Você está na página 1de 26

Aviso legal: Este é um modelo inicial que deve ser adaptado ao caso concreto por profissional habilitado.

Verifique sempre a vigência das leis


indicadas, a jurisprudência local e os riscos de improcedência. Limitações de uso: Você NÃO PODE revender, divulgar, distribuir ou publicar o
conteúdo abaixo, mesmo que gratuitamente, exceto para fins diretamente ligados ao processo do seu cliente final. Ao utilizar este documento
você concorda com os nossos Termos de uso.
REMOVA ESTE AVISO ANTES DO USO | Copyright ModeloInicial.com.br

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL


FEDERAL DE ________

Processo CNJ n. ________

________ , ________ , ________ , inscrito no CPF sob nº


________ , ________ , residente e domiciliado na
________ , ________ , ________ , na Cidade de ________ ,
________ , ________ , vem à presença de Vossa
Excelência, por meio do seu Advogado, infra assinado,
interpor
RECURSO INOMINADO
em face de decisão de fls. ________ , que ________ em
ação ________ ajuizada em face da ________ .
Requer desde já o recebimento do presente recurso e sua retratação.
Assim não sendo, requer seja remetida à Turma Recursal
competente.
Termos em que pede deferimento.

________ , ________ .
________

RAZÕES RECURSAIS
Recorrente: ________
Recorrido: ________
Processo de origem nº ________ , do Juizado Especial Federal da Comarca de
________

COLENDA TURMA,

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


EMÉRITO JULGADORES

BREVE SÍNTESE E DA DECISÃO RECORRIDA


O Autor, após alcançar os requisitos legais, requereu
administrativamente o benefício previdenciário da aposentadoria, pedido este que
foi negado, sob o seguinte fundamento: ________ .
Seguem dados do pedido:
 Pedido Administrativo nº: ________

 Data de requerimento administrativo: ________ ;

 Idade na data do requerimento administrativo:


________ conforme documentos que junta em anexo;
 Meses de contribuição na data do requerimento
administrativo: ________ , conforme ________
O que não merece prosperar, uma vez que o Segurado atende todos
os requisitos legais. Razão pela qual restam demonstrados o interesse de agir e a
legitimidade do Autor em ajuizar a presente ação.
A ação proposta foi sentenciada da seguinte forma:
________
Ocorre que referida decisão merece reparo, pois ________ .
DO DIREITO
DA APOSENTADORIA ESPECIAL
Nos termos do Art. 57. da Lei 8.213/91, "a aposentadoria especial
será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver
trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos,
conforme dispuser a lei."
No presente caso, se trata de serviço de forma ininterrupta em
________ por ________ anos, conforme ________ indicando o preenchimento
dos requisitos à aposentadoria especial, conforme passa a dispor.
AUSÊNCIA DE PPP DA ATUALIDADE
Cabe destacar que a ausência de PPP específico ao período
________ não pode ser objeção ao deferimento do pedido, uma vez que o
recorrente esgotou todas as vias para obtenção do PPP sem êxito, obtendo
apenas o PPP atual para as mesmas atividades.

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


Afinal, considerando que a empresa em que o recorrente estava
vinculado sequer existe, esta impossibilitado de ter acesso a qualquer documento
por parte dela, sendo inexigível a contemporaneidade do PPP para o
reconhecimento da atividade especial, conforme precedentes sobre o tema:
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE
SEGURANÇA. ENQUADRAMENTO DE ATIVIDADE
ESPECIAL. RUÍDO. POSSIBILIDADE. APOSENTADORIA
ESPECIAL. REQUISITOS PREENCHIDOS. PAGAMENTO
DE PARCELAS DESDE A IMPETRAÇÃO. JUROS DE
MORA. CORREÇÃO MONETÁRIA. REMESSA OFICIAL
CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. APELAÇÃO
AUTÁRQUICA CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA.
- Os Perfis Profissiográfico Previdenciário - PPP
apresentados constituem prova hábil e idônea para o
enquadramento requerido. - A falta de contemporaneidade
não tem o condão de afastar a insalubridade, pois os
Perfis Profissiográfico Previdenciário identificam, nas
mesmas condições ambientais de trabalho, níveis de
pressão sonora superiores aos limites de tolerância
previstos na norma previdenciária. É certo, ainda, que em
razão dos muitos avanços tecnológicos e da intensa
fiscalização trabalhista, as circunstâncias em que o labor era
prestado não se agravariam com o decorrer do tempo,
mormente nas linhas de produção das indústrias têxteis, em
razão dos altos níveis de ruído proveniente dos teares.
Precedentes. - Presentes os requisitos para a concessão da
aposentadoria especial. (....) - Apelação do INSS conhecida e
parcialmente provida. (TRF3 - Acórdão Apreenec -
Apelação/remessa Necessária - 366247 / Sp 0000252-
28.2016.4.03.6109, Relator(a): Des. Ana Pezarini, data de
julgamento: 05/12/2018, data de publicação: 04/02/2019, 9ª
Turma, #430914) #4030914

"A jurisprudência desta Corte destaca a desnecessidade


de contemporaneidade do PPP ou laudo técnico para
que sejam consideradas válidas suas conclusões, tanto
porque não há tal previsão em lei quanto porque a evolução
tecnológica faz presumir serem as condições ambientais de
trabalho pretéritas mais agressivas do que quando da
execução dos serviços. Precedentes.- O § 3º do art. 57 da
Lei 8.213/91 exige a comprovação de que a exposição aos
#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022
agentes nocivos se deu em caráter permanente, "não
ocasional nem intermitente".- É necessário destacar que a
ausência da informação da habitualidade e permanência no
PPP não impede o reconhecimento da especialidade." (TRF
3ª Região, OITAVA TURMA, Ap - APELAÇÃO CÍVEL -
2253519 - 0007010-08.2016.4.03.6114, Rel.
DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ STEFANINI, julgado
em 26/11/2018, e-DJF3 Judicial 1 DATA:10/12/2018 ,
#230914)
PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. RECURSO
ADESIVO. REMESSA OFICIAL TIDA POR INTERPOSTA.
APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL.
EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS. AGENTES
QUÍMICOS. HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS.
COMPROVAÇÃO. LAUDO EXTEMPORÂNEO.
IRRELEVÂNCIA. TERMO INICIAL. (...). III - No que tange à
atividade especial, a jurisprudência pacificou-se no sentido
de que a legislação aplicável para sua caracterização é a
vigente no período em que a atividade a ser avaliada foi
efetivamente exercida. IV -(...). VI - Em que pese o laudo
técnico das condições de ambiente de trabalho acostado
aos autos ter sido expedido posteriormente à data do
requerimento administrativo, tal situação não fere o
direito da parte autora de receber as parcelas vencidas
desde o requerimento administrativo, primeira
oportunidade em que o Instituto tomou ciência da pretensão
do segurado, eis que já incorporado ao seu patrimônio
jurídico, devendo prevalecer a regra especial prevista no art.
49, b c/c art. 54 da Lei 8.213/91. (...) VII - O fato de o laudo
pericial judicial ter sido elaborado posteriormente à
prestação do serviço não afasta a validade de suas
conclusões, vez que tal requisito não está previsto em lei
e, além disso, a evolução tecnológica propicia condições
ambientais menos agressivas à saúde do obreiro do que
aquelas vivenciadas à época da execução dos serviços.
VIII - A correção monetária e os juros de mora deverão ser
calculados de acordo com a lei de regência, observando-se
as teses firmadas pelo E.STF no julgamento do RE 870.947,
realizado em 20.09.2017. (...)(TRF-3 - Ap:
00411658520174039999 SP, Relator: JUÍZA CONVOCADA
#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022
SYLVIA DE CASTRO, Data de Julgamento: 13/03/2018,
DÉCIMA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 Judicial 1
DATA:21/03/2018, #030914)
Ademais, ao verificar os processos ________ verifica-se claramente
o reconhecimento de atividade especial para a mesma empresa, evidenciando o
direito do autor.
Desta forma, ausente qualquer possibilidade de obtenção do PPP
contemporâneo ao período requerido, das empresas específicas em que o
recorrente esteve vinculado, outra alternativa não resta, se não a necessária
aceitabilidade de laudos recentes que junta em anexo e confirmação em prova
testemunhal/pericial a produzir.
DAS INFORMAÇÕES CONSTANTES NO PPP
Não obstante a inexistência no PPP de que a exposição fosse
habitual e permanente, esta deve ser presumida, uma vez que o PPP é exigível
exclusivamente para a prova da exposição ao agente nocivo, não sendo exigido
em lei que seja prevista a informação de habitualidade e permanência, conforme
precedentes sobre o tema:
"É necessário destacar que a ausência da informação da
habitualidade e permanência no PPP não impede o
reconhecimento da especialidade.- Isto porque o PPP é
formulário padronizado pelo próprio INSS, conforme disposto
no §1º do artigo 58 da Lei 8.213/91. Assim sendo, é de
competência do INSS a adoção de medidas para reduzir as
imprecisões no preenchimento do PPP pelo empregador.
Como os PPPs não apresentam campo específico para
indicação de configuração de habitualidade e permanência
da exposição ao agente, o ônus de provar a ausência desses
requisitos é do INSS." (TRF 3ª Região, OITAVA TURMA,
ApReeNec - APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA -
2112034 - 0000450-76.2012.4.03.6183, Rel.
DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ STEFANINI, julgado
em 05/11/2018, e-DJF3 Judicial 1 DATA:22/11/2018)
Portanto, não subsistem motivos à recusa do PPP apresentado,
devendo ser reconhecido o período ________ como atividade especial.
DA ACEITABILIDADE DE LAUDO DE ATIVIDADES SIMILARES
A ausência de laudo específico da atividade desenvolvida pelo
segurado não pode impedir o acesso ao benefício, devendo ser utilizado para este
fim laudo de atividade semelhante, sob pena de nulidade da sentença, conforme
#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022
orienta o Superior Tribunal de Justiça:
"Mostra-se legítima a produção de perícia indireta, em
empresa similar, ante a impossibilidade de obter os
dados necessários à comprovação de atividade especial,
visto que, diante do caráter eminentemente social atribuído à
Previdência, onde sua finalidade primeira é amparar o
segurado, o trabalhador não pode sofrer prejuízos
decorrentes da impossibilidade de produção, no local de
trabalho, de prova, mesmo que seja de perícia técnica".
(REsp 1.397.415/RS, Rel. Ministro Humberto Martins).
Este entendimento foi pacificado na jurisprudência:
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL.
CERCEAMENTO DE DEFESA ACOLHIDO. PERÍCIA
INDIRETA POSSIBILIDADE. SENTENÇA ANULADA.- (...) In
casu, verifica-se que o requerente para comprovar as
condições agressivas, requereu a produção de prova
pericial indireta, tendo em vista que a empresa Nuclear Ind.
Elétrica Ltda encerrou suas atividades.- Na réplica, também,
esclarece a impossibilidade da perícia no local de trabalho,
por estar o estabelecimento extinto, sendo cabível a perícia
indireta ou por similitude.- A prova pericial prevista no Código
de Processo Civil é um meio de prova lícito, sendo certo que
é possível a realização de perícia indireta, quando
impossível a realização de perícia no próprio ambiente
de trabalho do segurado.- A produção da prova técnica
(perícia indireta), requerida na petição inicial e,
posteriormente, em réplica à contestação, torna-se
indispensável para a comprovação do efetivo exercício
da atividade em condições agressivas.- Sentença
anulada, para retorno dos autos à Vara de origem para
regular instrução do feito.- Apelação da parte autora
provida. (TRF 3ª Região, 9ª Turma, ApCiv - APELAÇÃO
CÍVEL - 5000523-19.2017.4.03.6140, Rel. Desembargador
Federal GILBERTO RODRIGUES JORDAN, julgado em
25/06/2019, e - DJF3 Judicial 1 DATA: 03/07/2019)
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. TEMPO
DE SERVIÇO ESPECIAL. PERÍCIA TÉCNICA INDIRETA. I -
(...) - O uso de EPI não descaracteriza a especialidade do
labor, nos termos da Súmula n.º 9 da Turma Nacional de
#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022
Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais
Federais. V - O encerramento das atividades das
empresas e/ou dos setores em que o demandante
exerceu suas funções nos referidos períodos não tem o
condão de inviabilizar a realização da prova técnica
pericial, eis que nas hipóteses em que a parte autora não
disponha de documentos aptos a comprovar sua sujeição
contínua a condições insalubres e a única forma de aferir
tal circunstância se resumir a elaboração de perícia
indireta, como no caso em apreço, deverão ser admitidas
as conclusões exaradas pelo perito judicial com base em
vistoria técnica realizada em empresa paradigma, isso
com o intuito de não penalizar o segurado pela não
observação de dever do empregador. VI - Laudo Pericial
Técnico demostrando a exposição à agentes químicos e ao
agente físico ruído acima dos limites de tolerância, de acordo
com a legislação à época vigente. VII - Exclusão de parte dos
períodos reconhecidos como especiais, em razão da falta de
comprovação da atividade nocente. Laudo Pericial contempla
apenas períodos posteriores a 28/04/1.995. VIII - Concessão
da aposentadoria especial, a partir da data da citação. IX -
Apelação parcialmente provida. (TRF-3 - Ap:
00039791720154036113 SP, Relator: DESEMBARGADOR
FEDERAL DAVID DANTAS, Data de Julgamento:
19/02/2018, OITAVA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3
Judicial 1 DATA:05/03/2018, #330914)
Portanto, devem ser considerados os laudos ________ que
comprovam a exposição idêntica àquela suportada pelo segurado, equiparando-se
para todos os fins.
ATIVIDADE NÃO PREVISTA NO ROL DE SEGURADOS ESPECIAIS
O simples exercício de atividade com EXPOSIÇÃO A ________
confere o direito à aposentadoria especial, independente de previsão legal da
categoria, uma vez que a jurisprudência tem entendido que o rol das atividades e
agentes nocivos referenciados nos respectivos decretos são meramente
exemplificativos.
Trata-se de reconhecimento devido ao direito à aposentadoria,
conforme recente posicionamento do STJ:
PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL. ATIVIDADE
#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022
ESPECIAL. VIGILANTE, COM OU SEM USO DE ARMA DE
FOGO. SUPRESSÃO PELO DECRETO 2.172/1997. ARTS.
57 E 58 DA LEI 8.213/1991. ROL DE ATIVIDADES E
AGENTES NOCIVOS. CARÁTER EXEMPLIFICATIVO.
AGENTES PREJUDICIAIS NÃO PREVISTOS. REQUISITOS
PARA CARACTERIZAÇÃO. EXPOSIÇÃO PERMANENTE,
NÃO OCASIONAL NEM INTERMITENTE (ART. 57, § 3º., DA
LEI 8.213/1991). INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO
INTERPOSTO PELO SEGURADO PROVIDO. 1. Não se
desconhece que a periculosidade não está expressamente
prevista nos Decretos 2.172/1997 e 3.048/1999, o que à
primeira vista, levaria ao entendimento de que está excluída
da legislação a aposentadoria especial pela via da
periculosidade. 2. Contudo, o art. 57 da Lei 8.213/1991
assegura expressamente o direito à aposentadoria especial
ao Segurado que exerça sua atividade em condições que
coloquem em risco a sua saúde ou a sua integridade física,
nos termos dos arts. 201, § 1º. e 202, II da Constituição
Federal. 3. Assim, o fato de os decretos não mais
contemplarem os agentes perigosos não significa que
não seja mais possível o reconhecimento da
especialidade da atividade, já que todo o ordenamento
jurídico, hierarquicamente superior, traz a garantia de
proteção à integridade física do trabalhador. 4.
Corroborando tal assertiva, a Primeira Seção desta Corte, no
julgamento do 1.306.113/SC, fixou a orientação de que a
despeito da supressão do agente eletricidade pelo Decreto
2.172/1997, é possível o reconhecimento da especialidade
da atividade submetida a tal agente perigoso, desde que
comprovada a exposição do trabalhador de forma
permanente, não ocasional, nem intermitente. 5. Seguindo
essa mesma orientação, é possível reconhecer a
possibilidade de caracterização da atividade de vigilante
como especial, com ou sem o uso de arma de fogo,
mesmo após 5.3.1997, desde que comprovada a
exposição do trabalhador à atividade nociva, de forma
permanente, não ocasional, nem intermitente. 6. In casu,
merece reparos o acórdão proferido pela TNU afirmando a
impossibilidade de contagem como tempo especial o
exercício da atividade de vigilante no período posterior ao

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


Decreto 2.172/1997, restabelecendo o acórdão proferido pela
Turma Recursal que reconheceu a comprovação da
especialidade da atividade. 7. Incidente de Uniformização
interposto pelo Segurado provido para fazer prevalecer a
orientação ora firmada. (Pet 10.679/RN, Rel. Ministro
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 22/05/2019, DJe 24/05/2019, #830914)
Nesse mesmo sentido é o entendimento da TNU, pedido de
uniformização abaixo colacionado.
PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
INTERPOSTO PELO INSS. APOSENTADORIA POR
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. RECONHECIMENTO DO
TEMPO ESPECIAL. MOTORISTA SUJEITO À
PERICULOSIDADE. PERÍODO POSTERIOR AO DECRETO
2172/97. QUESTÃO DE ORDEM 13 DA TNU. INCIDENTE
NÃO CONHECIDO.(...). 4. O incidente de uniformização foi
admitido na origem. 5. Verifico que a decisão recorrida deu
provimento ao pedido de reconhecimento do labor especial
com fundamento no entendimento da TRU da 4ª Região,
segundo o qual "É devido o reconhecimento da natureza
especial da atividade que expõe a risco a integridade física
do trabalhador em razão de periculosidade, mesmo após a
edição do Decreto 2.172/97". Assim, concluiu a Turma de
origem que: "No caso, o autor desenvolvia a atividade de
motorista de caminhão de gás liquefeito, o que é considerada
atividade perigosa pela NR-16. Para demonstrar o exercício
da atividade e a exposição ao agente periculoso, o autor
juntou aos autos formulário DSS-8030 e laudo de empresa
similar, que contempla a atividade por ele desenvolvida, em
semelhantes condições. Sendo assim, restou demonstrado o
exercício de atividade especial pelo autor no período de
01/10/1996 a 30/01/1998. (...) É bem verdade que o Superior
Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.306.113/SC
(DJ 7-3-2013), de que foi relator o Sr. Ministro Herman
Benjamin, submetido ao regime de recursos repetitivos,
definiu que as atividades nocivas à saúde relacionadas
nas normas regulamentadoras são meramente
exemplificativas, podendo o caráter especial do trabalho
ser reconhecido em outras atividades desde que
permanentes, não ocasionais e nem intermitentes. Em
#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022
conseqüência, considerou o agente eletricidade como
suficiente para caracterizar agente nocivo à saúde, deferindo
a contagem especial mesmo depois da edição do Decreto
2.172/97. (...) Em face de todo o exposto, e nos termos da
fundamentação, tenho que o pedido nacional de
uniformização de jurisprudência formulado pelo INSS deve
ser conhecido e improvido, porquanto entendo que é
possível o reconhecimento de tempo especial prestado
com exposição a agente nocivo periculoso em data
posterior a 05/03/1997, desde que laudo técnico (ou
elemento material equivalente) comprove a permanente
exposição à atividade nociva, independentemente de
previsão em legislação específica". (PEDILEF nº 5007749-
73.2011.4.04.7105. Relator: Juiz Federal Daniel Machado da
Rocha. DJ: 11/09/2015). - grifei. 8. Sendo assim, com
ressalva de entendimento pessoal, tem-se que a TNU
uniformizou a matéria em sentido contrário à pretensão do
INSS, cumprindo a aplicação da Questão de Ordem 13 deste
colegiado, uma vez que a decisão impugnada se encontra no
mesmo sentido da jurisprudência uniformizada. 9. O voto,
então, é por não conhecer do incidente de uniformização.
(PEDILEF 50000672420124047108 01/04/2016 - Rel. JUÍZA
FEDERAL SUSANA SBROGIO GALIA, #730914)
Nesse sentido, vejamos o que diz duas súmulas importantes, uma do
extinto TFR e outra da TNU:
Súmula 198 do TFR - "Atendidos os demais requisitos, é
devida a aposentadoria especial se a perícia judicial constata
que a atividade exercida pelo segurado é perigosa, insalubre
ou penosa, mesmo não inscrita em Regulamento. "
Súmula 70 da TNU -" A atividade de tratorista pode ser
equiparada à de motorista de caminhão para fins de
reconhecimento de atividade especial mediante
enquadramento por categoria profissional. "
Desta forma, uma vez apresentada prova inequívoca da exposição a
agentes nocivos, devem ser consideradas as demais provas da referida
exposição, para fins de reconhecimento como atividade especial.
ATIVIDADE ESPECIAL MESMO DIANTE DA EFICÁCIA DO EPI
Conforme entendimento majoritário dos tribunais, a eficácia do

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


Equipamento de Proteção Individual - EPI não descaracteriza o tempo de
serviço especial para aposentadoria, no caso de o segurado estar exposto ao
agente nocivo ruído.
Ou seja, ausente motivação suficiente para desconsiderar o período
de exposição ao agente nocivo, mesmo que dispondo de EPIs eficazes, devem
ser consideradas a existência de atividade especial, conforme posicionamento
pacificado no STJ:
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. EQUIPAMENTO
DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. VERIFICAÇÃO DA
EFICÁCIA PARA AFASTAR A INSALUBRIDADE DA
ATIVIDADE LABORAL. IMPOSSIBILIDADE DE
REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO
DOS AUTOS. SÚMULA 7/STJ. TEMPO ESPECIAL. RUÍDO.
LIMITE DE 90DB NO PERÍODO DE 6.3.1997 A 18.11.2003.
DECRETO 4.882/2003. LIMITE DE 85 DB. RETROAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DA LEI VIGENTE À
ÉPOCA DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. 1. A análise da
eficácia do Equipamento de Proteção Individual - EPI para
determinar a eliminação ou não da insalubridade da atividade
laboral exercida pelo segurado, implica necessário exame do
conjunto fático-probatório dos autos, o que encontra óbice no
enunciado da Súmula 7/STJ. 2. O Supremo Tribunal
Federal fixou o entendimento de que a eficácia do
Equipamento de Proteção Individual - EPI não
descaracteriza o tempo de serviço especial para
aposentadoria, no caso de o segurado estar exposto ao
agente nocivo ruído. 3. O Superior Tribunal de Justiça
sedimentou o entendimento de que a configuração do tempo
especial é de acordo com a lei vigente no momento do labor.
4. O limite de tolerância para configuração da especialidade
do tempo de serviço para o agente ruído deve ser de 90 dB
no período de 6.3.1997 a 18.11.2003, conforme Anexo IV do
Decreto 2.172/1997 e Anexo IV do Decreto 3.048/1999, não
sendo possível aplicação retroativa do Decreto 4.882/2003,
que reduziu o patamar para 85 dB, sob pena de ofensa ao
art. 6º da LINDB (ex-LICC). 5. Recurso Especial parcialmente
conhecido e, nessa parte, provido. (REsp 1585467/SP, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
em 05/04/2016, DJe 25/05/2016, #430914)

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


Nesse sentido segue a jurisprudência:
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. TEMPO
DE SERVIÇO ESPECIAL. PERÍCIA TÉCNICA INDIRETA. I -
(...) - O uso de EPI não descaracteriza a especialidade do
labor, nos termos da Súmula n.º 9 da Turma Nacional de
Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais
Federais. V - (...) - Concessão da aposentadoria especial, a
partir da data da citação. IX - Apelação parcialmente provida.
(TRF-3 - Ap: 00039791720154036113 SP, Relator:
DESEMBARGADOR FEDERAL DAVID DANTAS, Data de
Julgamento: 19/02/2018, OITAVA TURMA, Data de
Publicação: e-DJF3 Judicial 1 DATA:05/03/2018, #630914)
Portanto, deve ser considerado o período na íntegra do serviço
prestado sobre atividade especial, conforme laudos que junta em anexo.
DA EXIGÊNCIA DE LAUDO TÉCNICO SOMENTE A PARTIR DA EDIÇÃO DO
DEC.2.172/97.
Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a exigência
de comprovação de efetiva exposição aos agentes nocivos, estabelecida no § 4º
do art. 57 e §§ 1º e 2º do artigo 58 da Lei nº. 8.213/91, este na redação da Lei nº.
9.732/98, só pode ser aplicada ao tempo de serviço prestado após sua vigência, e
não retroativamente.
Se a legislação anterior não estabelecia os meios de prova às
condições de exposição a agentes nocivos, não pode ser aplicada a situações
pretéritas, especialmente por exigir condições superiores à concessão de um
direito.
Portanto, devem ser aceitas as provas da exposição do recorrente a
agentes nocivos ao período anterior à edição do Decreto 2.172/97.
Do enquadramento de categoria como prova suficiente para o
reconhecimento da atividade especial
Até até 28 de abril de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.032,
de 28 de abril de 1995 bastava ao segurado, para o reconhecimento da atividade
especial, comprovar seu enquadramento em uma das categorias profissionais ou
o exercício de uma das atividades relacionadas nos anexos dos Decretos
53.831/64 e 83.080/79, não havendo qualquer necessidade de fazer prova efetiva
das condições prejudiciais à saúde ou à integridade física.
Assim, considerando a documentação que junta em anexo, o
recorrente era enquadrado como ________ , sendo suficiente para o

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


reconhecimento da atividade especial de ________ a ________ .
Nesse sentido, confirma a jurisprudência do STJ:
"De fato, anteriormente à edição da Lei n° 9.032/95, o
reconhecimento do tempo de serviço especial se dava pelo
simples enquadramento atividade exercida no rol do Decreto
53.831/64 e do Decreto 83.080/79, independentemente,
portanto, da produção de laudo pericial comprovando a
efetiva exposição a agentes nocivos, sem perder de vista que
o rol das atividades ali inscritas é considerado meramente
exemplificativo pela jurisprudência assente do E. STJ,
podendo, assim, ser também considerada especial a
atividade mesmo que não conste no regulamento. Somente
com a superveniência da Lei n° 9.032/95, passou-se a exigir
a comprovação da efetiva exposição a agentes nocivos por
meio dos formulários SB-40 e DSS-8030, cuja
regulamentação, contudo, somente ocorreu com o Decreto n°
2.172, de 5 de março de 1997, data a partir da qual faz-se
mister, também, a apresentação de laudo técnico para a
comprovação da atividade especial." (STJ - AREsp: 1256803
RJ 2018/0048446-5, Relator: Ministra ASSUSETE
MAGALHÃES, Data de Publicação: DJ 27/03/2018, #030914)
Motivos suficientes a configurar o período ________ como atividade
especial, uma vez que enquadrado na categoria ________ , conforme documentos
que junta em anexo.
DO DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL PELO CONTRIBUINTE
INDIVIDUAL
O Autor, conforme narrado, exerceu por ________ anos a atividade
de ________ , período que deve ser considerado para o cômputo da
aposentadoria especial, pois exercido em ambiente nocivo à integridade física do
trabalhador.
O Decreto 3.048/99 dispõe em seu Art. 64 que:
"a aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência
exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador
avulso e contribuinte individual, este somente quando
cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção,
que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco
anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física."
#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022
Ocorre que ao condicionar o contribuinte individual ao vínculo de
uma cooperativa, a lei contraria a intenção constitucional de proteção ao
trabalhador, tratando-se de norma INCONSTITUCIONAL.
Nesse sentido, a jurisprudência é pacífica ao admitir o
reconhecimento do tempo especial e o direito à aposentadoria para o contribuinte
individual, mesmo quando não vinculado a cooperativa:
PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO. (...) APOSENTADORIA ESPECIAL.
AGENTES NOCIVOS. COMPROVAÇÃO. MECÂNICO.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. RECONHECIMENTO DA
ESPECIALIDADE. CONSECTÁRIOS LEGAIS. LEI
11.960/09. IMPLANTAÇÃO IMEDIATA DO BENEFÍCIO. 1.
(...) 4. A atividade especial exercida pelo contribuinte
individual admite reconhecimento, em que pese a
omissão dessa categoria do rol de segurados
contribuintes para o custeio da aposentadoria especial e
desde que comprovado o efetivo exercício de atividades
nocivas, nos termos da legislação. 5. A limitação do art. 64
do Decreto nº 3.048/1999 excede sua finalidade
regulamentar, considerando que o art. 57 da Lei nº
8.213/1991 não faz qualquer distinção entre os
segurados beneficiados. 6. Diferentemente de quando
presente a figura do empregador, ao qual compete a entrega,
substituição, treinamento e fiscalização do uso do EPI, o
contribuinte individual é o responsável pela higidez das
próprias condições de trabalho, inclusive no que se refere ao
correto uso de EPIs. 7. Inexistindo EPI efetivamente eficaz
para neutralizar os efeitos dos hidrocarbonetos, que podem
entrar em contato com a pele, provocando prejuízos à saúde
do trabalhador, a falta de uso do EPI pelo contribuinte
individual não tem o condão de afastar a especialidade do
período. 8. (...) Determinada a imediata implementação do
benefício, valendo-se da tutela específica da obrigação de
fazer prevista (...) nos artigos 497, 536 e parágrafos e 537,
do CPC/2015, independentemente de requerimento expresso
por parte do segurado ou beneficiário. (TRF4 5018133-
48.2013.4.04.7001, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR
DO PR, Relator FERNANDO QUADROS DA SILVA, juntado
aos autos em 28/03/2018, #130914)

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


Nesse sentido, a Súmula nº 62 da TNU - Turma Nacional de
Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais, publicada em
03/07/2012, ou seja, posterior à redação do Decreto 3.048, previu:
"O segurado contribuinte individual pode obter
reconhecimento da atividade especial para fins
previdenciários, desde que consiga comprovar
exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade
física".
Portanto, demonstrada a exposição a agentes nocivos, mediante a
apresentação de apresentado o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), deve
ser implementada imediatamente a aposentadoria especial ao Autor.
NÃO VINCULAÇÃO DO JUÍZO À CONCLUSÃO PERICIAL
O Novo CPC trouxe expressamente sobre a desvinculação do
Magistrado ao teor conclusivo da perícia:
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos,
independentemente do sujeito que a tiver promovido, e
indicará na decisão as razões da formação de seu
convencimento.
Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o
disposto no art. 371, indicando na sentença os motivos que o
levaram a considerar ou a deixar de considerar as
conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado
pelo perito.
Trata-se de raciocínio adequado ao livre convencimento do Juiz,
caso contrário teríamos a inconcebível situação de termos processos julgados por
peritos médicos.
Trata-se de conferir ao Magistrado a responsabilidade indelegável de
realizar o único juízo de valores e ponderações necessárias ao julgamento do
processo, conforme entendimento consolidado no Superior Tribunal de Justiça:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO
ESTADO. MORTE DE MENOR. NÃO VINCULAÇÃO DO
JULGADOR À CONCLUSÃO DA PERÍCIA.
PRECEDENTES. NEXO CAUSAL. REVISÃO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. (...). 1. Esta Corte
possui entendimento consolidado segundo o qual as

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


conclusões da perícia não vinculam o juiz, que pode
formar sua convicção a partir dos demais elementos do
processo. Precedentes: AgRg no AREsp 784.770/SP, Rel.
Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 31/5/2016;
AgRg no AREsp 785.341/RS, Rel. Min. Humberto Martins,
Segunda Turma, DJe 27/11/2015; AgRg no AREsp
494.182/MG, Rel. Min. Maria Isabel Galloti, Quarta Turma,
DJe 27/11/2015) 2. (...) 3. Agravo interno não provido. (AgInt
nos EDcl no AREsp 785.545/SP, Rel. Ministro BENEDITO
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/02/2018,
DJe 06/03/2018, #730914)
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO
POR INCAPACIDADE. REVISÃO DO CONTEXTO FÁTICO-
PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ.NÃO
VINCULAÇÃO DO JUIZ A LAUDO PERICIAL. LIVRE
CONVENCIMENTO.
1. O Tribunal a quo consignou que, ainda que o laudo pericial
tenha concluído pela aptidão laboral da parte autora, as
provas dos autos demonstram a efetiva incapacidade
definitiva para o exercício da atividade profissional (fl. 152, e-
STJ).
2. Para modificar o entendimento firmado no acórdão
recorrido, seria necessário exceder as razões colacionadas
no acórdão vergastado, o que demanda incursão no contexto
fático-probatório dos autos, vedada em Recurso Especial,
conforme Súmula 7 desta Corte: "A pretensão de simples
reexame de prova não enseja Recurso Especial".
3. Cabe ressaltar que, quanto à vinculação do Magistrado à
conclusão da perícia técnica, o STJ possui jurisprudência
firme e consolidada de que, com base no livre
convencimento motivado, pode o juiz ir contra o laudo
pericial, se houver nos autos outras provas em sentido
contrário que deem sustentação à sua decisão.
4. Recurso Especial não conhecido. (STJ, REsp
1651073/SC, Rel. MinistroHERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 14/03/2017, DJe 20/04/2017, #530914)
Este posicionamento é reiterado pela jurisprudência:
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
REQUISITOS. INCAPACIDADE. COMPROVAÇÃO.

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


VINCULAÇÃO AO LAUDO. INOCORRÊNCIA. PROVA
INDICIÁRIA. 1. Quatro são os requisitos para a concessão
do benefício em tela: (a) qualidade de segurado do
requerente; (b) cumprimento da carência de 12 contribuições
mensais; (c) superveniência de moléstia incapacitante para o
desenvolvimento de qualquer atividade que garanta a
subsistência; e (d) caráter definitivo da incapacidade. 2.
Hipótese em que restou comprovada a incapacidade
laborativa. 3. O juízo não está adstrito às conclusões do
laudo médico pericial, nos termos do artigo 479 do NCPC
(O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto
no art. 371, indicando na sentença os motivos que o levaram
a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do
laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito),
podendo discordar, fundamentadamente, das
conclusões do perito em razão dos demais elementos
probatórios coligido aos autos. (TRF4, AC 5022927-
03.2017.4.04.9999, Relator(a):PAULO AFONSO BRUM VAZ,
TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DE SC, Julgado em:
14/09/2017, Publicado em: 21/09/2017, #230914)
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - NÃO VINCULAÇÃO AO
LAUDO PERICIAL. Adota-se, em nosso ordenamento
jurídico, o princípio da persuasão racional do juiz, pelo qual
não há critérios legais rígidos que determinam o julgamento.
Nesse sentido, conforme disposto no art. 436 do CPC, o
juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar
sua convicção a partir de outros elementos fático-
probatórios. Recurso a que se nega provimento. (TRT da
3.ª Região; PJe: 0012536-08.2015.5.03.0164 (RO);
Disponibilização: 31/07/2017; Órgão Julgador: Sexta Turma;
Relator:Convocado Carlos Roberto Barbosa, #230914)
A doutrina, nesse sentido, reforça este entendimento:
"O juiz não está adstrito ao laudo pericial (art. 479, CPC).
(...). Isso quer dizer que, se existem outros elementos
probatórios técnicos nos autos, pode o juiz afastar-se
das conclusões do laudo pericial, no todo ou em parte.
Se não os há, o juiz deve requerer esclarecimentos do perito,
ordenar nova perícia ou valer-se dos laudos dos assistentes
técnicos. (...)." (MITIDIERO, Daniel. ARENHART, Sérgio

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


Cruz. MARINONI, Luiz Guilherme. Novo Código de Processo
Civil Comentado - Ed. RT, 2017. Versão e-book, Art. 371.)
DA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO
Pelo que se depreende da decisão recorrida, o pedido inicial foi
negado considerando o único argumento de que ________ .
Entretanto junto à ________ , foi requerido expressamente que
________ , sob o argumento de ________ , o que sequer foi analisado.
Ou seja, não há completa fundamentação que ampare a decisão do
Juiz pelo indeferimento do pedido. A ausência da devida fundamentação afronta
diretamente a Constituição Federal:
Art. 93 (...). IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder
Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a
preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo
não prejudique o interesse público à informação;
Nesse mesmo sentido é a redação do CPC/15:
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob
pena de nulidade.
Por tal razão que a decisão não fundamentada configura nulidade,
nos termos do Art. 1.013, §3º, in IV do CPC, amplamente reforçado pela doutrina:
"O dever de fundamentação das decisões judiciais é inerente
ao estado Constitucional e constitui verdadeiro banco de
prova do direito ao contraditório das partes. Sem motivação a
decisão judicial perde duas características centrais: a
justificação da norma jurisdicional para o caso concreto e a
capacidade de orientação de condutas sociais. Perde, em
uma palavra, o seu próprio caráter jurisdicional. O dever de
fundamentação é informado pelo direito ao contraditório
como direito de influência -não por acaso direito ao
contraditório e dever de fundamentação estão previstos na
sequência no novo Código Adiante, o art. 489, §§ 1º e 2º,
CPC, visa a delinear de forma analítica o conteúdo do dever
de fundamentação."(MARINONI, ARENHART e MITIDIERO
CPC Comentado. 2ªed.rev.atual.. RT. 2016- ref. artigo 11):

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


A fundamentação da decisão, portanto, não é uma faculdade, uma
vez que inerente e indispensável ao pleno exercício do contraditório e da ampla
defesa, razão pela qual artigo 489 do CPC corrobora o entendimento, expondo
taxativamente a fundamentação como requisito essencial da sentença:
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
(...)
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de
fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões
principais que as partes lhe submeterem.
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão,
que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a
questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem
explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer
outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no
processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada
pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula,
sem identificar seus fundamentos determinantes nem
demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles
fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência
de distinção no caso em julgamento ou a superação do
entendimento.
Razão pela qual, se uma decisão judicial não é fundamentada,
carece dos requisitos legais de eficácia e validade, pois ilegal! Este entendimento
predomina nos tribunais:
APELAÇÃO CÍVEL. REINTEGRAÇAO DE POSSE.
SENTENÇA NÃO FUNDAMENTADA. NULIDADE. 1) A
Constituição da República de 1988, no artigo 93, IX, prevê o

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


princípio da motivação das decisões judiciais, segundo o qual
"todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de
nulidade". Logo, é nula a sentença quando inexistente a
fundamentação e sem a observância dos requisitos
legais (art. 489, CPC). 2) O acolhimento do pedido autoral
de forma genérica, sem apontar qualquer elemento fático-
jurídico para tanto, consubstancia-se em ausência de
fundamentação, impondo-se a nulidade do julgado. 3)
Sentença cassada ex officio. (TJ-AP - APL:
00250322420158030001 AP, Relator: Desembargador
ROMMEL ARAÚJO DE OLIVEIRA, Data de Julgamento:
30/04/2019, Tribunal, #930914)
DIREITO DO TRABALHO. SENTENÇA NÃO
FUNDAMENTADA. NULIDADE DA SENTENÇA POR
NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.
Vislumbrando-se nos autos a ausência de
fundamentação da sentença quanto à totalidade dos
pleitos formulados na exordial, bem como o não
enfrentamento dos argumentos deduzidos no processo
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo
julgador, evidencia-se a negativa da prestação
jurisdicional ante a violação ao disposto nos arts. 93, IX
da CF/88 e 489 do CPC. O retorno dos autos ao MM. Juízo
de origem para novo julgamento é medida que se impõe.
Recurso ordinário a que se dá provimento. (TRT-6 - RO:
00004602020165060006, Data de Julgamento: 06/02/2019,
Quarta Turma, #430914)
PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. BUSCA E APREENSÃO.
EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. SENTENÇA
SEM FUNDAMENTO VÁLIDO. OFENSA AO ART. 489, II,
CPC. NULIDADE. PRIMAZIA DO JULGAMENTO DE
MÉRITO. COMPROVAÇÃO DE MORA DO DEVEDOR.
OPORTUNIDADE. SENTENÇA CASSADA.1. (...)1.1.
Constatação de que o único argumento que embasa a
sentença é estranho à lide, pois a autora sequer é assistida
da Defensoria Pública.2. De acordo com o art. 489, do CPC
São elementos essenciais da sentença: (...) II - os
fundamentos, em que o juiz analisará as questões de
fato e de direito. 2.1. É nula a sentença que contém
#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022
fundamentos que não se aplicam ao caso concreto.3.
(...). 6. Sentença cassada. Recurso provido.
(20170210001702APC, 2ª Turma Cível, DJE: 12/09/2017).5.
Sentença cassada para que se profira uma outra. (TJDFT,
Acórdão n.1083204, 20170710019228APC, Relator(a):
JOÃO EGMONT, 2ª TURMA CÍVEL, Julgado em:
14/03/2018, Publicado em: 20/03/2018, #730914)
Ao dispor sobre a fundamentação, a doutrina complementa:
"Fundamentação. A fundamentação das decisões judiciais é
ponto central em que se apoia o Estado Constitucional,
constituindo elemento inarredável de nosso processo justo
(art. 5º, LIV, CF). (...) A fundamentação deve ser concreta,
estruturada e completa: deve dizer respeito ao caso
concreto, estruturar-se a partir de conceitos e critérios claros
e pertinentes e conter uma completa análise dos argumentos
relevantes sustentados pelas partes em suas manifestações.
Fora daí, não se considera fundamentada qualquer decisão
(arts. 93, IX, CF, e 9º, 10, 11 e 489, §§ 1º e 2º, CPC)."
(MARINONI, ARENHART e MITIDIERO CPC Comentado.
2ªed.rev.atual.. RT. 2016- ref. artigo 489)
Razão pela qual, considerando que a decisão não se mostra
devidamente fundamentada, seve ser considerada nula para que seja
devidamente revista.
DA DECISÃO ULTRA PETITA
O CPC/15 dispõe claramente sobre os limites jurisdicionais do
processo:
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas
partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não
suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
No mesmo sentido, dispões o CPC:
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza
diversa da pedida, bem como condenar a parte em
quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi
demandado.
Dessa forma, considerando que o pedido veio claramente da
seguinte forma:
________
#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022
Não poderia a decisão conceder ________ .
Ocorre que o pedido disposto na inicial configura limitador ao
julgamento, não podendo o Juiz, por livre arbítrio, conceder pedido distinto, o que
configura grave nulidade conforme destaca a doutrina sobre o tema:
"1. Princípio da Demanda. O princípio da demanda (ou
dispositivo em sentido material) concerne ao alcance da
atividade jurisdicional, representando o maior limite a essa
atividade. O artigo em comento, como manifestação do
princípio da demanda, visa a responder sobre o que há de se
pronunciar o juiz para que logre decidir a causa. A decisão
judicial que se pronuncia sobre fatos essenciais não
levantados nos articulados das partes (decisão com
excesso de pronúncia), que não se pronuncia sobre os
fatos essenciais alegados pelas partes (decisão com
deficiência de pronúncia) e que não se limita a examinar o
pedido tal como engendrado pela parte, julgando extra,
ultra ou infra petita, ofende o art. 141, CPC (STJ, 1.ª
Turma, REsp 784.159/SC, rel. Min. Denise Arruda, j.
17.10.2006,DJ07.11.2006, p. 250). (...) 2. Mérito Processual.
Só interessa ao processo o litígio "nos limites em que foi
proposta". " (MITIDIERO, Daniel. ARENHART, Sérgio Cruz.
MARINONI, Luiz Guilherme. Novo Código de Processo Civil
Comentado - Ed. RT, 2017. e-book, Art. 141., #330914)
Trata-se de concessão extra petita que deve ser decotada de
sentença, conforme precedentes sobre o tema:
LIQUIDAÇÃO SENTENÇA - INOBSERVÂNCIA À COISA
JULGADA I - A liquidação da sentença deverá ser
processada com estrita observância aos limites objetivos da
coisa julgada, sendo vedada qualquer alteração e/ou
inovação que os infrinja. A sentença, por sua vez, sob
pena de configurar julgamento extra, ultra ou infra petita,
não pode extrapolar o que está posto na litiscontestatio,
que se delimita pelas alegações da petição inicial e da
contestação - trata-se do princípio da adstrição. II - (...).
(TRT-1, 00706003120095010017, Relator
Desembargador/Juiz do Trabalho: Evandro Pereira Valadao
Lopes, Quinta Turma, Publicação: DOERJ 25-04-2018)
APELAÇÃO CÍVEL. REGULAMENTAÇÃO DE VISITA
AVOENGA. PRELIMINAR DE NULIDADE E
#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022
CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO VERIFICADO.
DECISÃO DENTRO DOS LIMITES REQUERIDOS NA
EXORDIAL. ALIENAÇÃO PARENTAL NÃO
DEMONSTRADA. PRECLUSÃO TEMPORAL. VISITAÇÕES
EM FÉRIAS ESCOLARES. MENOR QUE REALIZA
TRATAMENTO PSICOLÓGICO E PSIQUIÁTRICO, O QUE A
IMPEDE DE VIAJAR. NÃO COMPROVADO IMPEDIMENTO
DE INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO PARA SE
AUSENTAR EM CURTO PERÍODO DE FÉRIAS
ESCOLARES. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.
"O autor fixa os limites da lide e da causa de pedir na
petição inicial (...), cabendo ao juiz decidir de acordo
com esse limite. É vedado ao magistrado proferir
sentença acima (ultra), fora (extra) ou abaixo (citra ou
infra) do pedido. Caso o faça, a sentença estará eivada de
vício, corrigível por meio de recurso. A sentença citra ou infra
petita pode ser corrigida por meio de embargos de
declaração, cabendo ao juiz suprir a omissão; a sentença
ultra ou extra petita não pode ser corrigida por embargos de
declaração, mas só por apelação. Cumpre ao tribunal, ao
julgar o recurso, reduzi-la aos limites do pedido". Nélson Nery
Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery. "A preclusão temporal
ocorre quando a perda da faculdade de praticar ato
processual se dá em virtude de haver decorrido o prazo, sem
que a parte tivesse praticado o ato, ou tenha praticado a
destempo ou de forma incompleta ou irregular" (NERY
JUNIOR, Nelson. Código de Processo Civil comentado e
legislação extravagante. 14. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014. p. 555. (TJSC, Apelação Cível n. 0002247-
21.2015.8.24.0054, de Rio do Sul, rel. Des. Sebastião César
Evangelista, Segunda Câmara de Direito Civil, j. 01-03-2018)
Requer, portanto, a exclusão da concessão de indicar , uma vez que
configurado ultra petita.
DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA RECURSAL
Nos termos do Art. 300 do CPC/15, "a tutela de urgência será
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e
o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo."
No presente caso tais requisitos são perfeitamente caracterizados,
vejamos:
#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022
A PROBABILIDADE DO DIREITO resta caracterizada diante da
demonstração inequívoca de que ________ .
Assim, conforme destaca a doutrina, não há razão lógica para
aguardar o desfecho do processo, quando diante de direito inequívoco:
"Se o fato constitutivo é incontroverso não há racionalidade
em obrigar o autor a esperar o tempo necessário à produção
da provas dos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos,
uma vez que o autor já se desincumbiu do ônus da prova e a
demora inerente à prova dos fatos, cuja prova incumbe ao
réu certamente o beneficia." (MARINONI, Luiz Guilherme.
Tutela de Urgência e Tutela da Evidência. Editora RT, 2017.
p.284)
Já o RISCO DA DEMORA, fica caracterizado pela ________ , ou
seja, tal circunstância confere grave risco de perecimento do resultado útil do
processo, conforme leciona Humberto Theodoro Júnior:
"um risco que corre o processo principal de não ser útil
ao interesse demonstrado pela parte", em razão do
"periculum in mora", risco esse que deve ser objetivamente
apurável, sendo que e a plausibilidade do direito substancial
consubstancia-se no direito "invocado por quem pretenda
segurança, ou seja, o "fumus boni iuris" (in Curso de Direito
Processual Civil, 2016. I. p. 366).
Por fim, cabe destacar que o presente pedido NÃO caracteriza
conduta irreversível, não conferindo nenhum dano ao Reclamado.
Diante de tais circunstâncias, é inegável a existência de fundado
receio de dano irreparável, sendo imprescindível concessão do pedido liminar,
conforme precedentes sobre o tema:
AGRAVO INTERNO - LIMINAR CONCEDIDA EM
MANDADO DE SEGURANÇA - FUMUS BONI IURIS E
PERICULUM IN MORA PRESENTES - MEDIDA DE
CAUTELA - MANUTENÇÃO - Em se tratando de medida de
cautela autorizada em razão da presença dos requisitos de
fumus boni iuris e periculum in mora, não há justo motivo
para que seja revertida antes do julgamento do mérito da
discussão. (TJ-MG - AGT: 10000170240253001 MG, Relator:
Wilson Benevides, Data de Julgamento: 17/09/0017,
Câmaras Cíveis / 7ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
21/09/2017, #730914)
#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022
APELAÇÃO EM AÇÃO CAUTELAR. EXCLUSÃO DO NOME
DO CONTRIBUINTE DO CADIN. PRESENÇA DO FUMUS
BONI IURIS E DO PERICULUM IN MORA. 1. A concessão
de medida cautelar pressupõe a plausibilidade do direito
invocado pelo autor (fumus boni iuris) e o risco de dano
iminente (periculum in mora), sendo certo que seu objetivo é
resguardar uma situação de fato e assegurar o resultado útil
de eventual decisão favorável ao requerente no processo
principal, mantendo com este, relação de dependência e
instrumentalidade. 2. Presente a plausibilidade do direito
invocado porquanto julgado procedente o pedido formulado
pela autora no feito principal. 3. Presente também o
periculum in mora. 4.Procedente o pedido formulado na
inicial. 5. Apelação improvida. (TRF-3 - APELREEX:
00160556420054036100 SP, Relator: JUÍZA CONVOCADA
GISELLE FRANÇA, Data de Julgamento: 15/03/2017,
TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 Judicial 1
DATA:24/03/2017, #230914)
Diante de tais circunstâncias, é inegável a existência de fundado
receio de dano irreparável, sendo imprescindível a ________ , nos termos do Art.
300 do CPC.
DOS PEDIDOS
Por estas razões REQUER:
1. O recebimento do presente recurso nos seus efeitos ativo e suspensivo,
nos termos do 43 da Lei nº 9.099 para fins de ________ ;
2. A intimação do Recorrido para se manifestar querendo, nos termos do §1º,
art. 1.010 do CPC;
3. A total procedência do recurso para se obter nova decisão, para fins de
________
4. Informa que deixou de efetuar o preparo por ser beneficiário da justiça
gratuita
5. A condenação do recorrido ao pagamento das despesas processuais e
sucumbência.
Nestes termos, pede deferimento.
________ , ________ .
________

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022


ANEXOS:
1. Custas judiciais
2. Prova do alegado

#3891339 Thu Oct 27 09:38:40 2022

Você também pode gostar