim da Era Vargas, com a entrada do Brasil no bloco de aliados da Segunda
Guerra mundial, houve a implantação da indústria de base brasileira para produção
de aço, cimento, petróleo e energia. Posterior a isso, Juscelino Kubitschek implantou
o Plano de Metas conhecido como 50 anos em 5, o que implicou na necessidade
de várias malhas para escoamento da produção e, aliado a isso, o crescimento da
construção de casas e centros urbanos.
A partir dessas medidas, vieram novos planos de governos seguintes que
colaboraram para impulsionar o setor, como o Programa da Aceleração do Crescimento
(PAC), Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), Programa de Restauração e
Manutenção de Rodovias (CREMA), dentre outros.
132

Houveram também eventos de grande porte que foram de suma importância para
impulsionar o setor da construção no país, como a Copa do Mundo e as Olímpiadas,
que trouxeram a realização de novas obras e a implantação de grandes tecnologias e
inovações.
Para a Copa do mundo de 2014, no Brasil não havia estádios que atendessem
as especificações do padrão da Federação Internacional de Futebol Associação (FIFA).
Segundo balanço divulgado pelo Ministério do Esporte, para realizar construções e
reformas de 12 estádios ao longo do território nacional foram investidos quase um terço
do valor total de investimentos no evento, um montante de R$ 8,3 bilhões. Além dos
estádios, houve também a necessidade de melhorias nas redes hoteleiras, transporte
e infraestrutura das cidades sede.
Com isso, o setor de construção civil movimentou cerca de R$ 35 bilhões desde
2007. Porém, apesar de assinada a Matriz de Responsabilidades, documento que lista
todos os investimentos e órgãos responsáveis por financiar e realizar as obras e firma
prazos para as obras serem concluídas, poucas cumpriram o prazo e nem todas as
obras de mobilidade e infraestrutura foram acabadas. Ao todo foram 65 obras não
finalizadas, e que atualmente fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC2) ainda para continuidade.
As Olimpíadas Mundiais de 2016 também trouxe um “boom” de construções
especialmente em sua cidade sede, o Rio de Janeiro. A Matriz de Responsabilidade
Olímpica tinha na lista 52 obras, no valor de R$ 5,64 bilhões. A Prefeitura recebeu os
investimentos por meio da PAC para a realização das obras.
Nessas obras foram encontrados muitos vícios construtivos, além de
irregularidades nos projetos, superfaturamentos e falta de prestação de contas, obras
essas que entram para o histórico de corrupção brasileiro e alimenta as operações
investigativas da justiça.
A Lava-Jato, um dos maiores e mais famoso conjunto de investigações da
Polícia Federal, realizou a prisão de grandes executivos das maiores empreiteiras do
país que, junto à recessão econômica, empurrou o setor da construção civil para uma
grande crise desde 2016.
Frente à crise, o setor vem se redescobrindo para enfrentar o declínio. O
conservadorismo vem sendo deixado de lado para dar lugar ao empreendedorismo e
criatividade. Novos modelos de empresas e novas tecnologias vem dando fôlego para
o setor, visto que houve necessidade de inovação junto ao crescimento do pensamento
sustentável, e assim surgiram ideias sobre utilização de materiais não convencionais
133

para aplicação na construção civil. Existe o surgimento de novas técnicas e elementos


naturais, e o bambu é uma forte solução para substituição de elementos convencionais
da construção civil brasileira.
O bambu aplicado na construção civil não é uma inovação. Ele já é utilizado em
vários países como Colômbia, China, Peru e Índia, inclusive são normatizados nesses
países. Além disso, o bambu é utilizado milenarmente por diversas culturas ao redor
do mundo, como no uso de mobiliários, ferramentas, moradias, objetos decorativos,
dentre outras formas de uso.
Para o Brasil, o incentivo a pesquisas e desenvolvimento de estudos e técnicas
serão fundamentais para a normatização do uso do bambu na construção civil no
país. O bambu possui características suficientemente atrativas para o investimento na
aplicação e difusão do uso dessa gramínea. Esse novo método une a preocupação
com o meio ambiente à qualidade estrutural e seu uso pode se tornar realidade no
Brasil.

11.2 A Importância da indústria da construção civil

A indústria da construção civil é um setor de extrema representatividade


econômica no Brasil, e tem a capacidade de refletir direto na economia e no
crescimento do país. Isso deriva do seu alto consumo de recursos naturais disponíveis,
do emprego de diversos trabalhadores, da alimentação da enorme cadeia produtiva
ao seu entorno e da disponibilização de infraestrutura necessária para o crescimento
de uma comunidade, além de ser uma grande geradora de tributos.
O setor também é responsável por representar uma parcela significante do PIB
do país, somando cerca de 6% do todo. O histórico permite observar que quando a
economia apresenta bons números com o PIB, os investidores se sentem seguros
para retomarem os investimentos à construção, onde de forma resumida tem-se que
quando a economia vai bem, a construção acompanha.

11.3 Mercado Atual

O cenário de instabilidade do país levou a um esfriamento do setor, que vem


apresentando quedas consecutivas no PIB desde 2014, conforme é visto na Figura 85:
134

Figura 85 – Variação PIB Brasil x PIB Construção Civil

Fonte: IBGE (2018).

Dentre os fatores que contribuíram para esse declínio, podemos destacar: as


construções interrompidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), devido
à queda da arrecadação do governo, resultando na interrupção de várias construções;
os desfechos da Operação Lava Jato; as investigações que envolvem as maiores
empreiteiras do país em casos de corrupção, resultando em um decréscimo no
investimento que atingiu a credibilidade das empresas no mercado; e por fim, podemos
destacar o mercado imobiliário, que se deparou com uma crise, impulsionada pelos
altos juros somados à alta inflação do período. Até setembro de 2017, o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestou 73% menos para o ramo
de construção civil no Brasil em relação ao ano anterior, refletindo a recessão do país
(DUTRA, 2018).
Segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic) de 2016, feita
pelo IBGE, o número de empresas ativas do setor caiu 3.972 no ano. Essas quedas
alimentam os números referentes ao desemprego, visto que o setor de construção civil
no país requer grande volume de mão-de-obra. Desde 2013 até o terceiro trimestre de
2018 houve o encerramento de três milhões de postos de trabalho.
Em 2016, houve uma tentativa do governo para frear a queda de investimentos
135

e o decréscimo de empregos gerados pela retração do PIB. Foi lançado o programa


Crescer, que consiste em 25 projetos para os anos seguintes, na modalidade de
concessão e privatização na indústria, na construção civil, nas rodovias, aeroportos
e ferrovias. Em uma tentativa de estimular o setor da construção, o governo federal
aumentou o valor máximo do imóvel que pode ser financiado utilizando o valor do
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que era de R$950 mil reais, para
R$1,5 milhões de reais, valendo em todo o território nacional.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o crescimento da capacidade de
produção do setor de construção civil chegou a 65,5%, apesar de sua queda em 2018.
O mercado imobiliário também teve bons resultados, vendendo 118,4 mil unidades
residenciais, enquanto em 2017 foram apenas 93,5 mil.
A perspectiva do PIB para o setor é de crescimento de 1,3% até o final de
2019, após 5 anos de retração e encolhimento de 20,4% do setor. Existe também
o indicador de Índice de Confiança na construção que, teve um crescimento de 1,5
pontos em outubro no ano passado, e com isso as perspectivas de futuros tornam-se
mais confiantes e otimistas.

Figura 86 – Índice de confiança da construção civil

Fonte: FGV (2018).

A indústria da construção civil é um setor de grande representatividade econômica


no Brasil. Ela tem reflexos diretos na economia e crescimento do país, por ter grande
influência na geração de emprego e renda da população e, por isso, torna-se um setor
com responsabilidade significativa no Produto Interno Bruto (PIB). O planejamento e
136

implantação de novos programas, além da continuidade dos antigos, tem por objetivo
o fortalecimento do setor para a retomada do desenvolvimento econômico do Brasil,
crescimento do PIB e geração de novos postos de trabalho, visto que o desempenho
econômico e social brasileiro depende do crescimento desse setor.

11.4 Indústria Siderúrgica no Brasil

A indústria siderúrgica teve seu início em 1917 com o surgimento da Companhia


Siderúrgica Mineira, na cidade de Sabará, Minas Gerais. Em 1937, foi inaugurada a
Usina de Monlevade, com a capacidade de extrair 50 mil toneladas de lingotes de aço,
tornando-se a maior usina integrada a carvão vegetal do mundo. Na década de 30 e
40 foram criadas as Cia. Siderúrgica de Barra Mansa, Cia. Metalúrgica de Barbará e
Cia. Siderúrgica de Vitória, porém o Brasil ainda era dependente da importação de
aço.
A expansão da siderurgia teve início no governo Vargas com a inauguração
da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que recebeu financiamento dos Estados
Unidos e foi considerada a maior usina da América Latina. Em 1971, foi concebido o
Plano Siderúrgico Nacional, com o objetivo de aumentar a produção nacional de aço
de cinco milhões de toneladas para vinte milhões e elevar a capacidade de exportação
para 20% até 1980, porém o país não conseguiu atingir as metas estabelecidas e
só se tornou um grande exportador durante a década de 1980, devido à ocorrência
de uma retração no mercado interno, obrigando as empresas a procurarem outros
clientes no exterior.
Figura 87 – Produção e comércio exterior de aço no Brasil
137

Fonte: IABR e BNDES (2012).

Em 1988, foi lançado o Plano de Saneamento do sistema Siderbrás, cujo objetivo


era privatizar a usinas de pequeno porte e produtoras de aço longo, e assim a maioria
das usinas foram vendidas para a Gerdau. Em 1990, foi elaborado o Plano Nacional
de Desestatização, onde as principais usinas que estavam no poder do Estado foram
vendidas.
De acordo com o Instituto do Aço Brasil, em 2018 o país contava com 32 usinas
administradas por 12 grupos empresariais, onde foram produzidos 35,4 milhões de
toneladas de aço bruto e o país foi considerado o 6° maior exportador líquido de aço
(exportações – importações) com 11,5 milhões de toneladas.

11.5 Oportunidades, Tendências e Inovações

O segmento da habitação popular, com o Programa Minha Casa, Minha Vida


(MCMV), recebeu R$ 70,5 bilhões em recursos do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), representando um aumento de R$ 7 bilhões em relação ao orçamento
inicial. Segundo dados do governo federal, dos R$ 70,5 bilhões para habitação, R$
51,5 bilhões foram direcionados a projetos populares, o que ressalta a notoriedade que
o governo vem realizando para habitações e para famílias de baixa renda (DUTRA,
2018).
Pelo menos sete das grandes empresas da construção civil do Brasil foram
citadas ou ainda estão na mira da Operação Lava Jato, encarando problemas
financeiros, de recuperação judicial, entre outros. Isso indica uma redução do mercado
e uma menor concorrência para empresas de pequeno e médio porte que buscam
emergir no mercado. O momento de recuperação de confiança do consumidor, juros e
inflação em patamares moderados colaboram para abrir caminhos para empresas que
saibam aproveitar o momento favorável.
Há um destaque especial para as chamadas construtechs (startups do setor
de construção civil). Elas são as grandes apostas para ajudar a elevar a curva de
crescimento do setor de construção civil. Amure Pinha, presidente da ABStartups,
afirma que em 2019 haverá um aumento de 25% no ramo dessas empresas de perfil
inovador. De 2016 até 2019, houve um aumento de 116% de negócios desse tipo,
um segmento de crescimento em potencial. No Mapa da inovação, observa-se dados
sobre os cinco estados com o maior número de construtechs do país.
138

Figura 88 – Mapa de inovação

Fonte: Exame (2019).

A sociedade está se adequando às mudanças de visões em relação ao meio


ambiente e vão se preocupar cada vez mais com construções de acordo com as leis
ambientais e que busquem valorização da natureza. Esse quadro estimula o setor
a pesquisar por técnicas de substituição e reutilização de materiais e otimização de
processos, o que pode gerar menores custos com a obra e reduzir desperdícios, além
da diminuição do impacto ambiental.
Segundo dados do Green Building Council Brasil, uma construção parcialmente
sustentável pode gerar diversas economias, como a redução de até 40% no uso da
água, 35% de redução da emissão de gás carbônico e também 65% desperdício.
Uma alternativa viável e verde para a substituição do aço é o método construtivo
139

Woody frame, que consiste na utilização de madeira na parte estrutural da casa. Antes
de ser implantada, ela recebe um tratamento contra cupins e umidade e também é um
método rápido de construção.
No Brasil, existem pesquisas para o desenvolvimento de novos métodos
construtivos, mas de acordo com a consultora da Câmara Brasileira da Indústria
da Construção (CBIC), Georgia Grace, existem alguns obstáculos que dificultam o
desenvolvimento de novos modelos, como a questão cultural, pois ainda existem
pessoas que acreditam que apenas casas feitas de alvenaria convencional de
vedação e concreto armado são seguras. A falta de comunicação entre a academia e
o mercado, a falta de conhecimento dos profissionais e a falta de divulgação também
são outros obstáculos.
É fundamental que a construção civil se mantenha atualizada, pois a utilização
de novos materiais e processos podem permitir uma redução dos custos e otimização
dos processos na empresa. O avanço da tecnologia abre novos horizontes para o setor
de construção, podendo ser vista em várias etapas como a preliminar, e atualmente
o terreno, por exemplo, pode ser mapeado por meio de imagens georreferenciais
fornecidas por drones e scanners. Na fundação, a criação do radier permitiu fazer as
escavações de um terreno em pequena escala.
Além disso, o uso de softwares tem facilitado os diagnósticos de engenharia civil,
como o sistema BIM (Building Information Modeling), que pode realizar uma simulação
de toda obra através de softwares específicos e em 3D, sendo assim possível identificar
problemas de compatibilização entre projetos, agilizar os orçamentos, analisar os
efeitos de iluminação, tudo isso antes de começar a obra.
O uso de impressoras 3D promete revolucionar a construção civil. A China
construiu um prédio de cinco andares utilizando apenas tal ferramenta, contando com
6,6 metros de altura, 10 metros de largura e 40 metros de comprimento.
Os investimentos em Inteligência artificial (IA) também é um caminho que
tende a crescer e pode ajudar tanto na segurança no canteiro de obras, quanto no
aumento da praticidade e do conforto do consumidor final, pois tem o intuito de realizar
processos rotineiros com menor intervenção humana.
Para chegarmos à construção 4.0, conceito que busca mais uma inovação no
setor na história da construção civil, a internet das coisas irá gerar grandes mudanças
e transformações, pois trarão melhorias na otimização e diferenciação das obras,
além de ajudar no controle, rastreamento e movimentação de matéria-prima durante
o processo de construção, evitando imprevistos e oferecendo maior controle e
140

performance para os projetos.

11.6 O efeito regulador do governo, legislação e órgãos fiscalizadores

Atender às normas que devem ser seguidas e entender a sua aplicabilidade é


fundamental para estar em dia com os padrões exigidos e órgãos regulamentadores,
além de evitar sérios problemas estruturais que poderão trazer riscos financeiros e
também riscos à vida de quem usufruir das obras.
A legislação é muito ampla e varia de acordo com o local. O primeiro passo é
contar com profissionais credenciados, engenheiro ou arquiteto, para gerenciamento e
projeto da obra. A fim de regulamentar a profissão e fiscalizá-la de forma eficiente, existe
um conselho (para engenheiros, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
(CREA) e para os arquitetos o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU)), e além
disso todo projeto haverá a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) emitida pelo
conselho atribuindo a responsabilidade técnica ao profissional que elaborou o projeto.
Além disso, existe a legalidade jurídica do terreno e sua viabilidade para
construção, onde é preciso dispor de todas as consultas legais e técnicas em todos
os órgãos relevantes (prefeituras, concessionárias de água, esgoto e energia elétrica,
órgãos ambientais), para viabilização do empreendimento. Há também a fiscalização
do corpo de bombeiros para a regulamentação quanto à prevenção de incêndios e
acidentes.
A normatização das técnicas de construção civil é feita pela Associação Brasileira
de Normas e Técnicas (ABNT), órgão que regulamenta e responsável por estabelecer
padrões nos processos de construção civil para conferir mais qualidade e segurança
nas construções. Para isso foram estabelecidos parâmetros de trabalho, chamados de
NRs (Normas Regulamentadoras) e NBR (Normas Brasileiras Regulamentadoras) que
focam na prevenção dos acidentes decorrentes do trabalho no setor de construção civil.
Ao todo, conta-se com 881 normas separadas em 5 grupos: Viabilidade, contratação e
gestão; Desempenho, projetos, especificação de materiais e sistemas de construção;
Execução de Serviços; Controle Tecnológico e Manutenção.
De acordo com a ABNT, é possível identificar mais de 300 normas técnicas sobre
o aço e produtos siderúrgicos. Em um mundo competitivo e globalizado, a normalização
é necessária, pois favorece a comunicação entre clientes e fornecedores, promove
a colaboração técnica de empresas, universidades e laboratórios, assegurando a
qualidade no estabelecimento de especificações e requisitos de produtos ou sistemas.
141

No Brasil, não existe uma norma para o uso do bambu como matéria prima na
construção civil, assim para desenvolver o novo método construtivo serão utilizadas
como referência as normas: ISO 22157 - Determination of Physical and Mechanical
Properties - Part 1: Requirements, onde consta informações para a realização de testes
padrões a serem realizados e ISO 22157 - Determination of Physical and Mechanical
Properties - Part 2: Laboratory manual, onde serão determinadas as propriedades:
teor de umidade, massa por volume, encolhimento, compressão, flexão, cisalhamento
e tração. A ISO 22156 – Structural design, a qual preocupa-se com os requisitos de
resistência mecânica, capacidade de manutenção e durabilidade das estruturas de
bambu.
O cumprimento de todas as normas e legislação, assim como a fiscalização
na construção civil, são formas de garantir a segurança para os profissionais que
trabalham, assim como segurança para o consumidor que irá usufruir do projeto
realizado.
142

PESQUISA
FOCUS GROUPS
143

12. PESQUISA FOCUS GROUPS

12.1 Objetivo Geral

A Investigação social através do método focus groups com a interação de


diferentes pessoas que possuem as mesmas dores de mercado, buscando entender
seus problemas, enxergando através de diferentes pontos de vista, a fim de estabelecer
um norte das ideias que serão exploradas com mais detalhes para solucionar o
déficit habitacional da população de baixa renda. Através da análise e intepretação
dos dados investigados, busca-se desenvolver projetos de engenharia acessíveis
financeiramente que poderão auxiliá-las a adquirir o primeiro imóvel.

12.2 Objetivo Específico

1. Por que vocês ainda não compraram imóvel próprio?


É importante saber o motivo que está impedindo as pessoas de comprar o
imóvel próprio, a fim de buscar uma alternativa a facilitar a solução o problema.

2. Dentre esses problemas, quais vocês julgam mais impactantes?


É necessário saber qual problema impacta mais na hora da compra para
que, caso não seja possível solucionar todos eles, seja possa focar no que é mais
impactante.

3. Quais ideias vocês dariam para facilitar a compra do imóvel próprio?


É importante identificar possíveis soluções para que se possa lapidar as ideias
144

com objetivo de desenvolver a solução final.

4. Quais as características do imóvel são mais importantes na hora da compra?


Cada grupo de pessoas tem visões diferentes do que é importante ou não.
Assim, será possível desenvolver projetos mais acessíveis reduzindo uso excessivo
de recursos.

5. Quais os principais problemas que vocês encontram nos imóveis atuais


para pessoas de baixa renda?
As pessoas não compram nada que possa vir a prejudicar sua vida ao invés
de facilitar, portanto, deve-se assegurar que os imóveis projetados atendam aos seus
propósitos mesmo sendo de baixo custo.

6. Você abriria mão de qual característica de um imóvel para deixá-lo mais


acessível financeiramente?
Há imóveis com incrementos que nem sempre são importantes para os
moradores, e é uma informação valiosa para poder reduzir custos de mão-de-obra e
tempo de construção.

7. Vocês comprariam imóveis feitos com materiais sustentáveis mais acessíveis


como por exemplo substituição parcial do aço por bambu com a garantia da segurança
e estabilidade?
Porque influência diretamente na decisão de compra e que se possa buscar
outras alternativas caso não seja aceito.

12.3 Metodologia

12.3.1Tipos de Pesquisa

A Pesquisa Programática Exploratória de Dados Secundários busca informações


em dados já existentes, como por exemplo, na internet. Conforme foi feita a pesquisa,
e comprovada com dados da FGV, nos próximos dez anos haverá um déficit de 9
milhões de domicílios, uma visão nada otimista considerando que só em 2017 o déficit
era de 7,8 milhões de domicílios em um país com 73 milhões de famílias.
A Pesquisa Focus Group é método de pesquisa que será aplicado a um grupo
145

de 8 a 12 pessoas em um ambiente com o mínimo de interferências externas, com


auxílio de um gravador ou câmera, a fim de debater livremente sobre os problemas
em relação ao déficit habitacional, na presença de um moderador para direcionar o
assunto.

12.3.2 Moderadores

Os moderadores serão pessoas maiores de 18 anos e de várias classes sociais,


autores do projeto de graduação Esamc.

12.3.3 Abordagem

A abordagem será feita pessoalmente com os entrevistados, a fim de obter


um número maior de informações. A pesquisa será realizada com pessoas de classe
baixa e média que não tem casa própria com perfil acima de 18 anos, sejam homens
ou mulheres e que residem no município de Uberlândia, para que se possa coletar o
máximo de dados em relação ao problema.

12.3.4 Script

Após reunir as pessoas em um ambiente calmo, preferencialmente fechado, o


moderador esclarece o objetivo da reunião:

Moderador: “Bom Dia! Estamos reunidos nesse momento para discutirmos


sobre as dificuldades em adquirir o imóvel próprio e também para propor ideias para
solucionarmos esse problema. Conto com a colaboração de todos para debatermos
sobre o assunto. ”
O moderador direciona o debate de acordo com as perguntas propostas no
questionário, podendo modificá-las se necessário de acordo com a evolução das
ideias. Após finalizado o debate, o moderador finaliza a seção:

Moderador: “Muito obrigado pela colaboração de todos, tenham um excelente


dia! ”
146

12.4 Questionário

• Por que vocês ainda não compraram imóvel próprio?


• Dentre esses problemas, quais vocês julgam mais impactantes?
• Quais ideias vocês dariam para facilitar a compra do imóvel próprio?
• Quais as características do imóvel são mais importantes na hora da compra?
• Quais os principais problemas que vocês encontram nos imóveis atuais para
pessoas de baixa renda?
• Você abriria mão de qual característica de um imóvel para deixa-lo mais acessível
financeiramente?
• Vocês comprariam imóveis feitos com materiais sustentáveis mais acessíveis
como por exemplo substituição parcial do aço por bambu com a garantia da
segurança e estabilidade?

10.5 Conclusões

Foi realizado um debate em grupo com seis pessoas moradores do assentamento


do Chácaras Panorama e três moradores de aluguel em Uberlândia com idade superior
a 18 anos, e pôde-se concluir que:

• Eles não adquirem um imóvel próprio pois não tem renda suficiente, existem
pessoas na família que estão desempregadas e sofrem com os baixos salários.

• Os salários baixos em relação aos custos de vida no país é o que mais impacta
na aquisição do imóvel próprio.

• Programa Minha casa, Minha vida não consegue atender a toda a demanda.
Segundo os entrevistados, alguns já estão cadastrados há dez anos no programa
e não foram beneficiados, mesmo vivendo em situações bem precárias em
barracos de lona e madeira, com saneamento básico precário. Uma moradora
de aluguel também informou que se encaixa em 4 dos 5 critérios do programa,
e para que pudesse comprar uma casa precisaria de pelo menos uma renda
equivalente à dois mil reais.
147

• Reclamam também dos valores de entrada que custa em média 20% do valor do
imóvel, o que é bastante elevado na maioria das vezes. Alguns até conseguem
pagar as parcelas, mas não possuem o valor de entrada. Conforme citado por
uma das participantes, “não tem como dar entrada se depois não vou ter dinheiro
nem para comer, eles poderiam encaixar a entrada no valor das parcelas”.

• Alta burocracia e pouca personalização do governo para atender as diferentes


dificuldades que cada pessoa enfrenta no país para conseguir a casa própria.
Gastos elevados com contas como água, energia e comida que acabam
comprometendo a renda familiar.

• Os moradores não têm muitas exigências quanto às características de um


imóvel, buscam somente o básico.

• Não são resistentes a novas ideias e aprovam novos métodos de construção,


como por exemplo, foi citado a substituição parcial do aço por bambu desde que
comprovada a segurança por órgãos regulamentadores, e foi constatado que
buscam construções simples, mas feitas com qualidade.

• Elogiam os métodos construtivos dos antepassados, justificando pelo fato de


que custavam menos e tinham tanta resistência e duração quanto as casas
atuais, mesmo feitas utilizando barro, madeira e bambu, como por exemplo as
casas de pau-a-pique. Um dos moradores citou durante o debate: “O bambu
enverga, mas não quebra. Ele dura e resiste ao tempo e até ao fogo durante
bom tempo até começar a queimar”.

• As instalações hidrossanitárias, elétricas, segurança e entrega de casas com


muros prontos e feitos com qualidade são os requisitos mais importantes para
eles do que a parte estética da construção.

• Não gostam de pagar aluguel, pois de acordo com a fala de um dos entrevistados
“o pior investimento que existe é pagar aluguel”, não importando também com
o tipo de construção. “Para sair do aluguel não importa se é feito de madeira ou
de alvenaria, eu acho que o importante é sair da dificuldade e ter casa própria”,
completou.
148

SEGMENTAÇÃO
DE CLIENTES
149

13. SEGMENTAÇÃO DE
CLIENTES

N
o ano de 2017, foi realizada uma pesquisa pela empresa Dino, divulgador
de notícias, com objetivo de saber qual era o sonho dos brasileiros em
uma época de crise.
O país passava por uma crise econômica que afetou os brasileiros, principalmente
em relação ao aumento das taxas desemprego, acesso restrito ao crédito, taxa de
juros altas e redução do poder de compra. Foi questionado aos entrevistados sobre
o desejo de ter um imóvel próprio, 63% não tinham conseguido realizar o plano de
comprar seu imóvel, e mesmo não tendo condição financeira para realizar o sonho da
compra do imóvel próprio, 62% dos entrevistados estavam realizando planejamento
financeiro para concretizar este sonho.
Após analisarmos pesquisas primárias e secundárias referentes à dor de
mercado a ser suprida, chegou-se à definição do modelo de negócio, e estabelecido
que será voltado para a segmentação B2B e B2C.

13.1 Segmentação Business to Business (B2B)

A segmentação B2B, ou também chamada de marketing empresarial, refere-se


a empresas que vendem produtos ou serviços para outras empresas, instituições e
governo.
O modelo de negócio elaborado tem como objetivo alcançar a prefeitura da
cidade de Uberlândia, localizada no estado de Minas Gerais, com 683.247 habitantes
de acordo com o IBGE em 2018. A cidade tem uma renda per capita de R$ 22.926,50,
apresenta um valor de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,789. O setor de
construção civil é de grande importância na cidade, pois, de acordo com o Sindicato
da Indústria da Construção Civil do Triângulo Mineiro (Sinduscon-Tap), o setor teve um
150

aumento de 48,13% no primeiro semestre de 2018.


Atualmente, existe na cidade um programa habitacional intitulado Tchau Aluguel,
programa voltado para construção de casas populares para população com renda
entre R$1.800,00 e R$ 2.600,00, e que não tenham nenhum tipo de imóvel próprio. Já
as pessoas com renda de até R$ 1.500,00, são inscritas no programa Minha Casa,
Minha vida.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação
(Sedesth) é responsável por verificar quais construtoras possuem interesses em
participar do processo de licitação. Para atender entidades governamentais, é preciso
passar por um processo de licitação, previsto na Lei número 8.666 de 21 de junho de
1993. Esse procedimento visa eleger a empresa/proposta que será mais vantajosa
para o órgão público, por meio de uma disputa entre os interessados. Em 15 de
dezembro de 2010, foi sancionada uma lei complementar a esta, de número 12.349,
que em seu parágrafo 7 diz:
“§ 7o Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de
desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido
margem de preferência adicional àquela prevista no § 5o. “
Mediante esta lei complementar, é vista uma oportunidade de negócio, já que a
proposta de projeto é elaborar um novo método construtivo.

13.2 Segmentação Business to Consumer (B2C)

Business to Consumer significa empresa para o consumidor, onde uma empresa


tem suas operações realizadas diretamente com o consumidor final. Para entender
melhor esse consumidor é necessário analisar algumas variáveis que possam definir
o perfil desse cliente.

Geográfica: Esta variável tem o objetivo definir a área de atuação. O modelo de


negócio proposto deseja atingir moradores da cidade de Uberlândia.
Demográfica: Esta variável tem o objetivo definir algumas características do
cliente. Portanto, o público alvo são homens e mulheres, casados ou solteiros, que
possuem idade mínima de 18 anos e com renda de até três salários mínimos.
Psicográfica: Tem como objetivo definir o estilo de vida, princípios e a
personalidade do público alvo. Assim, foi estabelecido que são pessoas que trabalham
muito para ter uma melhor condição de vida, sonham sair do aluguel ou deixar a casa
151

de parentes.
Comportamental: Objetiva analisar a motivação do cliente em obter um produto
ou serviço. Quando procura-se entender o porquê de as pessoas quererem a aquisição
de seu próprio imóvel, pode-se entender que sua motivação é deixar de pagar um
imóvel alugado, visto que esse dinheiro não retorna para o cliente, e comprando sua
casa as pessoas entendem que é um investimento com retorno sólido. Observando
outro público alvo, existem os moradores de assentamentos cuja motivação seria
comprar um imóvel que oferecesse conforto, segurança, água e saneamento básico.

13.3 Comportamento de Compra

Compreender o comportamento do consumidor consiste em entender como


organizações, grupos e pessoas escolhem, compram, utilizam e descartam produtos
e serviços com objetivo de realizar suas necessidades e desejos. É importante estudar
fatores, influências e hábitos que possam interferir no processo de escolha, pois
assim as empresas podem traçar estratégias que possam beneficiá-las em relação
ao consumidor.

13.3.1 Fatores culturais

A cultura está presente nas construções civis desde que o homem entendeu a
necessidade de construir um lugar para se proteger e descansar. Então eram utilizados
materiais encontrados na própria natureza como barro, pedra e madeira.
Os diferentes tipos de residências encontradas no Brasil foram influenciados
por fatores naturais como clima, vegetação, relevo e também por fatores culturais
que determinaram a arquitetura e escolha dos materiais usados nas construções.
No Rio Grande do Sul, é possível identificar a influência dos imigrantes alemães nas
construções, que são encontradas em países com clima diferente e são caracterizadas
por apresentarem telhados no formato V invertido, a fim de de não acumular neve.
Portanto, a cultura direciona o método construtivo. Independentemente se forem
utilizados os mesmos materiais construtivos, as técnicas são diferentes, pois dependem
do conhecimento e das referências em construí-las. A cultura também influencia na
decisão de compra do cliente, seja na decoração do imóvel, na sua localização ou no
financiamento do imóvel, pois a escolha depende dos valores, costumes e crenças
que são transmitidos pela família.
152

Em uma pesquisa realizada pela Accenture (2019), com o objetivo de entender


o consumidor brasileiro, 83% dos entrevistados informaram que escolhem comprar
produtos de empresas com propósitos que remetem aos seus valores.

13.3.2 Fatores sociais

O fator social é representado pela a influência de amigos ou família nos


pensamentos, sentimentos e no comportamento do cliente. Possuem grande
influência na decisão, pois, quando uma pessoa decide comprar uma casa, buscam
por referências sobre a construtora através da internet e procuram saber se algum
amigo e familiar conhece a empresa.
A família exerce um papel muito importante de auxiliar no processo de tomada
de decisão, fazendo com que a escolha seja coletiva e participativa. Em alguns casos,
a construtora pode ser a melhor da região, mas se o cliente conhecer alguém que teve
algum problema com certeza sua opinião será determinante no processo de decisão
de compras. De acordo com a pesquisa realizada pela HubSpot em 2018, com o
objetivo de compreender fatores que influenciam no processo de decisão de compras,
46% dos entrevistados levam em consideração conselhos de amigos e familiares.

13.3.3 Fatores pessoais

Os fatores pessoais são caracterizados pela individualidade de cada pessoa,


suas experiências e condição financeira que exercem uma influência no seu
comportamento de compra. Com o objetivo de compreender melhor o indivíduo, serão
analisados alguns elementos que compõem esse fator.

13.3.3.1 Idade e estágio do ciclo de vida

As necessidades e vontades alteram de acordo com a idade e estágio de vida


da pessoa. Desde a infância, as crianças crescem ouvindo que é importante trabalhar,
estudar e constituir uma família e ter a sua própria casa.
Ao atingir a maioridade, algumas pessoas já pensam em deixar a casa de seus
pais para construírem sua própria vida. Assim, surge a necessidade de encontrar um
lugar para morar, onde alguns vão morar de aluguel até conseguirem se estabilizar
financeiramente e outros vão atrás de adquirir seu próprio.
153

Em pesquisas primárias, podemos ver que pessoas com idade superior aos
18 anos já possuem o desejo de ter o seu imóvel, e conforme os anos passam
essa vontade acaba se tornando uma necessidade. De acordo com uma pesquisa
secundária divulgada pela Exame em 2015, foi construído o perfil do comprador em
potencial brasileiro de imóveis. Os resultados revelaram que a idade média é de 33
anos, 52% têm filhos e 56% são solteiros.

13.3.3.2 Condições financeiras

As condições financeiras possuem um grande impacto no processo de decisão


de compra. Por meio de pesquisas secundárias, segundo a Fundação Getúlio Vargas,
o déficit habitacional corresponde à 91,7% em famílias com renda de até três salários
mínimos. Já em pesquisas primárias, percebemos que 71% dos entrevistados não tem
casa própria e a renda predominante foi de dois salários mínimos.
Dessa forma, buscou-se compreender qual a influência da renda salarial
aquisição de um imóvel, e foi verificado que os entrevistados não conseguiram ainda
comprar seus imóveis devido a sua renda não atender às formas de financiamento
disponibilizados no mercado.

13.3.3.3 Estilo de vida

O estilo de vida corresponde aos hábitos diários, interesses, opiniões e desejos.


O consumidor o associa a produtos e marcas que exercem um posicionamento na
sociedade. De acordo com a pesquisa realizada pela Accenture, 79% dos entrevistados
esperam que empresas tenham posicionamento em assuntos como política, cultura,
sociedade e meio ambiente.
Ao realizar pesquisas diretamente com o público alvo do projeto, foi possível
perceber que são pessoas simples, com longa jornada de trabalho e procuram ter um
estilo de vida com mais conforto. Mesmo com uma renda menor, ainda sonham em ter
suas próprias casas e condições de lazer para suas famílias.

13.3.3.4 Personalidade

A personalidade influencia na escolha de amigos, interesses, profissão e nas


aspirações futuras, e por isso ela é essencial no processo de decisão de compra.
154

É dividida em quatro perfis de comportamento: o cliente pode ter um perfil amável,


analítico, expressivo ou condutor. Sendo assim, a empresa deve saber identificar o
tipo de cliente com o qual se relaciona para que seja criado um vínculo.
Verificou-se, mediante as entrevistas, que público alvo tem ciência do que
querem e estão abertos para novos tipos de métodos construtivos, porém exigem que
seja um método seguro.

13.3.4 Fatores psicológicos

O fator psicológico consiste em como cliente percebe suas necessidades, seus


valores e atitudes tomadas pela influência da sua percepção.

13.3.4.1 Percepção

A percepção consiste na forma que o indivíduo escolhe, organiza e interpreta


todas as informações recebidas por meio dos cinco sentidos, sendo eles: audição,
visão, olfato, paladar e tato. Dessa forma, as pessoas recebem os estímulos e formam
uma imagem considerável do mundo.
O processo perceptivo envolve três etapas: atenção, distorção e retenção
seletiva.
No dia a dia, as pessoas estão expostas a uma variedade de propagandas e,
por apresentarem uma atenção seletiva, o estímulo não é eficiente, pois nem todos
possuem os mesmos interesses de mercado. Quando uma pessoa vê um anúncio,
ela interpreta as informações e dá um sentido pessoa. Esse processo é chamado de
distorção e, se ela tiver sua opinião sobre uma marca, dificilmente mudará os seus
conceitos.
Por fim, a retenção seletiva ocorre após o processo de atenção e distorção e faz
com que todo produto seja analisado e fique guardado na memória. Se o produto está
armazenado na mente é porque a pessoa sentiu o interesse em adquiri-lo e quando
tiver oportunidade fará tão ação.

13.3.4.2 Aprendizagem

A aprendizagem é a forma como as pessoas obtém conhecimento e por meio


da experiência gera um comportamento referente a algum assunto, sendo passível de
155

mudança.
É necessário que as empresas tenham foco em como vai ser a experiência do
cliente em relação ao produto ou serviço oferecido, pois, se não for positiva, dificilmente
irá consumi-lo e dividirá sua opinião com pessoas próximas.

13.3.4.3 Motivação

A motivação é o ato que leva o indivíduo a querer satisfazer suas necessidades


e chegar a uma decisão.
Para entender melhor quais são as necessidades que leva uma pessoa a se
motivar para satisfazê-las, temos como referência Abraham Harold Maslow, psicólogo
americano que elaborou estudos sobre as necessidades humanas. Ele construiu uma
pirâmide, que ficou conhecida como pirâmide de Maslow, onde é possível utilizá-la
para retratar melhor estas situações.
Figura 89 – Pirâmide de Maslow

Fonte: Autores (2019).

De acordo com a pirâmide de Maslow, podemos identificar que o acesso à


moradia corresponde a uma necessidade fisiológica e sentimento de segurança. As
pessoas trabalham todos os dias para ter uma condição melhor de vida com direito
a uma boa alimentação, uma moradia própria que proporcione conforto, segurança e
qualidade de vida individual e familiar.
Após conversar com consumidores em potencial, percebeu-se que pretendem
156

ter uma casa própria, não querem morar de aluguel por toda vida mesmo que as
condições financeiras não ajudem no momento. Os moradores de assentamentos
desejam ter uma casa com conforto, que tenha acesso ao saneamento básico, rede
elétrica e que seja acessível a sua renda salarial.

13.4 Processo de decisão de compra

O processo de decisão de compra é um conjunto de etapas que o cliente passa


ao adquirir um serviço ou produto. Essas etapas são separadas em três fases: pré-
compra, compra e pós-compra.
A fase de pré-compra envolve todo o processo de descoberta de uma
necessidade, identificação do problema, procura de informações e análise de
possíveis soluções. A etapa da compra acontece quando o cliente realiza a decisão de
compra, faz adesão ao serviço ou aquisição do produto que atende suas expectativas
e necessidades, e na fase pós-compra ocorre a avaliação do serviço ou produto
adquirido.

13.4.1 Identificação do problema

Antes de adquirir um produto ou serviço, o indivíduo deve reconhecer que existe


uma real necessidade, seja ela básica, como alimentação ou moradia, psicológica,
como autoestima ou relacionamento, e realização pessoal. Para que o consumidor
adquira um imóvel, é importante reconhecer a necessidade de ter sua própria
residência, fazendo com que seja uma realização pessoal ou familiar.

13.4.2 Busca de Informações

Após identificar a necessidade, o consumidor procura informações ou pesquisas


de dados para que o auxiliem na tomada de decisão. Essa busca de informação pode
ser por indicação de pessoas ou por veículos de comunicação.
No caso da consciência da necessidade de que precisa adquirir um imóvel,
ele vai procurar saber informações das construtoras que atuam na cidade, formas de
financiamento, procurar referências de amigos que já possuam imóvel próprio e se o
governo oferece algum programa de moradia.
157

13.4.3 Análise de possíveis soluções

Em posse das informações, o consumidor inicia a avaliação das possíveis


soluções, separando as alternativas que melhor atendem sua necessidade, realiza
comparações e identifica os benefícios.
Em relação ao modelo de negócio proposto, o consumidor avalia qual construtora
oferece um imóvel de qualidade, se o financiamento atende ao seu orçamento,
analisa preço, localização e tamanho da residência, a fim de verificar se atende a sua
necessidade de compra

13.4.4 Decisão de Compra

Após analisar todas as alternativas, o consumidor define se comprará o


produto. Assim, buscará a melhor empresa que atende aos seus critérios de avaliação
e negociará as melhores formas de pagamento junto à empresa.

13.4.5 Pós-compra

É a fase mais delicada de todo o processo de compra, pois o cliente tem a


primeira experiência com o produto. Se esta experiência for negativa, o consumidor irá
fazer reclamação e provavelmente o processo de compra com tal fornecedor/empresa
se encerrará nessa última aquisição. Caso positiva, o cliente comprará outros produtos
fornecidos pela empresa e divulgará positivamente sua experiência para seus amigos
e familiares.
O pós-compra merece uma grande atenção, visto a importância de que a
construtora saiba como foi a experiência na aquisição do imóvel. É necessário
acompanhar o imóvel vendido, pois, em alguns casos, as construções podem
apresentar algum problema, e nesse momento é de grande importância que a empresa
dê suporte e tenha profissionais prontos para fazer alguma manutenção caso seja
necessário.
158

13.5 Persona

Para ficar claro o perfil dos clientes a serem atingidos, foi elaborada uma persona,
que consiste em representar efetivamente um perfil de possível cliente, expondo as
principais características encontradas no público alvo, assim como a ferramenta mapa
de empatia, com o objetivo de entender melhor seus pensamentos, dores de mercado
e suas expectativas.

Figura 90 – Família Silva

Fonte: Portal Região Oeste (2017).

Francisco tem 34 anos, trabalha como motorista em uma empresa de transporte


público na cidade de Uberlândia, é casado e tem dois filhos. Possui um grande sonho
em deixar de pagar aluguel e ter sua casa própria, mas atualmente enfrenta algumas
dificuldades, visto que ganha dois salários mínimos e sua esposa está desempregada.
Anteriormente, tentou fazer um financiamento imobiliário, porém não teve aprovação
da sua documentação devido a sua renda. Ele tem trabalhado muito para conseguir
realizar seu sonho e espera encontrar uma construtora que ofereça condições
acessíveis para que ele consiga concretizá-lo.
159

Figura 91 – Mapa de empatia 1

Fonte: Autores (2019).

Vista a segmentação de clientes, por outro lado tem-se a relação B2B,


representada pela prefeitura de Uberlândia diante do modelo de negócio. Ela percebe
que o déficit habitacional é um problema na cidade, pois o índice de ocupações em
lugares irregulares só tem aumentado. Pensando nisso, tem promovido o programa
Tchau Aluguel, com objetivo de tornar possível a realização do sonho da população
de baixa renda em ter uma casa própria e, além disso, gerar mais empregos no setor
de construção civil. Mas para que o projeto se realize, a prefeitura busca construtoras
responsáveis e que estejam comprometidas a entregar um serviço de qualidade.
160

Figura 92 – Mapa de empatia 2

Fonte: Autores (2019).

Pensando em clientes como a família Silva e a Prefeitura de Uberlândia, a


consultoria Avanzare procura atender às expectativas dos clientes, aliando a engenharia
e o desenvolvimento de novas alternativas que possibilitem a entrega de um produto
de qualidade em um prazo menor e com um valor acessível para o público alvo.
Dessa forma, estabelece o objetivo de participação em licitações junto aos órgãos
públicos, como a prefeitura. Como o novo método de construção não foi regularizado,
serão utilizadas Normas Internacionais para que seja possível a participação dos
processos de licitação e também construir casas para a população de baixa renda.
O primeiro local de construção será em um assentamento, localizado na cidade
de Uberlândia, que está passando por um processo de regularização junto à prefeitura,
pois as moradias foram construídas irregularmente e precisam ser adaptadas às
Normas Técnicas de Construção.
161

13.6 Análise dos concorrentes

A análise de concorrência é de grande importância para quem decide abrir um


novo negócio, pois é necessário entender se as atividades dos concorrentes podem
afetar o plano de negócio desenvolvido, tirar exemplos de ideias que deram ou não
certo. É através da análise dos concorrentes que é possível entender como funciona o
setor no qual será inserido e criar maneiras de inová-lo.
Dessa forma, serão descritos os possíveis concorrentes, quais seus pontos
positivos e negativos, através da ferramenta dos 4Ps, cujo objetivo é mostrar os quatros
pilares da estratégia de marketing, sendo estas: Produto, Preço, Praça e Promoção.
No P de produto é analisado o que a empresa oferece para o cliente, se é
produto ou serviço e quais são as qualidades e características oferecidas.
O P de preço avalia o valor que é cobrado na venda do produto ou serviço.
O P de praça consiste em como o produto estará disponível e como o cliente
poderá ter acesso a ele.
O P de promoção analisa a forma como a empresa divulga sua marca e
soluções. A análise da identidade visual tem como objetivo estabelecer uma visão
de como os concorrentes se comunicam com os clientes, quais elementos, cores,
formas e meios que estão sendo utilizados e como interagem a fim de promover seus
produtos e serviços.

13.6.1 MRV engenharia

Considerada como a maior construtora da América Latina, foi fundada no ano


de 1979 em Belo Horizonte (MG).
A MRV Engenharia é uma empresa dedicada à construção de unidades
residenciais econômicas. Através de soluções criativas e estratégias inovadoras, a
construtora oferece moradias tecnológicas e sustentáveis para a produção de casas
padronizadas de forma rápida e em grande escala, sem perder o seu principal foco de
construção de residências para atender a classe média.

13.6.1.1 P de Produto

A empresa oferece casas e apartamentos que fazem o uso de tecnologia e


conectividade com o objetivo de criar produtos que sejam inovadores no mercado.
162

Além disso, foram criados quatro novos produtos: Linha Eco, Linha Bio, Linha Premium
e Linha Garden.
A Linha Eco propõe construir moradias inteligentes, preço acessível e promover
bem-estar. A Linha Bio propõe elevar o padrão de conforto e bem-estar, com foco
em acabamento e uma estrutura elegante. A Linha Premium tem como objetivo de
construir empreendimentos exclusivos. A Linha Garden propõe construir casas em
condomínios fechados, oferecendo segurança, liberdade e aconchego.

13.6.1.2 P de Preço

A MRV possui parceria com o programa do Governo Federal Minha casa, Minha
Vida, cujo objetivo é oferecer financiamento em até 360 meses para famílias com
renda salarial de até R$ 7.000,00. Caso a família possua renda menor que R$ 1.600,00,
deverá fazer uma inscrição na prefeitura da sua cidade a fim de participar de sorteios
para ter acesso ao imóvel. A empresa oferece subsídios de até R$ 47.500,00.
É possível utilizar o FGTS como investimento de entrada, além de que o valor
de entrada pode ser dividido em 72 vezes e o cliente poderá financiar o imóvel com
as instituições bancarias: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco Inter e
Banco Santander.

13.6.1.3 P de Praça

A construtora se encontra no mercado imobiliário desde 1979, sendo assim


conseguiu expandir os seus negócios para mais de 155 cidades presentes em 22
estados brasileiros. O cliente pode ter acesso tanto por lojas físicas como por lojas
virtuais.

13.6.1.4 P de Promoção

Identidade Visual

A MRV tem como base para toda sua comunicação as cores verde e laranja. O
verde simboliza crescimento, frescor, harmonia e traz um ar sustentável para a marca,
já o laranja representa vitalidade, energia, prosperidade. Na figura 93, observa-se a
aplicação da identidade visual na logo da empresa, assim como sua evolução ao
163

longo dos anos.

Figura 93 – Logo MRV

Fonte: Site MRV.

Site

O site tem boa usabilidade, com a marca podendo ser visualizada logo no início
no canto superior direito com a opção abaixo de buscar imóveis por estado, cidade e
região, além de contar com um chat 24 horas. A estrutura do site é bem alinhada, com
recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva, fala, deficiências
visuais e daltonismo e de tradução automática para a língua inglesa.
Na primeira página, o site apresenta também um banner com as novidades e
diferenciais da construtora, o que é importante para chamar a atenção de possíveis
clientes. Abaixo do banner, há um vídeo com histórias de pessoas que tiveram o
sonho realizado pela construtora. Logo após ela mostra as quantidades de curtidas no
Facebook ®, totalizando 4.818.168 e links para todas as redes sociais da marca que
reforçam ainda mais a sua grandiosidade, trazendo mais confiança para os visitantes.
164

Figura 94 – Site MRV

Fonte: Site MRV

Redes Sociais

As redes sociais da marca são bem movimentadas, principalmente o Facebook,


com média de duas postagens diárias, contendo assuntos variados como: dicas de
decoração de apartamentos, novidades, benefícios e facilidades da construtora, clube
de vantagens, vídeos em 360 graus mostrando o interior e acabamento de apês. Além
disso, a construtora interage com os usuários da rede social respondendo dúvidas e
perguntas feitas em suas postagens, na maioria das vezes.
A MRV também dispõe de um atendimento direto pela rede social através de um
Bot, uma aplicação de software que consegue simular ações humanas em repetição,
com o nome de Maria Rosa Vaz, realizando o atendimento para as perguntas mais
comuns como entrega das chaves, assistência técnica, boletos, evolução da obra.
Quando não consegue entender a dúvida, o atendimento é transferido para uma
atendente real para maior clareza nas informações prestadas e compreensão do
visitante ou cliente.
165

Já o canal da marca no Youtube tem 188.478 inscritos, e o conteúdo está


relacionado a tirar dúvidas sobre todo o processo de financiamento, condições de
compra, decoração, métodos construtivos e depoimentos de clientes que tiveram o
sonho do imóvel próprio realizado.

13.6.1.5 Conclusão

Após a análise da empresa, é visto que sua referência em fazer moradias


tecnológicas, ecologicamente corretas e em grande escala. Atua em várias cidades
brasileiras e tem foco nas redes sociais para atrair novos clientes, o que ajuda
aumentar sua credibilidade no mercado. Em contrapartida, existem pontos negativos
como: burocracia para financiamento, não atendimento ao público de baixa renda com
eficiência, já que devem fazer cadastro na prefeitura e esperar por sorteios. De acordo
com o site reclame aqui, a empresa não tem uma boa reputação, pois é encontrado
uma série de reclamações e, em uma escala de 1 a 10 sobre a indicação da empresa
para outras pessoas, possui nota 3.
Diante das análises, é vista como uma ameaça a busca contínua da empresa
em inovar suas moradias utilizando o avanço da tecnologia ao seu favor. Porém ao
analisar o porquê de os clientes registrarem reclamações, foi encontrado que as
principais insatisfações são em relação ao atendimento prestado pela empresa por
meio da central de atendimento, o atraso na entrega das chaves dos apartamentos
e residências, defeitos na obra, e deficiência no atendimento da assistência de
manutenção. Assim, a diferenciação se dará em relação ao pós-venda, acompanhando
as obras e garantindo que sejam feitas manutenções caso necessárias.

13.6.2 C&A Construtora

A construtora C&A está no mercado há mais de 20 anos, tem como objetivo


inovar em seus empreendimentos como casas e apartamentos. É a primeira
construtora a lançar apartamentos com elevador e procurar oferecer imóveis com
móveis planejados, em parceria ao programa Minha Casa, Minha Vida. Possui como
missão construir casas e apartamentos que tenham qualidade, que sejam inovadores
e rentáveis para os clientes.
13.6.2.1 P de Produto
166

A empresa constrói casas e apartamentos inovadores. Lançou empreendimentos


com torres interligadas, com duas sacadas. É a primeira a lançar um bairro planejado
na cidade de Uberlândia e procura construir em bairros onde as pessoas possam
sentir bem localizadas dentro da cidade.

13.6.2.2 P de Preço

A C&A possui parceria com o programa do Governo Federal Minha Casa, Minha
Vida. As condições para que a população tenha direito a participar são feitas a partir
divisão da renda salarial em 4 faixas.
A primeira faixa engloba famílias com renda até R$ 1.800,00, com financiamento
feito em até 120 meses, com valor de prestação variável entre R$80,00 a R$ 270,00. A
segunda faixa atende famílias com renda entre R$1.800,01 a R$ 2.600,00, oferecendo
subsídios de até 47,5 mil reais e o financiamento em até 30 anos. A terceira faixa
engloba famílias com renda entre R$ 2.600,01 e R$ 4.000,00, com subsídio de até
29 mil reais. A quarta e última faixa atende famílias com renda de R$ 4.000,01 até
R$ 7.000,00 e são oferecidas taxas especiais de financiamento. O banco parceiro da
construtora é a Caixa Econômica Federal.

13.6.2.3 P de Praça

A construtora atua no mercado imobiliário na cidade de Uberlândia (MG) e Cuiabá


(MT), onde o cliente pode procurá-la em escritório físico e também ter informações
através do site.

13.6.2.4 P de Promoção

Identidade visual

As cores que identificam a marca são o azul e o vermelho, o azul representa


estabilidade, segurança e confiança, enquanto o vermelho simboliza paixão, energia
e poder.
167

Figura 95 – Logo C&A Construtora

Fonte: Site C&A Construtora.

Site

O site da construtora segue um padrão parecido ao da construtora MRV, mas


utilizando como base a cor azul da marca. No topo da página é aplicada a marca, o
telefone para contato e link para as redes sociais Facebook, Instagram e Whatsapp.
Essa estratégia de trazer os contatos da empresa logo no começo da página é
importante e estratégica, pois o cliente já pode entrar em contato rapidamente sem ter
que rolar a página até o final para encontrar um número para contato, como ocorre na
maioria dos sites.
O site também conta com artigos visuais com objetivo de expor lançamentos
e opções de empreendimentos, com localização e fotos, que são as primeiras
caraterísticas que um cliente busca obter informação quando inicia um processo de
pesquisa de compra. Há uma breve descrição da história da empresa e um blog com
dicas, novidades do mercado imobiliário e regras de financiamento. No rodapé da
página, ficam disponíveis os contatos de todas as filiais e o mapa do site, tornando o
site acessível e de fácil entendimento para qualquer visitante.
168

Figura 96 – Site C&A Construtora

Fonte: Site C&A Construtora.

Redes Sociais

A empresa optou pela utilização apenas das principais redes sociais, conforme
citado na análise do site. A página no Facebook leva a identidade visual da empresa
com posts utilizando degradês em azul e vermelho, com frases curtas e objetivas.
Os principais assuntos publicados são lançamentos de apartamentos, dicas sobre
financiamento e mensagens motivacionais fazendo referência a sonhos e família.
169

Já o Instagram da construtora recebe um número maior de interações,


realizando postagens assim como realizadas no Facebook.

13.6.2.5 Conclusão

Após feita a análise de como a construtora atua no mercado imobiliário,


identificou-se alguns pontos positivos, como a construção de imóveis inovadores,
arquitetura diferenciadas e na pontualidade na entrega das chaves. Possui um baixo
índice de insatisfação, de acordo com o site reclame aqui, visto que no ano de 2018
foram registradas apenas 4 reclamações, mostrando o comprometimento com seus
clientes. Como ponto negativo identificamos que a empresa tem parceria apenas com
uma rede bancária e, caso o cliente tenha a sua documentação reprovada, terá que
desistir do empreendimento.
Portanto, a oportunidade existe na parceria com diferentes instituições
bancárias, pois um dos objetivos do plano de negócio será diminuir a burocracia em
financiamentos, possibilitando que público alvo tenha uma prestação de moradia mais
justa e com mais opções de pagamento.

13.6.3 ASF construções eco. Sustentáveis

A ASF Construções Eco. Sustentáveis LTDA é uma empresa especializada


na construção de imóveis utilizando um processo de produção específico, conhecido
como Light Steel Frame. Neste processo, a estrutura de aço será formada por pré-
moldados de aço com baixa espessura, proporcionando uma estrutura leve e mais
barata.

13.6.3.1 P de Produto

A empresa é especializada em fazer projetos arquitetônicos na plataforma BIM,


onde são criadas plantas de construção inteligente, conforme a solicitação do cliente.
São oferecidas consultorias em assuntos como: acústica, bioclimática e eficiência
energética, além da construção de casas e apartamentos com arquitetura diferenciada.
170

13.6.3.2 P de Preço

Apesar da utilização de um método diferenciado, o Light Stell Framing, não


são informados os valores de uma casa ou apartamento, o cliente deve solicitar o
orçamento no escritório. Em relação à consultoria em acústica, o preço de serviço
prestado é de R$ 300,00 por hora e visita técnica R$ 450,00 por hora e meia.

13.6.3.3 P de Praça

A empresa atua na cidade de Uberlândia (MG), é totalmente nacional e pioneira


neste método construtivo. Os clientes podem obter informações no escritório físico da
loja ou contratar alguns serviços de consultoria no site da empresa.

13.6.3.4 P de Promoção

Identidade Visual

A marca da ASF Construtora é constituída em tons de verde, o que indica


equilíbrio, sustentabilidade, harmonia e fertilidade. Conta também com a descrição
“construções eco sustentáveis” a fim de deixar claro o posicionamento da marca.

Figura 97 – Logo ASF

Fonte: Site ASF.

Site

Ao abrir o site da empresa, nota-se logo no topo uma barra preta com todos os
links para as principais páginas do site e abaixo há um banner com a marca e uma
construção, mostrando uma arquitetura moderna a utilização de elementos naturais,
171

o que reforça a pegada ecológica da marca. Dentro do banner, é possível encontrar


links para as redes sociais, facilitando o acesso de visitantes que se interessam pela
marca.
Logo abaixo, a construtora especifica resumidamente os tipos de projeto em que
atua e ao clicar pode-se obter informações mais detalhadas. A construtora também
exibe as principais dúvidas sobre construções, explicando sobre o método construtivo
Light Steel Framing, seu principal diferencial em relação aos concorrentes. Ao fim da
página, se localizam o endereço e as informações de contato.
Todo o site e seus ícones foram construídos através de um design minimalista,
utilizando cores neutras como preto, branco e o verde da marca. A sensação ao
navegar é agradável, pois traz equilíbrio e sofisticação e também sugere que é uma
marca voltada para público de classe média à alta.
Figura 98 – Site ASF

Fonte: Site ASF.


172

Redes Sociais

Ao clicar no link da página que redireciona para o Facebook, não há


redirecionamento, apresentando erro. É possível encontrar o perfil da construtora
realizando pesquisa direta na rede social, porém é perceptível que não há um cuidado
com a identidade e o padrão visual na rede social, visto que marca é vermelha no logo
apresentado na rede social. As principais publicações da página são fotos internas e
externas de obras da construtora, não há interação com os clientes e os posts recebem
em média cinco reações cada um. O Instagram da marca segue o mesmo padrão de
publicações.

13.6.3.5 Conclusão

Após análises de como a empresa atua no mercado imobiliário, os pontos


positivos observados foram: o método construtivo com menor gasto de aço, menor
prazo de construção e menor geração de resíduos. Em contrapartida, o valor de revenda
pode ser maior do que os principais métodos vigentes no mercado e a empresa não
possui parceria com programas de residências populares.
Portanto, a empresa ASF se diferencia das demais pelo método construtivo, mas
o método não beneficia populações de baixa renda, sendo viável para construções
de supermercados ou galpões que tem uma necessidade rápida de construção e
necessidade de funcionamento em curto prazo. Em comparação à ASF, a inovação
se dará no método construtivo, utilizando materiais renováveis, como o bambu em
substituição ao aço, a fim de diminuir o valor da obra e atender a população de baixa
renda.

13.6.3 Quadro de vantagem competitiva

A vantagem competitiva refere-se a características que uma empresa possui, e


quando comparada a um concorrente é vista como um diferencial. Diante da análise
dos principais concorrentes no setor de construção civil, foi construído um quadro com
as principais vantagens em relação a eles.
173

Tabela 4 – Vantagem competitiva

Fonte: Autores (2019).


174

ATIVIDADES
CHAVE
175

14. ATIVIDADES CHAVE

14.1 Escolha do local de construção

P
ara colocar em prática o projeto de casas populares, é importante definir
primeiramente o local. Após análises, o bairro escolhido foi o Panorama,
localizado na zona oeste da cidade de Uberlândia.
As casas serão construídas na rua dos Ceamitas, pois no momento é onde
sofre um processo de regularização junto à prefeitura de Uberlândia. No local, é
possível encontrar casas irregulares utilizando materiais como pedaços de madeiras
e papelão.
A prefeitura deverá fazer a regularização fundiária, garantindo a titularidade
do terreno aos moradores, promover a urbanização do local implantando obras de
infraestrutura, saneamento básico, onde deverão ser implantadas redes de esgoto,
água e eletricidade. Além disso, deve melhorar as condições de moradias para a
população, promover programas habitacionais, resolver as questões de insalubridade,
pois é necessário que as casas sejam construídas da forma correta proporcionando
conforto, durabilidade, condições de salubridade e segurança para os moradores.
Dessa forma, o propósito é ajudar esses moradores a resolver o problema
de suas habitações irregulares, construindo moradias que atendem os requisitos de
segurança previstos nas normas construtivas e que tenham um preço final acessível.
Em pesquisas realizadas diretamente com os moradores do assentamento, informaram
que tem intenção de pagar por uma moradia adequada e que não comprometa toda
a sua renda salarial.
Em relação aos possíveis clientes que moram de aluguel, as residências serão
construídas em terrenos aleatórios da cidade.
176

Figura 99 – Moradia

Fonte: Autores (2019).

Figura 100 – Bairro Panorama

Fonte: Google Maps.


177

Figura 101 – Localização geográfica da rua dos Ceamitas

Fonte: Google Maps.

Figura 102 – Rua dos Ceamitas

Fonte: Google Maps.


178

14.2 Projeto

Em uma construção, é importante fazer o planejamento de um projeto, pois


ele tem a função de guiar como será realizada cada etapa, desde a elaboração até a
execução.
De acordo com a lei 8.666 aprovada em junho de 1993, para que uma obra
tenha permissão de ser executada é obrigatória a entrega e aprovação do projeto
básico. Em caráter de exceção, o projeto executivo poderá ser realizado em conjunto
com a execução da obra, mas é necessário à sua autorização.
Para participar de processo de licitação, é necessário ter a aprovação do projeto
básico junto à autoridade competente. O orçamento deve completamente descrito em
planilhas com todos os custos unitários e existir previsão de recursos orçamentários
que sustentem o pagamento das obrigações da obra.

14.2.1 Projeto Básico

Tem o objetivo de definir as características do empreendimento, o desempenho


que deseja ser alcançado, para que sejam estimados o custo e o prazo de execução.
Nesta etapa, são feitos estudos preliminares, estudos de viabilidade econômica e
técnica, análise de impacto ambiental e anteprojeto.
No projeto básico, podem ser encontrados os seguintes tipos de projeto:
- Levantamento topográfico;

- Sondagem;

- Projeto de fundações;

- Projeto arquitetônico;

- Projeto estrutural;

- Projeto de instalações elétricas;

- Projeto de instalações hidráulicas;

- Projeto de instalações de prevenção a incêndios;

- Projeto de instalações telefônicas, dados e som;

- Projeto de instalações de ar condicionado;

- Projeto de instalação de transporte vertical;


179

- Projeto de instalações especiais como alarme e detecção de


fumaça;

- Projeto de paisagismo.

14.2.2 Projeto Executivo

O projeto executivo deve conter as informações necessárias para que a obra


seja realizada. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), são
essenciais: memorial de cálculos, memorial descritivo de materiais, cronograma,
planilhas de orçamento, desenhos, equipamentos de construção, especificações
técnicas e executivas.

14.3 Alvará de construção e Habite-se

Para qualquer obra de construção, o proprietário deve procurar a prefeitura da


sua cidade e solicitar o preenchimento do alvará de construção. É necessário assinar
o Termo de responsabilidade do proprietário e o Termo unificado de responsabilidade
técnica do autor do projeto e do responsável pela, além de anexar o projeto arquitetônico
e outras documentações exigidas. Após a análise das documentações, o proprietário
receberá o alvará, se for aprovado.
De acordo com a Lei 6.496/1977, todo contrato de execução de obra ou
prestação de serviço por profissionais de engenharia, arquitetura e agronomia, precisa
ter a Anotação da Responsabilidade Técnica (A.R.T). Este documento é uma forma de
garantia para o contratante, pois contempla processos éticos e judiciais em caso de
insatisfação do cliente pelo serviço contratado.
A A.R.T deverá ser solicitada junto ao conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (CREA) que, além de emitir a documentação, tem a
responsabilidade de fiscalizar o empreendimento, garantindo que a legislação
seja cumprida e realizada por profissionais autorizados a exercer a profissão de
engenharia. Assim, será preciso ter uma via da A.R.T no local da obra comprovando
a sua regularidade e, caso o empreendimento não tenha, será notificado para fazer a
regularização em 10 dias. Ao fim do prazo, se ainda estiver irregular, o proprietário é
penalizado com a aplicação de multas.
O Habite-se é um documento emitido pela prefeitura que permite a ocupação
180

do empreendimento pelos seus devidos moradores. Deve ser solicitado quando a obra
já estiver finalizada, pois será realizada uma vistoria para verificar se foi realizado o
que foi proposto no projeto e se o imóvel oferece risco para o usuário.

14.4 Contratação da mão de obra

Antes de efetivar qualquer contratação, é necessário analisar se as atividades


realizadas terão vínculo empregatício, se existe exigência em relação ao horário de
entrada e saída, subordinação do funcionário e salário. Se esses elementos forem
exigidos, existe um vínculo que necessita de registro na Carteira de Trabalho e
Previdência Social do trabalhador, que deve ter acesso a todos os direitos previstos
na CLT.

14.5.1 Tipos de contratos previstos na CLT

I. Por tempo indeterminado: é estabelecida uma data para início das atividades,
sem previsão de uma data final, e o salário será proporcional à jornada de
trabalho.

II. Por prazo determinado: é um contrato que tem seu prazo estabelecido em
dois anos e só pode ser prorrogado uma vez. Segundo o artigo 443 da CLT, só
poderá ser feito este tipo de contrato quando o serviço exige a definição de um
prazo de contrato de experiência e atividades de caráter transitório.

III. Por obra certa: é caracterizado como contrato de prazo determinado, o


empregador poderá contratar pessoas para realizar serviços específicos com
tempo determinado. No contrato, o funcionário deve estar vinculado a uma obra
específica e é necessário relatar a atividade a ser desempenhada.

IV. Trabalho temporário: consiste em uma empresa que presta serviços


terceirizados, providenciando mão-de-obra a uma empresa que necessite da
substituição transitória de funcionários permanente ou para uma demanda
extraordinária de atividade. O contrato temporário tem o prazo de 180 dias e
pode ser prorrogado por mais 90 dias, de acordo com a lei 8.666 de 1993, que
institui normas para licitação e contratos e menciona sobre a Responsabilidade
181

Subsidiária. Uma empresa contratante poderá responder processo caso o


funcionário procure a justiça alegando que não houve o cumprimento das leis
trabalhistas e pagamento por parte da empresa terceirizada.

V. Contrato de aprendiz: O empregador poderá contratar jovens com idade de 14


a 24 anos que tenham formação técnico-profissional ou estejam matriculados
em instituições aprovadas por lei e Serviços Nacionais de Aprendizagem. Este
tipo de contrato tem um prazo de 2 anos, com exceção de aprendizes portadores
de deficiência.

13.5.2 Direitos Trabalhistas

Por meio da CLT o empregado tem acesso a direitos que são garantidos por lei
como:

● A jornada de trabalho será equivalente a 44 horas semanais. É permitido trabalho


de até duas horas diárias extras, que deverá ser remunerada com adicional de
50% em relação a hora normal;
● Em empresas com mais de 10 funcionários, é necessário fazer o registro da jornada
de trabalho;
● Adicional noturno em trabalhos realizados entre 22h e 5h;
● A empresa deve depositar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço mensalmente;
● Deve ser disponibilizado vale-transporte;
● O empregador e o empregado têm direito a cancelar o contrato de trabalho, sendo
necessária a comunicação com antecedência de 30 dias, conhecido como aviso
prévio;
● Décimo terceiro salário;
● Direito a férias anuais remuneradas;
● A convenção Coletiva do Trabalho garante direito e deveres do empregado e
empregador. É estabelecido o piso salarial para serventes, mestre de obras e
contramestre.
182

14.5.3 Normas Regulamentadoras

As normas regulamentadoras têm o objetivo de garantir que o trabalhador


exerça as suas atividades com segurança e bem-estar. Dessa forma, descreveremos
as principais normas aplicadas para o setor de construção civil.

1) Norma Regulamentadora 4

Promove a saúde e protege o trabalhador no local de trabalho por meio de


Serviços Especializados em Engenharia e Segurança e em Medicina do Trabalho.
O número de profissionais que trabalham nessa área será definido de acordo com o
risco da atividade e quantidade de empregados.

2) Norma Regulamentadora 5

Tem o objetivo de prevenir acidentes e doenças proveniente do trabalho,


promovendo a preservação da vida e saúde do trabalhador. Também é criada a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a CIPA, que possui a função de garantir
que este objetivo seja alcançado.

3) Norma Regulamentadora 6

Estabelece o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), com a função


de proteger o funcionário de riscos que possam ameaçar a sua segurança e saúde no
trabalho. A empresa deverá fornecê-lo ao trabalhador de acordo com a classificação
risco, gratuitamente, e em devidas condições de conservação. Só poderá adquirir
equipamentos que tenham o Certificado de Aprovação, que é expedido pelo órgão
nacional competente em questões de segurança e saúde no trabalho vinculado ao
Ministério do Trabalho e Emprego.

4) Norma Regulamentadora 7

Propõe a elaboração e implementação, de forma obrigatória para empregadores


e instituições contratantes, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO), com a finalidade de promover e preservar a saúde dos trabalhadores.
183

Havendo terceirização de serviços, a empresa contratante deverá comunicar a empresa


prestadora de serviços sobre os riscos e ajudá-la na elaboração e implementação da
PCMSO no local onde é prestado o serviço.

5) Norma Regulamentadora 9

Estabelece a obrigatoriedade do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais


(PPRA), com objetivo de preservar a saúde e integridade dos trabalhadores por meio do
reconhecimento, antecipação, avaliação e controle de riscos ambientais existentes ou
que possam acontecer, garantindo a proteção do meio ambiente e recursos naturais.
Os riscos ambientais são caracterizados por agentes biológicos, físicos e
químicos encontrados no ambiente de trabalho, dependendo da concentração e tempo
de exposição esses agentes podem causar dano a saúde do trabalhador.

6) Norma Regulamentadora 18

Propõe ao gestor como deverá ser feito o planejamento e organização, para


que as medidas de controle e segurança sejam realizadas no ambiente de trabalho na
Indústria da construção, principalmente em serviços de demolição, limpeza, pintura,
reparo, manutenção de edifícios, em obras de paisagismo e urbanização. Também é
mencionado a importância da utilização de Equipamentos de Proteção Coletivas (EPC)

14.6 Treinamento

14.6.1 Treinamento de Segurança do Trabalho na Construção Civil

De acordo com a NR 18, é obrigatório que os empregados recebam treinamentos


admissional e periódicos, com o objetivo de manter a segurança na realização das
atividades no local de trabalho.
O treinamento deverá ser realizado no horário de trabalho com duração mínima
de seis horas e antes do funcionário iniciar suas atividades. O trabalhador receberá
informações sobre condições do ambiente de trabalho, riscos específicos da sua
função e como utilizar os equipamentos de Proteção Individual e Coletiva.
184

14.6.2 Especialização da mão de obra

Para utilizar o bambu na construção civil, é necessária uma mão-de-obra


especializada de engenheiros e operários que vão trabalha no empreendimento.
No Brasil, existem lugares especializados em realizar cursos para construção
com bambu. Um dos objetivos do plano de negócio é enviar engenheiros para essas
empresas, a fim de ter acesso a informações sobre corte, manejo, produção, técnicas
de tratamento, armazenamento, projetos estruturais e após isso planejar o próprio
treinamento e especialização da mão-de-obra.

14.7 Cronograma de execução da obra e Orçamento

O cronograma de execução da obra é muito importante, pois facilita o


acompanhamento de cada fase de construção, determina uma ordem cronológica
para que sejam contratados os profissionais para exercer cada etapa.
A construção de uma residência envolve as seguintes fases:

- Serviços preliminares de sondagem e preparação do terreno;


- Fundações;
- Estrutura e Superestrutura;
- Paredes e Vedações;
- Telhados e Forros;
- Instalações Hidrossanitárias;
- Instalações Elétricas;
- Instalações complementares;
- Acabamentos e revestimentos;
- Esquadrias (portas e janelas);
- Pinturas e Texturas;
- Louças e Metais;
- Áreas Externas e Paisagismo;
- Limpeza final.

O orçamento na construção é indispensável, pois permite calcular as receitas,


despesas futuras, auxilia no controle de desvios e projeção do resultado econômico
a ser alcançado ao término da obra. Além disso, auxilia no processo de tomada de
185

decisão, na definição de prazos em contratos de prestação de serviços de construção


e elaboração do preço de venda do imóvel.

14.8 Fornecedores de matéria-prima

Os fornecedores são essenciais para o funcionamento da empresa. É


necessário elaborar um plano de gerenciamento de fornecedores para que se tenha
uma vantagem em custo-benefício. Assim, organizar os processos que ocorrem na
empresa e manter um bom relacionamento com fornecedores são passos importantes
para gerir os fornecedores, a fim de escolher quais oferecem produtos com menor
preço, qualidade no serviço e prazo de entrega.

14.9 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)

De acordo com a Lei 12.305/2010, foi estabelecida a Política Nacional de


Resíduos Sólidos, cuja política estabelece que as empresas de construção civil devem
elaborar o gerenciamento dos resíduos gerados desde as etapas de segregação,
armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final.
Em uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira para Reciclagem de
Resíduos de construção Civil e Demolição (Abrecon), 60% do lixo produzido nas
cidades pertencem à construção civil, sendo que 70% dessa quantidade poderia
ser reciclada e utilizada em pavimentação, agregado para concreto e confecção de
argamassa.
Portanto, a separação e destinação dos resíduos são importantes, pois, em
alguns casos, eles podem ser reciclados. Quando depositados em locais inapropriados,
eles podem causar impactos ambientais como: assoreamento de córregos e rios,
degradação de áreas de preservação,
186

BENCHMARKING
187

15. BENCHMARKING

A
análise do benchmarking é uma forma de buscar conhecimento sobre
os concorrentes e a maneira que eles atuam no setor, através da
comparação de produtos, serviços e práticas empresariais. A partir
das análises, é possível identificar os melhores processos e pontos de inspiração
empresarial, a fim de organizar novas ideias que sejam inovadoras para o modelo de
negócio.
Assim, serão utilizadas como inspiração as empresas que utilizam o bambu em
suas construções e empresas que são referências em outros setores.

15.1 Casa Sharma Springs

Na cidade de Bali, na Indonésia, encontra-se uma casa feita por uma construtora
especialista em sustentabilidade no país, a Ibuku. Todo o design foi inspirado na
natureza e é totalmente ecológico. A casa tem 750 metros quadrados, divididos em seis
andares, e foi construída unindo a engenharia moderna com o trabalho de artesões do
país, inclusive os móveis, tendo como sua principal matéria prima o bambu.
Logo na entrada, há um espaço de cortesia de 15 metros para recepção de
convidados, e em seguida a sala de jantar e a cozinha. A principal inspiração para
a casa foi a flor de lótus, que representa a casa quando vista de cima. O bambu
foi utilizado devido a sua flexibilidade, durabilidade e resistência mecânica, sendo
encontrado em grandes quantidades na região. A casa é sustentada por 12 estruturas
de bambu de 18 metros de comprimento. Devido à altura do último andar, e possível
ter uma vista maravilhosa da natureza ao redor.
A Avanzare pode se utilizar desse exemplo de construção como inspiração às
técnicas desenvolvidas para construção de casas com mais de um pavimento.
188

Figura 103 – Casa Sharma Springs

Fonte: Hypeness (2014).

15.2 Construções comunitárias feitas com bambu

Projetado por um arquiteto belga, encontramos em São Paulo construções


comunitárias utilizando o bambu como principal matéria-prima, substituindo aço e
189

concreto. O projeto se iniciou em 2004, chamado Project Cambury, que fica na região
da Serra do Mar.
O belga Sven Mouton diz ter todo o apoio da comunidade da região, isso ajudou
a conduzir o projeto que beneficiou dezenas de pessoas. De acordo com o projetista,
o bambu traz vários benefícios, pois vem direto da natureza e por isso não é poluente,
podendo reduzir o custo da obra em até 30%, além de proporcionar boa resistência.
Foi construído em bambu uma cozinha comunitária, uma cooperativa e uma
padaria-escola, trazendo benefícios para a população que tinha sua principal atividade
econômica vinculada à agricultura. Dessa forma, a Avanzare pode se inspirar nesse
exemplo de projeto que leva em consideração questão social, trazendo benefícios
tanto para o meio ambiente quanto para a população.

Figura 104 – Centro comunitário de Cambury.

Fonte: Época (2017).

15.3 Casa de bambu a prova de terremotos nos EUA

Desenvolvida por um pesquisador chinês, Yan Xiao, nos Estados Unidos.


Segundo ele, casa é incrivelmente leve, barata e resistente a terremotos, tão boa
quanto as casas americanas feitas de materiais compósitos e as de alvenaria chinesa.
A casa possui três banheiros, cinco quartos, sala com lareira e garagem para dois
carros, totalizando 260 metros quadrados, conferindo uma excelente resistência. O
método de construção é o mesmo das casas tradicionais de madeira, nas quais são
190

utilizados para fixação pregos, grampos e parafusos.


Yan Xiao afirma que a técnica é nova no país, mas na China o bambu é um
material de construção milenar, visto que pode resistir a terremotos e ajuda a reconstruir
áreas totalmente assoladas. O material também é muito utilizado em substituição à
madeira devido às restrições em relação ao desmatamento, além de diminuir o tempo
de obra e seu custo com mão-de-obra, pois a casa pode ser construída em três meses
com apenas oito trabalhadores.
A Avanzare pode utilizar como inspiração e aprimorar a técnica desenvolvida
para fixação com pregos, grampos e parafusos, para que seja possível construir uma
casa segura para a população e com preço mais acessível.

Figura 105 – Casa de bambu

Fonte: Bambusc (2015).

15.4 Casa de Bambu barata e sustentável nas Filipinas

A casa foi desenvolvida por um jovem designer de 23 anos, nas Filipinas, e tem
como objetivo barrar o avanço das favelas no país. A casa pode ser construída em
apenas quatro horas e tem um custo incrivelmente baixo de apenas R$ 245,00 por
metro quadrado. O prémio que o jovem ganhou no concurso para desenvolvimento da
casa será usado por ele mesmo para desenvolver as primeiras unidades na cidade de
Manila, que tem 12 milhões de pessoas.
A inspiração do jovem foi a casa de bambu de seus avós. Os benefícios do
bambu estão na alta capacidade de liberação de oxigênio, que é de 35% maior que
a liberação das demais árvores. A casa também terá seus telhados inclinados para
191

facilitar a captação de água das chuvas e palafitas com o objetivo de prevenir os


danos causados por enchentes.
Manila será o primeiro local a receber as casas e, teoricamente, de acordo com
o designer, o projeto é aplicável a qualquer parte do planeta. Assim, a Avanzare pode
utilizar desse exemplo como forma de aprimoramento das construções com bambu.

Figura 106 – Fachada das unidades habitacionais CUBO

Fonte: BBC (2019).

Figura 107 – Dormitório das unidades habitacionais CUBO

Fonte: BBC (2019).


192

Figura 108 – Instalações hidrossanitárias das unidades habitacionais CUBO

Fonte: BBC (2019).

15.5 Nubank

Nubank é uma empresa operadora de cartões de crédito que conta com


diferenciais em relação aos bancos tradicionais, pois não possui agências físicas,
não cobram anuidade do cartão e nem taxas de manutenção. Tudo isso garantiu à
empresa um grande sucesso no país, com uma fila de espera de milhares de pessoas
interessadas em adquirir o cartão da marca.
Outro grande diferencial da empresa é a transparência, o atendimento de
excelente qualidade e rapidez sem burocracias. O “Nu” da palavra Nubank significa
“pelado”, pois reflete o principal diferencial da marca que é transparência com o cliente
e desburocratiza os serviços financeiros no país. Sua plataforma de atendimento conta
com canais que funcionam basicamente 24h por dia, e inclusive em feriados o cliente
pode pedir ajuda pelo chat dentro do aplicativo, Facebook, Twitter, e-mail ou telefone.
Todos os meios de comunicação são bastante rápidos em relação ao atendimento
tradicional oferecido pelos concorrentes, tornando a experiência do cliente única.
A fama de atendimento humanizado da empresa tem se espalhado bastante e
é um dos fatores de sucesso que torna a marca mais amada e querida, pois, além de
facilitar a vida das pessoas, a empresa oferece todas as ferramentas no aplicativo para
193

que o cliente possa resolver seus problemas de forma independente, sem depender
de um atendente ou gerente, e só entrar em contato quando acontece algo realmente
grave. De acordo com as palavras de Cristina Junqueira, diretora e co-fundadora do
Nubank, “Somos uma empresa de tecnologia 100% digital, mas o atendimento precisa
ser extra humanizado”.
Os atendentes do Nubank são preparados para resolver qualquer problema
de forma rápida e simples, sem transferência de ligações para outros setores, como
ocorre em outros bancos. Ao encerrar o atendimento, busca surpreender e superar a
expectativa do cliente, como por exemplo, ao solicitar o desbloqueio do cartão para o
exterior o cliente ainda recebe dicas de viagem.
A Avanzare pode tirar como referência o modelo de atendimento com múltiplas
plataformas de forma humanizada, a fim de garantir a satisfação dos clientes,
principalmente no pós-venda, cujo momento gera muita insatisfação no setor da
construção civil, pois as construtoras, em muitos casos, não oferece o devido suporte
que o cliente necessita.

15.6 Custo benefício da Xiaomi

Xiaomi é uma marca de produtos chinesa que atua na área de tecnologia, dentre
elas smartphones, smart tvs, pulseiras inteligentes e aparatos tecnológicos para casa.
A corporação foi fundada em 2010 e hoje está no auge de vendas devido ao custo
benefício de sua linha de smartphones que roda com um sistema próprio modificado
em cima do android chamado MIUI.
O sistema se popularizou pelo mundo devido à estabilidade, velocidade e
riqueza de recursos que o Android puro não oferece. Além disso, conta com um design
incrível inspirado em cores do caleidoscópio e construído sobre regras da proporção
áurea, e por isso marca chegou a ser acusada de copiar a Apple quando lançou a
primeira versão do sistema. O custo benefício é tão grande que a empresa ultrapassou
as vendas da Samsung esse ano, como na Índia, que obteve 27% vendas do mercado
local e a Samsung apenas 22% num dos maiores mercados do mundo.
A marca fabrica seus aparelhos na China, mesmo local utilizado pelas gigantes
Samsung e Apple, mas os vende a preços mais baixos, pois a estratégia da companhia
é cortar gastos com intermediários, investir o mínimo possível com publicidade, além
de comprar peças em grande escala obtendo descontos e reduzindo o valor final
de produção. Os aparelhos basicamente se vendem sozinhos, com pouquíssima
194

publicidade paga devido a uma rede de fãs que são altamente engajados com a
marca, os chamados MI fãs.
Ao adquirirem um aparelho da marca, os clientes se surpreendem com a
qualidade e durabilidade dos aparelhos, que supera as grandes marcas, e com isso
passam a divulgar para amigos, familiares, além de formar uma grande rede online.
Somente o fórum oficial da companhia já conta com mais de 48 milhões de usuários.
Outra estratégia revelada pelo vice-presidente da marca é que a companhia
já lança seus aparelhos com uma margem de lucro baixa e com o preço final de
mercado, diferente dos concorrentes que, durante o lançamento, utilizam preços altos
e vão abaixando com o passar do tempo. Ao lançar um produto com preço baixo, o
lucro da empresa aumenta com o passar do tempo, devido a diminuição do custo da
tecnologia e o tempo que o produto fica disponível.
As estratégias adotadas pela marca são inteligentes e levou a companhia ao
patamar de quarta maior fabricante de smartphones do mundo em apenas 8 anos,
em um nicho de mercado altamente competitivo e dominado por marcas famosas. A
Avanzare pode aplicar algumas dessas estratégias para entregar casas com excelente
custo benefício e qualidade para os clientes e se tornar uma construtora eficiente em
seus métodos construtivos e publicidade.

15.7 Inovação da Tesla

Quem nunca ouviu falar de Elon Musk, o bilionário por todo o sucesso de
uma das empresas mais inovadoras do mundo, de acordo com a revista Forbes. A
Companhia teve um salto de inovação tão grande que já superou até mesmo a Apple,
em um modelo de negócios totalmente novo e desafiador, sendo a empresa mais
visionária e inovadora do momento.
De acordo com Elon, um dos pilares para o sucesso é o trabalho árduo, pois
desafia seus funcionários a trabalharem mais do que eles acham que são capazes o
tempo todo. De acordo com vice-presidente de engenharia da empresa, Doug Fields:
“nós damos saltos de confiança que são como pular de um avião e projetar e construir
o paraquedas durante a queda”.
Outra estratégia da companhia foi quebrar o modelo de produção de Henry
Ford em que cada robô deveria realizar uma tarefa por vez e depois passar o carro
para o próximo robô. Na fábrica de Elon, até oito robôs trabalham juntos de uma vez
num único modelo, realizando várias tarefas simultaneamente.
195

O futurismo também é algo importante para a companhia, pois as pessoas podem


comprar seus carros pela internet e o carro é entregue em casa, algo relativamente
novo no setor. Além disso, os softwares dos modelos são atualizados constantemente,
e o cliente recebe tudo em casa via conexão sem fio com alertas em tempo real de
manutenção preventiva antes que ocorra algum problema.
Musk disse que todo o modelo de produção da companhia se baseia em um
único quesito, a rapidez, por isso ela produz quase todas as suas peças evitando
ao máximo a dependência de fornecedores, devido ao tempo gasto em espera para
alterar o design de uma peça quando solicitado.
A seleção de candidatos para trabalhar na companhia é feita através de uma
triagem de candidatos, a fim de investigar sua capacidade de inovação e aprendizado.
São selecionados apenas quando conseguem comprovar a capacidade que tem em
resolver questões complexas
Portanto, a Tesla é uma das empresas mais inovadoras do mundo por quebrar
padrões estabelecidos e correr riscos de forma inteligente e planejada. A Avanzare
pode utilizar estratégias desse modelo de negócios para ser referência na área da
construção civil, através de uma comunicação ágil e incrivelmente rápida entre os
setores da empresa como ocorre na Tesla. “É um elemento que não está presente no
resto do mundo automotivo. São organizações divididas em silos e que levam muito
tempo para se comunicar. ” disse o designer Chefe da companhia que, com apenas
três designers, projetaram o premiado Tesla S.

15.8 Treinamento da SAP Labs

A Sap Labs é uma desenvolvedora de softwares empresariais, sendo uma das


maiores do mundo. A empresa conquistou o ranking Great Place to Work como a
terceira melhor empresa para se trabalhar da América Latina, com reconhecimento
em São Paulo nos quesitos de Melhor Empresa do Setor Tecnologia e Computação e
Estratégia e Gestão.
O sucesso da empresa ocorre devido ao treinamento intenso de funcionários, de
acordo com Adriana Kersting, diretora de recursos humanos da empresa, que revelou
que somente em 2013 ocorreram mais de 17 mil horas de treinamento, que equivale
em média a 37 horas por funcionário durante o ano.
O ambiente organizacional da empresa gira em torno de um espaço colaborativo
196

e flexível, que promove a inovação, rapidez e eficiência nos processos internos. A


qualidade de vida oferecida pela companhia, com benefícios flexíveis de acordo com
a necessidade dos funcionários e carga de trabalho reduzida em torno de 200 horas
mensais, são o que contribuem junto aos treinamentos para motivação dos funcionários
e o constante crescimento da marca no mundo.
Todas as salas da empresa, incluindo áreas de lazer, são inspiradoras e
projetadas para que haja uma constante integração entre as pessoas através do
design thinking.
O investimento na área de treinamento e recursos humanos é algo cultural da
empresa, sendo fator responsável pelas melhorias constantes promovidas. Anualmente,
ocorre uma reunião com todas as áreas de RH espalhadas pelo mundo, em que são
discutidas ações de melhorias e satisfação para os 190 mil colaboradores. Nessas
reuniões, são desenvolvidos relatórios e projetos com planos de ações baseados em
pesquisas de satisfação. A melhoria constante no desenvolvimento de pessoas é tão
forte internamente que quase nunca buscam pessoas externas para assumir cargos
de liderança na companhia, pois 90% dos líderes assumiram suas posições crescendo
na empresa e vivenciado toda sua cultura.
A Sap também é pioneira em programas de parcerias e seminários com
estudantes, pois busca sempre pessoas que se sintam à vontade para expressar suas
ideias, por isso o ambiente de trabalho é sempre flexível. Há constantes feedbecks entre
os funcionários e uso de ferramentas como coaching, aconselhamento e mentoring. O
treinamento intenso e a constante evolução do Rh da Sap são importantes quesitos a
serem aplicados na Avanzare, pois, como o método construtivo desenvolvido é novo,
é fundamental investir no treinamento dos nossos colaboradores.

15.9 Tecverde referência em construções sustentáveis no Brasil

A Tecverde, construtora sediada no Paraná, tem um modelo de negócios inovador


voltado para a sustentabilidade. A construtora já recebeu diversos prémios pela sua
atuação, é a primeira no país a construir um prédio em Wood Frame, conquistando
o prémio Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade, distribuído anualmente para
incentivar a inovação e as melhores práticas no setor da construção.
A empresa também já ganhou o prêmio em anos anteriores por inovações no
sistema construtivo. O primeiro prédio em Wood Frame do Brasil desenvolvido pela
construtora ficou pronto em apenas 64 horas e foi construído com a colaboração da
197

CRM construtora.
Diversas entidades e representantes de grandes construtoras, como MRV e
Rodobens, acompanharam a construção do último andar e viram de perto a qualidade
e tecnologia inovadora da construtora. A partir desse momento, a Tecverde tem
recebido diversos investimentos internacionais para continuar crescendo no país.
Assim como a Tecverde, a Avanzare procura inovar nas construções
desenvolvendo métodos de construção de qualidade e em sinergia com a natureza.
Dessa forma, utilizar como inspiração as técnicas que tem sido desenvolvida pela
empresa é uma das ações propostas como modelo de negócio inovador.

Figura 109 – Casa em Wood Frame

Fonte: Tecverde (2014).

15.10 Matec, referência em utilização do BIM

A Matec engenharia tem uma forte atuação em construções industriais, varejo e


shoppings. É destaque na utilização do BIM (Building Information Modeling) realizando
prototipagem em 7D e aprimorando diversos processos construtivos como a gestão da
qualidade, formação de preços, sustentabilidade, logística, execução e certificações.
A empresa conseguiu, através do planejamento e utilização do BIM, reduções
significativas nos custos das obras e está sempre investindo em inovações de ponta
para garantir máxima eficiência em seus projetos.
O BIM permite representar digitalmente um modelo preciso de uma construção
com referências e especificações detalhadas da geometria do projeto, o que ajuda a
198

construir um planejamento mais adequado para a construção e aquisição de matérias


primas e mão-de-obra em todas as etapas.

Figura 110 – O que é Bim?

Fonte: Tekla (2019).

A prototipagem 7D utilizada pela construtora utiliza a tecnologia da realidade


virtual e aumentada o que garante um projeto extremamente realista e eficiente em
toda a cadeia produtiva. A Avanzare tem como objetivo utilizar o avanço da tecnologia
para o desenvolvimento de seus projetos de engenharia, da mesma forma que a
Matec tem utilizado o sistema BIM e garante a qualidade dos seus projetos e redução
de custos.

15.11 Amanco, referência em responsabilidade socioambiental

A Amanco, empresa fabricante de tubos e conexões, busca inovar


constantemente em toda a cadeia produtiva com o uso de tecnologias limpas. Um
dos grandes destaques da marca foi a substituição do tolueno, um solvente que é
prejudicial à saúde dos funcionários, colaboradores e para a natureza, por um substituto
menos prejudicial e com isso ganhou o selo Sustentax. Depois disso, a empresa tem
substituído cada vez mais produtos tóxicos por materiais renováveis.
De acordo com a governança corporativa da empresa, cada unidade tem uma
legislação própria que trata com rigor a saúde dos funcionários, o meio ambiente
e a segurança. Além disso, outro grande destaque da companhia é o seu grande
investimento em gestão de resíduos e materiais. Eles são reutilizados e tem uma
logística reversa sólida para minimizar ao máximo os impactos gerados à natureza.
A gestão de efluentes e a reutilização de água é bem eficiente na empresa,
199

assim como a preocupação com as comunidades locais, visando garantir uma boa
imagem para a marca em todas as regiões de atuação, respeitando sempre a cultura,
leis e as ações sociais. A Avanzare se inspira em empresas como a Amanco, que
tem consciência da sua responsabilidade socioambiental, procurando desenvolver
alternativas que tragam benefícios para o meio ambiente e para a população.
200

FORNECEDORES
E PARCEIROS
201

16. FORNECEDORES
E PARCEIROS

16.1 Fornecedores

A
análise de fornecedores é ponto crucial para o projeto, visto que essa
escolha pode afetar diretamente nas características importantes do
produto final, como a qualidade e o preço de mercado. É um processo
minucioso de análise de fatores relevantes que trará possíveis abastecedores de
matérias-primas, produtos e serviços, que se encaixem na proposta do projeto,
colaborando para elaboração do proposto. A escolha por esses fornecedores é
detalhada, pois estes se tornarão, de certa forma, parte da empresa. Sendo assim,
deve-se optar por empresas que forneçam materiais de qualidade e com um preço
que não superfature a obra.

Energia e Água

Figura 111 – Logo Cemig

Fonte: Site Cemig.

Quem é? A CEMIG é uma grande empresa de abastecimento energético do


país. Atua em 23 estados brasileiros, e em Minas gerais abrange 96% das concessões
do estado. Empresa foi fundada em 1952, de capital aberto e controlada pelo Governo
do Estado de Minas Gerais.
O Que fornece? Atuará como principal fornecedor de energia para a sede da
construtora.
202

Figura 112 – Logo DMAE

Fonte: Site DMAE.

Quem é? O DMAE foi fundado em 1967 pelo prefeito da época, Renato de


Freitas. É uma empresa com autonomia financeira e administrativa.
O Que fornece? Serviços de abastecimento de água e esgoto, coleta de lixo e
coleta seletiva da cidade.

Imobiliárias

Figura 113 – Logo Módulo

Fonte: Site Módulo.

Quem é? Está no mercado desde 1984, empresa sólida que conta com
atendimento especializado e personalizado para atender seus clientes.
O que fornece? Serviços de compra, venda e aluguéis de imóveis residenciais
e comerciais em Uberlândia e região.

Figura 114 – Logo Rotina

Fonte: Site Rotina


203

Quem é? Empresa de grande tradição na cidade de Uberlândia, a Rotina atua


no mercado imobiliário a 40 anos.
O que fornece? Serviços de intermediação de compra, venda e aluguéis de
imóveis residenciais e comerciais da cidade.

Móveis e decoração

Figura 115 – Logo Leroy Merlin

Fonte: Site Leroy Merlin.

Quem é? A Leroy se instalou no Brasil desde 1998. Hoje, a rede que é


francesa, possui 41 lojas distribuídas em 11 estados brasileiros, contando com lojas
de multiespecialidades onde são encontrados mais de 80 mil produtos divididos em 15
setores, desde materiais de construção a utensílios de cozinha.
O que fornece? Materiais de construção e móveis.

Comunicação e Marketing

Figura 116 – Logo Agência R8

Fonte: Site Agência R8.

Quem é? Agência de marketing digital, situada na cidade de Uberlândia e


que atua como uma agência full service, ajudará nos aspectos de uma estratégia de
marketing para a empresa.
O que fornece? Serviços de criação de sites, e-commerces, hospedagens,
204

SEO, ADWORDS e campanhas em redes sociais.

Figura 117 – Logo Loop

Fonte: Site LOOP.

Quem é? A LOOP é uma empresa que atua desde 2004 na área da comunicação
em Uberlândia e região. Possui clientes de renome, como o Grupo Martins, Algar
Telecom, Erlan, entre outros. Através de um estudo de mercado e planejamentos,
executa melhores ações de comunicação integrada para a empresa.
O que fornece? Serviços de propaganda e estratégias de marketing.

Contabilidade

Figura 118 – Logo CON

Fonte: Site COM.

Quem é? Escritório de contabilidade situado na cidade de Uberlândia com


mais de dez anos de experiência no ramo. Atua em vários segmentos da área como
departamento pessoal, escrituração contábil, escrituração fiscal e planejamento
societário.
O que fornece? Serviços e consultorias contábeis.
Figura 119 – Logo Escritorial

Fonte: Site Escritorial.

Quem é? Empresa que presta consultoria contábil, desde a abertura da empresa


até seu planejamento estratégico. Possui uma área voltada para contabilidade focada
205

em construção civil e engenheiros.

O que fornece? Gestão contábil, gestão empresarial, planejamento tributário e


planejamento estratégico.

Figura 120 – Logo Ápice

Fonte: Site Ápice.

Quem é? Empresa que atua no mercado nacional há 15 anos. Sua principal


atividade é fazer com que as criações sejam transformadas e protegidas.
O que fornece? Assessoria em registro de marcas e patentes.

Bancos

Figura 121 - Logo Instituições bancárias

Fonte: Google imagens.

Quem é? Caixa Econômica Federal, Banco Santander e Banco do Brasil,


são instituições financeiras atuam de forma semelhante no mercado, intermediando
transações financeiras e financiamentos entre poupadores e credores. O que diferencia
a Caixa Econômica Federal dos demais é que ela é uma empresa pública, mas oferece
serviços típicos dos bancos comerciais. São empresas que, além de movimentações
bancárias, atuará também com parcerias em futuros financiamentos para os possíveis
clientes.
O que fornece? Oferece serviços financeiros, como empréstimos, investimentos,
entre outros.
206

Bambu
Figura 122 – Logo Bambu carbono zero

Fonte: Site Bambu carbono zero.

Quem é? Um dos pioneiros na construção com bambu no Brasil, com 11 anos


de atuação na área e situada em São Paulo. A Bambu Carbono Zero cuida de toda
a cadeia produtiva do bambu, além do desenvolvimento de projetos e realização de
obras, onde contam com mais de 1200 concluídas.
O que fornece? Empresa completa que colabora desde o fornecimento da
matéria-prima até a elaboração de projetos.

Figura 123 – Logo TAO bambu

Fonte: Site TAO bambu.

Quem é? A TAO BAMBU é uma empresa que em 2017 enxergou a grande


oportunidade do mercado de bambu e seus derivados. Tem sede localizada em
Atibaia-SP, com foco em desenvolvimento de novas tecnologias e sempre ligados a
sustentabilidade.
O que fornece? Produz e comercializa oferecendo serviços de bambu tratado
para construção, decoração e paisagismo.
207

Figura 124 – Logo Sitio da mata

Fonte: Site Sitio da mata.

Quem é? É um viveiro situado na cidade de Tietê-SP, especializado na produção


e comercialização de mudas de bambu desde 1998. Possui em seu portfólio grandes
clientes como Natura, Embrapa e Petrobras.
O que fornece? Oferece o bambu adulto e tratado em grandes quantidades.
Visto que está em constante desenvolvimento de pesquisas e trabalhos, por isso
também oferece serviços de consultorias sobre a planta.

Figura 125 – Logo Bambuê

Fonte: Site Bambuê.

Quem é? Um escritório de arquitetura ecológica instalado no centro cultural


da Fundição Progresso do Rio de Janeiro. Conta com dois profissionais da área
da arquitetura, com especializações e capacidade técnicas desenvolvidas na
bioarquitetura.
O que fornece? Projetos de arquitetura e construção, mobiliário e decoração
com bambu.
Cursos e Treinamentos

Figura 126 – Logo Pindorama


208

Fonte: Site Pindorama.

Quem é? É um instituto localizado em uma propriedade rural em Nova


Friburgo-RJ, sem fins lucrativos. Possui um corpo de profissionais das mais variadas
especialidades que buscam a qualidade de vida e sustentabilidade, com objetivo de
promover o desenvolvimento sustentáveis propostos pela Organização das Nações
Unidas.
O que fornece? Cursos de construção civil com bambu, que abrange desde o
tratamento do bambu até o acabamento da obra.

Figura 127 – Logo Ecovila da montanha

Fonte: Site Ecovila da montanha.

Quem é? Ecovila da Montanha é uma associação sem fins lucrativos que


disponibilizam cursos e treinamentos com a finalidade de desenvolver estudos e
projetos que sejam sustentáveis e diminua o consumo e exploração indiscriminada
dos recursos naturais.
O que fornece? Curso online de tratamento, manuseio, ferramentas para a
construção com bambu com certificado.

Figura 128 - Logo Bambu Mantiqueira

Fonte: Site Bambu Mantiqueira.

Quem é? Sitio situado no município de Caçapava-SP que realiza projetos


e obras de bioconstruções com bambu, além de receber vários especialistas para
ministrar cursos de construção com a planta. Um de seus principais mentores é o
engenheiro agrônomo Bruno Sales, que trabalha com bambu há mais de 15 anos.
O que fornece? Curso de construção com bambu que contempla desde a
209

identificação da espécie até o levantamento da estrutura.

Materiais de Construção

Figura 129 – Logo RC

Fonte: Site RC.

Quem é? A RC é uma grande distribuidora regional de materiais de acabamentos


para obras. Atua no mercado de Uberlândia desde 2013, com boa variedade de
materiais, rapidez na entrega e bons preços.
O que fornece? Materiais de acabamento para obras como piso, porcelanatos,
pastilhas e louças.

Figura 130 – Logo Telhanorte

Fonte: Site Telhanorte.

Quem é? Uma das maiores redes varejistas do ramo de construção civil do


país, a Telhanorte possui 42 lojas físicas, além de uma loja virtual. Faz parte do grupo
francês Saint-Gobain desde o ano de 2000. Além disto, possui o cartão próprio da loja
para compras parceladas.
O que fornece? Produtos para construção, reforma e manutenção de obras.

Figura 131 – Logo Haza

Fonte: Site Haza.

Quem é? Empresa atuante no mercado de Uberlândia e região, especializada


em produtos de concreto. Existe em sua carteira de clientes, empresas consolidadas
no mercado como MRV Engenharia, Conel Construtora, Construtora C&A entre outras.
210

O que fornece? Oferece larga demanda de blocos de alvenaria estrutural,


blocos de alvenaria de vedação e pisos de concreto a custos mais competitivos.

Figura 132 – Logo Premoltec

Fonte: Site Premoltec.

Quem é? A Premoltec é uma empresa atuante em Uberlândia e região desde


1981 que atende desde pequenas à grandes empresas com matéria prima de qualidade
e possui parcerias com grandes empresas como a Gerdau e ArcelorMittal.
O que fornece? Blocos de concretos e lajes pré-moldadas.

Limpeza

Figura 133 – Logo Bom Jesus

Fonte: Site Bom Jesus.

Quem é? Empresa de grande tradição na região de Uberlândia que atua há


mais de 47 anos no ramo de comércio de materiais básicos para construção civil.
O que fornece? Materiais básicos como areia, brita e terra, limpeza de terrenos
e locação de caçambas tira-entulho com descarte ambientalmente correto, além de
reciclagem de resíduos sólidos da obra.

Figura 134 – Logo Fênix Higienização

Fonte: Site Fênix Higienização.


211

Quem é? A Fênix Higienização trabalha na limpeza pós-obra acabada.


O que fornece? Serviços de limpeza pós-obra grossa e fina, vidros, limpeza
pré e pós-mudança, conservação, além de terceirização de mão-de-obra de portaria
não armada e jardinagem.

Loteamento

Figura 135 – Logo ITV Urbanismo

Fonte: Site ITV Urbanismo.

Quem é? Empresa que atua no ramo de loteamento e urbanização das cidades


desde 1937. Já loteou cerca de 18 milhões de m², com sede em Uberlândia-MG e
filial em São Paulo-SP. Ligada à responsabilidade socioambiental, custo acessível,
sustentabilidade, conceitos compatíveis com a construtora, a ITV tende a se tornar
grande parceira.
O que fornece? Serviços de loteamento e urbanização.

Figura 136 – Logo GSP Loteamentos

Fonte: Site Logo GSP Loteamentos.

Quem é? A GSP Loteamentos iniciou seus trabalhos em 1986, no interior de


São Paulo, e atualmente está presente em 8 estados e 60 cidades.
O que fornece? Serviços de loteamento objetivando a qualidade de vida do
cliente com práticas sustentáveis e respeito a legislação vigente.
212

Medicina do trabalho

Figura 137 – Logo Ubermed

Fonte: Site Logo Ubermed.

Quem é? Empresa reconhecida no segmento de medicina e segurança do


trabalho. Atende o mercado do Triângulo Mineiro desde 4 de setembro de 2007, com
sede situada na cidade de Uberlândia.
O que fornece? Serviços de exames, elaboração de programas de saúde e
segurança do trabalho e treinamentos.

16.1.2 Poder de Barganha do Fornecedor

O Poder de barganha do fornecedor faz parte de um modelo de análise


competitiva conhecido como as 5 forças de Porter, criado pelo professor de estratégia
e competitividade Michael Porter, em 1979. O poder de barganha tem como objetivo
indicar o nível de dependência de uma empresa em relação aos fornecedores de
matéria-prima e serviços, indicando quem possui maior poder e autonomia para
influenciar nos prazos, preços e outros termos de um acordo.
Após análises, foi identificado um alto nível de dependência em fornecedores
de água e energia, como o Dmae e a Cemig, pois na cidade só existe apenas uma
empresa que fornece esse tipo de serviço, o que gera uma maior autonomia na
influência de preços ou tarifas.
O bambu é a principal matéria-prima a ser utilizada na construção de casas.
Os fornecedores deste material ainda são poucos em todo o Brasil, o que deixa a
Avanzare nas mãos destes fornecedores, e por isso eles possuem um alto poder
de barganha. Visto isso, em contato com alguns fornecedores, eles informaram que
possuem estoques suficientes para fornecimento deste produto e podem enviar para
todo o país.
213

16.2 Parceiros

Atualmente o mercado tem sido bastante competitivo e os clientes estão cada


vez mais exigentes e, portanto, estabelecer uma parceria pode ser um diferencial para
pequenas e grandes empresas. A parceria é uma relação de relação mútuo benefício
entre empresas, onde todos podem se beneficiar. Pensando nisto, a foram tomadas
decisões de fazer parcerias que agregarão na consolidação do projeto

Figura 138 – Logo Prefeitura de Uberlândia

Fonte: Site Prefeitura de Uberlândia.

Quem é? Prefeitura Municipal de Uberlândia.


Qual o motivo da parceria? Possui diversos programas para regularização de
assentamentos precários da cidade, que visam a estruturação fundiária, urbanização
de áreas e provisão de habitação.
Qual o benefício? Os programas de regularização de assentamentos
contribuem para a proposta da Avanzare que tem como um dos públicos alvo esse
segmento.

Figura 139 – Logo Sinduscon

Fonte: Site Sinduscon.

Quem é? Sindicato da Indústria da Construção Civil do Triangulo Mineiro e Alto


Paranaíba (SIDUSCON-TAP), é um órgão que representa os interesses do setor de
construção civil na região.
Qual o motivo da parceria? O sindicato é um dos principais parceiros para o
214

construtor, pois possui uma visão macroeconômica de todo o setor, o que pode auxiliar
em tomadas decisões dentro da empresa.
Qual o benefício? A parceria traz benefícios em termos de negociações,
assistências e orientações em diversas áreas do segmento.

Figura 140 – Logo Ebiobambu

Fonte: Site Ebiobambu.

Quem é? A Escola de Bioarquitetura e Centro de Pesquisa e Tecnologia


Experimental em Bambu (EBIOBAMBU) é a primeira Escola Nacional de Construção
com Bambu, fundada em 2002, em uma propriedade em Itatiaia-RJ.
Qual o motivo da parceria? Possui um corpo profissional que estudam e
propagam o conhecimento relacionado a materiais naturais como fibras, terras,
materiais recicláveis e especialmente o bambu.
Qual o benefício? É um grande parceiro que pode compartilhar ensinamentos
e experiências obtidas na aplicação do bambu.

Figura 141 – Logo Aprobambu

Fonte: Site Aprobambu.

Quem é? Associação Brasileira dos Produtores de Bambu (APBR), é uma


instituição sem fins lucrativos que desenvolve inovações, produtos e gestão de
produção sustentável com o bambu.
Qual o motivo da parceria? O bambu é a principal matéria prima a ser utilizada,
por isso é importante ter como parceira a associação de produtores de bambu.
Qual o benefício? A associação fomenta o bambu na agroindústria, impulsiona
a utilização dessa fonte renovável de recursos e promove eventos para disseminar
conhecimento sobre esta gramínea.
215

PROPOSTA DE VALOR
216

17. PROPOSTA DE VALOR

E
m um mercado competitivo, é preciso se diferenciar dos outros com
objetivo de deixar claro ao cliente o porquê sua empresa deve ser
escolhida. A proposta de valor consiste em qual o sentido de existência
da empresa, qual a razão da escolha e o motivo para cobrar o valor determinado
do produto ou serviço. Para descrevermos a proposta de valor do negócio proposto,
serão utilizadas as ferramentas de gestão 5W2H e o Modelo de Negócio – Canvas.

17.1 Ferramenta 5W2H

What (o que)?

A proposta consiste em construir casas populares para famílias de baixa renda,


inovando o método construtivo de alvenaria estrutural que utiliza como elemento
estrutural o aço, com objetivo de substituí-lo pelo bambu.

Why (por que)?

Pois, no Brasil, a falta de moradias ainda é um problema a ser resolvido.


Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), no ano
de 2017 o déficit habitacional foi de 7,77 milhões no Brasil. O principal motivo é o
comprometimento da renda salarial com o pagamento de alugueis, o que dificulta a
conciliação com os financiamentos que são liberados no mercado.
Analisando as etapas de construção de uma casa e suas matérias-primas,
217

identificamos que o aço é essencial para o levantamento de estruturas. Porém, seu


valor tem aumentado nos últimos anos, só em 2017 aumentou 12,75%, fator este que
pode elevar o preço final das residências. Além disso, o aço é produzido através
da extração do minério de ferro, processo que gera impactos para a população e o
meio ambiente. Dessa forma percebemos a necessidade de substituí-lo por matérias
renováveis e que forneçam a mesma segurança.

Where (onde)?

O local escolhido para o início das atividades será o bairro Panorama, localizado
na zona oeste de Uberlândia. As casas serão construídas na Rua dos Ceamitas.

When (quando)?

As obras serão iniciadas em janeiro de 2020 e apresentarão o seguinte


cronograma para a construção de uma residência.

Tabela 5 – Cronograma de execução de obra

Fonte: Mattos (Adaptado pelos autores, 2010).

A cor verde-escura representa as etapas críticas, ou seja, se ocorrer algum


imprevisto, poderá causar o atraso da entrega da obra. Já os tons mais claros possuem
uma margem de tempo para seu início e término sem que afete o tempo total da obra.
O cronograma foi feito para uma residência pois não foi estabelecido a quantidade de
casas que serão construídas.
218

Who (quem)?

Por se tratar de um novo processo de construção, utilizando o bambu, os


engenheiros desenvolverão uma metodologia para o treinamento da mão-de-obra e
ficarão responsáveis por elaborar os projetos e acompanhar as obras. Para a execução,
serão admitidos os seguintes profissionais:
• Mestre de obras: comunicar as ordens do engenheiro para os funcionários
e acompanhar a execução da obra para que seja cumprido o cronograma
estabelecido.
• Pedreiro: realizar o serviço de alvenaria, revestimento das paredes, pisos e
acabamentos.
• Encanador: realizar as instalações hidráulicas, ligação de água e esgoto,
assentamento de pias, torneiras e bacias sanitárias.
• Eletricista: realizar a instalação elétrica, instalação de interruptores e
tomadas.

How (como)?

Os principais elementos da alvenaria estrutural são os blocos de concreto, a


argamassa que irá unir os blocos, o graute que é um tipo de concreto que tem o papel
de preencher dos blocos e caneletas, e as armaduras onde é utilizado o aço nos
pontos especificados pelo projeto estrutural.
Assim, o novo método de construção vai substituir o aço, que possui a função
estrutural, pelo bambu, e deverá ser colocado na posição vertical e horizontal nas
caneletas, vergas e contra vergas, conforme determinado pelo projeto estrutural. A
utilização do bambu trará benefícios como a redução em até 30% do valor total da
obra, comparando as estruturas feitas com outros materiais, durabilidade da estrutura
aumentada em até 25 anos, proporcionar conforto térmico, podendo reduzir de 3 a 4
°C a temperatura interna da residência.
219

Figura 142 – Armadura na alvenaria estrutural

Fonte: Chico Rivers/ABCP.

Conforme citado nos capítulos anteriores, serão utilizadas normas internacionais


como referência para a construção das casas de forma segura. Além disso a residência
terá 70 m2², poderá atender a uma família composta por cinco pessoas e composta
de dois quartos, um banheiro, uma cozinha, uma sala, uma lavanderia e uma varanda.
O bambu a ser utilizado no projeto será fornecido por fornecedores dos estados
de São Paulo e Santa Catarina, que fornecem a matéria-prima já tratada e pronta para
ser utilizada.

How Much (quanto)?

Após analises, uma tabela comparativa foi confeccionada para confrontar os


valores de uma construção de uma casa de 70 m² feita com alvenaria de vedação
e concreto armado à casa de alvenaria estrutural utilizando o bambu como função
estrutural. Os dados obtidos são estimados e podem sofrer alterações em decorrência
do projeto que ainda será realizado e orçado com maior precisão.

17.2 Modelo de Negócio – Canvas

17.2.1 Segmento de clientes


220

A segmentação de clientes é formada pela prefeitura, pois existe a pretensão em


participar de processos licitatórios referentes aos Programas Habitacionais. O objetivo
é construir residências para famílias de baixa renda, compreendendo até três salários
mínimos, porém a princípio serão construídas para moradores de assentamentos que
vivem em condições insalubres.

17.2.2 Proposta de Valor

A proposta de valor consiste na construção de residências populares de um


pavimento, com a utilização do processo de alvenaria estrutural, substituindo as
barras de aço utilizadas por barras de bambu com mesma resistência e segurança,
porém com valor de mercado inferior aos tradicionalmente encontrados nos programas
habitacionais existentes.

17.2.3 Canais

As informações estarão disponíveis no site da empresa para fácil acesso por


qualquer tipo de cliente, aliado às redes sociais, que são considerados bons veículos
de comunicação para atingirmos uma maior quantidade de clientes através de
telefones, chats e um catálogo de trabalho com todas informações de como são feitas
as construções e razões da escolha do bambu.

17.2.4 Relacionamento

O relacionamento com os clientes é fundamental para retê-los e criar laços. A


empresa focará no pós-venda, criando pesquisas de satisfação, realizar atendimento
humanizado via telefone e chat, com o objetivo de tirar dúvidas e resolver problemas,
onde os técnicos estarão disponíveis para resolver rapidamente e dar manutenção
através de visitas, caso necessário. Para fins de negociação, haverá um escritório
físico disponível.

17.2.5 Fontes de Receitas

A fonte de receitas será através de vendas e financiamentos de residências.


221

17.2.6 Principais Recursos

Os recursos chaves são fundamentais para que o nosso negócio funcione.


Assim precisamos definir quais profissionais ficarão responsáveis pelas áreas
financeiras, administrativas, comerciais e de construção civil. A instalação da nossa
sede, a compra ou aluguel dos equipamentos e ferramentas e matérias-primas. Para
iniciarmos as obras precisamos de recursos financeiros como recursos próprios e
créditos com bancos parceiros.

17.2.7 Principais Atividades

As atividades-chave estão relacionadas em quais itens são imprescindíveis


para que o modelo de negócio seja posto em prática. Assim, entende-se a importância
da escolha do terreno para início das construções, projetos, alvará de construção e
habite-se, contratação de mão-de-obra, treinamento dos funcionários, cronograma e
orçamento da obra, escolha de fornecedores e plano de gerenciamento de resíduos.

17.2.8 Principais Parceiros

Para que a proposta de valor seja entregue aos clientes, são necessárias
parcerias com outras empresas. Como principais, destaca-se Prefeitura de Uberlândia,
Sindicado da Indústria da Construção Civil do Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba
(SIDUSCON-TAP), Institutos que realizam pesquisas com materiais renováveis e
desenvolvido técnicas de utilização do bambu na construção civil e a Associação
Brasileira dos Produtores de Bambu.

17.2.9 Estruturas de custos

A estrutura de custos é dividida em custo fixo, que abrange salários dos


funcionários, aluguel, energia, água, internet, telefone, impostos e software; e como
custos variáveis os materiais de escritórios e limpeza, insumos e treinamentos.
Os maiores gastos estão relacionados aos salários dos trabalhadores, visto que a
222

demanda por mão-de-obra é alta devido às obras realizadas.

Figura 143 – Business Model Canvas

Fonte: Autores
223

RECEITAS E CUSTOS
224

18. RECEITAS E CUSTOS

18.1 Receitas

D
e acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 30,
receita é o ingresso brutos de benefícios econômicos resultantes da
atividade fim da entidade, resultando no aumento do patrimônio líquido
da empresa.
Sendo assim, a atuação se dará com duas para obtenções de receitas: vendas
particulares dos imóveis, diretamente com o cliente final e a venda para a Prefeitura
Municipal de Uberlândia, através de processos licitatórios.
As negociações diretamente com os consumidores finais dispõem de um leque
de opções de pagamento a este cliente para a obtenção do imóvel, desde formas
parceladas, com financiamentos realizados por instituições financeiras, à obtenção do
imóvel à vista sob contrato de compra e venda.
Para compras financiadas, além dos financiamentos tradicionais junto a bancos
privados, os clientes contam com dois sistemas de financiamentos atualmente no
Brasil: o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema Financeiro Imobiliário
(SFI), porém mais tendenciosamente, por conta dos juros de taxas menores e outras
facilidades, o mais utilizado deles é o SFH. Este é um programa habitacional do governo
federal que ajuda na construção, aquisição ou reforma de imóveis residenciais no
país. Criado pela Lei n° 4.380, de agosto de 1964, têm o objetivo de oferecer crédito
mais acessível à população de baixa renda a prazos maiores e conta com a Caixa
Econômica Federal como seu principal intermediário nas negociações. Um dos mais
populares e recentes programas para aquisição da casa própria, o Minha Casa, Minha
Vida (MCMV), é uma iniciativa do SFH.
O SFH é financiado principalmente por recursos do Sistema Brasileiro de
225

Poupança e Empréstimo (SBPE), que utiliza os saldos das contas de Cadernetas de


Poupança e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Os repasses, após
contratados os financiamentos pelos clientes finais, são realizados às construtoras a
cada medição de obra, geralmente realizados mensalmente com o desembolso de
recursos do fundo liberado em até 48 horas. Essas medições tem a finalidade de aferir
o cumprimento das etapas de obra para liberação de recursos.
Já para tratativas com a Prefeitura Municipal de Uberlândia, há um processo de
licitação, previsto pela Lei número 8.666 de 21 de junho de 1933. Esta lei, conforme
já visto anteriormente, disponibiliza certa vantagem para projetos inovadores. Para
licitações, a entidade pública deve adquirir produtos e serviços com o menor preço
possível, e também pode ter peso a promoção do desenvolvimento sustentável.
A prefeitura mantém parceria com a Caixa Econômica Federal, que participa
também como financiador. Além disso, o município conta com recursos vindos do
Governo do Estado, advindos da Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais
– COHAB Minas. Essa instituição foi fundada em 1965 com a finalidade de combater
o déficit habitacional do estado e urbanização de vilas e favelas. Hoje, é um dos
principais órgãos do estado que investe na construção de moradias para a população
de baixa renda.
O município de Uberlândia também participa do Plano Local de Habitação de
Interesse Social - PLHIS exigido pela Lei número 11.124 de 16 de junho de 2005, e é
um programa do Ministério das Cidades, que detém o FNHIS – Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social - cujo se destina à produção de moradias populares,
gerando outra fonte de recursos para a prefeitura.

16.2 Custos

Os custos consistem em todo gasto que uma empresa possui para que seja
realizado o produto ou serviço, e são divididos em custos fixo e custo variáveis.

18.2.1 Orçamento da Obra

Com base nas pesquisas realizadas sobre as diferenças de custo de acordo


com a alvenaria utilizada de uma obra, assim como considerando a substituição
do aço por peças de bambu e, por fim, a redução do tempo total de construção, foi
realizada uma pesquisa orçamentaria com base em uma casa de um pavimento, com
226

padrão popular e área de 70 m², comparando o valor gasto com a tradicionalmente


encontrada de vedação concreto armado com a alvenaria estrutural utilizando bambu.
Com base na Tabela 6, é possível perceber uma diferença de quase 30% no
valor gasto para construção do imóvel em cada tipo de construção.

Tabela 6 – Orçamento de obra

Fonte: Autores (2019).

18.2.2 Custos fixos

Os custos fixos são determinados pela sua constância ao decorrer do tempo,


e são constantes independentemente da quantidade de produção ou vendas. Dessa
forma determinamos os principais custos fixos.
227

Tabela 7 – Custo de mão-de-obra

Fonte: Autores (2019).

Tabela 8 – Custos fixos

Fonte: Autores (2019).

18.2.3 Custos Variáveis

Os custos variáveis são caracterizados pela sua variação ao decorrer do tempo,


e mudam de acordo com a quantidade de produção ou vendas, conforme pode ser
visto na Tabela 9.
228

Tabela 9 – Custos variáveis

Fonte: Autores (2019).

18.3 Conclusão

De acordo com as tabelas apresentadas, conclui-se que a substituição do aço


pelo bambu pode reduzir o valor da obra, gerando uma economia de R$24.995,01.
Porém, esses dados poderão ser calculados de forma exata após a elaboração dos
projetos arquitetônico, estrutural do aço e do bambu.
Na estrutura de custo fixo, percebe-se que os maiores gastos são com o
pagamento da mão-de-obra, mas esses valores se tratam de uma estimativa, visto
que a quantidade de funcionários contratados dependerá do tamanho e do prazo de
entrega da obra.
229

VALIDAÇÃO DA IDEIA
230

19. VALIDAÇÃO DA IDEIA

A
través de análises e pesquisas realizadas, a Avanzare decidiu mudar
o seu objetivo de projeto e manter o seu foco em desenvolver um novo
método construtivo, onde será substituído o aço estrutural por uma fibra
vegetal de alta resistência, que será o bambu. Assim, será feita a venda do método
para construtoras que buscam por novas técnicas alternativas de construção que
gerem menor quantidade de resíduos e de acordo com as leis ambientais.
Para a validação da ideia foram realizadas pesquisas com quatro construtoras da
cidade de Uberlândia, que disponibilizaram seu tempo para reunirem com integrantes
da Avanzare e responder ao seguinte questionário.

• Qual o tipo de obra mais atendido pela construtora?


Figura 144 - Tipo de obra realizada pela construtora

Fonte: Autores (2019).

Por quê? É necessário saber qual o tipo de obra realizada pela construtora.
Para quê? Para entender como será implantado o método construtivo de acordo
231

com a obra.

• Qual a classe econômica que você atende?

Figura 145 - Classe econômica atendida

Fonte: Autores (2019).

Por quê? O público alvo atendido afeta diretamente nos orçamentos e viabilidade
financeira.
Para quê? Para elaborar projetos que atendam essa classe econômica.

• Qual o método construtivo utilizado?

Figura 146 - Método construtivo utilizado

Fonte: Autores (2019).


232

Por quê? É preciso conhecer quais os métodos construtivos mais utilizados.


Para quê? Para entender quais são os diferenciais do novo método desenvolvido
em relação aos demais.

• Quantas obras executam por ano?

Figura 147 - Número de obras executadas

Fonte: Autores (2019).

Por quê? A quantidade de obras realizadas afeta no tempo de obra.


Para quê? Para direcionar todo suporte de matéria prima do novo método.
233

• Utilizam materiais sustentáveis na construção, se não, por quê e se afirmativo


qual(ais) materiais são utilizados?

Figura 148 - Utilização de materiais sustentáveis na construção

Fonte: Autores (2019).

- 75% informaram que não encontram na região esse tipo de material. -


25% utilizam a madeira como material sustentável.
Por quê? É necessário mensurar quantas construtoras utilizam material
sustentável.
Para quê? Para entender se as construtoras têm utilizado materiais que não
agridem o meio ambiente.

• A empresa possui alguma certificação ambiental? Qual? Caso não


possua, tem a intenção de obter alguma nos próximos 12 meses?

Figura 149 - Certificação ambiental

Fonte: Autores (2019).


234

- 25% das construtoras possuem a certificação do Ibama.


- 75% das construtoras que não possuem certificação ambiental
informaram que se preocupam com a gestão e descarte dos resíduos gerados pelas
obras, mas não tem interesse em adquirir a certificação.
Por quê? É necessário saber se as construtoras possuem certificação.
Para quê? Para entender se as construtoras possuem interesse em adquirir
certificação ambiental.

• Segundo seu conhecimento técnico qual seria um possível substituto do aço


na construção civil?

Figura 150 - Possível substituto para o aço.

Fonte: Autores (2019).

- 25% diz ter ouvido falar sobre o uso do bambu na China, pois, neste país
possuem parâmetros para dimensioná-lo.
- 75% dizem não conhecer nenhum substituto do aço, já que ele é uma
matéria prima fundamental para a execução de obras.
Por quê? A Avanzare precisa saber se as construtoras conhecem algum
material que pode substituir o aço.
Para quê? É importante analisar o conhecimento das construtoras em relação
a novos materiais que tem capacidade de substituir os materiais convencionais.
235

• A empresa tem estudado métodos construtivos alternativos para a


substituição dos métodos atuais? Por que?

Figura 151 - Estudo de novos métodos construtivos

Fonte: Autores (2019).

- Apenas os pré-moldados, visto que alvenaria estrutural já gera menos


resíduos e assim a redução de resíduos é menor ainda no canteiro de obras.
- Tem buscado os blocos estruturais para uma futura utilização em suas
obras.
- Até procuram, mas a aceitação do cliente final ainda é uma barreira para
a implantação desses métodos, pois os clientes de classe alta acreditam que alguns
métodos são inferiores ao método de construção de concreto armado, como o drywall,
e por isso não consegue utilizar.
- Parede de concreto por ser mais viável, rápido e mais lucrativo.
Por quê? É importante saber se as construtoras têm buscado executar outros
métodos construtivos.
Para quê? A Avanzare propõe uma nova técnica construtiva e é importante
saber se a construtoras procuram mudar as suas formas de construir.
236

• Você já ouviu falar em algum método construtivo que utiliza o bambu? Quais?

Figura 152 - Método construtivo que utiliza o bambu

Fonte: Autores (2019).

Por quê? O principal objetivo da Avanzare é desenvolver um método construtivo


utilizando o bambu. Assim, precisamos saber se as construtoras conhecem ou já
ouviram falar em construções com tal matéria-prima.
Para quê? Para que se possa dimensionar o quão necessário serão os esforços
de marketing para vender as casas.

De acordo com esta pesquisa, a Avanzare pôde identificar algumas barreiras


para a venda do método construtivo. Inicialmente, perguntou-se às construtoras que
tipo de obra elas executam e foi identificado que a maioria constrói prédios, apenas
uma das entrevistadas constroem também residências.
Foi questionada qual a classe econômica do público alvo atendido, e 43% dos
clientes correspondem à classe média baixa, com renda bruta mensal de dois a quatro
salários mínimos, pois foi observado que algumas construtoras possuem mais de um
público alvo com relação a sua classe econômica.
Com relação ao método construtivo utilizado, 34% responderam que utilizam
o método concreto armado. Foi verificado que as construtoras utilizam mais de um
método construtivo em suas construções, pois a técnica construtiva a ser utilizada
dependerá da análise de viabilidade do projeto, realizada as análises é decidido qual
o melhor método a ser implantado na obra.
Para entender melhor sobre o fornecimento de matéria-prima, é necessário
237

questionar a quantidade de obras executadas pelas construtoras. Dos entrevistados,


50% executam até cinco obras por ano e 50% de seis a dez obras por ano. Ao
questionar sobre os materiais sustentáveis utilizados na construção, 75% informaram
que não encontram esses tipos de materiais.
Pensando nas leis ambientais e certificações, questionou-se sobre a posse de
alguma certificação ambiental e 75% disseram que não possuem tais certificações,
mas realizam o gerenciamento dos resíduos gerados na obra e não tem interesse em
adquirir esse tipo de certificação.
Com relação ao conhecimento de algum material que pudesse substituir o aço
na construção civil, 25% informaram que pode ser substituído e que a China tem sido
pioneira no dimensionamento, utilização e normatização dele.
Quando questionado sobre o estudo de novos métodos construtivos alternativos
para a substituição dos métodos atuais, identificamos que todos os entrevistados
têm estudado métodos que sejam mais rápidos, gerem menos resíduos e que sejam
lucrativos. Porém, uma das construtoras informou que existe uma resistência do cliente
final em relação a outros métodos construtivos, pois alguns acham que somente o
método de concreto armado é mais seguro.
Visto o objetivo de elaborar um novo método construtivo que utilize o bambu na
função estrutural em uma obra, foi questionado se as construtoras já ouviram falar em
algum método construtivo que o utilize, e todos os entrevistados responderão que não
o conhecem ainda. Assim, apresentamos o objetivo de trabalho e percebemos que de
início os entrevistados se mostraram receosos, visto que é necessário no campo da
engenharia os cálculos que comprovem a viabilidade técnica de projeto.

19.1 Conclusão

Percebe-se que falta conhecimento das construtoras em relação à capacidade


de resistência e aos benefícios do bambu quando utilizado na construção civil. Isso
representa uma ameaça para execução de um projeto e elaboração de um novo
método construtivo, já que o nosso país não possui obras que utilizem esse material.
Para superar essa ameaça, será necessário criar planos de comunicação sobre os
benefícios e vantagens que o novo método possui.
Durante a pesquisa, notou-se que as construtoras têm estudado outros métodos
que gerem menos resíduos, sejam rápidos e tragam lucro para a empresa. Dessa
forma, temos uma oportunidade na construção civil diante dos métodos construtivos,
238

visto que a sociedade busca evoluir sua forma de construir à medida que as tecnologias
são aprimoradas.
Na construção civil, existe uma certa resistência a novos métodos construtivos.
Em se tratando de Brasil, existem alguns métodos que persistiram e venceram a
barreira da aceitação, como a parede de concreto, de acordo com a Tecnosil ela
começou a ser utilizada na década de 1970, com o objetivo de atender a demanda
por uma entrega mais rápida de empreendimentos realizados pelo governo, sendo
seu auge de uso em 2009 através do programa “Minha casa, Minha vida”. Segundo a
Caixa Econômica Federal no ano de 2014 esse método foi utilizado em 36% das obras
e teve um aumento para 52% em 2015 em todas as obras no país.
Mediante a pesquisa de validação com as construtoras e todas as análises
realizadas, a Avanzare mudará o seu objetivo inicial de projeto que era construir casas
populares e passará a desenvolver o método construtivo que torne a execução das
construções viáveis, através da substituição do aço estrutural pelo bambu e venda do
método para construtoras interessadas em métodos alternativos de acordo com as
normas ambientais.
239

SOBRE O NEGÓCIO
240

20. SOBRE O NEGÓCIO

A
Avanzare é uma empresa que possui o objetivo de desenvolver
novos métodos construtivos que possam inovar e melhorar o setor da
construção civil, com a finalidade de reduzir os impactos ambientais em
obras.
241

20.1 Implantação da nova estratégia de negócios

20.1.1 Objetivo da empresa

Por que mudamos? Identificamos que o principal objetivo deve estar relacionado
ao desenvolvimento de um novo método construtivo e também se nota que disponibilizar
no mercado imóveis mais acessíveis com condições de pagamento diferenciadas para
a população de baixa renda é uma variável que não conseguimos intervir, pois as
condições de pagamentos dependem das instituições financeiras. Entendemos que
a venda de um novo método construtivo trará mais lucro para empresa e poderá ser
vendido não somente em uma localidade específica, e sim a nível nacional.

Como ficará? O nosso objetivo se resumirá em duas vertentes:

• Objetivo Principal
Desenvolver um novo método construtivo que torne a execução das construções
mais rápidas e economicamente viáveis, utilizando novas tendências ecológicas
para aperfeiçoar os atuais modelos de construção, substituindo o aço estrutural
pela fibra vegetal de alta resistência conhecida como bambu. Dessa forma
iremos comprovar a viabilidade do novo método construtivo, assim como vendê-
lo para construtoras interessadas em novos métodos alternativos e proporcionar
o equilíbrio entre homem e natureza.

• Objetivo Secundário
Reduzir o déficit habitacional através da construção de casas populares para
famílias que se encaixem nas necessidades mínimas de financiamento
estabelecidas pelo atual mercado imobiliário.

20.1.2 Segmentação de clientes

Por que mudamos? A ideia inicial era construir casas em um assentamento


através da participação de um processo de licitação com a prefeitura de Uberlândia.
Após análises e pesquisas, a Avanzare percebeu que colocar sua primeira construção
em dependência de um processo licitatório seria um risco, pois se trata de um processo
242

a longo prazo e burocrático.


Entendemos que a pesquisa realizada é necessária para o novo objetivo
traçado, pois compreendemos as necessidade e comportamento do consumidor final
e identificamos que eles não veem problema em adquirir uma casa que tenha o aço
estrutural substituído pelo bambu, desde que seja comprovada a sua segurança.

Como ficará? A Avanzare terá seu modelo de negócio voltado na relação


business to business (B2B), que são constituídos por construtoras e incorporadoras da
cidade de Uberlândia que procuram por métodos alternativos viáveis e mais próximo
de uma relação sustentável com o meio ambiente.

20.1.3 Análise de concorrentes

Por que mudamos? Após análises e pesquisas de concorrência, a Avanzare


optou por mudar sua estratégia de negócios, pois percebemos que não é vantajoso
ser mais uma construtora no mercado dentre tantas outras. Ao invés de concorrer com
as construtoras, o foco do negócio será em desenvolver novos métodos construtivos
para empresas de engenharia civil.
O novo método será patenteado e vendido para construtoras interessadas em
entregar a seus clientes inovações ecológicas e seguras com bom custo-benefício. A
forma de monetização ocorre através de royalties em cada vez que o método é utilizado
pelas construtoras, além das consultorias prestadas para aplicação e desenvolvimento
do método.
Como ficará? Nossos concorrentes agora são os modelos construtivos atuais,
como Alvenaria de Vedação, Paredes de concreto e Alvenaria estrutural. Alguns
modelos também geraram desconfiança quando foram criados e passaram por um
período de aprovação e hoje são amplamente utilizados.

20.1.4 Fornecedores e Parceiros

Por que mudamos? Como o nosso principal objetivo foi alterado entendemos
que alguns parceiros e fornecedores não serão mais necessários, pois venderemos o
nosso método construtivo.
Como ficará? Para que seja realizado o projeto, teremos como principais
fornecedores as empresas que fornecem o bambu e como principais parceiros
243

institutos de pesquisas, associações de produtores de bambu e a longo prazo


pequenos produtores rurais e viveiros que fornecem mudas das espécies adequadas
para uso na construção civil.

20.2 Conclusão

Diante das análises apresentadas e novas diretrizes estabelecidas, a Avanzare


é uma empresa que desenvolve um novo método construtivo através da substituição
do aço estrutural pelo bambu, que possui característica marcante uma fibra vegetal de
alta resistência, respeitando normas internacionais de segurança e execução.
O novo método construtivo será chamado de “Aço Verde”. As construtoras
que adquirem o método da Avanzare podem usar a marca “Aço Verde” em ações e
campanhas publicitárias para a venda de imóveis comerciais e residenciais.
Nossa principal matéria prima utilizada é o bambu que passará por tratamentos
que garantem a sua resistência mecânica e durabilidade, sendo assim possível a
substituição do aço estrutural.
A Avanzare desenvolverá um plano de comunicação sólido e eficiente para sua
aceitação, com objetivo de reduzir os receios em relação ao projeto, reforçando seus
benefícios e reduzindo o desconhecimento em relação a segurança, durabilidade e
aplicabilidade do bambu como matéria-prima estrutural na construção civil.
A difusão do conhecimento técnico, a execução e os benefícios do bambu em
relação ao aço para a população e para profissionais da área de engenharia será um
fator chave de sucesso do negócio.
244

PROPÓSITO
245

21. PROPÓSITO

A
nalisando as novas diretrizes adotadas pela Avanzare, a fim de
alcançar os objetivos traçados, é necessário estabelecer um propósito
empresarial que dê razão e sentido a nossa existência. Queremos
que nossos clientes, assim como nós, entendam a necessidade de estar ligado à
natureza de forma a utilizar conscientemente os recursos naturais e simultaneamente
estar de acordo com as leis ambientais, atingindo os objetivos de viabilidade técnica
e econômica de projeto.

Por quê?
Acreditamos na sinergia entre homem e natureza como fator essencial para a
construção de um futuro equilibrado.

Como?
Entendemos a necessidade de gerar menor quantidade de resíduos e utilização
de recursos naturais como forma de progresso das construções civis.

O que?
Entregamos um novo método construtivo utilizando fibras vegetais de alta
resistência, a fim de garantir um lar de qualidade, seguro e proporcionar conforto
térmico, através da substituição do aço estrutural pelo bambu.
246

PATENTE
247

22. PATENTE

A
Patente é uma concessão pública emitida pelo estado que fornece
a garantia de exclusividade para o inventor explorar comercialmente
a sua invenção. Essa garantia de exclusividade previne que outras
pessoas possam fabricar, utilizar e vendê-la.
Existem registros de que as primeiras patentes surgiram em 1421 na cidade de
Florença, na Itália, onde foi criado um dispositivo para transportar mármore e em 1449
foi criado na Inglaterra um processo de produção de vitrais, o que garantiu 20 anos de
monopólio. A primeira lei de patentes foi promulgada no ano de 1474, em Veneza, com
o objetivo de proteger os direitos autorais sobre a invenção.
No Brasil, foi solicitado a primeira patente em 1809 pelos inventores Luis Louvain
e Simão Clothe, criadores de uma máquina de descascar café e que por cinco anos
foi garantida sua exclusividade. O órgão responsável pelo registro de patentes no país
é o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), que em 14 de maio de 1996 foi
promulgou a Lei da Propriedade Industrial (Lei N°9.279/1996) que regula os direitos
e obrigações referente a concessão de patentes de invenção e utilidade, registro de
desenho industrial, registro de marca, repressão às falsas indicações geográficas e
repressão à concorrência desleal.

22.1 Como funciona

Poderá ser panteada uma invenção que atenda os critérios de novidade,


aplicação industrial e atividade inventiva, ou um modelo de utilidade que seja de uso
prático, passível de aplicação industrial, que tenha uma nova forma ou disposição,
envolvendo ato inventivo e que gere uma melhoria na sua fabricação ou no seu uso.
Antes de iniciar o registro de patente, é necessário fazer uma pesquisa junto
ao INPI para ver se existe em algum pedido realizado, porém no site deste órgão só
248

é possível identificar os pedidos já solicitados no Brasil. Para saber se já existe algum


pedido no exterior, existem sites como o worldwide.espacenet.com, onde poderá ser
pesquisado os pedidos de patente no exterior.
Os pedidos são classificados de acordo com a área tecnológica a que pertencem.
Como a Avanzare deseja patentear o seu método construtivo, será então identificado
como Patente de invenção e pertencerá a área de Construções, Classe 5: Edificações,
Arquitetura, Andaimes, que inclui elementos estruturais de madeira, metal e plástico.

22.2 Procedimento para efetuar o pedido eletrônico da patente no INPI

• Realizar a leitura do Manual do Usuário e da Lei da Propriedade Industrial


(Lei 9.279/1996), com o objetivo de conhecer todo o processo do pedido de
patente;
• Efetuar o cadastro no INPI;
• Consultar a Tabela de Retribuições de patentes, para que se tenha certeza
do serviço a ser patenteado e o seu valor;
• Emitir a Guia de Recolhimento da União (GRU), conforme o serviço escolhido
e efetuar seu pagamento;
• Fornecer ao órgão normatizador o número da guia, que será utilizado para
preencher o formulário de Peticionamento Eletrônico;
• Enviar o pedido de patentes de invenção ou modelo de utilidade;
• Acompanhar o pedido.

Após o pedido, a patente ficará sob sigilo durante 18 meses e deverá ser
solicitado ao INPI o exame de verificação, e ainda poderá ser solicitado um exame
prioritário para a agilizar o processo.
Como a Avanzare propõe um novo método construtivo que auxilia na
preservação do meio ambiente, poderá ser solicitar o exame prioritário por se encaixar
na Patente Verde, cujo o objetivo é combater as mudanças climáticas, pois, conforme
visto anteriormente, a substituição do aço pelo bambu reduz a emissão de gases que
intensificam o Aquecimento Global, como o Dióxido de carbono .
No 24° mês do pedido, se aprovada a patente, o solicitante deverá pagar uma
anuidade até o fim da patente. Uma vez aprovada, a Patente de Invenção será válida
por 20 anos e a Patente de Modelo de Utilidade terá a vigência de 15 anos.
249

CADEIA PRODUTIVA
DO BAMBU
250

23. CADEIA PRODUTIVA DO BAMBU

A
oferta de bambu no mercado brasileiro é, sem dúvida, um dos desafios
do projeto. Isso se deve ao fato de que apenas cinco espécies, dentre
as diversas existentes no país, possuem características que as tornam
próprias para o uso na construção civil.
Segundo dados do viveiro Sítio da Mata, a atividade de plantio comercial de
bambus ainda é pequena no país, sendo 30.000 hectares no estado do Maranhão,
para papel e celulose, e menos de 400 hectares de bambu destinados à construção,
artesanato e móveis, plantados de forma esparsa pelo centro-oeste, sudeste e sul do
país.
Diante deste quadro, para que o novo método construtivo se viabilize, serão
adotadas medidas a curto e longo prazo.

23.1 Ciclo do bambu


Figura 153 - Cadeia produtiva do bambu

Fonte: Autores (2019).


251

• Plantação da muda: é a primeira etapa da cadeia produtiva do bambu. A muda


deve ser plantada no período da manhã e em terrenos planos.

• Extração do bambu: a extração dos colmos deve ocorrer a partir do quinto


ano da plantação, com o auxílio de serras, serrotes ou motosserras. A fim de
evitar que os colmos sofram trincas, recomenda-se que o corte seja feito a
vinte centímetros do solo depois do nó e deve ocorrer em meses frios e mais
secos, pois a umidade do bambu é menor e assim os colmos ficam mais leves
e fáceis de colher. Após a colheita, não é preciso o replantio da muda, pois os
colmos possuem a capacidade de produção por mais vinte anos através da sua
rebrota.

• Tratamento: é uma das principais etapas, pois é fundamental para a durabilidade


e qualidade do bambu. Primeiramente, é preciso fazer a secagem do bambu,
que pode ser feita com fogo ou de forma natural (processo que leva de duas a
oito semanas). O tratamento também pode ser por meio químico, que possui a
duração de dez a quinze dias ou por substituição da seiva com a duração de
sete dias.

• Armazenamento: o bambu deve ser armazenado em um local seco, com


cobertura, boa ventilação e afastado do solo.

• Transporte: deve ser feito por um veículo coberto, visto que as peças precisam
ser fixadas de forma a impedir sua movimentação durante o transporte para os
locais onde serão utilizadas.

• Utilização do bambu: uma vez tratado o bambu, pode ser direcionado para
os locais que irão utilizá-lo, como na construção civil e para a confecção de
móveis.

• Descarte do bambu: este processo depende da forma que o bambu foi tratado.
Se ele recebeu um tratamento menos agressivo, poderá ser descartado na
natureza, mas se tratado com produtos químicos deverá ser direcionado para
reciclagem ou para os aterros sanitários.
252

• Reciclagem: o bambu pode ser utilizado para a fabricação de artesanatos e,


quando processado, pode ser utilizado na produção de compósitos.

23.2 Medidas a curto prazo

A fim de garantir a qualidade do bambu, bem como sua disponibilidade nos


canteiros de obras dos clientes e facilitar seu processo de compra, a Avanzare agirá
como intermediadora entre clientes e fornecedores dos colmos de bambu das espécies
Dendrocalamus Giganteus (Bambu Gigante), Dendrocalamus Asper (Bambu Gigante),
Guadua Angustifólia (Bambu Guadua), Plyllastachys Pubescens (Bambu Mosso) e
Phyllostachys Aurea (Bambu Cana da Índia). A operação não será de revenda, e sim
de intermediação.
A intermediação se dará de modo que, uma vez fechado o contrato com o
cliente e levantado a quantidade em metros de colmo de bambu necessária para a
construção da obra, a Avanzare se encarregará de entrar em contato com os produtores
associados da APROBAMBU – Associação Brasileira de Produtores de Bambu e com
fornecedores de bambu dos estados de São Paulo e Santa Catarina, para negociar
preços e condições de pagamento. A APROBAMBU será uma parceira da Avanzare e
auxiliará na triagem e escolha das propriedades rurais mais próximas à Uberlândia, a
fim de compor o grupo de propriedades aptas à venda para os clientes.
Os critérios a serem levados em consideração na triagem serão: tamanho
da propriedade (hectares), distância em relação à Uberlândia (Km), estrutura da
propriedade (máquinas, equipamentos, galpão) e o perfil do produtor rural (se tem
outra atividade na fazenda, agricultura familiar ou mora na propriedade).
Ao deter o processo negociação do bambu para si, a empresa possui um poder
de barganha maior e garante o melhor preço ao cliente. O frete para a entrega do
bambu nos canteiros de obras será de responsabilidade do cliente.

23.3 Plano de extensão da cadeia de suprimentos do bambu a longo prazo

Visando um horizonte de 6 a 10 anos, a partir do início das operações da


Avanzare, e um crescimento robusto nos negócios da empresa, com o objetivo de
assegurar a qualidade e disponibilidade dos colmos de bambu nos canteiros de obras
dos clientes, existe um planejamento de fomentação e desenvolvimento da cadeia
produtiva do bambu no Brasil. A Avanzare propõe um plano de produção integrada que,
253

para detalhá-lo, é necessário considerar variáveis no horizonte de tempo estabelecido.


A espinha dorsal do plano, se espelha aos sistemas de parcerias de integração
firmados entre empresas da indústria de carnes de suínos e frangos.

Figura 154 - Modelo de integração

Fonte: Autores (2019).

As empresas integradoras são responsáveis por entregarem, sem custo ao


integrado, os leitões, a ração para alimentá-los, assistência técnica e acompanhamento
veterinário, enquanto os integrados ficam encarregados de criar os animais em local
adequado, com a mão-de-obra e equipamentos necessários. No final do processo,
todos os resíduos deixados pelos suínos ficam em posse dos produtores integrados, que
podem transformar o material em adubo e reinvestir em outras culturas, representando
receita extra para a propriedade.
As principais vantagens do sistema de integração para os produtores rurais são:
• Segurança de venda dos produtos a preços previamente acordados;
• Garantia de assistência técnica;
• Utilização de mão-de-obra familiar, elevando a renda da família;
• Maior possibilidade de especialização;
• Redução dos desembolsos financeiros durante o processo de produção.

Para as empresas integradoras, as vantagens são:


• Garantia de matéria-prima;
• Maior poder de barganha no preço pago ao produtor rural;
254

• Redução de encargos sociais e de possíveis problemas trabalhistas;


• Terceirização da produção agropecuária, reduzindo recursos financeiros
necessários à produção.

23.3.1 Sistema de produção integrada Avanzare

O sistema de produção integrada da Avanzare seguirá um modelo que viabilize


logisticamente e financeiramente o negócio, proporcionando benefícios tanto para os
produtores rurais integrados que irão cultivar o bambu, quanto para a Avanzare e seus
clientes.

Figura 155 - Modelo de integração Avanzare

Fonte: Autores (2019).

A sede da Avanzare está localizada na cidade de Uberlândia-MG. A cidade, além


de possuir clima favorável para o plantio de bambu, também possui uma localização
logisticamente estratégica.
Para que seja realizado o sistema de produção integrada, será feita a triagem
de produtores rurais do próprio município e de municípios vizinhos como Araguari,
Indianópolis, Uberaba, Jardinésia, Tupaciguara, Tapuirama, Xapetuba e Prata. Para
isso, serão firmadas parcerias com sindicatos rurais (Associação de Produtores
Rurais) de Uberlândia e municípios vizinhos, a fim convocar os produtores associados
255

e organizar reuniões de apresentação da empresa e proposta de parceria, com o


objetivo de identificar os produtores que tenham interesse em participar da parceria e
tenham o perfil de propriedade que atenda aos requisitos para produção de bambu.
Os produtores que fecharem contrato com a Avanzare receberão as mudas de
bambu, sem custos. Quanto aos produtores, serão responsáveis pelo plantio, cultivo,
colheita do bambu, pela mão de obra a ser empregada na propriedade, eventuais
perdas na lavoura de bambu, investimentos em equipamentos e instalações, defensivos
agrícolas e pela secagem e tratamento do colmo do bambu.
A consultoria se encarregará de fornecer, além das mudas, assistência técnica
in loco nas propriedades rurais para auxiliar os produtores no cultivo do bambu e na
secagem e tratamento dos colmos, também sem custos ao produtor. Será firmada
parceria com a Emater-MG – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do
Estado de Minas Gerais e com o Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural,
a fim de prestar assistência técnica aos produtores em seus bambuzais. Os técnicos
destes órgãos irão às propriedades rurais prestar consultoria técnica, e serão pagos
pelo próprio órgão que possui a responsabilidade de dar apoio à agricultura familiar.
Uma vez firmado o contrato, a Avanzare comprará toda a produção do colmo
de bambu tratado dos produtores rurais e revenderá para seus clientes. O preço a ser
pago pelo produtor será baseado em um valor referenciado ao valor de mercado do
mês e ano vigente, acrescido de um percentual que variará de 0% à 10% de acordo
com a qualidade do colmo do bambu entregue. Neste processo de produção integrada,
a empresa realizará também revenda do bambu ao cliente, onde será adicionado 25%
ao preço que foi pago ao produtor rural.
256

PLANO DE
GESTÃO AMBIENTAL
257

24. PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

S
egundo o Concelho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA (Resolução
n°306 de 2002), a gestão ambiental é a condução, direção e controle
do uso dos recursos naturais, dos riscos e das emissões para o meio
ambiente, por meio da execução do sistema de gestão ambiental.
Trata-se de um sistema de administração empresarial que tem como objetivo
o desenvolvimento sustentável, promovendo a conscientização de profissionais e
organizações, estimulando a comportamentos e ações que reduzam ou eliminem o
impacto ambiental das atividades corporativas.
De acordo com a Resolução CONAMA n°01/1986, o impacto ambiental é
definido como qualquer modificação das propriedades físicas, químicas e biológicas
do meio ambiente geradas por qualquer matéria, ou atividades humanas que afetem o
bem-estar da população, saúde, segurança, atividades econômicas e sociais, a biota,
a qualidade dos recursos ambientais e as condições estéticas e sanitárias do meio
ambiente.
Nos últimos anos, a conscientização da sociedade, dos governos e empresas
vem aumentando, e a preocupação com o meio ambiente tem sido abordada em
diversos setores. A gestão ambiental torna-se fundamental, pois associa a imagem
da empresa à preservação ambiental e favorece a sua imagem perante os clientes e
concorrentes. Além disso, a prática dessa ferramenta pode reduzir gastos com água,
energia e da reutilização de materiais recicláveis.

24.1 Certificação ISO 14001

A ISO (International Standardization for Organization) é uma organização não-


governamental fundada em 27 de fevereiro de 1947, na cidade de Genebra, com a
258

finalidade de ser o fórum internacional de normatização.


A ABNT NBR ISO 14001 é uma norma que pode ser adotada voluntariamente
por todos os tipos de organizações, independentemente do seu tamanho, e especifica
os requisitos para implantação do sistema de gestão ambiental (SGA). Ela exige que
as empresas levem em consideração as questões ambientais em relação às suas
atividades, como questões referentes a água e ao esgoto, poluição do ar, gestão de
resíduos, contaminação do solo, utilização e eficiência dos recursos e mitigação e
adaptação às alterações climáticas.
No ano de 2015, esta norma foi revisada e passou a exigir mais comprometimento
da liderança, adoção de uma estratégia de comunicação com foco nas partes
interessadas, atenção no conceito de ciclo de vida do produto levando em consideração
o seu desenvolvimento até o fim da vida útil. Também foram exigidas iniciativas
proativas, com o objetivo de proteger o meio ambiente contra danos e degradação,
e que a gestão ambiental seja mais importante no posicionamento estratégico da
empresa.
A ABNT NBR ISO 14001 é baseada no modelo de melhoria contínua, ciclo PDCA
(Plan: planejar, Do: executar, Check: verificar e ACT: agir). A implantação do Sistema
de Gestão Ambiental (SGA) deve seguir as seguintes etapas: Política ambiental,
Planejamento, Implementação e operação, Verificação e Análise pela administração.

24.2 Sistema de Gestão Ambiental

24.2.1 Política Ambiental

A Política Ambiental da Avanzare foi inspirada em seu propósito, pois acreditamos


que para a construção de um futuro equilibrado deve-se conciliar uma sinergia entre
homem e natureza, de modo a preservar, proteger e utilizar os recursos naturais de
forma consciente. Dessa forma, a empresa traçou a seguinte política:

• Cumprir a legislação ambiental e requisitos aplicáveis à organização;


• Estabelecer objetivos e metas ambientais para a melhoria do meio ambiente;
• Promover a conscientização dos colaboradores para o cumprimento dos
objetivos e metas;
• Comprometer com a melhoria contínua do Sistema de Gestão Ambiental,
prevenção a poluição e otimização dos recursos naturais;
259

• Promover o respeito dentro e fora do local de trabalho;

24.2.2 Planejamento

Para a realização do planejamento, é necessário identificar os aspectos


ambientais que consiste em elementos das atividades, produtos ou serviços de uma
empresa que podem interagir com o meio ambiente e causar impactos ambientais,
seja negativo ou positivo.
Analisando as atividades que serão realizadas na sede da Avanzare, foram
identificados os principais aspectos ambientais:

Tabela 10 - Aspectos Ambientais

Fonte: Autores (2019).

Dos aspectos ambientais listados, destaca-se a geração de resíduos. Por


se tratar de uma sede onde serão realizadas as atividades de administração do
negócio e relacionamento comercial, o consumo de papel e copos descartáveis pode
ser alto. Além disso, existe o resíduo da obra da sede que será gerado no início do
empreendimento e deverá obedecer aos critérios de descarte.
Assim, é primordial o estabelecimento de um programa de gestão dos resíduos
gerados para que eles sejam descartados de forma correta, com o objetivo de evitar
quaisquer impactos.
260

24.2.2.1 Requisitos legais

A lei 12.305/10 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que


propõe a prevenção e redução dos resíduos gerados, com o objetivo de estimular o
consumo sustentável, aumento da reciclagem, reutilização de resíduos, destinação
adequada, estabelece a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos
no ciclo de vida do produto e cria metas visando a eliminação dos lixões.

a) Classificação dos resíduos


Segundo a PNRS os resíduos são classificados quanto a sua origem:

• Residencial: Originado pelas atividades domésticas, composto por restos


de alimentos, jornais, revistas, papel higiênico, produtos deteriorados,
embalagens em geral, resíduos especiais como baterias, lâmpadas, pilhas
e óleo vegetal.
• Comercial: Gerado por atividades comerciais e de serviços, como bares,
bancos, supermercados e restaurantes. É composto por plásticos, papeis,
embalagens e restos de alimentos.
• Industrial: Resíduo gerado por atividades industriais, onde sua composição
depende do tipo de indústria, podendo ser composto por resíduos alcalinos
ou ácidos, borracha, papeis, metais, madeiras, vidros, plásticos, entre outros.
• Serviços de saúde: Originado de clínicas em geral, laboratórios, farmácias
e hospitais. É composto por seringas, agulhas, ampolas, resíduos sépticos,
etc.
• Público: Oriundo de serviços de limpeza pública, podendo ser encontrado
papeis, plásticos, embalagens e restos de vegetais.
• Especial: Gerado pela construção civil e atividades industriais, composto
por entulhos, baterias, pilhas, embalagens de agrotóxicos, remédios e
venenos.
• Radioativo: Resíduo gerado por rejeitos radioativos, composto de urânio.
• Espacial: Oriundo de restos de objetos lançados no espaço, composto por
peças de foguetes, fragmentos de aparelhos e satélites artificiais.

Podem ser classificados ainda pela sua composição física.


261

• Seco: Inclui papéis, metais, plásticos, vidros, porcelana, lâmpadas e tecidos.


• Molhado: Formado por restos de comidas.

Também são classificados pela sua composição química.

• Orgânico: Formado por restos de alimentos e podas de jardim.


• Inorgânico: Composto por tecidos, lâmpadas, metais, borrachas e plásticos.

De acordo com o Art. 9°, a gestão e o gerenciamento dos resíduos sólidos


devem seguir a seguinte prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento e descarte adequado.
Para cada tipo de resíduo existe um processo de reciclagem que pode ser
dificultado quando vários resíduos são misturados, tornando a sua reciclagem cara ou
inviável. A PNRS estabelece a obrigatoriedade de todos os municípios implantarem a
coleta seletiva.
A resolução do CONAMA n°275/2001 designa as cores para que cada resíduo
seja descartado, conforme listado abaixo.
• Azul: Papel/papelão;
• Amarelo: Metal;
• Branco: Lixo hospitalar;
• Cinza: Não reciclável ou contaminado;
• Laranja: Resíduos perigosos;
• Marrom: Orgânico;
• Preto: Madeira;
• Roxo: Resíduos radioativos;
• Verde: Vidro;
• Vermelho: Plástico.
262

Figura 156 - Coletores

Fonte: Disponível em <www.sucatas.com>.

Na cidade de Uberlândia, segundo João Batista, secretário municipal de


Serviços Urbanos, a coleta seletiva atende quase 35% da população e contempla
16 bairros. O Departamento Municipal de Água e Esgoto – DMAE divulgou dados
que mostram que no ano de 2017 foram coletadas 1.960 toneladas de lixo e 1.403
foram recicladas. Já em 2018 foram coletadas 2.159 toneladas de lixo e 1.661 foram
recicladas, representando um aumento de 71,58% para 76.93% em relação ao ano
anterior.
Uma vez feita a coleta seletiva, todo o material é repassado para associações e
cooperativas de recicladores, que ficam responsáveis de dar o destino final adequado.
Além disso, gera trabalho e fonte de renda para a população.

b) Classificação de resíduos de obras


Os resíduos da construção civil (RCC), ou entulhos, são materiais resultantes
de reformas, construções e demolições como tijolos, concreto em geral, solos, rochas,
tintas, tubulações, blocos, entre outros.
Segundo a resolução do Conama N°307/2002, esses resíduos podem ser
classificados em quatro classes.
• Classe A: Resíduos que podem ser reciclados ou reutilizados, como argamassa,
tijolos, telhas, blocos, placas de revestimento, concreto;
• Classe B: Resíduos que podem ser reciclados, como plásticos, madeiras em
geral, papeis, vidros, metais e gesso;
• Classe C: São compostos por resíduos que não possuem aplicação viáveis
economicamente ou não existem tecnologias para reciclagem ou recuperação,
como estopa, lixas e panos.
• Classe D: Formado por resíduos perigosos proveniente da construção como,
solventes, óleos, amianto, tintas e produtos de demolição e etc.
263

A resolução também estabelece a responsabilidade compartilhada em relação


aos RCC para os geradores, transportadores e gestores municipais. Em 2004, esta
resolução foi atualizada para resolução Nº348/2004, determinando que o gerador é
o principal responsável pela gestão dos resíduos. Diante deste fato, é de extrema
importância fazer o gerenciamento dos resíduos a fim de evitar multas pelo descarte
incorreto.

Figura 157 - Separação dos resíduos em canteiro de obras

Fonte: Ecoinova ambiental (2017).

Na cidade de Uberlândia existem os denominados Ecopontos, que são


espalhados pela cidade para o recebimento dos resíduos gerados por pequenos
geradores, com o objetivo de evitar o descarte irregular e realizar o destino adequado.
Já o resíduo de grandes geradores é descartado no aterro sanitário da cidade.

Figura 158 - Ecoponto

Fonte: Daniel Nunes/Secom PMU (2012).


264

24.2.2.2 Indicadores

O indicador é um dado quantitativo ou qualitativo que possui a função de avaliar


um objetivo, produto, processo e serviço. É importante para a tomada de decisão e
elaboração de planos de ações.
Assim, mediante ao estudo dos aspectos ambientais, a Avanzare terá como
base os indicadores de volume e gasto com água, consumo e gasto com energia
elétrica, consumo de copos descartáveis, consumo e gasto com papel, reutilização de
papel e volume de resíduos recicláveis.
Para calcular os indicadores de consumo de água e energia elétrica, será
utilizado o valor da conta mensal e o valor obtido dividido pelo número de funcionários,
apenas para fins de controle e verificação de consumo médio.
Os copos descartáveis serão disponibilizados apenas para clientes e visitantes,
os colaboradores da empresa utilizarão seus próprios copos ou garrafas de água, a
fim de reduzir o impacto ambiental gerado pelo consumo de plástico.
O gasto com papel será verificado mensalmente e a quantidade obtida será
dividido pelo número de funcionários, para fins de controle. A reutilização de papel será
feita reutilizando os papéis usados para rascunho. O objetivo desta ação é impedir o
aumento injustificado em relação aos meses subsequentes.

24.2.2.3 Modelo de Gestão

Uma vez conhecido os aspectos ambientais, os requisitos legais que envolvem


a geração de resíduos e os indicadores a serem avaliados, a Avanzare traçou o SGA,
conforme a Figura 159.
265

Figura 159 - Estrutura do modelo de gestão ambiental

Fonte: Adaptado de Nogueira e Paiva (2012).

Na etapa de planejamento serão feitas as seguintes ações:

1) Diagnóstico

a) Identificar os dados gerais da empresa: número de funcionários e mapa das


instalações.
b) Caracterizar os resíduos: verificar os tipos de resíduos e quantidades, através da
separação e pesagem durante um tempo determinado.
c) Mapear o processo de coleta e destinação dos resíduos: apurar qual o
procedimento que vai ser adotado para a coleta e destinação dos resíduos.
d) Verificar os dados de consumo: analisar o consumo de água, energia, copos
descartáveis e papéis.
e) Diagnóstico das instalações: identificar os tipos de lâmpadas utilizadas, levantar
a quantidade de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, verificar se existem fontes
de vazamento de água, quantidade e localização das lixeiras e coletores de coleta
seletiva.
f) Verificar o nível de conhecimento dos funcionários: aplicar questionários para
gestores e funcionários para medir o conhecimento.
266

2) Plano de gestão

a) Criar um comitê: criar uma equipe com funcionários da alta administração, setores
de comunicação, planejamento e gestão.
b) Viabilidade econômica: verificar o custo das ações a serem implantadas.
c) Planejamento de Ações: analisar quais ações serão tomadas.
d) Definição dos indicadores: definição de metas para cada indicador estabelecido.

3) Plano de comunicação

a) Estabelecer tipos de ações e divulgação: determinar quais serão os meios de


divulgação na empresa.
b) Material de conscientização: meios para conscientizar os funcionários.
c) Treinamento: realizar palestras educativas para funcionários.

24.2.3 Implementação e operação

Nesta etapa serão implantados os planos de gestão e comunicação. Para o


plano de gestão serão estabelecidas as seguintes ações para cada aspecto ambiental
identificado na empresa.

a) Consumo de água
• Verificar se existem vazamentos na empresa e conscientizar os funcionários
para que avisem se uma torneira não funcione adequadamente;
• Instalar arejadores nas torneiras, que possuem a função de misturar o
ar à água, reduzindo a vazão, mas mantendo a sensação de volume
e direcionamento do jato. De acordo com fabricantes, a instalação de
arejadores pode gerar uma economia de 50 a 80%;
• Instalar descargas com acionamento duplo, que podem gerar uma economia
de 75% do consumo de água.

b) Consumo de energia
• Comprar eletrodomésticos com o Selo Procel de economia de energia;
• Instalar lâmpadas de LED, pois possuem menor consumo de energia;
• Conscientizar os funcionários para que desliguem os computadores quando
267

não estiverem utilizando;


• Fazer a manutenção periódica do ar-condicionado e mantê-lo na temperatura
de 23°C, pois esta temperatura pode gerar uma economia de até 50%.

c) Consumo de copos descartáveis


• Comprar garrafas squeeze ou canecas para serem distribuídas para os
funcionários, com o objetivo de reduzir o consumo de copos descartáveis.

d) Consumo de papel
• Dar preferência pelo uso de arquivos digitais;
• Reutilizar as folhas A4 em blocos de rascunho;
• Dar preferência para emissão de Nota Fiscal eletrônica (NF-e) para clientes
e fornecedores.

e) Resíduos gerados na construção da Sede da Avanzare


• Separar os resíduos gerados de acordo com as suas classificações;
• Contratar empresa especializada no fornecimento de caçambas e descarte
dos entulhos gerados. Como já citado anteriormente, a Avanzare contará
com os serviços da empresa Grupo Bom Jesus, que ficará responsável
por realizar o descarte final dos resíduos. Além disso, a empresa possui
certificações ambientais para a realização desse serviço.
• Realizar o monitoramento dos resíduos encaminhados para descarte,
através de documentações que comprovam o destino final dos RCC.

f) Plano de comunicação
• Realizar treinamento dos funcionários com o objetivo de conscientizar sobre
questões ambientais;
• Instalar placas educativas em departamentos da empresa.

Além de fornecer treinamentos para os funcionários, a Avanzare terá um projeto


social, onde será aberto o Museu do Bambu para visitas de escolas e universidades,
com o objetivo de divulgar o uso do bambu como matéria-prima renovável.
268

6.2.4 Verificação

Ao implantar os planos estabelecidos, é necessário monitorar e verificar se


estão em conformidade com os objetivos, metas, compromissos assumidos pela
empresa e requisitos legais.

Tabela 11 - Etapas de verificação

Fonte: Autores (2019).

24.2.5 Análise pela Administração

Nesta etapa será realizada uma análise crítica do programa de gestão ambiental
implantado, com o objetivo de garantir sua pertinência, adequação e eficácia de
acordo com os relatórios feitos nas auditorias internas. Cabe à administração verificar
se deverá fazer ações corretivas e preventivas, bem como estabelecer novas metas
e ações.
269

24.3 Conclusão

A implantação do SGA nas organizações possibilita uma melhora do seu


desempenho ambiental e reduz a quantidade de insumos utilizados, proporcionando
benefícios ambientais e econômicos a curto e médio prazo.
Segundo relatos de empresas que já implantaram esse sistema de gestão e
possuem a certificação ABNT NBR ISO 14001, elas obtiveram benefícios. O sistema as
ajudou demonstrar que estão em conformidade com requisitos legais e regulamentares,
aumentou o comprometimento da liderança e funcionários e melhorou a imagem da
empresa.
Dessa forma, a Avanzare entende a importância de aplicar em sua sede o
SGA, com o objetivo de minimizar os impactos ambientais que podem ser gerados e
estar em conformidade com as leis ambientais. Também enxerga a necessidade de
criar alternativas que gerem menos impacto ambiental no setor da construção civil, de
modo a garantir o equilíbrio entre homem e natureza.
270

PLANEJAMENTO DE
COMUNICAÇÃO
271

25. PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO

A
Avanzare venderá o seu método construtivo para construtoras
interessadas em adquiri-lo, e essas construtoras realizarão a venda
direta das residências para os clientes finais. Devido a esse fator, foram
feitos dois planos de comunicação, um para se comunicar com as construtoras e outro
para se comunicar com a população em geral de classe média, que tem interesse em
adquirir moradias.

25.1 Comunicação B2B - Vendendo o método construtivo para construtoras

A comunicação B2B visa estimular as vendas do novo método construtivo para


as construtoras. Todos os esforços de comunicação terão uma linguagem formal,
porém com o mínimo de burocracia e contato direto com construtoras alvo.

25.1.2 Objetivos da Comunicação

Objetivo 1 - Estabelecer uma imagem sólida e confiável junto as principais


construtoras do país.
Objetivo 2 – Desmitificar, diminuir a desconfiança e disseminar o conhecimento
quanto ao uso do bambu como matéria-prima na construção civil.
Objetivo 3 – Dar visibilidade ao novo método construtivo para seja visto como
uma opção alternativa para aumentar a receita das construtoras.

25.1.3 Tema

O tema visa direcionar as ações de publicidade para garantir a fixação da


272

mensagem e direcionar a criação. A comunicação B2B deve ser mais duradoura e


focar em características técnicas e financeiras.
Tema 1 - Por que o bambu é o material que pode revolucionar suas vendas?
Tema 2 - Acelere sua obra com construções mais rápidas e com menos resíduos.
Tema 3 - A Sinergia entre natureza e tecnologia é a chave para diferenciação
no mercado.

25.1.4 Estratégia competitiva e os meios de comunicação

A comunicação com as construtoras será realizada com foco em palestras


presenciais, webinares e eventos físicos, pois a comunicação deve estabelecer
confiança e seriedade quanto ao uso do novo método construtivo, e o contato pessoal
ainda é um caminho importante que não deve ser ignorado. A Avanzare não consegue
estar presente fisicamente em todo o país, por isso o uso de comunicação online
também é indispensável para fins de escalamento de projeto.
O diferencial da Avanzare para conseguir vender seu método construtivo será
o cobranding com as principais construtoras do país, onde participará de forma ativa,
colaborando para a construção de conteúdos em sites, revistas, páginas especializadas
e metodologias juntamente às construtoras que também terão a marca valorizada no
mercado.
A Avanzare garante a comunicação institucional com o cliente final com o objetivo
de fazer com que ele busque o método como um objeto de necessidade e desejo
quando for adquirir uma casa. Também colabora com o marketing interno promocional
das construtoras através de consultorias para facilitar as vendas, garantido o mínimo
de esforço por parte das construtoras.
Os principais canais de comunicação serão os canais eletrônicos/digitais e os
canais impressos em menor escala, sendo eles:

• Revista Engenharia - Revista nacional com quatro publicações anuais que


oferece conteúdo informativo, com foco em engenharia civil.
• Webinar Center - Canal online completo que oferece qualidade e
estabilidade para lançamento do produto, webinários para treinamentos
online e gravados.
• Instagram e Facebook - Principais redes sociais do país devido ao grande
volume de visitas e alcance mundial.
273

25.2 Comunicação B2C – Venda do método construtivo para a população

25.2.1 Lei da liderança

A maioria das empresas seguem o princípio de lançar o melhor produto do


mercado. Para isso, necessitam de maior tempo, e nesse intervalo os concorrentes já
criaram meios alternativos que solucionam o mesmo problema. A Avanzare optou por
adotar a lei da liderança, pois é melhor ser reconhecido como o primeiro do mercado
do que ser a empresa que lançou o melhor produto, como por exemplo, a Coca-Cola.
Ao lançar primeiro, a Avanzare obtém vantagem, pois as pessoas têm tendência
natural de optar pela continuidade do pioneiro da inovação. Também há grande chance
do produto Aço Verde se tornar um termo genérico para a categoria da construção
civil, tornado o negócio blindável ao ataque da concorrência, como já ocorre com as
marcas Colgate, Bom Bril e Qboa, que se consolidaram de tal forma que produtos
similares ainda são reconhecidos através do nome dessas marcas pioneiras.

25.2.2 Tema

O tema tem o objetivo de direcionar a criação e reter a mensagem na mente


do consumidor. Por isso, a Avanzare vai definir temas periódicos para a criação do
planejamento de comunicação. A repetição e a consistência de determinado assunto
são de extrema importância para a fixação da mensagem e do posicionamento da
marca no mercado. Os temas não precisam ser explícitos e serão baseados nos
objetivos da comunicação.
Tema - Benefícios do bambu como fibra de alta resistência na construção civil.

25.2.3 Objetivos da comunicação

Todo o planejamento de comunicação da Avanzare será guiado por quatro


objetivos principais. Eles irão direcionar toda a estratégia de comunicação da marca
que visa colocar no mercado um novo método construtivo ecológico de fibra vegetal de
alta resistência. Os objetivos foram definidos após pesquisas primárias e secundárias,
onde foram detectados preconceitos e desconhecimento de profissionais da área da
construção e da população em geral quanto ao uso de materiais não convencionais
na construção civil.
274

Objetivo 1 - Estabelecer o reconhecimento e a aceitação de marca


Objetivo 2 - Corrigir as impressões falsas, informações errôneas e outros
obstáculos.

25.3 Aço Verde, marca criada para denominar o novo método construtivo

A marca do novo método construtivo, denominado AÇO VERDE, foi criada com
o objeto de facilitar a conexão entre a marca e os clientes, pois o método construtivo
é novo no mercado e vai ser usado por diversas construtoras. O complemento de
marca “estruturas ecológicas para a construção” foi utilizado também para facilitar a
identificação do produto pelo público alvo.

Figura 160 - Marca Aço Verde

Fonte: Autores (2019).

Foi utilizado o verde na criação da marca, pois ele está diretamente ligado à
nossa principal matéria prima que é o bambu, além de simbolizar plenitude, crescimento
e renovação. Outro grande benefício de utilizar o verde deve-se ao fato de o mesmo
sugerir resistência e estabilidade que é de extrema importância para o negócio, pois o
produto é um novo método construtivo e precisa transmitir confiabilidade às pessoas.
A fonte utilizada tem traços redondos e simétricos, pois tem como objetivo
representar a modernidade e segurança do método construtivo. As folhas do bambu
também ganharam espaço na marca, utilizadas no lugar do oco da letra O da palavra
aço. Esta técnica é definida como Gestalt ou Teoria da Forma, pois os dois elementos,
a folha e a letra O, se transformaram em uma só figura e, para compreender o todo, é
preciso conhecer as partes.
A palavra aço foi colocada acima da palavra verde para simular a arte de projetar
e empilhar da construção, pois é comum em diversos projetos de construção civil o
275

uso da técnica para levantamento de estruturas.

25.4 Estratégia Competitiva

A estratégia competitiva adotada pela Avanzare é a diferenciação, pois será


vendido um novo método construtivo, e para isso é necessário adotar medidas e
investimentos nas áreas de tecnologia, imagem, qualidade e pesquisa da companhia.
A estratégia é tornar o produto reconhecido e único no mercado, para obter lealdade
dos clientes e distância da concorrência. Ela é eficiente por permitir um melhor
posicionamento de mercado, pois a empresa vende um produto único e que dificilmente
será substituído a curto prazo.
Apesar dos benefícios, a estratégia de diferenciação tem alguns pontos
negativos, pois a necessidade de compra do fator diferencial diminui com o decorrer
do tempo, visto as pessoas se tornam cada vez mais exigentes e a imitação também
pode assombrar o negócio a longo prazo.
Apesar dos pontos negativos que podem vir a abalar o negócio, essa estratégia
pode trazer grande sucesso a companhia, como ocorreu com a Netflix, que por muito
tempo teve sucesso absoluto no mercado quase sem concorrência. Isso ocorreu pelo
fato de investirem em conforto e facilidade ao levar uma vasta variedade de conteúdos
cinematográficos em seu catálogo para a casa do cliente, ao invés de somente
novidades como ocorria com as tradicionais locadoras e cinemas.

25.5 Relações Públicas e Marketing de Conteúdo

25.5.1 Relações Públicas

O desenvolvimento do branding da marca Avanzare tem que ser acompanhado


diretamente pelo profissional de marketing. A marca vai se posicionar de maneira
estratégica para não ser considerada apenas mais uma marca no setor construção civil.
O desenvolvimento de ações será focado em garantir que os conceitos de inovação
e ecologia sejam incorporados a um método construtivo novo que vai oferecer o
diferencial da rapidez na execução, redução de resíduos e durabilidade comprovada.
Após estudar o público da marca, definir os objetivos de comunicação e
identificar os concorrentes, é possível traçar os planos de ação onde atuarão de forma
integrada, a fim de que as mensagens não sejam desconexas com a experiência de
276

comprar uma casa com a marca Aço Verde desenvolvida com bambu.
A frustração de um cliente para o branding da marca prejucial, pois um cliente
insatisfeito dissemina mais sua opinião em relação a um cliente satisfeito e é capaz de
influenciar, direta ou indiretamente, outras pessoas do seu convívio social com uma
imagem negativa para a marca. Por isso, a atuação em satisfação do cliente será um
dos principais focos da empresa.
O gerenciamento de mídias online o off-line será integrado com o propósito
da Avanzare, sendo a padronização da comunicação um recurso vital para criar uma
conexão forte com o público, formando assim uma imagem sólida e real da marca.

25.5.2 Inbound Marketing

O inbound marketing é uma estratégia importante para que a Avanzare se


diferencie no mercado, visto que provocar interesse aos clientes para que busquem a
marca é de grande importância. Se dará através de ações de SEO, estratégias online
em redes sociais e conteúdo relevante em blogs e sites especializados em engenharia.
Dessa forma, existe uma grande probabilidade de que nossos clientes se transformem
em promotores da marca e do produto Aço Verde.

Figura 161 - Benefícios Inbound marketing

Fonte: Rock Content (2017).


277

De acordo com dados do Content Trends 2017, as organizações que praticam


o inbound marketing atraem 2,2 vezes mais visitas e geram 3,2 vezes mais leads.
Esse tipo de marketing permite ter uma maior aproximação com os clientes e facilita
a comunicação bilateral, onde pode-se romper as barreiras da desconfiança e do
desconhecimento em relação ao novo método construtivo.
Segundo a HubSpot, 62% das pessoas buscam na internet informações sobre
um produto antes de comprá-lo, e apenas 29% preferem ouvir as recomendações de
um vendedor. Nesse tipo de estratégia, existe uma maior aproximação com a persona
através de seu relacionamento com o conteúdo da marca. Esse relacionamento é um
fator decisivo na hora de efetuar uma compra.
O funil de inbound marketing adotado pela Avanzare seguirá as seguintes
etapas:

1. Atração e descoberta - Nessa etapa, o objetivo é atrair a atenção de possíveis


clientes, criando conteúdos úteis e de qualidade em blogs, redes sociais e utilizando
palavras chaves adequadas para otimização de SEO.
2. Reconhecimento do problema - Nessa fase, quando os leads identificam um
possível problema, a Avanzare realizará a segmentação e direcionar conteúdos
relevantes, com base nos perfis identificados através de call-to-action, landing
pages e formulários.
3. Consideração de solução - Quando o cliente identifica o problema, passa a
considerar as soluções existentes no mercado. Nessa etapa, a empresa irá trabalhar
com conteúdo mais objetivo e específico através de e-mails, CRM e workflows,
provando que o novo método construtivo é uma solução viável.
4. Decisão de compra - Nessa etapa o cliente já está familiarizado com as soluções
oferecidas pela marca, por isso o time de vendas da Avanzare manterá contato
com os clientes, ressaltando os benefícios do produto Aço Verde e recomendará
construtoras que pode visitar a sede da empresa para conhecer o produto e efetivar
a compra.

25.5.3 Escolha dos Meios de Comunicação

1. Mídia tradicional;
2. Mídia OOH (out-of-home) e DOOH (Digital Out-Of-Home);
3. Mídia online.
278

1. Mídia tradicional
A mídia tradicional deve ser utilizada de forma integrada com a mídia online,
pois atinge um grande público. Sendo ainda um meio forte e impactante, é essencial
a divulgação da marca em Tvs, rádios, revistas, pois são meios pontuais e tradicionais
de impactar clientes e não podem ser ignorados.
A Tv aberta tem se reinventado nos últimos anos e continua forte e altamente
impactante, pois grande parte da população ainda não tem acesso a internet por ser
um serviço de custo mais elevado, com uma infraestrutura ainda em desenvolvimento
e que não atente todo o Brasil de forma satisfatória. De acordo com o IBGE apesar da
expansão entre 2005 e 2015 em que o serviço cresceu 13,6% para 57,8% de domicílios
com conexão. O percentual ainda é considerado baixo em relação a outros países.
Outros dados, segundo a pesquisa do projeto Inter-Meios, revelam que a TV
aberta é o meio que mais recebe investimento no Brasil, com 56% de representatividade.

Figura 162 - Divisão das receitas de mídia

Fonte: Agência Carcará (2015).


279

A audiência de TV e rádio é importante para a divulgação da marca Aço Verde,


pois conforme a pesquisa realizada pela SECOM (Secretaria de Comunicação Social
da Presidência da República) com 15.050 pessoas em 2016, dentre todas as classes
sociais, 63% dos brasileiros ainda assistem à TV para se informar e 77% assistem TV
todos os dias, utilizando-a entre 60 a 120 minutos diariamente. O rádio impacta 30% da
população, sendo que 63% acompanha o rádio por aparelho tradicional, 17% através
do celular e 14% pelo carro. Os rádios FM têm preferência de 79% dos brasileiros e as
pessoas passam em média 60 minutos por dia ouvindo a sua rádio favorita.
Analisando a mídia tradicional, conclui-se que é importante e é necessária
atuação nesses meios de comunicação, principalmente no rádio e TV, pois oferecem
opções distintas, com ação em um público pulverizado e representativo na região.

2. Mídia OOH (out-of-home) e DOOH (Digital Out-Of-Home)


Out of home são mídias encontradas no ambiente externo, como outdoors,
cartazes e painéis. Já as mídias DOOH também são externas, mas são digitais, como
as TVs em shoppings, terminais de ônibus, entre outras ações digitais.
O crescimento das mídias out-of-home é expressivo, é a terceira mais notada
pela população, atrás apenas da TV aberta e a mídia digital. Conforme dados de São
Paulo, os públicos mais impactados são B2, C1, C2 e D/E, 51% do público feminino e
49% masculino. 51% afirmam ter sido impactados pela mídia exterior nos últimos 30
dias e 48% notou a comunicação nos últimos 7 dias.
Mídias OOH e DOOH tem um grande impacto e podem ser utilizadas para
atingir um público pulverizado, como é o caso da marca Aço Verde, que possui clientes
desde adultos até idosos, de diferentes classes sociais e com um objetivo comum de
adquirir residências de qualidade.
A estratégia para essa mídia será a implantação de ações mensais no Center
Shopping de Uberlândia, que é um local frequentado por públicos de diferentes classes
sociais e oferece estrutura para divulgação em painéis de grandes formatos e com
grande fluxo de pessoas. A Brmalls, administradora do shopping, tem aumentado seus
investimentos nesse tipo de mídia para os logistas, e é pioneira em oferecer projetos
com muito profissionalismo.
O próprio diretor da Brmalls reconhece a importância de facilitar a divulgação de
marcas no shopping, pois, segundo ele, “Nosso papel é estimular a profissionalização
do mercado. Há três anos instituímos a contratação das mídias via simples carta acordo.
280

Nesse mesmo contexto, passamos a contratar pesquisas e hoje acompanhamos o


mercado. Nos associamos à ABMOOH e fazemos um trabalho junto com as grandes
empresas de shoppings para associá-las e assim fortalecermos juntos o nosso
mercado”. Esse investimento é visto como positivo para a Avanzare, pois é um ponto
que facilita a divulgação de diferentes tipos de campanhas.
Outro ponto estratégico é o Terminal Central de Uberlândia, lugar de grande fluxo
de pessoas por conta das linhas de transporte coletivo e pela existência de shopping
em seu piso superior, o Pratic Shopping. É um excelente lugar para instalação de um
franqueado e também divulgação, através de painéis, cartazes e também busdoor.

3. Mídia Online

A mídia online cresce fortemente no país. É de extrema importância se manter


conectado com o cliente, pois, de acordo com a 18ª Pesquisa Global de Entretenimento
e Mídia 2017-2021, feita em 54 países, o engajamento com a marca é muito mais
importante do que a audiência para o sucesso de um planejamento de mídia. Essa
pesquisa também mostra que, até o ano de 2021, as mídias digitais devem crescer
12% ao ano, um número significativo, já que a previsão de crescimento da TV é de
5,5% ao ano.
Figura 163 - Tempo gasto com internet
281

Fonte: V2O Comunicação (2018).

Para alcançar êxito na mídia online, é necessário a criação de conteúdo


relevante, engajado com o usuário e proporcionando experiências envolventes. Outro
grande benefício desse tipo de mídia é a possibilidade de mensuração de resultados
em tempo real, permitindo traçar estratégias e divulgar conteúdo com muito mais
agilidade e com menor custo.
As redes sociais têm grande importância para a divulgação de conteúdo, pois é
o local onde as pessoas passam maior tempo conectada. De acordo com a pesquisa
realizada pela Morrison Foerster, em 2011 o tempo médio gasto nas redes sociais era
de 6,9 horas. Esses dados também mostram que as mídias sociais representam 18%
do tempo gasto online.

25.5.4 Cronograma de Divulgação

Tabela 12 - Cronograma de divulgação

Fonte: Autores (2019).

Toda a comunicação externa da Avanzare será realizada através de um designer


gráfico que fará parte dos colaboradores da companhia, por isso não será contratado
nenhuma agência de publicidade. O briefing de criação será sempre conduzido com a
participação dos gestores da companhia e as peças passarão por suas aprovações.

25.5.4.1 Detalhamento das ações de comunicação

• Evento de lançamento do produto: Nesse mês será lançado o site oficial da


282

Avanzare, acompanhado por cinco posts semanais nas redes sociais, dois vídeos
institucionais de apresentação do produto e da marca e dois modelos de outdoors.
• Divulgação de materiais promocionais: Nos meses estabelecidos pelo
cronograma, será realizado promoções no site e redes sociais oferecendo
benefícios e reforçando os atributos da marca Aço Verde e seu método construtivo.
• Ações de inbound marketing: Será realizado ações mensais nos meses
estabelecidos, conforme cronograma, com estratégias de publicações de conteúdo,
incluindo produção de dois artigos no site, uma nova landing page mensal, um
e-mail marketing semanal, novos call-to-actions no site, além de atualizações das
estratégias de SEO para manter o site competitivo.
• Comercial na TV aberta e rádio: Um comercial nos meses estabelecidos na
TV Paranaíba, programa Fala Brasil, com duração de 30 segundos. A mesma
campanha também será adaptada para a rádio Paranaíba FM.
• Campanhas DOOH: Criação de uma campanha por mês que será divulgado em
locais com grande fluxo de pessoas, como shoppings e terminais de ônibus.
• Campanhas OOH: Será realizado uma campanha por mês nos meses estabelecidos
no cronograma, servindo como apoio a comunicação DOOH. Serão utilizados
busdoors, cartazes e totens.
• Promoção de Vendas: Essa estratégia visa acelerar a venda do método a
curto prazo. Serão realizadas ações de exposições, programas de incentivo e
bonificações.

25.6 Orçamento anual de comunicação

O orçamento anual de comunicação foi planejado para atender as necessidades


de software, hardware, criação e divulgação de conteúdo que será produzido.

Gasto inicial
Tabela 13 - gasto inicial

Fonte: Autores (2019).


283

Gasto mensal

Tabela 14 - gasto mensal

Fonte: Autores (2019).

Gasto anual

Tabela 15 - gasto anual

Fonte: Autores (2019).

O cronograma e orçamento foi planejado para direcionar as ações de


comunicação da Avanzare, podendo sofrer modificações no decorrer do ano conforme
os resultados obtidos pela empresa. O cronograma contempla ações direcionadas
aos meios de comunicação digitais e também investimentos em meios offline, com o
objetivo de melhorar a performance das campanhas e obter um melhor engajamento
do público alvo.

25.7 Ações de comunicação interna

A comunicação interna é muito importante para manter todos os funcionários


atualizados e alinhados com o propósito, novidades e informações importantes da
empresa. Assim, foram definidas ações internas que deverão ser aplicadas na sede
da Avanzare.
284

• Reuniões: toda segunda-feira de cada semana será realizada uma reunião


interna, com duração aproximada de 40 minutos, com a participação de todas
as áreas da empresa. Essa reunião é importante para alinhar e disseminar
ideias e informações relevantes. A área de marketing utilizará esse tempo
para atualizar todos os funcionários com as novidades, pois, como a Avanzare
possui um número pequeno de funcionários, não será utilizado nenhum tipo de
comunicado impresso.

• E-mail: o e-mail eletrônico é uma excelente ferramenta para a comunicação


interna. Duas vezes na semana, a área de marketing vai coletar informações
juntamente à diretoria e enviar a todos os colaboradores um informativo
denominado “Avanzare Informa”, contendo dados e acontecimentos importantes
do momento.

• Apps: a fim de manter um ambiente colaborativo e informações acessíveis a


todos, será utilizado o aplicativo Trello, que pode ser utilizado na versão para
desktop e nos dispositivos móveis dos funcionários, a fim de facilitar a integração
de tarefas e projetos internos. Também será usado para publicar as informações
mais relevantes no quadro público do aplicativo.

• Feedback: o feedback é importante para melhorar a comunicação interna e


deve ocorrer frequentemente na empresa, pois auxilia na identificação de falhas.
A diretoria aplicará o feedback uma vez por mês e também ouvirá a opinião
individual dos colaboradores.

• Caixa de sugestões: os funcionários precisam se sentir parte do negócio, e


para isso precisam ser ouvidos adequadamente. Sendo assim, será implantada
uma caixa de sugestões, que consiste num espaço onde todos os colaboradores
podem escrever suas ideias de melhorias para a empresa. A diretoria irá avaliar
cada sugestão e no final do mês o autor da melhor ideia poderá receber uma
bonificação, caso seja posta em prática.
285

PLANEJAMENTO DE
RECURSOS HUMANOS
286

26. PLANEJAMENTO
DE RECURSOS HUMANOS

O
sucesso das grandes organizações está conectado a um planejamento
de recursos humanos capaz de captar, desenvolver e treinar seus
colaboradores para os procedimentos empresariais, valorizando a
importância de cada um que desempenha seu papel dentro da empresa para torná-la
um ambiente saudável e agradável para se trabalhar.
Ao se inserir no mercado, a Avanzare precisará contar com colaboradores
preparados e engajados na inovação. Dessa forma, contará com um setor de Recursos
Humanos que seja voltado para atrair funcionários que se encaixem nas necessidades
da empresa e sejam inspirados pelo mesmo propósito, para capacitá-los internamente
de modo que possam contribuir com o projeto de forma notável. Com essas medidas,
é possível aumentar a visibilidade da marca diante do mercado e ser alvo de currículos
mais completos para futuras seleções, visto que funcionários motivados refletem no
maior desempenho da empresa e consequentemente aumentam a relevância da
marca.
Diante das necessidades apresentadas no projeto, foi elaborada uma estrutura
organizacional visando uma tomada de decisões mais direta e específica para cada
área, capaz de atender as necessidades dos possíveis clientes por completo. Para ser
mais efetivo, foram separadas as responsabilidades gerenciais por área de atuação, e
todos responderão diretamente ao Gerente Geral, que é o cargo máximo da empresa
e ocupa o topo do organograma.
287

Figura 164 - Organograma

Fonte: Autores (2019).

26.1 Descrição de cargos e distribuição salarial

A distribuição de cargos foi realizada mediante a análise das necessidades


da organização com um horizonte de cinco anos. Os cargos foram definidos com
objetivo relacionar cada colaborador a uma função específica, estabelecendo relação
de hierarquia entre eles para auxiliar na gestão, designar a quem recorrer para cada
tipo de demanda e a quem se reportar durante o desempenho de sua função. Através
disso ocorre a definição salarial e é feita a descrição de cargos e salários.
Essa definição é necessária para futuras contratações onde será verificado se
os candidatos estão aptos para desempenhar a função referente a vaga e, em seguida,
para treinar os funcionários de acordo com a função que será desempenhada.

Gerente Geral

Será o profissional responsável pela gestão geral da organização, a fim de


garantir que todos os setores funcionem em sinergia e guiar todos os colaboradores
em busca de alcançar as metas e objetivos empresariais em conformidade com a
missão e valores da empresa, inclusive o cumprimento de prazos. Suas funções serão:
supervisionar as gerências e traçar as metas empresariais, zelar pela boa saúde
financeira da empresa, avaliar os indicadores e análise de risco de investimentos e
executar o planejamento estratégico comercial.
Formação: Graduação em Administração de Empresas ou Engenharias, com
especialização/MBA em Gestão de Negócios e Finanças.
288

Principais características: Liderança e trabalho de equipe, com bom senso


de tomada de decisões, visão empreendedora, experiência e conhecimento na área
para o cargo, desejável inglês fluente.
Remuneração: Pró-labore de R$ 3.000,00, com adicional de benefícios e
participação nos lucros líquidos.

Gerente Comercial

Profissional responsável por intermediação direta entre clientes, fornecedores e


organização, com foco em venda do método construtivo para as construtoras. Deverá
avaliar resultados, realizar visitas aos clientes, efetivar a venda e acompanhar o pós-
venda, elaborar estratégias comerciais, fazer networking com potenciais parceiros,
gerenciar metas estabelecidas pela gerência geral e analisar a melhor proposta para
alcançá-las. Em relação aos fornecedores parceiros, deverá gerenciar e analisar a
demanda de matéria-prima a ser destinada para cada obra, cotar o preço de bambu no
mercado, a fim de verificar o melhor posicionamento de preço e poder de negociação.
Deverá também manter ativa a cadeia produtiva, gerenciar a logística para cumprimento
de prazos estipulados da destinação da matéria prima, fiscalizar a gestão de resíduos
de bambu para destinação correta.
Formação: Graduação em Administração, Economia ou Engenharias com
especialidade na área de vendas ou logística.
Principais características: Boa comunicação, proativo, atencioso, dinâmico,
senso de urgência, experiência e agressividade em vendas, saber trabalhar sobre
pressão, disponibilidade para viagens, passar confiança na venda e possuir CNH B.
Remuneração: Pró-labore de R$ 3.000,00, com adicional de benefícios e
participação nos lucros líquidos.

Gerente de Marketing

Profissional responsável promover o posicionamento da Avanzare diante do


mercado, zelar pela identidade visual da marca, gerenciar as estratégias de marketing.
Deverá desenvolver planos de ações para atrair novos parceiros e clientes, disseminar
o conhecimento do novo método construtivo de forma clara e que passe maior
confiabilidade, a fim de quebrar possíveis resistências, realizar a comunicação interna
da empresa. Será responsável também por cuidar das redes sociais da empresa,
289

criar peças de comunicação para veiculação nas mídias físicas e digitais e zelar pela
identidade visual da marca

Formação: Graduado em Design, Publicidade e Propaganda ou áreas afins,


com domínio das ferramentas Adobe Illustrator, Photoshop e InDesign.
Principais características: Boa escrita e domínio da língua portuguesa,
criativo, organizado, dinâmico, poder de decisão e análise crítica, ter senso de urgência
e adaptável às necessidades da empresa.
Remuneração: Pró-labore de R$ 3.000,00, com adicional de benefícios e
participação nos lucros líquidos.

Gerente Administrativo/Financeiro

Será o superior imediato dos cargos de secretária e auxiliar de serviços gerais.


Também estará sob sua gestão o jardineiro, que será exercerá sua função mediante
contratação terceirizada. Sua função será de desenvolver esses profissionais, avaliar
seus rendimentos, aplicar feedbacks, repassar objetivos empresarias, realizar a
gestão de equipe, controle de contas a pagar e a receber, realizar o fluxo de caixa
mensal, enviar registros de títulos bancários, lançamento de notas fiscais e confecção
de planilhas para relatórios gerenciais. Deverá também realizar cotação e compra
de materiais para uso do escritório, limpeza e cozinha e zelar pelo patrimônio da
empresa. Será responsável também por realizar a conciliação bancária, análise dos
demonstrativos e relatórios da contabilidade, autorizar compra de materiais para uso
do escritório, limpeza e cozinha, treinamento de novos colaboradores, resolver os
problemas dentro de sua equipe.

Formação: Graduado em Administração com especialização na área financeira,


domínio das ferramentas do Office.
Principais características: Ter perfil de liderança, ter boa comunicação, saber
trabalhar sob pressão, ter experiência na área de gestão.
Remuneração: Pró-labore de R$ 3.000,00, com adicional de benefícios e
participação nos lucros líquidos.
290

Secretária

Será responsável pela área recepção da empresa. Deverá recepcionar visitantes


e clientes, esclarecer dúvidas gerais, realizar atendimento telefônico e redirecioná-
las ao setor específico, realizar agendamento de visitas, cadastrar novos clientes no
sistema, receber as correspondências e entregá-las ao setor administrativo.

Formação: Ensino médio completo e informática básica com noções de


ferramentas do Office.
Principais características: ser cordial, responsável, carismática, paciente e
organizada. Ter boa comunicação, atenção e assiduidade.
Remuneração: R$ 1.300,00 mais benefícios.

Auxiliar de serviços gerais

Será responsável por manter a limpeza e organização dos setores da empresa


como: varrer, tirar poeira dos móveis, coletar lixo e desenvolver todas as atividades de
limpeza dos ambientes de trabalho. Entender de materiais de limpeza e equipamentos
para utilização adequada, conhecer e saber manusear produtos químicos e sua
utilização nos ambientes, repor os materiais relacionados à higiene. Fazer café para
funcionários, clientes e visitantes, regar as plantas da pequena praça e do jardim.

Formação: Ensino fundamental completo.


Principais características: agilidade na execução dos serviços, senso
de urgência e responsabilidade, assiduidade, ser cordial, organizado e paciente.
Preferencialmente do sexo feminino.
Remuneração: R$ 1.200,00 mais benefícios.

Engenheiro Civil

O engenheiro civil será responsável por elaborar os projetos estruturais em


bambu, visto que detêm o conhecimento técnico para executá-los, eles serão divididos
em duas funções:
• Engenheiro civil – projetista: será responsável por criar os desenhos
técnicos de projeto, projetar as estruturas em bambu a partir da demanda
291

dos clientes, garantir as especificações técnicas previstas nas normas


construtivas e analisar a viabilidade técnica.
• Engenheiro civil – fiscalização e auditoria: será responsável por verificar
a compatibilidade entre os projetos, participar de reuniões de definição
técnica de projeto, realizar visitas nas obras executadas que utilizem o
método elaborado pela empresa, garantir a qualidade da execução da
estrutura segundo as normas construtivas em bambu.

Formação: Graduado em Engenharia Civil, com especialidade em projetos,


ter conhecimento das ferramentas e softwares AltoQI e domínio das ferramentas e
softwares AutoDesk, possuir CNH B.
Principais características: focado, atento ao cumprimento de prazos, proativo,
adaptável, bom relacionamento interpessoal, saber trabalhar sob pressão e estar
aberto ao constante aprendizado.
Remuneração: Pró-labore de R$ 3.000,00, com adicional de benefícios e
participação nos lucros líquidos.

Assistente de Engenharia – Estágio

Visando a formação de novos profissionais qualificados para atuar futuramente


no mercado e para fins de futuro aumento no quadro de funcionários da empresa, a
Avanzare possuirá um programa de estágio remunerado. O estagiário será responsável
por auxiliar o engenheiro projetista nos desenhos técnicos e projetos estruturais.

Formação: Cursando Engenharia Civil a partir do 8º período com boa noção e


conhecimento em AutoCad.
Principais características: aberto ao aprendizado, determinado, interesse
pela área de projetos, disciplinado e com bom relacionamento interpessoal.
Remuneração: R$ 700,00 mais vale transporte e seguro de estagiário.
292

Tabela 16: Demonstrativo de encargos e salários

Fonte: Autores (2019).

Os cálculos foram realizados utilizando o salário-base de cada cargo,


multiplicando pelo fator igual a 1,3, que equivale aos 30% adicionais referente aos
custos de INSS e vale transporte, e para o estagiário apenas vale transporte mais
seguro de estagiário. Os cálculos foram aplicados para todos os colaboradores, exceto
para os cargos de secretária e auxiliar de serviços gerais, onde seus salários-base
foram realizados multiplicando pelo fator igual a 1,8, que equivale aos 80% adicionais
de encargos trabalhistas, que engloba os custos de: vale transporte, INSS, provisão
13º salário, provisão de férias e seu adicional de 1/3, provisão de INSS referente a
férias e 13º, FGTS/FGTS referente ao 13º e férias.
A jornada de trabalho, seguindo as leis trabalhistas, foi estabelecida em 44
horas semanais para todos os funcionários. O funcionamento da empresa e o horário
de trabalho será de segunda à sexta-feira de 8h30 a 17h30, com uma hora de intervalo
para almoço, e aos sábados de 8h00 a 12h00, sem intervalos.

26.2 Colaboradores terceirizados

Para complementar os serviços e manter em perfeito estado o funcionamento


da empresa, duas funções que serão provenientes de empresas terceiras. Esses
funcionários não possuem a carteira assinada pela Avanzare, estão ligados diretamente
à empresa que for contratada, e a prestação de serviços será firmada mediante um
contrato direto com a terceirizada.
Visto as necessidades, as atividades terceirizadas serão:
293

Jardineiro

Dentre os benefícios de se contratar um jardineiro terceirizado, pode-se citar


a habilidade e especialização com diversos tipos de plantas, flores e folhagens. Será
realizada uma visita semanal, onde terá como responsabilidade a manutenção da área
verde da empresa, realizar o manejo nos jardins, cortar grama, realizar o controle de
pragas e plantar novas mudas e sementes, se necessário.
Custo: R$ 400,00 mensais.

Contador

Será responsável pela contabilidade da Avanzare, deverá realizar o registro


contábil, composição dos saldos, emitir balanços, demonstrações e indicadores
financeiros. Visto que a empresa não contará com um setor de recursos humanos, o
contador deverá também realizar os cálculos de férias, benefícios da empresa, INSS,
FGTS, vale transporte, licenças, fazer rescisão trabalhista, cálculo de horas extras,
entre outros.
Custo: R$ 1.000,00 mensais.
294

MEMORIAL DESCRITIVO
295

27. MEMORIAL DESCRITIVO

É
neste capitulo que serão apresentadas as definições arquitetônicas,
preceitos normativos e elaboração de projetos essenciais a futura sede
da Avanzare.

27.1 Projeto arquitetônico

O projeto arquitetônico é a materialização de um espaço imaginado, ou seja,


a representação gráfica de uma ideia de projeto. Ele tem como função atender as
necessidades dos usuários e prever possíveis problemas de execução.
Para atender as necessidades da Avanzare, foi definido que terá seu escritório
próprio, em terreno próprio e desenvolvida com base no sistema construtivo ao qual ela
se propõe lançar no mercado. O escritório da Avanzare será desenvolvido com o intuito
de apresentar aos seus clientes a eficácia e qualidade do seu método construtivo.

27.1.1 Escolha do local

O primeiro passo é escolher do local para futura localização da empresa e,


com base nisto, obter as restrições urbanísticas para o desenvolvimento do projeto
arquitetônico.
O bairro escolhido foi a Granja Marileusa, localizado na zona leste de
Uberlândia. Este bairro foi desenvolvido através de um projeto urbanístico voltado
para a convivência com tecnologia de ponta e localização privilegiada. É um bairro
que contempla espaços residenciais, comerciais e acadêmicos. A Granja Marileusa
se tornou um grande centro de negócios, startups e corporações, que fomentam a
296

inovação na cidade, o que torna o bairro ideal para a localização do escritório da


Avanzare.
O imóvel escolhido possui 12 metros de testada por 21 metros de comprimento,
localizado na avenida Cesário Alvim, próximo a Casa Garcia Eventos. Na Figura 165 é
possível ver a localização exata do imóvel escolhido.

Figura 165 - Localização do terreno de implantação da Avanzare

Fonte: Sistema de Georreferenciamento Integrado Geosystem (2019).

27.1. 2 Parâmetros construtivos legais

Após definição do local e tendo por base a lei complementar nº 525, de 14


de abril de 2011, que dispõe sobre o uso e ocupação do solo, é possível fazer os
levantamentos legais para elaboração do projeto arquitetônico.

A. Classificação do uso do solo


Segundo a classificação do uso do solo, o empreendimento é classificado como
uma atividade comercial de pequeno porte, pois se trata de um escritório corporativo.

B. Uso e ocupação do solo


Cada região da cidade possui aspectos diferentes conforme a natureza da
classificação a que se destina. No caso da sede da empresa, será localizada em
uma zona de transição, em avenida considerada por esta lei como um setor de via
297

estrutural (SVE). Portanto, toda análise será feita com base nesta zona.

C. Índices Urbanísticos
Os índices urbanísticos referentes à ocupação do solo em cada zona são
aqueles expressos no anexo VII desta lei complementar, constando do coeficiente de
aproveitamento máximo, taxa de ocupação máxima, afastamentos mínimos, testada
mínima do lote e área mínima do lote, cujos índices se referem à zona na qual a
Avanzare estará localizada, estão expressos na Tabela 17.

Tabela 17 – Índices urbanísticos da zona de transição

Fonte: adaptado pelos autores da lei complementar 525 (2011).

(5) De acordo com o Capítulo V:

Art. 31 O afastamento frontal mínimo, independentemente do uso, é definido


pelas seguintes regras:
I - Edificações com até 2 pavimentos acima do nível do logradouro, 3m;
II - Edificações com mais de 02 pavimentos acima do nível do logradouro, de
acordo com as seguintes regras, sendo o mínimo de 3m:
AFR = H/10 + 2,10, onde:
AFR = Afastamento Frontal;
H é a medida, em metros, desde o nível médio do meio-fio, até o piso do
pavimento mais alto da edificação, exceto casa de máquinas, caixa d`água e área
privativa coberta até 35% da laje.
§ 1º Nas edificações com mais de 2 pavimentos acima do nível do logradouro,
com escalonamento do afastamento, a dimensão «H» será medida, em metros, desde
o nível médio do meio fio, até o piso do pavimento mais alto com a mesma área
construída, exceto casa de máquinas, caixa d`água e área privativa coberta até 35%
da laje:
I - o primeiro afastamento calculado será determinado pela fórmula definida no
segundo parágrafo deste artigo e será lançado nos projetos tendo o alinhamento do
lote com o logradouro como referência;
298

II - os afastamentos dos demais pavimentos serão calculados pela fórmula


seguinte e lançados nos projetos, sempre no alinhamento do afastamento anterior:
AE = H/10 onde,
AE = Afastamento escalonado
Art. 32
Os afastamentos laterais e de fundo mínimos, independentemente do uso, são
definidos pelas seguintes regras:
I - edificações com até 2 pavimentos acima do nível do logradouro, será
facultativa a implantação de 1,5 m atendido o Código de Obras;
II - edificações com mais de 2 pavimentos acima do nível do logradouro, de
acordo com as seguintes regras:
a) ALF = H/10 + 1,5 onde:
ALF = Afastamento lateral e de fundo,
H é a medida, em metros, desde o nível médio do meio-fio, até o piso do
pavimento mais alto da edificação, exceto casa de máquinas, caixa d`água e área
privativa coberta até 35% da laje.
b) nas edificações com escalonamento do afastamento, segue a mesma regra
definida no artigo anterior;
Art. 38
As condições da absorção das águas pluviais nos lotes deverão ser preservadas,
com a manutenção de no mínimo 20% da sua área, livre de impermeabilizações e
construções.
Art. 39
As áreas de estacionamento de veículos deverão atender às exigências desta
Lei Complementar, específicas a cada atividade.
§ 1º As dimensões mínimas de uma vaga de estacionamento são de 2,4 m,
por 5,0 m, com área mínima de 12,0 m², desimpedida para manobras, exceto para
habitação multifamiliar vertical, que poderá ter 90% das vagas com dimensões mínimas
de 2,4 metros por 4,5 metros, desimpedidas para manobra.

D. Quadro de áreas e resultados


A taxa de ocupação máxima permitida mostra a porcentagem do terreno que
pode ser ocupada pela projeção da edificação, por isso não depende diretamente do
número de pavimentos. Já a taxa de ocupação máxima é a que limita a quantidade
de pavimentos que uma determinada zona pode ter, é um número, que, multiplicado
299

pela área do terreno, indica a quantidade máxima de metros quadrados que pode ser
edificado.
Considerando que o terreno possui 252 m² temos, para exemplificar os cálculos
referentes ao imóvel segundo esta lei complementar, a Tabela 18, que define a taxa de
ocupação e aproveitamento máximos de projeto.

Tabela 18– Taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento

Fonte: Autores (2019).

Portanto, estes são os valores máximos permitidos para ocupação. Já a


tabela abaixo apresenta os valores correspondentes das áreas de cada local do
empreendimento, que estão presentes no projeto arquitetônico e também a área
mínima exigida para permeabilidade (20%).
Tabela 19 - Áreas do escritório

Fonte: Autores (2019).

Conforme se observa na Tabela 19, os valores de área total construída não


ultrapassam os limites urbanísticos impostos por esta lei complementar.

27.1.3 O escritório

O escritório terá a sua arquitetura planejada para atender as necessidades


da empresa e também com o propósito de ser uma demonstração do seu método
construtivo, bem como reforçar o seu propósito e transmitir os valores que ela acredita
e representa para a sociedade.
Foi feito o levantamento do projeto básico para o funcionamento do
300

escritório- croqui, e ficou estabelecido que o escritório contará com ambientes para
recepção de clientes, área administrativa, sala para reuniões e cantina para os
funcionários, banheiros para clientes e funcionários, área de estacionamento e um
museu para mostrar as espécies de bambu, que é a sua matéria-prima.
Ao todo, o escritório contará com uma área de 104 metros quadrados. Sua
arquitetura exterior e interior possuem características minimalistas e simplista, com
exaltação de figuras geométricas em equilíbrio e harmonia, voltados para cores neutras
e primárias a fim de exaltar elementos de vidrarias.
A Avanzare compreende que a produtividade dos colaboradores está diretamente
relacionada com o bem-estar e qualidade de vida no ambiente de trabalho, pois que o
sucesso de uma organização depende deles.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE)
apontou que as pessoas passam em média 39,9 horas semanais em seu ambiente de
trabalho, e o que acontece dentro da organização tem grande impacto na saúde física
e mental deles. Grandes empresas, como a Google e o Youtube, viram nos espaços
integrados, ou social living, uma maneira de atender as diferentes necessidades de
seus colaboradores, de forma a tornar o ambiente de trabalho menos monótono e
mais atrativo.
Portanto, o empreendimento contará com uma área administrativa corporativa,
promovendo a interação dos colaboradores, um ambiente mais descontraído, onde
poderão interagir entre si e fazer das suas horas de trabalho um momento menos
monótono.

27.1.4 Acessibilidade da edificação

Outro ponto importante para a elaboração do projeto arquitetônico foi a


preocupação com clientes ou funcionários portadores de necessidade especial. Todo
o projeto de acessibilidade foi elaborado com base na NBR 9050, que dispõe sobre a
acessibilidade das edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
O escritório contará com banheiro acessível e vaga de estacionamento destinada
a cadeirantes, bem como bancadas com altura compatível a eles e edificação com o
mínimo de desnível em relação ao nível do logradouro público.
301

Sobre as vagas acessíveis, a norma prevê no item 6.14.1.2 que elas devem:

a) ter sinalização vertical;


b) contar com um espaço adicional de circulação com no mínimo 1,20 m de
largura;
c) estar vinculadas à rota acessível que as interligue aos polos de atração;
d) estar localizada de forma a evitar a circulação entre veículos;
e) ter piso regular e estável;
f) o percurso máximo entre a vaga e o acesso à edificação ou elevadores deve
ser de no máximo 50 m.

Sobre os banheiros acessíveis, no item 7.3.2 está previsto que a distância


máxima a ser percorrida de qualquer ponto da edificação até o sanitário ou banheiro
acessível seja de até 50 metros. O item 7.4.3 prevê 5% do total de cada peça sanitária
seja destinada a sanitários acessíveis com entradas independentes.
A norma também prevê dimensões mínimas do sanitário acessível, que estão
descritas no item 7.5, cuja definição estabelece que o sanitário deve ter circulação com
giro de 360° e dimensão mínima de 1,50 m por 1,70 m, a fim de garantir a transferência
lateral, perpendicular e diagonal para a bacia sanitária. Os lavatórios devem ser do
tipo sem coluna ou com coluna suspensa, com altura máxima de 0,80 m, portas com
vão livre de 0,80 m e abertura para fora do sanitário, sendo que os desníveis a serem
vencidos pelos portadores de necessidade especial não deverão ultrapassar 2 cm.
Todos os detalhes construtivos da vaga acessível e sanitário acessível, bem
como os seus equipamentos de acessibilidade, estão devidamente descritos na Folha
01 do projeto arquitetônico.

27.1.5 Parâmetros construtivos legais

Alguns parâmetros construtivos devem ser observados para que, juntamente


ao município, o empreendimento consiga o seu habite-se. Para isso, é necessário
recorrer a Lei Complementar Nº 524 de 2011, que institui o código municipal de obras
do município de Uberlândia.
No capítulo I e seção II desta lei, estão apresentados os parâmetros de
salubridade e conforto mínimos das edificações que serão vistos a seguir.
Art. 41. Os pés-direitos não poderão ser inferiores a:
302

I. 2,40 m em compartimentos sem permanência e compartimentos


de permanência transitória;
II. 2,60 m para os demais compartimentos.

Compartimentos de permanência prolongada são aqueles que se destinam a


descanso, estudos, preparação de alimentos, trabalho, atividades de estar ou lazer e
semelhantes. Compartimento de permanência transitória são aqueles que se destinam
à circulação, higiene pessoal, depósitos, garagens e semelhantes.
Os compartimentos da Avanzare são praticamente todos de permanência
prolongada, exceto sanitários. Portanto, para atender as exigências da norma, foi
adotado pé direito (altura compreendida entre o piso e o forro acabados) de 3 metros
para todos os compartimentos.

Figura 166 - Corte B-B do projeto arquitetônico.

Fonte: Autores (2019).

Já a Seção IV dispõe sobre a iluminação, ventilação e insolação dos ambientes.


Art. 50. Nenhum compartimento será considerado insolado, iluminado e
ventilado quando o seu ponto mais afastado distar da abertura iluminante:
I – duas vezes e meia o pé direito para espaços externos;
II – duas vezes o pé direito para espaços internos.

Art. 51. Esse artigo estabelece que todo cômodo de permanência prolongada
deverá dispor de aberturas que comuniquem diretamente para espaço descoberto,
livre e desembaraçado de qualquer tipo de construção.
303

Art. 53. A área das aberturas destinadas à insolação e iluminação dos


compartimentos deverá corresponder no mínimo a:
I – 1/6 da área do compartimento, se de permanência prolongada;
II – 1/8 da área do compartimento, se de permanência transitória.

Art. 54. A área de ventilação dos compartimentos deverá ser de, no mínimo,
50% da área de iluminação exigida.
No quadro de esquadrias, constante no projeto arquitetônico, está a descrição
completa das aberturas iluminantes e de ventilação do projeto arquitetônico que
atendem aos requisitos desta lei.

27.1.6 Projeto de cobertura do empreendimento

Hoje no mercado existem diversos tipos de coberturas, e algumas se destacam


devido a sua eficiência energética, estética e custo. A escolha do tipo de cobertura
influencia diretamente na eficiência energética das construções, e principalmente nas
transferências de calor, para que não haja gastos excessivos com equipamentos de
refrigeração.
Foi pensando nisso que a proposta de cobertura da construção será através de
telha cerâmica do tipo Romana, com inclinação de 30%, que proporcionam um ar de
rusticidade à construção, além de garantir conforto térmico aos ambientes.
Para tomada de cargas da estrutura do telhado, foi consultada a NBR 6120
(2019), que dispõe sobre as ações para o cálculo de estruturas de edificações. A telha
escolhida possui carga distribuída na superfície horizontal de 0,85 kN/m² conforme
Tabela 20. Desta forma, basta multiplicar a área de alcance da cobertura por este
coeficiente. Vale lembrar que no coeficiente já está previsto o peso da estrutura de
fixação.
304

Tabela 20 – Carga de telhados

Fonte: Adaptado pelos autores da NBR 6120 (2019).

Sendo assim, a cobertura será projetada para uma área de alcance de 107,16
m², considerando a projeção do beiral de 40 cm. Multiplicando-se o coeficiente por
esta área, tem-se uma carga de 91,09 kN referente a cobertura.

27.1.7 Projeto de fundação

Segundo Azeredo (2008), a fundação nada mais é do que a parte da estrutura


que suportará todos os esforços da construção, tendo como principal função nivelar,
fixar e manter a estabilidade da estrutura, que posteriormente será transmitida ao
terreno subjacente e que, se não estiver de acordo com as cargas a ela solicitada,
acarretará graves problemas a estrutura.
Para chegar à definição de qual fundação é a mais apropriada para o
empreendimento, é necessário fazer um estudo de sondagem. Este estudo é
normatizado pela NBR 8036 (1983), que dispõe sobre o programa de sondagens de
simples reconhecimento dos solos para fundação de edifícios. Esta norma estipula o
número mínimo de sondagens e a sua localização em planta necessária aos estudos
preliminares do empreendimento, que irá depender do tipo da estrutura, das suas
características especiais e das condições geotécnicas do subsolo.
305

A edificação da Avanzare conta com uma área de projeção do pavimento


térreo de 104,61 m², sendo assim o número mínimo de sondagens que a norma prevê
é 2, pois sua área de projeção está compreendida em até 200 m². Até um número
de 3 sondagens, elas podem estar distribuídas em planta ao longo de um mesmo
alinhamento e superior a isso, de forma distribuída.
Para compreender melhor o estado do solo em que a sede da empresa será
localizada, a consultoria teve acesso a um estudo de sondagem realizado e cedido
pela empresa Geometa, próximo ao local escolhido, para simples levantamento. Nesta
sondagem, que se encontra no apêndice A, foi identificado que o solo desta região
é argiloso mole e só a partir dos sete metros de profundidade é possível encontrar
argila rija. Além disso, foi identificada a presença de água a partir dos onze metros de
profundidade o que limita a escolha do tipo de fundação.

27.1.7.1 Fundação do escritório da Avanzare

Com base nas características apresentadas na sondagem optou-se pela


fundação do tipo radier estaqueado. Neste caso, trata-se uma fundação mista, onde
se tem a junção de uma fundação rasa e uma profunda. É apoiado sobre o terreno
e recebe o suporte tanto das estacas como do solo, para fim de evitar recalques
ou afundamento do solo e também garantir uma melhor distribuição das cargas e,
consequentemente, das estacas.
O radier é indicado para solos com média capacidade de carga, que é o caso
do solo em estudo, pois, segundo a NBR 6122 (1996), que dispõe sobre o projeto e
execução de fundações, este tipo de solo possui tensão admissível de 0,1 Mpa. O
radier estaqueado é constituído por uma espessa laje de concreto que ocupa toda
a área edificada, apoiada em estacas em distancias distribuídas, de modo que a
capacidade de carga seja compartilhada pelas estacas e também pelo solo em que
ele estará diretamente apoiado. As estacas estarão apoiadas a uma profundidade de
10 metros, pois há presença de água em 11 metros. Neste caso, a estaca escolhida
é a hélice contínua. É sugerido o seu uso por apresentar alta produtividade e baixo
nível de vibração ao solo. Este tipo de estaca é moldada “in loco”, através de um trado
contínuo e a concretagem é realizada através da haste do trado.
Este tipo de fundação devidamente dimensionadas permite maior eficiência na
redução de recalques. Um exemplo famoso do uso deste tipo de fundação é o edifício
Burj Khalifah, localizado em Dubai, nos Emirados Árabes, com 828 m de altura.
306

27.2 Viabilidade do Projeto Elétrico

O projeto elétrico se resume a uma compilação de estudos e dimensionamentos,


com o propósito de trazer segurança e um custo benefício ao usuário das instalações
elétricas. Para que o projeto seja dimensionado de forma correta, são necessários
seguir alguns critérios já previstos pela norma técnica NBR-5410, que dispõe sobre
instalações elétricas de baixa tensão.
Não será desenvolvido o dimensionamento dos circuitos do projeto elétrico,
porém, a título de sua viabilidade, foi feito o levantamento básico da alocação dos
pontos de consumo de energia elétrica para o escritório da Avanzare.

27.2.1 Alocação dos pontos de consumo

Consiste na distribuição de tomadas de uso geral – TUG, e tomadas de uso


específico - TUE, bem como dos pontos de luz. Para isso, deve-se atentar para o que
a Norma técnica estabelece.
A NBR 5410, no item 9.5.2., estabelece que para cada cômodo é previsto o
número mínimo de um ponto de luz fixo no teto, comandado por interruptor e para
cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m², deve-se prever uma carga
mínima de 100 VA. Em cômodos ou dependências com área superior a 6 m², deve-se
prever uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para
cada aumento de 4 m² inteiros. Em relação a cozinhas e locais análogos, deve-se
prever no mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m ou fração de perímetro, tendo
no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos e 100 VA por ponto para os
excedentes.
Quando o total de tomadas no conjunto desses ambientes forem superior a
seis pontos, admite-se que o critério de atribuição de potências seja de no mínimo
600 VA por ponto de tomada, até dois pontos e 100 VA por ponto para os excedentes,
sempre considerando cada um dos ambientes separadamente. Nos demais cômodos
ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada.
Seguindo esses critérios mínimos, foram obtidos os números de lâmpadas e
tomadas com suas respectivas cargas para o escritório.
307

Tabela 21 - Previsão de cargas


PREVISÃO DE CARGAS
ILUMINAÇÃO TOMADAS DE USO GERAL TOMADAS DE USO ESPECÍFICO
ÁREA PERÍMETRO
LOCAL POTÊNCIA POTENCIA
QTD POTÊNCIA (VA) QTD QTD POTÊNCIA (w)
m² m UNITÁRIA TOTAL (VA)
Recepção 17,65 18,52 1 220 4 100 400 Ar cond. 4600
Apoio wc 3,92 8,28 1 100 1 100 100 -
Wc Pne 2,60 6,48 1 100 1 600 600 -
Museu 10,60 13,08 1 160 3 100 300 Ar cond. 2600
Escritótio corporativo 29,66 22,08 2 200 6 100 600 Ar cond. 7000
Wc Feminino 2,87 6,78 1 100 1 600 600 -
Wc Masculino 2,87 6,78 1 100 1 600 600 -
Sala reunição 7,60 11,28 1 160 2 100 200 Ar cond. 2600
Social Living 7,02 11,10 1 160 2 100 200 -
Cantina 6,26 10,08 1 100 3 600 1800 micro ondas 2000
TOTAL 1400 - - 5400 - 18800

Fonte: Autores (2019).

27.3 Viabilidade do Projeto de Combate a Incêndio

O escritório da Avanzare possuí área total de 104,61 m² e, por se tratar de


uma edificação comercial, se faz necessário adequações quanto à segurança contra
incêndios. Para isso, tem-se as instruções técnicas (IT) do Corpo de Bombeiros de
Minas Gerais, que dispõe sobre a segurança das edificações quanto ao risco de
incêndio.
De acordo com a IT-09, escritórios se encaixam no grupo de divisão D-1 com
carga de incêndio em Mj/m² igual a 700, representando ainda, segundo está IT, um
risco médio quanto a classificação de risco de incêndio. Porém, o escritório não possui
área superior a 750 m² e não possui lotação acima de 100 pessoas, portanto, segundo
a referida IT, está dispensada de apresentar licenciamento e, também, dispensada de
análise e vistoria com fins de AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).
A fim de garantir a segurança dos usuários da edificação, o escritório será
equipado com extintores de incêndio classe A - fogo em materiais combustíveis
sólidos, que queimam em superfície e profundidade através do processo de pirólise,
deixando resíduos – e, classe C - fogo em materiais, equipamentos e instalações
elétricas energizadas. Serão dois extintores portáteis, com sinalização de presença
no piso ou parede onde estarão localizados. Suas localizações serão no museu do
bambu, para atender museu e recepção, e outro no escritório corporativo para atender
as demais dependências.
308

ENSAIO DE RESISTÊNCIA
DE BLOCO ESTRUTURAL
309

28. ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE


BLOCO ESTRUTURAL

D
e acordo com Manzione (2004), os principais elementos que compõe a
alvenaria estrutural são:

• Blocos de concreto: por se tratar de uma alvenaria com papel estrutural,


antes de escolher os blocos a serem utilizados é importante observar o
padrão de qualidade de produção. Deve-se levar em consideração os blocos
feitos pelo processo de vibroprensado e cura à vapor. Eles devem ter um
aspecto compacto e homogêneo, com arestas vivas, sem nenhuma trinca e a
textura deverá conter uma aspereza adequada à adesão dos revestimentos.
• Argamassa: possui o papel de unir os blocos, transferir esforços e
compensar as imperfeições. Ela deve ter durabilidade, ser de fácil manuseio
e resistência para resistir aos esforços da obra.
• Graute: é um microconcreto de alta plasticidade que é colocado em
alguns furos dos blocos, com o objetivo de aumentar a sua resistência à
compreensão.
• Armadura: é utilizada como componente de amarração e possui a função
de resistir aos esforços de tração.

28.1 Ensaios para analisar a qualidade do bloco de concreto

De acordo com a ISO (International Standardization Organization), o conceito de


qualidade está relacionado a adequação e conformidade com as normas as exigências
dos clientes, ou seja, a qualidade é o nível de perfeição de um produto, serviço e
processo, que cumpre os requisitos das normas e dos clientes.
A qualidade é uma das principais estratégias nas empresas e nos diversos
310

setores, pois está relacionada à produtividade, melhoria dos resultados e aumento do


lucro.

28.1.1 Análise Dimensional

A análise dimensional consiste na medição do comprimento, altura, largura,


espessura das paredes e mísulas, com o auxílio do instrumento paquímetro eletrônico.
Ela é importante por facilitar o assentamento dos blocos e o desempenho da construção.
Figura 167 - Dimensões do bloco

Fonte: Hayrton (2014).

Figura 168 - Ensaio dimensional com paquímetro eletrônico

Fonte: Estudo sobre a qualidade dos blocos de concreto em fábricas de Feira de Santana

(2008).

De acordo com a norma, as medidas deverão atender às especificações Tabela


22. As tolerâncias permitidas nas dimensões para largura são de ± 2,0 mm e para altura
e comprimento ±3,00 mm. Em relação às dimensões da parede, terá uma tolerância de
-1,0 mm para cada valor individual, conforme a Tabela 23.
311

Tabela 22 - Dimensões nominais

Fonte: Adaptado da Norma ABNT NBR 6136:2014.

Tabela 23 - Designação por classe, largura dos blocos e espessura mínima das paredes dos

blocos

Fonte: Adaptado da Norma ABNT NBR 6136:2014.

O não cumprimento das tolerâncias geram desalinhamentos das paredes,


trazendo custos adicionais para a obra e alteração da excentricidade de cargas.
312

28.1.2 Ensaio resistência a compressão

A resistência à compressão refere-se à capacidade que bloco possui em resistir


às cargas provenientes do transporte e da função estrutural. Os blocos deverão atender
os seguintes critérios: para as classes A, B e C, respectivamente, o valor de fbk ≥ 8,0
MPa, fbk ≥ 4,0 MPa e fbk ≥ 3,0 MPa. O tamanho da amostra para análise deverá ser
realizado conforme a Tabela 24. O não cumprimento aos parâmetros estabelecidos
pela norma poderá comprometer a estrutura, aparecimento de trincas e resultar no
desabamento da obra.

Tabela 24 - Tamanho da amostra

Fonte: Adaptado da Norma ABNT NBR 6136:2014.

Caso não se tenha o valor da resistência característica estimada da amostra


deverá ser calculada pela seguinte equação 8:
313

Tabela 25 - Valores de Ø em função a quantidade de elementos de alvenaria

Fonte: Adaptado da Norma ABNT NBR 15961-2:2011.

28.1.3 Ensaio de absorção da água

A análise de absorção de água é importante para a segurança da obra, pois


gera o aumento imprevisto do peso dos blocos nas estruturas, podendo vir a desabar
ou causar problemas na aderência da argamassa. A absorção de água consiste na
relação entre a massa total de água que foi absorvida pelo bloco e sua massa seca
calculada pela equação 10:

Onde:
Msat: massa do corpo de prova saturado, em gramas;
Ms: massa do corpo de prova seco em estufa, em gramas.

De acordo com a NBR 6136:2014, a média do índice de absorção para a Classe


A é de ≤ 6%, Classe B ≤ 8% e Classe C ≤ 10%.
314

Para realizar o teste de absorção, é preciso deixar o bloco vinte e quatro horas
na estufa. Após esse prazo, deverá medir o peso do bloco. Este procedimento deverá
ser repetido a cada duas horas até que os resultados obtidos tenham uma diferença
de até 0,5%, e assim obtém-se o valor de Ms.
Para obter a massa saturada, o bloco deverá ficar submerso em água durante
vinte quatro horas, após isso deverá ser pesado. O processo deverá ser repetido por
mais duas horas até que os resultados obtidos tenham uma diferença de até 0,5%.

Figura 169 - Ensaio de absorção de blocos com auxilio da balança hidrostática

Fonte: Estudo sobre a qualidade dos blocos de concreto em fábricas de Feira de Santana

(2008).

28.1.4 Ensaio de retração do bloco

Neste ensaio, os blocos são submetidos a ciclos de molhagem e secagem.


Nas suas laterais, são coladas pastilhas para que sejam realizadas as medidas
da deformação pelo aparelho Demec Gauge (Figura 170). De acordo com a norma
brasileira, a variação média do bloco não poderá ultrapassar a 0,002% ou a variação
do peso não pode ser maior que 0,2%. Apesar de constar em norma, esse tipo de
ensaio não é muito comum nos laboratórios.
315

Figura 170 - Kit para ensaio de retração

Fonte: Avaliação experimental do fenômeno de retração em alvenaria de blocos de concreto

(2005).

28.2 Ensaio de resistência a compressão da argamassa

De acordo com a NBR 15961-2:2011, para determinar a resistência à compressão


da argamassa serão necessárias as seguintes aparelhagens para a realização do
ensaio:

1. Molde metálico para fazer três corpos de prova de 40 mm de aresta, que


deverão ter as seguintes características: 0,03 mm de variação máxima das
faces internas planas, 40mm± 0,2mm de distância entre as faces internas
opostas e o ângulo entre as faces internas de 90°± 5°.
2. Madeira aparada ou soquete de borracha, impermeável, em formato de
prisma com 150 mm de comprimento e 13mm x 25mm de seção transversal.
3. Máquina para a realização do ensaio de compressão de acordo com a ABNT
NBR NM ISO 7500-1.
316

Figura 171 - Detalhe do molde

Fonte: ABNT NBR 15961-2:2011.

O corpo de prova deverá ficar (48 ± 24) horas no molde. Logo após, deve ser
guardado em um local sem contato com sol e vento, durante o tempo de cura. Os
ensaios poderão ser feitos depois de 28 dias ± 8 horas, onde o corpo de prova deve
ser colocado na máquina de ensaio para aplicação de uma força equivalente a (500 ±
50) N/s, até sua ruptura. A resistência à compressão será calculada de acordo com a
equação 11.

Onde:
Rc é a resistência à compressão, em megapascals MPa;
Fc é a carga máxima aplicada, em newton (N).

28.2.1 Ensaio de resistência à compressão de prismas

No ensaio, serão utilizados dois blocos ocos ou cheios, que serão sobrepostos.
Eles devem ser colocados em uma base nivelada, para facilitar o assentamento, e
a argamassa deve ser disposta sobre toda a face do bloco. Para a regularização da
superfície dos prismas, poderá ser feito o capeamento com argamassas ou pastas de
317

cimento, e a sua espessura medida não poderá ultrapassar 3mm.


Após este processo, os prismas deverão ser armazenados durante 7 dias e,
depois deste prazo, poderá ser realizado o ensaio de compressão em uma prensa
hidráulica.

Figura 172 - (a) Prisma capeado; (b) Prensa hidráulica realizando o ensaio de compressão

Fonte: Avaliação da aderência, bloco de concreto/argamassa com fibras kraft, de juntas de

assentamento de alvenaria estrutural (2014).

A norma ABNT NBR 15961-2:2011 informa as condições para especificação,


recebimento, estocagem, produção e controle dos materiais. É importante que os
materiais comprados passem por uma inspeção no recebimento e antes de serem
utilizados, a fim de verificar se existe alguma não conformidade.
Antes de iniciar a obra, deverá ser realizada a caracterização da resistência à
compressão dos componentes, dos materiais e da alvenaria. Para a caracterização da
alvenaria serão feitos ensaios de prismas, com argamassa, blocos e graute que serão
utilizados na obra.
Poderão ser utilizados os ensaios de caracterização da alvenaria feitos pelo
fabricante se estiverem dentro do prazo de 180 dias antes do início da obra, ou seja,
se o fabricante realizou os ensaios de compressão da argamassa, dos blocos, graute
e prisma, e aconselhar o uso dos mesmos traços de argamassa e graute, não será
necessário fazer a caracterização prévia.
318

ORÇAMENTO DA OBRA
319

29. ORÇAMENTO DA OBRA

M
uitos são os itens que influenciam e contribuem para o custo de uma
obra. O orçamento envolve a identificação, descrição, quantificação,
análise e valorização de uma série de itens que comumente é chamado
de composição unitária. Em geral, um orçamento é determinado somando-se os custos
diretos inerentes a obra – mão-de-obra, material, equipamento – e os custos indiretos
– despesas gerais do canteiro de obras, taxas etc. – e ao final adiciona-se impostos e
lucro para se chegar ao preço de venda.
Segundo (MATTOS, 2014) “Orçar não é um mero exercício de futurologia ou jogo de
adivinhação. Um trabalho bem executado, com critérios técnicos bem estabelecidos, utilização de

informações confiáveis e bom julgamento do orçamentista, pode gerar orçamentos precisos, mas

não exatos, porque o verdadeiro custo de um empreendimento é virtualmente impossível de se fixar

de antemão. O que o orçamento realmente envolve é uma estimativa de custos em função da qual o
construtor irá atribuir seu preço de venda – este, sim, bem estabelecido.”

29.1 Etapas da orçamentação

A orçamentação é realizada por etapas, na qual primeiro realiza-se um estudo


de campo visitando o local onde a obra será executada, para averiguar o perfil do
terreno, sua localização, etc. e, também, uma análise dos documentos disponíveis, que
neste caso são os projetos. Em seguida, monta-se o custo com base nas definições
técnicas, dos quantitativos dos serviços, das produtividades e da cotação de preços de
insumos, denominadas despesas diretas. Ao final, somam-se às despesas indiretas,
os impostos e aplica-se a margem de lucro, obtendo-se o preço final de venda.
Para a orçamentação do escritório da Avanzare, foram utilizadas as cotações
de preços de insumos do Sistema Nacional de Preços e índices para Construção
320

Civil (SINAP) da Caixa Econômica Federal. Esta cotação é fornecida e atualizada


mensalmente e disponibilizada por estados da federação, garantindo assim um grau
de exatidão na cotação de preços dos insumos.

29.1.1 Custos diretos

Para se iniciar o orçamento, é preciso fazer a identificação dos serviços


integrantes de cada etapa da obra, sendo elas:

• Serviços preliminares;
• Infraestrutura;
• Superestrutura;
• Revestimentos;
• Esquadrias;
• Paisagismo e limpeza final.

Após a identificação dos serviços é feita a quantificação. O levantamento de


quantitativos inclui cálculos baseado em dimensões precisas fornecidas no projeto,
como o volume de concreto, a área de telhado, a área de pintura ou a partir de
estimativa.
Para a cotação do escritório, foi utilizada a tabela SINAP do mês de outubro de
2019, com encargos não desonerados. Feita a composição unitária dos custos diretos,
para se obter o custo final basta multiplicar este custo unitário pelas unidades de cada
etapa da obra em si. Esta composição já prevê o custo com mão-de-obra, material e
serviço.
Após estes levantamentos, chegou-se a um total de R$ 125.709,54, e a este
valor foi previsto um custo a mais com projeto de instalações elétricas e instalações
hidráulicas, com base nas porcentagens de custo com instalações elétricas e
hidráulicas da Caixa Econômica Federal, que, respectivamente, representam 4,85 % e
4,27% no máximo do custo total da composição. Sendo assim, chegou-se a um valor
final de custo direto da obra de R$ 137.174,25
321

29.1.2 Custos Indiretos

Os custos indiretos são aqueles que não estão diretamente associados


aos serviços de campo, mas que são necessários para que tais serviços sejam
desempenhados. Os custos indiretos estão relacionados aos funcionários mensalistas,
como engenheiro e mestre de obras, e também as despesas gerais da obra como
mobilização e desmobilização de canteiro, taxas, materiais de escritório e limpeza,
entre outras despesas.
Para a construção do escritório, foram considerados como custos indiretos as
despesas com administração do escritório central, incluindo aluguel, contas de água
e energia, que, segundo Mattos (2014), varia entre 2% a 5% sobre o custo direto,
despesas com administração do canteiro, como locação de banheiro químico, copos
descartáveis e despesas inerentes ao pessoal, que variam de acordo com o porte da
obra e quantidade de funcionários. Foi considerada a despesa financeira provenientes
de empréstimos com o banco para o financiamento da obra e por fim uma porcentagem
de risco da obra, que representa os riscos em casos de acidentes ambientais e atrasos
por improdutividade, que ainda, de acordo com Mattos (2014), varia entre 1% a 3% do
custo direto da obra.
Sendo assim, foram considerados custos adicionais de 2,5% sobre o custo
direto com despesas da administração central, 1% da administração do canteiro por
ser uma obra de pequeno porte, 1,5% de despesas financeiras e 1% para imprevistos
e incontingências. Somando os custos diretos aos custos indiretos, chegou-se ao
custo total da obra em R$ 145.404,71.

29.1.3 Despesas tributárias e lucro

Toda atividade produtiva é onerada por impostos de diversas esferas – federal,


estadual e municipal. No processo de orçamentação, os impostos vêm inclusos ao
final, pois incidem sobre o preço de venda. A Avanzare optou pelo regime de lucro
previsto, com porcentagem mínima de 10%, comumente utilizado pelas empresas de
construção de pequeno porte, e neste caso os impostos a serem considerados são:

• COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social que é


de competência federal, baseado no faturamento e possui alíquota de 3%;
322

• PIS - Programa de Integração Social, de competência federal, baseado no


faturamento e possui alíquota de 0,65%;
• ISSQN – Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza, de competência
municipal, baseado no preço do serviço prestado e possui alíquota em
Uberlândia de 3%.

Somando-se o lucro mais os impostos tem-se um total de incidências, que


chamaremos de i, sobre o faturamento de = 16,65% que será utilizado no cálculo
do preço de venda. O preço de venda é obtido pela equação 12.

Sendo assim, o custo de venda da obra é de R$ 174.450,76. Porém, este


escritório se trata de um empreendimento que não será comercializado, pois é a
sede própria da empresa. Portanto, no custo final não entrará a porcentagem de lucro
previsto, chegando a um total do custo em R$ 155.762,95.

29.2 BDI

Dá-se o nome de Benefícios e Despesas Indiretas ao quociente da divisão do


custo indireto da obra – acrescido do lucro – pelo custo direto da obra. O BDI inclui as
despesas indiretas do funcionamento da obra, custo da administração central, custos
financeiros, riscos, impostos e lucros. É um fator que, se multiplicado aos itens da
planilha da obra, obtém-se seu preço de venda.
O BDI é calculado por:

Considerando-se para o cálculo do BDI, o preço de venda somado à porcentagem


de lucro, obteve-se um BDI de 27,2 %. Por outro lado, sem o lucro operacional previsto,
chegou-se a um BDI de 13,6%.
Todas as planilhas de cálculo dos custos unitários e custos totais, bem como o
preço de venda e BDI, estão presentes para consulta nos anexos deste projeto.
323

29.3 Curva ABC


A curva ABC foi baseada nas teorias econômicas de Vilfredo Pareto. Ela tem
a função de ordenar os serviços da planilha orçamentária dos itens de maior custo
financeiro ao de menor custo. Desta forma, é possível priorizar alguns insumos ou
serviços em detrimento de outros. Essa priorização é chamada curva ABC, podendo
os serviços ou insumos ser agrupados em três faixas:

• Faixa A – São os insumos que representam 50% do custo total, se encontram


acima do percentual acumulado de 50%;
• Faixa B – são aqueles que encontrados entre o percentual acumulado de
50% e 80% do custo total;
• Faixa C – são todos os serviços ou insumos restantes.

Através da curva ABC, é possível realizar a leitura de dados para saber quais
são os insumos economicamente mais importantes, estabelecer prioridades para
negociação, isto é, um insumo que esteja do topo da tabela são os que devem ser
objeto de processo de cotação e negociação mais cuidadoso. Segundo Mattos (2014),
“Uma melhoria de 2% num insumo da faixa A pode representar muito mais ganho
do que um desconto de 30% na faixa C.” Através da curva ABC também é possível
avalizar os impactos que uma alteração do preço de um insumo terá no resultado da
obra.
Aplicando a metodologia de classificação de custos, chegou-se aos resultados
presentes na Tabela 26, onde é possível identificar que a superestrutura foi classificada
como Faixa A.

Tabela 26 - Tabela ABC de Serviço

Fonte: Autores (2019).


324

Na curva ABC, representada na Figura 173, é possível observar representação


gráfica dos serviços em ordem decrescente de custo total, indo do mais representativo
em termos de custo – no caso a superestrutura, que corresponde a 51,35% do custo
da obra – até o de menor representatividade – os serviços preliminares (3,68%).

Figura 173 – Curva ABC de serviços

Fonte: Autores (2019).


325

VIABILIDADE
FINANCEIRA
326

30. VIABILIDADE FINANCEIRA

O
planejamento financeiro tem por objetivo traçar estratégias para
alcançar a meta principal, que é equilibrar lucro para empresa e
benefícios aos clientes. O plano financeiro da Avanzare compõe as
projeções de receitas e gastos da empresa em um intervalo de 5 anos (2020 – 2024).
Foi levantado o valor do investimento inicial e será avaliada a viabilidade financeira do
projeto, calculando os índices de payback simples, payback descontado, taxa interna
de retorno (TIR) e valor presente líquido (VPL).

30.1 INVESTIMENTO INICIAL

Para o investimento inicial, foi levantado o montante de recursos financeiros


necessários para a empresa iniciar suas operações no mercado. A fim de mensurar os
valores, foram discriminados valores para a abertura da empresa, compra do terreno,
onde a sede da empresa será construída, a construção da sede, que utilizará o método
construtivo desenvolvido pela empresa, móveis e utensílios, máquinas, equipamentos,
registro de patente e da marca Aço Verde, registro da empresa no CREA – MG e uma
reserva de capital de giro.
Segue abaixo discriminação dos itens considerados para o investimento inicial:
327

ABERTURA DE EMPRESA E DESPESAS COM A JUNTA


COMERCIAL DE MINAS GERAIS

Tabela 27 - Abertura de empresa

TAXAS DE ABERTURA DE EMPRESA E JUCEMG


Contrato social R$ 750,00
Alvará de Funcionamento R$ 270,00
Alvará Sanitário R$ 175,00
Vistoria do corpo de bombeiros R$ 120,00
Alvará de estabelecimento R$ 250,00
TOTAL R$ 1.565,00

Fonte: Autores (2019).

REGISTRO DA PATENTE DO MÉTODO CONSTRUTIVO E DA


MARCA AÇO VERDE

Tabela 28 - Registro de marca Aço verde

REGISTRO DE MARCA AÇO VERDE


Pedido de registro de marca R$ 355,00
Primeiro decênio de vigência de marca R$ 745,00
TOTAL R$ 1.100,00

Fonte: Autores (2019).

Tabela 29 - Registro de patente


REGISTRO DE PATENTE
Taxa federal para depósito R$ 350,00
Relatório Técnico R$ 580,00
Honorários R$ 2.360,00
TOTAL R$ 3.290,00
Fonte: Autores (2019).

O orçamento descriminado para o registro da patente do método construtivo


desenvolvido foi realizado com a empresa Província Marcas e Patentes.
328

MÓVEIS E UTENSÍLIOS PARA A SEDE DA EMPRESA


Tabela 30 - Móveis e utensílios

R$18.615,52
Fonte: Autores (2019).
329

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Tabela 31 - Máquinas e equipamentos
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
VALOR VALOR
QUANTIDADE ITEM
UNITARIO TOTAL
4 Ar Condicionado Split 12.000 BTU R$ 1.699,00 R$ 6.796,00
Telefone Sem Fio Com Ramal
5 R$ 105,38 R$ 526,90
Panasonic
1 Retroprojetor Tomate MPR R$ 1.059,25 R$ 1.059,25
Purificador Água Soft Slim New
1 R$ 864,50 R$ 864,50
Black
1 Smart TV Led 43'' LG Ultra HD 4K R$ 1.599,53 R$ 1.599,53
Computador Pichau Gamer i7 +
1 R$ 5.125,37 R$ 5.125,37
monitor
Notebook Samsung Core i5- 8GB
5 R$ 2.599,00 R$ 12.995,00
1TB Tela 15.6”
Impressora Epson wireless Ecotank
1 R$ 836,10 R$ 836,10
L3150
1 Micro-ondas Electrolux R$ 350,00 R$ 350,00
Refrigerador Consul CRA30 261
1 R$ 1.108,16 R$ 1.108,16
litros 220V
Veículo Chevrolet Onix 1.0 LT SPE/4
1 R$ 39.360,00 R$ 39.360,00
2017 (FIPE)
TOTAL R$ 70.620,81
Fonte: Autores (2019).

Para o orçamento descriminado para máquinas, equipamentos, móveis e


utensílios, foram realizados nos sites das empresas Magazine Luiza, Leroy Merlin,
Lojas Americanas e E-fácil (Grupo Martins). O valor do veículo Onix foi encontrado na
tabela Fipe de Minas Gerais. Todos os itens podem sofrer variações em seus valores
até as respectivas compras.

COMPRA DO TERRENO E CONSTRUÇÃO DA SEDE DA


EMPRESA UTILIZANDO O MÉTODO CONSTRUTIVO COM O BAMBU

Tabela 32 - Compra do terreno da empresa


COMPRA DO TERRENO DA EMPRESA
BAIRRO METRAGEM VALOR MÉDIO m² VALOR TOTAL
Granja Marileusa 252 m² R$ 450,00 R$ 113.400,00
TOTAL R$ 113.400,00

Fonte: Autores (2019).


330

Valor médio por m² do terreno orçado no bairro Granja Marileusa, na cidade de


Uberlândia, foi pesquisado nas imobiliárias Ivan Imobiliária e Multi Imobiliária.

CONSTRUÇÃO DA SEDE DA AVANZARE

Tabela 33 - Construção da sede Avanzare

CONSTRUÇÃO DA SEDE DA AVANZARE


Serviços preliminares R$ 5.065,54
Infraestrutura R$ 18.564,74
Superestrutura R$ 70.441,10
Revestimentos R$ 14.484,32
Esquadrias R$ 10.916,98
Paisagismo e limpeza final R$ 6.236,88
Subtotal R$ 125.709,55
Instalações elétricas R$ 6.096,91
Instalações hidráulicas R$ 5.367,80
Custo direto da obra R$ 137.174,26
BDI de 13,6 % R$ 18.588,69
Custo final da obra R$ 155.762,95

Fonte: Autores (2019).

Maiores detalhes sobre o orçamento de construção da sede da empresa se


encontram no capítulo referente ao orçamento.

RESERVA DE CAPITAL DE GIRO

Tabela 34 - Reserva de capital de giro


RESERVA DE CAPITAL DE GIRO
GASTO FIXO MENSAL TOTAL
R$ 41.310,50 R$ 123.931,51

Fonte: Autores (2019).

Para a reserva de capital de giro da empresa, a fim de que a Avanzare possa


custear o início de suas operações, foi definido o valor total de três meses de gastos
fixos estimados para o primeiro ano.
331

TOTAL DO INVESTIMENTO INICIAL

Tabela 35 - Total do investimento inicial


INVESTIMENTO INICIAL
Abertura da empresa R$ 1.565,00
Registro de marca R$ 1.100,00
Registro de patente R$ 3.290,00
Máquinas e equipamentos R$ 70.620,81
Móveis e aparelhos elétrico/eletrônicos R$ 18.615,52
Reserva de capital de giro R$ 123.931,51
Sede da empresa R$ 269.162,95
Registro empresa no CREA/MG R$ 257,46
TOTAL R$ 375.143,25

Fonte: Autores (2019).

O valor da sede da empresa refere-se ao valor da compra do terreno e da


construção da sede.
Após análise de todos os gastos de investimento inicial para início das suas
operações, verificou-se o valor necessário de R$ 375.143,25.

CAPTAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS

O montante de recursos financeiros, necessários para o investimento inicial da


Avanzare, será obtido por linha de crédito do BNDES e por investimento em partes
iguais de cada um de seus seis sócios.
O valor a ser investido por cada sócio será de R$ 29.190,54, totalizando R$
175.143,25. O valor do financiamento obtido pelo banco BNDES para abertura de
microempresas é de R$ 200.000,00. A escolha pelo banco se deve ao fato de praticar
as menores taxas de juros no mercado financeiro para a aplicação específica dos
recursos.
A linha de crédito fornece carência de pagamento de parcelas para o primeiro
ano, portanto, o valor do empréstimo da tabela abaixo refere-se ao valor de R$
200.000,00 acrescido de juros do primeiro ano de carência a ser pago nos próximos
cinco anos.
332

Segue tabela com os valores do financiamento:


Tabela 36 - Financiamento BNDES
FINANCIAMENTO BNDES
Valor do empréstimo R$ 230.200,00
Taxa de juros a.a. 15,10%
Taxa de juros a.m. 1,18%
Quantidade de parcelas (meses) 60
Valor de cada parcela R$ 5.373,77

Fonte: Autores (2019).

30.2 CUSTOS MENSAIS

Os custos empresariais são baseados em uma estrutura de custos e despesas


bastante simples. Segue abaixo a discriminação dos custos fixos e variáveis da
empresa.

CUSTOS FIXOS

Compreendem a folha salarial dos colaboradores e prestadores de serviço


terceirizados, despesas administrativas da sede da empresa, despesas com veículo
próprio, marketing e divulgação de seu método construtivo, licenças de softwares
utilizados pelos seus colaboradores, além das parcelas do financiamento a serem
pagas a partir do segundo ano.
333

FOLHA SALARIAL

Tabela 37 - Folha salarial


FOLHA SALARIAL
Nº SALÁRIO CUSTO TOTAL SALÁRIO COM
CARGO
FUNCIONÁRIOS BRUTO S/ ENCARGOS ENCARGOS
Gerente Geral
1 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 3.900,00
(pró-labore)
Gerente Comercial
1 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 3.900,00
(pró-labore)
Gerente de Marketing (pró-
1 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 3.900,00
labore)
Gerente
Administrativo/Financeiro 1 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 3.900,00
(pró-labore)
Engenheiro Civil
2 R$ 3.000,00 R$ 6.000,00 R$ 7.800,00
(pró-labore)
Assistente de Engenharia –
1 R$ 700,00 R$ 700,00 R$ 910,00
Estágio
Aux. De Serviços Gerais 1 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 R$ 2.160,00

Secretária 1 R$ 1.300,00 R$ 1.300,00 R$ 2.340,00

SUBTOTAL R$ 28.810,00

Jardineiro (terceirizado) 1 R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 400,00

Contador 1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

TOTAL R$ 30.210,00
Fonte: Autores (2019).

MARKETING E DIVULGAÇÃO

Tabela 38 - Marketing e divulgação


MARKETING E DIVULGAÇÃO
CATEGORIA ORÇAMENTO MENSAL
Anúncios em redes sociais R$ 583,00
Publicidade e anúncio offline R$ 1.417,00
Produção de vídeos R$ 667,00
Gsuite plano básico R$ 24,00
Hospedagem web R$ 9,00
Eventos R$ 417,00
Comunicado de imprensa R$ 67,00
TOTAL R$ 3.184,00
Fonte: Autores (2019).
334

LICENÇA DE SOFTWARES
Tabela 39 - Licença de softwares

LICENÇA DE SOFTWARES
AutoCAD R$ 968,74
Pacote Adobe R$ 224,00
Pacote Office R$ 174,44
TOTAL R$ 1.367,18

Fonte: Autores (2019).

DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Tabela 40 - Despesas administrativas

DESPESAS ADMINISTRATIVAS
CATEGORIA ORÇAMENTO MENSAL
Energia elétrica R$ 583,00
Água R$ 36,00
Telefone / internet R$ 138,00
Material de Limpeza R$ 49,00
Material de escritório R$ 42,00
TOTAL R$ 848,00

Fonte: Autores (2019).

TOTAL DOS GASTOS FIXOS


Tabela 41 - total de gastos fixos
GASTOS FIXOS
Folha salarial + terceirizados R$ 30.210,00
Marketing e divulgação R$ 3.184,00
Licença de softwares R$ 1.367,18
Despesas administrativas R$ 848,00
Despesas com veículo próprio R$ 327,55
Financiamento R$ 5.373,77
TOTAL R$ 41.310,50

Fonte: Autores (2019).


335

30.3 GASTOS VARIÁVEIS

Como empresa optante pelo Simples Nacional, os gastos variáveis da empresa


se limitam aos impostos que incidem sobre o faturamento, de acordo com a tabela
abaixo:

Tabela 42 - Enquadramento da Avanzare no simples nacional

Receita Bruta Total em 12 meses Alíquota Quanto descontar do valor recolhido

Até R$ 180.000,00 4%

De 180.000,01 a 360.000,00 7,3% R$ 5.940,00

De 360.000,01 a 720.000,00 9,5% R$ 13.860,00

De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,7% R$ 22.500,00

De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,3% R$ 87.300,00

De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19% R$ 378.000,00

Fonte: Receita federal

A alíquota incidente em que a Avanzare se encaixa é de 9,5% sobre a receita


de vendas.

30.4 RECEITAS

As receitas da empresa se darão por meio de royalties cobrados pelo direito


de uso do novo método construtivo, consultorias prestadas e execução do projeto
estrutural para os clientes.

Tabela 43 - Preços por metro quadrado e valores de consultorias


PREÇOS
Royalties R$ 12,90
Projeto estrutural R$ 19,90
Consultorias R$ 290,00

Fonte: Autores (2019).


336

Valores de royalties e execução do projeto estrutural serão cobrados por metro


quadrado do empreendimento do cliente. Para as consultorias, será cobrado um valor
fixo de duzentos e noventa reais e dez centavos por consultoria de uma hora. Serão
um mínimo de cinco consultorias realizadas por profissionais da Avanzare no canteiro
de obras de clientes, sendo no mínimo uma consultoria por mês.
O valor do projeto estrutural foi referenciado pelo IMEC (Instituto Mineiro de
Engenharia Civil), e para o valor das consultorias prestadas, foram verificados os
valores cobrados pela empresa ASF Construções Eco. Sustentáveis Ltda.
Como a empresa iniciará sua atuação apenas na cidade de Uberlândia, foi
levantado a quantidade de construtoras e incorporadoras com atuação relevante na
cidade, que possuem alto volume de obras.
337

Tabela 44 - Construtoras/Incorporadoras

EMPRESA CONSTRUTORA/INCORPORADORA

AP ponto Construtora
AS-Built Incorporadora
AZM Construtora
C&A Construtora
Castelo Real Construtora
Castro Gontijo Construtora
Castroviejo Construtora
Cincol Construtora
Conel Construtora
CS Franco Construtora e incorporadora
Drummond Construtora
ElGlobal Construtora
F.Alves Construtora e incorporadora
Futura Construtora e incorporadora
HPR Construtora
HLTS Incorporadora
L7 Construtora
LM Construtora e incorporadora
Manzan Construtora e incorporadora
Marca Registrada Construtora
Maxi Construtora e incorporadora
MNL Construtora e incorporadora
MOR Construtora
MORAIS Construtora
MRV Construtora
Opção Construtora
Pacheco Construtora
QGCON Incorporadora
R. Freitas Construtora
Rayalla Construtora e incorporadora
Real Construtora
Realiza Construtora
Regal Incorporadora
Santyane Construtora e incorporadora
TCN Construtora e incorporadora
Teto Construtora
TOTAL 36
Fonte: Autores (2019).

Para projeção de receitas, foi considerado que, ao final do primeiro ano


de atuação da empresa, serão fechados contratos com 20 das 36 construtoras/
incorporadoras listadas.
338

Tabela 45 - Projeção de receitas

PROJEÇÃO DE RECEITA PRIMEIRO ANO MÊS A MÊS


Nº NOVAS m² DE OBRA EM m² DE OBRA EM
MÊS CONSTRUTORAS ANDAMENTO P/ ANDAMENTO FATURAMENTO
CLIENTES CLIENTE TOTAL
1 2 900 1800 R$ 59.620,00
2 2 900 1800 R$ 60.200,00
3 2 900 1800 R$ 60.780,00
4 1 900 900 R$ 31.550,00
5 2 900 1800 R$ 61.650,00
6 1 900 900 R$ 31.840,00
7 2 900 1800 R$ 61.360,00
8 2 900 1800 R$ 61.360,00
9 2 900 1800 R$ 61.650,00
10 1 900 900 R$ 32.420,00
11 2 900 1800 R$ 61.650,00
12 1 900 900 R$ 34.450,00

Total 20

Fonte: Autores (2019).

Projetada as receitas dos doze meses dos primeiros meses de atuação da


empresa, chega-se ao demonstrativo de resultado do exercício gerencial.

30.5 RESULTADO FINANCEIRO

De acordo com os valores de receitas e despesas levantados, mês a mês, para


o primeiro ano de atuação da empresa, pode-se observar o desempenho financeiro
através do demonstrativo de resultado de exercício abaixo:
Tabela 46 - DRE gerencial primeiro ano

Fonte: Autores (2019).


339

Para a projeção dos quatro anos futuros ao de início da empresa no mercado,


definiu-se que os gastos fixos aumentariam 4% a.a., valor referente à inflação
acumulada de acordo com o banco central.
Para a evolução de receitas, foi levado em consideração o cenário otimista do
mercado imobiliário, com volta de crescimento do setor e aumento das linhas de crédito
para financiamentos de residências. Foi relevante também o fator de pioneirismo do
novo método construtivo, visto que não existem concorrentes diretos, e o crescimento
se dará fechando mais contratos de obras com os clientes já conquistados no primeiro
ano. Dessa forma, o crescimento de receitas projetado é de 0,9 % a.a.
A partir da projeção dos resultados para os próximos 4 anos, seguindo as
premissas definidas acima, é possível realizar o demonstrativo financeiro para os
primeiros cinco anos.
Tabela 47 - Projeção de receitas

Fonte: Autores (2019).

30.5.1 INDICADORES FINANCEIROS


Tabela 48 - Fluxo de caixa anual
FLUXO DE CAIXA DE CAIXA ANUAL
PERÍODO FLUXO DE CAIXA VALOR PRESENTE SALDO
ANO 0 R$ - R$ - -R$ 375.143,25
ANO 1 R$ 69.417,39 R$ 56.208,42 -R$ 318.934,83
ANO 2 R$ 111.134,90 R$ 72.864,60 -R$ 246.070,23
ANO 3 R$ 157.133,04 R$ 83.419,32 -R$ 162.650,92
ANO 4 R$ 207.831,34 R$ 89.339,43 -R$ 73.311,48
ANO 5 R$ 260.856,69 R$ 90.796,10 R$ 17.484,62

Fonte: Autores (2019).

Os valores de fluxo de caixa são representados pelo lucro líquido de cada ano.
O valor presente é o fluxo de caixa descontado de uma taxa mínima de
atratividade (TMA) para o ano 0. Para a TMA, foi utilizada o modelo CAPM (Capital
Asset Pricing Model), cujo cálculo é feito por:
340

Re = Rf + B x (Rm - Rf) (13)

Re= TMA
Rf = investimento livre de risco (poupança = 3,5%)
B = risco (sistemático)
Rm = retorno do mercado
TMA = 23,50% a.a.

Os indicadores financeiros calculados foram:

• Taxa Interna de Retorno (TIR)


É a taxa de rentabilidade obtida pelo investimento aplicado ao fluxo de caixa.
Deve ser maior que a TMA (23,5% a.a) para validação financeira do projeto

• Valor Presente Líquido (VPL)


O VPL é o valor resultante quando se traz para a data zero todos os fluxos de
caixa do projeto e somá-los ao valor do investimento inicial, usando como taxa de
desconto a taxa mínima de atratividade (TMA) da empresa ou projeto.

• Payback simples e descontado


O payback é a mensuração de quanto tempo será necessário para que o
valor do investimento em um projeto retorne ao investidor ou empresário. No caso
do descontado, os fluxos de caixa são descontados pela TMA, visto que no payback
simples não ocorre esse desconto.

Os resultados da empresa foram:

Tabela 49 - Projeção de receitas

PAYBACK SIMPLES 3 anos, 2 meses e 5 dias


PAYBACK DESCONTADO 4 anos, 9 meses e 21 dias
VPL R$ 17.484,62
TIR 25,27% a.a.

Fonte: Autores (2019).


341

Em todos os indicadores financeiros, a empresa se mostra viável. Ambos


paybacks se deram em menos de cinco anos, o valor de VPL foi positivo e a TIR de
25,27% foi maior que a TMA estipulada de 23,50%.
342

COMPARAÇÃO
AÇO X BAMBU
343

31. COMPARAÇÃO AÇO X BAMBU

A
pós a realização do projeto arquitetônico, projeto estrutural com o aço e
bambu, orçamento da obra e análise de viabilidade financeira, verificou-
se os dados para uma construção de 104 m2 .
Tabela 50 - Alvenaria estrutural com o aço

Fonte: Autores (2019).

Tabela 51 - Alvenaria estrutural com bambu

Fonte: Autores (2019).


344

Nas tabelas 50 e 51, foram analisadas as quantidades e valores da alvenaria


estrutural e laje utilizando o aço e o bambu. Comparando os dados obtidos e realizando
sua razão na equação 14, observa-se que a economia gerada pela relação preço do
aço x bambu é de 23,45%.

De acordo com o projeto estrutural desenvolvido, foi multiplicada a carga


atuante sobre toda a estrutura por três, e identificou-se que o método utilizando bambu
é capaz de suportar até três pavimentos, ou seja, poderão ser construídas casas e
prédios de até três andares.
A NBR 12721: 2005 estabelece os principais tipos de edificações, considerando
suas características principais e acabamentos. Dessa forma, o método construtivo
desenvolvido pela Avanzare poderá ser aplicado nos seguintes tipos de imóveis:

Tabela 52 - Características principais dos projetos (padrão)


345

Continuação Tabela 52 – Características principais dos projetos – padrão

Fonte: Adaptado da Norma ABNT NBR 12721: 2005.

Com base nos tipos de residência e área real construída, é possível dimensionar
a quantidade de aço e bambu para o projeto estrutural e laje, além da economia obtida
conforme demonstrado na Tabela 53.
Tabela 53 – Comparação Alvenaria estrutural e Laje com Aço x Bambu

Fonte: Autores (2019).

Para cada contrato de obra assinado, será cobrado R$ 12,90 por m² em royalties
e cinco consultorias no valor de R$ 290,00 a hora, chegando-se ao valor de R$ 14,51
por m², que foram calculados com base em projetos de 900 m². Somando ao valor
médio padrão de R$ 19,90 por m² para execução do projeto estrutural, o custo final para
346

o cliente, utilizando o método construtivo Aço Verde, é de R$ 34,41 por m². Mediante
os dados apresentados, percebe-se que a adesão ao método construtivo sai mais
caro para o cliente. Para compensar o maior custo, o Aço Verde possui benefícios e
vantagens que o compensa, tais como:

1) Fator de segurança

O aço possui um fator de segurança igual a 1,4. Isso significa que se uma
estrutura foi projetada para suportar uma carga de 100 kN, ela poderá suportar até
140 kN. Já bambu apresenta um coeficiente igual a 4,0 (Marçal,2008), significando que
uma estrutura em bambu poderá suportar uma carga de 400 kN.

2) Matéria-prima renovável

O bambu é um recurso renovável e de fácil adaptação. Possui o crescimento


rápido e é uma alternativa resistência em projetos estruturais. Além disso, possui
propriedades semelhantes ao aço, capaz de substitui-lo. O aço, que é bastante
utilizado na construção civil, é um recurso não-renovável, e seu esgotamento pode
causar impactos para o setor.
De acordo com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Finders), houve
a falta de minério de ferro no mercado, causando o recuo da produção de aço no
primeiro trimestre de 2019, pois o aço é produzido a partir dele. Dessa forma, se faz
necessário pensar em alternativas que possam realizar sua função.

3) Preço

O valor do aço depende da variação de câmbio. Nos últimos anos, foi identificado
aumento em seu custo. De acordo com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o
seu valor aumentou 12,75% no de 2017. Já o bambu não tem o seu preço definido pela
variação do dólar e, portanto, sofre menos variação de preço, visto que pode sofrer
alteração mais diretamente em decorrência dos índices internos do país.

4) Impactos para o meio ambiente


347

A construção civil é um dos setores que mais causa impactos, visto que o aço
tem sua produção derivada de mineração, cuja atividade tem gerado insegurança
em relação as condições das barragens existentes no país. Nos últimos três anos,
ocorreram dois desastres que geraram impactos para a população e o meio ambiente.
Já o processo produtivo do bambu absorve uma grande quantidade de gás
carbônico da atmosfera, quando comparado a outras árvores ele libera 35% a mais de
oxigênio, contribuindo assim para redução do efeito estufa.

5) Conforto térmico

Construções que utilizam o bambu podem reduzir entre 3 a 4 °C a temperatura


interna da residência, proporcionado assim maior conforto térmico e economia na
energia elétrica, diminuindo gastos com ventiladores e ar condicionado.

6) Durabilidade

A corrosão de amadura no concreto armado é um problema frequente na


construção civil que compromete, principalmente, a parte estrutural da edificação,
além de sua estética. Estruturas que utilizam o bambu possuem durabilidade maior
em até 25 anos, quando comparado a outras estruturas.
348

MANUAL
DO PROPRIETÁRIO
349

32. MANUAL DO PROPRIETÁRIO

avanzare
APRESENTAÇÃO

Prezado cliente____________________________________________

Primeiramente, agradecemos a sua preferência e escolha pelo nosso empreendimento.


Este Manual do proprietário foi criado com o objetivo de familiarizá-lo ao seu novo
imóvel, com informações sobre o uso, a conservação e manutenção preventiva.
Mais uma vez agradecemos pela a confiança em nossa empresa e colocamo-nos à
sua disposição toda vez que você achar necessário.

Cordialmente,

Avanzare.
350

RESPONSABILIDADES DO PROPRIETÁRIO

• Durante a entrega da chave o proprietário (a) receberá o Manual do


Proprietário, o qual contém informações importantes sobre o uso do imóvel.
É através dele que o proprietário (a) deverá seguir as orientações antes de
fazer quaisquer intervenções.

• O conforto, a durabilidade e segurança do imóvel dependerão da observância


das recomendações fornecidas por este documento.

• Após a mudança para o imóvel solicite as ligações de água e energia junto


aos órgãos responsáveis.

• Pagar as prestações mensais em dia para evitar o acumulo de dívidas e


possível dificuldade em pagar o financiamento.
351

TERMO DE GARANTIA

De acordo com a ABNT NBR 15575-2:2013 a, garantia inicia-se a partir da


expedição do Habite-se. Na tabela abaixo encontra-se os prazos de garantia e pode
conter itens que não pertencem a este empreendimento.

Tabela 54 - Prazos de garantia

Sistemas, elementos, Prazo de Descrição


componentes e instalações
Garantia
Fundações, estrutura principal, Segurança e
estrutura periféricas, contenções 5 anos estabilidade global,
e arrimos estanqueidade de
fundações e contenções
Paredes de vedação, estruturas
auxiliares, estruturas de
cobertura, estrutura das 5 anos Segurança e integridade
escadarias internas ou externas,
guarda-corpos, muros de divisa e
telhados
Equipamentos industrializados
(aquecedores de passagem ou
acumulação, motobombas, filtros,
interfone, automação de portões, 1 ano Instalação e
elevadores e outros), sistemas de equipamentos
dados e voz, telefonia, vídeo e
televisão
Sistema de proteção contra
descargas atmosféricas, sistema
de combate a incêndio, 1 ano Instalação e
pressurização das escadas, equipamentos
iluminação de emergência e
sistema de segurança patrimonial
352

Tabela 54 - Prazos de garantia (continuação)

Sistemas, elementos, Prazo de Descrição


componentes e instalações
Garantia
1 ano Dobradiças e molas
Porta corta-fogo 5 anos Integridade de portas e
batentes
Instalações elétricas 1 ano Equipamentos
Tomadas/ interruptores/
disjuntores/ fios / cabos/ 3 anos Instalação
eletrodutos/ caixas e quadros
Instalações hidráulicas e gás
colunas de água fria, colunas de 5 anos Integridade e vedação
água quente, tubos de queda de
esgoto e colunas de gás
Instalações hidráulicas e gás 1 ano Equipamentos
Coletores/ ramais/ louças/ caixas
de descarga/ bancadas/ metais
sanitários/ sifões/ ligações 3 anos Instalação
flexíveis/ válvulas/ registros/
ralos/ tanques
Impermeabilização 5 anos Estanqueidade
Esquadrias de madeira 1 ano Empenamento,
descolamento, fixação
Esquadrias de aço 1 ano Fixação e oxidação
353

Tabela 54 - Prazos de garantia (continuação)

Sistemas, elementos, Prazo de Descrição


componentes e instalações
Garantia
Partes móveis (inclusive
recolhedores de
1 ano palhetas, motores e
conjuntos elétricos de
acionamento)
Esquadrias de alumínio e de PVC Borrachas, escovas,
2 anos articulações, fechos e
roldanas
Perfis de alumínio,
fixadores e
5 anos revestimentos em painel
de alumínio
Fechaduras e ferragens em geral 1 ano Funcionamento e
acabamento
2 anos Fissuras
Revestimentos de paredes, pisos Estanqueidade de
e tetos internos e externos em 3 anos fachadas e pisos
argamassa/ gesso liso/ molháveis
componentes de gesso 5 anos Má aderência do
acartonado revestimento e dos
componentes do
sistema
Revestimentos soltos,
2 anos gretados, desgaste
Revestimentos de paredes, pisos excessivo
e tetos em Estanqueidade de
azulejo/ cerâmica/ pastilhas 3 anos fachadas e pisos
molháveis
354

Tabela 54 - Prazos de garantia (continuação)

Sistemas, elementos, Prazo de Descrição


componentes e instalações
Garantia
Revestimentos soltos,
Revestimentos de paredes, pisos 2 anos gretados, desgaste
e teto em pedras naturais excessivo
(mármore, granito e outros) Estanqueidade de
3 anos fachadas e pisos
molháveis
Pisos de madeira- tacos, Empenamento, trincas
assoalhos e decks 1 ano na madeira e
destacamento
Piso cimentado, piso acabado em Destacamentos,
concreto, contrapiso 2 anos fissuras, desgaste
excessivo
3 anos Estanqueidade de pisos
molháveis
Revestimentos especiais
(fórmica, plásticos, têxteis, pisos 2 anos Aderência
elevados, materiais compostos
de alumínio)
Fissuras por
acomodação dos
Forros de gesso 1 ano elementos estruturais e
de vedação
Empenamento, trincas
Forros de madeira 1 ano na madeira e
destacamento
355

Tabela 54 - Prazos de garantia (continuação)

Sistemas, elementos, Prazo de Descrição


componentes e instalações
Garantia
Pintura/ verniz 2 anos Empolamento,
(interna/ externa)
descascamento,
esfarelamento,
alteração de cor ou
deterioração de
acabamento
Selantes, componentes de juntas 1 ano Aderência
e rejuntamentos
Vidros 1 ano Fixação

Fonte: Adaptado da Norma 15575-2:2013.

MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO

O proprietário (a) é responsável por manter a sua moradia funcionando bem,


para isso é necessário estar atento com a manutenção preventiva do imóvel a fim
de evitar problemas que resultem na necessidade de conserto. Dessa forma, segue
algumas dicas imprescindíveis para a manutenção preventiva do imóvel.

ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO E MADEIRA

A esquadrias de alumínio e madeira compreendem o conjunto de portas e


janelas e deverão ter os seguintes cuidados:

• Os trincos não devem ser forçados;


• As janelas devem correr suavemente não devendo se forçadas;
• Em casos de chuvas ou rajadas de vento manter as janelas fechadas e
travadas;
• Em esquadrias de alumínio, a limpeza deverá ser realizada a cada doze
meses com auxílio de uma esponja macia, e solução de água e detergente
neutro a 5%;
• Para esquadrias de madeira deverá ser utilizado um pano úmido em seguida
356

de um pano seco;
• Os trilhos inferiores de janelas e portas de correr devem ser limpados
frequentemente, evitando-se o acúmulo de sujeira.
• Não utilize esponjas de aço, detergentes contendo saponáceos, produtos
ácidos ou alcalinos, objetos cortantes ou perfurantes, pois podem causar
manchas e diminuir a vida útil do material;
• Colocar batedores de porta para não prejudicar as maçanetas e paredes.

Manutenção das esquadrias

• Sempre que houver necessidade, reapertar delicadamente os parafusos


aparentes de fechaduras ou puxadores, fechos e roldanas com o auxílio de
chave de fenda;
• A cada um ano verificar a vedação e fixação dos vidros;
• Inspeção visual da vedação (silicone) e reconstituição do mesmo;
• Para janelas maxim-ar verificar se a necessidade de regulagem de freio, se
preciso contatar uma pessoa especializada para a manutenção;
• Para esquadrias envernizadas realizar o tratamento anual com verniz, e
realizar a raspagem total e reaplicação de verniz a cada três anos.

Perda de garantia

• Se for realizada alguma mudança na esquadria, seja na sua instalação ou


no seu acabamento (pinturas);
• Se os cuidados de uso e manutenção preventiva não forem feitos;
• Se houver instalação de cortina e aparelhos de ar condicionado que afetem
a estrutura das esquadrias.

IMPERMEABILIZAÇÃO

Refere-se ao tratamento feito em partes ou componentes da construção, com


o objetivo de impedir a infiltração de água e garantir estanqueidade, e deverão ter os
seguintes cuidados.
357

• A instalação de equipamento sobre a superfície impermeabilizada, deverá


ser feita com a presença de uma empresa especializada;
• Manter sempre limpos os ralos em áreas descobertas;
• Não introduzir objetos nas juntas de dilatação.

Manutenção Preventiva

• A cada um ano verificar os rejuntamentos das paredes, pisos, peças


sanitárias, ralos e soleiras, pois em caso de falhas poderá ocorrer infiltração
de água;
• Em casos de defeitos de impermeabilização e infiltração de água chamar
um profissional especializado;
• Não utilizar materiais diferentes dos originais para o reparo, pois podem
comprometer o desempenho do sistema;
• Verificar anualmente se existe obstrução na tubulação ou entupimento de
ralos.

Perda de garantia

• Se houver reparo e/ ou manutenção por empresas não especializadas;


• Se houver instalação de equipamentos ou reformas que danifiquem a
camada impermeabilizante,
• Se os cuidados de uso e manutenção preventiva não forem feitos.

ESTRUTURAS/ PAREDES

A edificação foi feita a partir do sistema construtivo Alvenaria estrutural, no qual


são utilizados blocos de concreto armados com barras de bambu. Nesse sistema
construtivo as paredes se tornam elementos estruturais como vigas e pilares, assim é
necessário ter os seguintes cuidados:

• Não remova ou modifique as paredes estruturais e não abra vãos, pois


essas ações podem afetar a estabilidade do imóvel;
• Utilize parafusos e buchas para blocos vazados modelos FU (de 6, 8 ou
10 mm) de acordo com o local a ser furado, para a instalação de quadros,
358

prateleiras e similares;
• Não utilize martelo e pregos para pendurar quadros, pois pode danificar o
acabamento das paredes;
• Não fure qualquer parede antes de verificar o projeto da residência, pois
podem danificar tubulações de água.

Manutenção Preventiva

• Mantenha os ambientes bem ventilados para evitar o aparecimento de mofos


em períodos de inverno ou de chuvas;
• Utilize água sanitária, detergente ou formal misturado em água para a
limpeza de mofo.

Perda de garantia

• Se houver alteração nas paredes estruturais em relação ao projeto original;


• Se os cuidados de uso e manutenção preventiva não forem feitos.

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS/LOUÇAS/METAIS

A instalação hidráulica, louças e metais precisam dos seguintes cuidados:

Não jogue objetos nos vasos sanitários e ralos, pois podem causar entupimento;
• Nunca jogue gordura ou resíduo sólido nos lavatórios e ralos das pias;
• Não sobrecarregue a bancada com louças;
• Não retire elementos de apoio como coluna do tanque e mão francesa, pois
a sua falta pode ocasionar a queda ou quebra da bancada ou peça;
• Não se apoie ou suba nas louças e bancadas;
• Utilize água, sabão neutro e pano macio para a limpeza de metais sanitários,
louças e cubas de aço inox em pias e ralos das pias e lavatórios;
• Em caso de ausência prolongada do imóvel deixe os registros fechados.
359

Manutenção Preventiva

• Limpe a cada seis meses tanques, pias, ralos e sifões das louças;
• Limpe a cada seis meses os aeradores das torneiras, para evitar o acúmulo
de resíduos;
• A cada um ano substitua os misturadores, vedantes (courinhos) das torneiras
e registros, a fim de evitar vazamentos e garantir boa vedação;
• A cada seis meses limpe e verifique a regulagem do mecanismo de descarga.

Perda de garantia

• Danos provindos de impacto ou perfurações em tubulações e limpeza


inadequada;
• Uso incorreto dos equipamentos e instalação;
• Se for verificado entupimento por objetos jogados nos vasos sanitários ou
ralos como folhas de papel, absorventes higiênicos, cotonetes e etc.;
• Se for constatado a falta de troca dos vedantes, limpeza nos aeradores e a
retirada dos elementos de apoio;
• Se os cuidados de uso e manutenção preventiva não forem feitos.

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A instalação elétrica é composta pelo quadro elétrico e o circuito (conjunto de


tomadas, pontos de iluminação e interruptores, pontos de energia interligados pela
fiação elétrica), e deverá apresentar os cuidados abaixo.

• Quando for preciso o corte de energia, desligar o disjuntor específico ou em


caso de dúvida desligar todos disjuntores;
• Ao comprar aparelhos elétricos, verifique as condições fornecidas pelo
fabricante para o seu funcionamento adequado;
• Para equipamentos sensíveis utilizar proteção individual como estabilizadores,
filtros de linhas e etc;
• Em caso de trocas de lâmpadas, limpezas e manutenção, desligue o disjuntor
correspondente ao circuito;
• O disjuntor será desligado automaticamente quando houver a sobrecarga
360

momentânea do sistema elétrico, se persistir o problema contatar um


profissional habilitado;
• Não produzir correntes elétricas nos circuitos que ultrapassem a sua
capacidade, pois pode superaquecer a fiação e causar danos à aparelhos
e risco de incêndio;
• Desligue os disjuntores do quadro de distribuição em casos de incêndio;
• Nunca ligue aparelhos diretamente nos quadros de luz.

Manutenção Preventiva

• Qualquer manutenção deve ser feita com disjuntores desligados;


• A cada um ano reapertar todas as conexões do Quadro de Distribuição;
• Verificar o estado de isolamento das emendas de fios;
• A cada dois anos reapertar todas as conexões;
• Quando necessário substituir as peças que apresentam desgaste.

Perda de garantia

• Se for realizada mudanças no sistema de instalação em relação ao original;


• Se for constatada a troca de disjuntores por outros de capacidade diferente;
• Se for verificada a sobrecarga nos circuitos por vários equipamentos ligados
no mesmo circuito;
• Se for identificado a não utilização de proteção individual para eletrodomésticos
sensíveis;
• Se os cuidados de uso e manutenção preventiva não forem feitos.

REVESTIMENTO DE PAREDES E TETOS EM ARGAMASSA OU


GESSO E FORRO DE GESSSO

O revestimento de argamassa e gesso são utilizados para regularizar a


superfície dos elementos de vedação para receber outros acabamentos ou pintura.
Já o acabamento do forro em gesso é utilizado como elemento decorativo, ambos
precisam dos seguintes cuidados.
361

• Utilizar parafusos com buchas apropriadas ao revestimento para a fixação


de objetos;
• Não pendurar objetos nos forros de gesso, pois não estão dimensionados
para suportar peso;
• Não lavar a paredes e tetos com água e produtos abrasivos;
• Manter os ambientes bem arejados para evitar o aparecimento de bolor.

Manutenção preventiva

• Repintar anualmente os tetos dos banheiros, e a cada três anos repintar


paredes e tetos das áreas secas.

Perda de garantia

• Se for utilizado pregos para a fixação de quadros e etc.;


• Se for identificado o contato de forma contínua das paredes e tetos com
água ou vapor;
• Quando houver quebras ou trincas por impacto;
• Se os cuidados de uso e manutenção preventiva não forem feitos.

REVESTIMENTO CERÂMICO INTERNO

Azulejos e cerâmicas são utilizados para revestir paredes e pisos, com o objetivo
de dar acabamento e proteger da umidade e infiltração de água. Os mesmos deverão
ter os cuidados listados abaixo.

• Olhar os projetos de instalação antes de perfurar qualquer peça;


• Utilizar sabão neutro para a limpeza, a fim de evitar danos em cerâmicas e
azulejos;
• Evitar bater com peças pontiagudas que podem causar lascamentos nas
cerâmicas;
• Não utilize esponjas de aço na limpeza de cerâmicas;
• Utilize produto desengordurante para limpar a cerâmica da cozinha.
362

Manutenção preventiva

• A cada ano verificar e completar o rejuntamento;


• Manter o banheiro bem arejado para evitar mofos;
• Quando houver peças soltar ou trincadas, reassentá-las com argamassa
colante.

Perda de garantia

• Se houver manchas devido a utilização de produtos ácidos ou alcalinos;


• Se ocorrer quebra ou lascamento e riscos causados por objetos pontiagudos
ou transporte de materiais;
• Se os cuidados de uso e manutenção preventiva não forem feitos.

REJUNTES

Utilizado para assentamento de materiais cerâmicos e pedras, acabamento dos


revestimentos de pisos e paredes. Os rejuntes devem ter os seguintes cuidados.

• Não utilize máquinas de alta pressão para a limpeza do imóvel;


• Os revestimentos poderão ser lavados e limpos com sabão em pó neutro
com o auxílio de esponjas com cerdas macias ou pano úmido;
• Não utilize detergentes agressivos e escovas para a limpeza do rejunte.

Manutenção preventiva

• Verificar e completar o rejuntamento convencional a cada ano;


• Utilize materiais apropriados e mão de obra especializada para refazer o
rejuntamento.

Perda da garantia

• Se for identificado a utilização de ácidos ou produtos agressivos, ou ainda


lavagem do revestimento com água em alta pressão;
363

• Se os cuidados de uso e manutenção preventiva não forem feitos.

PINTURAS E VERNIZES

As pinturas e vernizes possuem a função de acabamento final mantendo


a uniformidade da superfície, beleza, conforto e proteção de reboco, elementos
estruturais, madeiras e gesso, os mesmos devem apresentar os cuidados abaixo.

• Evitar atrito e pancadas nas superfícies pintadas, pois podem remover a


tinta;
• Evite o contato de produtos químicos de limpeza, principalmente produtos
ácidos;
• Não utilize álcool, esponjas de aço, lixas para a limpeza;
• Utilizar água e sabão neutro para a limpeza.

Manutenção preventiva

• Quando houver necessidade de retoque, repintar toda a parede para evitar


diferença de cores;
• Repintar as áreas e elementos com as mesmas especificações da pintura
original.

Perda de garantia

• Se os cuidados de uso e manutenção preventiva não forem feitos.


364

CONCLUSÃO
365

33. CONCLUSÃO

O
projeto surgiu a partir da análise de um
problema, o déficit habitacional, que foi
o ponto de partida para que a Avanzare
estudasse alternativas que pudessem solucioná-lo.
Após as análises da dor de mercado, identificamos
uma oportunidade na construção civil, pois ela é considerada
um dos setores que mais causam danos ao meio ambiente.
Dessa forma, procuramos uma solução que poderia
resolver o déficit habitacional e também melhorar a questão
ambiental. Assim, foi criado o novo método construtivo,
trazendo foco ao bambu como uma matéria-prima de futuro
promissor. O Aço Verde nasce com objetivo não somente de
entregar mais um método construtivo, e sim de desenvolver
esperança capaz de evitar esgotamento de recursos e um
déficit habitacional ainda maior.
Durante a execução do projeto, foram realizadas
análises e pesquisas com objetivo de validar o problema e
a solução, onde tivemos o auxílio de professores que nos
deram direção e nos ajudaram a deixar a ideia mais sólida.
A Avanzare acredita ser por um pequeno projeto,
desenvolvido em uma pequena cidade perante tantas outras
no mundo, que se pode manter a harmonia entre homem
e natureza, garantindo um ambiente equilibrado para as
próximas gerações.
366

REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS
367

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Disponível em:< https://www.tecnosilbr.com.br/corrosao-de-armadura-o-que-causa-e-
como-amenizar-esse-dano/> Acesso em: 10 Nov.2019.

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393

APÊNDICE

APÊNDICE
394

APÊNDICE A
395

SONDAGEM DE SIMPLES RECONHECIMENTO DO SOLO COM SPT


NBR 6484/01
COTA: SOND.:
AMOSTRADOR PADRÃO TIPO
SP-01

MÉTODO EXECUTIVO

COTA EM RELAÇÃO
2,60

FOTOS AMOSTRAS
ENSAIO DE PENETRAÇÃO TERZAGHI PECK

PROFUNDIDADE

PROFUDIDADE
NÍVEL D'ÁGUA

DA CAMADA
Ø INTERNO = 1 3/8"

AMOSTRAS
NÚMERO DE GOLPES / Ø EXTERNO = 2"

AO RN
COORDENADAS:
PENETRAÇÃO PESO BATENTE = 65 kg
ALTURA DE QUEDA = 75 cm E: N:

1° 2° 3° 1° e 2° 2° e 3°
10 20 30 40 CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL

TC

N.A. INICIAL: 29/01/2019 : 10,75m


N.A. FINAL: 31/01/2019 : 11,20m
1 1 1 2 2 1,00 1,00
15 16 18 31 34 00

1 1 1 2 2 2,00
17 17 16 34 33 01
0,00

2 2 2 4 4 3,00
16 16 16 32 32 02
ARGILA ARENOSA, MUITO MOLE A MOLE, COR
TH
MARROM ESCURO.
2 2 2 4 4 4,00
16 17 16 33 33 03

2 2 2 4 4 5,00
16 17 16 33 33 04

1 2 1 3 3 6,00 6,00
16 16 16 32 32 05

1 2 1 3 3 7,00 7,00
16 17 16 33 33 06
-5,00

1 2 2 3 4 8,00
16 16 16 32 32 07

2 2 2 4 4 9,00
16 17 16 33 33 08

3 1 1 4 2 10,00
15 17 17 32 34 09
ARGILA ARENOSA, MUITO MOLE A DURA, COR
VARIEGADO.
4 4 4 11,00
15 15 15 8 8 11,20 10

3 3 4 12,00
6 7 11
15 15 15
-10,00

6 9 12 13,00
15 15 15 15 21 CA 12

7 10 13 17 23
14,00 14,00
15 15 15 13
AREIA ARGILOSA, POUCO COMPACTA A
COMPACTA, COR VARIEGADO.
3 4 4 7 8 15,00 15,00
16 16 15 32 31 14

4 10 25 14 16,00
16 15 15 31 35 15

20 22 26 17,00
42 48 16
15 15 15 AREIA ARGILOSA COM PEDREGULHOS DE
-15,00 QUARTZO, POUCO COMPACTA A MUITO
18,00
COMPACTA, COR VARIEGADO.
18 24 27 42 51
15 15 15 17

26 31 32 19,00
15 15 15 57 63 18

23 20 30 43 50
20,00 20,00 20,00
15 15 15
LEGENDAS:
30 cm INICIAIS 30 cm FINAIS TRADO CAVADEIRA - TC TRADO HELICOIDAL - TH CIRCULAÇÃO DE ÁGUA - CA REVESTIMENTO

REFERÊNCIA: SONDADOR:
OBRA: EDIFÍCIO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR RS - G - 016/2019 LUIZ PAULO
FOLHA: ESCALA: RESPONSÁVEL:
LOCAL:
1 1/100 MAYRONN LIMA
CLIENTE: INÍCIO: TÉRMINO: APROVAÇÃO:
29/01/2019 30/01/2019
396

SONDAGEM DE SIMPLES RECONHECIMENTO DO SOLO COM SPT


NBR 6484/01
COTA: SOND.:
AMOSTRADOR PADRÃO TIPO
SP-01

MÉTODO EXECUTIVO

COTA EM RELAÇÃO
2,60

FOTOS AMOSTRAS
ENSAIO DE PENETRAÇÃO TERZAGHI PECK

PROFUNDIDADE

PROFUDIDADE
NÍVEL D'ÁGUA

DA CAMADA
Ø INTERNO = 1 3/8"

AMOSTRAS
NÚMERO DE GOLPES / Ø EXTERNO = 2"

AO RN
COORDENADAS:
PENETRAÇÃO PESO BATENTE = 65 kg
ALTURA DE QUEDA = 75 cm E: N:

1° 2° 3° 1° e 2° 2° e 3°
10 20 30 40 CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL
23 20 30 43 50
15 15 15 CA
20,45 -17,85 20,45 AREIA ARGILOSA COM PEDREGULHOS DE
QUARTZO, POUCO COMPACTA A MUITO
21,00 COMPACTA, COR VARIEGADO.

LIMITE DA SONDAGEM

22,00 Nota: furo paralisado conforme descrito no item 6.4.1


da norma NBR6484:2001 - Solo - Sondagem de
Simples Reconhecimento com SPT.

23,00

24,00

25,00

26,00

27,00

28,00

29,00

30,00

31,00

32,00

33,00

34,00

35,00

36,00

37,00

38,00

39,00

40,00

LEGENDAS:
30 cm INICIAIS 30 cm FINAIS TRADO CAVADEIRA - TC TRADO HELICOIDAL - TH CIRCULAÇÃO DE ÁGUA - CA REVESTIMENTO

REFERÊNCIA: SONDADOR:
OBRA: EDIFÍCIO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR RS - G - 016/2019 LUIZ PAULO
FOLHA: ESCALA: RESPONSÁVEL:
LOCAL:
1 1/100 MAYRONN LIMA
CLIENTE: INÍCIO: TÉRMINO: APROVAÇÃO:
29/01/2019 30/01/2019
397

SONDAGEM DE SIMPLES RECONHECIMENTO DO SOLO COM SPT


NBR 6484/01
COTA: SOND.:
AMOSTRADOR PADRÃO TIPO
SP-02

MÉTODO EXECUTIVO

COTA EM RELAÇÃO
1,21

FOTOS AMOSTRAS
ENSAIO DE PENETRAÇÃO TERZAGHI PECK

PROFUNDIDADE

PROFUDIDADE
NÍVEL D'ÁGUA

DA CAMADA
Ø INTERNO = 1 3/8"

AMOSTRAS
NÚMERO DE GOLPES / Ø EXTERNO = 2"

AO RN
COORDENADAS:
PENETRAÇÃO PESO BATENTE = 65 kg
ALTURA DE QUEDA = 75 cm E: N:

1° 2° 3° 1° e 2° 2° e 3°
10 20 30 40 CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL
26 32 35 58 67
15 15 15 CA
20,45 -19,24 20,45 AREIA ARGILOSA COM PEDREGULHOS DE
QUARTZO, COMPACTA A MUITO COMPACTA,
21,00 COR VARIEGADO.

LIMITE DA SONDAGEM

22,00 Nota: furo paralisado conforme descrito no item 6.4.1


da norma NBR6484:2001 - Solo - Sondagem de
Simples Reconhecimento com SPT.

23,00

24,00

25,00

26,00

27,00

28,00

29,00

30,00

31,00

32,00

33,00

34,00

35,00

36,00

37,00

38,00

39,00

40,00

LEGENDAS:
30 cm INICIAIS 30 cm FINAIS TRADO CAVADEIRA - TC TRADO HELICOIDAL - TH CIRCULAÇÃO DE ÁGUA - CA REVESTIMENTO

REFERÊNCIA: SONDADOR:
OBRA: EDIFÍCIO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR RS - G - 016/2019 LUIZ PAULO
FOLHA: ESCALA: RESPONSÁVEL:
LOCAL:
1 1/100 MAYRONN LIMA
CLIENTE: INÍCIO: TÉRMINO: APROVAÇÃO:
30/01/2019 31/01/2019
398

SONDAGEM DE SIMPLES RECONHECIMENTO DO SOLO COM SPT


NBR 6484/01
COTA: SOND.:
AMOSTRADOR PADRÃO TIPO
SP-02

MÉTODO EXECUTIVO

COTA EM RELAÇÃO
1,21

FOTOS AMOSTRAS
ENSAIO DE PENETRAÇÃO TERZAGHI PECK

PROFUNDIDADE

PROFUDIDADE
NÍVEL D'ÁGUA

DA CAMADA
Ø INTERNO = 1 3/8"

AMOSTRAS
NÚMERO DE GOLPES / Ø EXTERNO = 2"

AO RN
COORDENADAS:
PENETRAÇÃO PESO BATENTE = 65 kg
ALTURA DE QUEDA = 75 cm E: N:

1° 2° 3° 1° e 2° 2° e 3°
10 20 30 40 CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL

TC

N.A. INICIAL: 30/01/2019 : 10,85m


N.A. FINAL: 01/02/2019 : 11,00m
1 1 1 2 2 1,00 1,00
16 17 18 33 35 0,00 00

TH

1 1 1 2 2 2,00 2,00
16 16 16 32 32 01

1 2 1 3 3 3,00
16 17 16 33 33 02

1 1 1 4,00
15 15 15 2 2 03

4 4 4 8 8 5,00 ARGILA ARENOSA, MUITO MOLE A MÉDIA, COR


16 16 16 32 32 04 MARROM ESCURO.

3 4 4 7 6,00
16 15 15 31 8 -5,00 05

2 2 2 4 4 7,00
16 16 16 32 32 06

2 2 2 4 8,00
4 07
16 15 15 31

2 2 3 4 5 9,00
16 17 16 33 33 08

3 3 3 6 6
10,00 10,00
16 15 15 31 09
ARGILA ARENOSA, COM PEDREGULHOS DE
QUARTZO, MÉDIA, COR VARIEGADO.
3 4 4 7 8
11,00
CA
11,00 11,00
15 15 15 -10,00 10

4 4 4 12,00
15 15 15 8 8 11
ARGILA ARENOSA, MÉDIA A RIJA, COR
VARIEGADO.
5 7 12 13,00
15 15 15 12 19 12

6 8 10 14 18
14,00 14,00
15 15 15 13
AREIA ARGILOSA, MEDIANAMENTE COMPACTA
A COMPACTA, COR VARIEGADO.
12 14 16 26 30
15,00 15,00
15 15 15 14

19 21 20 16,00
15 15 15 40 41 -15,00 15

25 28 30 17,00
15 15 15 53 58 16
AREIA ARGILOSA COM PEDREGULHOS DE
QUARTZO, COMPACTA A MUITO COMPACTA,
18,00
COR VARIEGADO.
28 31 35 59 66
15 15 15 17

23 28 30 19,00
15 15 15 51 58 18

26 32 35 58 67
20,00 20,00 20,00
15 15 15
LEGENDAS:
30 cm INICIAIS 30 cm FINAIS TRADO CAVADEIRA - TC TRADO HELICOIDAL - TH CIRCULAÇÃO DE ÁGUA - CA REVESTIMENTO

REFERÊNCIA: SONDADOR:
OBRA: EDIFÍCIO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR RS - G - 016/2019 LUIZ PAULO
FOLHA: ESCALA: RESPONSÁVEL:
LOCAL:
1 1/100 MAYRONN LIMA
CLIENTE: INÍCIO: TÉRMINO: APROVAÇÃO:
30/01/2019 31/01/2019
399

APÊNDICE B

CUB/m² Custos Unitários Básicos de Construção

(NBR 12.721:2006 - CUB 2006) - Outubro/2019

Os valores abaixo referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e
com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de Outubro/2019.
"Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e
novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação
de CUB/2006".
"Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos
preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular:
fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como:
fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não
classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento,
instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e
emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor;
remuneração do incorporador."

VALORES EM R$/m²

PROJETOS - PADRÃO RESIDENCIAIS


PADRÃO BAIXO PADRÃO NORMAL PADRÃO ALTO

R-1 1.447,99 R-1 1.770,62 R-1 2.146,24

PP-4 1.320,59 PP-4 1.663,20 R-8 1.727,21

R-8 1.252,54 R-8 1.434,79 R-16 1.796,57

PIS 963,16 R-16 1.389,28

PROJETOS - PADRÃO COMERCIAIS CAL (Comercial Andares Livres) e CSL (Comercial Salas e Lojas)
PADRÃO NORMAL PADRÃO ALTO

CAL-8 1.649,33 CAL-8 1.787,39

CSL-8 1.406,48 CSL-8 1.543,34

CSL-16 1.875,45 CSL-16 2.058,26

PROJETOS - PADRÃO GALPÃO INDUSTRIAL (GI) E RESIDÊNCIA POPULAR (RP1Q)


RP1Q 1.484,18

GI 759,18

Número Índice: Projeto-padrão R8-N (Outubro/2019)


Número índice: 213,507 (Base Fev/2007 = 100)
Variação Global: 0,08%

Sinduscon-MG Data de emissão: 04/11/2019 20:54


400

APÊNDICE C

Bambu Tratado
Produto Diâmetro (cm) Preço Forma de venda
Cana da índia 1 R$ 3,00 Por unidade
Phyllostachys Aurea Varas com 3 metros de comprimento
Cana da índia 2 R$ 4,00 Por unidade
Phyllostachys Aurea Varas com 3 metros de comprimento
Cana da índia 3 R$ 5,00 Por unidade
Phyllostachys Aurea Varas com 3 metros de comprimento
Cana da índia 4 R$ 6,00 Por unidade
Phyllostachys Aurea Varas com 3 metros de comprimento
Cana da índia 5 R$ 7,00 Por unidade
Phyllostachys Aurea Varas com 3 metros de comprimento

Mosso 8 R$ 8,00 Por metro linear


Phyllostachys Pubescens Varas de até 6 metros de comprimento
Mosso 10 R$ 10,00 Por metro linear
Phyllostachys Pubescens Varas de até 6 metros de comprimento

contato@taobambu.com.br
+55 11 99124 0448
401

ANEXOS

ANEXOS
COMPOSIÇÃO UNITÁRIA DOS SERVIÇOS REFERENTES A CONSTRUÇÃO DA AVANZARE (TABELA SINAPI OUTUBRO 2019)
SERVIÇOS PRELIMINARES

C73859/2 -CAPINA E LIMPEZA MANUAL DE TERRENO C99059 - LOCAÇÃO DA OBRA - EXECUÇÃO DE GABARITO
Unid: M2 Unid: M
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,0800 14,88 1,1904 I88262 CARPINTEIRO DE FORMA H 0,7125 20,71 14,7559
TOTAL MAO DE OBRA 1,1904 I88239 AJUDANTE DE CARPINTEIRO H 0,3563 17,14 6,1070
TOTAL MAO DE OBRA 20,8629

Total Simples 1,1904 MATERIAIS


Encargos I4417 SARRAFO DE MADEIRA NÃO APARELHADA KG 0,7445 5,47 4,0724
BDI 0,00% I4433 PEÇA DE MADEIRA NÃO APARELHADA *7,5 X 7,5* CM (3 X 3 ") M 0,4125 12,58 5,1893
TOTAL GERAL 1,19 I5068 PREGO DE AÇO POLIDO COM CABEÇA 17 X 21 KG 0,1110 10,07 1,1178
I10567 TABUA DE MADEIRA NÃO APARELHADA M2 0,5500 3,85 2,1175

TOTAL MATERIAIS 12,4970

Total Simples 33,3599


Encargos
BDI 0,00%
TOTAL GERAL 33,36
C41598 - ENTRADA PROVISORIA DE ENERGIA ELETRICA C41598 - ENTRADA PROVISORIA DE ÁGUA
ANEXO A

Unid: UN Unid: UN
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total

MAO DE OBRA MAO DE OBRA


I88264 ELETRICISTA H 8,0000 21,14 169,1200 I88309 PEDREIRO H 0,6600 20,88 13,7808
I88247 AUXILIAR DE ELETRICISTA H 8,0000 16,01 128,0800 I88316 SERVENTE H 0,3300 14,88 4,9104
TOTAL MAO DE OBRA 297,2000 I88267 ENCANADOR H 0,8000 20,47 16,3760

TOTAL MAO DE OBRA 35,0672


MATERIAIS MATERIAIS
I14164 POSTE CONICO CONTINUO EM ACO GALVANIZADO UN 1,0000 1041,38 1041,3800 I12773 HIDROMETRO UNIJATO, VAZAO MAXIMA DE 3,0 M3/H, DE 3/4" UN 1 157,87 157,8700

I39681 CAIXA DE PROTECAO PARA 1 MEDIDOR BIFASICO, EM CHAPA DE ACO 20 USG (PADRAO 1,0000 105,49
UN DA CONCESSIONARIA LOCAL) 105,4900 I9836 TUBO PVC SERIE NORMAL, DN 100 MM, PARA ESGOTO PREDIAL (NBR 5688) M 1 8,3 8,30000
I940 FIO DE COBRE, SOLIDO, CLASSE 1, ISOLACAO EM PVC/A, ANTICHAMA BWF-B, 450/750V, 27,0000
M SECAO 2,47
NOMINAL 6 MM2 66,6900 I9825 TUBO PVC DEFOFO, JEI, 1 MPA, DN 100 MM, PARA REDE DE AGUA (NBR 7665) M 1 1041,38 1041,3800
TOTAL MATERIAIS 1207,5500
TOTAL MATERIAIS 1213,5600
Total Simples 1242,6172
Total Simples 1510,7600 Encargos
Encargos BDI 0,00%
BDI 0,00% TOTAL GERAL 1242,6200
TOTAL GERAL 1510,76
402
INFRAESTRUTURA
C93358 - ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALA COM PROFUNDIDADE MENOR OU IGUAL A 1,30 M C73817 -ALVENARIA DE EMBASAMENTO DE MATERIAL GRANULAR - RACHAO
Unid: M3 Unid: M3
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 3,9560 14,88 58,8653 I88316 SERVENTE H 2,5000 14,88 37,2000
TOTAL MAO DE OBRA 58,8653
TOTAL MAO DE OBRA 37,2000
Total Simples 58,8653 MATERIAIS
Encargos I370 AREIA MÉDIA M3 0,0400 66,67 2,6668
BDI 0,00% I1379 CIMENTO PORTLAND KG 21,0000 0,37 7,7700
TOTAL GERAL 58,87 I4730 PEDRA DE MÃO (RACHÃO) M3 0,5500 73,21 40,2655
TOTAL MATERIAIS 50,7023

Total Simples 87,9023


Encargos
BDI 0,00%
TOTAL GERAL 87,90

C89282 - ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS CERÂMICOS 14X19X39, (ESPESSURA DE 14 CM) C0089 - ANEL DE IMPERMEABILIZAÇÃO C/ARMAÇÃO EM FERRO
Unid: M2 Unid: M3
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,3300 14,88 4,9104 I88316 SERVENTE H 0,3300 14,88 4,9104
I88309 PEDREIRO H 0,6600 20,88 13,7808 I88309 PEDREIRO H 0,6600 20,88 13,7808
TOTAL MAO DE OBRA 18,6912 TOTAL MAO DE OBRA 18,6912
MATERIAIS MATERIAIS
I34588 BLOCO ESTRUTURAL CERAMICO 14 X 19 X 39 CM, 6,0 MPA (NBR 15270) UN 10,0500 1,55 15,5775 I4721 BRITA M3 0,6150 70,02 43,0623
I34655 CANALETA ESTRUTURAL CERAMICA, 14 X 19 X 39 CM, 6,0 MPA (NBR 15270) UN 0,9600 2,15 2,0640 I34439 AÇO CA-50 KG 18,0000 5,09 91,6200
I34547 TELA DE AÇO SOLDADA GALVANIZADA/ZINCADA PARA ALVENARIA, FIO D = *1,20 AM 0,8700 2,69 2,3403 I1379 CIMENTO PORTLAND KG 21,0000 0,37 7,7700
I34781 MEIO BLOCO ESTRUTURAL CERAMICO 14 X 19 X 19 CM, 6,0 MPA (NBR 15270) UN 1,4400 0,93 1,3392 I367 AREIA GROSSA M3 0,6183 66,67 41,2221
TOTAL MATERIAIS 21,3210 I4720 PEDRISCO M3 0,2630 89,4 23,5122
SERVIÇOS TOTAL MATERIAIS 207,1866
C87286 ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA TRAÇO 1:1:6 M3 0,0127 345,0000 4,3815
TOTAL SERVIÇOS 4,3815 Total Simples 225,8778
Encargos
Total Simples 44,3937 BDI 0,00%
Encargos TOTAL GERAL 225,88
BDI 0,00%
TOTAL GERAL 44,39
403
C97096 - CONCRETAGEM DE RADIER, PISO OU LAJE SOBRE SOLO, FCK 30 MPA, PARA ESPESSURA DE 20 CM -
LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. C94990 - EXECUÇÃO DE PASSEIO (CALÇADA) OU PISO DE CONCRETO COM CONCRETO MOLDADO IN LOCO
Unid: M3 Unid: M3
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,4110 14,88 6,1157 I88316 SERVENTE H 4,2390 14,88 63,0763
I88309 PEDREIRO H 0,4110 20,88 8,5817 I88309 PEDREIRO H 1,9830 20,88 41,4050
TOTAL MAO DE OBRA 14,6974 TOTAL MAO DE OBRA 104,4813
SERVIÇO MATERIAIS
CONCRETO USINADO BOMBEAVEL, CLASSE DE RESISTENCIA
C30, COM BRITA 0 E 1, SLUMP = 100 +/- 20 MM, INCLUI SERVICO DE
I1525 BOMBEAMENTO (NBR 8953) M3 1,0600 306,99 325,4094 I4460 SARRAFO DE MADEIRA NAO APARELHADA *2,5 X 10 CM, MACARANDUBA, ANGELIM M 2,5000 9,52 23,8000
TOTAL SERVIÇO 325,4094 I94964 M3
CONCRETO FCK = 20MPA, TRAÇO 1:2,7:3 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) PREPARO MECÂNICO COM1,213 278,48
BETONEIRA 400 L. 337,7962
MATERIAIS TOTAL MATERIAIS 232,7626
I90586 VIBRADOR DE IMERSÃO, DIÂMETRO DE PONTEIRA 45MM, MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO 0,053
CHP POTÊNCIA DE 2 CV - CHP
1,24DIURNO. 0,06572
CHI
I90587 VIBRADOR DE IMERSÃO, DIÂMETRO DE PONTEIRA 45MM, MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO 0,0490 0,290 0,0142 Total Simples 337,2439
Encargos
TOTAL MATERIAIS 0,0799 BDI 0,00%
TOTAL GERAL 337,24
Total Simples 340,1867
Encargos
BDI 0,00% C90674 - PERFURATRIZ COM TORRE METÁLICA PARA EXECUÇÃO DE ESTACA HÉLICE CONTÍNUA, PROFUNDIDADE MÁXIMA DE 30 M,
TOTAL GERAL 340,19 Unid: M3
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA
I88297 OPERADOR DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS H 1,0000 20,84 20,8400
TOTAL MAO DE OBRA 20,8400
MATERIAIS/EQUIPAMENTOS
I90670 PERFURATRIZ COM TORRE METÁLICA PARA EXECUÇÃO DE ESTACA HÉLICE CONTÍNUA, PR H 1,0000 103,32 103,3200
I94964 CONCRETO FCK = 20MPA, TRAÇO 1:2,7:3 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) M3 1,213 278,48 337,7962

TOTAL MATERIAIS 441,1162

Total Simples 461,9562


Encargos
BDI 0,00%
TOTAL GERAL 461,96

SUPERESTRUTURA
C89458 - ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO ESTRUTURAL 14X19X39 CM, (ESPESSURA 14 CM) C87879 - CHAPISCO APLICADO EM ALVENARIAS E ESTRUTURAS DE CONCRETO INTERNAS, COM COLHER DE PEDREIRO. ARGAMASSA
Unid: M2 Unid: M2
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,3800 14,88 5,6544 I88316 SERVENTE H 0,0070 14,88 0,1042
I88309 PEDREIRO H 0,5100 20,88 10,6488 I88309 PEDREIRO H 0,0700 20,88 1,4616
TOTAL MAO DE OBRA 16,3032 TOTAL MAO DE OBRA 1,5658
MATERIAIS MATERIAIS
I25070 BLOCO CONCRETO ESTRUTURAL 14 X 19 X 39 CM, FBK 4,5 MPA (NBR 6136) UN 9,5300 2,05 19,5365 I87313 ARGAMASSA TRAÇO 1:3 (EM VOLUME DE CIMENTO E AREIA GROSSA ÚMIDA) PARA CHAPIM3 0,0042 300,58 1,2624
I38591 BLOCO CONCRETO ESTRUTURAL 14 X 19 X 34 CM, FBK 4,5 MPA (NBR 6136) UN 0,7300 2,03 1,4819 TOTAL MATERIAIS 1,2624
I34547 TELA DE ACO SOLDADA GALVANIZADA/ZINCADA PARA ALVENARIA, FIO D = *1,20 AM1 0,3950 2,69 1,0626
I38589 MEIO BLOCO CONCRETO ESTRUTURAL 14 X 19 X 19 CM, FBK 4,5 MPA (NBR 6136) UN 1,4700 1,25 1,8375 Total Simples 2,8282
I38595 MEIA CANALETA CONCRETO ESTRUTURAL 14 X 19 X 19 CM, FBK 4,5 MPA (NBR 6136)UN 0,1200 1,24 0,1488 Encargos
I38597 CANALETA CONCRETO ESTRUTURAL 14 X 19 X 39 CM, FBK 4,5 MPA (NBR 6136) UN 2,2000 2,29 5,0380 BDI 0,00%
BAMBÚ Ø 10 mm M 0,0100 29,27 0,2927
BAMBÚ Ø 15 mm M 0,0100 29,27 0,2927
TOTAL MATERIAIS 29,6907 TOTAL GERAL 2,83
SERVIÇO
C88715 ARGAMASSA TRAÇO 1:2:9 (EM VOLUME DE CIMENTO, CAL E AREIA MÉDIA ÚMIDA) M3 0,0104 325,54
PARA EMBOÇO/MASSA 3,385616
ÚNICA/ASSENTAMENTO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO, PREPARO MECÂNICO
TOTAL SERVIÇO 3,385616

Total Simples 49,3795


Encargos
BDI 0,00%
TOTAL GERAL 49,38
404
C92482 - MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE LAJE MACIÇA COM ÁREA MÉDIA MAIOR QUE 20M² C90853 - CONCRETAGEM DE LAJES COM CONCRETO USINADO BOMBEÁVEL FCK 20 MPA - LANÇAMENTO , ADENSAMENTO E
Unid: M2 Unid: M3
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88239 AJUDANTE DE CARPINTEIRO H 0,7300 17,14 12,5122 I88316 SERVENTE DE PEDREIRO H 0,7250 14,88 10,7880
I88309 CARPINTEIRO H 3,9790 20,71 82,4051 I88309 PEDREIRO H 0,8160 20,88 17,0381
TOTAL MAO DE OBRA 94,9173 TOTAL MAO DE OBRA 27,8261
SERVIÇOS SERVIÇOS
M2
C92271 FABRICAÇÃO DE FÔRMA PARA LAJES, EM MADEIRA SERRADA, E=25 MM. AF_12/2015 1,0200 58,45 59,6190 C90586 VIBRADOR DE IMERSÃO, DIÂMETRO DE PONTEIRA 45MM, MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO PCHP 0,0670 1,24 0,0831
C92273 FABRICAÇÃO DE ESCORAS DO TIPO PONTALETE, EM MADEIRA. AF_12/2015 M2 1,3480 6,58 8,8698 C90587 CHI
VIBRADOR DE IMERSÃO, DIÂMETRO DE PONTEIRA 45MM, MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO POTÊNCIA DE0,1140 0,29
2 CV - CHI DIURNO 0,0331
TOTAL SERVIÇOS 68,4888 TOTAL SERVIÇOS 0,1162
MATERIAIS MATERIAIS
L
I2692 DESMOLDANTE PROTETOR PARA FORMAS DE MADEIRA, DE BASE OLEOSA EMULSIONADA EM L 0,017 5,21 0,0886 I39849 CONCRETO USINADO BOMBEAVEL, CLASSE DE RESISTENCIA C20, COM BRITA 0 E 1, SLUMP =L 190 +/- 20 MM,
1,11INCLUI300,16
SERVICO DE 333,1776
BOMBEAMENTO (NBR 8953)
I6193 TABUA DE MADEIRA NAO APARELHADA *2,5 X 20* CM, CEDRINHO OU EQUIVALENTE
MDA 3,112 10,83 33,7030
I40304 PREGO DE ACO POLIDO COM CABECA DUPLA 17 X 27 (2 1/2 X 11) KG 0,065 12,43 0,8080
TOTAL MATERIAIS 34,60 TOTAL MATERIAIS 333,18

Total Simples 198,0056 Total Simples 361,1199


Encargos Encargos
BDI 0,00% BDI 0,00%
TOTAL GERAL 198,01 TOTAL GERAL 361,12
C92785 - ARMAÇÃO DE LAJE DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO EM UMA EDIFICAÇÃO C92550 - FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE TESOURA INTEIRA EM MADEIRA NÃO APARELHADA, VÃO DE 8 M, PARA TELHA CERÂMICA OU
Unid: KG Unid: UN
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88239 AJUDANTE DE ARMADOR H 0,0191 15,61 0,2982 I88316 AJUDANTE DE CARPINTEIRO H 4,3230 17,14 74,0962
I88309 ARMADOR H 0,1168 20,73 2,4213 I88309 CARPINTEIRO H 18,7350 20,71 388,0019
TOTAL MAO DE OBRA 2,7195 TOTAL MAO DE OBRA 462,0981
SERVIÇOS SERVIÇOS
KG
C9801 CORTE E DOBRA DE AÇO CA-50, DIÂMETRO DE 6,3 MM, UTILIZADO EM LAJE. AF_12/2 1,0000 5,77 5,7700 C92261 INSTALAÇÃO DE TESOURA (INTEIRA OU MEIA), BIAPOIADA, EM MADEIRA NÃO APARELHADA, 1,0000
UN PARA VÃOS 435,52
MAIORES OU IGUAIS435,5200
A 8,0 M E MENORES QUE 10,0 M, INCLUSO IÇA

TOTAL SERVIÇOS 5,7700 TOTAL SERVIÇOS 435,5200


MATERIAIS MATERIAIS
I337 ARAME RECOZIDO 18 BWG, 1,25 MM (0,01 KG/M) KG 0,025 10 0,2500 I4344 PARAFUSO FRANCES METRICO ZINCADO, DIAMETRO 12 MM, COMPRIMENTO 150 MM, COM 4
UNPORCA SEXTAVADA E 12,32
ARRUELA DE PRESSAO
49,2800 MEDIA
I39017 ESPACADOR / DISTANCIADOR CIRCULAR COM ENTRADA LATERAL, EM PLASTICO, PARA
UN VERGALHAO
1,333*4,2 A 12,5* 0,1866
0,14MM, COBRIMENTO 20 MM I4400 CAIBRO DE MADEIRA NAO APARELHADA *6 X 8* CM, MACARANDUBA, ANGELIM OU EQUIVM 6 13,3 79,8000
I4415 SARRAFO DE MADEIRA NAO APARELHADA 2,5 X 5 CM, MACARANDUBA, ANGELIM OU EQUIM 4 4,59 18,3600
TOTAL MATERIAIS 0,44 I4425 VIGA DE MADEIRA NAO APARELHADA 6 X 12 CM, MACARANDUBA, ANGELIM OU EQUIVALEM 10 20,14 201,40
I4472 VIGA DE MADEIRA NAO APARELHADA *6 X 16* CM, MACARANDUBA, ANGELIM OU EQUIVAM 9 27,42 246,78
Total Simples 8,9261 I6193 TABUA DE MADEIRA NAO APARELHADA *2,5 X 20* CM, CEDRINHO OU EQUIVALENTE M 3 10,83 32,4900
Encargos I21142 ESTRIBO COM PARAFUSO EM CHAPA DE FERRO FUNDIDO DE 2" X 3/16" X 35 CM, SECA O "U", 1
UN PARA MADEIRAMENTO17,67
DE TELHADO 17,67
BDI 0,00% I39027 PREGO DE ACO POLIDO COM CABECA 19 X 36 (3 1/4 X 9) KG 2,4 10,06 24,144
TOTAL GERAL 8,93 I40623 CHAPA PARA EMENDA DE VIGA, EM ACO GROSSO, QUALIDADE ESTRUTURAL, BITOLA 3/1PAR 1 30,41 30,41
TOTAL MATERIAIS 700,33

Total Simples 1597,9521


Encargos
BDI 0,00%
TOTAL GERAL 1597,95
C94198 - TELHAMENTO COM TELHA CERÂMICA DE ENCAIXE, TIPO PORTUGUESA, COM MAIS DE 2 ÁGUAS, INCLUSO C87777 - EMBOÇO OU MASSA ÚNICA EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8, PREPARO MANUAL, APLICADA MANUALMENTE EM PANOS DE
Unid: M2 Unid: M2
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88323 TELHADISTA H 0,1530 22,75 3,4808 I88316 SERVENTE H 0,7800 14,88 11,6064
I88316 SERVENTE H 0,3250 14,88 4,8360 I88309 PEDREIRO H 0,7800 20,88 16,2864
TOTAL MAO DE OBRA 8,3168 TOTAL MAO DE OBRA 27,8928
MATERIAIS SERVIÇO
I7175 TELHA DE BARRO / CERAMICA, TIPO ROMANA, AMERICANA, PORTUGUESA, FRANCESA,
UN C 17,7490 1,01 17,9265 I87369 M3 0,0314
ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 (EM VOLUME DE CIMENTO, CAL E AREIA MÉDIA ÚMIDA) PARA EMBOÇO/MASSA 421,91 13,2480
ÚNICA/ASSENTAMENTO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO, PREPARO MANUAL.
TOTAL SERVIÇO 13,2480
TOTAL MATERIAIS 17,9265
Total Simples 41,1408
Total Simples 26,2433 Encargos
Encargos BDI 0,00%
BDI 0,00% TOTAL GERAL 41,14
TOTAL GERAL 26,24
405
REVESTIMENTOS

C87248 - REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO COM PLACAS TIPO ESMALTADA EXTRA DE DIMENSÕES 35X35 CM C98689 - SOLEIRA EM GRANITO, LARGURA 15 CM, ESPESSURA 2,0 CM.
Unid: M2 Unid: M
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88323 LADRILHISTA H 0,2400 22,84 5,4816 I88316 SERVENTE H 0,2730 14,88 4,0622
I88316 SERVENTE H 0,1500 14,88 2,2320 I88274 MARMORISTA/GRANITEIRO H 0,5470 21,15 11,5691
TOTAL MAO DE OBRA 7,7136 TOTAL MAO DE OBRA 15,6313
MATERIAIS MATERIAIS
I1381 ARGAMASSA COLANTE AC I PARA CERAMICAS KG 4,8600 0,40 1,9440 I87369 SOLEIRA EM GRANITO, POLIDO, TIPO ANDORINHA/ QUARTZ/ CASTELO/ CORUMBA OU OUM3 0,0314 421,91 13,2480
I1287 PISO EM CERAMICA ESMALTADA EXTRA, PEI MAIOR OU IGUAL A 4, FORMATO MENOR 1,0600
M2 OU IGUAL A 2025 CM226,70 28,3020 I37595 ARGAMASSA COLANTE TIPO ACIII KG 1,29 1,22 1,5738
I34357 REJUNTE COLORIDO, CIMENTICIO KG 0,24 2,54 0,6096 TOTAL MATERIAIS 14,8218

TOTAL MATERIAIS 30,8556 Total Simples 30,4531


Encargos

Total Simples 38,5692 BDI 0,00%


Encargos TOTAL GERAL 30,45
BDI 0,00%

TOTAL GERAL 38,57


C88648 - RODAPÉ CERÂMICO DE 7CM DE ALTURA COM PLACAS TIPO ESMALTADA EXTRA DE DIMENSÕES 35X35CM. C88486 - APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA LÁTEX PVA EM TETO, DUAS DEMÃOS.
Unid: M Unid: M2
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88323 LADRILHISTA H 0,0700 22,84 1,5988 I88316 SERVENTE H 0,0620 14,88 0,9226
I88316 SERVENTE H 0,0310 14,88 0,4613 I88310 PINTOR H 0,1700 21,98 3,7366
TOTAL MAO DE OBRA 2,0601 TOTAL MAO DE OBRA 4,6592
MATERIAIS MATERIAIS
I1381 ARGAMASSA COLANTE AC I PARA CERAMICAS KG 0,6030 0,40 0,2412 I7345 TINTA LATEX PVA PREMIUM, COR BRANCA L 0,3300 14,19 4,6827
I1287 PISO EM CERAMICA ESMALTADA EXTRA, PEI MAIOR OU IGUAL A 4, FORMATO MENOR 0,1230
M2 OU IGUAL A 2025 CM226,70 3,2841
I34357 REJUNTE COLORIDO, CIMENTICIO KG 0,085 2,54 0,2159 TOTAL MATERIAIS 4,6827

TOTAL MATERIAIS 3,7412 Total Simples 9,3419


Encargos
Total Simples 5,8013 BDI 0,00%
Encargos TOTAL GERAL 9,34
BDI 0,00%
TOTAL GERAL 5,80
406
C88489 - APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA LÁTEX ACRÍLICA EM PAREDES, DUAS DEMÃOS C95626 - APLICAÇÃO MANUAL DE TINTA LÁTEX ACRÍLICA EM PAREDE EXTERNAS DE CASAS, DUAS DEMÃOS
Unid: M2 Unid: M2
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,0690 14,88 1,0267 I88316 SERVENTE H 0,0860 14,88 1,2797
I88310 PINTOR H 0,1870 21,98 4,1103 I88310 PINTOR H 0,3440 21,98 7,5611
TOTAL MAO DE OBRA 5,1370 TOTAL MAO DE OBRA 8,8408
MATERIAIS MATERIAIS
I7356 TINTA ACRILICA PREMIUM, COR BRANCO FOSCO L 0,3300 16,42 5,4186 I7356 TINTA ACRILICA PREMIUM, COR BRANCO FOSCO L 0,2000 16,42 3,2840

TOTAL MATERIAIS 5,4186 TOTAL MATERIAIS 3,2840

Total Simples 10,5556 Total Simples 12,1248


Encargos Encargos
BDI 0,00% BDI 0,00%
TOTAL GERAL 10,56 TOTAL GERAL 12,12

C87620 - CONTRAPISO EM ARGAMASSA TRAÇO 1:4 (CIMENTO E AREIA), PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L,
Unid: M2
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,1450 14,88 2,1576
I88310 PEDREIRO H 0,2900 21,98 6,3742
TOTAL MAO DE OBRA 8,5318
MATERIAIS
I1379 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 KG 0,5000 0,37 0,1850
I7334 ADITIVO ADESIVO LIQUIDO PARA ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS CIMENTICIOS L 0,435 10,99 4,7807
M3 0,031
I87301 ARGAMASSA TRAÇO 1:4 (EM VOLUME DE CIMENTO E AREIA MÉDIA ÚMIDA) PARA CONTRAPISO, PREPARO 350,01
MECÂNICO COM BETONEIRA
10,8503 400 L.
TOTAL MATERIAIS 15,8160

Total Simples 24,3478


Encargos
BDI 0,00%
TOTAL GERAL 24,35

ESQUADRIAS

C79466 - PINTURA COM VERNIZ POLIURETANO, 2 DEMAOS C90821 - PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), 80X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, INCLUSO DOBRADIÇAS -
Unid: M2 Unid: UN
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,2500 14,88 3,7200 I88316 SERVENTE H 0,7730 14,88 11,5022
I88310 PINTOR H 0,3500 21,98 7,6930 I88261 CARPINTEIRO DE ESQUADRIA H 1,5400 18,68 28,7672
TOTAL MAO DE OBRA 11,4130 TOTAL MAO DE OBRA 40,2694
MATERIAIS MATERIAIS
I3767 LIXA EM FOLHA PARA PAREDE OU MADEIRA, NUMERO 120 (COR VERMELHA) UN 0,4000 0,65 0,2600 I11055 PARAFUSO ROSCA SOBERBA ZINCADO CABECA CHATA FENDA SIMPLES 3,5 X 25 MM (1 ") UN 0,4000 0,65 0,2600
I5318 SOLVENTE DILUENTE A BASE DE AGUARRAS L 0,033 14,17 0,4676 I10555 UN
PORTA DE MADEIRA, FOLHA MEDIA (NBR 15930) DE 80 X 210 CM, E = 35 MM, NUCLEO SARRAFEADO, CAPA LISA
1 EM 176,07 176,0700
HDF, ACABAMENTO EM PRIMER PARA PINTURA
I10468 VERNIZ POLIURETANO BRILHANTE PARA MADEIRA, COM FILTRO SOLAR, USO INTERNO
L E 0,22 29,62 6,5164 I2432 DOBRADICA EM ACO/FERRO, 3 1/2" X 3", E= 1,9 A 2 MM, COM ANEL, CROMADO O UN 3 26,43 79,2900
TOTAL MATERIAIS 7,2440 TOTAL MATERIAIS 255,6200

Total Simples 18,6570 Total Simples 295,8894


Encargos Encargos
BDI 0,00% BDI 0,00%
TOTAL GERAL 18,66 TOTAL GERAL 295,89
407
C90802 - BATENTE PARA PORTA DE 80X210CM, PADRÃO MÉDIO - FORNECIMENTO E MONTAGEM. C72118 - VIDRO TEMPERADO INCOLOR, ESPESSURA 6MM, FORNECIMENTO E INSTALACAO, INCLUSIVE MASSA PARA VEDACAO
Unid: UN Unid: M2
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,2500 14,88 3,7200 I88316 SERVENTE H 0,5000 14,88 7,4400
I88310 CARPINTEIRO DE ESQUADRIA H 0,3500 18,68 6,5380 I88310 VIDRACEIRO H 0,5000 17,58 8,7900
TOTAL MAO DE OBRA 10,2580 TOTAL MAO DE OBRA 16,2300
MATERIAIS MATERIAIS
I183 BATENTE/ PORTAL/ ADUELA/ MARCO MACICO, E= *3 CM, L= *13 CM, *60 CM A 120*UN
CM X *2101,0000
CM, EM CEDRINHO 107,0000
107,00 OU EQUIVALENTE I10498 MASSA PARA VIDRO KG 1,5000 5,42 8,1300
I5075 PREGO DE ACO POLIDO COM CABECA 18 X 30 (2 3/4 X 10) KG 0,0235 10,07 0,2366 I10505 VIDRO TEMPERADO INCOLOR E = 6 MM, SEM COLOCACAO M2 1 112,65 112,6500
I5066 PREGO DE ACO POLIDO COM CABECA 12 X 12 KG 0,0108 13,27 0,1433 I5066 PREGO DE ACO POLIDO COM CABECA 12 X 12 L 0,0108 13,27 0,1433
TOTAL MATERIAIS 107,3800 TOTAL MATERIAIS 120,9233

Total Simples 117,6380 Total Simples 137,1533


Encargos Encargos
BDI 0,00% BDI 0,00%
TOTAL GERAL 117,64 TOTAL GERAL 137,15
NÃO CADASTRADO - PORTA PIVOTANTE DE ACM BRANCO 120 X 210 COM ASSENTAMENTO C94576 - JANELA DE ALUMÍNIO DE CORRER, 2 FOLHAS, FIXAÇÃO COM PARAFUSO, VEDAÇÃO COM ESPUMA EXPANSIVA PU, COM
Unid: UN Unid: UN
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,2500 14,88 3,7200 I88316 SERVENTE H 0,4120 14,88 6,1306
I88310 CARPINTEIRO DE ESQUADRIA H 0,3500 18,68 6,5380 I88309 PEDREIRO H 0,8230 20,88 17,1842
TOTAL MAO DE OBRA 10,2580 TOTAL MAO DE OBRA 23,3148
MATERIAIS MATERIAIS
PORTA PIVOTANTE DE ACM BRANCO 120 X 210 CM UN 1,0000 1619,00 1619,0000 I142 SELANTE ELASTICO MONOCOMPONENTE A BASE DE POLIURETANO PARA JUNTAS DIVERSASML310ML 0,2967 26,47 7,8536
I11950 BUCHA DE NYLON SEM ABA S6, COM PARAFUSO DE 4,20 X 40 MM EM ACO ZINCADO COMUN
ROSCA SOBERBA,
9,2CABECA0,12 1,1040
CHATA E FENDA PHILLIPS
NÃO CADASTRADO JANELA DE CORRER EM ALUMINIO, 150 X 110 CM (A X L), 2 FLS UN 1 546,9 546,9000
TOTAL MATERIAIS 1619,0000 TOTAL MATERIAIS 555,8576

Total Simples 1629,2580 Total Simples 579,1724


Encargos Encargos
BDI 0,00% BDI 0,00%
TOTAL GERAL 1629,26 TOTAL GERAL 579,17
C94559 - JANELA DE AÇO BASCULANTE, FIXAÇÃO COM ARGAMASSA, 60X60 PARA BANHEIRO. C86893 - BANCADA DE MÁRMORE BRANCO POLIDO PARA PIA DE COZINHA 1,50 X 0,60 M - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
Unid: M2 Unid: UN
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 2,2910 14,88 34,0901 I88316 SERVENTE H 0,9800 14,88 14,5824
I88309 PEDREIRO H 4,5810 20,88 95,6513 I88309 MARMORISTA/GRANITEIRO H 1,4900 21,15 31,5135
TOTAL MAO DE OBRA 129,7414 TOTAL MAO DE OBRA 46,0959
MATERIAIS MATERIAIS
I11190 JANELA BASCULANTE, ACO, COM BATENTE/REQUADRO, 60 X 60 CM (SEM VIDROS)UN 2,7780 176,25 489,6225 I4823 MASSA PLASTICA PARA MARMORE/GRANITO KG 0,5228 28,46 14,8789
I88629 ARGAMASSA TRAÇO 1:3 (EM VOLUME DE CIMENTO E AREIA MÉDIA ÚMIDA), PREPARO
M3 MANUAL0,021 377,54 7,9283 I7568 UN
BUCHA DE NYLON SEM ABA S10, COM PARAFUSO DE 6,10 X 65 MM EM ACO ZINCADO COM ROSCA SOBERBA, 0,36
6 CABECA 2,1600
CHATA E FENDA PHILLIPS
I11692 BANCADA/ BANCA EM MARMORE, POLIDO, BRANCO COMUM, E= *3* CM M2 1,005 318,75 320,3438
TOTAL MATERIAIS 497,5508 I37329 REJUNTE EPOXI BRANCO KG 0,0315 35,44 1,1164
I37591 UN
SUPORTE MAO-FRANCESA EM ACO, ABAS IGUAIS 40 CM, CAPACIDADE MINIMA 70 KG BRANCO 2 28,32 56,64
Total Simples 627,2922 TOTAL MATERIAIS 378,1001
Encargos
BDI 0,00% Total Simples 392,9790
TOTAL GERAL 627,29 Encargos
BDI 0,00%
TOTAL GERAL 392,98
408
C95469 - VASO SANITARIO SIFONADO CONVENCIONAL COM LOUÇA BRANCA, INCLUSO CONJUNTO DE LIGAÇÃO PARA C95471 VASO SANITARIO SIFONADO CONVENCIONAL PARA PCD SEM FURO FRONTAL COM LOUÇA BRANCA SEM ASSENTO -
Unid: UN Unid: UN
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,4400 14,88 6,5472 I88316 SERVENTE H 0,4400 14,88 6,5472
I88267 ENCANADOR OU BOMBEIRO HIDRÁULICO H 0,7800 20,47 15,9666 I88267 ENCANADOR OU BOMBEIRO HIDRÁULICO H 0,7800 20,47 15,9666
TOTAL MAO DE OBRA 22,5138 TOTAL MAO DE OBRA 22,5138
MATERIAIS MATERIAIS
I4384 PARAFUSO NIQUELADO COM ACABAMENTO CROMADO PARA FIXAR PECA SANITARIA,
UN INCLUI2,0000
PORCA CEGA,13,50
ARRUELA E BUCHA27,0000
DE NYLON TAMANHO S-10 I4384 PARAFUSO NIQUELADO COM ACABAMENTO CROMADO PARA FIXAR PECA SANITARIA, INCLUI
UN PORCA2,0000 13,50
CEGA, ARRUELA 27,0000
E BUCHA DE NYLON TAMANHO S-10
I6138 VEDACAO PVC, 100 MM, PARA SAIDA VASO SANITARIO UN 1 1,56 1,5600 I6138 VEDACAO PVC, 100 MM, PARA SAIDA VASO SANITARIO UN 1 1,56 1,5600
I10420 BACIA SANITARIA (VASO) CONVENCIONAL DE LOUCA BRANCA UN 1 116,33 116,3300 I36520 UN
BACIA SANITARIA (VASO) CONVENCIONAL PARA PCD SEM FURO FRONTAL, DE LOUCA BRANCA, 1
SEM ASSENTO 579,57 579,5700
I37329 REJUNTE EPOXI BRANCO KG 0,1469 35,44 5,2061 I37329 REJUNTE EPOXI BRANCO KG 0,1469 35,44 5,2061

TOTAL MATERIAIS 121,5361 TOTAL MATERIAIS 584,7761

Total Simples 148,5361 Total Simples 611,7761


Encargos Encargos
BDI 0,00% BDI 0,00%
TOTAL GERAL 148,54 TOTAL GERAL 611,78

NÃO CADASTRADO - BARRAS DE APOIO PARA SANITÁRIO ACESSÍVEL NÃO CADASTRADO - PIA DE AÇO INOXIDAVEL PARA COZINHA
Unid: UN Unid: UN
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,4400 14,88 6,5472 I88316 SERVENTE H 0,4400 14,88 6,5472

TOTAL MAO DE OBRA 6,5472 TOTAL MAO DE OBRA 6,5472


MATERIAIS MATERIAIS
I36081 BARRA DE APOIO RETA, EM ACO INOX POLIDO, COMPRIMENTO 80CM, DIAMETRO UN
MINIMO 3 1,0000 169,86 169,8600 I1748 BANCADA/BANCA/PIA DE ACO INOXIDAVEL (AISI 430) COM 1 CUBA CENTRAL, COM VALVULA
UN ESCORREDOR 212,63
1,0000DUPLO, DE *0,55 X 212,6300
1,40* M
TOTAL MATERIAIS 176,4072 TOTAL MATERIAIS 219,1772

Total Simples 182,9544 Total Simples 225,7244


Encargos Encargos
BDI 0,00% BDI 0,00%
TOTAL GERAL 182,95 TOTAL GERAL 225,72

NÃO CADASTRADO - LAVATÓRIO SUSPENSO PARA WC ACESSÍVEL NÃO CADASTRADO - LAVATÓRIO COM COLUNA PARA WC COMUM
Unid: UN Unid: UN
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,4400 14,88 6,5472 I88316 SERVENTE H 0,4400 14,88 6,5472

TOTAL MAO DE OBRA 6,5472 TOTAL MAO DE OBRA 6,5472


MATERIAIS MATERIAIS
I10425 LAVATORIO LOUCA BRANCA SUSPENSO *40 X 30* CM UN 1,0000 75,91 75,9100 I36794 LAVATORIO LOUCA BRANCA COM COLUNA *44 X 35,5* CM UN 1,0000 119,52 119,5200
TOTAL MATERIAIS 82,4572 TOTAL MATERIAIS 126,0672

Total Simples 89,0044 Total Simples 132,6144


Encargos Encargos
BDI 0,00% BDI 0,00%
TOTAL GERAL 89,00 TOTAL GERAL 132,61
409
PAISAGISMO E LIMPEZA FINAL

C92391 - EXECUÇÃO DE PAVIMENTO EM PISO INTERTRAVADO/PISOGRAMA C99814 - LIMPEZA DE SUPERFÍCIE COM JATO DE ALTA PRESSÃO.
Unid: M2 Unid: M2
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,0970 14,88 1,4434 I88316 SERVENTE H 0,0890 14,88 1,3243

TOTAL MAO DE OBRA 1,4434 TOTAL MAO DE OBRA 1,3243


MATERIAIS SERVIÇO
M3
I370 AREIA MEDIA - POSTO JAZIDA/FORNECEDOR (RETIRADO NA JAZIDA, SEM TRANSPORTE) 0,0568 66,67 3,7869 C99833 LAVADORA DE ALTA PRESSAO (LAVA-JATO) PARA AGUA FRIA M3 0,0150 1,01 0,0152
I4741 PO DE PEDRA (POSTO PEDREIRA/FORNECEDOR, SEM FRETE) M3 0,0036 66,84 0,2406
M2
I40517 BLOQUETE/PISO DE CONCRETO - MODELO BLOCO PISOGRAMA/CONCREGRAMA 2 FUROS 5 CM X1,004
15* CM, E =44,27 44,44708
*6* CM, COR NATURAL
TOTAL MAO DE MATERIAIS 48,4746 TOTAL MAO DE SERVIÇO 0,0152

Total Simples 49,9180 Total Simples 1,3395


Encargos Encargos
BDI 0,00% BDI 0,00%
TOTAL GERAL 49,92 TOTAL GERAL 1,34
C98510 - PLANTIO DE ÁRVORE ORNAMENTAL COM ALTURA DE MUDA MENOR OU IGUAL A 2,00 M. C98511 - PLANTIO DE ÁRVORE ORNAMENTAL COM ALTURA DE MUDA MAIOR QUE 2,00 M E MENOR OU IGUAL A 4,00 M.
Unid: UN Unid: UN
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,7272 14,88 10,8207 I88316 SERVENTE H 1,0401 14,88 15,4767

TOTAL MAO DE OBRA 10,8207 TOTAL MAO DE OBRA 15,4767


MATERIAIS MATERIAIS
I358 MUDA DE ARVORE ORNAMENTAL, OITI/AROEIRA SALSA/ANGICO/IPE/JACARANDAUN
OU EQUI 1,0000 40,40 40,4000 I359 UN
MUDA DE ARVORE ORNAMENTAL, OITI/AROEIRA SALSA/ANGICO/IPE/JACARANDA OU EQUI 1,0000 82,98 82,9800

TOTAL MAO DE MATERIAIS 40,4000 TOTAL MAO DE MATERIAIS 82,9800

Total Simples 51,2207 Total Simples 98,4567


Encargos Encargos
BDI 0,00% BDI 0,00%
TOTAL GERAL 51,22 TOTAL GERAL 98,46

C98503 - PLANTIO DE GRAMA EM PAVIMENTO CONCREGRAMA. C94990 - EXECUÇÃO DE PASSEIO (INTERNO) OU PISO DE CONCRETO COM CONCRETO MOLDADO IN LOCO
Unid: M2 Unid: M3
Código Descrição Unidade Coef. Preço Total Código Descrição Unidade Coef. Preço Total
MAO DE OBRA MAO DE OBRA
I88316 SERVENTE H 0,1923 14,88 2,8614 I88316 SERVENTE H 4,2390 14,88 63,0763
I88441 JARDINEIRO H 0,0481 20,11 0,9673 I88309 PEDREIRO H 1,9830 20,88 41,4050
TOTAL MAO DE OBRA 3,8287 TOTAL MAO DE OBRA 104,4813
MATERIAIS MATERIAIS
I3322 GRAMA ESMERALDA OU SAO CARLOS OU CURITIBANA, EM PLACAS, SEM PLANTIO M2 0,6372 6,95 4,4285 I4460 SARRAFO DE MADEIRA NAO APARELHADA *2,5 X 10 CM, MACARANDUBA, ANGELIM M 2,5000 9,52 23,8000
7253 TERRA VEGETAL (GRANEL) M3 0,044 85,71 3,7712 I94964 M3
CONCRETO FCK = 20MPA, TRAÇO 1:2,7:3 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) PREPARO MECÂNICO COM1,213 278,48
BETONEIRA 400 L. 337,7962
TOTAL MATERIAIS 232,7626
TOTAL MAO DE MATERIAIS 8,1997
Total Simples 337,2439
Total Simples 12,0284 Encargos
Encargos BDI 0,00%
BDI 0,00% TOTAL GERAL 337,24
TOTAL GERAL 12,03
410
411

ORÇAMENTO DA OBRA ESCRITÓRIO AVANZARE


UN R$ UNITÁRIO QUANT. R$ TOTAL
SERVIÇOS PRELIMINARES TOTAL DA COMP 5.065,54
C73859/2 -CAPINA E LIMPEZA MANUAL DE TERRENO M2 1,19 252,00 299,88
C99059 - LOCAÇÃO DA OBRA - EXECUÇÃO DE GABARITO M 33,36 60,32 2.012,28
C41598 - ENTRADA PROVISORIA DE ENERGIA ELETRICA UN 1.510,76 1,00 1.510,76
C41598 - ENTRADA PROVISORIA DE ÁGUA UN 1.242,62 1,00 1.242,62
INFRAESTRUTURA TOTAL DA COMP R$ 18.564,74
C93358 - ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALA COM PROFUNDIDADE MENOR OU IGUAL A 1,30 M 016 M3 58,87 5,79 341,04
C73817 -ALVENARIA DE EMBASAMENTO DE MATERIAL GRANULAR - RACHAO M3 87,90 5,79 509,21
C89282 - ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS CERÂMICOS 14X19X39, (ESPESSURA DE 14 CM) M2 44,39 150,192 6.667,02
C0089 - ANEL DE IMPERMEABILIZAÇÃO C/ARMAÇÃO EM FERRO M3 225,88 0,9655 218,09
C97096 - CONCRETAGEM DE RADIER, PISO OU LAJE SOBRE SOLO, FCK 30 MPA, PARA ESPESSURA DE 20 CM - LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. M3 340,19 20,922 7.117,46
C94990 - EXECUÇÃO DE PASSEIO (CALÇADA) OU PISO DE CONCRETO COM CONCRETO MOLDADO IN LOCO M3 337,24 2,4 809,38
C90674 - PERFURATRIZ COM TORRE METÁLICA PARA EXECUÇÃO DE ESTACA HÉLICE CONTÍNUA, PROFUNDIDADE MÁXIMA DE 30 M, DIÂMETRO MÁXIMO DE 800 MM, POTÊNCIA
M3 INSTALADA
461,96 6,2831 COM 2.902,54
DE 268 HP, MESA ROTATIVA TORQUE MÁXIMO DE 170 KNM - CHP DIURNO.
SUPERESTRUTURA TOTAL DA COMP R$ 70.441,10
C89458 - ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO ESTRUTURAL 14X19X39 CM, (ESPESSURA 14 CM) M2 49,38 180,95 8935,311
C87879 - CHAPISCO APLICADO EM ALVENARIAS E ESTRUTURAS DE CONCRETO INTERNAS, COM COLHER DE PEDREIRO. ARGAMASSA TRAÇO 1:3 COM PREPARO EM BETONEIRA
M2 400L 2,83 665,298 1882,79334
C92482 - MONTAGEM E DESMONTAGEM DE FÔRMA DE LAJE MACIÇA COM ÁREA MÉDIA MAIOR QUE 20M² M2 198,01 97,59 19323,7959
C90853 - CONCRETAGEM DE LAJES COM CONCRETO USINADO BOMBEÁVEL FCK 20 MPA - LANÇAMENTO , ADENSAMENTO E ACABAMENTO. M3 361,12 9,759 3524,17008
C92785 - ARMAÇÃO DE LAJE DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO EM UMA EDIFICAÇÃO TÉRREA OU SOBRADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 6,3 KGMM 8,93 30 267,9
C92550 - FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE TESOURA INTEIRA EM MADEIRA NÃO APARELHADA, VÃO DE 8 M, PARA TELHA CERÂMICA OU DE CONCRETO, INCLUSO IÇAMENTO.
UN DE 8 M, PARA
1597,95
TELHA CERÂMICA OU DE CONCRETO,
4 INCLUSO
6391,8
IÇAMENTO
C94198 - TELHAMENTO COM TELHA CERÂMICA DE ENCAIXE, TIPO PORTUGUESA, COM MAIS DE 2 ÁGUAS, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL. M2 26,24 104,61 2744,9664
C87777 - EMBOÇO OU MASSA ÚNICA EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8, PREPARO MANUAL, APLICADA MANUALMENTE EM PANOS DE FACHADA COM PRESENÇA DE VÃOS,
M2ESPESSURA DE 2541,14
MM. 665,298 27370,35972
REVESTIMENTOS TOTAL DA COMP R$ 14.484,32
C87248 - REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO COM PLACAS TIPO ESMALTADA EXTRA DE DIMENSÕES 35X35 CM APLICADA EM AMBIENTES DE ÁREA MAIOR QUE 10 M2
M2 38,57 145,950 5629,292
C98689 - SOLEIRA EM GRANITO, LARGURA 15 CM, ESPESSURA 2,0 CM. M 30,45 6,550 199,448
C88648 - RODAPÉ CERÂMICO DE 7CM DE ALTURA COM PLACAS TIPO ESMALTADA EXTRA DE DIMENSÕES 35X35CM. M 5,80 66,640 386,512
C88486 - APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA LÁTEX PVA EM TETO, DUAS DEMÃOS. M2 9,34 84,030 784,840
C88489 - APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA LÁTEX ACRÍLICA EM PAREDES, DUAS DEMÃOS M2 10,56 206,895 2184,811
C95626 - APLICAÇÃO MANUAL DE TINTA LÁTEX ACRÍLICA EM PAREDE EXTERNAS DE CASAS, DUAS DEMÃOS M2 12,12 254,319 3082,346
C87620 - CONTRAPISO EM ARGAMASSA TRAÇO 1:4 (CIMENTO E AREIA), PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L, APLICADO EM ÁREAS SECAS SOBRE LAJE, ADERIDO,
M2 ESPESSURA 2C24,35 91,050 2217,068
ESQUADRIAS TOTAL DA COMP R$ 10.916,98
C79466 - PINTURA COM VERNIZ POLIURETANO, 2 DEMAOS M2 18,66 6,000 111,96
C90821 - PORTA DE MADEIRA PARA PINTURA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), 80X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, INCLUSO DOBRADIÇAS - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃOUN 295,89 6,000 1775,34
C90802 - BATENTE PARA PORTA DE 80X210CM, PADRÃO MÉDIO - FORNECIMENTO E MONTAGEM. UN 117,64 6,000 705,84
C72118 - VIDRO TEMPERADO INCOLOR, ESPESSURA 6MM, FORNECIMENTO E INSTALACAO, INCLUSIVE MASSA PARA VEDACAO M2 137,15 15,195 2083,99425
NÃO CADASTRADO - PORTA PIVOTANTE DE ACM BRANCO 120 X 210 COM ASSENTAMENTO UN 1629,26 1,000 1629,26
C94576 - JANELA DE ALUMÍNIO DE CORRER, 2 FOLHAS, FIXAÇÃO COM PARAFUSO, VEDAÇÃO COM ESPUMA EXPANSIVA PU, COM VIDROS, PADRONIZADA. M2 579,17 3,300 1911,261
C94559 - JANELA DE AÇO BASCULANTE, FIXAÇÃO COM ARGAMASSA, 60X60 PARA BANHEIRO. M2 627,29 0,720 451,6488
C86893 - BANCADA DE MÁRMORE BRANCO POLIDO PARA PIA DE COZINHA 1,50 X 0,60 M - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. UN 392,98 1,000 392,98
C95469 - VASO SANITARIO SIFONADO CONVENCIONAL COM LOUÇA BRANCA, INCLUSO CONJUNTO DE LIGAÇÃO PARA BACIA SANITÁRIA AJUSTÁVEL - FORNECIMENTO
UNE INSTALAÇÃO.148,54 2,000 297,08
C95471 VASO SANITARIO SIFONADO CONVENCIONAL PARA PCD SEM FURO FRONTAL COM LOUÇA BRANCA SEM ASSENTO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. UN 611,78 1,000 611,78
NÃO CADASTRADO - BARRAS DE APOIO PARA SANITÁRIO ACESSÍVEL UN 182,95 2,000 365,9
NÃO CADASTRADO - PIA DE AÇO INOXIDAVEL PARA COZINHA UN 225,72 1,000 225,72
NÃO CADASTRADO - LAVATÓRIO SUSPENSO PARA WC ACESSÍVEL UN 89,00 1,000 89
NÃO CADASTRADO - LAVATÓRIO COM COLUNA PARA WC COMUM UN 132,61 2,000 265,22
PAISAGISMO E LIMPEZA FINAL TOTAL DA COMP R$ 6.236,88
C92391 - EXECUÇÃO DE PAVIMENTO EM PISO INTERTRAVADO/PISOGRAMA M2 49,92 23,9700 1.196,5824
C99814 - LIMPEZA DE SUPERFÍCIE COM JATO DE ALTA PRESSÃO. M2 1,34 252,0000 337,6800
C98510 - PLANTIO DE ÁRVORE ORNAMENTAL COM ALTURA DE MUDA MENOR OU IGUAL A 2,00 M. UN 51,22 25,0000 1.280,5000
C98511 - PLANTIO DE ÁRVORE ORNAMENTAL COM ALTURA DE MUDA MAIOR QUE 2,00 M E MENOR OU IGUAL A 4,00 M. UN 98,46 3,0000 295,3800
C98503 - PLANTIO DE GRAMA EM PAVIMENTO CONCREGRAMA. M2 12,03 32,7300 393,7419
C94990 - EXECUÇÃO DE PASSEIO (INTERNO) OU PISO DE CONCRETO COM CONCRETO MOLDADO IN LOCO M3 337,24 8,10 2.732,9930
CUSTO TOTAL COMPOSIÇÃO 125.709,54
PORCENTAGEM ADICIONAL DE CUSTO DIRETO COM PROJETO E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E TELEFONICAS PADRÃO CAIXA ECONOMICA 4,85% CUSTO COM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 6.096,91
PORCENTAGEM ADICIONAL DE CUSTO DIRETO COM PROJETO E INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PADRÃO CAIXA ECONOMICA 4,27% CUSTO COM INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 5.367,80
CUSTO DIRETO DA OBRA 137.174,25
CUSTO FINAL DA OBRA COM BDI 155.762,95
412

BDI SEM LUCRO


PLANILHA DE CÁLCULO DOS BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS
Custo Direto
Total 137.174,25
Custos Indiretos
Administração do Escritório Central R$ 3.429,36 2,5%
Administração do Canteiro R$ 1.371,74 1,0%
Despesa Financeira R$ 2.057,61 1,5%
Imprevistos e Contingências R$ 1.371,74 1,0%
Custo Subtotal (Direto + Indireto)
Total R$ 145.404,71
impostos e Lucros
Lucro Operacional Previsto (LO) R$0,00 0,00%
COFINS R$4.362,14 3,00%
PIS R$945,13 0,65%
ISSQN R$4.362,14 3,00%

Preço Final
Total R$155.762,95
BDI 13,6%

BDI COM LUCRO


PLANILHA DE CÁLCULO DOS BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS
Custo Direto
Total 137.174,25
Custos Indiretos
Administração do Escritório Central R$ 3.429,36 2,5%
Administração do Canteiro R$ 1.371,74 1,0%
Despesa Financeira R$ 2.057,61 1,5%
Imprevistos e Contingências R$ 1.371,74 1,0%
Custo Subtotal (Direto + Indireto)
Total R$ 145.404,71
impostos e Lucros
Lucro Operacional Previsto (LO) R$14.540,47 10,00%
COFINS R$4.362,14 3,00%
PIS R$945,13 0,65%
ISSQN R$4.362,14 3,00%

Preço Final
Total R$174.450,76
BDI 27,2%
413

ANEXO B

MEMORIAL DE CÁLCULO

Dados da edificação

• Tipo de ocupação:

- Edificação comercial de um pavimento mais caixa d’ água com laje

• Laje:

- Tipo maciça com espessura de 10 cm.

• Pé-direito:

- Pavimento térreo: 3,00 m (15 fiadas)

- Caixa d’água: 3,00 m (15 fiadas)

• Família de blocos:

• - 15x30.

• Tipo de bloco:

- Bloco vazado de concreto;

• Peso específico do concreto:

𝛾𝛾𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 = 25 𝐾𝐾𝐾𝐾ൗ
𝑚𝑚
𝑚𝑚³

• Peso próprio da parede de revestida:

𝛾𝛾𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 = 15 𝐾𝐾𝐾𝐾ൗ
𝑚𝑚
𝑚𝑚³

• Relação entre prisma e bloco de concreto:

𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝
= 0,70
,70
𝑓𝑓𝑏𝑏𝑏𝑏
414

1.1 LAJE – ESQUEMA ESTÁTICO

Além de transmitir os carregamentos verticais, as lajes também atuam como


um diafragma-rígido, enrijecendo a estrutura da edificação e contribuindo na sua
estabilidade global.

Carga das lajes:


lajes

As principais cargas que atuam nas lajes das edificações utilizada no projeto
são divididas em dois grupos: permanentes e acidentais.

No grupo das cargas permanentes estão presentes o peso próprio e os


revestimentos da laje, pesos de paredes sobre a lajes e elementos fixos ou
permanentes.

As acidentais por sua vez, são aquelas que atuam sobre a estrutura da
edificação em função do seu uso, de acordo com a norma NBR6120.

Peso próprio:

𝑝𝑝𝑝𝑝𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿 = 𝛾𝛾𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 ∗ 10
10𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐 = 2,5
,5 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝑚𝑚²

Revestimento:

𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑒𝑒𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑒𝑒
𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓 𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 = 0,25
,25 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚²(
𝑚𝑚
𝑚𝑚²²((NBR6120
NBR6120)

Telhado:
415

𝑃𝑃𝑃𝑃𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡ℎ𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 = 0,85
,85 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑚𝑚²(
𝑚𝑚
𝑚𝑚²²((NBR6120
NBR6120)

Tabela 1: Cargas Telhados

Fonte: (NBR 6120)

Carga permanente:

𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 = 3,6
,6 𝐾𝐾𝐾𝐾 𝑚𝑚2 (𝑝𝑝𝑝𝑝 + 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓 𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 + 𝑃𝑃𝑃𝑃𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡ℎ𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 )

Carga acidental:

𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 = 1 (𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓 𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁 6120
6120)
𝑚𝑚2

Carga total:

𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 = 4,6


,6 𝐾𝐾𝐾𝐾 𝑚𝑚2
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/
416

Reações das lajes:


lajes

As lajes foram dimensionadas através do software Eberick.

Figura 1: Numeração das lajes


417

Figura 2: Reações das lajes


418

Figura 3: Reação laje caixa d'água

Tabela 2: Reações laje caixa d' água

Perman Acident Reação


Parede ente (G) al (Q) total
(KN/m) (KN/m) (KN/m)
Par. 06.b 1,426552 0,413448 1,84
Par. 10.a 1,969262 0,570738 2,54
Par. 10.b 3,729193 1,080807 4,81
Par. 11.a 1,969262 0,570738 2,54
Par. 11.b 3,729193 1,080807 4,81
419

Tabela 3: Reações laje forro

Reações laje Forro


𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 = 3,6 𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚 2 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 = 1 𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚2
Reação
Permanente Acidental
Parede total
(G) (KN/m) (Q) (KN/m)
(KN/m)
Par. 01.a 1,69 0,489846 2,18
Par. 01.b 1,78 0,514563 2,29
Par. 02.a 11,84 3,431169 15,27
Par. 02.b 12,69 3,678339 16,37
Par. 03 0,42 0,121338 0,54
Par. 04 0,25 0,071904 0,32
Par. 05.a 2,39 0,692076 3,08
Par. 05.b 11,21 3,249162 14,46
Par. 05.c 11,00 3,188493 14,19
Par. 06.a 0,91 0,262899 1,17
Par. 06.b 12,62 3,658116 16,28
Par. 06.c 5,88 1,705473 7,59
Par. 07.a 1,67 0,485352 2,16
Par. 08 6,69 1,939161 8,63
Par. 09 2,18 0,631407 2,81
Par. 10.a 0,05 0,015729 0,07
Par. 10.b 1,01 0,29211 1,3
Par. 10.c 1,18 0,341544 1,52
Par. 11.a -1,36 -0,395472 -1,76
Par. 11.b 8,85 2,566074 11,42
Par. 11.c 11,88 3,442404 15,32
Par. 11.d 2,00 0,579726 2,58
Par. 13.a 1,31 0,379743 1,69
Par. 13.b 12,51 3,626658 16,14
Par. 14 -0,72 -0,208971 -0,93
Par. 15.a 2,02 0,58422 2,6
Par. 15.b 2,89 0,838131 3,73
Par. 15.c 1,40 0,406707 1,81
420

Dimensionamento da laje

Figura 4: Classe do concreto utilizado na laje.


421

Figura 5: Materiais e durabilidade.

Figura 6: Fluência do concreto.


422

Figura 7: Configurações para o lançamento das lajes

Laje forro.

Tabela 4: Dados da laje forro.


423

Tabela 5: Dados da laje forro.

S eção (cm) Cargas (kN/m²)

Peso Acidental Paredes


Laje Tipo H Revestime Total
Próprio Outras
nto
1.00 0.00
L1 M aciça 10 2.50 4.60
0.25 0.85
1.00 0.00
L2 M aciça 10 2.50 4.60
0.25 0.85
1.00 0.00
L3 M aciça 10 2.50 4.60
0.25 0.85
1.00 0.00
L4 M aciça 10 2.50 4.60
0.25 0.85
1.00 0.00
L5 M aciça 10 2.50 4.60
0.25 0.85
1.00 0.00
L6 M aciça 10 2.50 4.60
0.25 0.85
1.00 0.00
L7 M aciça 10 2.50 4.60
0.25 0.85
1.00 0.00
L8 M aciça 10 2.50 4.60
0.25 0.85
1.00 0.00
L9 M aciça 10 2.50 4.60
0.25 0.85
424

Resultados da Lajes forro

Espessura Carga Mdx Mdy Flecha


Nome Asx Asy
(cm) (kN/m²) (kN.m/m) (kN.m/m) (cm)

As = 1.53 (ø6.3 c/20 - As = 1.01 (ø5.0 c/19 -


L1 10 4.60 4.63 1.71 -0.12
cm²/m 1.56 cm²/m) cm²/m 1.03 cm²/m)

As = 1.01 (ø5.0 c/19 - As = 1.01 (ø5.0 c/19 -


L2 10 4.60 2.10 2.41 -0.09
cm²/m 1.03 cm²/m) cm²/m 1.03 cm²/m)

As = 1.01 (ø5.0 c/19 - As = 1.01 (ø5.0 c/19 -


L3 10 4.60 0.98 1.10 -0.01
cm²/m 1.03 cm²/m) cm²/m 1.03 cm²/m)

As = 1.01 (ø5.0 c/19 - As = 1.01 (ø5.0 c/19 -


L4 10 4.60 0.36 1.02 0.00
cm²/m 1.03 cm²/m) cm²/m 1.03 cm²/m)

As = 1.01 (ø5.0 c/19 - As = 1.01 (ø5.0 c/19 -


L5 10 4.60 1.08 0.52 -0.01
cm²/m 1.03 cm²/m) cm²/m 1.03 cm²/m)

As = 1.01 (ø5.0 c/19 - As = 1.01 (ø5.0 c/19 -


L6 10 4.60 1.31 0.68 0.00
cm²/m 1.03 cm²/m) cm²/m 1.03 cm²/m)

As = 2.11 (ø6.3 c/14 - As = 1.01 (ø5.0 c/19 -


L7 10 4.60 6.33 3.28 -0.38
cm²/m 2.23 cm²/m) cm²/m 1.03 cm²/m)

As = 1.01 (ø5.0 c/19 - As = 1.01 (ø5.0 c/19 -


L8 10 4.60 1.42 1.33 -0.02
cm²/m 1.03 cm²/m) cm²/m 1.03 cm²/m)

As = 1.01 (ø5.0 c/19 - As = 1.01 (ø5.0 c/19 -


L9 10 4.60 1.35 1.69 -0.06
cm²/m 1.03 cm²/m) cm²/m 1.03 cm²/m)
425

ARMADURA NEGATIVA
Dados Resultados
Md
Reação 1 Reação 2
Trecho Laje Laje (kN.m As (cm²)
(kN.m/m) (kN.m/m)
/m)
As = 2.92 (ø8.0 c/17 -
1 L1 L2 7.85 6.35 -8.49
cm²/m 2.96 cm²/m)
As = 3.07 (ø8.0 c/16 -
3 L1 L3 4.48 2.42 -8.90
cm²/m 3.14 cm²/m)
As = 3.65 (ø6.3 c/8 -
2 L1 L4 9.39 5.74 -10.58
cm²/m 3.90 cm²/m)
As = 3.82 (ø10.0 c/20 -
3 L2 L7 6.45 6.51 -10.72
cm²/m 3.93 cm²/m)
As = 1.50 (ø6.3 c/20 -
1 L2 L3 0.51 0.10 -4.13
cm²/m 1.56 cm²/m)
As = 6.00 (ø10.0 c/13 -
2 L3 L7 5.32 7.88 -16.03
cm²/m 6.04 cm²/m)
As = 1.50 (ø6.3 c/20 -
1 L3 L4 -1.19 -0.41 -0.43
cm²/m 1.56 cm²/m)
As = 1.50 (ø6.3 c/20 -
1 L4 L5 1.45 1.36 -0.70
cm²/m 1.56 cm²/m)
As = 3.08 (ø8.0 c/16 -
2 L5 L7 5.17 5.27 -8.92
cm²/m 3.14 cm²/m)
As = 1.50 (ø6.3 c/20 -
1 L5 L6 0.30 -0.02 -1.23
cm²/m 1.56 cm²/m)
As = 2.93 (ø6.3 c/10 -
3 L6 L7 6.58 7.41 -8.61
cm²/m 3.12 cm²/m)
As = 4.85 (ø8.0 c/10 -
2 L7 L9 7.59 7.36 -13.50
cm²/m 5.03 cm²/m)
As = 4.94 (ø8.0 c/10 -
1 L7 L8 6.96 6.99 -13.73
cm²/m 5.03 cm²/m)
As = 1.50 (ø6.3 c/20 -
1 L8 L9 -0.31 -0.54 -2.60
cm²/m 1.56 cm²/m)

VERIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES


Condição
f (Hz) fcrit (Hz) f/fcrit
(f/fcrit>1.2)
10.05 4.00 2.51 Ok
426

Cálculo das lajes forro

ARMADURAS POS ITIVAS (LAJE)


Momento positivo Momento negativo

Laje Direção Armadura Cisalhamento


S eção Flexão S eção Flexão

bw = M d = 4.63 M d = 10.58 As = 1.53 vsd = 28.50


bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 45.30
h = 10.0 cm ø6.3 c/20
cm kN/m
As = 1.53
As = 3.77 cm²/m (1.56 cm²/m) M odelo I
cm²/m
X
A's = 0.00 vrd2 = 290.08
A's = 0.00 cm²/m fiss = 0.12 mm
cm²/m kN/m

vsw = 0.00
kN/m
asw = 0.00
L1
cm²/m
bw = M d = 2.98 M d = 8.49 As = 1.01 vsd = 21.40
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 41.10
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m

As = 0.88 vrd2 = 265.56


Y As = 3.25 cm²/m (1.03 cm²/m)
cm²/m kN/m

A's = 0.00 vsw = 0.00


A's = 0.00 cm²/m fiss = 0.06 mm
cm²/m kN/m
asw = 0.00
cm²/m
bw = M d = 2.98 M d = 6.87 As = 1.01 vsd = 14.63
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 44.63
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m
As = 0.80
As = 2.31 cm²/m (1.03 cm²/m) M odelo I
cm²/m
X
A's = 0.00 vrd2 = 292.90
A's = 0.00 cm²/m fiss = 0.07 mm
cm²/m kN/m

vsw = 0.00
kN/m
asw = 0.00
L2
cm²/m
bw = M d = 2.98 M d = 5.50 As = 1.01 vsd = 12.16
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 41.83
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m

As = 0.86 vrd2 = 271.21


Y As = 1.98 cm²/m (1.03 cm²/m)
cm²/m kN/m

A's = 0.00 vsw = 0.00


A's = 0.00 cm²/m fiss = 0.11 mm
cm²/m kN/m
asw = 0.00
cm²/m
427

bw = M d = 2.98 M d = 5.75 As = 1.01 vsd = 18.26


bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 44.63
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m
As = 0.80
As = 1.91 cm²/m (1.03 cm²/m) M odelo I
cm²/m
X
A's = 0.00 vrd2 = 292.90
A's = 0.00 cm²/m fiss = 0.02 mm
cm²/m kN/m

vsw = 0.00
kN/m
asw = 0.00
L3
cm²/m
bw = M d = 2.98 As = 1.01 vsd = 11.78
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 41.83
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m

As = 0.86 vrd2 = 271.21


Y (1.03 cm²/m)
cm²/m kN/m

A's = 0.00 vsw = 0.00


fiss = 0.02 mm
cm²/m kN/m
asw = 0.00
cm²/m
bw = M d = 2.98 M d = 4.03 As = 1.01 vsd = 11.95
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 44.63
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m
As = 0.80
As = 1.09 cm²/m (1.03 cm²/m) M odelo I
cm²/m
X
A's = 0.00 vrd2 = 292.90
A's = 0.00 cm²/m fiss = 0.00 mm
cm²/m kN/m

vsw = 0.00
kN/m
asw = 0.00
L4
cm²/m
bw = M d = 2.98 As = 1.01 vsd = 7.76
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 41.83
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m

As = 0.86 vrd2 = 271.21


Y (1.03 cm²/m)
cm²/m kN/m

A's = 0.00 vsw = 0.00


fiss = 0.02 mm
cm²/m kN/m
asw = 0.00
cm²/m
428

bw = M d = 2.98 As = 1.01 vsd = 8.24


bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 44.63
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m
As = 0.80
(1.03 cm²/m) M odelo I
cm²/m
X
A's = 0.00 vrd2 = 292.90
fiss = 0.02 mm
cm²/m kN/m

vsw = 0.00
kN/m
asw = 0.00
L5
cm²/m
bw = M d = 2.98 M d = 3.91 As = 1.01 vsd = 14.16
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 41.83
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m

As = 0.86 vrd2 = 271.21


Y As = 1.14 cm²/m (1.03 cm²/m)
cm²/m kN/m

A's = 0.00 vsw = 0.00


A's = 0.00 cm²/m fiss = 0.01 mm
cm²/m kN/m
asw = 0.00
cm²/m
bw = M d = 2.98 As = 1.01 vsd = 8.65
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 44.63
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m
As = 0.80
(1.03 cm²/m) M odelo I
cm²/m
X
A's = 0.00 vrd2 = 292.90
fiss = 0.03 mm
cm²/m kN/m

vsw = 0.00
kN/m
asw = 0.00
L6
cm²/m
bw = M d = 2.98 M d = 4.88 As = 1.01 vsd = 13.01
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 41.83
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m

As = 0.86 vrd2 = 271.21


Y As = 1.74 cm²/m (1.03 cm²/m)
cm²/m kN/m

A's = 0.00 vsw = 0.00


A's = 0.00 cm²/m fiss = 0.01 mm
cm²/m kN/m
asw = 0.00
cm²/m
429

bw = M d = 6.33 M d = 16.03 As = 2.11 vsd = 33.36


bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 46.61
h = 10.0 cm ø6.3 c/14
cm kN/m
X As = 2.11
As = 6.15 cm²/m (2.23 cm²/m) M odelo I
cm²/m

A's = 0.00 vrd2 = 290.08


A's = 0.00 cm²/m fiss = 0.11 mm
cm²/m kN/m
L7
bw = M d = 3.28 M d = 8.92 As = 1.01 vsd = 20.54
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 41.10
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m
Y
As = 0.97 vrd2 = 265.56
As = 3.43 cm²/m (1.03 cm²/m)
cm²/m kN/m
A's = 0.00 vsw = 0.00
A's = 0.00 cm²/m fiss = 0.21 mm
cm²/m kN/m

bw = M d = 2.98 M d = 7.99 As = 1.01 vsd = 26.48


bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m kN.m/m cm²/m kN/m

h = 10.0 vrd1 = 44.63


h = 10.0 cm ø5.0 c/19
X cm kN/m
As = 0.80
As = 2.74 cm²/m (1.03 cm²/m) M odelo I
cm²/m
A's = 0.00 vrd2 = 292.90
A's = 0.00 cm²/m fiss = 0.03 mm
cm²/m kN/m
L8
bw = M d = 2.98 As = 1.01 vsd = 17.82
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 41.83
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m
Y
As = 0.86 vrd2 = 271.21
(1.03 cm²/m)
cm²/m kN/m

A's = 0.00 vsw = 0.00


fiss = 0.03 mm
cm²/m kN/m
bw = M d = 2.98 M d = 7.81 As = 1.01 vsd = 26.04
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 44.63
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m
X As = 0.80
As = 2.64 cm²/m (1.03 cm²/m) M odelo I
cm²/m

A's = 0.00 vrd2 = 292.90


A's = 0.00 cm²/m fiss = 0.03 mm
cm²/m kN/m
L9
bw = M d = 2.98 As = 1.01 vsd = 18.58
bw = 100.0 cm
100.0 cm kN.m/m cm²/m kN/m
h = 10.0 vrd1 = 41.83
h = 10.0 cm ø5.0 c/19
cm kN/m
Y
As = 0.86 vrd2 = 271.21
(1.03 cm²/m)
cm²/m kN/m
A's = 0.00 vsw = 0.00
fiss = 0.05 mm
cm²/m kN/m
430

Armadura positiva bambu


As,calc Compr. Compr.
As,calc As Bambu Quant. Espaça
Laje Direção bw (cm) Md (KN.m) Z (m) Bambu Barra Total
aço (cm²) (Ø 12 mm) (barras) mento
(cm²) (m) (m)
x 1,53 4,63 0,046 4,25 0,370368 11 9 6,52 74,82
L1 100
y 0,88 2,98 0,046 2,44 0,370368 7 15 3,08 20,33
x 0,8 2,98 0,046 2,22 0,370368 6 17 3,83 22,98
L2 100
y 0,86 2,98 0,046 2,39 0,370368 6 16 3,23 20,83
x 0,8 2,98 0,046 2,22 0,370368 6 17 2,93 17,58
L3 100
y 0,86 2,98 0,046 2,39 0,370368 6 16 1,73 11,16
x 0,8 2,98 0,046 2,22 0,370368 6 17 2,03 12,18
L4 100
y 0,86 2,98 0,046 2,39 0,370368 6 16 1,73 11,16
x 0,8 2,98 0,046 2,22 0,370368 6 17 2,03 12,18
L5 100
y 0,86 2,98 0,046 2,39 0,370368 6 16 1,88 12,13
x 0,8 2,98 0,046 2,22 0,370368 6 17 2,03 12,18
L6 100
y 0,86 2,98 0,046 2,39 0,370368 6 16 1,88 12,13
x 2,11 6,33 0,046 5,86 0,370368 16 6 6,68 105,71
L7 100
y 0,97 3,28 0,046 2,69 0,370368 7 14 4,88 35,50
x 0,8 2,98 0,046 2,22 0,370368 6 17 3,08 18,48
L8 100
y 0,86 2,98 0,046 2,39 0,370368 6 16 2,48 16,00
x 0,8 2,98 0,046 2,22 0,370368 6 17 3,68 22,08
L9 100
y 0,86 2,98 0,046 2,39 0,370368 6 16 2,48 16,00
Total 453,42
431

Armadura negativa Bambu


As,calc As,calc Compr. Compr.
bw (-) Md As(Ø 12 Quant. Espaça
Trecho Laje aço Z (m) Bambu Barra Total
(cm) (KN.m) mm) (barras) mento
(cm²) (cm²) (m) (m)
L1
1 100 2,92 8,49 0,046 8,11 0,37037 22 4,6 1,79 39,20
L2
L1
3 100 3,07 8,90 0,046 8,53 0,37037 23 4,3 2,78 64,01
L3
L1
2 100 3,65 10,49 0,046 10,14 0,37037 27 4 2,03 55,57
L4
L2
3 100 3,82 10,72 0,046 10,61 0,37037 29 3,5 2,95 84,52
L7
L2
1 100 1,47 4,45 0,046 4,08 0,37037 11 9 3,62 39,91
L3
L3
2 100 6 16,03 0,046 16,67 0,37037 45 2,5 2,77 124,65
L7
L3
1 100 1,47 4,45 0,046 4,08 0,37037 11 9 3,00 33,08
L4
L4
1 100 1,47 4,45 0,046 4,08 0,37037 11 9 0,7 7,72
L5
L5
2 100 3,08 8,92 0,046 8,56 0,37037 23 4,5 2,48 57,29
L7
L5
1 100 1,47 4,45 0,046 4,08 0,37037 11 9 2,10 23,15
L6
L6
3 100 2,93 8,61 0,046 8,14 0,37037 22 5 2,33 51,20
L7
L7
2 100 4,85 13,50 0,046 13,47 0,37037 36 3 2,28 82,94
L9
L7
1 100 4,94 13,73 0,046 13,72 0,37037 37 3 2,28 84,47
L8
L8
1 100 1,47 4,45 0,046 4,08 0,37037 11 9 2,38 26,24
L9
Total 773,95
432

ARMADURAS NEGATIVAS (NA CONTINUIDADE)

Momento Armaduras
Laje 1 Momento negativo
positivo
finais
Trecho Laje 2 S eção Flexão S eção

bw = 100.0 M d = 8.49 As = 2.92


L1 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

1 As = 2.92 (ø8.0 c/17 -


h = 10.0 cm h = 10.0 cm
cm²/m 2.96 cm²/m)

A's = 0.00 fiss = 0.16


L2
cm²/m mm
bw = 100.0 M d = 8.90 As = 3.07
L1 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

(ø8.0 c/16 -
3 h = 10.0 cm h = 10.0 cm
3.14 cm²/m)

As = 3.07 fiss = 0.15


L3
cm²/m mm
bw = 100.0 M d = 10.58 As = 3.65
L1 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

2 (ø6.3 c/8 -
h = 10.0 cm h = 10.0 cm
3.90 cm²/m)

As = 3.65 fiss = 0.11


L4
cm²/m mm

bw = 100.0 M d = 10.72 As = 3.82


L2 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

3 (ø10.0 c/20 -
h = 10.0 cm h = 10.0 cm
3.93 cm²/m)

As = 3.82 fiss = 0.19


L7
cm²/m mm
bw = 100.0 M d = 4.45 As = 1.50
L2 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

(ø6.3 c/20 -
1 h = 10.0 cm h = 10.0 cm
1.56 cm²/m)

As = 1.47 fiss = 0.10


L3
cm²/m mm

bw = 100.0 M d = 16.03 As = 6.00


L3 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

2 (ø10.0 c/13 -
h = 10.0 cm h = 10.0 cm
6.04 cm²/m)

As = 6.00 fiss = 0.18


L7
cm²/m mm
bw = 100.0 M d = 4.45 As = 1.50
L3 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m
(ø6.3 c/20 -
1 h = 10.0 cm h = 10.0 cm
1.56 cm²/m)

As = 1.47 fiss = 0.00


L4
cm²/m mm
433

bw = 100.0 M d = 4.45 As = 1.50


L4 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

(ø6.3 c/20 -
1 h = 10.0 cm h = 10.0 cm
1.56 cm²/m)

As = 1.47 fiss = 0.00


L5
cm²/m mm
bw = 100.0 M d = 8.92 As = 3.08
L5 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

(ø8.0 c/16 -
2 h = 10.0 cm h = 10.0 cm
3.14 cm²/m)

As = 3.08 fiss = 0.15


L7
cm²/m mm
bw = 100.0 M d = 4.45 As = 1.50
L5 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

(ø6.3 c/20 -
1 h = 10.0 cm h = 10.0 cm
1.56 cm²/m)

As = 1.47 fiss = 0.01


L6
cm²/m mm
bw = 100.0 M d = 8.61 As = 2.93
L6 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

(ø6.3 c/10 -
3 h = 10.0 cm h = 10.0 cm
3.12 cm²/m)

As = 2.93 fiss = 0.11


L7
cm²/m mm

bw = 100.0 M d = 13.50 As = 4.85


L7 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

2 (ø8.0 c/10 -
h = 10.0 cm h = 10.0 cm
5.03 cm²/m)

As = 4.85 fiss = 0.14


L9
cm²/m mm

bw = 100.0 M d = 13.73 As = 4.94


L7 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

1 (ø8.0 c/10 -
h = 10.0 cm h = 10.0 cm
5.03 cm²/m)

As = 4.94 fiss = 0.15


L8
cm²/m mm
bw = 100.0 M d = 4.45 As = 1.50
L8 bw = 100.0 cm
cm kN.m/m cm²/m

(ø6.3 c/20 -
1 h = 10.0 cm h = 10.0 cm
1.56 cm²/m)

As = 1.47 fiss = 0.04


L9
cm²/m mm
434

Laje caixa d’ água

Peso Espec
Caixa fck = 25.00 E = 24150
= 25.00
d'água M Pa M Pa
kN/m³
Lance 3 cobr = 2.50 cm

Temperatu
Retração
ra
S eção (cm) Cargas (kN/m²) Caso T1 Deform. X
Caso T2 Deform. Y
Peso Acidental Paredes (ºC) (‰)
Laje Tipo H Revestime Total
Próprio Outras
nto
1.00 0.00
L1 M aciça 10 2.50 4.35
0.85 0.00

Espessura Carga Mdx Mdy Flecha


Nome Asx Asy
(cm) (kN/m²) (kN.m/m) (kN.m/m) (cm)
As = 1.01 As = 1.01
cm²/m cm²/m
L1 10 4.35 2.75 0.71 -0.03
(ø5.0 c/19 - (ø5.0 c/19 -
1.03 cm²/m) 1.03 cm²/m)

VERIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES


Condição
f (Hz) fcrit (Hz) f/fcrit
(f/fcrit>1.2)
31.51 4.00 7.88 Ok
435

Altura efetiva das paredes

A altura efetiva de parede em cada uma das duas direções pode ser
considerada igual:

a) A altura do pé-direito descontando a espessura das lajes, caso ocorram


travamentos que restrinjam os movimentos horizontais ou as rotações das suas
extremidades na direção considerada, ilustrado na Figura a;

b) ao dobro da altura, se uma extremidade for livre e se houver travamento


que restrinja o deslocamento horizontal e a rotação na outra extremidade na direção
considerada, ilustrado na Figura b;

Neste caso teremos ℎ𝑒𝑒𝑒𝑒 = 300 𝑐𝑐𝑐𝑐 para as paredes de que recebem as cargas

das lajes, e ℎ𝑒𝑒𝑒𝑒 = 𝐿𝐿 = 300 𝑐𝑐𝑐𝑐

Espessura efetivava 𝑡𝑡𝑒𝑒𝑒𝑒 = 14


14𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐

Índice de esbeltez

𝒉𝒉𝒆𝒆𝒆𝒆
𝝀𝝀 =
𝒕𝒕𝒆𝒆𝒆𝒆
436

Tabela 6; Valores máximos do índice de esbeltez de paredes e pilares

Fonte: NBR15812-1 (tabela 8)

300
Considerando a maior altura efetiva teremos 𝜆𝜆 = 14 = 21,4. Tendo esse valor
de esbeltez será possível dimensionar as paredes com ou sem armadura.

2. DIMENSIONAMENTO DA ALVENARIA A COMPRESSÃO


SIMPLES

Em paredes de alvenaria estrutural o esforço resistente de cálculo será obtido


através da equação;

𝑁𝑁𝑟𝑟𝑟𝑟 = 𝑓𝑓𝑑𝑑 ∗ 𝐴𝐴 ∗ 𝑅𝑅

Sendo que:

𝑁𝑁𝑟𝑟𝑟𝑟 : é a força normal resistente de cálculo;

𝑓𝑓𝑑𝑑 : é a resistência à compressão de cálculo da alvenaria;

𝐴𝐴: é a área da seção resistente;


𝐴𝐴

𝜆𝜆
𝑅𝑅 = ቂ1 − (40)3 ቃ = coeficiente redutor devido à esbeltez da parede.

20
Temos;; 𝑅𝑅 = ቂ1 − (40)3 ቃ = 0,875
,875

A existência de eventuais armaduras contribuintes será sempre


desconsiderada nesse cálculo.
437

A resistência característica à compressão simples da alvenaria fk deve ser


determinada com base no ensaio de paredes (ABNT NBR 8949) ou ser
estimada como 70 % da resistência característica de compressão simples de
prisma fpk ou 85 % da de pequena parede fpk.

Dessa forma temos: 𝑓𝑓𝑘𝑘 = 0,70


,70 ∗ 𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 , onde;

𝑓𝑓𝑘𝑘 , resistência à compressão da parede;

𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 , resistência à compressão do prisma.

A resistência à compressão é verificada por:

3
𝛾𝛾𝑓𝑓 ∗ 𝑁𝑁𝑘𝑘 0 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 0,7
1,,0 ,7 ∗ 𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 ℎ𝑒𝑒𝑒𝑒
≤ቊ ቋ∗ ∗ ൥1 − ቆ ቇ ൩
𝐴𝐴 0,9
,9 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝛾𝛾 40 ∗ 𝑡𝑡𝑒𝑒𝑒𝑒

𝛾𝛾 , 𝛾𝛾𝑓𝑓 , coeficientes de ponderação das ações e das resistências;

𝑁𝑁𝑘𝑘 , força normal característicca;

𝐴𝐴 , área bruta das seções transversais;

𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 , resistência característica de compressão simples do prisma;

𝑡𝑡𝑒𝑒𝑒𝑒 , ℎ𝑒𝑒𝑒𝑒 , espessura e altura efetiva.


438

Para se ter melhor eficiência nos cálculos dessa edificação foi utilizado um
elemento de cada parte do dimensionamento como exemplo. Os restantes dos
elementos foram dimensionados diretamente utilizando as planilhas do Excel.

2.1 COMPRESSÃO SIMPLES – PAREDES ISOLADAS

Este procedimento consiste em considerar cada parede como um elemento


independente, não interagindo com os demais elementos da estrutura, desse modo o
processo é simples e fica a favor da segurança.

Dados da parede Par 01.a


439

Comprimento: 𝐿𝐿𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 01 𝑎𝑎 = 3,0


01.𝑎𝑎
01. ,0 𝑚𝑚
𝑚𝑚;

Altura: ℎ𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 01 𝑎𝑎 = 3,0


01.𝑎𝑎
01. ,0 𝑚𝑚
𝑚𝑚;

Espessura da parede: 𝑒𝑒𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 = 18 𝑐𝑐𝑐𝑐

Espessura do bloco: 𝑒𝑒𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 = 14 𝑐𝑐𝑐𝑐

Peso especifico parede: 𝛾𝛾𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 = 15 𝐾𝐾𝐾𝐾


𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑚𝑚
𝑚𝑚³

Graute: 𝛾𝛾𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺 = 25 𝐾𝐾𝐾𝐾


𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑚𝑚
𝑚𝑚³

Comprimento janela: 𝐿𝐿𝑗𝑗𝑗𝑗𝑛𝑛 = 1,7


𝑗𝑗𝑗𝑗𝑛𝑛 ,7 𝑚𝑚

Altura:: ℎ𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 = 1,0


,0 𝑚𝑚

• Carga total das paredes

Peso próprio (permanente)

Parede (Par 01.a)

𝑃𝑃𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑝𝑝 = ൫𝛾𝛾𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 ∗ 𝐿𝐿𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 01


𝑝𝑝𝑝𝑝ó𝑝𝑝
𝑝𝑝𝑝𝑝ó 𝑎𝑎 ∗ ℎ𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 01
01.𝑎𝑎
01. 𝑎𝑎 ∗ 𝑒𝑒𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 ൯ − ൫𝛾𝛾
01.𝑎𝑎
01. ൫𝛾𝛾𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 ∗ 𝐿𝐿𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 ∗ ℎ𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 ∗ 𝑒𝑒𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 ൯

𝑃𝑃𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑝𝑝 = (15 ∗ 3,0


𝑝𝑝𝑝𝑝ó𝑝𝑝
𝑝𝑝𝑝𝑝ó ,0 ∗ 3,0 18)) − (15 ∗ 1,7
,0 ∗ 0,18
,18 18)) = 19
,7 ∗ 1 ∗ 0,18
,18 19,71
19, 71 𝐾𝐾𝐾𝐾
440

Tabela 7: Peso próprio das paredes

P.P Alvenaria

P. P P. P
Altura Compr. Abertura
Parede s/abertura. c/abertura.
(m) (m) (KN)
(KN) (KN)
Par. 01.a 3,00 3,00 24,3 4,59 19,71
Par. 01.b 3,00 3,60 29,16 4,59 24,57
Par. 02.a 3,00 3,00 24,3 0,00 24,30
Par. 02.b 3,00 3,60 29,16 5,41 23,75
Par. 03 6,00 1,95 31,59 0,00 31,59
Par. 04 3,00 1,95 15,795 0,00 15,80
Par. 05.a 3,00 1,95 15,795 0,00 15,80
Par. 05.b 3,00 2,85 23,085 0,00 23,09
Par. 05.c 3,00 3,75 30,375 5,41 24,97
Par. 06.a 3,00 1,65 13,365 9,50 3,86
Par. 06.b 6,00 1,95 31,59 0,00 31,59
Par. 06.c 3,00 2,85 23,085 9,50 13,58
Par. 07.a 3,00 3,75 30,375 0,00 30,38
Par. 08 3,00 6,45 52,245 9,50 42,74
Par. 09 3,00 3,00 24,3 0,00 24,30
Par. 10.a 6,00 1,65 26,73 0,00 26,73
Par. 10.b 6,00 1,80 29,16 0,00 29,16
Par. 10.c 6,00 1,80 29,16 0,00 29,16
Par. 11.a 6,00 1,65 26,73 5,41 21,32
Par. 11.b 6,00 1,80 29,16 5,41 23,75
Par. 11.c 6,00 1,80 29,16 5,41 23,75
Par. 11.d 3,00 3,60 29,16 8,97 20,19
Par. 12 3,00 0,52 4,212 0,00 4,21
Par. 13.a 3,00 3,00 24,3 0,00 24,30
Par. 13.b 3,00 1,65 13,365 8,08 5,29
Par. 14 3,00 2,40 19,44 0,00 19,44
Par. 15.a 3,00 3,15 25,515 0,00 25,52
Par. 15.b 3,00 4,80 38,88 0,00 38,88
Par. 15.c 3,00 2,40 19,44 0,00 19,44
441

Tabela 8: Carga das aberturas nas paredes.

Carga abertura

Altura. Carga
Parede Larg.(m)
(m) (KN)

Par. 01.a 1,00 1,70 4,59


Par. 01.b 1,00 1,70 4,59
Par. 02.a 0,00 0,00 0,00
Par. 02.b 2,20 0,91 5,41
Par. 03 0,00 0,00 0,00
Par. 04 0,00 0,00 0,00
Par. 05.a 0,00 0,00 0,00
Par. 05.b 0,00 0,00 0,00
Par. 05.c 2,20 0,91 5,41
Par. 06.a 2,20 1,60 9,50
Par. 06.b 0,00 0,00 0,00
Par. 06.c 2,20 1,60 9,50
Par. 07.a 0,00 0,00 0,00
Par. 08 2,20 1,60 9,50
Par. 09 0,00 0,00 0,00
Par. 10.a 0,00 0,00 0,00
Par. 10.b 0,00 0,00 0,00
Par. 10.c 0,00 0,00 0,00
Par. 11.a 2,20 0,91 5,41
Par. 11.b 2,20 0,91 5,41
Par. 11.c 2,20 0,91 5,41
Par. 11.d 2,20 1,51 8,97
Par. 12 0,00 0,00 0,00
Par. 13.a 0,00 0,00 0,00
Par. 13.b 2,20 1,36 8,08
Par. 14 0,00 0,00 0,00
Par. 15.a 0,00 0,00 0,00
Par. 15.b 0,00 0,00 0,00
Par. 15.c 0,00 0,00 0,00
442

Carga das regiões grauteadas.

Figura 8: Área interna dos blocos a ser grauteada

𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 𝐵𝐵𝐵𝐵 29 = 80


𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣.𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣. 80𝑐𝑐 𝑚𝑚2 ∗ 20
80𝑐𝑐𝑚𝑚 20𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐 = 1600 cm³

𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 𝐵𝐵𝐵𝐵 44 = 80


𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣.𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣. 80𝑐𝑐 𝑚𝑚2 ∗ 20
80𝑐𝑐𝑚𝑚 20𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐 = 1600 cm³

𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 𝐵𝐵𝐵𝐵 14 = 64


𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣.𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣. 𝑚𝑚2 ∗ 20
64𝑐𝑐𝑚𝑚
64𝑐𝑐 20𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐 = 1280 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐³

𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐


𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣.𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣. 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐. 29 = 240
240𝑐𝑐 𝑚𝑚2 ∗ 16
240𝑐𝑐𝑚𝑚 16𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐 = 3840 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐³

𝑝𝑝𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 = 𝛾𝛾𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 ∗ ቂ෍
ቂ෍൫𝑛𝑛
෍൫𝑛𝑛𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 ∗ 𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 ൯ቃ
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣.𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣.

25 26 7
ቂσ ቀ 2 ∗ 1600
𝑝𝑝𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 = 106 ∗ ቂσ 1600ቁቁ + (5 ∗ 1280
1600ቁቁ + ቀ2 ∗ 1600 1280)) + (26
26,5
26, 5 ∗ 3840
3840)ቃቃ =
3840)

3,36 𝐾𝐾𝐾𝐾
3,36

Para facilitar o cálculo das cargas das regiões grauteadas nas paredes da
edificação foi foi utilizada a área de 80 cm² para cada ponto a ser grauteado, dessa
forma a carga estimada será superior a carga calculada acima.
443

Tabela 9: Carga de graute nas paredes

Carga Graute

Quant. Quant. Carga


Parede
Pontos Canaleta (KN)

Par. 01.a 3,0 26,5 4,22


Par. 01.b 3,0 26,5 4,22
Par. 02.a 1,0 10,0 1,52
Par. 02.b 2,0 16,5 2,70
Par. 03 1,0 6,0 1,14
Par. 04 1,0 6,0 1,14
Par. 05.a 1,0 6,0 1,14
Par. 05.b 1,0 9,5 1,47
Par. 05.c 2,0 17,0 2,75
Par. 06.a 3,0 10,5 2,69
Par. 06.b 1,0 7,0 1,23
Par. 06.c 1,0 5,5 1,09
Par. 07.a 2,0 34,5 4,43
Par. 08 3,0 21,5 3,74
Par. 09 1,0 10,0 1,52
Par. 10.a 3,0 15,5 3,17
Par. 10.b 3,0 16,0 3,22
Par. 10.c 3,0 16,0 3,22
Par. 11.a 2,0 10,5 2,13
Par. 11.b 2,0 10,5 2,13
Par. 11.c 2,0 10,5 2,13
Par. 11.d 5,0 23,0 5,01
Par. 12 1,0 2,0 0,75
Par. 13.a 1,0 5,0 1,04
Par. 13.b 2,0 16,5 2,70
Par. 14 1,0 8,0 1,33
Par. 15.a 1,0 11,0 1,62
Par. 15.b 3,0 29,0 4,46
Par. 15.c 1,0 8,0 1,33
444

Carregamento permanente:

𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐺𝐺𝐺𝐺. 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 = 𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃


𝐺𝐺.𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑝𝑝 + 𝑃𝑃𝐺𝐺
𝑃𝑃𝑃𝑃ó𝑝𝑝
𝑃𝑃𝑃𝑃ó 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 + 𝑃𝑃𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
𝐺𝐺.𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙
𝐺𝐺.

Tabela 10:Carregamento permanente

Carga permanente (G)


Carga Carga
P.P Reação Carga
Compr. Reação laje Graute s/ c/
Parede Alvenaria laje Total
(m) (KN) (KN) abertur abertu
(KN) (KN/m) (KN)
a (KN) ra (KN)
Par. 01.a 3,00 24,30 1,69 5,07 4,22 24,30 19,71 25,62
Par. 01.b 3,60 29,16 1,78 6,39 4,22 29,16 24,57 30,57
Par. 02.a 3,00 24,30 11,84 35,52 1,52 24,30 24,30 37,66
Par. 02.b 3,60 29,16 12,69 45,69 2,70 29,16 23,75 39,15
Par. 03 1,95 31,59 0,42 0,82 1,14 31,59 31,59 33,14
Par. 04 1,95 15,80 0,25 0,48 1,14 15,80 15,80 17,18
Par. 05.a 1,95 15,80 2,39 4,66 1,14 15,80 15,80 19,32
Par. 05.b 2,85 23,09 11,21 31,95 1,47 23,09 23,09 35,77
Par. 05.c 3,75 30,38 11,00 41,26 2,75 30,38 24,97 38,72
Par. 06.a 1,65 13,37 0,91 1,50 2,69 13,37 3,86 7,46
Par. 06.b 1,95 31,59 14,05 27,39 1,23 31,59 31,59 46,87
Par. 06.c 2,85 23,09 5,88 16,77 1,09 23,09 13,58 20,55
Par. 07.a 3,75 30,38 1,67 6,28 4,43 30,38 30,38 36,48
Par. 08 6,45 52,25 6,69 43,16 3,74 52,25 42,74 53,18
Par. 09 3,00 24,30 2,18 6,54 1,52 24,30 24,30 28,00
Par. 10.a 1,65 26,73 2,02 3,34 3,17 26,73 26,73 31,92
Par. 10.b 1,80 29,16 4,74 8,53 3,22 29,16 29,16 37,11
Par. 10.c 1,80 29,16 1,18 2,12 3,22 29,16 29,16 33,55
Par. 11.a 1,65 26,73 0,60 1,00 2,13 26,73 21,32 24,06
Par. 11.b 1,80 29,16 12,58 22,65 2,13 29,16 23,75 38,47
Par. 11.c 1,80 29,16 11,88 21,38 2,13 29,16 23,75 37,76
Par. 11.d 3,60 29,16 2,00 7,20 5,01 29,16 20,19 27,20
Par. 12 0,52 4,21 0,00 0,00 0,75 4,21 4,21 4,96
Par. 13.a 3,00 24,30 1,31 3,93 1,04 24,30 24,30 26,65
Par. 13.b 1,65 13,37 12,51 20,65 2,70 13,37 5,29 20,50
Par. 14 2,40 19,44 -0,72 -1,73 1,33 19,44 19,44 20,05
Par. 15.a 3,15 25,52 2,02 6,35 1,62 25,52 25,52 29,15
Par. 15.b 4,80 38,88 2,89 13,88 4,46 38,88 38,88 46,24
Par. 15.c 2,40 19,44 1,40 3,37 1,33 19,44 19,44 22,17
445

Carregamento acidental:

𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑸𝑸 𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕 = 𝑃𝑃𝑄𝑄 . 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙


𝑸𝑸.𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕
𝑸𝑸.

Tabela 11:Carregamento acidental

Carga acidental (Q)

Reação
Compr. Reação
Parede laje
(m) laje (KN)
(KN/m)

Par. 01.a 3,00 0,49 1,47


Par. 01.b 3,60 0,51 1,85
Par. 02.a 3,00 3,43 10,29
Par. 02.b 3,60 3,68 13,24
Par. 03 1,95 0,12 0,24
Par. 04 1,95 0,07 0,14
Par. 05.a 1,95 0,69 1,35
Par. 05.b 2,85 3,25 9,26
Par. 05.c 3,75 3,19 11,96
Par. 06.a 1,65 0,26 0,43
Par. 06.b 1,95 4,07 7,94
Par. 06.c 2,85 1,71 4,86
Par. 07.a 3,75 0,49 1,82
Par. 08 6,45 1,94 12,51
Par. 09 3,00 0,63 1,89
Par. 10.a 1,65 0,59 0,97
Par. 10.b 1,80 1,37 2,47
Par. 10.c 1,80 0,34 0,61
Par. 11.a 1,65 0,18 0,29
Par. 11.b 1,80 3,65 6,56
Par. 11.c 1,80 3,44 6,20
Par. 11.d 3,60 0,58 2,09
Par. 12 0,52 0,00 0,00
Par. 13.a 3,00 0,38 1,14
Par. 13.b 1,65 3,63 5,98
Par. 14 2,40 -0,21 -0,50
Par. 15.a 3,15 0,58 1,84
Par. 15.b 4,80 0,84 4,02
Par. 15.c 2,40 0,41 0,98
446

Carregamento total

𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐺𝐺𝐺𝐺. 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 + 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑸𝑸


𝐺𝐺.𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑸𝑸.𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕
𝑸𝑸.𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕

Tabela 12: Carregamento total nas paredes

Carga da laje nas paredes


P.P Reação Carga
Compri. Reação Graute
Parede Alvenari laje Total
(m) laje (KN) (KN)
a (KN) (KN/m) (KN)
Par. 01.a 3,00 19,71 6,54 2,18 4,22 30,47
Par. 01.b 3,60 24,57 8,24 2,29 4,22 37,04
Par. 02.a 3,00 24,30 45,81 15,27 1,52 71,63
Par. 02.b 3,60 23,75 58,93 16,37 2,70 85,39
Par. 03 1,95 31,59 1,05 0,54 1,14 33,78
Par. 04 1,95 15,80 0,62 0,32 1,14 17,56
Par. 05.a 1,95 15,80 6,01 3,08 1,14 22,94
Par. 05.b 2,85 23,09 41,21 14,46 1,47 65,77
Par. 05.c 3,75 24,97 53,21 14,19 2,75 80,93
Par. 06.a 1,65 3,86 1,93 1,17 2,69 8,48
Par. 06.b 1,95 31,59 31,75 16,28 1,23 64,57
Par. 06.c 2,85 13,58 21,63 7,59 1,09 36,30
Par. 07.a 3,75 30,38 8,10 2,16 4,43 42,91
Par. 08 6,45 42,74 55,66 8,63 3,74 102,15
Par. 09 3,00 24,30 8,43 2,81 1,52 34,25
Par. 10.a 1,65 26,73 0,12 0,07 3,17 30,01
Par. 10.b 1,80 29,16 2,34 1,30 3,22 34,72
Par. 10.c 1,80 29,16 2,74 1,52 3,22 35,11
Par. 11.a 1,65 21,32 -2,90 -1,76 2,13 20,55
Par. 11.b 1,80 23,75 20,56 11,42 2,13 46,44
Par. 11.c 1,80 23,75 27,58 15,32 2,13 53,46
Par. 11.d 3,60 20,19 9,29 2,58 5,01 34,49
Par. 12 0,52 4,21 0,00 0,00 0,75 4,96
Par. 13.a 3,00 24,30 5,07 1,69 1,04 30,41
Par. 13.b 1,65 5,29 26,63 16,14 2,70 34,62
Par. 14 2,40 19,44 -2,23 -0,93 1,33 18,54
Par. 15.a 3,15 25,52 8,19 2,60 1,62 35,32
Par. 15.b 4,80 38,88 17,90 3,73 4,46 61,25
Par. 15.c 2,40 19,44 4,34 1,81 1,33 25,11
447

Resistência mínima da parede

3
𝛾𝛾𝑓𝑓 ∗ 𝑁𝑁𝑘𝑘 0 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 0,7
1,,0 ,7 ∗ 𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 ℎ𝑒𝑒𝑒𝑒
≤ቊ ቋ∗ ∗ ൥1 − ቆ ቇ ൩
𝐴𝐴 0,9
,9 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝛾𝛾 40 ∗ 𝑡𝑡𝑒𝑒𝑒𝑒

Ao reescrever a equação da resistência à compressão simples em função da


resistência da parede, temos:

𝛾𝛾𝑓𝑓 ∗ 𝛾𝛾 ∗ 𝑁𝑁𝑘𝑘
𝑓𝑓𝑘𝑘 =
1,0
,0 ∗ 𝐿𝐿𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝01 𝑎𝑎 ∗ 𝑒𝑒𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 ∗ 𝑅𝑅
01.𝑎𝑎
01.
01

Onde:

,875 ;
𝑅𝑅 = 0,875

𝑁𝑁𝑘𝑘 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 .

1,4
1 ,4 ∗ 2,,0
0 ∗ 30
30,47
30,,47
𝑓𝑓𝑘𝑘 = ,0232 𝐾𝐾𝐾𝐾ൗ
= 0,0232
1,0
,0 ∗ 3,0
,0 ∗ 0,14
,14 ∗ 0,875
,875 𝑐𝑐𝑐𝑐²
𝑐𝑐𝑐𝑐

Resistência mínima do prisma

𝑓𝑓𝑘𝑘
𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 = ,0332 𝐾𝐾𝐾𝐾ൗ
= 0,0332
0,7
,7 𝑐𝑐𝑐𝑐²
𝑐𝑐𝑐𝑐

Resistência mínima do bloco

𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝
𝑓𝑓𝑏𝑏𝑏𝑏 = ,04146 𝐾𝐾𝐾𝐾ൗ
= 0,04146
0,8
,8 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐²

𝑓𝑓𝑏𝑏𝑏𝑏 = 0,4146
,4146 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀
448

Este resultado de resistência é muito inferior ao mínimo de 4,0 MPa


comercializado e que também é o mínimo de resistência exigido pela norma para
blocos de concreto de alvenaria estrutural (classe de bloco B).

Como o resultado de 𝑓𝑓𝑏𝑏𝑏𝑏 da parede Par.01a é diferente das demais paredes, e


se utiliza apenas um tipo de bloco no pavimento, escolhe-se aquele que atende o
maior valor de resistência necessária.

A tensão normal de compressão simples nas paredes pode ser encontrada da


seguinte forma:

𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
𝜎𝜎𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑘𝑘 =
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃,𝑘𝑘
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃,
á𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝

A tensão normal permanente a acidental da parede (par 01.a) na base da


edificação é calculada substituindo os valores na equação abaixo:

25,
25,62
25,
𝜎𝜎𝑁𝑁
𝑁𝑁,𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
𝑁𝑁, 𝑘𝑘 =
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝,𝑘𝑘
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝, = 0,0061
,0061 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑐𝑐𝑐𝑐
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑐𝑐𝑐𝑐²
𝑐𝑐𝑐𝑐
14 𝑐𝑐𝑐𝑐 ∗ 300 𝑐𝑐𝑐𝑐

1,,
1,47
𝜎𝜎𝑁𝑁
𝑁𝑁,𝑎𝑎
𝑁𝑁, 𝑎𝑎𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑎𝑎 𝑘𝑘 =
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐,𝑘𝑘
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐, = 0,00035
,00035 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑐𝑐𝑐𝑐
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑐𝑐𝑐𝑐²
𝑐𝑐𝑐𝑐
14 𝑐𝑐𝑐𝑐 ∗ 300 𝑐𝑐𝑐𝑐
449

Tabela 13: Verificação da solicitação a compressão simples.

Compressão Simples
R
Carga 𝒇𝒇 𝒇𝒇 𝒇𝒇
Compri. Área , 𝒆𝒆𝒆𝒆. ,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂. Bloco
Parede Total (KN/cm²) (KN/cm²) (KN/cm²)
(m) (cm²) ( ) ( ) (Mpa)
(KN)
Par. 01.a 3,00 4200 30,47 0,0061010 0,000350 0,02322 0,03317 0,04146 0,41
Par. 01.b 3,60 5040 37,04 0,0060654 0,000368 0,02352 0,03359 0,04199 0,42
Par. 02.a 3,00 4200 71,63 0,0089664 0,002451 0,05458 0,07796 0,09746 0,97
Par. 02.b 3,60 5040 85,39 0,0077679 0,002627 0,05422 0,07745 0,09681 0,97
Par. 03 1,95 2730 33,78 0,0121409 0,000087 0,03959 0,05656 0,07070 0,71
Par. 04 1,95 2730 17,56 0,0062927 0,000051 0,02058 0,02940 0,03675 0,37
Par. 05.a 1,95 2730 22,94 0,0070765 0,000494 0,02689 0,03841 0,04801 0,48
Par. 05.b 2,85 3990 65,77 0,0089644 0,002321 0,05275 0,07535 0,09419 0,94
Par. 05.c 3,75 5250 80,93 0,0073758 0,002277 0,04933 0,07047 0,08809 0,88
Par. 06.a 1,65 2310 8,48 0,0032277 0,000188 0,01175 0,01678 0,02098 0,21
Par. 06.b 1,95 2730 64,57 0,0171687 0,002908 0,07568 0,10812 0,13515 1,35
Par. 06.c 2,85 3990 36,30 0,0051513 0,001218 0,02911 0,04159 0,05199 0,52
Par. 07.a 3,75 5250 42,91 0,0069489 0,000347 0,02615 0,03736 0,04670 0,47
Par. 08 6,45 9030 102,15 0,0058888 0,001385 0,03620 0,05171 0,06464 0,65
Par. 09 3,00 4200 34,25 0,0066663 0,000451 0,02610 0,03728 0,04660 0,47
Par. 10.a 1,65 2310 30,01 0,0138188 0,000419 0,04158 0,05940 0,07424 0,74
Par. 10.b 1,80 2520 34,72 0,0147274 0,000981 0,04408 0,06298 0,07872 0,79
Par. 10.c 1,80 2520 35,11 0,0133153 0,000244 0,04459 0,06370 0,07962 0,80
Par. 11.a 1,65 2310 20,55 0,0104144 0,000125 0,02847 0,04067 0,05083 0,51
Par. 11.b 1,80 2520 46,44 0,0152642 0,002605 0,05897 0,08424 0,10530 1,05
Par. 11.c 1,80 2520 53,46 0,0149842 0,002459 0,06788 0,09698 0,12122 1,21
Par. 11.d 3,60 5040 34,49 0,0053966 0,000414 0,02190 0,03128 0,03910 0,39
Par. 12 0,52 728 4,96 0,0068187 0,000000 0,02182 0,03117 0,03896 0,39
Par. 13.a 3,00 4200 30,41 0,0063453 0,000271 0,02317 0,03310 0,04137 0,41
Par. 13.b 1,65 2310 34,62 0,0088762 0,002590 0,04796 0,06852 0,08564 0,86
Par. 14 2,40 3360 18,54 0,0059664 -0,000149 0,01765 0,02522 0,03152 0,32
Par. 15.a 3,15 4410 35,32 0,0066092 0,000417 0,02563 0,03661 0,04577 0,46
Par. 15.b 4,80 6720 61,25 0,0068803 0,000599 0,02917 0,04167 0,05208 0,52
Par. 15.c 2,40 3360 25,11 0,0065986 0,000291 0,02392 0,03417 0,04271 0,43
450

3. DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS – FLEXÃO SIMPLES -


ELU

Alvenaria não armada

Figura 9: Diagramas de tensões para a alvenaria não-armada:

FONTE: NBR 15812-1

• A máxima tensão de compressão de cálculo na flexão não deve


ultrapassar em 50 % a resistência à compressão de cálculo da alvenaria
(𝑓𝑓𝑑𝑑 ) ou seja: 1,5. 𝑓𝑓𝑑𝑑 .
(𝑓𝑓

• A máxima tensão de tração de cálculo não deve ser superior à


resistência à tração de cálculo da alvenaria 𝑓𝑓𝑡𝑡𝑡𝑡 .

• Máxima tensão de tração = 𝑓𝑓𝑡𝑡𝑡𝑡𝑘𝑘𝑘𝑘 / 𝛾𝛾

• Max. tensão de compressão = 1,5


1,5 𝑓𝑓𝑘𝑘 / 𝛾𝛾 (flexão)

• Seções no Estádio I (alvenaria não fissurada e compressão elástico-


linear)
451

Alvenaria armada

• Armaduras tem mesma deformação que alvenaria

• Máxima tensão de compressão = 𝑓𝑓𝑡𝑡𝑡𝑡 / 𝛾𝛾

• Tensão de compressão na flexão representada por diagrama


retangular (Estádio III)

• Na flexão e flexo-compressão encurtamento na alvenaria ≤


0,35%

• Resistência à tração igual a zero

• Alongamento no aço ≤ 1,00%

4. VERGAS

Verga é uma viga alojada sobre abertura de porta ou janela e que tenha a
função exclusiva de transmissão de cargas verticais para as paredes adjacentes à
abertura

As armaduras das vergas devem sempre ser dimensionadas.

Na contra-verga, a armadura é construtiva, geralmente uma barra de 10 mm ou


treliça tipo TR (treliça espacial).

A análise das estruturas de alvenaria pode ser realizada considerando-se um


comportamento elástico-linear para os materiais, mesmo para verificação de estados
limites últimos, desde que as tensões de compressão atuantes não ultrapassem
metade do valor da resistência característica à compressão fk.
452

A dispersão de qualquer ação vertical concentrada ou distribuída sobre um


trecho de um elemento se dará segundo uma inclinação de 45 °, em relação ao plano
horizontal, podendo-se utilizar essa prescrição tanto para a definição da parte de um
elemento que efetivamente trabalha para resistir a uma ação quanto para a parte de
um carregamento que eventualmente atue sobre um elemento

Figura 10: Dispersão das ações verticais.

Fonte: NBR 15961-1.

Dados

Figura 11: Verga par.01.b


453

Vão efetivo

O vão efetivo deve ser tomado como a distância livre entre as faces dos apoios
acrescida de cada lado do vão dom menor valor entre:

• Metade da altura da viga; 0,095 m

• Distância do eixo do apoio à face do apoio; 0,29 m

𝑉𝑉ã𝑜𝑜
𝑉𝑉ã
ã𝑜𝑜
𝑜𝑜 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝒍𝒍𝒍𝒍 ,66 + 0,095+ 0,095 = 1,85 m
𝒐𝒐 = 1,66
𝒍𝒍𝒍𝒍Â𝒐𝒐
𝒍𝒍𝒍𝒍Â

𝑏𝑏 = 14 𝑐𝑐𝑐𝑐 ; 𝑑𝑑 = 15 𝑐𝑐𝑐𝑐

Figura 12: Altura útil

Carregamento atuante

Reação da laje: (2,


(2,29 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑚𝑚 ∗ 0,11 𝑚𝑚
𝑚𝑚) / 2,11 𝑚𝑚 = 0,12 𝐾𝐾𝐾𝐾

Peso próprio da alvenaria: (0,67 𝑚𝑚


(0, 𝑚𝑚²² ∗ 0,14 𝑚𝑚 ∗ 15 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚³)
𝑚𝑚
𝑚𝑚³³)) / 2,11 𝑚𝑚 =
0,67 𝐾𝐾𝐾𝐾
0, 𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑚𝑚

Peso do graute:(0
graute:(0,
graute:( 0,057 + 0,36
,36
36) 𝑚𝑚
𝑚𝑚²² ∗ 0,14 𝑚𝑚 ∗ 15 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑚𝑚³)
𝑚𝑚
𝑚𝑚³³)) / 2,11 = 0,42 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑚𝑚

Carregamento total: = 0,12 + 0,67 + 0,42 = 1,21 𝐾𝐾𝐾𝐾


𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑚𝑚

Cálculos dos esforços


454

Momento fletor:

2
∗ 𝑙𝑙𝑣𝑣𝑣𝑣ãã𝑜𝑜 1,0 852
,0 ∗ 1,,85
𝑀𝑀 = 𝛾𝛾𝑓𝑓 ∗ = 1,4
,4 ∗ = 0,6
,6 𝐾𝐾𝐾𝐾 ∗ 𝑚𝑚
8 8

Resistência do prisma:

O bloco utilizado possui 𝑓𝑓𝑏𝑏𝑏𝑏 = 4,0


,0 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀

𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 ∗
𝑓𝑓𝑏𝑏𝑏𝑏
= 80 e 𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝
= 2,0
,0

𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 = 0,8
,8 ∗ 𝑓𝑓𝑏𝑏𝑏𝑏 = 0,8
,8 ∗ 4 = 3,20
,20 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀


𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 = 2,0
,0 ∗ 𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 = 2,0
,0 ∗ 3,2
,2 = 6,40
,40 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀

Resistência da parede:

𝑓𝑓𝑘𝑘
∗ = 0,70
,70
𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝

𝑓𝑓𝑘𝑘 = 0,70
,70 ∗ 6,40
,40 = 4,48
,48 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀
455

Tabela 14: Valor do prisma para blocos de concreto classe A,B e C

Fonte: (NBR 6136/2005)


456

Seção balanceada

Posição da linha neutra no domínio 3 e 4 para Aço CA-50.

𝑥𝑥
= 0,628
,628 ∗ 𝑑𝑑
𝑑𝑑

𝑥𝑥34 = 0,628
,628 ∗ 15 = 9,4
,4 𝑐𝑐𝑐𝑐

Momento máximo de seções retangulares com armadura simples (condição de


ductilidade):

𝑀𝑀𝑑𝑑,
𝑑𝑑 áá𝑥𝑥
𝑥𝑥 ,4 ∗ 𝑓𝑓𝑑𝑑 ∗ 𝑏𝑏 ∗ 𝑑𝑑2 :
= 0,4

4480
𝑀𝑀𝑑𝑑,
𝑑𝑑 áá𝑥𝑥
𝑥𝑥 ,4 ∗ ൬
= 0,4 ൰ ∗ 0,14 ,152 = 2,82
,14 ∗ 0,15 ,82 𝐾𝐾𝐾𝐾 ∗ 𝑚𝑚
2,0
,0

Verificação:

𝑀𝑀𝑑𝑑 < 𝑀𝑀𝑑𝑑,


𝑑𝑑 𝑥𝑥 : 0,6
áá𝑥𝑥 0,6 < 2,82
,82 → 𝑜𝑜𝑜𝑜

Calculo da armadura:

• Altura da linha Neutra


𝑦𝑦
,8 ∗ 𝑥𝑥 ∗ 𝑏𝑏 ∗ ൬𝑑𝑑 − ൰
𝑀𝑀𝑑𝑑 = 𝑓𝑓𝑑𝑑 ∗ 0,8
2

4480 0,,8
8 ∗ 𝑥𝑥
0,6 =
0,6 ∗ 0,8 ,14 ∗ ൬0,
,8 ∗ 𝑥𝑥 ∗ 0,14 0,15 − ൰
2,0
, 2

𝑥𝑥 = 0,0167
,0167 𝑚𝑚

• Braço de alavanca
0,,8
8 ∗ 𝑥𝑥
𝑧𝑧 = ൬𝑑𝑑 − ൰
2
0,8
,8 ∗ 0,0167
,0167
𝑧𝑧 = ൬0,
0,15 − ൰ = 0,143
,143 𝑚𝑚
2
• Armadura calculada
𝑀𝑀𝑑𝑑
𝐴𝐴𝑠𝑠,
𝑠𝑠 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 =
𝑠𝑠,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
0,5
,5 ∗ 𝑓𝑓𝑦𝑦𝑦𝑦 ∗ 𝑧𝑧
457

0,6
0,,
𝐴𝐴𝑠𝑠,
𝑠𝑠 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 =
𝑠𝑠,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 = 0,193
,193 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐²
50
0,50
,50 ∗ ∗ 0,143
,143
1,15
,15
• Armadura mínima
𝐴𝐴𝑠𝑠,
𝑠𝑠 𝑛𝑛 = 0,10%
,10% ∗ 𝑏𝑏 ∗ 𝑑𝑑
𝐴𝐴𝑠𝑠,
𝑠𝑠 𝑛𝑛 = 0,10%
,10% ∗ 14 ∗ 15 = 0,21
,21 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐²

Tabela 15: Taxa de armadura

• Armadura adotada 1 ∅ 6,3


,3 𝑚𝑚𝑚𝑚

Cálculo do bambu
𝑓𝑓𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 𝑑𝑑 = resistência de cálculo do bambu
𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏,𝑑𝑑
𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏,,𝑑𝑑

Resistência a tração do bambu = 180 MPa (Referencial teórico)

• Altura da linha Neutra


𝑦𝑦
,8 ∗ 𝑥𝑥 ∗ 𝑏𝑏 ∗ ൬𝑑𝑑 − ൰
𝑀𝑀𝑑𝑑 = 𝑓𝑓𝑑𝑑 ∗ 0,8
2

4480 0,,8
8 ∗ 𝑥𝑥
0,6 =
0,6 ∗ 0,8 ,14 ∗ ൬0,
,8 ∗ 𝑥𝑥 ∗ 0,14 0,15 − ൰
2,0
, 2
458

𝑥𝑥 = 0,0167
,0167 𝑚𝑚

• Braço de alavanca
0,,8
8 ∗ 𝑥𝑥
𝑧𝑧 = ൬𝑑𝑑 − ൰
2
0,8
,8 ∗ 0,0167
,0167
𝑧𝑧 = ൬0,
0,15 − ൰ = 0,143
,143 𝑚𝑚
2
• Armadura calculada
𝑀𝑀𝑑𝑑
𝐴𝐴𝑏𝑏𝑏𝑏, 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 =
𝑏𝑏,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
0,5
,5 ∗ 𝑓𝑓𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 ∗ 𝑧𝑧
0,6
0,,
𝐴𝐴𝑏𝑏𝑏𝑏, 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 =
𝑏𝑏,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 = 0,536
,536 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐²
18
0,50
,50 ∗ ∗ 0,143
,143
1,15
,15
• Armadura mínima
𝐴𝐴𝑠𝑠,
𝑠𝑠 𝑛𝑛 = 0,10%
,10% ∗ 𝑏𝑏 ∗ 𝑑𝑑
𝐴𝐴𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏, 𝑛𝑛 = 0,10%
,10% ∗ 14 ∗ 15 = 0,21
,21 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐²
Diâmetro do bambu:

Sendo:
D = diâmetro externo
d = diâmetro interno
De acordo com Janssen (2000) para a maioria dos bambus o diâmetro
interno corresponde a 0.82 vezes o diâmetro externo. Portanto
𝐷𝐷² . Para obter uma relação entre os valores calcula-se
𝐴𝐴 = 0.2572 𝐷𝐷 se 𝐴𝐴
𝐴𝐴²² =
0.066 𝐷𝐷4 .
0.066
1 1
2 2 4
𝐴𝐴 4 0,536
𝐷𝐷 = ቆ ቇ =ቆ ቇ = 1,44
,44 𝑐𝑐𝑐𝑐
0,066 0,066
,066
• Barra adotada: 1 ∅ 15 𝑚𝑚𝑚𝑚
459

Cisalhamento

Calculo dos esforços

• Cortante máxima característica:


∗ 𝑙𝑙𝑣𝑣𝑣𝑣ã
𝑣𝑣ã𝑜𝑜
ã𝑜𝑜
𝑉𝑉𝑘𝑘,
𝑘𝑘, áá𝑥𝑥
𝑥𝑥 =
2
1 ∗ 1,85
,85
𝑉𝑉𝑘𝑘,
𝑘𝑘, áá𝑥𝑥
𝑥𝑥 = = 0,925
,925 𝐾𝐾𝐾𝐾
2

• Momento máximo característico:


2
∗ 𝑙𝑙𝑣𝑣𝑣𝑣ãã𝑜𝑜
𝑀𝑀𝑘𝑘,
𝑘𝑘 áá𝑥𝑥
𝑥𝑥 =
8
852
1 ∗ 1,,85
𝑀𝑀𝑘𝑘,
𝑘𝑘 áá𝑥𝑥
𝑥𝑥 = = 0,43
,43 𝐾𝐾𝐾𝐾 ∗ 𝑚𝑚
8

Resistência característica ao cisalhamento:


𝑓𝑓𝑣𝑣𝑣𝑣 = 0,35
,35 + 17
17,5
17, 5 ∗ 𝜌𝜌 ≤ 0,7𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀
, 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀
Onde:
𝐴𝐴
𝜌𝜌 = 𝑏𝑏𝑏𝑏∗𝑠𝑠
é taxa geométrica de armadura:
𝑏𝑏∗𝑑𝑑
∗𝑑𝑑
𝑑𝑑

𝐴𝐴𝑠𝑠 é a área da armadura de flexão.

0,32
0 ,
𝜌𝜌 = = 0,00152
,00152
14 ∗ 15
𝑓𝑓𝑣𝑣𝑣𝑣 = 0,35
,35 + 17
17,5
17, 5 ∗ 0,00152
,00152 = 0,377
,377 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 = 377 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝑚𝑚²

Em vigas de alvenaria estrutural bi apoiadas ou em balanço, a resistência


característica ao cisalhamento pode ser multiplicada pelo fator:

൤2,
൤2,
2,5 − 0,25
,25 ∗ 𝑀𝑀𝑘𝑘𝑘𝑘, áá𝑥𝑥
𝑥𝑥//ቀ
/ቀ𝑉𝑉𝑘𝑘

𝑘𝑘,𝑚𝑚
𝑘𝑘, 𝑥𝑥 ∗𝑑𝑑
𝑚𝑚á𝑥𝑥
𝑚𝑚á
𝑚𝑚á𝑥𝑥 ∗𝑑𝑑ቁቁ

ൣ2,
ൣ2,
2,5 − 0,25
,25 ∗ 0,49
,49/(
/(1,
/(11,4
,4∗015) ൧ = 1,971
4∗015 ,971

Logo,
460

𝑓𝑓𝑣𝑣𝑣𝑣 = 1,917
,917 ∗ 377 = 722
722,7
722,,7
7 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑚𝑚
𝑚𝑚²

1,4∗
1,4
,4∗𝑉𝑉𝑘𝑘,
𝑘𝑘 𝑚𝑚
𝑘𝑘,𝑚𝑚
𝑚𝑚á𝑥𝑥
𝑚𝑚á
á𝑥𝑥
𝑥𝑥
Tensão solicitante de cisalhamento:𝜏𝜏
cisalhamento:𝜏𝜏𝑠𝑠𝑠𝑠 = 𝑏𝑏∗𝑑𝑑
𝑏𝑏∗
𝑏𝑏

1 ,,4
1,4 4∗1
1,,,40
40
𝜏𝜏𝑠𝑠𝑠𝑠 = = 93
93,33
93, 33 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑚𝑚
𝐾𝐾𝐾𝐾/ 𝑚𝑚
𝑚𝑚²
0,14
,14 ∗ 0,15
,15

Verificação:

𝑓𝑓𝑣𝑣𝑣𝑣
𝜏𝜏𝑠𝑠𝑠𝑠 <
𝛾𝛾

722,,7
722,7
722
93,3
93,
93 3< → 𝑂𝑂𝑂𝑂
𝑂𝑂𝑂𝑂!
2,0
,

Nesse caso não será necessária armadura para resistir o cisalhamento.

Em casos onde esforço solicitante é maior que o resistente se faz necessário o


uso de armadura de cisalhamento paralela à direção de atuação da força cortante. Tal
armadura é determinada por:

൫𝑉𝑉𝑑𝑑 − 𝑉𝑉𝑎𝑎 ൯
𝐴𝐴𝑠𝑠𝑠𝑠 = ,05% 𝑏𝑏 ∗ 𝑠𝑠 (𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝑚𝑚
≥ 0,05% 𝑚𝑚í𝑛𝑛
𝑚𝑚íí𝑛𝑛
𝑛𝑛𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖
𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖)
0,5
,5 ∗ 𝑓𝑓𝑦𝑦𝑦𝑦 ∗ 𝑑𝑑

𝑉𝑉𝑎𝑎 = 𝑓𝑓𝑣𝑣𝑣𝑣 ∗ 𝑏𝑏 ∗ 𝑑𝑑 ∶ é a parcela da força cortante absorvida pela alvenaria;

𝑉𝑉𝑑𝑑 = 1,4 ∗ 𝑉𝑉𝑘𝑘,


𝑘𝑘, áá𝑥𝑥
𝑥𝑥 ∶ é o valor da cortante de cálculo;

𝑠𝑠𝑠𝑠: é o espaçamento da armadura de cisalhamento;

Em nenhum caso admite-se espaçamentos maior que 50% da altura útil. No


caso de vigas de alvenaria esse limite não pode superar 30 cm.
461

5. ACÕES HORIZONTAIS

Vento

Utiliza-se a ABNT NBR 6123/1988, para se obter as forças horizontais que


agem ao nível de cada pavimento, e que são resistidas pelos elementos
contraventamento da estrutura.

São considerados os quatro casos de vento na edificação

Figura 13: Ações horizontais devido ao vento

Dimensões do edifício:
462

Altura do pavimento térreo:


térreo ℎ = 300 𝑚𝑚
𝑚𝑚;

Altura da Caixa d’água : ℎ = 300 𝑚𝑚


𝑚𝑚;

𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑çã
𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑çã𝑜𝑜
çã𝑜𝑜
çã 𝑜𝑜 𝑥𝑥 = 10
10,34
,34 𝑚𝑚
Comprimentos pavimento térreo: 𝐿𝐿 ቊ ቋ;
𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑çã
çã𝑜𝑜
çã 𝑜𝑜 𝑦𝑦 = 12
12,00 𝑚𝑚
12,00

𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑çã
𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑çã𝑜𝑜
çã𝑜𝑜
çã 𝑜𝑜 𝑥𝑥 = 2
2,09
,,09
09 𝑚𝑚
Comprimentos caixa
aixa d’água: 𝐿𝐿 ቊ ቋ;
𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑çã
çã𝑜𝑜
çã 𝑜𝑜 𝑦𝑦 = 5,39
,39 𝑚𝑚

Área de influência:

𝐴𝐴𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 = 𝐿𝐿 ∗ ℎ

a) Fatores para cálculo dos coeficientes de arrasto

• Vento 90º
Através do ábaco da NBR 6123 foi possível encontras os valores do
coeficiente de arrasto (𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐)

ℎ 3 𝐿𝐿1
1 12
= = 0,25
,25 = = 1,16
,16
𝐿𝐿1
1 12 𝐿𝐿2
2 1010,34
10, 34

𝑐𝑐𝑐𝑐 = 1,1
,1
• Vento 0º
Através do ábaco da NBR 6123 foi possível encontras os valores do
coeficiente de arrasto (𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐)

ℎ 3 𝐿𝐿1
1 1010,34
10,
,34
= = 0,3
,3 = = 0,028
,028
𝐿𝐿1
1 1010,34
10, 34 𝐿𝐿2
2 12

𝑐𝑐𝑐𝑐 = 0,7
,7
463

Figura 14: Ábaco (coeficiente de arrasto)

Fonte: (NBR 6123)

b) Velocidade característica do vento

vento:𝑉𝑉0 = 46 𝑚𝑚ൗ𝑠𝑠 (Curva de isopletas na região de


Velocidade básica de vento:𝑉𝑉

Uberlândia)

Fator topográfico: 𝑆𝑆1 = 1,0


,0 (Terreno plano);
464

Fator estalístico: 𝑆𝑆3 = 1,0


,0 (edificações comerciais);

Fator rugosidade do terreno e dimensão da edificação:

• Categoria III (Cota média de obstáculo é de 3 m);

• Classe A (maio dimensão não excede 20 m);


𝑏𝑏 = 0,94
,94
94: 𝑝𝑝 = 0,10
,10 𝑒𝑒 𝐹𝐹𝑟𝑟 = 1,0
,0
𝑧𝑧 𝑝𝑝 𝑧𝑧 0,10
,10
𝑆𝑆2 (𝑧𝑧𝑧𝑧)) = 𝑏𝑏 ∗ 𝐹𝐹𝑟𝑟 ∗ ൬ ൰ = 0,94
,94 ∗ 1,0
,0 ∗ ,747 ∗ 𝑧𝑧 0,10
= 0,747 0,10
10 10

𝑉𝑉𝑘𝑘 = 𝑉𝑉0 ∗ 𝑆𝑆1 ∗ 𝑆𝑆2 ∗ 𝑆𝑆3

c) Pressão dinâmica:

,613 ∗ 𝑉𝑉𝑘𝑘 2
= 0,613

d) Força horizontal devido ao vento

A força horizontal provocada pela ação do vento é obtida através do produto


entre:

- Coeficiente de arrasto,

- Pressão dinâmica,

- Área de influência na direção analisada, conforme a expressão a seguir:

𝐹𝐹𝑣𝑣 = 𝐶𝐶𝑎𝑎 ∗ ∗ 𝐴𝐴 𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛

Vento 0º

𝑧𝑧 𝑝𝑝
𝑆𝑆2 (𝑧𝑧𝑧𝑧)) = 𝑏𝑏 ∗ 𝐹𝐹𝑟𝑟 ∗ ൬ ൰
10

3 0,10
𝑆𝑆2 (3,
3,0) = 0,94
3,0 ,0 ∗ ൬ ൰
,94 ∗ 1,0 = 0,83
,83
10

𝑉𝑉𝑘𝑘 = 𝑉𝑉0 ∗ 𝑆𝑆1 ∗ 𝑆𝑆2 ∗ 𝑆𝑆3


465

𝑉𝑉𝑘𝑘 = 46 ∗ 1,0
,0 ∗ 0,83
,83 ∗ 1,0
,0 = 38
38,18
38, 18 𝑚𝑚
𝑚𝑚/𝑠𝑠
𝑚𝑚//𝑠𝑠𝑠𝑠

,613 ∗ 𝑉𝑉𝑘𝑘 2
= 0,613

= 0,613
,613 ∗ 38 182 = 893
38,18
38, 893,58
893, 58 𝑁𝑁
𝑁𝑁/𝑚𝑚
𝑁𝑁/𝑚𝑚
𝑚𝑚²

𝐹𝐹𝑣𝑣 = 𝐶𝐶𝑎𝑎 ∗ ∗ 𝐴𝐴 𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛

𝐹𝐹𝑣𝑣 = 0,7
,7 ∗ 893
893, 58 ∗ (12 ∗ 3) = 22518
893,58 22518,2
22518,,2
2 𝑁𝑁

𝐹𝐹𝑑𝑑 = 22518
22518,2
22518, 2 ∗ 1,4
,4 = 31
31,53
31, 53 𝐾𝐾𝐾𝐾

Tabela 16

Pav. Vento Ca A infl (m²) Z (m) S2 S1 S3 Vk (m/s) q (N/m2) Fv (N) Fd (KN)


0° e 180° 0,7 36 3,00 0,83 1,00 1,00 38,18 893,58 22518,16 31,53
Térreo
90° e 270° 1,1 31,02 3,00 0,83 1 1 38,18 893,58 30490,66 42,69
Caixa 0° e 180° 0,7 15,09 5,8 0,89 1 1 40,94 1027,44 10854,28 15,20
d'água 90° e 270° 1,2 5,85 5,8 0,89 1 1 40,94 1027,44 7215,09 10,10

As paredes são os elementos de contraventamento quando se trata de


alvenaria estrutural.

São elas que resistem aos esforços horizontais e devem ser verificadas
adequadamente quanto à estabilidade global da estrutura.

Figura 15: Limite do comprimento da flange

𝑏𝑏𝑡𝑡 ≤ 6 ∗ 𝑡𝑡
466

Figura 16: Paredes de contraventamento vento 90°


467

Figura 17: Paredes de contraventamento vento 0°

Para encontrar a parcela que cada sub-estrutura resiste da força horizontal e


como se dá a distribuição de tensões, é necessário a obtenção das seguintes
propriedades geométricas da seção:

• Posição do centro de gravidade (onde passa a linha neutra);

• Distâncias do C.G à borda de maior tração e maior compressão;

• Momentos de inércia para as direções do vento.


468

Os valores de momentos de inércia e as distâncias foram encontradas através


de comando (PROPMASS) no autocad .

Figura 18: Comando PROPMASS

Tabela 19: Momentos de inércia das paredes de contraventamento (Vento 0°)

Vento 0° Parede Caixa d'água


Sub- X1 (m) X2 (m) Mk Total
Paredes Iyi (m4) Ri Fpk (N) Mk (KN.m) Fpk Mk (KN.m) Fpk total
estrutura tração Compre. (KN.m)
S1 01.a;11.d 0,005492 0,001156 0,3 0,44 26,03 0,08 0,08 26,03
S2 01.a;01.b;14 0,006764 0,001424 0,12 1,67 32,06 0,10 0,10 32,06
S3 01.b;15.c 0,039095 0,008229 0,18 0,86 185,31 0,56 0,56 185,31
S4 02.a;11.d 0,863997 0,181862 1,6 1,54 4095,20 12,29 12,29 4095,20
S5 02.b;15.b;15.c 0,462835 0,097422 0,85 1,84 2193,76 6,58 6,58 2193,76
S6 03;10.c;11.c 0,276031 0,058102 1,16 0,93 630,65 1,766 1308,34 3,93 5,69 1938,99
S7 04;10.b;10.c 0,19044 0,040086 0,75 1,34 902,65 2,71 2,71 902,65
S8 05.a;10.a;10.b;11.b 0,34898 0,073456 1,03 1,06 1654,10 4,96 4,96 1654,10
S9 06.a;09 0,000556 0,000117 0,09 0,2 1,27 0,004 2,64 0,01 0,01 3,91
S10 06.a;06.b;10.a;11.a 0,307897 0,064809 1,3 1,09 1459,38 4,38 4,38 1459,38
S11 06.a;13.a 0,003256 0,000685 0,34 0,7 15,43 0,05 0,05 15,43
S12 08:09 2,244934 0,472535 2,32 2,92 10640,61 31,92 31,92 10640,61
S13 08;13.a 0,000556 0,000117 0,2 0,78 2,64 0,01 0,01 2,64
Soma 4,750834 1
469

Tabela 20: Momentos de inércia das paredes de contraventamento (Vento 90°)

Vento 90° Parede Caixa d'água

Sub- y1 (m) y2 (m) Mk Total


Paredes Xxi (m4) Ri Fpk Mk (KN.m) Fpk Mk (KN.m) Fpk total
estruturas tração Compre. (KN.m)

S1 01.a;11.d 0,000463 0,000166 0,19 0,1 5,07 0,02 0,02 5,07


S2 01.a;01.b;14 0,67 0,240627 1,45 1,09 7336,88 22,01 22,01 7336,88
S3 01.b;02.b;15.c 0,530255 0,190438 1,27 1,27 5806,59 17,42 17,42 5806,59
S4 02.a;11.d 0,008176 0,002936 0,34 0,55 89,53 0,27 0,27 89,53
S5 03;10.c 0,00287 0,001031 0,42 0,17 7,436 0,021 31,42 0,09 0,12 38,86
S6 03;11.c 0,0029 0,001042 0,42 0,17 7,515 0,021 31,76 0,10 0,12 39,27
S7 04;10.b;10.c 0,013315 0,004782 0,52 0,52 145,81 0,44 0,44 145,81
S8 05.a;10.a;10.b 0,013315 0,004782 0,52 0,52 145,81 0,44 0,44 145,81
S9 15.a;15.b 0,769291 0,276287 2,02 2,02 8424,18 25,27 25,27 8424,18
S10 06.a;08;09 0,644189 0,231357 1,32 1,82 7054,24 21,16 21,16 7054,24
S11 06.a;06.b;10.a 0,002091 0,000751 0,11 0,33 5,417 0,015 22,89 0,07 0,08 28,31
S12 07.a;08;13.a 0,127526 0,0458 1,02 0,62 1396,48 4,19 4,19 1396,48
Soma 2,784391 1

Cisalhamento

Verificação
470

Tabela 17: Tensão cisalhante nas paredes (sentido horizontal 0º e 180° )

Vento 0° e 180°
Sub- Carga
Área , 𝒆𝒆𝒆𝒆, , ( , 𝒆𝒆𝒆𝒆, )
estrutur Paredes Lcis (cm) Fpk (kN) Total 𝒇𝒇𝒗𝒗𝒗 𝒇𝒇𝒗𝒗𝒗 ≤ 𝒇𝒇𝒗𝒗𝒗
(cm²)
as (Mpa) (KN) (Mpa) (Mpa) (Mpa) (Mpa)
S1 01.a 70,00 980 0,429 0,026 54,19 0,386 0,343 0,171 0,00037 Ok!
S2 01.a;01.b 180,00 2520 0,199 0,032 64,84 0,180 0,240 0,120 0,00018 Ok!
S3 01.b 104,00 1456 0,511 0,185 95,90 0,460 0,380 0,190 0,00178 Ok!
S4 02.a 300,00 4200 0,193 4,095 104,78 0,174 0,237 0,119 0,01365 Ok!
S5 02.b 255,00 3570 0,145 2,194 66,76 0,130 0,215 0,108 0,00860 Ok!
S6 03. 209,00 2926 0,092 1,939 34,64 0,083 0,191 0,096 0,00928 Ok!
S7 04. 195,00 2730 0,117 0,903 41,34 0,106 0,203 0,101 0,00463 Ok!
S8 05.a 181,00 2534 0,276 1,654 90,06 0,248 0,274 0,137 0,00914 Ok!
S9 06.b 225,00 3150 0,249 0,004 101,36 0,225 0,262 0,131 0,00002 Ok!
S10 06.a 29,00 406 0,301 1,459 15,78 0,271 0,286 0,143 0,05032 Ok!
S11 07. 105,00 1470 0,578 0,015 109,62 0,520 0,410 0,205 0,00015 Ok!
S12 08. 136,00 1904 0,207 10,641 50,83 0,186 0,243 0,122 0,07824 Ok!
S13 08. 29,00 406 1,463 0,003 76,60 1,317 0,808 0,404 0,00009 Ok!

Tabela 18: Tensão cisalhante nas paredes (sentido horizontal 90° e 270°)

Vento 90° e 270°


Sub-
Área , 𝒆𝒆𝒆𝒆, Carga , ( , 𝒆𝒆𝒆𝒆, )
≤ 𝒇𝒇𝒗𝒗𝒗
estrutur Paredes Lcis (cm) Fpk (kN) 𝒇𝒇𝒗𝒗𝒗 𝒇𝒇𝒗𝒗𝒗
(cm²) (KN)
as (Mpa) (Mpa) (Mpa) (Mpa) (Mpa)
S1 11.d 30,00 420 0,541 0,005 29,29 0,487 0,393 0,197 0,00017 Ok!
S2 14 226,00 3164 0,048 7,337 19,55 0,043 0,172 0,086 0,03246 Ok!
S3 15.c 240,00 3360 0,053 5,807 23,15 0,048 0,174 0,087 0,02419 Ok!
S4 11.d 89,00 1246 0,182 0,090 29,29 0,164 0,232 0,116 0,00101 Ok!
S5 10.c 45,00 630 0,420 0,039 34,17 0,378 0,339 0,170 0,00086 Ok!
S6 11.c 75,00 1050 0,325 0,039 43,96 0,292 0,296 0,148 0,00052 Ok!
S7 10.b;10.c 104,00 1456 0,393 0,146 73,75 0,353 0,327 0,163 0,00140 Ok!
S8 10.a;10.b 104,00 1456 0,386 0,146 72,47 0,347 0,324 0,162 0,00140 Ok!
S9 15.a;15.b 404,00 5656 0,111 8,424 81,25 0,100 0,200 0,100 0,02085 Ok!
S10 09. 286,00 4004 0,058 7,054 29,89 0,052 0,176 0,088 0,02467 Ok!
S11 10.a 105,00 1470 0,173 0,028 32,89 0,156 0,228 0,114 0,00027 Ok!
S12 13.a 136,00 1904 0,113 1,396 27,79 0,102 0,201 0,100 0,01027 Ok!

FORÇA HORIZONTAL E MOMENTOS FLETORES NAS CERCAS DE SUB-


ESTRUTURA

A força horizontal que age na lateral da edificação se distribuí entre as cercas


de subestruturas através de uma razão de inércias "Ri", representada na Tabela e que
pode ser interpretada como a porcentagem da força horizontal resistida pela sub-
estrutura.

𝐼𝐼𝑗𝑗
𝑅𝑅 =
σ 𝐼𝐼𝑗𝑗
471

𝑗𝑗:é a direção do vento analisado;


𝑗𝑗𝑗𝑗:

𝑖𝑖: é a subestrutura resistente.

FORÇA HORIZONTAL E MOMENTOS FLETORES NAS CERCAS DE SUB-


ESTRUTURA

A carga de horizontal característica Fpk, de vento ou desaprumo, que age em


uma subestrutura num dado pavimento é calculado a partir da seguinte expressão:

𝐹𝐹𝑝𝑝𝑝𝑝 = 𝑅𝑅 ∗ 𝐹𝐹ℎ (𝑍𝑍


(𝑍𝑍)
𝑍𝑍)

FORÇA HORIZONTAL E MOMENTOS FLETORES NAS CERCAS DE SUB-


ESTRUTURA

Conhecida a carga horizontal que age na sub-estrutura e sua respectiva cota,


é possível determinar o momento fletor que atua no pavimento.

FORÇA HORIZONTAL E MOMENTO FLETOR PROVOCADOS PELO VENTO


472

6. TENSÕES NORMAIS

Partindo do princípio da superposição de efeitos, é possível separar a


solicitação da estrutura em dois casos: flexão simples e compressão simples.

Desta forma se torna fácil entender o comportamento da estrutura e realizar as


combinações de Estado Limite Último, propostas pela ABNT NBR 15961-1.

Tais combinações de tensões precisam ser verificadas devendo permanecer


abaixo do limite imposto pela resistência do bloco de alvenaria estrutural escolhido.

6.1 FLEXÃO SIMPLES

Os momentos fletores provocados pelo desaprumo e pela ação do vento


provocam tensões normais perpendiculares à fiada de alvenaria, e que podem ser
encontradas através da seguinte equação:
473

Figura 21: Tensão normal devido a flexão simples na direção 0°

Vento 0° Tensões de flexão


Sub- X1 (m) X2 (m) Mk Total 𝒗𝒗, , 𝒗𝒗, á ,
Paredes Iyi (m4) ( ) ( )
estrutura tração Compre. (KN.m)
S1 01.a;11.d 0,00549185 -0,3 0,44 0,08 -0,00043 0,000626
S2 01.a;01.b;14 0,00676447 -0,12 1,67 0,10 -0,00017 0,002375
S3 01.b;15.c 0,0390954 -0,18 0,86 0,56 -0,00026 0,001223
S4 02.a;11.d 0,86399686 -1,6 1,54 12,29 -0,00228 0,002190
S5 02.b;15.b;15.c 0,46283486 -0,85 1,84 6,58 -0,00121 0,002616
S6 03;10.c;11.c 0,27603067 -1,16 0,93 5,69 -0,00239 0,001917
S7 04;10.b;10.c 0,19043958 -0,75 1,34 2,71 -0,00107 0,001905
S8 05.a;10.a;10.b;11.b 0,3489795 -1,03 1,06 4,96 -0,00146 0,001507
S9 06.a;09 0,0005564 -0,09 0,2 0,01 -0,00019 0,000412
S10 06.a;06.b;10.a;11.a 0,30789703 -1,3 1,09 4,38 -0,00185 0,001550
S11 06.a;13.a 0,00325643 -0,34 0,7 0,05 -0,00048 0,000995
S12 08:09 2,24493442 -2,32 2,92 31,92 -0,00330 0,004152
S13 08;13.a 0,0005564 -0,2 0,78 0,01 -0,00028 0,001109

Figura 22: Tensão normal devido a flexão simples na direção 180°

Vento 180° Tensões de flexão


Sub- X1 (m) X2 (m) Mk Total 𝒗𝒗, , 𝒗𝒗, á ,
Paredes Iyi (m4) ( ) (
estrutura tração Compre. (KN.m) )
S1 01.a;11.d 0,00549185 0,30 -0,44 0,08 -0,0006257 0,000427
S2 01.a;01.b;14 0,00676447 0,12 -1,67 0,10 -0,0023747 0,000171
S3 01.b;15.c 0,0390954 0,18 -0,86 0,56 -0,0012229 0,000256
S4 02.a;11.d 0,86399686 1,60 -1,54 12,29 -0,0021898 0,002275
S5 02.b;15.b;15.c 0,46283486 0,85 -1,84 6,58 -0,0026164 0,001209
S6 03;10.c;11.c 0,27603067 1,16 -0,93 5,69 -0,0019174 0,002392
S7 04;10.b;10.c 0,19043958 0,75 -1,34 2,71 -0,0019054 0,001066
S8 05.a;10.a;10.b;11.b 0,3489795 1,03 -1,06 4,96 -0,0015073 0,001465
S9 06.a;09 0,0005564 0,09 -0,2 0,01 -0,0004123 0,000186
S10 06.a;06.b;10.a;11.a 0,30789703 1,30 -1,09 4,38 -0,0015499 0,001849
S11 06.a;13.a 0,00325643 0,34 -0,7 0,05 -0,0009954 0,000483
S12 08:09 2,24493442 2,32 -2,92 31,92 -0,0041521 0,003299
S13 08;13.a 0,0005564 0,20 -0,78 0,01 -0,0011091 0,000284
474

Figura 23: Tensão normal devido a flexão simples na direção 90°

Vento 90° Tensões de flexão


Sub- 𝒗𝒗, á ,
y1 (m) y2 (m) Mk Total 𝒗𝒗, ,
estrutura Paredes Xxi (m4) ( ) ( )
tração Compre. (KN.m)
s
S1 01.a;11.d 0,00046302 -0,19 0,1 0,02 -0,0006242 0,000329
S2 01.a;01.b;14 0,67 -1,45 1,09 22,01 -0,0047635 0,003581
S3 01.b;02.b;15.c 0,53025457 -1,27 1,27 17,42 -0,0041722 0,004172
S4 02.a;11.d 0,00817616 -0,34 0,55 0,27 -0,0011170 0,001807
S5 03;10.c 0,00286955 -0,42 0,17 0,12 -0,0016845 0,000682
S6 03;11.c 0,0029 -0,42 0,17 0,12 -0,0016845 0,000682
S7 04;10.b;10.c 0,01331549 -0,52 0,52 0,44 -0,0017083 0,001708
S8 05.a;10.a;10.b 0,01331549 -0,52 0,52 0,44 -0,0017083 0,001708
S9 15.a;15.b 0,76929141 -2,02 2,02 25,27 -0,0066360 0,006636
S10 06.a;08;09 0,6441893 -1,32 1,82 21,16 -0,0043364 0,005979
S11 06.a;06.b;10.a 0,00209063 -0,11 0,33 0,08 -0,0004412 0,001324
S12 07.a;08;13.a 0,12752563 -1,02 0,62 4,19 -0,0033509 0,002037

Figura 24: Tensão normal devido a flexão simples na direção 270°

Vento 270° Tensões de flexão


Sub- 𝒗𝒗, á ,
y1 (m) y2 (m) Mk Total 𝒗𝒗, ,
estrutura Paredes Xxi (m4) ( ) ( )
tração Compre. (KN.m)
s
S1 01.a;11.d 0,00046302 0,19 -0,1 0,02 -0,0003285 0,000624
S2 01.a;01.b;14 0,67 1,45 -1,09 22,01 -0,0035808 0,004763
S3 01.b;02.b;15.c 0,53025457 1,27 -1,27 17,42 -0,0041722 0,004172
S4 02.a;11.d 0,00817616 0,34 -0,55 0,27 -0,0018068 0,001117
S5 03;10.c 0,00286955 0,42 -0,17 0,12 -0,0006818 0,001685
S6 03;11.c 0,0029 0,42 -0,17 0,12 -0,0006818 0,001685
S7 04;10.b;10.c 0,01331549 0,52 -0,52 0,44 -0,0017083 0,001708
S8 05.a;10.a;10.b 0,01331549 0,52 -0,52 0,44 -0,0017083 0,001708
S9 15.a;15.b 0,76929141 2,02 -2,02 25,27 -0,0066360 0,006636
S10 06.a;08;09 0,6441893 1,32 -1,82 21,16 -0,0059790 0,004336
S11 06.a;06.b;10.a 0,00209063 0,11 -0,33 0,08 -0,0013235 0,000441
S12 07.a;08;13.a 0,12752563 1,02 -0,62 4,19 -0,0020368 0,003351
475

7. DIMENSIONAMENTO

7.1 TENSÃO MÁXIMA DEVIDO A FLEXO-COMPRESSÃO

A verificação quanto à compressão máxima é realizada através de duas


combinações.

Uma delas admite a carga acidental da laje como sendo a ação principal
acidental e o vento como ação secundária, na outra, a principal é proveniente da ação
do vento e a acidental da laje torna-se secundária.

O limite de resistência característica da parede fk é dado pelo maior valor entre


as duas combinações.
476

A tensão mínima provocada pela flexão da estrutura é calculada para se


identificar a necessidade de armar um determinado trecho de parede.

Essa necessidade decorre quando a solicitação de tração no trecho superar a


resistência à tração da argamassa, devendo ser adicionadas barras verticais para
combater este esforço.

Para obter a tensão mínima a ABNT NBR 15961-1 considera 90% da carga
permanente agindo no trecho de acordo com a seguinte expressão:
477

Ao se calcular essa equação é possível verificar se a subestrutura está sendo


tracionada
a através do sinal negativo do 𝜎𝜎𝑡𝑡𝑡𝑡 .

Se for empregada uma argamassa com resistência média à compressão na


faixa de 3,5 a 7,0 MPa, a própria resistência da argamassa é capaz de resistir ao
esforço de tração e não há necessidade de armadura transversal.

Tabela 19: Valores característicos a tração na flexão.

Fonte: NBR 15812-1

Tabela 20: Dimensionamento na direção 0°


478

Tabela 21: Dimensionamento na direção 90°

Verificação Dimensionamento a compressão


Direção 90°
(KN/cm²)
Compressão Tração Parede Prisma Bloco Bloco
Sub- 𝒇𝒇 , 𝒇𝒇 , 𝒇𝒇𝒕𝒕𝒕 𝒇𝒇 𝒇𝒇 𝒇𝒇 adotado
estruturas ( ) ( )( ) ( )( )( ) (Mpa)

S1 0,20 0,22 0,04778 0,22313 0,31876 0,39845 4,5


S2 0,02 0,02 -0,00236 0,01977 0,02824 0,03530 4,5
S3 0,03 0,03 -0,00103 0,02205 0,03149 0,03937 4,5
S4 0,07 0,08 0,01484 0,07521 0,10745 0,13431 4,5
S5 0,16 0,17 0,03549 0,17356 0,24794 0,30993 4,5
S6 0,12 0,13 0,02685 0,13396 0,19138 0,23922 4,5
S7 0,15 0,16 0,03295 0,16210 0,23157 0,28946 4,5
S8 0,14 0,16 0,03234 0,15928 0,22755 0,28443 4,5
S9 0,05 0,05 0,00073 0,04597 0,06567 0,08208 4,5
S10 0,03 0,03 -0,00086 0,02389 0,03413 0,04266 4,5
S11 0,07 0,07 0,01499 0,07160 0,10228 0,12785 4,5
S12 0,05 0,05 0,00549 0,04671 0,06672 0,08340 4,5

Tabela 22: Dimensionamento na direção 180°

Verificação Dimensionamento a compressão


Direção 180°
(KN/cm²)
Compressão Tração Parede Prisma Bloco Bloco
Sub- 𝒇𝒇 , 𝒇𝒇 , 𝒇𝒇𝒕𝒕𝒕 𝒇𝒇 𝒇𝒇 𝒇𝒇 adotado
( ) ( )( ) ( )( )( )
estruturas (Mpa)
S1 0,16 0,18 0,04 0,17694 0,25277 0,31596 4,5
S2 0,07 0,08 0,01 0,08234 0,11763 0,14704 4,5
S3 0,19 0,21 0,04 0,21078 0,30111 0,37639 4,5
S4 0,08 0,08 0,01 0,07984 0,11405 0,14256 4,5
S5 0,06 0,06 0,01 0,05984 0,08549 0,10686 4,5
S6 0,04 0,04 0,01 0,03788 0,05412 0,06765 4,5
S7 0,05 0,05 0,01 0,04845 0,06922 0,08652 4,5
S8 0,10 0,12 0,02 0,11372 0,16246 0,20308 4,5
S9 0,09 0,10 0,02 0,10297 0,14710 0,18387 4,5
S10 0,11 0,13 0,02 0,12437 0,17768 0,22209 4,5
S11 0,21 0,24 0,05 0,23863 0,34090 0,42612 4,5
S12 0,08 0,09 0,01 0,08543 0,12204 0,15255 4,5
479

Tabela 23: Dimensionamento na direção 270°

Verificação Dimensionamento a compressão


Direção 270°
(KN/cm²)
Compressão Tração Parede Prisma Bloco Bloco
𝒇𝒇 , 𝒇𝒇 , 𝒇𝒇𝒕𝒕𝒕 𝒇𝒇 𝒇𝒇 𝒇𝒇
Sub- adotado
) ( )( ) ( )( )( )
estruturas ( (Mpa)
S1 1,98 2,23 0,49 0,22313 0,31876 0,39845 4,5
S2 0,18 0,20 0,04 0,01977 0,02824 0,03530 4,5
S3 0,20 0,23 0,04 0,02205 0,03149 0,03937 4,5
S4 0,67 0,75 0,16 0,07521 0,10745 0,13431 4,5
S5 1,54 1,74 0,38 0,17356 0,24794 0,30993 4,5
S6 1,19 1,34 0,29 0,13396 0,19138 0,23922 4,5
S7 1,44 1,62 0,35 0,16210 0,23157 0,28946 4,5
S8 1,42 1,59 0,34 0,15928 0,22755 0,28443 4,5
S9 0,42 0,47 0,09 0,04597 0,06567 0,08208 4,5
S10 0,22 0,24 0,04 0,02389 0,03413 0,04266 4,5
S11 0,64 0,72 0,15 0,07160 0,10228 0,12785 4,5
S12 0,42 0,47 0,10 0,04671 0,06672 0,08340 4,5

𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑙𝑙𝑙𝑙 = 0,8


𝑝𝑝𝑝𝑝,𝑙𝑙𝑙𝑙
𝑝𝑝𝑝𝑝, ,8 ∗ 𝑓𝑓𝑏𝑏𝑏𝑏

𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑙𝑙𝑙𝑙 = 0,8


𝑝𝑝𝑝𝑝,𝑙𝑙𝑙𝑙
𝑝𝑝𝑝𝑝, ,8 ∗ 0,45
,45 = 0,36
,36 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑐𝑐𝑐𝑐
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑐𝑐𝑐𝑐²
𝑐𝑐𝑐𝑐

Optou-se por utilizar blocos de resistência 4,5 MPa .

Todas as Subestruturas apresentaram


resentaram um 𝑓𝑓𝑏𝑏𝑏𝑏 menor que 0,36 KN/cm², portanto
não será necessário adicionar pontos de grauteamento além dos pontos construtivos
já previstos nos encontros de paredes e nos apoios das vergas, que já são suficientes
para resistir às tensões máximas de compressão

Percebe-se também que em algumas subestruturas podem ocorrer tensões de


tração (quando o 𝑓𝑓𝑡𝑡𝑡𝑡 for negativo), portanto, não há necessidade de acrescentar
armadura vertical, visto que a própria argamassa já resiste a essas pequenas tensões
inferiores a 𝑓𝑓𝑡𝑡𝑡𝑡 ≤ 0,020
,020 𝐾𝐾𝐾𝐾
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑐𝑐𝑐𝑐
𝐾𝐾𝐾𝐾/𝑐𝑐𝑐𝑐².
𝑐𝑐𝑐𝑐²
𝑐𝑐𝑐𝑐
480

Dessa forma a armadura adotada nos pontos grauteados será 𝐴𝐴𝑠𝑠𝑠𝑠, 𝑛𝑛 previsto

pela NBR 15961-1, onde;

𝐴𝐴𝑠𝑠,
𝑠𝑠 𝑛𝑛 = 0,10%
,10% ∗ 𝑏𝑏 ∗ 𝑑𝑑

𝐴𝐴𝑠𝑠,
𝑠𝑠 𝑛𝑛 = 0,10%
,10% ∗ 14 ∗ 15 = 0,21
,21 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐²

Tabela 24: Taxa de armadura

• Armadura adotada 1 ∅ 6,3


,3 𝑚𝑚𝑚𝑚

Cálculo do bambu

𝑓𝑓𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 𝑑𝑑 = resistência de cálculo do bambu


𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏,𝑑𝑑
𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏,,𝑑𝑑

• Armadura mínima
𝐴𝐴𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏, 𝑛𝑛 = 0,10%
,10% ∗ 𝑏𝑏 ∗ 𝑑𝑑
𝐴𝐴𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏, 𝑛𝑛 = 0,10%
,10% ∗ 14 ∗ 15 = 0,21
,21 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐²
481

Diâmetro do bambu:
Sendo:
D = diâmetro externo
d = diâmetro interno
1 1
𝐴𝐴2 4 0,212 4
𝐷𝐷 = ቆ ቇ =ቆ ቇ = 0,9
,9 𝑐𝑐𝑐𝑐 = 9 𝑚𝑚𝑚𝑚
0,066 0,066

• Barra adotada: 1 ∅ 10 𝑚𝑚𝑚𝑚 para cada ponto de graute.


482

Figura 25: Planta baixa com as modulações dos blocos e pontos de graute
483

Figura 26: Croqui 3d

No projeto de elementos com alvenaria armada submetidos a tensões normais


admitem-se as seguintes hipóteses:

• As tensões são proporcionais às deformações;

• As seções permanecem planas depois da deformação;

• Há aderência perfeita entre o aço e a alvenaria;


• Resistência da alvenaria à tração é nula;

• Máximo encurtamento da alvenaria se limita em 0,35%;

• Máximo alongamento do aço limitado em 1,0%;

• Tensão no aço limitada a 50% da tensão de escoamento.


484

ANEXO C

PROJETO ESTRUTURAL - PAREDES

PROPRIETÁRIO: AVANZARE
DETALHAMENTO DOS BLOCOS FOLHA 1/2
PAREDES 3 E 6
485

PROJETO ESTRUTURAL - PAREDES

PROPRIETÁRIO: AVANZARE
DETALHAMENTO DOS BLOCOS FOLHA 2/2
PAREDES 8, 10 E 11
486

L8
h=10
12 N18 c/20 L9
5 238 5
N4 h=10
110

L6
h=10
18 N17 c/10
5 233 N3 5
L7
107
h=10

L5
h=10
11 N23 c/16
5 248 N3 5
114

L4
h=10
8 N16 c/20 L3 8 N15 c/20
5 100 5 5 5
N2 362 h=10 N2
28 102

L2
h=10

9 N22 c/17
5 179 N1 5
61

L1
h=10

Armação negativa Laje (Eixo X)


DETALHE DA ARMADURA SUPERIOR DE CONTINUIDADE DA LAJE
E MONTAGEM DA ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO
Armaduras de distribuição (N2)
(amarração das arm. negativas)

Armaduras negativas (N1)


(continuidade das lajes)

Laje 1 Laje 2

ISOMÉTRICA Armaduras de distribuição


Viga
Armadura Armadura de distribuição
Armadura negativa (superior) Armaduras de distribuição N22 9 N1 ø5.0 c/20 C=150
(continuidade das lajes)
N15 19 N2 ø5.0 c/20 C=165
N16 5 N2 ø5.0 c/20 C=165
N23 13 N3 ø5.0 c/20 C=180
Laje 1 Laje 2
N17 12 N3 ø5.0 c/20 C=180
N18 12 N4 ø5.0 c/20 C=240
VISTA FRONTAL
Viga

eixo da viga

Ferros de distribuição
Ferro Armadura de distribuição
N1 6 N2 øX.X c/xx
3 N1 øX.X c/xx
N'2'

Laje 1 Laje 2
PROJETO ESTRUTURAL - LAJE
PLANTA BAIXA

NOTA: A ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO DAS CONTINUIDADES DEVE SER


ININTERRUPTA E COM TRASPASSE (CASO HAJA EMENDAS).
PROPRIETÁRIO: AVANZARE
PROJETO ESTRUTURAL:

DETALHAMENTO LAJE EIXO X FOLHA 1/4


487

L8 L9

N13 5

N14 5

N11 5

N12 5
h=10 h=10
169 117 98 248
9 N25 12 N25 10 N25 14 N25

12 N25 c/10

10 N25 c/10

14 N25 c/18
9 N25 c/20
5 228

5 228

5 228

5 228
N6 5
L6
h=10

L7

10 N21 c/20
h=10

53
5 210
L5

N9 5

N10 5

N7 5

N8 5
h=10

109

109

109

109
N6 5
10 N20 c/20

13 N27 c/20
9 N29 c/13
9 N28 c/20

N5 5

5 N26 c/20
5 70
N6 5

L4 L3
99 262
h=10 h=10
24 N19 c/8

5 243
172 106 5 N26 13 N27
18 N24 c/16
9 N28 9 N29

5 276
5 277

L2

5 295
h=10
60
5 203

112
5 278

L1
h=10

Armação negativa Laje (Eixo Y)


DETALHE DA ARMADURA SUPERIOR DE CONTINUIDADE DA LAJE
E MONTAGEM DA ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO
Armaduras de distribuição (N2)
(amarração das arm. negativas)

Armaduras negativas (N1)


(continuidade das lajes)
Armaduras de distribuição
Armadura Armadura de distribuição
N24 14 N5 ø5.0 c/20 C=285
Laje 1 Laje 2
N19 11 N6 ø5.0 c/20 C=195
N26 15 N7 ø5.0 c/20 C=106
ISOMÉTRICA
Viga N27 13 N8 ø5.0 c/20 C=269
N28 14 N9 ø5.0 c/20 C=172
Armadura negativa (superior)
(continuidade das lajes)
Armaduras de distribuição
N29 18 N10 ø5.0 c/16 C=113
N20 4 N6 ø5.0 c/20 C=195
N21 11 N6 ø5.0 c/20 C=195
Laje 1 Laje 2 N25 12 N11 ø5.0 c/19 C=105
N25 12 N12 ø5.0 c/20 C=255
N25 12 N13 ø5.0 c/20 C=176
VISTA FRONTAL
Viga N25 12 N14 ø5.0 c/19 C=124
eixo da viga

Ferros de distribuição
Ferro Armadura de distribuição
N1 6 N2 øX.X c/xx
3 N1 øX.X c/xx
N'2'
PROJETO ESTRUTURAL - LAJE
Laje 1 Laje 2

PLANTA BAIXA PROPRIETÁRIO: AVANZARE


NOTA: A ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO DAS CONTINUIDADES DEVE SER PROJETO ESTRUTURAL:
ININTERRUPTA E COM TRASPASSE (CASO HAJA EMENDAS). DETALHAMENTO LAJE EIXO Y FOLHA 2/4
488

12 N6 ø5.0 c/19 C=308 12 N7 ø5.0 c/19 C=368


L8 L9
h=10 h=10

9 N4 ø5.0 c/19 C=203 25 N5 ø5.0 c/19 C=668

L6 L7
h=10 h=10

9 N4 ø5.0 c/19 C=203

L5
h=10

8 N4 ø5.0 c/19 C=203 8 N3 ø5.0 c/19 C=293


L4 L3
h=10 h=10 16 N2 ø5.0 c/19 C=383

L2
h=10

15 N1 ø5.0 c/19 C=652

L1
h=10

Armação positiva Laje (Eixo X)


15 N11 ø5.0 c/19 C=248

19 N11 ø5.0 c/19 C=248

L8
h=10
L9
h=10
10 N10 ø5.0 c/19 C=188

L6
47 N13 ø6.3 c/14 C=488

h=10

L7
h=10
10 N10 ø5.0 c/19 C=188

L5
h=10
10 N9 ø5.0 c/19 C=173

15 N9 ø5.0 c/19 C=173

L4 L3
h=10 h=10
19 N8 ø5.0 c/19 C=323

L2
h=10
32 N12 ø6.3 c/20 C=308

L1
h=10

PROJETO ESTRUTURAL - LAJE

Armação positiva Laje (Eixo Y) PROPRIETÁRIO: AVANZARE


PROJETO ESTRUTURAL:
DETALHAMENTO ARMADURA POSITIVA E NEGATIVA FOLHA 3/4
489

RELAÇÃO DO AÇO

Negativos X Negativos Y

AÇO N DIAM QUANT C.UNIT C.TOTAL


(mm) (cm) (cm)
CA60 1 5.0 9 150 1350
2 5.0 24 165 3960
3 5.0 25 180 4500
4 5.0 12 240 2880
5 5.0 14 285 3990 RELAÇÃO DO AÇO
6 5.0 26 195 5070
7 5.0 15 106 1590 Positivos X Positivos Y
8 5.0 13 269 3497
9 5.0 14 172 2408 QUANT C.UNIT C.TOTAL
AÇO N DIAM
10 5.0 18 113 2034
(mm) (cm) (cm)
11 5.0 12 105 1260
12 5.0 12 255 3060 CA60 1 5.0 15 652 9780
13 5.0 12 176 2112 2 5.0 16 383 6128
14 5.0 12 124 1488 3 5.0 8 293 2344
CA50 15 6.3 8 369 2952 4 5.0 26 203 5278
16 6.3 8 107 856 5 5.0 25 668 16700
17 6.3 18 240 4320 6 5.0 12 308 3696
18 6.3 12 245 2940 7 5.0 12 368 4416
19 6.3 24 210 5040 8 5.0 19 323 6137
20 6.3 10 77 770 9 5.0 25 173 4325
21 6.3 10 217 2170 10 5.0 20 188 3760
22 8.0 9 185 1665 11 5.0 34 248 8432
23 8.0 11 254 2794 CA50 12 6.3 32 308 9856
24 8.0 18 284 5112 13 6.3 47 488 22936
25 8.0 45 234 10530
26 10.0 5 300 1500 RESUMO DO AÇO
27 10.0 13 248 3224
28 10.0 9 282 2538 PESO + 10%
AÇO DIAM C.TOTAL
29 10.0 9 281 2529
(mm) (m) (kg)
CA50 6.3 327.9 88.3
RESUMO DO AÇO CA60 5.0 710 120.4
PESO TOTAL
AÇO DIAM C.TOTAL PESO + 10%
(kg)
(mm) (m) (kg)
CA50 6.3 190.5 51.3 CA50 88.3
8.0 201 87.2 CA60 120.4
10.0 97.9 66.4
CA60 5.0 392 66.5 Volume de concreto (C-25) = 8.62 m³
PESO TOTAL Área de forma = 86.22 m²
(kg)

CA50 204.9
CA60 66.5

Volume de concreto (C-25) = 0.00 m³


Área de forma = 0.00 m²

PROJETO ESTRUTURAL - LAJE

PROPRIETÁRIO: AVANZARE
PROJETO ESTRUTURAL:

RELAÇÃO E RESUMO DO AÇO FOLHA 4/4


490

ANEXO D

Dimensionamentro hidrossanitário

Todos os elementos que compõe o projeto hidráulico, sanitário e pluvial foram


dimensionados pelo software da AltoQi (Qi Builder).

Reservatório cilíndrico RCi1 (Caixa d` agua)

Dados:

Consumo diário: 0.65 m³/dia

Localização: Superior

% do volume do reservatório (edificação): 100 %

% do volume do reservatório (localização): 100 %

Volume da RTI: 2 m³

Peça adotada

Peça: Fibra de vidro - 2000 L - 1"

Altura: 140 cm

Diâmetro: 140 cm

Volume efetivo: 2 m³
491

Coluna (Caixa d` agua)

Tomada d´água:

Fibra de vidro - 2000 L - 1" (Reservatório cilíndrico)

Nível geométrico: 5.57 m

Pressão inicial: 1.20 m.c.a.


Desnív Pressões
Vazão Ø Veloc. Comprimento (m) Perda Altura
el (m.c.a.)
Trecho J (m/m)
Condut Jusant
(l/s) (mm) (m/s) Equiv. Total (m.c.a.) (m) (m) Disp.
o e
1-2. 0.76 20 2.42 0.55 1.20 1.75 0.4304 0.40 5.57 0.00 1.20 0.80
2-3. 0.76 20 2.42 2.47 0.50 2.97 0.4304 1.28 5.57 2.47 3.27 1.99
3-4. 0.54 20 1.71 2.28 2.40 4.68 0.2219 1.04 3.10 0.00 1.99 0.95
4-5. 0.38 20 1.21 1.29 0.80 2.09 0.0911 0.19 3.10 0.00 0.95 0.76
5-6. 0.10 20 0.32 0.28 2.40 2.68 0.0090 0.02 3.10 0.00 0.76 0.74
6-7. 0.00 0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.0000 0.00 3.10 0.00 0.74 0.74

Pressões (m.c.a.)
Perda
Estática Dinâmica Mínima
de
inicial disponível necessária
carga

3.67 2.93 0.74 0.50

Situação: Pressão suficiente

Conexões L equivalente (m)

Materia
Grupo Item Quant. Unitária Total
l

Fibra de vidro -
RCi 1" 1 1.20 1.20
2000 L

Curva 90
PVC 25 mm 1 0.50 0.50
soldável

PVC Te 90 soldável 25 mm 2 2.40 4.80

Te 90
PVC 25 mm 1 0.80 0.80
soldável
492

Coluna (Pavimento)

Conexão analisada

Luva soldável - 25 mm (PVC rígido soldável)

Pavimento Pavimento, Detalhe H5

Nível geométrico: 3.00 m Processo de cálculo: Universal

Tomada d´água:

Fibra de vidro - 2000 L - (Reservatório cilíndrico)

Nível geométrico: 5.57 m

Pressão inicial: 1.40 m.c.a.

P re s s õ e s
V a zã o Ø V e lo c . C o m prim e nt o ( m ) J (m/ m) P e rda A lt ura D e s ní v e l
( m .c .a .)
T re c ho
( l/ s ) (mm) (m/ s) C o ndut o E quiv . T o tal ( m .c .a .) (m) (m) D is p. J us a nt e

1- 2 . 0.76 20 2.42 0.53 2.30 2.83 0.4304 0.25 5.57 0.00 1.40 1.15
2-3. 0.76 20 2.42 2.47 0.50 2.97 0.4304 1.28 5.57 2.47 3.62 2.34
3-4. 0.54 20 1.71 2.28 2.40 4.68 0.2219 1.04 3.10 0.00 2.34 1.30
4-5. 0.38 20 1.21 1.29 0.80 2.09 0.0911 0.19 3.10 0.00 1.30 1.11
5-6. 0.37 25 0.75 4.78 2.40 7.18 0.0298 0.35 3.10 0.00 1.11 0.76
6-7. 0.37 20 1.17 0.12 0.50 0.62 0.0860 0.05 3.10 0.10 0.86 0.81
7-8. 0.37 20 1.17 0.00 0.01 0.01 0.0860 0.00 3.00 0.00 0.81 0.81
493

P re s s õ e s ( m .c .a .)
E s t á t ic a P e rda de D inâ m ic a M í nim a
inic ia l c a rga dis po ní v e l ne c e s s á ria
3.97 3.16 0.81 0.50

L equivalente
Conexões
(m)
Material Grupo Item Quant. Unitária Total
Fibra de
RCi vidro - 1.1/2" 1 2.30 2.30
2000 L
Curva 90
PVC 25 mm 2 1.00 1.00
soldável
Te 90
PVC 25 mm 2 4.80 4.80
soldável
Te 90
PVC 25 mm 1 0.80 0.80
soldável
Luva
PVC 25 mm 1 0.01 0.01
soldável

Calha

Dados:

Tipo de calha: Circular


Área de cobertura da calha: 5.10 m²
Área de cobertura total: 27.10 m²
Intensidade de precipitação: 150.01 mm/h
Coeficiente de rugosidade: 0.01
Declividade da calha: 1.00 %

Fórmula aplicada:

Q = 9350,6 . [i^(1,2) / n] . D^8/3

Onde:

Q = Vazão (l/min)
i = Inclinação da calha (m/m)
D = Diâmetro da calha (m)
n = Coeficiente de rugosidade
494

Dimensionamento da calha:

Raio hidráulico: 0.013 m


Velocidade de escoamento na calha: 0.41 m/s
Vazão de projeto: 1.13 l/s
Coeficiente multiplicativo de vazão: 1.10
Vazão de projeto considerando coeficiente multiplicativo: 1.24 l/s
Maior vazão da calha adotada no dimensionamento:0.41 l/s

Peça adotada:
Diâmetro obtido: 50 mm

Calha 2

Dados:

Tipo de calha: Circular


Área de cobertura da calha: 22.00 m²
Área de cobertura total: 27.10 m²
Intensidade de precipitação: 150.01 mm/h
Coeficiente de rugosidade: 0.01
Declividade da calha: 1.00 %

Fórmula aplicada:

Q = 9350,6 . [i^(1,2) / n] . D^8/3

Onde:

Q = Vazão (l/min)
i = Inclinação da calha (m/m)
495

D = Diâmetro da calha (m)


n = Coeficiente de rugosidade

Dimensionamento da calha:

Raio hidráulico: 0.020 m


Velocidade de escoamento na calha: 0.57 m/s
Vazão de projeto: 1.13 l/s
Coeficiente multiplicativo de vazão: 1.00
Vazão de projeto considerando coeficiente multiplicativo: 1.13 l/s
Maior vazão da calha adotada no dimensionamento:1.42 l/s

Peça adotada:
Diâmetro obtido: 80 mm
496

ANEXO E

PVC 100 mm
i=1%
PVC 100 mm

PV
C
50
m
m
i=1%
PVC 100 mm

AP-2
ø50
i=1%
m
1% m
i= 50

m
C

m
PV

PVC 100 mm
C 2%
40

V i=
i=2% P P
CE
CV-1
VC 50 mm
i=1 50
% mm
PVC

i=1%
50 mm CV-2
50 mm
i=2%
PV i=
C 2%
40mm
PVC 100 mm
PVC 100 mm

i=1%

CV-3
50 mm
i=1%

CE

PVC 100 mm
CE
m
m
50

i=1%
C

AP-1
1%
PV

75 mm
i=

PVC 100 mm
PVC 100 mm

i=1%
i=1%
PVC 100 mm

Legenda
Caixa Sifonada

CE Caixa de passagem
i=1%

Joelho 45
Joelho 90
Joelho 90- coluna
Junção simples
Junção simples c/ redução
Lavatório Residencial com sifão
Pia de Cozinha Residencial com Sifão 50mm
Ralos pluviais
Vaso Sanitário c/ curva 90°

PROJETO HIDROSSANITÁRIO PROPRIETÁRIO: AVANZARE

PROJETO HIDROSSANITÁRIO FOLHA 1/2


497

Legenda detalhada
Caixa Sifonada
PVC Acessórios Lista de Materiais
Caixa sifonada
Caixas de Passagem
150x150x50R 1pç
Caixa de passagem modulada
Caixa de passagem
CE
Caixas de Passagem DN 30 cm 2 pç
Caixa de passagem modulada DN 40 cm 1 pç
DN 40 cm 1pç PVC Acessórios
Joelho 45 Caixa sifonada
PVC Esgoto 150x150x50 2 pç
Joelho 45
150x150x50R 2 pç
50 mm 1pç
Grelha quadr. p/ ralo de terraço - cx .sifo.
Joelho 90
PVC Esgoto 100 mm 3 pç
Joelho 90 Ralo corpo caixa seca
100 mm 1pç 100x100x40mm 3 pç
Joelho 90- coluna Sifão de copo p/ pia e lavatório
PVC Esgoto 1" - 1.1/2" 6 pç
Joelho 90
1" - 2" 1 pç
50 mm 1pç
Válvula p/ lavatório e tanque
Junção simples
PVC Esgoto
1" 6 pç
Junção simples Válvula p/ pia
100 mm- 100 mm 1pç 1" 1 pç
Junção simples c/ redução PVC Esgoto
PVC Esgoto Curva 90 curta
Junção simples
100 mm 6 pç
100 mm- 100 mm 1pç
Redução excêntrica
40 mm 6 pç
100 mm - 50 mm 1pç Joelho 45
Lavatório Residencial com sifão 100 mm 3 pç
PVC Acessórios 50 mm 6 pç
Sifão de copo p/ pia e lavatório Joelho 90
1" - 1.1/2" 2pç
100 mm 1 pç
Válvula p/ lavatório e tanque
1" 2pç
50 mm 4 pç
PVC Esgoto Joelho 90 c/anel p/ esgoto secundário
Curva 90 curta 40 mm - 1.1/2" 6 pç
40 mm 2pç Junção simples
Joelho 90 c/anel p/ esgoto secundário
100 mm- 100 mm 6 pç
40 mm - 1.1/2" 2pç
Tubo rígido c/ ponta lisa Redução excêntrica
40 mm 1.2m 100 mm - 50 mm 4 pç
Pia de Cozinha Residencial com Sifão 50mm Tubo PVC ponta-bolsa c/ virola
PVC Acessórios 50 mm - 2" 3.17 m
Sifão de copo p/ pia e lavatório Tubo rígido c/ ponta lisa
1" - 2" 1pç
100 mm - 4" 141.14 m
Válvula p/ pia
1" 1pç
40 mm 16.33 m
PVC Esgoto 50 mm - 2" 26.64 m
Joelho 90 Unidades de tratamento
50 mm 2pç Alça
Tubo rígido c/ ponta lisa
Ferro 1 pç
50 mm - 2" 0.6m
Argamassa
Ralos pluviais
PVC Acessórios
Argamassa 0.02 m³
Grelha quadr. p/ ralo de terraço - cx .sifo. Tijolo
100 mm 1pç Maciço 1 pç
Ralo corpo caixa seca
100x100x40mm 1pç
Vaso Sanitário c/ curva 90°
PVC Esgoto
Curva 90 curta
PROPRIETÁRIO: AVANZARE
100 mm 2pç

LISTA DE DETALHES E LISTA DE MATERIAIS FOLHA 2/2


498

AF-3
ø25

ø25
ø25

ø25
RG
3/4"

wc masc LV
25 mm - 1/2"

ø25
ø25
DH
25 mm x 1/2"

ø25
ø25

5
ø2

ø25
VS
3/4"
5
Lista de Materiais ø2

Aparelho
Ducha higiênica
25mm x 1/2" 1 pç
Torneira de lavatório
25 mm - 1/2" 1 pç
Vaso Sanitário c/ cx. acoplada
1/2" 1 pç
Metais
Registro de gaveta bruto ABNT
3/4" 1 pç
PVC Acessórios
Bolsa de ligação p/ vaso sanitário
Legenda das indicações
1.1/2" 1 pç
DH Ducha Higiênica - 25 mm x 1/2"
Engate flexível cobre cromado com canopla
LV Lavatório com joelho de 90° - 25 mm - 1/2"
1/2 - 30cm 1 pç
RG Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável - 3/4"
Engate flexível plástico
VS Vaso sanitário com caixa acoplada - 3/4"
1/2 - 30cm 1 pç
PVC misto soldável
Joelho de redução soldável c/ rosca Legenda
25 mm - 1/2" 1 pç Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável
PVC rígido soldável
Adapt sold.curto c/bolsa-rosca p registro
25 mm - 3/4" 2 pç
Curva 90 soldável Legenda detalhada
25 mm 5 pç
Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável
Tubos
Metais
25 mm 10.16 m
Registro de gaveta bruto ABNT
Tê 90 soldável
3/4" 1pç
25 mm 2 pç
PVC rígido soldável
PVC soldável azul c/ bucha latão
Adapt sold.curto c/bolsa-rosca p registro
Joelho de redução 90° soldável com bucha de latão
25 mm - 3/4" 2pç
25 mm- 1/2" 2 pç

PROPRIETÁRIO: AVANZARE
PROJETO HIDROSANITÁRIO:

DETALHAMENTO INSTALAÇÕES WC MASCULINO FOLHA 1/6


499

AF-1
ø25

ø25
ø25

ø25
RG
3/4"

BE
25 mm - 1/2"

ø25
PIA
25 mm - 1/2"

PIA

ø25

ø25
25 mm - 1/2"
ø25

ø25
ø25

ø2
5

Lista de Materiais
Aparelho
Bebedouro
25mmx 1/2" 1 pç
Torneira de Pia de Cozinha
25 mm - 1/2" 2 pç
Metais
Legenda das indicações
Registro de gaveta bruto ABNT
BE Bebedouro com joelho de 90° - 25 mm - 1/2"
3/4" 1 pç
PIA Pia de cozinha com joelho de 90° - 25 mm - 1/2"
PVC Acessórios
RG Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável - 3/4"
Engate flexível plástico
1/2 - 30cm 1 pç
PVC rígido soldável Legenda
Adapt sold.curto c/bolsa-rosca p registro Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável
25 mm - 3/4" 2 pç
Curva 90 soldável
25 mm 4 pç Legenda detalhada
Luva soldável Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável
25 mm 1 pç Metais
Tubos Registro de gaveta bruto ABNT
25 mm 12.72 m 3/4" 1pç
Tê 90 soldável PVC rígido soldável
25 mm 2 pç Adapt sold.curto c/bolsa-rosca p registro
PVC soldável azul c/ bucha latão 25 mm - 3/4" 2pç
Joelho de redução 90° soldável com bucha de latão
25 mm- 1/2" 3 pç

PROPRIETÁRIO: AVANZARE
PROJETO HIDROSANITÁRIO:

DETALHAMENTO INSTALAÇÕES CANTINA FOLHA 2/6


500

AF-2
ø25

ø25
5
ø2

ø25
RG
3/4"

LV
25 mm - 1/2"

ø25
ø25

DH
Lista de Materiais 25 mm x 1/2"

Aparelho

ø25
Ducha higiênica ø2
5

25mm x 1/2" 1 pç
Torneira de lavatório ø2
5
VS
25 mm - 1/2"
ø25

1 pç 3/4"

Vaso Sanitário c/ cx. acoplada ø25


1/2" 1 pç
Metais
Registro de gaveta bruto ABNT
3/4" 1 pç
PVC Acessórios
Bolsa de ligação p/ vaso sanitário
1.1/2" 1 pç
Engate flexível cobre cromado com canopla
1/2 - 30cm 1 pç Legenda das indicações
Engate flexível plástico DH Ducha Higiênica - 25 mm x 1/2"
1/2 - 30cm 1 pç LV Lavatório com joelho de 90° - 25 mm - 1/2"
PVC misto soldável RG Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável - 3/4"
Joelho de redução soldável c/ rosca VS Vaso sanitário com caixa acoplada - 3/4"
25 mm - 1/2" 1 pç
Legenda
PVC rígido soldável
Adapt sold.curto c/bolsa-rosca p registro Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável
25 mm - 3/4" 2 pç
Curva 90 soldável
Legenda detalhada
25 mm 4 pç
Luva soldável Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável
25 mm 1 pç Metais
Tubos Registro de gaveta bruto ABNT
25 mm 10.35 m 3/4" 1pç
Tê 90 soldável PVC rígido soldável
25 mm 2 pç Adapt sold.curto c/bolsa-rosca p registro
PVC soldável azul c/ bucha latão 25 mm - 3/4" 2pç
Joelho de redução 90° soldável com bucha de latão
25 mm- 1/2" 2 pç

PROPRIETÁRIO: AVANZARE
PROJETO HIDROSANITÁRIO:

DETALHAMENTO INSTALAÇÕES HIDROSANITÁRIA FOLHA 3/6


501

AF-5
ø25

ø25
RG
3/4"

ø25 LV
25 mm - 1/2"

ø25
ø2
5

apoio wc
ø25
DH
25 mm x 1/2"

Lista de Materiais
wc PNE

ø25
Aparelho
VS
Ducha higiênica 3/4"
ø25

ø25
25mm x 1/2" 2 pç
Torneira de lavatório
25 mm - 1/2" 2 pç
Vaso Sanitário c/ cx. acoplada
1/2" 2 pç
Metais
Registro de gaveta bruto ABNT
3/4" 2 pç
PVC Acessórios Legenda das indicações
Bolsa de ligação p/ vaso sanitário DH Ducha Higiênica - 25 mm x 1/2"
1.1/2" 2 pç LV Lavatório com joelho de 90° - 25 mm - 1/2"
Engate flexível cobre cromado com canopla
RG Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável - 3/4"
1/2 - 30cm 2 pç
Engate flexível plástico
VS Vaso sanitário com caixa acoplada - 3/4"
1/2 - 30cm 2 pç
PVC misto soldável
Joelho de redução soldável c/ rosca Legenda
25 mm - 1/2" 2 pç
Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável
PVC rígido soldável
Adapt sold.curto c/bolsa-rosca p registro
25 mm - 3/4" 4 pç
Curva 90 soldável Legenda detalhada
25 mm 12 pç Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável
Luva soldável
Metais
25 mm 1 pç
Tubos Registro de gaveta bruto ABNT
25 mm 25.24 m 3/4" 1pç
Tê 90 soldável PVC rígido soldável
25 mm 4 pç Adapt sold.curto c/bolsa-rosca p registro
PVC soldável azul c/ bucha latão
25 mm - 3/4" 2pç
Joelho de redução 90° soldável com bucha de latão
25 mm- 1/2" 4 pç

PROPRIETÁRIO: AVANZARE
PROJETO HIDROSANITÁRIO:

DETALHAMENTO INSTALAÇÕES WC PNE FOLHA 4/6


502

Lista de Materiais
Aparelho
Bebedouro
25mmx 1/2" 1 pç
AF-4 Metais
ø25 Registro de gaveta bruto ABNT
3/4" 1 pç
PVC Acessórios
Engate flexível plástico
1/2 - 30cm 1 pç
PVC rígido soldável
Adapt sold.curto c/bolsa-rosca p registro
25 mm - 3/4" 2 pç
Curva 90 soldável
ø25

25 mm 3 pç
Luva soldável
25 mm 1 pç
Tubos
25 mm 4.27 m
ø25

PVC soldável azul c/ bucha latão


Joelho de redução 90° soldável com bucha de latão
RG
3/4" 25 mm- 1/2" 1 pç
ø25

BE
25 mm - 1/2"
Legenda das indicações
BE Bebedouro com joelho de 90° - 25 mm - 1/2"
RG Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável - 3/4"

Legenda
Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável

Legenda detalhada
Registro bruto gaveta ABNT c/PVC soldável
Metais
Registro de gaveta bruto ABNT
3/4" 1pç
PVC rígido soldável
Adapt sold.curto c/bolsa-rosca p registro
25 mm - 3/4" 2pç

PROPRIETÁRIO: AVANZARE
PROJETO HIDROSANITÁRIO:

DETALHAMENTO INSTALAÇÕES BEBEDOURO FOLHA 5/6


503

RCi1
1.1/2"
ø25

ø25

AF-3
ø25
ø25

5
ø2

5
ø2
ø2
5
ø25

5
ø2

ø25

ø25 AF-7
ø25

ø25
ø25

5
ø2

ø25
ø25

AF-1
ø25

ø3
2

AF-6
ø25
ø25

Lista de Materiais
PVC rígido soldável
Adapt sold. c/ flange livre p/ cx. d´água
50 mm- 1.1/2" 1 pç
Curva 90 soldável
25 mm 4 pç
Joelho 90° soldável
25 mm 1 pç
Luva soldável
25 mm 1 pç
Tubos
25 mm 57.72 m
32 mm 4.73 m
Tê 90 soldável
25 mm 5 pç
Reservatório cilíndrico
Fibra de vidro
2000 L 1 pç

PROPRIETÁRIO: AVANZARE
PROJETO HIDROSANITÁRIO:

DETALHAMENTO INSTALAÇÕES CAIXA D'ÀGUA FOLHA 6/6


504

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