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O CONSELHO SUPERIOR DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, no uso das atribuições que lhe
confere o Inciso I, do Art. 10, da Lei Complementar 80, de 12 de janeiro de 1994, resolve:
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
DA INSALUBRIDADE
Art. 3º A insalubridade e seus graus serão definidos com base na Norma Regulamentadora nº 15
[NR 15], aprovada pela Portaria MTE nº 3.214, de 8 de junho de 1978, e os valores dos adicionais serão
calculados conforme a legislação.
Art. 4º A insalubridade será aferida de acordo com o tempo de efetiva exposição em atividades
ou operações insalubres.
I - exposição eventual ou esporádica: aquela que ocorre por tempo inferior à metade da jornada
de trabalho mensal;
II - exposição habitual: aquela que ocorre por tempo igual ou superior à metade da jornada de
trabalho mensal; e
III - exposição permanente: aquela que ocorre de forma constante, durante toda a jornada
laboral.
III - que são realizadas em local inadequado, em virtude de questões gerenciais ou por
problemas organizacionais de outra ordem, que não os fatores e agentes de risco previstos na NR 15;
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15/12/2020 RESOLUÇÃO Nº 165, DE 7 DE AGOSTO DE 2020 - RESOLUÇÃO Nº 165, DE 7 DE AGOSTO DE 2020 - DOU - Imprensa Nacional
IV - em que o/a servidor/a ocupe função de chefia ou direção, com atribuição de comando
administrativo, exceto quando respaldado por laudo técnico individual que comprove a exposição em
caráter habitual ou permanente;
V - que envolvam o contato com fungos, ácaros, bactérias e outros microorganismos presentes
em documentos, livros, processos e similares, carpetes, cortinas e similares, sistemas de condicionamento
de ar ou instalações sanitárias;
VI - em que o/a servidor/a somente mantenha contato com pacientes em área de convivência
e circulação, ainda que o/a servidor/a permaneça nesses locais; e
VII - em que o/a servidor/a manuseie objetos que não se enquadrem como veiculadores de
secreções da/o paciente, ainda que sejam prontuários, receitas, vidros de remédio, recipientes fechados
para exame de laboratório e documentos em geral.
CAPÍTULO III
Art. 6º A insalubridade será aferida por meio de perícia e da elaboração de laudo técnico por
agente público, de qualquer esfera da federação, ocupante de cargo ou posto militar de médica/o com
especialização em medicina do trabalho, ou de engenheira/o ou arquiteta/o com especialização em
segurança do trabalho.
Art. 8º Poderão ser contratados serviços de terceiras/os para a dosagem e medição de agentes
físicos e químicos ou para a identificação de agentes biológicos, com a finalidade de auxiliar na análise
pericial e expedição de laudo técnico, desde que supervisionado por servidor/a da área de saúde e
segurança do trabalho.
Art. 9º O laudo técnico deverá apresentar, de forma objetiva, a condição fática caracterizadora
da insalubridade, quando constatada na perícia, indicando os elementos probatórios consistentes com as
conclusões.
§ 2º O exame pericial deve tomar como parâmetro inicial as informações sobre as atividades e
condições de trabalho da/o pericianda/o apresentadas no requerimento do benefício.
§ 3º O laudo pericial deve seguir o modelo anexo a esta Resolução e deverá conter os seguintes
requisitos mínimos:
XII - a indicação expressa das medidas corretivas necessárias para eliminar ou neutralizar o
risco, ou para proteger contra seus efeitos.
Art. 10 O laudo técnico não tem prazo de validade, devendo ser realizado novo exame pericial e
elaborado novo laudo, quando houver alteração substantiva no ambiente ou no processo de trabalho, ou
na legislação pertinente, ou, ainda, a critério da Secretaria de Gestão de Pessoas - SGP/SGE/DPGU.
CAPÍTULO IV
DO PROCEDIMENTO
III - a descrição completa das atividades que realiza e supostamente configuram a situação de
insalubridade.
Art. 13 No caso de atividade realizada em ambientes externos à DPU, e insalubres nos termos da
lei, a/o interessada/o deverá apresentar relatório oficial de atividades que indique a quantidade de horas
dedicadas efetivamente a tais atividades, relativo, pelo menos, aos últimos três meses anteriores ao do
requerimento.
Art. 14 A/O Chefe imediata/o da/o Requerente deverá se manifestar sobre as informações
apresentadas no requerimento relativas às atividades e ao local de sua realização.
Art. 17 A/O perita/o juntará diretamente o laudo pericial no processo ou o encaminhará à SGP.
CAPÍTULO V
DO JULGAMENTO
Parágrafo único. Os atos indicados no caput serão publicados no Boletim Interno Eletrônico da
DPU - BEIDPU e registrados pela SGP/SGE/DPGU no sistema informatizado oficial.
CAPÍTULO VI
DO PAGAMENTO
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Parágrafo único. Para fins de pagamento do adicional, será observado o teor da respectiva
portaria.
CAPÍTULO VII
I - fruição de férias;
II - em razão de falecimento de familiar, como previsto no item "b" do inciso III do art. 97 da Lei
nº 8.112/90;
III - em razão da licença para tratamento da própria saúde, da licença à gestante, ou da licença
em decorrência de acidente em serviço.
Art. 24 O adicional de insalubridade não se acumula com qualquer outro adicional relativo a
segurança e saúde no trabalho, e será mantido apenas enquanto permanecer a situação constatada no
laudo técnico.
CAPÍTULO VIII
Art. 25 Respondem nas esferas administrativa, civil e penal, as/os peritas/os e dirigentes que
cometam atos para a concessão ou autorização de pagamento do adicional de insalubridade em
desacordo com o previsto nesta Resolução e com a legislação vigente.
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