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Design de Produto
Porto Alegre
2011
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Design de Produto
Orientadores:
Prof. Heli Meurer
Profª. Lizandra Kunzler
Prof. Norberto Bozzetti
Prof. Marcelo Martel
Porto Alegre
2011
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Lizandra Kunzler
Porto Alegre
2011
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RESUMO
Palavras-Chaves
Cadeira, Criança, Mobiliário Infantil, Pré-escola, Multifuncional, Cores, Design de
Produto.
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ABSTRACT
Keywords
Chair, Child Furniture for Kids, Preschool, Multifunction, Colors, Product Design.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 12
2. JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 15
2.2. ANTECEDENTES PESSOAIS ................................................................ 16
2.3. ANTECEDENTES PROJETUAIS............................................................ 16
2.4. MOTIVAÇÃO ........................................................................................... 17
3. OBJETIVOS ............................................................................................... 18
3.1. OBJETIVO GERAL ................................................................................. 18
4. METODOLOGIA ......................................................................................... 19
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 21
5.1. PRINCÍPIOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL ............................... 21
5.2. O AMBINETE PRÉ-ESCOLAR ............................................................... 26
5.3. BAUHAUS – CASA DA CONSTRUÇÃO ................................................ 33
6. PROJETO ................................................................................................... 41
6.1. IDENTIFICAÇÃO ..................................................................................... 41
6.1.1. O QUÊ DESENVOLVER? ....................................................................... 41
6.1.2. COMO PROJETAR?............................................................................... 41
6.1.3. POR QUÊ DESENHAR? ......................................................................... 41
6.1.4. SITUAÇÃO INICIAL BEM DEFINIDA (SIBD) .............................................. 41
6.1.5. SITUAÇÃO FINAL MAL DEFINIDA (SFMD) .............................................. 42
6.1.6. TEXTUALIZAÇÃO................................................................................... 42
6.1.7. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJETO DO PRODUTO .................................. 43
6.2. PREPARAÇÃO ....................................................................................... 45
6.2.1. ANÁLISE DENOTATIVA .......................................................................... 45
6.2.2. ANÁLISE CONOTATIVA .......................................................................... 48
6.2.3. ANÁLISE DIACRÔNICA........................................................................... 50
6.2.4. ANÁLISE SINCRÔNICA ........................................................................... 54
6.2.5. ANÁLISE SINTAGMÁTICA E PARADIGMÁTICA ........................................... 57
6.2.6. ANÁLISE MORFOLÓGICA ....................................................................... 59
6.2.7. ANÁLISE ESTRUTURAL ......................................................................... 60
6.2.8. ANÁLISE DE USO .................................................................................. 61
6.2.9. ANÁLISE ERGONÔMICA ......................................................................... 64
6.2.10. COLETA DE DADOS ANTROPOMÉTRICOS ............................................. 66
6.3. ESQUENTAÇÃO ..................................................................................... 70
6.3.1 LISTA DE REQUISITOS ........................................................................... 70
6.3.2 GRAFORRIVOS ...................................................................................... 71
6.3.3 ATRIBUTOS ........................................................................................... 72
6.4 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS .................................................................... 73
6.5 A CADEIRA .............................................................................................. 79
8
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1. INTRODUÇÃO
Piaget (1990) definiu seus estudos com base na psicologia genética e teve
como principais temas estudados teve o processo de aprendizado da criança, como
ela adquire conhecimento e desenvolve a sua inteligência (congnição). Para ele, as
crianças adquirem o conhecimento por meio de ações sobre objetos e por
experiências cognitivas concretas. O conhecimento é construído por intermédio das
interações com o mundo. Para melhor estudar este tema, Piaget subdividiu as fases
do desenvolvimento intelectual infantil em quatro períodos: Sensório Motor (zero a
dois anos), Pré-operatório (dois a sete anos), Operatório Concreto (sete a onze
anos) e Operatório Formal (onze a quinze anos).
1
OS SERVIÇOS para a criança de 0 a 6 anos no Brasil: algumas considerações sobre o atendimento
em creches e pré-escolas e sobre a articulação de políticas. 2. ed. Brasília: UNESCO, 2004
13
2
Paul Osterrieth define os momentos solitários como aqueles em que a criança se recolhe a um local
reservado para refletir ou interagir com um objeto. Este tipo de comportamento é normalmente
verificado em crianças em fase de adaptação a um ambiente ou situação. Introdução à psicologia
da criança. 8. ed. São Paulo: Nacional, 1974.
14
A segunda fase do projeto inicia com a analítica, que teve como base a
metodologia projetual de Gomes (2001). Nela são analisados os pontos mais
relevantes da estrutura da cadeira, desde seus aspectos formais e conceituais até
as relações do usuário e produto. E a fase final do projeto apresenta a geração de
alternativas para o produto, o seu desenho final, seus modelos de estudo,
especificações de produção e o protótipo acompanhado dos desenhos técnicos.
15
2. JUSTIFICATIVA
2.4. Motivação
3. OBJETIVOS
4. METODOLOGIA
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Fonte: MANNING,1977
• Desenvolvimento Físico
3
Processo de enrijecimento e endurecimento dos ossos, conceito citado por Manning em O
desenvolvimento da criança e do adolescente: guia básico para auto-instrução. São Paulo:
Cultrix, 1977.
23
• Desenvolvimento Motor
• Desenvolvimento Perceptivo
• Desenvolvimento Cognitivo
vista de uma outra pessoa. Não compreende, por exemplo, que quando ela está
olhando para a parte da frente de uma boneca, a pessoa que está por trás da
mesma está vendo as suas costas. Durante o período pré-operacional falta a criança
a capacidade de guardar. Da mesma forma, se lhe forem dadas duas bolas de
argila, ela saberá que ambas são do mesmo tamanho enquanto tiverem a mesma
forma. Mas se uma delas for dividida em várias bolinhas menores, a criança pensará
que o grupo de bolinhas contém mais argila que a bola grande, porém única.
• Desenvolvimento Social
5
Ato de repugnância a uma situação, normalmente referido como birra. Termo definido por
Osterrieth em Introdução à psicologia da criança. 8. ed. São Paulo: Nacional, 1974.
26
Munari (2002) afirma que nos primeiros anos de vida as crianças conhecem o
ambiente que as rodeia por meio de todos os seus receptores sensoriais e não
apenas através da visão ou da audição, percebendo sensações táteis, térmicas e
olfativas. Portanto, é essencial que o ambiente escolar seja projetado visando a
criança e o adulto que a ampara, tendo em vista a experiência que é para a criança
estar na sala de aula.
• Autonomia
• Movimentação
• Socialização
• FIsiológicas
• O Serviço Público
6
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD/1999
31
• Estrutura e Qualidade
7
As Diretrizes Curriculares Nacionais podem ser acessadas através do portal do mec online
http://portal.mec.gov.br/educacaoinfantil/ (Acessado em 22/07/11)
33
8
Segundo Amy Dempsey, o nome alude as choupanas do pedreiros medievais. Citado em;
Estilos, escolas e movimentos: guia enciclopédico da arte moderna. São Paulo: Cosac &
Naify, 2003.
35
(1982) esta união era considerada o solo fértil para formar artistas e arquitetos mais
responsáveis socialmente.
Bazon Brock9 define que mesmo, a escola Bauhaus, tendo uma vida
relativamente curta, a mesma, passou por diversas alterações desde a sua fundação
em 1919 até o seu encerramento em 1933. Estas mudanças ocorreram em sua
postura ideológica o que acabou permitindo uma abordagem sob diversos pontos de
vista durante os seus quatorze anos de atividade.
9
The Bauhaus as Madeleine – against Retrospective Prophecies texto publicado no livro
BAUHAUS. Cologne: Könemann, 2006.
36
A partir de 1928, fica claro para Rainer Wick (1998) que com a transferência
da direção da escola para Hannes Meyer, a Bauhaus muda drasticamente seus
princípios metodológicos. Para ele a Bauhaus se afasta dos seus objetivos iniciais,
na medida que abandona a ideia de uma escola de artes e assume uma função de
caráter puramente social-utilitários-funcional.
Sob o ponto de vista de Küppers (1995) o nosso sensor óptico é um dos órgãos
mais importantes do nosso corpo. Ele é responsável por aproximadamente 80% de
todas as informações que recebemos. As informações ópticas tratam por um lado
das formas e por outro das cores. Estes são dois universos diferentes que durante a
nossa vida aprendemos a decifrar e passamos a enxergar e não somente a ver as
diferentes possibilidades e composições possíveis as formas e cores.
O que nos faz optar por uma camisa da mesma forma, cortes e acabamentos,
por outra idêntica só que de uma coloração diferente? Quem define que para os
orientais branco é uma cor de luto e para os ocidentais é o preto? Guimarães (2004)
cita que o estudo das cores e formas geométricas já ultrapassa séculos. As
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pesquisas sobre a influência das cores e formas já foram tema dos principais
filósofos e estudiosos da história como; Platão, Aristóteles, Sêneca, Plínio,
Ptonolomeu, Pitágoras e Plotino. Estes estudos variavam entre cálculos físicos
sobre as informações ópticas a influência psicológica que as cores e formas tem
sobre os humanos. As técnicas e resultados obtidos a partir destes estudos foram
implementadas no sistema de ensino pedagógico. Que teve como base a percepção
visual através das semelhanças e diferenças dos objetos, levando em conta sua cor,
forma, tamanho, posição e diferentes composições e arranjos.
Pelo conceito de cor ser um conceito abstrato e, para que uma criança seja
capaz de identificar uma cor, é necessário apresenta-la a diversas referências para
frisar este conceito. Para Ferreira (1997) a melhor maneira de introduzir o universo
das cores no mundo das crianças e começar apresentando as três cores primárias:
vermelho, amarelo e azul. Para facilitar este processo de aprendizado, deve-se
trabalhar sistematicamente com cada uma delas. Manning (1977) comenta que entre
os três e quatro anos de idade a criança, que já conhece as cores, começa a
reconhecer as suas diferentes tons: amarelo-claro, amarelo-escuro, vermelho-claro,
vermelho escuro. Nesta fase as cores secundárias já são reconhecidas com
facilidade, laranja, violeta...
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Wassily Kandisky texto escrito por Norbert M Schimitz publicado no livro BAUHAUS. Cologne:
Könemann, 2006.
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6. PROJETO
6.1. Identificação
Para somar possibilidades, de uso, a uma peça de mobiliário que, até então,
não faz mais do que cumprir a sua função dentro do ambiente escolar. E a partir
destas possibilidades de mutação, enriquecer o desenvolvimento integral da criança.
6.1.6. Textualização
6.2. Preparação
Criança
Infância
“s.f. (lat infantia) 1 Período da vida, no ser humano, que vai desde o
nascimento até a adolescência; meninice. 2 As crianças em geral. 3
Primeiro período da existência de uma sociedade ou de uma instituição. 4 O
começo da existência de alguma coisa.”. (TREVISAN, 2007)
Escola
Cadeira
Brincar
Aprender
Na maioria das sociedades antigas, o ato de sentar-se era uma parte muito
pequena da vida, se fosse levada em conta toda a vida do indivíduo. Mas, nos dias
que hoje, Cranz (2000) comenta que nós gastamos grande parte de nossas vidas
sentados, seja no ônibus, na cozinha, no escritório, no teatro, no cinema, assistindo
futebol, almoçando, dirigindo, trabalhando ou lendo. Se pararmos para pensar,
durante um dia inteiro, sentamos em mais de duas dezenas de cadeiras diferentes.
Cranz (2000) ressalta que, ao utilizarmos uma cadeira, não estamos somente
fazendo o uso de mais um produto, estamos interagindo com ela. Não simplesmente
tocamos a cadeira, nós somos tocados pela cadeira. É importante lembrar que ao
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criarmos uma cadeira, nós a desenhamos, mas uma vez projetada, ela é que nos
molda.
A preocupação com o conforto e com a ergonomia acabou por fazer com que
fossem somadas à estrutura das cadeiras materiais que proporcionassem uma
melhor adaptação do usuário. Neste caso temos como exemplo o uso da palha
tramada para dar mais maciez ao assento que, até então, era produzido em
madeira, também. Além disso ela é composta por 11 vigas unidas por encaixe. Esta
cadeira data, aproximadamente, do ano de 1300. Anos mais tarde a palha foi
substituída por polímero reciclado, também tramado.
Esta pode ser considerada a cadeira escolar mais popular nas escolas
brasileiras. Ela é datada aproximadamente do ano 1960. É produzida como duas
chapas de MDF moldadas sob pressão, revestidas por uma lâmina polimérica, o que
facilita a limpeza e a higiene. Sua estrutura é produzida em tubos metálicos com
dobra. Um diferencial desta é que possui grade abaixo do assento que pode ser
utilizada como apoio para livros e mochila. A união das chapas de MDF à estrutura
metálica é feita através de sete pontos de rebite.
É importante frisar que, assim como na análise diacrônica, aqui não foram
incluídos os mobiliários componíveis – classes e bancos de encaixe – e também não
foram analisadas as cadeiras com apoios para braços e classes anexadas, tendo em
vista que o projeto se determina a projetar somente o produto cadeira. Os processos
e técnicas de fabricação, aqui descritos, utilizaram como base os estudos
apresentados por Lefteri (2010).
Material: Polipropileno
Processos de fabricação: Moldagem por injeção com extrusão
Designer: Morten Kjelstrup e Allan Ostgaard.
Dimensões: 39x39x67cm
Preço: R$85,00
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Observações:
Cadeira composta por diversas partes encaixadas. Seu desenho se diferencia
das demais por possuir a base das pernas mais largas do que o topo. Desenho este
que auxilia no equilíbrio da cadeira e ao mesmo tempo possui grande apelo lúdico.
Por possuir corpo oco seu peso é bastante baixo, facilitando a movimentação pelo
usuário.
Material: Polietileno
Processos de fabricação: Moldagem por injeção e extrusão.
Designer: Javier Mariscal
Dimensões: 36x49x55cm
Preço: R$245,00
Observações:
Cadeira de grande apelo lúdico, produzida em diversas cores e diferentes
formatos. Seu material é de fácil higienização mas por ser fabricado por injeção
pode haver algumas rebarbas que podem acabar ferindo o usuário. Por sua
estrutura ser de grande porte não são todas as salas de aula que podem utilizá-la,
pois ela ocupa um grande espaço físico na mesma.
pela palha são dispostas de maneira radial fixas por um ponto central. Já na vista
lateral a estrutura da cadeira parece em desequilibro, por não haver um elemento
que acompanhe a forma do encosto na lateral esquerda, assim sendo, é identificada
a heterometria.
• Encosto
Tem a função de dar apoio a parte posterior do corpo quando o usuário está
sentado. Também serve como alça, quando é necessário movimentar a cadeira de
lugar.
• Assento
Tem como função ser base para todo o peso que será exercido na cadeira.
Sua estrutura deve ser de uma material rígido e confortável, tento em vista que o
usuário vai estar em constante contato com esta parte da cadeira.
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• Pernas
Tendo em vista que esse projeto visa desenvolver uma cadeira multifuncional
para a sala de aula, não foram aqui anexadas análises da cadeira fora dela, e sim,
somente as principais atividades desenvolvidas neste ambiente. Abaixo seguem as
considerações quando a seis atividades exercidas pelos usuários.
Possível melhoria: Atividade não pode ser inibida. A estrutura da cadeira pode
repensada mudando o ponto de equilíbrio da mesma, evitando quedas.
Segundo Tilley (2005) exite uma forte relação entre mobiliário inadequado e
ferimentos ou mortes acidentais em crianças. Casos de estrangulamento e
ferimentos no pescoço em berços e cadeiras, por exemplo, não são raros. A
pesquisa buscou unir os estudos a cerca das medidas antropométricas no que se
refere a crianças de três a cinco anos de idade. Mesmo que estas medidas tenham
um caráter mais estrutural que funcional, elas deverão ser úteis ao projeto.
6.3. Esquentação
Com base nos dados obtidos por meio das análises, apresentadas
anteriormente, foram definidos alguns requisitos de desenvolvimento que vão
delinear as fases seguintes do projeto em questão. Para a escolha dos seguintes
requisitos foram levados em conta os 9 fatores projetuais apresentados por Gomes
(2001) e selecionados os cinco que são pertinentes ao projeto.
• Econômico
• Ergonômico
• Geométrico
• Psicológico/Mercadológico
• Tecnológico
Deve ser produzido em material de baixo peso, por ser destinado a crianças
de três a cinco anos de idade. Em contraponto deve ser de estrutura rígida para
poder cumprir a sua função de suportar o peso do corpo do usuário.
6.3.2 Graforrivos
6.3.3 Atributos
• Seguro
• Ergonômico
• Funcional
• Prático
• Inovador
• Lúdico
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As técnicas que aqui estão sendo apresentadas não se detiveram aos limites
formais e estruturais, nesta primeira fase, muito pelo contrario, buscou-se
desprender-se dos conceitos e padrões pré-estabelecidos, tendo em vista que o
produto final deve ser lúdico e de alto apelo estético.
6.5 A Cadeira
11
A prática de identificação dos donos dos artefatos é apresentada por Montessori em A criança. 2.
ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1978. E também foi idêntificada pelo autor em suas visitas as pré-
escolas. Montessori (1978) defende que esta atividade é mais que uma demarcação de posse ela
auxilia no processo de aprendizado da criança levando em conta a individualidade e a construção da
personalidade.
82
Figura 35 – Colagem
Os demais encaixes não são fixos, podendo ser alterados pelo usuário. O
primeiro deles é do encosto que se acopla nos dois cilindros na parte traseira do
assento. Ele serve tanto para dar apoio as costas do usuário quando, o mesmo, faz
uso da cadeira sentado e também para auxiliar na movimentação de todo o corpo da
cadeira. A diferença de medidas entre o corpo positivo e negativo é de 5mm, a fim
de diminuir o desgaste excessivo das peças em função das conexões repetidas. O
segundo encaixe é feito pelo assento no corpo da cadeira.
Figura 38 – Montagem
7. CONCLUSÃO
Criar uma cadeira multifuncional para uso infantil, este foi o desafio que este
projeto buscou alcançar. Fazer um bom projeto, que viesse a colaborar para o
crescimento intelectual e motor de crianças de três a cinco anos de idade. das
crianças. Entrar em um tema tão pouco explorado no mercado de mobiliário
brasileiro teve como objetivo mostrar que não importa qual o nicho que você projeta,
o importante é se dedicar, e com uma boa análise projetual e muito desenho, a
solução se faz aparente.
Com a escolha do tema deste projeto, foi perceber que o universo infantil é
um mundo a parte. Nele é possível explorar inúmeros conceitos e ideias. Por isso
este trabalho obteve êxito ao definir nas suas primeiras etapas a ideia de trabalhar
com as cores e formas básicas e o conceito de uma cadeira mutável. Sem isto as
possibilidades seriam inúmeras e a conclusão do projeto estaria em perigo.
A escolha dos materiais teve como parâmetro a busca de materiais leves para
auxiliar na movimentação da cadeira e matérias primas e processos de fabricação
relativamente baratos, para colaborarem com um produto final de valor acessível,
não somente a escolas particulares mas também a pré-escolas da rede pública de
educação.
Espero que este projeto sirva de inspiração para artefatos futuros que
venham a ser desenhados especificamente para o público infantil, que hoje em dia é
tão carente, no cenário nacional, de artefatos específicos e abundante em
adaptações grotescas. Como sugestões para continuidade do estudo; estenderia a
pesquisa para as demais peças do mobiliário que compõem o ambiente pré-escolar
e buscaria desenvolver um manual de atividades pedagógicas que podem ser feitas
com o artefato aqui desenvolvido.
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BIBLIOGRAFIA
BERGMILLER, Karl Heinz. BRANDÃO, Maria Beatriz Afflalo. SOUZA, Pedro Luiz
Pereira de. Ensino Fundamental: mobiliário escolar. Brasília: Fundescola, 1999.
Série Cadernos Técnicos I
CRANZ, Galen. The chair: rethinking culture, body, and design. New York: W. W.
Norton & Company, 2000
MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2008.
WONG, Wucius. Princípios de forma e desenho. 2. ed. São Paulo: WMF Martins
Fontes, 2010.
ANEXOS