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A Missa no Rito Tridentino Segundo Pio V

A Missa Tridentina, conhecida taholy massmbém como Missa de São Pio V, possui
tal nome em referência ao Concílio de Trento (1545–1563). Este Concílio procurou
oferecer a Igreja um rito que fosse o mais autêntico possível em transmitir o
espírito e a piedade dos Apóstolos e dos primeiros Cristãos.

O rito escolhido foi o rito que existia em Roma e que se encontrava conservado
sob a vigilância e zelo dos Papas e que manteve em razão disto sua autenticidade.
Esse rito foi construído ao longo de anos através da intervenção de grandes Papas,
Santos e Sábios como: São Gelásio, São Damásio, São Gregório entre outros.

Na época do Concílio de Trento, as tradições preservadas em missais impressas e


manuscritas variavam consideravelmente e a normalização era solicitada tanto
dentro de dioceses individuais quanto em todo o Ocidente latino. A padronização
era necessária de forma a prevenir à introdução idéias protestantes na liturgia na
esteira da Reforma Protestante.

Esta obra do Concílio de Trento também se fez necessária em razão da aparição,


na Igreja, de muitos ritos ambíguos criados por iniciativas mal-inspiradas de
Bispos. A confusão litúrgica produzida por tantos ritos existentes só poderia ser
utilizada pelos inimigos da Igreja e das almas; estes de fato, desencaminharam
muitos fiéis em razão disto. Esta feliz busca por autenticidade por parte da Igreja
foi uma verdadeira Reforma para a Glória de Deus e a salvação das almas.

O resultado desta padronização encontra-se no documento ou Bula elaborada por


Pio V, chamada de QUO PRIMUM. Esta consiste no estabelecimento de algumas
regras a serem observadas na celebração da Santa Missa no latim tradicional. O
ítem 6 da Bula diz:
“Pois bem: a fim de que todos abracem e observem em todas partes o que lhes
fora transmitido pela sacrossanta Igreja Romana, Mãe e Mestra das demais
Igrejas, no futuro e pela perpetuidade, proibimos que se cante ou se recite outras
fórmulas que não aquelas em conformidade com o Missal editado por Nós. Assim
pois, que absolutamente a nenhum homem seja lícito infringir, nem por temerária
audácia opor-se a esta página de Nossa permissão, estatuto, ordenação, mandato,
preceito, concessão, indulto, declaração, vontade, decreto e proibição. Mas se
alguém, contudo, se atrever a atentar contra estas disposições, saiba que
incorrerá na ira de Deus omnipotente e dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e
Paulo.”

Papa São Pio V, Quo primum tempore, 14 de Julho de 1570

O documento sublinha que a Santa Missa no Rito Tridentino nunca deverá ser
submetida a quaisquer alterações futuras. Manter e observar a celebração neste
rito é também manifestado pelo Pai Celestial em várias mensagens:

Santo Padre Pio de Pietrelcina – Missa celebrada em Latim no Rito Pio V. em 5


maio 1956, por ocasião da inauguração do hospital “Alivio do Sofrimento”. Uma
das maiores obras de sua vida.

O CONCÍLIO DE TRENTO.

Desde o início da Igreja, a fé e a liturgia foram intimamente ligados. Prova disto


pode ser encontrado no próprio Conselho da Trento. Este Conselho declarou
solenemente que o sacrifício da Missa é o centro da liturgia católica, em oposição
à heresia de Martinho Lutero, que negou tal fato. Sabemos da história do
desenvolvimento da Fé, que esta doutrina foi fixada com autoridade pelo
Magistério no ensino de papas e concílios.

Esta ligação tem a sua expressão clássica no Concílio de Trento, que abordou o
tema em três sessões:

o décimo terceiro do mês de Outubro de 1551;

o dia vinte de julho 1562;

a vigésima segunda em setembro de 1562, que produziu os capítulos e cânones


dogmáticos do Santo Sacrifício da Missa.

Além disso, há um decreto especial sobre as questões que devem ser observadas
e evitadas na celebração da Missa. Esta é uma declaração clássica e fundamental,
autoritária e oficial do pensamento da Igreja sobre o assunto.

O decreto considera, em primeiro lugar, a natureza da Missa. Martin Luthero havia


negado de forma clara e pública a natureza da Santa Missa, dizendo que ela não
era um Santo Sacrifício. É verdade que, a fim de não perturbar os fiéis comuns, os
reformadores não removeram imediatamente as partes da Missa que refletiam a
verdadeira fé e que se opõem às suas novas doutrinas. Por exemplo, eles
mantiveram a elevação da Hóstia entre o Sanctus e Benedictus.

Para Lutero e seus seguidores, o culto consistia principalmente de pregação como


um meio de instrução e edificação, misturado com orações e hinos. Receber a
Santa Comunhão era apenas um evento secundário. Lutero ainda mantinha a
presença de Cristo no pão, no momento do recebimento, mas negava firmemente
o Sacrifício da Missa. Para ele, o altar nunca poderia ser um lugar de sacrifício. A
partir desta negação, podemos entender os erros resultantes na liturgia
protestante, que é completamente diferente do da Igreja Católica. Nós também
podemos entender por que o Concílio de Trento definiu que parte da fé católica a
respeito da natureza do sacrifício eucarístico é uma forca salvadora real.

No sacrifício de Jesus Cristo o sacerdote substitui o próprio Cristo. Como resultado


de sua ordenação, ele é um verdadeiro alter Christus. Pela consagração, o pão
torna-se o Corpo de Cristo e o vinho em seu sangue. Esta realização do Seu
sacrifício é a adoração de Deus.

O Conselho especificou que este não é um novo sacrifício independente do único


sacrifício de Cristo, mas o mesmo sacrifício em que Cristo se faz presente, mas em
forma sem derramamento de sangue, de maneira que o Seu Corpo e Sangue estão
presentes na substância permanecendo sob a forma de pão e vinho. Portanto, nao
há um novo mérito sacrifícial; em vez disso, tem-se o resultado infinito do
sacrifício sangrento da Cruz realizado constantemente por Jesus Cristo na Missa .

O Ofertório (pelo qual o pão e o vinho são preparados para antes da consagração)
e comunhão são elementos constitutivos da Missa, mas não são essenciais. A
parte essencial é a consagração, pelo qual o sacerdote in persona Christi e da
mesma forma, pronuncia as palavras da consagração de Cristo. Portanto, a Missa
não pode ser uma simples celebracão de comunhão e muito mesmo uma simples
pessoa que representa a Cristo e, do mesmo modo, pronuncie as palavras da
consagração de Cristo. Consequentemente, a Missa não pode ser apenas uma
lembrança ou memorial do sacrifício da Cruz, mas na verdade fazer e o verdadeiro
e presente sacrifício da Cruz.

É por isso que nós podemos compreender que a Missa é uma renovação efetiva
do sacrifício da Cruz. É essencialmente um culto de adoracão a Deus e oferecido
somente a Ele e que inclui outros elementos, como louvor e agradecimento por
todas as graças recebidas, a tristeza pelos pecados cometidos e pedido de graças
necessárias. Naturalmente, a Santa Missa pode ser oferecida por um ou todos
esses diferentes intenções. Todas estas doutrinas foram estabelecida e
promulgadas em capítulos e cânones da 22a Sessão do Concílio de Trento.

PORQUE REZAR A MISSA NO RITO TRIDENTINO?

Hoje, manter esse rito (o Romano) em sua originalidade é importante para


combater a confusão litúrgica que novamente se manifesta. A oficialização do Rito
Romano e de sua autenticidade, ocorreu em 5 de dezembro de 1570, quando São
Pio V, cumprindo as disposições do Concílio, promulgou o Missal Romano.

A Missa Tridentina faz uso do latim que é a língua oficial da Santa Igreja e através
da qual ela procura manter sua unidade e universalidade documental e litúrgica. O
latim tem a função de preservar os mistérios da Missa e também a de unificar os
fiéis de todas as línguas.

Para ilustrar essa força de unificação do latim, eis uma história: de acordo com
um relato, um francês durante a II Guerra Mundial, ao se dirigir a uma Igreja, nota
que existe um Capelão do exército alemão a celebrar uma missa solitariamente.
Acompanhando a missa, o francês se dá conta deslumbrado que, através dela dois
inimigos podem se unir e orar a uma só voz a Deus.

Para ilustrar essa força de unificação do latim, eis uma história: de acordo com um
relato, um francês durante a II Guerra Mundial, ao se dirigir a uma Igreja, nota que
existe um Capelão do exército alemão a celebrar uma missa solitariamente.
Acompanhando a missa, o francês se dá conta deslumbrado que, através dela dois
inimigos podem se unir e orar a uma só voz a Deus.
MISSAL ROMANO

Trata-se de um livro litúrgico que contém todas as instruções e textos utilizados na


celebração da Missa do Rito Romano. No Missal pode-se encontrar textos de duas
naturezas: os habituais e os móveis. O primeiro compõem o Ordinário da Missa, o
segundo é conhecido por Próprio da Missa. Portanto, tem-se:

• Ordinário da Missa – São as orações fixas que são rezadas normalmente em


quase todas as missas.

• Missal – São as orações que possuem variações de acordo com o dia da semana.
Como exemplo no Intróito, na Epístola e no Evangelho.

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