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LAUDO PERICIAL

LAUDO PERICIAL PREVIDENCIÁRIO


EXTEMPORÂNEO

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LAUDO PERICIAL

SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO.....................................................................................................................
2. INTRODUÇÃO........................................................................................................................
3. ESCLARECIMENTOS...............................................................................................................
4. OBJETIVO..............................................................................................................................
5. ACOMPANHANTES DA INSPEÇÃO PERICIAL...........................................................................
6. IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL LABORATIVO...............................................................................
7. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO AUTOR..........................................................................
7.1. ATIVIDADES DO AUTOR.....................................................................................................
7.2. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS......................................................................................
8. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL.....................................................................................................
9. ANALÍSE TÉCNICA E CIENTÍFICA.............................................................................................
10. ENQUADRAMENTO POR EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS...............................................
11. ELIMINAÇÃO OU NEUTRALIZAÇÃO DA NOCIVIDADE..........................................................
12. AVALIAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS ENCONTRADOS NO AMBIENTE DE
TRABALHO...................................................................................................................................
12.1. AVALIAÇÃO DO AGENTE NOCIVO BIOLÓGICO................................................................
13. PARECER CONCLUSIVO....................................................................................................

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LAUDO PERICIAL

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) DE DIREITO DA VARA FEDERAL DE


CIDADE – ESTADO

PROCESSO Nº:
AUTOR:
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS.

, Engenheiro de Segurança do Trabalho, nomeado perito nos autos do


processo em referência, tendo procedido inspeção pericial, vem apresentar a
V. Exa. os resultados e conclusões de seu trabalho, consubstanciados no
presente e apresentar o laudo pericial.

CREA –
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CRM
Médico do Trabalho

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1. IDENTIFICAÇÃO

Dados do Autor
Dados da Reclamada

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2. INTRODUÇÃO

As diligências foram realizadas no dia 01/12/2020, nos principais setores


informados na inspeção pericial, na presença de todos aqueles que estão relacionados.
Na certeza de haver cumprido com a honrosa designação do referido juízo, na
condição de Auxiliar da Justiça, para apurar os fatos narrados nos pedidos requeridos
pelo empregado nos autos supra para a formação da convicção do MM. (a) Juiz (a),
cumprindo fielmente com as normas éticas da conduta a que está obrigado o perito e
com a máxima lisura na realização das diligências, apresento a seguir o Laudo Pericial do
Ambiente de Trabalho analisado e o parecer final.

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3. ESCLARECIMENTOS

Inicialmente, após as apresentações, foi esclarecido aos presentes os objetivos


desta diligência na coleta de todas as informações sobre a realidade das condições
ambientais existentes nos locais de trabalho do reclamante à época do seu contrato de
trabalho para que o MM (a) Juiz (a) da Vara do Trabalho possa firmar a sua convicção na
prolação da sentença.
Esclarecidos as partes que ao Perito cabe tão somente avaliar as condições do
ambiente do trabalho, dos processos de produção, das matérias primas utilizadas e da
existência dos EPCs existentes nos locais avaliados e a eficácia dos EPIs apontados como
usados no processo de produção.
Da mesma forma, esclarecido às partes, que não cabe ao perito verificar tempo
da jornada de trabalho exercida pelo autor e tampouco o uso de equipamentos de
proteção individual, considerando que são fatos, relativos à atividade que somente o
juízo da instrução processual tem o poder de inquirição dentro dos princípios do devido
processo legal e do contraditório.
Esclarecido a todos os participantes que ao perito é vedado informar a qualquer
uma das partes a existência ou inexistência do direito pretendido, que cabe somente ao
magistrado entregar esse direito e, ainda, que os depoimentos de outros empregados,
eventualmente requerido pelo perito; a juntada de documentos ou outras peças de
informação tem por objetivo tão somente esclarecer o objeto da perícia.
Ainda, esclarecido as partes, procuradores e assistentes técnicos que eventuais
tentativas de tumultuar as diligências ou desvirtuar a realidade dos fatos ou do
ambiente de trabalho para beneficiar uma das partes, será informada ao juízo do
processo.
As partes ficaram cientes da participação de cada um dos presentes, sendo
orientadas sobre as formas de perguntas e intervenções possíveis, dentro das regras de
urbanidade e respeitos entre si e da possibilidade de fotografar, filmar e requerer
documentos, desde que não constantes nos autos e da formulação de quesitos
suplementares nos termos da lei.
Isto posto foi dado início aos trabalhos.

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4. OBJETIVO

O presente laudo refere-se à perícia técnica realizada nas instalações, em


especial nos locais laborados pela Reclamante, com o objetivo de identificar as
atividades exercidas pelo Reclamante nos Autos nº xxxxxxxxxxxxxxxxx de
reclamação previdenciária.

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5. ACOMPANHANTES DA INSPEÇÃO PERICIAL

xxxxxxxxxxxxxx – Autor;
xxxxxxxxxxxxxx – Operador de máquinas Município de Caxias

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6. IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL LABORATIVO

Conforme declaração do Autor o principal local laborativo eram as vias


públicas do Município da cidade de xxxxxxx e na fábrica de
embalagens do respectivo Município.
A fábrica de embalagens foi extinta.

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7. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO AUTOR

7.1. ATIVIDADES DO AUTOR

A principal tarefa era coletar lixo urbano em vias públicas. Uma vez
por semana auxiliava na fabricação de tubos de concreto.

7.2. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

COLETAR LIXO URBANO


Fazer a coleta de lixo domiciliar e comercial em logradouros públicos e
arremessar as embalagens, bombonas em cima da carroceria de uma
caçamba basculante.

Havia revezamento no solo e na carroceria.

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8. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A legislação utilizada na elaboração deste laudo pericial segue abaixo:

 Decretos nº 53.831, de 1964, e nº 83.080, de 1979.


 Ocupações previstas nos Anexos dos Decretos n° 53.831, de 1964, e
n° 83.080, de 1979, código 2.0.0.

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9. ANALÍSE TÉCNICA E CIENTÍFICA

Para fins de Análise Técnica e Científica deste Laudo Pericial, a seguir


faremos inicialmente o detalhamento das atividades exercidas pelo
trabalhador e em seguida a análise das atividades especiais, levando
em consideração a forma de exposição, a forma de avaliação, o
enquadramento e a tecnologia de proteção. Abaixo serão informados
os conceitos a serem utilizados:

Efetiva exposição: exposição a risco ocupacional ou agente ambiental


do trabalho que cumpre a exigência de nocividade e de permanência,
caracterizando, então, a efetiva exposição ao agente nocivo em
atividades exercidas em condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física;

Condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física:


exposição a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou a
associação de agentes, em concentração ou intensidade e tempo de
exposição que ultrapasse os limites de tolerância ou que,
dependendo do agente, torne a simples exposição em condição
especial prejudicial à saúde, listados nos Anexos dos Decretos nº
53.831, de 1964, nº 83.080, de 1979, nº 2.172, de 1997, e nº 3.048, de
1999, e NR-15 aprovada pela Portaria nº 3.214, de 1978, do MTE;

Permanência até 18 de novembro de 2003: atividade habitual e


permanente é aquela que é realizada todos os dias, durante todo o
tempo exigido, em todas as funções e durante toda a jornada de
trabalho exposta a agente nocivo;

Agentes físicos: diversas formas de energia a que possam estar


expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões
anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações
não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom;

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Agentes químicos: substâncias, compostos ou produtos que possam


penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras,
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo
organismo através da pele ou por ingestão;

VI - Agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas,


protozoários, vírus, entre outros. A NR-32, aprovada pela Portaria nº
3.214, de 1978, do MTE define como agentes biológicos os
microrganismos, geneticamente modificados ou não, as culturas de
células, os parasitas, as toxinas e os príons;

Nocividade: situação combinada ou não de substâncias, energias e


demais fatores de riscos reconhecidos, presentes no ambiente de
trabalho, capazes de trazer ou ocasionar danos à saúde ou à
integridade física do trabalhador;

Risco ocupacional: é a probabilidade de um agente ambiental do


trabalho, em determinadas condições, produzir efeitos nocivos no
organismo do trabalhador;

EPC: como o próprio nome sugere, os equipamentos de proteção


coletiva dizem respeito ao coletivo, devendo proteger todos os
trabalhadores expostos a determinado risco. Como exemplo se pode
citar o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos
locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e
equipamentos, a sinalização de segurança, a cabine de segurança
biológica, capelas químicas, cabine para manipulação de
radioisótopos, extintores de incêndio, dentre outros;

EPI: considera-se Equipamento de Proteção Individual todo


dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e
a saúde no trabalho.

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10. ENQUADRAMENTO POR EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS

Conforme a legislação previdenciária, a concessão da aposentadoria


especial dependerá da comprovação da exposição do segurado aos
agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes
prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao
exigido para a concessão do benefício. A análise dos agentes nocivos
será realizada conforme abaixo:

 Até 05/03/1997 serão analisados em conformidade com os Decretos


n°53.831, de 1964, e n°83.080, de 1979;

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11. ELIMINAÇÃO OU NEUTRALIZAÇÃO DA NOCIVIDADE

Somente será considerada a adoção de Equipamento de Proteção


Individual – EPI, desde que comprovadamente elimine ou neutralize a
nocividade e seja respeitado o disposto na NR-06 do MTE, havendo
ainda a necessidade de que seja assegurada e devidamente registrada
pela empresa. Os requisitos das NR-6 e NR-9 referentes aos EPI são:

I - A hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-9, ou seja, medidas


de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de
organização do trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo-se
a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica,
insuficiência ou interinidade à implementação do EPC ou, ainda, em
caráter complementar ou emergencial;

II - As condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo


do tempo, conforme especificação técnica do fabricante, ajustada às
condições de campo;

III - O prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE;

IV - A periodicidade de troca definida pelos programas ambientais,


comprovada mediante recibo assinado pelo usuário em época própria;

V - A higienização.

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12. AVALIAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS ENCONTRADOS NO


AMBIENTE DE TRABALHO

A seguir apresentaremos a Tabela – Avaliação do Agente Nocivo, onde serão


indicados os agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de
agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física no qual o autor esteve
exposto.

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AVALIAÇÃO DO AGENTE NOCIVO BIOLÓGICO


PERÍODO 01/12/1982 À 12/05/1984
EXPOSIÇÃO Principais vias de exposição PERCUTÂNEA

CONTATO DIRETO OU INDIRETO X


GOTÍCULAS

AEROSSÓIS

AVALIAÇÃO Qualitativa. De acordo com a legislação previdenciária, consideram-se agentes biológicos: bactérias, fungos, protozoários, parasitas, vírus e outros que
tenham a capacidade de causar doenças ou lesões em diversos graus nos seres humanos e que podem ser chamados de patógenos.
ENQUADRAMENTO Os períodos laborados até 05/03/1997 enquadram-se no anexo do Decreto nº 53.831, de 1964, os trabalhos permanentes expostos ao contato direto
com germes infecciosos e os trabalhos permanentes expostos ao contato com doentes ou materiais infectos contagiantes, nos serviços e atividades
profissionais citadas no anexo, código 1.3.0. Enquadra-se no Anexo I do Decreto nº 83.080, de 1979, unicamente as atividades descritas:
- Trabalhos permanentes em que haja contato com produtos de animais infectados;
- Trabalhos permanentes em que haja contatos com carnes, vísceras, glândulas, sangue, ossos, pelas dejeções de animais infectados;
- Trabalhos permanentes expostos ao contato com animais doentes ou materiais infectos contagiantes;
- Trabalhos permanentes em laboratórios com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos;
- Trabalhos em que haja contato permanente com doentes ou materiais infectos contagiantes; e
- Trabalhos nos gabinetes de autópsia, de anatomia e anátomo histopatologia, nas atividades profissionais citadas no anexo, código 1.3.0.
TECNOLOGIA DE Descrição do EPI Número do Certificado de Aprovado para: EFICAZ
PROTEÇÃO Aprovação SIM NÃO

OBSERVAÇÃO Os comprovantes de entrega de EPÍs não foram juntados nos autos.


CONCLUSÃO O trabalhador NÃO exerceu atividades consideradas especiais por exposição ao agente nocivo – AGENTE BIOLÓGICO, bem

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como a atividade de COLETA DE LIXO URBANO, não fazia parte do rol taxativo do agente de risco de acordo com o Decreto
nº 53.831/64, no período de 01/03/1981 À 05/05/1983.
CÓDIGO DO GFIP

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13. PARECER CONCLUSIVO

Enquadramento AGENTES BIOLÓGICOS


Período avaliado 02/03/1982 À 03/04/1984
Justificativa O trabalhador NÃO exerceu atividades consideradas especiais por
exposição ao agente nocivo – AGENTE BIOLÓGICO, bem como a atividade
de COLETA DE LIXO URBANO, não fazia parte do rol taxativo do agente de
risco de acordo com o Decreto nº 53.831/64, no período de 01/03/1981 À
05/05/1983.
Conclusão A atividade não foi exercida em condições especiais.

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