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1545 - 1563

Juvenal
O Século XVI

 O século dos santos: S. Felipe Neri; Santa Teresa de
Jesus, São João da Cruz, Santo Inácio de Loyola, São
Pedro de Alcântara, São Francisco de Sales...

 Surgimento de comunidades dadas à ascese e à


mística: Carmelitas, Jesuítas, Teatinos, Capuchinhos,
Barnabitas, Angélicas, Ursulinas, Somascos...

 Um século afetado pelo espírito renascentista e


mundano.
O Século XVI

 Roma vivia em quase inconsciência dos males que
afetavam a igreja
 Papa Leão X, por exemplo, considerava a tempestade
luterana como uma querela entre monges;
 A consciência de Roma era despertadas por ideias
revolucionárias, especialmente em Nápoles, com as
obras de Lutero, Zvínglio, Calvino e Erasmo, que
difundiam-se entre o clero e o povo, conseguindo a
apostasia de Padre Geral Ochino dos capuchinhos
em 1542;
O Século XVI

 A Espanha torna-se um terreno fecundo para a Igreja universal
produzindo não somente santos mas teólogos e doutores, que
muito trabalharam pelo bom êxito do Concílio de Trento.

 Para conter avanços protestantes, Paulo III reorganizou a


Inquisição, inspirado pelo Cardeal Carafa (futuro Paulo IV) e
por São Inácio de Loyola: uma comissão de seis Cardeais
recebeu a faculdade de nomear sacerdotes “inquisidores” em
qualquer lugar onde o julgasse necessário. Assim se originou a
Congregação do Santo ofício, que, após o Concílio do Vaticano
II, tem o nome de Congregação para a Doutrina da Fé, visto
que nada tem de comum com a Inquisição. Esta procedeu
energicamente contra os inovadores, conseguindo exterminar
por completo as novas ideias na Itália.
Luiz
Preparação para o
Concílio

 A obra do Concílio de Trento tem sido chamada “Contra-
Reforma”, em oposição à Reforma Protestante. Esta
designação, porém, é inadequada. O Concílio foi, sim,
uma resposta às proposições do protestantismo, mas,
muito mais do que isto, foi uma expressão da vitalidade
da Igreja, que no século XVI se manifestou em Trento e
num movimento de eflorescência prolongado até o século
XVII.
 Muito sabiamente dizia o teólogo Egídio de Viterbo na
sua alocução introdutória ao Concílio do Latrão V (1512):
“Homines per sacra immutari fas est, non sacra per homines. –
os homens é que devem ser transformados pela religião,
e não a religião pelos homens”.
Preparação para o
Concílio

 Haviam obstáculos à realização concreta deste concílio;
com efeito, ficava em muitos homens da época (inclusive
no Papa Clemente VII, 1522-34) o receio do Conciliarismo;
além disto, o Imperador Carlos V queria que o Concílio se
realizasse em território alemão, para facilitar a
participação dos luteranos, que Carlos queria trazer de
novo à unidade da Igreja; o Papa, porém, preferia uma
cidade da Itália; em suma, Imperador, Papado,
protestantes, Espanha e França tinham algo a dizer sobre
a convocação do Concílio, mas em termos divergentes.
Preparação para o
Concílio

 Depois de dez anos de tentativas de abertura, Paulo
III fixou a abertura do Concílio para Trento
(território alemão) em março de 1545; mas só em
dezembro deste ano se abriu a grande assembleia na
catedral de Trento. O Concílio durou dezoito anos,
interrompido longamente por duas pausas; durante
o mesmo, morreram quatro Papas. As três fases do
Concílio são: 1545-47; 1551-52; 1562-63. O grupo
preponderante foi o dos espanhóis, dotados de
profundo senso eclesiástico, sem os quais não teriam
sido elaborados os decretos dogmáticos do Concílio.
Preparação para o
Concílio

 Depois de dez anos de tentativas de abertura, Paulo
III fixou a abertura do Concílio para Trento
(território alemão) em março de 1545; mas só em
dezembro deste ano se abriu a grande assembleia na
catedral de Trento. O Concílio durou dezoito anos,
interrompido longamente por duas pausas; durante
o mesmo, morreram quatro Papas. As três fases do
Concílio são: 1545-47; 1551-52; 1562-63. O grupo
preponderante foi o dos espanhóis, dotados de
profundo senso eclesiástico, sem os quais não teriam
sido elaborados os decretos dogmáticos do Concílio.
1545-1547

Rafael
O Concílio de Trento
1º Período: 1545-1547

 A presidência do Concílio sempre foi dada aos
legados papais, mas Já no início do Concílio, houve
divergência entre o Papa e o Imperador;
 O imperador: abordar questões disciplinares e
jurídicas por causa das posições inovadoras dos
protestantes na Alemanha.
 O Papa: queria começar pelas questões dogmáticas;
 Ficou determinado que os dois grandes temas seriam
tratados simultaneamente.
O Concílio de Trento
1º Período: 1545-1547

 Os decretos dogmáticos do Concílio, em suas três
sessões, tiveram sempre em mira o protestantismo,
que afirmava:
1. A unicidade da fonte de fé (a S. Escritura);
2. Um conceito espiritualista (e, por isto, subjetivo) de
Igreja.
O Concílio de Trento
1º Período: 1545-1547

 A sessão de abril de 1546:
 Definiu, mais uma vez, o cânon da S. Escritura (que desde
397, Concílio de Hipona, fora definido nos mesmos termos);
 Afirmou que as tradições apostólicas (ou a Palavra de Deus
oral que não foi consignada nas Escrituras) devem ser
acolhidas com o mesmo respeito que as Escrituras;
 Declarou autêntica a tradução latina da Bíblia dita
“Vulgata” (deveria ser considerada isenta de erros
teológicos em meio às muitas traduções tendenciosas da
época).
O Concílio de Trento
1º Período: 1545-1547

 Em Janeiro e março de 1547:
 Os sacramentos: estes não são meros ritos simbólicos,
mas são canais transmissores da graça, graça que não é
mero revestimento da alma do pecador, mas que
opera uma transformação (justificação) intrínseca.
 A vontade humana não é meramente passiva nem
escrava do pecado, mas é chamada a colaborar com a
graça de Deus.
 A Missa é a perpetuação do sacrifício da Cruz sob
forma sacramental.
O Concílio de Trento
1º Período: 1545-1547

 Os conciliares também decretaram medidas
disciplinares:
 Ficava proibido o acúmulo de mais de um beneficio
(cargo) eclesiástico nas mãos de um só titular;
 Foi abolido o ofício de coletor de esmolas (que pregava
as indulgências!);
 Tornou-se obrigatório o casamento sacramental dentro
de moldes bem definidos e na presença do pároco ou
do vigário.
 Foram estipuladas normas rígidas para a formação do
clero nos Seminários.
1551-1552

Luiz
O Concílio de Trento
2º Período: 1551-1552

 Reaberto o Concílio em 01/05/1551, pelo papa Júlio
III, após morte de Paulo III, com uma longa
exposição sobre a Eucaristia (presença real,
transubstanciação, culto…). Também tratou dos
sacramentos da Penitência e da Unção dos Enfermos.
O Concílio de Trento
2º Período: 1551-1552

 Os franceses não tomaram parte nesta sessão por motivos
políticos. Todavia apareceram legados dos príncipes alemães
protestantes, que cederam ao convite do Imperador Carlos V.
 As negociações com eles ficaram frustradas porque exigiam a
ab-rogação dos decretos até então promulgados e a realização
de novos estudos sobre os respectivos assuntos; ainda queriam
a renovação dos decretos dos Concílios de Constança e Basileia
sobre o Conciliarismo; por fim, pleiteavam que os membros do
Concílio fossem desligados do juramento de obediência ao
Papa.
 Aconteceu que, quando os legados protestantes deixaram
Trento, as tropas luteranas na Alemanha faziam uma perigosa
incursão no Sul do pais – o que levou os conciliares, aos
28/05/1552, a decretar a suspensão do Concílio por dois anos
(…), dois anos que, na realidade, durariam quase um decênio.
1562-1563

Rafael
O Concílio de Trento
3º Período: 1562-1563

 Pio IV reabriu o Concílio em Trento, apesar da
França e da Alemanha, que queriam novo Concílio
em outro lugar, com total abandono das definições e
resoluções até então promulgadas.
 Nas discussões, os príncipes católicos alemães
promulgaram a Comunhão sob as duas espécies,
que foi permitida sob certas condições em algumas
dioceses da Alemanha, mas logo caiu em desuso.
Eles queriam também a permissão de casamento
para o clero que foi enérgica e constantemente
rejeitada pelos conciliares.
O Concílio de Trento
3º Período: 1562-1563

 Atendendo a um pedido do Concílio, publicou um
Index de Livros Proibidos e uma Profissão de Fé
tridentina.
 Nenhum concílio exerceu influxo tão profundo e
duradouro sobre a fé e a disciplina da Igreja.
Verdade é que a unidade de fé não foi restabelecida,
mas a doutrina católica foi elucidada e consolidada
em todos os pontos ameaçados.
 Houve a publicação de um novo Catecismo, de um
novo Missal e de novo livro de Liturgia das Horas.
O Concílio de Trento
3º Período: 1562-1563

 Numa palavra, pode-se dizer que o Concílio de Trento foi
a autoafirmação da Igreja como sociedade universal de
salvação contra as diversas formas de individualismo e
subjetivismo que se faziam sentir fortemente no limiar da
Idade Moderna.
 Ouvimos, por vezes, que Trento se opõem ao Concílio do
Vaticano II, como se houvesse antítese entre um e outro.
Ora o Vaticano II se refere frequentemente ao Tridentino e
nele se apoia, trazendo para os nossos tempos as
verdades que o Concílio e Trento definiu segundo a
linguagem e as exigências do século XVI.
Anselmo
Alguns pontos
importantes do Concílio

 Os livros Sagrados
Alguns pontos
importantes do Concílio

 Os livros Sagrados
Alguns pontos
importantes do Concílio
 O Pecado Original

Alguns pontos
importantes do Concílio
 O Pecado Original

Alguns pontos
importantes do Concílio

 O Pecado Original
Alguns pontos
importantes do Concílio

 Sobre a Justificação
Alguns pontos
importantes do Concílio

 Sobre a Justificação
Alguns pontos
importantes do Concílio

 Sobre a Justificação
Alguns pontos
importantes do Concílio

 Sobre a Justificação
Alguns pontos
importantes do Concílio

 Sobre a Justificação
Alguns pontos
importantes do Concílio
 Sobre os Sacramentos

Alguns pontos
importantes do Concílio
 Sobre os Sacramentos

Alguns pontos
importantes do Concílio
 Sobre os Sacramentos

Obrigado

 Integrantes:
 Anselmo Xavier
 Juvenal Nazário
 Luiz Nunes
 Rafael Medeiros

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