Observações: será critério de julgamento da atividade a qualidade de escrita do texto, em relação a
coesão, clareza das ideias e o uso adequado da Língua Culta.
1. J.J. Strain postulou oito categorias de estresse psicológico às quais um paciente
hospitalizado por uma doença aguda pode estar submetido. Para tanto, ele se baseou nas fases psicodinâmicas do desenvolvimento humano. As categorias são as seguintes:
1 – Ameaça básica a integridade narcísica: são atingidas as de imortalidade, de
controle sobre o próprio destino e de um corpo indestrutível. Podem emergir fantasias catastróficas, com sensação de pânico, aniquilamento e impotência. 2 – Ansiedade de separação: medo de se separar não só de pessoas, mas de objetos, ambiente e estilo de vidas. 3 – Medo de estranhos: ao entrar no hospital, o paciente coloca sua vida e seu corpo nas mãos de pessoas desconhecidas, cuja competência e intenção ele desconhece. 4 – Culpa e medo de retaliação: ideias de que a doença veio como um castigo por pecados e omissões, fantasias de destruição de uma parte do corpo enferma, “traidora”. 5 – Medo da perda do controle de funções: adquiridas durante o desenvolvimento, como a fala, o controle dos esfíncteres, a marcha, etc. 6 – Perda de amor e de aprovação: seguida de sentimentos de autodesvalorização gerados pela dependência, sobrecarga financeira etc. 7 – O medo da perda de, ou dano a, partes do corpo: mutilações ou disfunções de membros e órgãos alteram o esquema corporal, são perdas equivalentes à de uma pessoa muito querida. 8 – O medo da morte, da dor.
Suponha que VOCÊ esteja hospitalizado e, consequentemente, sob risco de
apresentar UMA dessas oito categorias de forma muito intensa. Qual dentre elas mais lhe amedronta? Disserte justificando os possíveis motivos. Seria a ameaça básica a integridade narcísica, esse é um dos meus maiores medos, ter que ficar preso a maquinas sem poder decidir por nada em minha vida, sem poder decidir se quero acordar ou dormir, se quero ir ao banheiro ou não, sem se quer ao menos poder tomar um banho por vontade própria, so em pensar nisto já tenho pesadelos, esse é um dos fatos que já me fez informar a minha família que se algo, de tal natureza, ocorrer comigo espero que tomem a decisão de me deixar livre de tais aparelhos e que doem o que for possível.
2. Faça uma resenha crítica dos itens negação, regressão e deslocamento
presentes no tópico “mecanismos de defesa” do texto “Reação à doença e à hospitalização”.
Em relação ao descrito no texto sobre a “Reação à doença e à hospitalização”
temos que observar, a partir da passagem sobre a negação, que de fato é um mecanismo extremamente importante, tanto para a saúde física quanto a mental do paciente, pois são elas que permitiram a todos os responsáveis ajudar o paciente da melhor maneira possível, então com essa maneira “negacionista”, por assim dizer, é nada mais do que a forma que o paciente encontrou de lidar com todos os seus sentimentos, medos e angustias trazidos pela enfermidade e sendo dever, tanto dos médicos quanto dos enfermeiros, compreender, respeitar e saber lidar com essa situação da melhor maneira o possível, para que se posa chegar a um ponto em que o paciente entenda perfeitamente o que esta ocorrendo sem que seu ego ou orgulho seja quebrado. Um outro lado dessa situação é a regressão e com esse ponto deve- se ter cuidado, pois aqui o paciente encontra-se em uma forma de desistência, abandonado suas forças e qualquer sentimento de tenacidade, ele apenas se entrega a enfermidade e começa a navegar em pensamentos negativos, aqui o texto indica um passo muito importante, salientando-se que a maioria dos pacientes com esse mecanismo de defesa apresentam-se em estado depressivo, então a equipe que esta cuidando dele deve ter extremo cuidado com a infantilização e o otimismo extravagante, pois se o infantilizarmos estaremos desistindo de sua recuperação emocional e o trataremos apenas como uma criança que não entende nada e se formos muito otimistas poderemos criar um sentimento ainda mais angustiante no paciente. Um outro ponto, um pouco mais delicado, é quando ocorre o deslocamento, aqui o texto é bem assertivo em mostrar como alguem pode agir após receber um diagnostico que não o agrada, ele pode passar a culpar outros pelo seu estado, isso inclui tanto a família quanto a equipe de saúde que esta cuidando dele, um ponto sobre esse mecanismo é que ele em comparação aos outros tem uma passagem mais branda, ocorrendo quando a raiva do paciente pelo seu estado vai dissipando-se e ele vai percebendo que culpar outros pelo seu estado não o ajudara no processo de cura e é nessa hora em que a equipe deve apoia-lo da melhor maneira o possível, pois ele entra em um estado emocional delicado, podendo pensar que afastou a todos de seu redor e que agora encontra-se sozinho.