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RESOLUÇÃO Nº 156 DE 30 DE AGOSTO DE 1995.

Estabelece as condições para licenciamento e funcionamento das empresas


prestadoras de serviços de higienização, desinfecção e desinfestação de
ambientes domiciliares.

O Secretário do Estado de Saúde de Minas Gerais no uso de suas atribuições


legais e de acordo com o disposto no Decreto Estadual nº 33.945 de 18 de
setembro de 1992, (revogado)
RESOLVE:

Art. 1º - Estão subordinadas a esta Resolução as empresas definidas no


artigo 4º do Decreto nº 33.945 de 18 de setembro de 1992.

Art. 2º - Nenhum estabelecimento de que trata esta Resolução poderá ser


instalado ou funcionar sem licenciamento do órgão sanitário Estadual ou
Municipal.
Parágrafo Primeiro: O licenciamento é o denominado Alvará de licença de
funcionamento, cuja expedição compete a Secretaria de Saúde Estadual ou
Municipal, através de seu órgão sanitário competente.
Parágrafo Segundo: O Alvará de licença de funcionamento estará vinculado ao
cadastro dos produtos utilizados pelo estabelecimento de acordo com o artigo 7º
do Decreto nº 33.945/92.
Parágrafo Terceiro: Estão isentos do Alvará de licença de funcionamento os
estabelecimentos de higienização que exercerem suas atividades exclusivamente
em unidades administrativas (públicas ou privadas), porém, estão sujeitos a
exigências referentes as instalações, produtos, aos equipamentos e a
aparelhagem adequados (revogado pela Lei Estadual 13.317/99 artigos 82 inciso
III e 85.

Art. 3º - O alvará de licença de funcionamento é válido por um período de


um ano e será revalidado por períodos iguais e sucessivos.
Parágrafo Único: A revalidação do Alvará de licença de funcionamento deverá ser
requerida nos primeiros 120 (cento e vinte) dias do ano.

Art. 4º - As filiais ou sucursais dos estabelecimentos desta Resolução serão


licenciados como unidades autônomas e em condições idênticas as do
licenciamento da matriz.

Art. 5º - O pedido de concessão do Alvará de funcionamento será instruído


com:
I. Requerimento do responsável técnico (quando for o caso);
II. Contrato de trabalho com responsável técnico ou documento
equivalente, sendo habilitados para assumir a responsabilidade os
farmacêuticos, químicos, bioquímicos, engenheiros florestais,
agrônomos, médicos veterinários e biólogos;

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III. Certificado de responsabilidade técnica expedido pelo conselho
regional respectivo;
IV. Documento de constituição da empresa devidamente registrado na
Junta Comercial do Estado de Minas Gerais;
V. Alvará de localização expedido pela Prefeitura Municipal;
VI. Relação dos produtos a serem utilizados, com especificações do
modo de emprego e de todos os dados necessários inclusive área
de aplicação (residenciais, áreas externas e internas,
estabelecimentos comerciais, etc.):
VII. Revogado;
VIII. Planta baixa do estabelecimento (escala 1:50) em duas cópias
heliográficas e planta de situação feita por técnico habilitado;
IX. Cópia das instruções, impressas ou datilografadas, contendo os
cuidados, inclusive orientações para eventuais casos de intoxicação
que possam ocorrer, para orientação dos usuários;
X. Apresentação do livro para registro dos trabalhos executados e
controle interno do estoque;
XI. Projeto de prevenção e controle de incêndios aprovados pelo Corpo
de Bombeiros;
XII. Declaração das atividades desenvolvidas pela empresa;
Parágrafo Único: Somente após a apresentação de todos os documentos
relacionados na caput deste artigo é que será expedido ordem para a vistoria pelo
funcionário do órgão competente que emitirá “laudo de vistoria técnica”,
fundamentado e conclusivo, podendo, no entanto, a pedido do interessado, ser
realizado previamente no imóvel para avaliação da viabilidade do licenciamento
pretendido.

Art. 6º - Não será concedido Alvará de licença de funcionamento


para os estabelecimentos localizados em sobrelojas, conjuntos comercias
que possuam escritórios, restaurantes e similares ou outros cujos
funcionários ou usuários sejam afetados de qualquer forma pelos produtos
estocados ou mesmo pelo odor característico que possam desprender.

Instalações e Equipamentos

Art. 7º - Os locais para instalações dos estabelecimentos de que se


trata esta
Resolução deverão ter as seguintes condições mínimas:
I. construção sólida, sem rachaduras, vazamentos ou defeitos outros
que desaconselhem o licenciamento;
II. Boa iluminação, ventilação suficiente e pé direito mínimo de
2m80cm;
III. Piso lavável, de material impermeabilizado, liso e resistente, que não
seja atacado ou reaja com os produtos utilizados;
IV. Instalações sanitárias completas com piso e paredes de material liso
e impermeabilizado até a altura mínima de 2,0 m com chuveiro para

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uso dos aplicadores, a fim de evitar absorção de produtos tóxicos
através da pele;
V. Vestiário para uso dos aplicadores, com armários individuais para a
guarda de roupas e objetos pessoais;
VI. Local arejado para a guarda, separado dos equipamentos de
proteção em uso;
VII. Área fechada e indevassável para estocagem e manipulação dos
produtos empregados;
VIII. Equipamentos de proteção coletiva contra incêndio e segurança do
trabalho;

Art. 8º - É obrigatório o uso, pelos aplicadores e demais pessoas que


manipulem ou manuseiem os produtos utilizados, de todo o equipamento
individual deproteção, de acordo com os produtos manuseados e as
instruções do fabricante.
Parágrafo Único: Este equipamento será fornecido pela empresa que se
responsabilizará pela sua correta utilização, sendo obrigatório, no mínimo o
uso de:
I. Máscara padrão com filtro adequada ao produto em uso e com seus
elementos filtrantes substituídos sempre que necessário.
II. Luvas de borracha grossa e de cano longo.
III. Óculos sem ventilação de plástico flexível, para proteção dos olhos e
laterias durante o manuseio de produtos.
IV. Macacão de nylon de mangas longas, calça e capa de nylon, de
mangas longas e fechadas até o pescoço.
V. Gorro, boné ou capacete que cubra inteiramente a cabeça.
VI. Botas de plástico de cano longo.

Art. 9º - Os aplicadores deverão possuir obrigatoriamente, cartão


individual de identificação e qualificação com fotografia, numeração e
assinado pelo responsável técnico.
Parágrafo Único: Este cartão somente deverá ser fornecido ao aplicador
que for submetido a treinamento prévio promovido sob inteira
responsabilidade da empresa e considerado apto.

Disposições Finais

Art. 10º - O livro referido no ítem X do artigo 5º desta Resolução


servirá para o registro detalhado do trabalho executado, devendo constar
ainda todos os dados como:
I. Número em ordem crescente, da ordem de serviço executado.
II. Data da execução do trabalho.
III. Nome por extenso da pessoa, entidade ou empresa atendida.
IV. Endereço completo e indicação da área tratada (interna, externa,
bueiro).
V. Prodduto aplicado e sua forma (pó, líquido, gás ou outra) e
quantidade empregada.

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VI. Recomendações dadas por escrito.
VII. Validade do serviço em função do produto utilizado.
VIII. Outros dados se necessários, como carência, cuidados especiais,
etc.
Parágrafo único: Este livro que deverá ter as suas folhas numeradas
tipograficamente, não poderá conter rasuras ou emendas. Nele deverão
constar termos de abertura e encerramento feitos pelo órgão sanitário
competente.

Art. 11º - Após a aplicação de qualquer produto, as empresas de que


trata esta Resolução deverão fornecer ao usuário certificado no qual conste
o nome e composição qualitativa do produto ou mistura utilizada, a
quantidade empregada por área e instruções para caso de acidente.
Parágrafo Único: O acidente por aplicação indevida ou inadequada desses
produtos será de inteira responsabilidade da empresa que proceder a
aplicação.

Art. 12º - É vedada a aplicação dos produtos cuja a ação se faça por
gás ou vapor, em galerias, boeiros, porões, sótãos ou locais com
possível comunicação direta, com residências e outros ambientes
frequentados por pessoas ou risco para a saúde ou vida dos
mesmos.

Art. 13º - É vedada a ambulantes a aplicação de qualquer produto


que configure desratização, imunização ou desinsetização.

Art. 14º - Os cassos omissos serão resolvidos pela autoridade


sanitária competente.

Art. 15º - Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação,


revogada a Resolução nº 149 de 06 de janeiro de 1992 e demais.

Belo Horizonte, 11 de agosto de 1995.

Dr. José Rafael Guerra Pinto Coelho


Secretário do Estado da Saúde
Gestor do SUS/MG

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