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DO TRABALHO
Data 20/03/2023
Sede Indaiatuba
6. Os 10 erros mais cometidos pelo Perito na Perícia (Modelos Quesitos – Modelos Impugnações)
9. Laudo de Periculosidade
• As primeiras normas regulamentadoras foram publicadas pela Portaria MTb nº 3.214, de 8 de junho de 1978.
As demais normas foram criadas ao longo do tempo, hoje temos 38 normas regulamentadoras.
Os textos das NRs podem ser consultados no site da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT):
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs
NR15 NR16
NR 15 - Insalubridade NR 16 - Periculosidade
A NR 15 trata das atividades ou operações insalubres. Na Norma Regulamentadora 16, são tratadas as atividades e
operações perigosas que asseguram ao funcionário um
Dois pontos ressaltados no documento e que merecem pagamento adicional de 30% sobre o salário.
atenção são os limites de tolerância, definidos em Anexos da
NR e o laudo de inspeção do local de trabalho. (quantitativo e Do mesmo jeito que na Norma Regulamentadora 15, a Norma 16
qualitativo) reforça a responsabilidade da empresa na emissão do laudo
técnico para definir o que se caracteriza ou não como
Quando se fala em “limite de tolerância”, nesta NR, trata-se da periculosidade em suas operações. Embora a análise seja válida
concentração ou intensidade máxima ou mínima no que diz somente por meio do laudo, a própria NR traz alguns exemplos
respeito à natureza da atividade e ao tempo de exposição ao de atividades consideradas perigosas, como abaixo:
agente. E, dependendo das condições de insalubridade,
variando do grau mínimo até o máximo, é pago um valor • Uso, manipulação e transporte de explosivos e inflamáveis;
adicional ao funcionário (sobre o salário mínimo). • Exposição à radiações ionizantes ou substâncias radioativas;
• Roubos ou outras espécies de violência física;
As condições de insalubridade citadas nos anexos são: • Perigos envolvendo energia elétrica;
• Agentes químicos e biológicos; Condições Hiperbáricas; • Uso de motocicleta.
Exposição ao Calor; Frio; Poeiras Minerais; Radiações
Ionizantes; Radiações Não-Ionizantes; Ruído Contínuo,
Intermitente ou de Impacto; Umidade e Vibrações.
A grande maioria dos processos/pericias são de
insalubridade e periculosidade ao mesmo tempo.
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Ergonomistas e demais profissionais de nível superior com domínio
de conhecimento no assunto a ser periciado. O Código de Processo de Civil, em seu artigo 156, § 1º, dispõe:
“Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente
inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.”
Desta forma, além de ser profissional de nível superior, deve também estar em dia com o conselho de classe e possuir
cadastro na justiça do trabalho.
Técnicos de Segurança do Trabalho, Tecnólogos em Segurança do Trabalho, Engenheiros de Segurança do Trabalho, Médicos,
Ergonomistas, Fisioterapeutas.
O Assistente Técnico é o profissional que possui os mesmos conhecimentos técnicos que o Perito, no entanto, atua para
“um dos lados” do processo. Ou seja, pode atuar para o Reclamante (pessoa que ingressa com a ação) ou Reclamada
(empresa que responde o processo).
• O assistente técnico se encontra com o perito no início da perícia (início de produção de prova) e tenta convencê-lo daquilo que
pensa.
• O assistente técnico deve alertar o perito sobre possíveis distorções, ajudando-o a minuciar os quesitos e suas respostas, para que
não venham a ocorrer danos graves, tendo em vista que a parte adversa tende a distorcer os fatos com os seus próprios quesitos,
levando à confusão do perito e podendo, assim obter um laudo técnico favorável à sua parte.
Apresentação de Quesitos e Nomeação de Assistente Técnico - Assim que o juiz nomeia o Perito Judicial, o primeiro passo
é conceder prazo para que as Partes (Reclamante e empresa) apresentem seus quesitos e nomeiem seus Assistentes.
Os quesitos são perguntas que tem por finalidade esclarecer as dúvidas existentes sobre um determinado assunto, objeto
da perícia. O perito é obrigado a responder todos os quesitos realizados pelas partes e pelo juiz, de forma conclusiva em seu
laudo. A formulação de Quesitos é fator crucial para obter bons resultados em uma Perícia Judicial.
Por exemplo, nos casos de insalubridade, questões que devem ser abordadas são: Exposição a agente insalubre; Tempo de
exposição; Nível de Exposição; Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva, etc.
O assistente técnico, por sua vez, é o auxiliar da parte, aquele que tem por obrigação, concordar, criticar ou complementar o laudo do
perito oficial, através de seu parecer, cabendo ao juiz, pelo princípio do livre convencimento, analisar seus argumentos, podendo
fundamentar sua decisão neste parecer. É necessário que o assistente técnico indicado no processo acompanhe a perícia na
data e horário designados.
Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo
testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas,
bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento
do objeto da perícia. Acompanhar a perícia e realizar anotações é de suma importância para confrontarmos as informações
que serão inseridas no laudo pericial.
No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com coerência lógica, indicando como
alcançou suas conclusões. É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pessoais
que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
A impugnação é uma tentativa de desqualificar um laudo emitido pelo perito, que pode não ser favorável ou apresentar algum tipo de
falha, como forma de assegurar a defesa da empresa. Nesta oportunidade, podem ser apresentados Quesitos Complementares e o
Perito Judicial estará obrigado a responde-los.
Resumindo:
Apresentação de
Quesitos e A Perícia e o Impugnação ao Laudo
Nomeação do
Nomeação de Laudo Pericial Pericial e Quesitos
Perito (JUIZ) Complementares (RIP)
Assistente (PERITO)
Técnico (RIP)
➢Recapitulando:
• Participar do processo desde os quesitos iniciais;
• Estudar o processo e documentos que se relacionam;
• Fornecer documentação necessária ao Jurídico para elaboração da defesa – documentos originais
digitalizados e assinados;
• Confirmar atividades desempenhadas pelo Reclamante;
• Inspecionar previamente o ambiente alvo da pericia;
• Separar documentações solicitadas pelo Juiz e/ou Perito;
• Reservar uma sala para o uso do Perito durante a diligencia;
• Identificar possíveis paradigmas (outros empregados que desempenham as mesmas atividades do
Reclamante);
• Realizar anotações durante a Perícia e enviar ao Jurídico;
• Intervir sempre que identificar que o Perito está sendo desleixado ou induzindo o Reclamante ou o
paradigma;
• Elaborar uma boa impugnação ao Laudo Pericial sempre que o mesmo for desfavorável à RIP.
- Recapitulando - Recapitulando
Área # Atividade Modelos de Quesitos e Impugnações
LINKS
https://www.youtube.com/watch?v=8OnBJsK0dL8
https://www.youtube.com/watch?v=-Fxc0e7wKLc
https://youtu.be/g2uu19_ywHc
https://youtu.be/IvGrBsKThzc
https://youtu.be/xFGapTadrKI
Mais aplicáveis aos contratos RIP
https://youtu.be/-XKpBjTi22k
https://youtu.be/rd-taGGzfL0
https://youtu.be/tMwDoudFdyc
Sempre que o trabalhador exercer sua função exposto a condições perigosas, ele terá direito a um adicional de 30% no
valor de sua remuneração mensal.
A Norma Regulamentara (NR) 16 em seus anexos, abordam questões importantes na definição do adicional, caracterização que
se dá por:
• Atividades perigosas;
• Area de risco;
• Funções que garantem o adicional.
O laudo deve ser emitido por engenheiro de segurança do trabalho. É obrigação do empregador caracterizar ou
descaracterizar a periculosidade, ou seja, ele deve se responsabilizar pela elaboração do documento mesmo que não tenha
atividades periculosas, ou seja, um laudo citando que os anexos não são aplicáveis e/ou que não possui atividade caracterizada.
A Orientação Jurisprudencial, utilizada apenas na Justiça do Trabalho, tem o mesmo objetivo da Súmula, mas enquanto a Súmula
exige critérios como a repetição de certa quantidade de decisões por determinado tempo, o Orientação Jurisprudencial tem tramitação
menos rígida.
Vejamos algumas Súmulas e OJs que se aplicam em matéria de saúde e segurança do trabalho:
➢ Súmula nº 47 do TST
INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção
do respectivo adicional.
➢ Súmula nº 80 do TST
INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de
aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.
➢ OJ – SDI1 - 173. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. (redação
alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação
solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE).
II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância,
inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE.
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