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Study Plan

LEITURAS
INDÍCE:
PRÓLOGO: PAX ROMANA - CRONOGRAMA

PRÓLOGO: REFORMAS RELIGIOSAS DO SÉCULO XVI- DEBATE

PRÓLOGO: MEDITERRÂNEO OCIDENTAL NA ANTIGUIDADE- DEBATE

PRÓLOGO:MARXISMO- DEBATE

PRÓLOGO: KARL MARL- DEBATE

PRÓLOGO: EPISTEMOLOGIA MODERNA- DEBATE

PAX ROMANA - INDICAÇÃO DO CRONOGRAMA


Continuava a existir a possibilidade de revoltas internas. A solução consistindo em
instalar, a título permanente, tropas de ocupação no coração das províncias foi
raramente adotada. 

Os imperadores contaram sobretudo com as tropas estacionadas nas fronteiras e


aptas a voltarem-se, em caso de necessidade, contra o interior da região considerada.
A ordem Romana e a paz armada
Apaz romana, organizada por Augusto e mantida, durante dois séculos pelos seus
sucessores, não foi uma paz calma, fraca ou destituída de energia. Romana, foi-o, na
verdade: concebida por Roma à sua maneira, imposta e fiscalizada por Roma; esta, de
modo a fazê-la reinar, não se esqueceu de conservar os meios que lhe permitissem
recorrer à força, em caso de necessidade.

Se a paz interna não foi absoluta, a paz externa ainda o foi menos. Com muita
frequência realizavam-se guerras cujo objetivo era a conquista. Umas inspiraram-se
num imperialismo caracterizado, desejoso de anexar novos territórios a explorar. 

Outras guerras eram destinadas apenas a facilitar, contra um perigo reconhecido ou


eventual, a organização local ou geral da defesa do Império. O seu objetivo era infligir
uma lição a vizinhos turbulentos ou, então, reforçar uma fronteira, por meio da criação
duma zona protetora.

Assim, imperfeita, ameaçada e resolvida de boa vontade (por ser Romana e Augusta) a


mostrar-se ameaçadora de modo a fazer-se respeitar, a paz só podia ser, nos seus
melhores momentos, uma paz armada.

A paz romana era, naturalmente, uma paz que protegia a civilização que Roma
reivindicava, isto é, a seus olhos, uma civilização superior, e mesmo a civilização
propriamente dita

Reformas Religiosas: aprenda o que e quais


foram e os motivos
Introdução

O que foram as reformas religiosas


As reformas religiosas foram movimentos que ocorreram durante o século XVI na
Europa. Provocaram a dispersão da população - que antes estava reunida apenas
na Igreja Católica - para outras religiões, também cristãs, mas que não se submetiam
mais aos dogmas católicos e à autoridade do papa.

Dessa forma, quando falamos em reformas religiosas estamos nos referindo tanto
à Reforma Protestante, caracterizada por diversos movimentos que questionaram a
Igreja Católica, quanto à Contrarreforma, movimento organizado pela própria Igreja
Católica para conter o avanço da Reforma Protestante.

Contextualização
O século XVI se iniciou na Europa ainda sob influência do Renascimento, um
movimento cultural que buscou resgatar valores da Antiguidade Clássica e se opor ao
período medieval.

Dentre as principais características do Renascimento europeu estava o humanismo,


uma nova concepção filosófica marcada pelo antropocentrismo. Isto é, o humanismo
colocava o ser humano como principal criação divina.

Desse modo, o humano acabou ocupando um lugar central no mundo, e isso marcou
uma nova relação do homem moderno com a religião.

Em conjunto a isso, houve a valorização do racionalismo, ou seja, a busca do


conhecimento pelo uso da razão e da reflexão. Esse processo impactou, de muitas
maneiras, a sociedade moderna. Na esfera religiosa, também foi responsável por
influenciar a Reforma Protestante.

Reforma Protestante
No início do século XVI, a Igreja Católica havia intensificado algumas ações que eram
amplamente criticadas, inclusive por membros do clero, mas também por nobres e
camponeses.

A principal delas era o oferecimento de indulgências (remissão de pecados) a quem


doasse qualquer quantia para a Igreja.

Luteranismo

Em 1517, um monge germânico chamado Martinho Lutero, que já havia feito pregações


contra a venda de indulgências, escreveu 95 teses críticas à Igreja e as pregou na porta
da Catedral de Wittenberg, cidade do Sacro Império Romano-Germânico, onde hoje
está localizada a Alemanha.

 Essas teses rapidamente se espalharam e ganharam a adesão de muitas pessoas,


chegando também ao conhecimento do Papa Leão X. Isso provocou um conflito entre
Lutero e a Igreja. Como resultado do conflito, Lutero acabou excomungado em 1521.
Contudo, suas teses já haviam conquistado muitos adeptos.

Entre a nobreza germânica, Lutero ganhou apoio como forma de contestar o poder da
Igreja Católica. Já entre os camponeses, as teses também conquistaram apoio e
influenciaram o surgimento de movimentos que reivindicavam a divisão das terras.

Lutero, por sua vez, para não perder o apoio dos nobres que lhe garantiram proteção
em relação à Igreja, optou por condenar os movimentos camponeses que se
inspiravam em suas ideias.

Já excomungado da Igreja Católica, Lutero funda uma nova religião, que ficaria
conhecida como Luterana. Entre suas principais características podemos destacar:

Salvação pela fé: ao contrário do que ocorria com a venda de indulgências, o


luteranismo acreditava que a salvação era fruto da fé das pessoas;
Livre interpretação da Bíblia: antes da Reforma Protestante, a Bíblia era conhecida
apenas em latim. Com a reforma, passou a ser traduzida para outros idiomas, já
que Lutero defendia que cada cristão deveria ler e interpretá-la livremente, o que
permitiria, também, um contato direto com Deus;
Tradução dos cultos: assim como a Bíblia, as missas católicas eram rezadas apenas
em latim. Com a Reforma, os cultos protestantes também aconteciam em outros
idiomas.

Além dessas características, podemos citar, ainda, a não adoração de imagens e


santos e a condenação do celibato.

 A Reforma Protestante, contudo, não ficou restrita à região da Alemanha e ao


luteranismo. Outros movimentos e religiões surgiram nesse momento na Europa,
compartilhando ideais semelhantes.

Calvinismo

João Calvino foi um líder religioso francês que viveu grande parte de sua vida na Suíça,
onde, a exemplo de Lutero, defendeu transformações na Igreja Católica.

A partir de suas ideias, surge uma nova religião, conhecida como calvinismo, ainda que
Calvino se opusesse a esse termo.

Uma das principais diferenças entre o calvinismo e o luteranismo é que a doutrina de


João Calvino acreditava na predestinação, ou seja, a crença de que as pessoas já
estavam predestinadas a serem salvas ou condenadas por Deus.

Dessa forma, seria possível identificar alguns sinais de que uma determinada pessoa
era “predestinada”, como, por exemplo, a riqueza material.

O calvinismo não ficou restrito à Suíça, influenciando protestantes em outros países,


como França e Inglaterra.

Anglicanismo

A Inglaterra também passou por um processo de Reforma e ruptura com a Igreja


Católica, dando origem ao anglicanismo.

O caso inglês se constituiu de forma diferente, tendo sido liderado pelo próprio
rei, Henrique VIII.

Almejando se divorciar de sua então esposa, Catarina de Aragão, sob a justificativa de


que ela não havia tido nenhum filho homem, Henrique VIII rompe com a Igreja Católica
através do Ato de Supremacia, de 1534.

Com esse ato, o monarca passou também à condição de líder religioso supremo da


Inglaterra, se desligando da autoridade papal. Dessa forma, o rei deu origem ao
anglicanismo, religião majoritária na Inglaterra até os dias de hoje.

A ruptura com a Igreja Católica também teve fins econômicos, já que a coroa e a


nobreza inglesas reivindicaram terras que pertenciam à Igreja de Roma.

Contrarreforma: por que a Igreja Católica fez a Contra-


reforma?
A Igreja Católica, contudo, não acompanhou passivamente o movimento de Reformas
que se propagava pela Europa.

Embora já tivesse atravessado outros períodos de contestação, os movimentos


reformistas romperam a unidade cristã na Europa, o que ameaçou o poder da Igreja
Romana.

Para combater a Reforma Protestante, estabeleceu-se o Concílio de Trento (1545-1563),


liderado pelo Papa Paulo III, para reafirmar a crença nos dogmas católicos e elaborar
as diretrizes que a Igreja seguiria a partir de então.

Esse processo ficaria conhecido como Contrarreforma, por se opor ao movimento


protestante iniciado em 1517 por Martinho Lutero.

Dentre os principais pontos estabelecidos pela Contrarreforma, podemos destacar:

Reforço do Tribunal da Santa Inquisição (ou do Santo Ofício): a Inquisição tinha por


objetivo julgar e condenar os hereges, ou seja, àqueles que não respeitavam os
dogmas católicos. Entre suas ações mais famosas, o Tribunal do Santo Ofício julgou
e puniu filósofos, cientistas e estudiosos, como Galileu Galilei e Giordano Bruno.
Apoio à Companhia de Jesus: ordem religiosa responsável, principalmente, pela
conversão ao catolicismo dos povos nativos que viviam nas Américas. Dessa forma,
a Igreja procurava catequizar os indígenas e conquistar novos fiéis.

 
Index Librorum Prohibitorum: do latim “Índice de Livros Proibidos”, era um índice -
ou lista - de livros e obras proibidos pela Igreja, o que dificultava sua circulação por
serem considerados heréticos, ou seja, que se opunham aos dogmas católicos.

Mar Mediterrâneo
O Mar Mediterrâneo (do latim, Mediterraneus, que significa “entre as terras”) é um mar
interior que está localizado no Oceano Atlântico Oriental entre a Europa (ao sul), Ásia
(a oeste) e África (ao norte). Suas águas são mais quentes uma vez que recebe o calor
do deserto africano.

Ocupa uma área total de aproximadamente 2.5 milhões de Km2, sendo considerado


o maior mar interior do mundo em extensão e volume de água.

Cerca de 70 rios deságuam no Mar Mediterrâneo dos quais se destacam: Nilo, Pó, Ebro,
Ródano, dentre outros.

Mapa do Mar Mediterrâneo

Possui vasta biodiversidade abrigando cerca de 5% das espécies do planeta, dentre


vegetais e animais.

Faz ligações com o Mar Negro (pelo estreito de Bósforo e de Dardelos) e o Mar


Vermelho (pelo Canal de Suez) agrupando diversas ilhas sendo as maiores a de
Sardenha e Sicília, ambas na Itália.

Além delas outras ilhas fazem parte do mediterrâneo, a saber: Chipre, Córsega, Creta,
Maiorca, Minorca, Ibiza, Lesbos, Rodes, Miconos, Malta, dentre outras.
O Mar Mediterrâneo é banhado pelas quatro penínsulas:

Península Ibérica
Península Itálica
Península da Anatólia
Península Balcânica

Apresenta profundidade média de 1.400 m e máxima de 5.200 m, por exemplo, na Fossa


de Matapan (Grécia).

Alguns mares que compõem o Mediterrâneo são:

Mar Egeu: da Grécia, a oeste, até a Turquia, a leste


Mar Adriático: banha o norte e o leste da Itália e o oeste da península balcânica
Mar Jônico: entre a Itália e a Grécia
Mar Tirreno: nordeste da península itálica

Países Banhados pelo Mar Mediterrâneo

Os países que são banhados pelo Mar Mediterrâneo na Europa são: Espanha, França,


Mônaco, Itália, Malta, Eslovênia, Croácia, Bósnia, Herzegóvina, Montenegro, Albânia,
Grécia e Turquia.

No continente asiático é a Síria, Líbano, Israel e Palestina; e, por fim, na África, os


países banhados pelo Mediterrâneo são: Egito, Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos.

Principais Características
As principais características do mar mediterrâneo são:

Salinidade Elevada (aproximadamente 4%)


Clima Temperado
Evaporação Intensa
Invernos ameno e úmidos
Verões quentes e secos
Costa recortada

História
A história do mar mediterrâneo remonta tempos muito antigos, de forma que diversas
civilizações da Antiguidade se desenvolveram próximas ao Mediterrâneo, tal qual
fenícios, macedônios, cartagineses, egípcios, gregos e romanos.

O Mediterrâneo foi muito importante para a navegação, relações comerciais e contato


entre os povos (trocas comerciais, culturais, etc) uma vez ele possui uma posição
estratégica.
Os romanos o chamavam de “Mare Nostrum” (Nosso mar) e árabes o chamavam de “Al-
Bahr al-al-Abyad Mutawassiṭ” (Mar Branco do Meio). Foi também muito importante para
a rota marítima comercial dos séculos XV e XVI, pelos genoveses e venezianos com o
transporte de especiarias.

Atualmente, o mar Mediterrâneo vem sofrendo com as mudanças climáticas, resultado


sobretudo da intervenção humana no local, por exemplo: a expansão do turismo e da
pesca predatória. Aproximadamente 40 espécies estão ameaçadas de extinção.

Antiguidade ocidental: o que foi, contexto


histórico e principais civilizações
Publicado em: 04/04/2023

O que convencionamos chamar de Antiguidade Ocidental se refere a sociedades antigas do


continente europeu.

Essas sociedades foram importantes para moldar boa parte do da mentalidade ocidental, com
conceitos ainda presentes em nosso cotidiano surgido nesses povos. Isso é fundamental para
a construção e reconhecimento da Europa como Europa, um continente único e que compartilha um
passado comum.

Grécia Antiga
A Grécia é uma região no sul da península balcânica. Com terreno montanhoso e muitas ilhas ao
longo do Mediterrâneo, a civilização grega surge nessa região através da migração de diversos
povos, como os dórios, os jônios, aqueus e eólios.

A Grécia Antiga nunca constituiu um reino, o que existia eram cidades-estado chamadas pólis. O


que caracteriza aquela região e povo como algo único é a cultura comum, compartilhadas pelas
várias pólis existentes não apenas no sul da Península Balcânica como também nas colônias gregas
que surgem ao longo do Mediterrâneo.

As pólis derivam dos antigos genos, pequenos grupos com certo grau de parentesco que
compartilhavam um antepassado comum. As cidades-estado vão surgindo a partir da junção
das fratrias, conjunto de genos. As principais pólis gregas foram Atenas e Esparta.

Atenas
A cidade de Atenas estava situada na região da Ática. Com poucas terras férteis disponíveis, a
principal atividade econômica da cidade estava relacionada ao comércio marítimo.

A pouca terra disponível fez surgir uma concentração fundiária, que refletiu uma profunda
desigualdade social. Os eupátridas, grupo privilegiado da sociedade ateniense e dono das melhores
terras, controlavam a riqueza e também a política da cidade, sendo os únicos com direitos políticos.
Atenas era, num primeiro momento, uma oligarquia.

A insatisfação na cidade crescia devido ao aumento do endividamento dos camponeses, que


acabava resultando em escravidão. Diversas revoltas relacionadas às dificuldades financeiras
ocasionaram em reformas.

Essas reformas transformaram Atenas, outrora uma oligarquia, em uma democracia: regime


político onde todos os cidadãos possuem direitos políticos iguais.

Os principais reformadores atenienses foram:

Drácon: instituiu punições severas para aqueles que descumprissem as leis da cidade.
Sólon: dividiu os cidadãos em 4 tribos, com direitos políticos variáveis de acordo com a renda.
Além disso, criou órgãos de participação popular, como a Eclésia e a Bulé
Clístenes: garantiu a igualdade de todos os cidadãos, independente da renda.

Apesar de inspirar o regime político atual que vivemos, a democracia ateniense não era tão
abrangente como a atual. Nem todos eram considerados cidadãos, para tal, a pessoa precisava ser
homem, livre, maior de idade e nascido em Atenas. Sendo assim, a maioria da população da cidade
não possuía direitos políticos e não participava do processo.

Esparta
Esparta era uma cidade localizada na península do Peloponeso. Situada em terras férteis, a
agricultura consistia na principal atividade econômica da cidade.

Diferente de Atenas, uma cidade democrática, Esparta era uma oligarquia. Um pequeno grupo,
os esparciatas, possuíam poder militar, econômico e político. Os periecos eram pessoas livres, mas
que não possuíam direitos políticos. Já a maioria da população espartana consistia nos hilotas,
escravizados de propriedade do estado espartano. A vida de todos era decidida pelas decisões
tomadas pelos esparciatas.

Esparta era conhecida por ser uma cidade guerreira. Os principais soldados da Grécia Antiga
vinham de Esparta. Desde cedo, a criança espartana passava por um duro processo para tornar-se
um soldado de elite. Aos 7 anos a criança era retirada do convívio dos pais e submetida a um
intenso e violento treinamento até os 18 anos.

Guerra do Peloponeso
A guerra do Peloponeso foi um conflito envolvendo as cidades gregas de Atenas e Esparta em
campos opostos. As duas maiores cidades gregas entraram em conflito por disputa de influência na
Grécia. Apesar da vitória espartana, as duas cidades saíram bastante enfraquecidas do conflito,
permitindo a ascensão de Tebas.

Religião grega
A religião grega era politeísta, com deuses de aparência e comportamento humano, mas imortais.
Cada deus era associado a elementos humanos ou da natureza, e interferiam na vida cotidiana dos
mortais.
Os 12 deuses do Olimpo eram os principais do panteão grego, sendo Zeus, deus dos céus, Poseidon,
deus dos mares, e Hades, deus do submundo, os principais.

Roma Antiga
A criação de Roma é associada a uma antiga lenda envolvendo dois irmãos, Rômulo e Remo, que
acabaram sendo alimentados por uma loba quando criança e, já adultos, acabaram por fundar a
cidade. Apesar dessa lenda, a hipótese mais aceita credita o surgimento da cidade aos povos
latinos que habitavam a região do Lácio, no centro da Península Itálica.

Roma foi o principal império europeu da Antiguidade. Sua história é dividida em três
períodos: Monarquia, República e Império.

Já na Monarquia vemos a divisão social característica de Roma:

Patrícios: os patrícios se diziam descendentes de Rômulo e Remo, fundadores da cidade. Os


patrícios possuíam muitas terras e compunham a elite econômica e política de Roma. Eram os
únicos a ocuparem cargos importantes, como o Senado.
Plebeus: os plebeus eram cidadãos livres, mas que não possuíam direitos políticos. Ao longo do
tempo, as diversas revoltas plebeias vão resultar em conquistas de direitos para os mesmos.
Ainda assim, a grande maioria vivia em situações difíceis, dependendo de auxílio
governamental.
Clientes: eram pessoas que pediam auxílio a patrícios. Em troca prestavam serviços para os
mesmos. Ter muitos clientes era sinal de prestígio para um patrício.
Escravos: resultado de prisioneiros de guerra. Os escravos foram, durante a República e o
Império, o motor da economia romana.

Na República, várias leis concedendo mais direitos aos plebeus foram aprovadas. Também foi um
momento de expansão de Roma, com o domínio das terras ao redor do Mar Mediterrâneo após a
vitória nas Guerras Púnicas contra Cartago. Devido a isso, cresce em importância na sociedade
romana os militares, que chegam ao poder por meio dos triunviratos. Os dois triunviratos
existentes resultam em guerras civis. O primeiro, composto por Júlio César, Pompeu e Crasso,
resulta em vitória de Júlio César e ascensão do mesmo como ditador. Após a morte de Júlio, o
segundo triunvirato entre Otávio, Marco Antônio e Lépido resultou no fim da República romana,
com a ascensão de Otávio ao cargo de imperador romano.

O período do império foi o momento onde Roma atingiu sua extensão máxima. Além disso, torna-se
comum as políticas de pão e circo, que consistiam em ajuda do governo e entretenimento
disponível para as classes mais baixas. É durante o período imperial que surge, na província
da Judéia, a religião cristã, perseguida nos primeiros anos, mas que acaba se tornando a religião
oficial do império. Sucessivas crises vão surgindo a partir do século III, com a divisão do império em
dois, diminuição do número de escravizados e, por fim, as invasões bárbaras que põem fim ao
Império Romano do Ocidente, em 476 d.C.

Antiguidade Ocidental no ENEM


A Antiguidade Ocidental vem sendo um tema cada vez mais recorrente no ENEM nos últimos anos.
As questões normalmente cobram do candidato conhecimentos acerca de questões sociais do
período, ou fatos relevantes da história de cada um dos povos.

ENEM 2020
Com efeito, até a destruição de Cartago, o povo e o Senado romano governavam a República em
harmonia e sem paixão, e não havia entre os cidadãos luta por glória ou dominação; o medo do
inimigo mantinha a cidade no cumprimento do dever. Mas, assim que o medo desapareceu dos
espíritos, introduziram-se os males pelos quais a prosperidade tem predileção, isto é, a
libertinagem e o orgulho.

SALUSTIO. A conjuração da Catilina/A guerra de Jugurta Petrópolis Vozes. 1990 (adaptado).

O acontecimento histórico mencionado no texto de Salústio, datado de I a.C., manteve


correspondência com o processo de:

a) demarcação de terras públicas.

b) imposição da escravidão por dívidas.

c) restrição da cidadania por parentesco.

d) restauração de instituições ancestrais.

e) expansão das fronteiras extrapeninsulares.

Item correto: E

Karl Marx
Karl Marx (1818-1883) foi um filósofo, ativista político alemão, um dos fundadores
do socialismo científico e da Sociologia.

A obra de Marx influenciou a Sociologia, a Economia, a História e a até a Pedagogia.

Biografia de Karl Marx


Retrato de Karl Marx

Karl Marx nasceu em 5 de maio de 1818, na cidade Treviris, na Alemanha, no meio de


uma família acomodada.

Ingressou primeiro na Universidade de Bonn e mais tarde, se transferiu para a de


Berlim com o intuito de estudar Direito. Abandonaria o curso para se dedicar ao estudo
da Filosofia na mesma instituição. Ali, discutiria com os Jovens Hegelianos que
defendia a constituição de um Estado forte e eficiente, tal como fizera Hegel.

Em 1842, trabalhando no jornal "Gazeta Renana" conhece Friedrich Engels, com o qual
escreveria e editaria inúmeros livros. Mais tarde, a gazeta é fechada e Marx vai para
Paris.

Também se casa com a filha de um barão, Jenny Von Westaphalien, com quem teria
sete filhos, dos quais somente três chegariam à vida adulta. Igualmente teve um filho
com a militante socialista e empregada doméstica, Helena Demuth. A paternidade da
criança seria assumida por Engels.

Após o fechamento da "Gazeta Renana", os anos seguintes não seriam fáceis, pois
Marx liderou publicações que criticavam duramente o governo alemão. Ele foi expulso
da França e da Bélgica a pedido do governo alemão.

Graças a uma arrecadação de fundos feita pelos seus admiradores e amigos, Marx
parte para Londres onde continua suas investigações sobre a sociedade industrial.

Karl Marx adoece de uma inflamação na garganta que o impede de falar e alimentar-se
normalmente. Em consequência de uma bronquite e problemas respiratórios, faleceu
em Londres, no dia 14 de março de 1883.

Obras e teorias de Karl Marx


Com a colaboração do intelectual, também alemão, Friedrich Engels, Marx publicou
o Manifesto Comunista, em 1848. Nele, Marx critica o capitalismo, expõe a história do
movimento operário e termina com o apelo pela união dos operários no mundo todo.

Isso ocorreu às vésperas da Revolução de 1848 na França, a chamada Primavera dos


Povos.

Em 1867, ele publica o primeiro volume de sua obra mais importante, O Capital, onde
sintetiza suas críticas ao capitalismo. Esta coleção causaria nas décadas seguintes uma
revolução na maneira de pensar a história, a economia, a sociologia e demais ciências
sociais e humanas.

Crítica ao Capitalismo
Para Marx, as condições econômicas e a luta de classes são agentes transformadores
da sociedade.

A classe dominante nunca deseja que a situação mude, pois se encontra em uma
situação muito confortável. Já os desfavorecidos têm que brigar pelos seus direitos e
esta luta é que moveria a História, segundo Marx.

Marx pensava que o triunfo do proletariado faria surgir uma sociedade sem classes.
Isto seria alcançado pela união da classe trabalhadora organizada em torno de um
partido revolucionário.

Também apontou para a “mais valia” quando explica que o lucro do patrão é obtido a
partir da exploração da mão de obra do trabalhador.

Socialismo científico

Ao elaborar uma teoria sobre as desigualdades sociais e propor uma forma para
superá-las, Marx criou o que se denominou "socialismo científico".

Contra a ordem capitalista e a sociedade burguesa, Marx considerava inevitável a ação


política do operariado, a revolução socialista, que faria surgir uma nova sociedade.

De início, seria instalado o controle do Estado pela ditadura do proletariado e a


socialização dos meios de produção, eliminando a propriedade privada.Na etapa
seguinte, a meta seria o comunismo, que representaria o fim de todas as
desigualdades sociais e econômicas, incluindo a dissolução do próprio Estado.

Em 1864, a fim de conjugar esforços, funda-se a "Associação Internacional dos


Trabalhadores", em Londres, que ficou conhecida posteriormente como a Primeira
Internacional.

A entidade expandiu-se por toda a Europa, cresceu muito e acabou dividida, depois de
um longo processo de dissidências internas. Em 1876 foi oficialmente dissolvida.

Saiba mais:

Luta de Classes
Socialismo Utópico
Primavera dos Povos
O Marxismo

Gravura retratando Engels e Marx discutindo suas teorias

As reações dos operários aos efeitos da Revolução Industrial fez surgir críticos que
propunham reformulações sociais. Eles sugeriam a criação de um mundo mais justo e
foram chamados de teóricos socialistas, como Saint-Simon ou Proudhon.

Entre os vários pensadores, o alemão Karl Marx, viveu na França, Bélgica e Inglaterra,
testemunhou as transformações sociais decorrentes da industrialização.

Influência do Marxismo

As teorias de Karl Marx influenciaram a Revolução Russa de 1917, além de teóricos e


políticos, entre eles Lênin, Stalin, Trótski, Rosa Luxemburgo, Che Guevara, Mao Tsé-
Tung, etc.

Cada um deles entendia a teoria marxista e a buscava adaptá-lo à sua realidade


específica. Assim, temos o “marxismo-lenismo”, na União Soviética ou “socialismo
moreno”, na América Latina. Vários foram os governos que se proclamaram socialistas
como a URSS, Cuba, Coreia do Norte, entre muitos outros.

Frases de Marx
"Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa
é modificá-lo".
"A produção econômica e a organização social que dela resulta, necessariamente para
cada época da história, constituem a base da história política e intelectual dessa
época".
"A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes".
"Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem sob circunstâncias de sua
escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas
pelo passado".
"Sem sombra de dúvida, a vontade do capitalista consiste em encher os bolsos, o mais
que possa. E o que temos a fazer não é divagar acerca da sua vontade, mas investigar o
seu poder, os limites desse poder e o caráter desses limites".

Contexto Histórico: Resumo


Grandes transformações econômicas, políticas e sociais ocorreram na Europa no fim
do século XVIII e início do século XIX. Todas essas mudanças foram acompanhadas por
teorias e doutrinas que buscavam condenar ou reformar a ordem capitalista burguesa.

Estruturaram-se, então, as teorias socialistas, vinculadas a um novo ramo da ciência, a


economia política.

A Inglaterra era onde mais se verificava esta mudança. O país adquiria uma nova
configuração social com a industrialização e o êxodo rural que forneceu a mão de obra
das fábricas nas cidades.

Não existia nenhuma legislação trabalhista, as jornadas de trabalho nas fábricas,


instaladas em locais insalubres, eram, na maioria, superiores a 14 horas. A miséria
aumentava nas cidades.

Além das condições sub-humanas de trabalho, os operários enfrentavam enormes


dificuldades em época de guerra. Neste período, a fome se disseminava pelo
continente europeu, em consequência dos elevados preço dos gêneros alimentícios.

Mais grave ainda era o efeito provocado pelo emprego cada vez maior de máquinas no
processo produtivo. Com isso, o trabalho humano repetitivo e automático recebia uma
remuneração cada vez menor.

O descontentamento só aumentava, à medida que cresciam as razões para os


conflitos, prenunciando uma revolução social. Surgiram as primeiras organizações
trabalhistas, as trade unions, que buscavam organizar a luta da classe operária, sendo
vistas como organizações criminosas pelos industriais.

Foi neste ambiente de mudanças que viveu e estudou Karl Marx

Marxismo é o conjunto de ideias filosóficas, econômicas, políticas e sociais elaborado a


partir do escritos dos alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895).

Esta corrente de pensamento influenciou intelectuais de todas as áreas do saber ao


longo dos século XIX e XX.

Origem do Marxismo
Marx e Engels perceberam que o trabalho é o conceito chave da sociedade. Desta
forma, toda a história da humanidade passaria pela tensão entre os donos dos meios
de produção e quem apenas poderia realizar a tarefa.

Assim, para a teoria marxista a luta de classes seria “o motor da história”. Já a


produção dos bens materiais seria o fator condicionante da vida social, intelectual e
política.
Marx e Engels contemplam a impressão dos seus artigos.Marx e Engels refletiram sobre as
relações humanas e as instituições que regulavam as sociedades, como a propriedade
privada, a família, o governo, a igreja, etc. Daí surgem os princípios que
fundamentaram o marxismo, também conhecido como “socialismo científico”.

Por outro lado, o “socialismo utópico” já teorizava sobre os meios capazes de


solucionar a diferença entre os membros do proletariado e da classe burguesa
dominante.

Suas ideais inspiraram várias correntes de pensamento que desejavam mudar as


estruturas capitalistas como o anarquismo, o socialismo e o comunismo, entre outros.

Portanto, para os marxistas, é necessário atrelar o pensamento à prática


revolucionária, unindo o conceito à práxis para transformar o mundo.

Contudo, aqueles pensadores superestimaram a previsibilidade das sociedades


humanas. Afinal, muitos dos países que se autoproclamavam seguidores das ideias
marxistas não seguiram à risca os seus preceitos.

Principais correntes marxistas


As principais correntes do marxismo foram a social democracia, presente nos países
ocidentais até os dias atuais, e o bolchevismo, extinto com a queda da URSS.

Ademais, a obra basilar do marxismo é “O Capital”, publicado em 1867. Como Marx


falece em 1883, os volumes de 1885 e 1894, foram editadas por Engels, a partir dos
manuscritos de Marx.

Esta obra permanece como leitura básica e ainda é influente nos campos da filosofia,
bem como em outras áreas das ciências humanas e economia.

Influência do Marxismo

O marxismo inspirou diversas revoluções como a bolchevique de Vladimir Lenin e Leon


Trotsky, na Rússia em 1917.

Após a Segunda Guerra Mundial, algumas dessas ideias foram adotadas na formação
da República Popular da China, Vietnã, Alemanha Oriental, Polônia, Hungria, Bulgária,
Iugoslávia, Checoslováquia, Coreia do Norte e Cuba.
Epistemologia
A Epistemologia ou Teoria do Conhecimento é uma das áreas da filosofia que estuda o
conhecimento.

A epistemologia estuda a formação do conhecimento, a diferença entre ciência e senso


comum, a validade do saber científico, dentre outras questões.

Significado de Epistemologia
Assim como a ética se ocupa das questões morais e a política trata do funcionamento
da sociedade, a epistemologia se ocupa do saber.

Epistem – vem do grego e significa conhecimento e Logia – estudo. Assim, a


epistemologia é o estudo do conhecimento, suas fontes e como ocorre sua aquisição.

De onde vem o conhecimento? Como sabemos que sabemos algo? A Epistemologia busca as
respostas para essas perguntas.

Questões Epistemológicas
A filosofia sempre parte de questões. Desta maneira, podemos sistematizar as
perguntas que a epistemologia busca responder:

O que é a ciência?
O que é o conhecimento científico?
O conhecimento científico é verdadeiro?

A filosofia determina que uma área do saber, para ser considerada ciência, dever ter
um método definido.

O conhecimento científico seria o conjunto de saberes que está justificado e provado


através de testes que podem ser realizados em qualquer circunstância, tempo e lugar,
que darão o mesmo resultado.

No entanto, a verdade pode ser construída racionalmente dentro de cada período


histórico. Muitas vezes, o que se acredita numa época será rejeitado ou invalidado
posteriormente.
Origem da Epistemologia
A epistemologia surgiu com os filósofos pré-socráticos. No período clássico, as
discussões sobre o tema começam a ganhar forma, especialmente através de Sócrates,
Aristóteles e Platão. Cada um deles cria um método para explicar suas ideias,
prescindindo dos mitos para chegar às suas conclusões de maneira racional.

No entanto, a epistemologia ganha força na Idade Moderna quando as ideias


do Humanismo, Renascimento, Iluminismo foram ganhando espaço na sociedade.

Assim, um dos objetivos dos estudiosos foi diferenciar o senso comum da ciência.

Exemplo

Uma pessoa pode afirmar que sabe que vai chover porque o joelho está doendo. Isto
seria o senso comum, pois não há embasamento científico para alguém acreditar que
isso possa ser verdade.

Por outro lado, uma pessoa pode afirmar que vai chover porque observou as nuvens e
o vento, e sabe que quando eles se comportam de determinada maneira, é possível
que chova.

Epistemologia segundo Jean Piaget


O pesquisador Jean Piaget desenvolveu uma teoria que inspirou a criação do construtivismoO
biólogo e psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) elaborou uma teoria do conhecimento
e a expôs em sua obra “A Epistemologia Genética”, em 1950.

Neste livro, ele teoriza que o ser humano passa por quatro fases de aquisição de
conhecimento:

Sensório-motor: 0 aos 2 anos, onde o conhecimento se dá através de estímulos


exteriores e interiores.
Pré-operatório: 2 aos 7 anos, quando aparece a fala, os jogos com outras crianças
com normas simples e o pensamento mágico e fantasioso, que inclui os contos de
fada.
Operatório concreto: 7 aos 11 anos, no qual é possível resolver problemas
internamente, se dá aquisição da escrita e cálculos associados a símbolos
concretos como as maçãs.
Operatório formal ou abstrato: 11 aos 14 anos, compreender conceitos abstratos
como a sociedade, o amor, o Estado, a cidadania.

Para Piaget, esses estágios não são alcançados de forma linear e cada criança tem o
seu ritmo de aprendizagem. Também argumenta que nem todos alcançam a última
etapa.

Da mesma maneira, o conhecimento é uma descentralização da pessoa. Trata-se de


passar de uma fase onde a criança naturalmente deseja tudo para si em direção ao ser
humano que pensa no seu entorno.

Mais que superar um estado, Piaget dizia que o mais importante é observar como a
criança passa de uma etapa a outra. Para caracterizar este fenômeno, ele cunha dois
termos: assimilação e acomodação.

Assimilação: ao ser apresentado a um brinquedo novo, a criança faz "testes" para


entender seu funcionamento.
Acomodação: uma vez adquirido o conhecimento, a criança encontra uma
aplicação para esta habilidade e realiza a transferência para outras áreas.

Exemplo:

Um livro.

Na fase sensorial, o livro pode ser apenas mais um objeto para empilhar, morder,
jogar. Já no período pré-operatório, a criança aprende que este objeto tem estórias e,
portanto, outra utilidade.

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